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Rio de Janeiro
2017
Laiz Raquel de Araujo
Rio de Janeiro
2017
CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CTC/C
CDU 593.62(815.3)
Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta
dissertação, desde que citada a fonte.
________________________________________________ ____________________________________
Assinatura Data
Laiz Raquel de Araujo
________________________________________________________
Prof. Dr. Luis Felipe Skinner
Departamento de Ciências - UERJ
________________________________________________________
Prof. Dr. Emiliano Nicolas Calderon
PPG-CiAC – NUPEM – UFRJ/Macaé
________________________________________________________
Prof.ª Dra. Gleyci Moser
Faculdade de Oceanografia - UERJ
________________________________________________________
Dr. Marcelo Semeraro de Medeiros
Coordenador de Segurança, Meio Ambiente e Saúde - BG E&P Brasil
Rio de Janeiro
2017
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha mãe Maria da Penha, ao meu pai Gilberto (in memorian) e às
minhas irmãs Letícia e Melina, vocês são a minha força e a minha razão para seguir em frente.
AGRADECIMENTOS
ARAUJO, Laiz Raquel de. Estrutura populacional de duas espécies de octocoral na Baía
de Guanabara (Rio de Janeiro, Brasil), com ênfase na biologia reprodutiva de Renilla
muelleri Kölliker, 1872. 2017. 87 f. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) – Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
ARAUJO, Laiz Raquel de. Population structure of two octocoral species in Guanabara
Bay (Rio de Janeiro, Brazil), with emphasis on the reproductive biology of Renilla
muelleri Kölliker, 1872. 2017. 87 f. M.Sc. Dissertation – Faculdade de Oceanografia,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 16
1 OCTOCORAIS DA BAÍA DE GUANABARA................................................. 19
1.1 Renilla muelleri Kölliker, 1872 ........................................................................... 20
1.2 Renilla reniformis (Pallas, 1766) ......................................................................... 21
2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 23
2.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 23
2.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 23
3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................ 24
3.1 Área de estudo ..................................................................................................... 24
3.2 Amostragem ......................................................................................................... 26
3.3 Levantamento de dados biológicos .................................................................... 27
3.3.1 Estrutura populacional ........................................................................................... 27
3.3.2 Biologia reprodutiva .............................................................................................. 28
3.4 Análise de dados .................................................................................................. 29
3.4.1 Dados abióticos ..................................................................................................... 29
3.4.2 Estrutura populacional ........................................................................................... 30
3.4.3 Biologia reprodutiva .............................................................................................. 30
4 RESULTADOS .................................................................................................... 32
4.1 Dados abióticos .................................................................................................... 32
4.2 Estrutura populacional de Renilla muelleri e Renilla reniformis..................... 35
4.2.1 Distribuição espacial e temporal da abundância.................................................... 35
4.2.2 Estrutura de tamanho ............................................................................................. 38
4.2.2.1 Renilla muelleri ..................................................................................................... 38
4.2.2.2 Renilla reniformis .................................................................................................. 44
4.3 Biologia reprodutiva de Renilla muelleri ........................................................... 49
4.3.1 Descrição dos estágios de desenvolvimento dos gametas...................................... 53
4.3.2 Diferença no tamanho das estruturas reprodutivas nos diferentes estágios de
desenvolvimento..................................................................................................... 56
4.3.3 Estimativa da época de desova .............................................................................. 60
5 DISCUSSÃO ........................................................................................................ 62
5.1 Estrutura populacional ....................................................................................... 62
5.2 Biologia reprodutiva de Renilla muelleri .......................................................... 66
CONCLUSÕES ................................................................................................... 72
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 73
APÊNDICE A – Rotina histológica do material analisado................................... 80
APÊNDICE B – Resultado do teste pos-hoc Tukey da ANOVA unifatorial
para comparação da abundância de Renilla muelleri e Renilla reniformis nas
cinco áreas da Baía de Guanabara entre julho/2005 e junho/2007........................ 81
APÊNDICE C – Resultado da Correlação de Spearman realizada entre as
médias mensais da abundância de Renilla muelleri e Renilla reniformis e as
variáveis ambientais, na Baía de Guanabara entre julho/2005 e junho/2007......... 82
APÊNDICE D – Resultado do teste pos-hoc Tukey da ANOVA unifatorial
para comparação das variáveis populacionais de Renilla muelleri entre as cinco
áreas da Baía de Guanabara entre julho/2005 e junho/2007.................................. 83
APÊNDICE E – Resultado do teste pos-hoc Tukey da ANOVA unifatorial
para comparação das variáveis populacionais de Renilla reniformis entre as
cinco áreas da Baía de Guanabara entre junho/2005 e julho/2007........................ 84
APÊNDICE F – Resultado do teste t de Student para comparação do tamanho
da colônia entre as duas espécies e para comparação interanual da abundância
na Baía de Guanabara............................................................................................. 85
APÊNDICE G – Número mensal de colônias (fêmea, macho e infértil) e razão
sexual mensal e total, das colônias de Renilla muelleri de janeiro a dezembro de
2006 na Baía de Guanabara.................................................................................... 86
APÊNDICE H – Resultado do teste pos-hoc Tukey da ANOVA unifatorial
para avaliar a diferença do tamanho entre os três estágios reprodutivos dos
ovócitos e cistos espermáticos................................................................................ 87
APÊNCICE I – Frequência de ocorrência dos estágios dos ovócitos em cada
uma das colônias fêmeas de Renilla muelleri, durante o ano de 2006................... 88
APÊNDICE J – Frequência de ocorrência dos estágios dos cistos espermáticos
em cada uma das colônias machos de Renilla muelleri, durante o ano de 2006.... 89
16
INTRODUÇÃO
(SATTERLIE E CASE, 1979; TREMBLAY et al., 2004; WILSON, 1883), sendo que
nenhum envolveu análise histológica das estruturas reprodutivas. Trabalhos com essas
características são comumente encontrados para outras espécies da ordem Pennatulacea
(EDWARDS E MOORE, 2008; 2009; LOPES et al., 2012; PIRES et al., 2009; SERVETTO
et al., 2013; SOONG, 2005).
Não se conhece a biologia reprodutiva e ecologia populacional de R. muelleri e R.
reniformis na Baía de Guanabara. OLIVEIRA (1950) observou inúmeras colônias de Renilla
spp. nos dois lados do canal central da Baía de Guanabra, entre 8 – 10 metros de
profundidade. Entretanto, os estudos mais recentes, são de caráter taxonômico para separação
e confirmação das duas espécies (CASTRO E MEDEIROS, 2001) e na área de ecologia
química, investigando potenciais agentes defensivos e mecanismos de defesa contra
predadores (CLAVICO et al., 2007a; 2013). Contudo, estudos básicos são de extrema
importância para o manejo e conservação das espécies, pois a partir deles são obtidos
subsídios essenciais (grau de sensibilidade das espécies a distúrbios, período reprodutivo,
tamanho populacional, entre outros) para determinação de estratégias a serem tomadas nesses
processos.
Desta forma, o presente estudo tem por objetivo geral descrever a distribuição espacial
e estrutura populacional de Renilla muelleri Kölliker, 1872 e Renilla reniformis (Pallas, 1766)
na Baía de Guanabara, e dar ênfase na biologia reprodutiva da espécie mais abundante, R.
muelleri. As informações geradas serão importantes para a conservação dessas espécies e
servirão de linha de base para futuros estudos de monitoramento ambiental.
19
Zamponi & Pérez, 1996 e Renilla tentaculata Zamponi, Pèrez & Capitali, 1996 (WoRMS,
2016). Duas delas são encontradas na Baía de Guanabara: R. muelleri e R. reniformis .
As características principais dessa espécie consistem em uma raque mais larga que
longa e num pedúnculo pequeno (Figura 1). Os pólipos autozoóides possuem cinco dentes
calicinais e os escleritos da raque e dos dentes calicinais são da mesma cor básica (CASTRO
& MEDEIROS, 2001). A distribuição geográfica abrange as costas leste e oeste das
Américas, se caracterizando como anfi-americana (CASTRO & MEDEIROS, 2001;
MEDEIROS, 2005; OBIS, 2016 - Figura 2). O registro batimétrico mais profundo encontrado
para a espécie no Brasil é de TOMMASI et al. (1972 ) apud MEDEIROS (2005), ao largo do
Rio Grande do Sul, a 128 m de profundidade.
Essa espécie se caracteriza por ter a raque tão larga quanto longa e um pedúnculo
longo (Figura 3). Os pólipos autozoóides possuem sete dentes calicinais, sendo a cor dos
escleritos dos dentes calicinais diferente da cor dos escleritos da raque (CASTRO &
MEDEIROS, 2001). A distribuição geográfica da espécie também se caracteriza como anfi-
americana (CASTRO & MEDEIROS, 2001; MEDEIROS, 2005; OBIS, 2016 - Figura 4). O
registro batimétrico mais profundo para o Brasil é o de MEDEIROS (2005) para a região de
Macaé, estado do Rio de Janeiro, a 60 metros de profundidade.
2 OBJETIVOS
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.2 Amostragem
Durante o período de julho de 2005 a junho de 2007, foram amostradas cinco áreas na
Baía de Guanabara (autorização do IBAMA nº 055, de 12/05/2005), para a realização do
projeto “Avaliação Ambiental da Baía de Guanabara - Sistema bentônico”, coordenado pelo
CENPES/Petrobras. Entre as espécies-alvo deste projeto, encontram-se os invertebrados
bentônicos explorados comercialmente, como camarões e siris. Porém, como a arte de pesca
escolhida para a coleta foi rede de arrasto, toda a fauna acompanhante foi também coletada.
As espécies estudadas no presente trabalho, Renilla muelleri e R. reniformis, fazem parte
dessa fauna acompanhante da pesca de arrasto da Baía de Guanabara.
Durante esses dois anos, foram realizados arrastos quinzenais em cinco áreas da Baía
de Guanabara (Figura 5), escolhidas em função da diferença da qualidade ambiental existente
entre elas, baseando-se no trabalho de MAYR et al. (1989). Em cada quinzena, foram
realizados 10 arrastos, dois em cada área de coleta, com 30 minutos de duração cada e uma
área arrastada de aproximadamente 5.560 m². Todo o material coletado foi acondicionado em
27
sacos plásticos, etiquetados e armazenados em isopor com gelo até a chegada ao laboratório,
onde foram congelados ou conservados em álcool 70%.
No início e no final de cada arrasto, com o auxílio de uma sonda multiparâmetro YSI,
foram mensurados a temperatura, salinidade e o teor de oxigênio dissolvido da água de fundo
(mg/L). Amostras de sedimento também foram coletadas com o auxílio de um busca fundo de
Ekman para análise da composição granulométrica e do teor de matéria orgânica. Todos os
pontos de coleta foram georreferenciados com auxílio de um aparelho de GPS e a
profundidade foi obtida com o auxílio de um profundímetro portátil.
Para análise da biologia reprodutiva, foi escolhida a espécie Renilla muelleri por ter
sido a mais abundante durante todo o período do estudo. Foram selecionadas 10 colônias a
cada mês, de janeiro a dezembro de 2006, totalizando 120 colônias. Todas as colônias
selecionadas foram oriundas da área 5, que apresentou maior abundância durante o período
escolhido. Cada colônia foi medida e pesada. Em seguida, foi separado um fragmento de
aproximadamente 1 cm da parte central de cada colônia para realização da histologia. Depois
de descalcificado em ácido fórmico 10%, cada fragmento foi emblocado em historesina e
cortado numa espessura que variou entre 5 - 7µm. Em seguida, os cortes foram corados com
Hematoxilina – Eosina para observação no microscópio óptico. O procedimento histológico
completo está descrito no Apêndice A.
Através da observação das lâminas histológicas em microscópio Leica DMLS, com
aumento de 200x e 400x, os ovócitos e cistos espermáticos foram contados e seus estágios de
maturação identificados, para definir o provável período de desova dessa espécie na região
estudada.
Em termos histológicos, os estágios de maturação dos ovócitos e cistos espermáticos
foram identificados e separados em três tipos, seguindo a descrição de PIRES et al. (2009)
nos quais o ovócito/cisto espermático I representa o desenvolvimento inicial das células
29
Em relação aos fatores ambientais, os dados foram analisados entre as estações do ano
(primavera, verão, outono e inverno) de cada ano separadamente, sendo o ano 1
compreendido entre julho/2005 e maio/2006 e o ano 2 entre junho/2006 e maio/2007. Foram
calculados a média e o desvio padrão das variáveis ambientais mensuradas nas cinco áreas de
coleta. A pluviosidade acumulada no período de coleta foi obtida através do relatório anual de
chuvas da GEO-Rio disponível no site (http://alertario.rio.rj.gov.br/ acesso em 10/05/2016).
Para caracterizar as áreas de coleta em relação à similaridade dos fatores ambientais
entre elas, foi realizada uma análise de escalonamento multidimensional (MDS) no programa
Primer 6, sendo os dados ambientais padronizados pelo valor máximo. Em seguida, foi
utilizada a distância euclidiana para o cálculo da matriz de distância usada no MDS. Foi
realizada uma análise de similaridade (ANOSIM) para verificar se existia diferença entre as
áreas e entre as estações do ano.
Para avaliar a relação entre abundância das duas espécies estudadas e as variáveis
ambientais mensuradas neste estudo (temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido,
composição granulométrica e matéria orgânica), foi realizada a correlação de Spearman no
programa Statistica 7 for Windows. Somente para esta análise foram utilizados os dados
abióticos (temperatura, salinidade e oxigênio dissolvido da água de fundo) cedidos pelo
Laboratório de Hidrobiologia – UFRJ, pois os dados coletados no presente estudo não
contemplaram os períodos de inverno 1 e primavera 2.
30
Em termos reprodutivos, após a análise das lâminas e separação sexual das colônias,
foi aplicado um teste de Qui-quadrado (ᵡ²), segundo ZAR (1996), para verificar a existência
de diferenças significativas na razão sexual entre colônias macho e fêmea, considerando a
razão teórica de 1M:1F. Para se analisar os estágios reprodutivos, foi calculada a frequência
relativa de cada estágio por mês e por colônia, em ambos os sexos.
Para analisar a estrutura de tamanho dos ovócitos e cistos espermáticos, foram gerados
histogramas de frequência de tamanho para cada estágio separadamente. As classes de
tamanho foram determinadas em função do resultado encontrado, e variaram de 25 até 425
µm, com intervalo de 5 µm entre cada uma delas, totalizando 17 classes de tamanho.
31
Para se testar a diferença no tamanho dos três estágios das células reprodutivas
idenficadas nas colônias machos e fêmeas, foi realizada uma análise de variância unifatorial
(ANOVA), com o teste de Tukey a posteriori. Os pressupostos de normalidade dos dados e
homogeneidade das variâncias foram testados (Levene, p>0,05) e os dados foram
transformados em log (x +1) quando necessário. O nível de significância considerado foi de
0,05. Os testes estatísticos foram realizados no programa Statistica 7 for Windows.
32
4 RESULTADOS
600,0
Pluviosidade acumulada (mm)
500,0
400,0
300,0
200,0
100,0
0,0
Inverno 1 Primavera1 Verão 1 Outono 1 Inverno 2 Primavera2 Verão 2 Outono 2
Legenda: Colunas: período estudado; Linha: média histórica para a cidade do Rio de Janeiro de
1901/1990.
Fonte: GEORIO, INMET, 2016.
A maior temperatura média foi registrada na área mais interna (área 1) durante o verão
dos dois anos, enquanto os menores valores foram obtidos no canal central da baía (área 3)
nesses mesmos períodos. Para a salinidade, as maiores médias foram registradas na entrada da
baía (área 4), durante o outono do primeiro ano e inverno do segundo ano, e os menores
valores foram obtidos na área mais interna (área 1) durante os dois períodos de verão
(Tabela1).
Analisando o teor de oxigênio dissolvido na água de fundo, a entrada da baía (área 4)
apresentou as maiores médias no verão 1 e no outono 2, e os menores valores foram
registrados nas áreas internas (área 1 durante o outono 1 e área 2 durante o verão 2). Para o
teor de matéria orgânica no sedimento, a área 2 apresentou os maiores valores nos dois anos
(inverno 1 e verão 2) e na área 4 foram registrados os menores valores nos dois anos sempre
durante a primavera (Tabela 1).
Em relação aos dados ambientais, os dois anos estudados não apresentaram diferenças
entre si (R-Global=0,007; p=0,34), entretanto houve diferença significativa entre as estações
do ano (R-Global=0,159; p=0,001) durante o segundo ano de coleta.
34
Tabela 1 – Dados abióticos coletados em cinco áreas da Baía de Guanabara, separados por estação
do ano, nos dois anos estudados (julho/2005 a maio/2007)
Profundidade (m)
Áreas 1 2 3 4 5
Prof. Inicial 2,41 (±0,86) 5,67 (±1,12) 14,12 (±10,20) 8,44 (±1,77) 5,92 (±1,10)
Prof. Final 2,70 (±0,96) 5,97 (±1,25) 15,18 (±10,46) 7,72 (±1,14) 5,94 (±1,21)
Temperatura (°C)
Áreas 1 2 3 4 5
Inverno 1 * * * * *
Primavera 1 26,71 (±0,90) 25,05 (±3,32) 23,90^ 22,95^ 25,06^
Verão 1 27,04 (±1,38) 24,51 (±1,26) 22,76 (±2,70) 22,80 (±2,52) 25,29 (±1,98)
Outono 1 25,41 (±2,35) 24,51 (±0,33) 24,33 (±0,22) 23,69 (±0,44) 24,55 (±0,43)
Inverno 2 23,00^ 23,00^ 22,80^ 23,00^ 22,75^
Primavera 2 * * * * *
Verão 2 26,66 (±2,42) 22,73 (±1,11) 21,48 (±2,95) 22,36 (±2,59) 22,46 (±2,56)
Outono 2 25,80 (±1,49) 24,47 (±1,50) 23,81 (±1,20) 23,41 (±0,89) 23,52 (±1,27)
Salinidade
Áreas 1 2 3 4 5
Inverno 1 * * * * *
Primavera 1 29,76 (±2,60) 31,32 (±0,03) 31,50^ 33,15^ 31,80^
Verão 1 27,86 (±1,61) 29,40 (±0,36) 31,16 (±1,01) 31,77 (±1,02) 29,37 (±1,42)
Outono 1 32,40 (±2,96) 34,22 (±1,44) 34,76 (±2,45) 35,52 (±2,79) 34,83 (±3,06)
Inverno 2 34,00^ 34,50^ 37,00^ 37,50^ 36,50^
Primavera 2 * * * * *
Verão 2 26,01 (±0,27) 29,73 (±1,36) 31,01 (±0,33) 31,22 (±0,56) 29,91 (±0,02)
Outono 2 30,83 (±0,32) 31,69 (±0,71) 32,40 (±0,08) 33,36 (±0,31) 32,76 (±0,14)
Oxigênio Dissolvido (mg/L)
Áreas 1 2 3 4 5
Inverno 1 * * * * *
Primavera 1 3,10 (±0,92) 2,58 (±1,26) 5,13^ 6,20^ 5,73^
Verão 1 2,35 (±0,40) 2,51 (±1,26) 3,94 (±0,65) 5,74 (±0,79) 5,71 (±1,07)
Outono 1 1,72 (±0,65) 1,87 (±0,88) 4,56 (±2,87) 4,40 (±0,04) 3,56 (±2,17)
Inverno 2 4,80^ 1,23^ 2,25^ 5,19^ 4,26^
Primavera 2 * * * * *
Verão 2 3,06 (±1,14) 1,04 (±0,25) 4,40 (±1,13) 5,93 (±0,27) 3,19 (±0,63)
Outono 2 2,17 (±0,51) 3,03 (±1,20) 4,70 (±0,50) 6,42 (±1,08) 2,43 (±0,68)
Matéria Orgânica (%)
Áreas 1 2 3 4 5
Inverno 1 15,24 (±0,03) 16,28 (±1,01) 9,33 (±1,63) 0,45 (±0,05) 9,47 (±1,98)
Primavera 1 14,43 (±1,21) 15,83 (±0,68) 5,94 (±1,84) 0,40 (±0,07) 10,14 (±1,61)
Verão 1 16,01 (±0,78) 15,51 (±1,34) 6,90 (±1,59) 1,09 (±0,94) 12,15 (±0,27)
Outono 1 14,88 (±1,58) 14,88 (±0,36) 9,10 (±1,55) 0,42 (±0,06) 11,35 (±4,62)
Inverno 2 14,30 (±0,04) 15,58 (±2,81) 5,67 (±1,05) 0,66 (±0,64) 8,28 (±1,39)
Primavera 2 14,17 (±1,76) 15,01 (±0,32) 6,84 (±4,02) 0,45 (±0,00) 11,65 (±4,72)
Verão 2 15,08 (±2,30) 16,74 (±0,15) 8,64 (±2,14) 1,58 (±1,61) 6,83 (±1,28)
Outono 2 14,22 (±1,08) 15,34 (±1,15) 8,76 (±1,51) 0,75 (±0,55) 7,12 (±2,56)
Legenda: Dados de média (± desvio padrão), (*) = dados não obtidos em campo, (^) = valor
único. Áreas: 1 = Ilha do Governador, 2 = Ilha de Paquetá, 3 = Canal central, 4 =
Entrada da baía e 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
35
Legenda: Gráfico com média (±Erro padrão), letras iguais indicam médias estatísticamente
semelhantes (ver Apêndice B). Áreas: 1 = Ilha do Governador, 2 = Ilha de
Paquetá, 3 = Canal central, 4 = Entrada da baía, 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
36
Legenda: Gráfico com média (±Erro padrão), letras iguais indicam médias
estatísticamente semelhantes (ver Apêndice B). Áreas: 1 = Ilha do Governador,
2 = Ilha de Paquetá, 3 = Canal central, 4 = Entrada da baía, 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
Gráfico 4 – Número médio de colônias de Renilla muelleri coletadas nas diferentes estações do ano, nas cinco
áreas amostradas no (A) primeiro ano entre julho/2005 e maio/2006 e (B) no segundo ano, entre
junho/2006 e maio de 2007, na Baía de Guanabara
Legenda: Gráfico com média (± desvio padrão). Gráfico A) Período entre julho/2005 a maio/2006. Gráfico B)
Período entre junho/2006 a maio/2007. Áreas: 1 = Ilha do Governador, 2 = Ilha de Paquetá, 3 = Canal
central, 4 = Entrada da baía, 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
38
Gráfico 5 - Número médio de colônias de Renilla reniformis coletadas nas diferentes estações do ano, nas cinco
áreas amostradas no (A) primeiro ano entre julho/2005 e maio/2006, e (B) no segundo ano, entre
junho/2006 e maio/2007 na Baía de Guanabara
Legenda: Gráfico com média (± desvio padrão). Gráfico A) Período entre julho/2005 a maio/2006. Gráfico B)
Período entre junho/2006 a maio/2007. Áreas: 1 = Ilha do Governador, 2 = Ilha de Paquetá, 3 = Canal
central, 4 = Entrada da baía, 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
Gráfico 6 – Distribuição da frequência de colônias de Renilla muelleri nas diferentes classes de tamanho
(largura) entre julho/2005 e junho/2007
40 N = 14.343
% de colônias - R. muelleri
30
20
10
0
5
8
14
11
17
20
23
26
29
32
35
38
41
44
47
50
53
56
59
62
65
Mais
Largura (mm)
Gráfico 7 – Distribuição da frequência de colônias de Renilla muelleri nas diferentes classes de tamanho
(comprimento) entre julho/2005 e junho/2007
40 N = 14.343
% de colônias - R. muelleri
30
20
10
0
5
8
11
14
17
20
23
26
29
32
35
38
41
44
47
50
53
56
59
62
65
Mais
Comprimento (mm)
Legenda: N = número de colônias analisadas.
Fonte: A autora, 2017.
40
Gráfico 8 – Diferença na largura das colônias de Renilla muelleri entre as cinco áreas da
Baía de Guanabara
Legenda: Gráfico com média (±Erro padrão), letras iguais indicam médias estatisticamente
semelhantes (ver Apêndice D). Áreas: 1 = Ilha do Governador, 2 = Ilha de
Paquetá, 3 = Canal central, 4 = Entrada da baía, 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
41
Gráfico 9 - Diferença no comprimento das colônias de Renilla muelleri entre as cinco áreas
da Baía de Guanabara
Legenda: Gráfico com média (±Erro padrão), letras iguais indicam médias estatisticamente
semelhantes (ver Apêndice D). Áreas: 1 = Ilha do Governador, 2 = Ilha de
Paquetá, 3 = Canal central, 4 = Entrada da baía, 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
Gráfico 10 - Diferença no peso das colônias de Renilla muelleri entre as cinco áreas da Baía
de Guanabara
Legenda: Gráfico com média (±Erro padrão), letras iguais indicam médias estatisticamente
semelhantes (ver Apêndice D). Áreas: 1 = Ilha do Governador, 2 = Ilha de
Paquetá, 3 = Canal central, 4 = Entrada da baía, 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
42
Gráfico 11 – Distribuição de frequência de tamanho (largura) em Renilla muelleri nas diferentes áreas de coleta
da Baía de Guanabara
Legenda: N = número de colônias analisadas, Área 1 = Ilha do Governador, Área 2 = Ilha de Paquetá, Área 3 =
Canal central, Área 4 = Entrada da baía, Área 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
Gráfico 12 - Variação na estrutura de tamanho (largura) em Renilla muelleri ao longo das estações do ano, entre
julho/2005 e maio/2007 na Baía de Guanabara
Gráfico 13 – Distribuição da frequência de colônias de Renilla reniformis nas diferentes classes de tamanho
(largura) entre julho/2005 e junho/2007
50
% de colônias - R. reniformis
40
30
20
10
0
8
5
62
11
14
17
20
23
26
29
32
35
38
41
44
47
50
53
56
59
65
Mais
Largura (mm)
Legenda: N = número de colônias analisadas.
Fonte: A autora, 2017
45
Gráfico 14 – Distribuição da frequência de colônias de Renilla reniformis nas diferentes classes de tamanho
(comprimento) entre julho/2005 e junho/2007
50
N = 199
% de colônias - R. reniformis
40
30
20
10
0
5
8
29
53
11
14
17
20
23
26
32
35
38
41
44
47
50
56
59
62
65
Mais
Comprimento (mm)
Legenda: N = número de colônias analisadas.
Fonte: A autora, 2017
Gráfico 15 - Diferença na largura das colônias de Renilla reniformis entre as cinco áreas da
Baía de Guanabara
Legenda: Gráfico com média (±Erro padrão), letras iguais indicam médias estatisticamente
semelhantes (ver Apêndice E). Áreas: 1 = Ilha do Governador, 2 = Ilha de Paquetá, 3
= Canal central, 4 = Entrada da baía, 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
46
Legenda: Gráfico com média (±Erro padrão). 1 = Ilha do Governador, 2 = Ilha de Paquetá,
3= Canal central, 4 = Entrada da baía, 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
Gráfico 17 - Diferença no peso das colônias de Renilla reniformis entre as cinco áreas da Baía de
Guanabara
Legenda: Gráfico com média (±Erro padrão). 1 = Ilha do Governador, 2 = Ilha de Paquetá, 3 =
Canal central, 4 = Entrada da baía, 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
47
Gráfico 18 - Distribuição de frequência de tamanho (largura) em Renilla reniformis nas diferentes áreas de coleta
da Baía de Guanabara
Legenda: N = número de colônias analisadas, Área 1 = Ilha do Governador, Área 2 = Ilha de Paquetá, Área 3 =
Canal central, Área 4 = Entrada da baía, Área 5 = Ilha do Fundão.
Fonte: A autora, 2017.
Gráfico 19 - Variação na estrutura de tamanho (largura) em Renilla reniformis nas estações do ano, entre
julho/2005 e maio/2007 na Baía de Guanabara
Gráfico 20 – Variação sazonal das colônias juvenis e adultas de Renilla muelleri provenientes da
área 3 (Canal Central) na Baía de Guanabara entre julho/2005 a maio/2007
100%
80%
% de colônias - Área 3
60%
40%
20%
0%
> 23 mm < 23 mm
Legenda: < 23 mm = largura das colônias juvenis; > 23 mm = largura das colônias adultas.
Fonte: A autora, 2017.
Gráfico 21 – Variação sazonal das colônias juvenis e adultas de Renilla muelleri provenientes da
área 4 (Entrada da baía) na Baía de Guanabara entre julho/2005 e maio/2007
100%
80%
% de colônias - Área 4
60%
40%
20%
0%
> 23 mm < 23 mm
Legenda: < 23 mm = largura das colônias juvenis; > 23 mm = largura das colônias adultas.
Fonte: A autora, 2017.
51
Gráfico 22 – Variação sazonal das colônias juvenis e adultas de Renilla muelleri provenientes da
área 5 (Ilha do Fundão) na Baía de Guanabara entre julho/2005 e maio/2007
100%
80%
% de colônias - Área 5
60%
40%
20%
0%
> 23 mm < 23 mm
Legenda: < 23 mm = largura das colônias juvenis; > 23 mm = largura das colônias adultas.
Fonte: A autora, 2017.
A largura média das fêmeas foi de 35,37 (±7,48) mm e dos machos foi de 35,55
(±7,27) mm. O comprimento médio das fêmeas foi de 15,73 (±3,30) mm e dos machos foi de
15,95 (±3,07) mm, não apresentando diferenças significativas de tamanho entre os sexos
(F=0,01; p=0,90 - F=0,11; p=0,73; respectivamente). Somente as colônias inférteis diferiram
significativamente das colônias machos e fêmeas, em tamanho, apresentando uma largura
média de 24,79 (±7,74) mm (F= 15,70; p<0,01) e comprimento médio de 11,91 (±3,31) mm
(F= 11,34; p<0,01 - Gráficos 23 e 24).
52
Gráfico 23 – Diferença entre a largura das colônias fêmeas, machos e inférteis (< 23 mm de
largura) de Renilla muelleri na Baía de Guanabara durante o ano de 2006
Legenda: Gráfico com média (±erro padrão), letras iguais indicam médias estatísticamente
semelhantes
Fonte: A autora, 2017.
Gráfico 24 – Diferença entre o comprimento das colônias fêmeas, machos e inférteis (< 23
mm de largura) de Renilla muelleri na Baía de Guanabara durante o ano de
2006
Legenda: Gráfico com média (±erro padrão), letras iguais indicam médias estatísticamente
semelhantes.
Fonte: A autora, 2017.
53
Figura 9 – Corte longitudinal e transversal de Renilla muelleri para observação do posicionamento e coloração dos
gametas
Legenda: A) corte longitudinal da colônia, B) corte transversal da colônia, po = pólipo, ga = gametas, setas pretas
indicando os gametas.
Fonte: A autora, 2017.
Foram analisadas 480 lâminas histológicas, cada uma contendo quatro cortes,
totalizando 1.920 cortes observados. As características observadas em cada estágio do
desenvolvimento durante a ovogênese e espermatogênese estão descritas abaixo.
Na ovogênese, o Ovócito I apresentou aspecto basófilo ou levemente acidófilo; o
núcleo se localiza no centro da célula com o nucléolo bem destacado e o citoplasma
geralmente é homogêneo ou apresenta pequenas vesículas de lipídio (Figura 10A).
O Ovócito II apresentou o citoplasma acidófilo com vesículas de lipídio mais
numerosas e aparentes; o núcleo não está totalmente centralizado pois já iniciou a migração
para periferia da célula e o nucléolo pode ser visto em destaque (Figura 10B). A fase
54
intermediária é a mais longa e pode apresentar características variadas. É nessa fase que
acontece grande parte do crescimento do ovócito.
O Ovócito III apresentou o citoplasma fortemente acidófilo com muitas vesículas de
lipídio de diversos tamanhos. O núcleo já se encontra na periferia da célula, e esta é a
característica mais marcante desta fase final, o nucléolo se destaca pelo seu grande tamanho
(Figura 10C).
Nos octocorais, é comum encontrar uma camada de células foliculares ao redor das
células reprodutivas em todos os estágios de desenvolvimento. Em alguns cortes foi possível
observar, de forma bem definida, a presença dessa camada de células foliculares com
coloração basófila. Em outros cortes, pode-se observar a camada de células foliculares
incompleta ou destruída, com a mesma coloração do citoplasma (Figura 10C).
Na espermatogênese, o cisto espermático I apresenta o citoplasma com aspecto geral
levemente acidófilo. O cisto possui, nesta primeira fase, uma aparência geral granulada com
células pequenas e individualizadas, semelhante a espermatogônias (Figura 10D).
No cisto espermático II, o citoplasma se manteve acidófilo, com aspecto ainda
fortemente granulado, com células individualizadas maiores que as encontradas no estágio I,
caracterizando-se como espermatócitos. Como a fase intermediária é a mais longa, os cistos
podem apresentar diferentes características, porém a mais frequente é a presença de um lúmen
no centro do cisto (Figura 10E).
O cisto espermático III se caracteriza pela presença de espermátides, com a cabeça dos
espermatozóides voltada para a periferia da célula e apresentando coloração basófila, sendo as
caudas voltadas para o centro do cisto, apresentando coloração acidófila (Figura 10F). A
junção das caudas pode apresentar formatos variados dentro do cisto, dependendo do ângulo
do corte histológico.
55
Legenda: A) Ovócito I, B) Ovócito II, C) Ovócito III, D) Cisto espermático I, E) Cisto espermático II, F) Cisto
espermático III (seta indicando as caudas dos espermatozóides de coloração acidófila), N = núcleo,
Nu = nucléolo, Fo = células foliculares, L = lúmen.
Fonte: A autora, 2017.
56
60
50
Frequência (%)
40
30
20
10
0
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
350
375
400
425
25
50
75
40 N=71
30
Frequência (%)
20
10
0
250
100
125
150
175
200
225
275
300
325
350
375
400
425
25
50
75
Gráfico 27 – Distribuição de frequência dos ovócitos III nas diferentes classes de tamanho
40 N=104
30
Frequência (%)
20
10
425
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
350
375
400
25
50
75
Classes de tamanho (µm)
Gráfico 28 – Médias de tamanho (µm) entre os ovócitos I, II e III das fêmeas de Renilla
muelleri coletadas na Baía de Guanabara
Legenda: Média (± erro padrão) do tamanho (µm), letras minúsculas diferentes indicam
médias estatisticamente distintas (ver Apêndice H).
Fonte: A autora, 2017.
58
Nas colônias macho, foi medido um total de 371 cistos espermáticos, sendo 107
considerados cistos espermáticos I, 101 cistos espermáticos II e 163 cistos espermáticos III. A
distribuição de frequência de tamanho dos cistos espermermáticos I e II foi semelhante, sem
apresentar uma moda bem definida (Gráficos 29 e 30). A distribuição de frequência do cisto
espermático III teve a moda bem definida na classe de tamanho de 225 µm (Gráfico 31).
40 N=107
Frequência (%)
30
20
10
400
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
350
375
425
25
50
75
40 N=101
30
Frequência (%)
20
10
0
400
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
350
375
425
25
50
75
Gráfico 31 – Distribuição de frequência dos cistos espermáticos III nas diferentes classes de
tamanho
60 N=163
50
Frequência (%) 40
30
20
10
0
325
100
125
150
175
200
225
250
275
300
350
375
400
425
25
50
75
Gráfico 32 – Médias de tamanho (µm) entre os cistos espermáticos I, II e III dos machos
de Renilla muelleri coletados na Baía de Guanabara
Legenda: Média (± erro padrão) do tamanho (µm). Letras minúsculas diferentes indicam
médias estatisticamente distintas (ver Apêndice H).
Fonte: A autora, 2017.
60
Gráfico 33 – Frequência de ocorrência dos estágios dos ovócitos nas colônias fêmeas de Renilla
muelleri por mês, durante o ano de 2006
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Jan (7/317)
Fev (4/198)
Ago (4/239)
Nov (4/210)
Jul (6/363)
Set (5/263)
Dez (7/341)
Out (3/139)
Abr (3/228)
Mai (2/29)
Mar (5/332)
Jun (5/276)
Gráfico 34 – Frequência de ocorrência dos estágios dos cistos espermáticos nas colônias machos
de Renilla muelleri por mês, durante o ano de 2006
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Jan (3/102)
Mai (5/137)
Jul (4/343)
Ago (5/454)
Nov (5/328)
Dez (1/72)
Set (2/115)
Fev (2/56)
Out (5/351)
Abr (7/415)
Jun (5/295)
Mar (1/127)
Figura 11 – Cortes histológicos mostrando os diferentes estágios de desenvolvimento dos gametas (I, II e III)
ocorrendo juntos na mesma colônia
Legenda: A) Colônia fêmea com ovócitos I e III, B) Colônia macho com cistos espermáticos I, II, III.
Fonte: A autora, 2017.
62
5 DISCUSSÃO
Neste estudo, procurou-se analisar a distribuição das duas espécies de octoral, Renilla
muelleri e Renilla reniformis na Baía de Guanabara. Os resultados mostram que as espécies se
distribuem de acordo com a granulometria e as variáveis ambientais relacionadas ao
sedimento, com maior abundância na entrada e nas áreas intermediárias da baía e menor
abundância nas áreas mais internas e rasas. Consequentemente, quando observamos a
distribuição desses octocorais, pode-se dividir a Baía de Guanabara em dois grandes setores: a
entrada da baía e as áreas intermediárias, que possuem maior porcentagem de sedimentos
arenosos, maior circulação de água, menores níveis de matéria orgânica no sedimento, com
profundidades entre 7 – 20 metros, como sendo ambientes propícios para a presença e
sobrevivência das duas espécies; e um outro setor interno, mais raso (2 – 7 metros), com
menor nível de oxigênio dissolvido e maior teor de matéria orgânica no sedimento, como uma
área onde a abundância desses octocorais é extremamente reduzida.
De acordo com CATANZARO et al. (2004), o sedimento da Baía de Guanabara se
distribui em diversas manchas de diferentes granulometrias, com predominância de areia na
entrada e áreas intermediárias, e silte/argila nas áreas mais internas. Nesse mesmo trabalho, os
autores também avaliam outras variáveis ambientais e encontram um maior teor de matéria
orgânica e menores níveis de oxigênio nos sedimentos das áreas internas, sendo o mesmo
padrão encontrado no presente trabalho. Pode-se inferir, portanto, que a distribuição das
espécies analisadas neste estudo é influenciada pelas características sedimentológicas da baía
e dos níveis de oxigênio da água de fundo.
Outros invertebrados bentônicos da Baía de Guanabara também apresentam
distribuição semelhante, sendo os bivalves, por exemplo, dominantes nos setores externos da
baía com progressiva diminuição da abundância em direção às áreas internas. Já os
gastrópodes se distribuem por toda baía, com dominância de espécies oportunistas nos setores
internos (NEVES et al., 2013).
Na Baía de Guanabara, seguindo também o gradiente estuarino, o gradiente de
poluição aumenta da entrada da baía para a região interna, principalmente pela baixa
circulação de águas oceânicas na região mais interna e o grande aporte de águas continentais
63
sem tratamento (FISTAROL et al., 2015; KJERFVE et al., 1997; MAYR et al., 1989). A
degradação ambiental pode ser fundamental para modificar a distribuição dessas espécies,
pois com a crescente poluição, as características do sedimento da baía podem ser alteradas,
aumentando as áreas com alto teor de matéria orgânica e sedimentos mais finos, alterando os
níveis de oxigênio próximo ao fundo, de forma a diminuir as áreas favoráveis à presença
dessas duas espécies.
Durante todo o período de coleta, não foram encontradas colônias de R. reniformis na
área 2. Essa área se localiza na região mais interna da baía, atrás da Ilha de Paquetá e próxima
à Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, que possui uma grande extensão de manguezal
com predominância de sedimentos lamosos (CATANZARO et al., 2004). Durante o período
estudado, tal área apresentou o menor nível de oxigênio dissolvido e maior teor de matéria
orgânica no sedimento. A menor abundância dessa espécie durante todo estudo e a sua
ausência nessa área, indica que a espécie R. reniformis pode ser mais sensível à degradação
ambiental que R. muelleri.
O resultado referente à variação interanual mostrou um grande aumento da abundância
das colônias de R. muelleri no segundo ano de coleta. Outros trabalhos realizados no mesmo
período do presente estudo (2005/2007) na Baía de Guanabara, encontraram o mesmo padrão
de variação anual para peixes demersais como a corvina Micropogonias furnieri (MULATO
et al., 2015), o baiacu Chilomycterus spinosus spinosus (SANTOS et al., 2015) e também
para as lulas da família Loliginidae (MORAES E LAVRADO, 2017). Embora a pluviosidade
tenha sido diferente entre os dois anos, não houve correlação significativa com a abundância
das duas espécies de Renilla, impossibilitando a associação da pluviosidade com a variação
interanual da abundância.
Analisando a variação temporal, observa-se um padrão de aumento na abundância de
ambas as espécies durante os períodos de verão e outono, e uma clara diminuição durante o
inverno. SANTOS et al. (2015) observaram picos de abundância de C. spinosus spinosus
durante o outono dos dois anos na Baía de Guanabara, sendo que a abundância no outono do
segundo ano foi expressivamente maior que no primeiro, sendo o mesmo padrão observado,
no presente estudo, para R. muelleri. Ainda na Baía de Guanabara, MULATO et al. (2015)
observaram para M. furnieri uma maior abundância no outono, e GOLODNE et al. (2010)
encontraram uma maior abundância dos siris Callinectes ornatus e Callinectes danae, durante
o verão. O presente estudo e demais trabalhos, indicam que os períodos de verão e outono são
favoráveis para o recrutamento de diversas espécies na Baía de Guanabara.
64
QUARESMA et al., 2000) se caracterizando como um local com maior distúrbio mecânico,
porém com melhor qualidade ambiental das águas de fundo. De acordo com KASTENDIEK
(1976), pequenas colônias de Renilla se ancoram mais facilmente ao sedimento do que
colônias maiores; assim indivíduos jovens podem habitar áreas mais turbulentas.
KASTENDIEK (1982), em outro estudo, encontrou uma maior porcentagem de
colônias pequenas em áreas rasas de uma praia arenosa na Califórnia e relacionou o fato com
o alto hidrodinamismo encontrado nessa zona, reforçando essa hipótese. No presente trabalho
a área mais profunda é também a mais hidrodinâmica, onde se encontrou a maior
porcentagem de colônias juvenis e menor porcentagem de colônias adultas, o que sugere que a
ação de correntes pode ser mais importante que a profundidade para a permanência de
colônias pequenas ou grandes em um determinado local.
Outro fator que pode contribuir para a menor porcentagem de colônias adultas na área
3 é a atividade de pesca de arrasto de fundo, que ocorre na baía. De acordo com JABLONSKI
et al. (2006), entre os anos de 2001 e 2002, estavam em operação 1.402 barcos de pesca na
Baía de Guanabara, sendo 6% exclusivos para pesca de arrasto. Esse tipo de pesca acontece
com frequência em diversos pontos da baía, incluindo nas proximidades do canal central
(JABLONSKI et al., 2012). As colônias encontradas por CLAVICO (2007b), que possuíam
tamanho médio maior que as colônias encontradas no presente estudo, foram coletadas na
enseada da Urca, local onde não há registros de atividade pesqueira desse tipo.
Diversos trabalhos apontam a presença de penatuláceos e outros cnidários como fauna
acompanhante da pesca de arrasto. A principal espécie do presente estudo, Renilla muelleri,
aparece ocasionalmente na fauna acompanhante da pesca de camarão em Santa Catarina
(BRANCO et al., 2015). JORGENSEN et al. (2015) constataram que, no mar de Barents,
norte da Noruega, a pesca de arrasto afeta a biomassa de todas as espécies da fauna
acompanhante, principalmente as que são consideradas de “alto-risco”, como o penatuláceo
Umbellula encrinus. BUHL-MORTENSEN et al. (2015) também verificaram uma redução da
densidade do megabentos (esponjas, corais, penatuláceos, poliquetas) em áreas de alta
intensidade de pesca no mar de Barents.
KASTENDIEK (1976) observou que Renilla koellikeri tem a capacidade de se
reancorar no sedimento após um distúrbio, o que levanta a hipótese de que as colônias
encontradas como fauna acompanhante poderiam sobreviver após a devolução ao mar. Porém,
a pesca de arrasto é uma prática muito agressiva para a fauna capturada podendo causar danos
às colônias. Além disso, a devolução da fauna acompanhante geralmente é feita longe do local
66
da pesca, podendo ser depositada em sedimentos que não sejam favoráveis à sua ancoragem e
sobrevivência.
Nas áreas internas da baía, apesar de apresentarem a menor abundância, o tamanho das
colônias não diferiu das localidades que apresentam colônias grandes. Isso também pode estar
relacionado à menor intensidade de pesca de arrasto naquela região. A região do fundo da
baía é conhecida por abrigar currais de pesca (JABLONSKI et al., 2006), arte de pesca menos
impactante para a fauna bentônica. Apesar de não ser um ambiente propício para Renilla, as
colônias que conseguem sobreviver nas áreas mais internas atingem um tamanho maior que a
média da população. Isso indica que a intensidade e o tipo de pesca podem ser mais
prejudiciais para o crescimento da colônia que a qualidade ambiental da baía.
ECKELBARGER et al., 1998; EDWARDS E MOORE, 2008; 2009; LOPES et al., 2012) e
espécies de regiões mais profundas chegam a ter ovócitos maiores que 1.000 µm (BAILLON
et al., 2014b; 2014c, PIRES et al., 2009), indicando que a ordem Pennatulacea é bem diversa
em relação ao tamanho das células reprodutivas. Entretanto, pelos resultados expostos, essa
parece ser uma característica bem preservada dentro do gênero Renilla, que apresenta
ovócitos com aproximadamente 400 µm e cistos espermáticos um pouco menores com
aproximadamente 350 µm.
A diferença significativa encontrada entre o tamanho dos três tipos de ovócitos e cistos
espermáticos caracterizam etapas distintas do desenvolvimento e corroboram a determinação
de três estágios diferentes para a gametogênese, semelhante ao que foi descrito por PIRES et
al. (2009). O desenvolvimento das células reprodutivas femininas pode ser facilmente
diferenciado pelo tamanho, pois não possuem muitas mudanças morfológicas de um estágio
para o outro; o que ocorre basicamente é o incremento de vitelo e a migração do núcleo para a
periferia da célula. Já as células reprodutivas masculinas mudam a morfologia à medida que
se avança no desenvolvimento, pois a formação do espermatozóide passa pelas fases de
espermatogônia, espermatócito e espermátide, e cada uma dessas células possui uma
morfologia bem diferenciada. Portanto, na análise microscópica das células reprodutivas
masculinas, pode-se dizer que a morfologia é mais importante que o tamanho. Desse modo,
para uma análise confiável das células reprodutivas no geral, o tamanho não deve ser a única
característica observada, sendo indispensável a análise morfológica das células.
Alguns trabalhos se baseiam somente na ovogênese para analisar a biologia
reprodutiva e determinar a época de desova de uma espécie (EDWARDS E MOORE, 2008;
2009; LOPES et al., 2012; SERVETTO et al., 2013; SOONG, 2005). Porém, em corais, o
ciclo reprodutivo feminino geralmente é longo e se estende por todo ano, podendo ocorrer a
reabsorção de ovócitos ao invés da liberação (EDWARDS E MOORE, 2008; 2009; PIRES et
al., 1999). Em contrapartida, o ciclo reprodutivo do macho é geralmente mais rápido que o da
fêmea, em poucos meses, os cistos se desenvolvem para alcançar a desova sincronizada com a
fêmea (PIRES et al., 1999). Sendo assim, é importante que se compare o ciclo reprodutivo
feminino com o masculino para entender melhor a biologia reprodutiva das espécies, pois sem
a liberação dos cistos espermáticos não há fecundação e consequentemente não ocorre a
reprodução.
No presente trabalho, a frequência de ocorrência dos ovócitos I e cistos espermáticos I
foi alta em todos os meses do ano, indicando que as colônias estão sempre investindo na
produção de células reprodutivas. Quando observa-se as colônias femininas, nota-se a
69
presença frequente de ovócitos III, sugerindo que a desova pode ocorrer várias vezes ao ano o
que caracterizaria uma desova contínua. Porém, quando observa-se a frequência dos cistos
espermáticos III, nota-se um aumento nos meses de agosto a dezembro, o que indica que esses
sejam os meses mais propícios para reprodução sexuada. Sendo assim, a desova de Renilla
muelleri pode ser considerada sazonal, ocorrendo preferencialmente durante os meses da
primavera e início do verão.
Sabe-se que a desova de Renilla koellikeri ocorre durante a primavera e verão no
hemisfério norte, de maio até final de julho/início de agosto, na região da Califórnia, EUA
(PERNET E ANCTIL, 2002; SATTERLIE E CASE, 1979; TREMBLAY et. al., 2004). O
mesmo padrão foi encontrado para Renilla reniformis na Carolina do Norte, EUA, com
desovas ocorrendo de maio a julho (WILSON, 1883). O período de desova de R. muelleri no
presente estudo, coincide com o período entre o início da primavera e o início do verão para o
hemisfério sul, entre agosto até o mês de dezembro.
Os penatuláceos podem apresentar desovas contínuas (ECKELBARGER et. al., 1998;
PIRES et. al., 2009) ou sazonais (EDWARDS E MOORE, 2008; 2009; LOPES et. al., 2012;
SOONG, 2005), ou ainda, podem apresentar desovas sem uma periodicidade bem marcada.
KASTENDIEK (1982) observou, durante quatro anos de estudo em uma praia da Califórnia,
somente dois eventos de recrutamento de R. koellikeri, um em novembro de 1972 e outro em
outubro de 1974, sendo que, nessas épocas, o autor encontrou inúmeras colônias com menos
de 10 mm de diâmetro, indicando desovas recentes.
No presente trabalho, observa-se um padrão sazonal diferente em relação a
porcentagem de colônias juvenis e adultas entre os dois anos de estudo. Durante o primeiro
ano, na primavera, a quantidade de juvenis diminuiu em relação ao inverno. No verão
observou-se colônias com tamanho abaixo de 14 mm. E no outono pode-se observar um
aumento na porcentagem das classes de tamanho iniciais até 23 mm. Já no segundo ano, nota-
se um aumento gradativo após o inverno, das colônias entre 20 e 23 mm, compreendendo os
períodos de primavera, verão e outono. Tais resultados corroboram que a desova de R.
muelleri ocorra nos períodos de primavera e verão, sendo possível detectar um maior número
de colônias juvenis (< 23 mm) nos períodos de verão e outono.
70
Tabela 4 - Tabela comparativa entre trabalhos anteriores que abordaram a reprodução em penatuláceos
Período de Razão Máx. Máx.
Referência Espécie Região Profundidade N Desova Sexual Diâmetro do Diâmetro
(M:F) Ovócito do Cisto
WILSON (1883) Renilla reniformis Carolina do Norte, EUA Zona costeira - Maio - Julho - 350 µm -
CHIA E CRAWFORD Ptilosarcus guerneyi Seattle, EUA Zona costeira 15 Março - 600 µm ~300 µm
(1973)
SATTERLIE E CASE (1979) Renilla kollikeri Califórnia, EUA Zona costeira - Maio - Agosto - ~400 µm ~400 µm
ECKELBARGER et al. Pennatula aculeata Golfo do Maine, EUA 113-231 m 22 Contínuo 1:1 880 µm 320 µm
(1998)
TREMBLAY et al. (2004) Renilla koellikeri Califórnia, EUA Zona costeira 75 Maio - Julho - 400 µm 400 µm
SOONG (2005) Virgularia juncea Taiwan, China 0,5 – 1,0 m ~360 Agosto - - 300 µm -
Setembro
EDWARDS E MOORE Pennatula phosphorea Escócia, Reino Unido 18,2 – 19,9 m ~180 Julho - Agosto 1:1 >500 µm -
(2008)
Outubro -
EDWARDS E MOORE Funiculina quadrangularis Escócia, Reino Unido 18,9 – 24,3 m ~180 Janeiro 1:1 >800 µm -
(2009)
PIRES et al. (2009) Anthoptilum murrayi Brasil 1.300 – 1.799 m 24 Contínuo 1:1 1.200 µm 740 µm
LOPES et al. (2012) Vetetilium cynomorium Portugal Zona costeira 210 Julho 1:1,7 967 µm -
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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80
Renilla muelleri
Renilla reniformis
Comprimento
Teste HSD Tukey; Variável Comprimento de Renilla muelleri
Probabilidades aproximadas para Testes Post Hoc
Erro: Entre MS = 16,035; df = 14339
1 2 3 4 5
Áreas 13,046 13,383 12,888 14,475 14,991
1 0,988618 0,997247 0,019168 0,000384
2 0,988618 0,873319 0,210860 0,016738
3 0,997247 0,873319 0,000017 0,000017
4 0,019168 0,210860 0,000017 0,000018
5 0,000384 0,016738 0,000017 0,000018
Peso
Teste HSD Tukey; Variável Peso de Renilla muelleri
Probabilidades aproximadas para Testes Post Hoc
Erro: Entre MS = 4,0912; df = 14339
1 2 3 4 5
Áreas 1,4074 1,4708 1,1007 1,6763 2,0448
1 0,999760 0,694253 0,786742 0,058566
2 0,999760 0,614261 0,933643 0,183963
3 0,694253 0,614261 0,000017 0,000017
4 0,786742 0,933643 0,000017 0,000017
5 0,058566 0,183963 0,000017 0,000017
Largura
Teste HSD Tukey; Variável Largura de Renilla reniformis
Probabilidades aproximadas para Testes Post Hoc
Erro: Entre MS = 19,058; df = 195,00
1 3 4 5
Áreas 16,275 19,179 16,620 15,697
1 0,795552 0,999517 0,997767
3 0,795552 0,012604 0,000390
4 0,999517 0,012604 0,548656
5 0,997767 0,000390 0,548656
Comprimento
Teste Univariado de Significância para o Comprimento de R. reniformis
Grau de
SS Liberdade MS F p
Intercept 4191,918 1 4191,918 482,1677 0,000000
Área 56,391 3 18,797 2,1621 0,093815
Erro 1695,311 195 8,694
Peso
Teste Univariado de Significância para o Peso de R. reniformis
Grau de
SS Liberdade MS F p
Intercept 12,2746 1 12,27456 18,84200 0,000023
Área 1,5375 3 0,51249 0,78669 0,502651
Erro 127,0321 195 0,65145
APÊNDICE G – Número mensal de colônias (fêmea, macho e infértil) e razão sexual mensal
e total, das colônias de Renilla muelleri de janeiro a dezembro de 2006
na Baía de Guanabara
Ovócitos
Teste HSD Tukey; Variável Tamanho do Ovócito
Probabilidades aproximadas para Testes Post Hoc
Erro: Entre MS = 1455; df = 320,00
Ovócito I Ovócito II Ovócito III
Fêmeas 79,990 208,90 277,67
Ovócito I 0,000022 0,000022
Ovócito II 0,000022 0,000022
Ovócito III 0,000022 0,000022
Cistos espermáticos
Teste HSD Tukey; Variável Tamanho do Cisto
Probabilidades aproximadas para Testes Post Hoc
Erro: Entre MS = 2027,5; df = 368,00
Cisto I Cisto II Cisto III
Machos 183,99 199,56 213,16
Cistos I 0,034020 0,000022
Cistos II 0,034020 0,044854
Cistos II 0,000022 0,044854
0,00
100,00
20,00
40,00
80,00
60,00
01/01(71)
02/01(50)
03/01(73)
04/01(35)
06/01(34)
08/01(29)
09/01(25)
04/02(67)
05/02(31)
06/02(60)
08/02(40)
02/03(50)
07/03(75)
08/03(22)
09/03(69)
10/03(116)
02/04(46)
09/04(98)
10/04(84)
02/05(01)
10/05(28)
01/06(92)
04/06(15)
% Ovócito 1
06/06(18)
08/06(75)
09/06(76)
02/07(87)
05/07(90)
06/07(17)
% Ovócito 2
07/07(98)
08/07(25)
10/07(46)
05/08(27)
Legenda: Gráfico de frequência relativa. Nº da colônia/Mês de coleta (Nº total de ovócitos).
06/08(56)
% Ovócito 3
07/08(107)
08/08(49)
02/09(42)
03/09(91)
07/09(62)
08/09(33)
09/09(35)
03/10(63)
08/10(33)
09/10(43)
01/11(68)
03/11(75)
04/11(39)
09/11(28)
01/12(54)
02/12(8)
04/12(91)
05/12(70)
06/12(24)
07/12(45)
08/12(53)
APÊNDICE I – Frequência de ocorrência dos estágios dos ovócitos em cada uma das colônias fêmeas de Renilla muelleri, durante o ano de
88
09/12(4)
0,00
100,00
20,00
40,00
60,00
80,00
05/01(30)
07/01(17)
10/01(57)
01/02(37)
01/04(103)
03/04(74)
04/04(47)
05/04(40)
06/04(27)
07/04(83)
08/04(41)
01/05(30)
03/05(22)
04/05(03)
05/05(24)
06/05(58)
02/06(143)
% Cisto 1
03/06(51)
05/06(20)
07/06(66)
10/06(15)
% Cisto 2
01/07(65)
03/07(73)
04/07(62)
Legenda: Gráfico de frequência relativa. Nº da colônia/Mês de coleta (Nº total de cistos).
09/07(143)
% Cisto 3
01/08(109)
02/08(163)
03/08(66)
04/08(52)
09/08(64)
04/09(75)
10/09(40)
01/10(126)
02/10(52)
04/10(29)
05/10(111)
10/10(33)
02/11(30)
05/11(147)
06/11(11)
07/11(24)
08/11(109)
APÊNDICE J – Frequência de ocorrência dos estágios dos cistos espermáticos em cada uma das colônias machos de Renilla muelleri, durante o
89
10/11(37)
10/12(72)