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GEOMETRIA SOLAR

CAPITULO 4

SEMI. CONFORTO AMBIENTAL -10º SEM


ADRIANA PEREIRA
LIRIANE AGUIAR
TATYANA LINA
GEOMETRIA SOLAR

• Conhecimento fundamental para o arquiteto;


• Verões quentes e muito sol ao longo do ano;
• Sombreamento: Estratégia bioclimática mais indicada;
• Percentual de necessidade de sombreamento de cidades brasileiras;
• Sombrear o sol exige conhecimento dos momentos em que ele é
indesejável (Verão);
• Desejável com a necessidade de iluminação natural (Inverno);
• Arquitetura adaptada à estas necessidades (Brises, vidro, etc).
Figura– Desejabilidade de sombreamento.

Fonte: Eficiência Energética na Arquitetura, xxxx.


A RADIAÇÃO SOLAR - FONTE DE CALOR

• Principal fonte de calor;


• Importante contribuinte para ganho térmico em edifícios;
• Interceptada pelos elementos vegetais e topográficos;
• Árvores podem interceptar entre 60 e 90% da radiação solar;
• Absorve parte da radiação solar (fotossíntese);
• Calor emitido para o solo também é menor que a céu aberto.
A RADIAÇÃO SOLAR - FONTE DE CALOR
• Possui 5 partes principais:
1. Radiação solar direta (onda curta);
2. Radiação solar difusa (onda curta);
3. Radiação solar refletida pelo solo e pelo entorno (onda curta);
4. Radiação térmica emitida pelo solo aquecido e pelo céu (onda longa);
5. Radiação térmica emitida pelo edifício (onda longa);
• De acordo com as características da superfície refletora;
• Albedo: Coeficiente de reflexão em uma determinada superfície;
• O vidro não permite as saída de calor (Efeito Estufa). Figura – Esquema – Radiação Solar.

Fonte: Eficiência Energética na Arquitetura, xxxx.


TERRA X SOL
 O Sol está presente no céu por mais tempo no verão;
 Solstícios de verão e de inverno (21 de dezembro e 21 de junho);
 Inclinação entre o eixo de rotação e o plano de translação da Terra ao redor do Sol;
 Solstício de verão no hemisfério sul e de inverno no hemisfério norte;
 Equinócios (21 de março de outono e 21 de setembro de primavera no Hemisfério Sul);
 Outono inicia no norte quando a primavera inicia no sul.
Figura xx – Trajetória da Terra ao redor do Sol.

Fonte: Eficiência Energética na Arquitetura, xxx.


POSIÇÃO DO SOL NO CÉU

 Definida por dois ângulos: Altura Solar (H) e Azimute Solar (A);
 H = Ângulo formado entre o sol e o plano horizontal da Terra;
 A = Ângulo formado entre o norte geográfico e a projeção do sol no plano
horizontal;
 Identificação da insolação em aberturas;
 Sombreamento das edificações e entorno.

NG X NM
 Norte geográfico:
 Movimento de rotação da Terra;
 Segue as linhas de longitude;

 Norte Magnético:
 Possui defasagem angular em relação ao norte geográfico;
 Ponto nas regiões árticas que muda constantemente de lugar;
A CARTA SOLAR

É uma ferramenta de auxílio ao projeto bastante útil que indica a Projeção da carta solar equidistante, ortográfica e estereográfica

posição exata do sol num determinado momento do dia. Ela pode

ser interpretada como a projeção das trajetórias solares ao longo

da abóbada celeste durante todo o ano. Essa projeção pode ser

construída através de diversos métodos, os mais conhecidos são:

• Método equidistante: consiste no simples desenho de círculos

concêntricos equidistantes, representando as alturas solares,

sobre os quais as trajetórias solares são traçadas.

• Método ortográfico: mostra como pontos existentes no

hemisfério celeste são visualizados no plano horizontal, dando o

posicionamento dos círculos de alturas neste mesmo plano.

• Projeção estereográfica: projeta qualquer ponto da abóbada

celeste num ponto teórico chamado nadir. O nadir representa um

ponto diametralmente oposto ao zênite celeste. Os círculos de

alturas são traçados nas posições onde as projeções ao nadir


Fonte: Szokolay 1996
interceptam o plano horizontal.
A CARTA SOLAR

Imaginando que o sol risca a abóbada celeste Se detalhássemos mais um pouco a trajetória solar,
enquanto se move por ela durante um dia, teríamos marcando pontos para cada hora do dia,
uma linha curva projetada no chão que representaria poderíamos visualizar todos os horários em que o sol
esse risco de um dia no plano horizontal. está presente naquele dia específico.

Trajetória solar em um dia qualquer na carta solar Trajetória do sol durante um dia na carta solar com marcação de horários

Fonte: DUTRA, Luciano Fonte: DUTRA, Luciano


A CARTA SOLAR
Para a cidade de Florianópolis, cuja latitude é de 27,6oS, a Para se saber o posicionamento exato do sol, basta
carta solar teria então as seguintes projeções das então dispor da carta solar e construir uma malha para os
trajetórias solares. possíveis azimutes e alturas solares, facilitando a leitura
Trajetórias solares durante todo o ano destes ângulos. Temos assim linhas radiais que
representam os azimutes solares.
.
Carta solar para a latitude de 27,6° Sul (27o35′48″S - Florianópolis)

Fonte: DUTRA, Luciano

Informações que podem ser lidas


na carta solar: trajetória solar, hora
do dia, altura solar, azimute solar e
número de horas de sol.
Fonte: DUTRA, Luciano
APLICAÇÕES PRÁTICAS DA CARTA SOLAR
• SOMBREAMENTO DO ENTORNO

Sombreamento do entorno com auxílio da carta solar


.

Fonte: DUTRA, Luciano


APLICAÇÕES PRÁTICAS DA CARTA SOLAR
• NÚMERO DE HORAS DE SOL

Número de horas de sol


.

Fonte: DUTRA, Luciano


APLICAÇÕES PRÁTICAS DA CARTA SOLAR

• PENETRAÇÃO SOLAR EM AMBIENTES


. Penetração solar num ambiente para o dia 21 de junho as 9h

Fonte: DUTRA, Luciano


O TRANSFERIDOR DE ÂNGULOS

• O ÂNGULO α • O ÂNGULO β • O ÂNGULO ϒ


. . .

Fonte: DUTRA, Luciano Fonte: DUTRA, Luciano Fonte: DUTRA, Luciano

O α auxilia no traçado de O β auxilia no traçado de arestas Também representa superfícies

superfícies sobre a carta solar, a verticais sobre a carta solar. horizontais, porém auxilia no

partir do traçado de suas arestas traçado de bordas ortogonais as

horizontais que dão origem ao ângulo α e β.


ANÁLISE DE PROTEÇÕES SOLARES
• PROTEÇÃO SOLAR HORIZONTAL • PROTEÇÃO SOLAR VERTICAL
.As proteções solares horizontais caracterizam-se por .As proteções solares verticais sombreiam o sol em
obstruir a visão do céu em ângulos com valores relação ao seu ângulo de azimute, coplanar ao ângulo
superiores ao do α. β da proteção.
Proteção solar vertical - ângulo β e sombreamento
A máscara de sombreamento final da proteção solar é
composta de uma área que une os três ângulos medidos.

Proteção solar horizontal - ângulo α e Proteção solar horizontal - ângulos γ e


sombreamento ângulo α
Fonte: DUTRA,
Luciano

Proteção solar vertical - ângulos γ

Fonte: DUTRA, Luciano Fonte: DUTRA, Luciano


Fonte: DUTRA, Luciano
PROJETO DE PROTEÇÕES SOLARES

Para projetar uma proteção solar adequada a uma abertura é necessário saber:
 A necessidade de sombreamento ou de insolação no ambiente interior. ( * Essa definição é tarefa do
arquiteto, que conhece a função a ser exercida no interior do ambiente projetado.)
 Carga térmica interna do ambiente (pois pode fazer com que as temperaturas internas sejam superiores as
externas)
 Obter a carta solar e a mancha de sol indesejável para a localidade em questão (quando definida a
necessidade de sombreamento).

Para desenhar a mancha de necessidade


de sombreamento total e a mancha com
necessidade de insolação total, transfere-
se para a carta solar os horários em que a
temperatura excede os valores descritos.
Faz-se:
 Duas manchas diferentes: PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO (DEZEMBRO A JUNHO)
SEGUNDO SEMESTRE (JUNHO A DEZEMBRO)

Mancha de temperaturas para Florianópolis de Mancha de temperaturas para Florianópolis de


21 de dezembro até 21 de junho 21 de junho até 21 de dezembro

Isso implica em soluções de brises:


 Partes fixas, para sombrear o sol indesejável comum aos dois períodos.
 Partes móveis, para sombrear o sol indesejável do período mais quente quando necessário.
 Porém deixando a abóbada celeste desobstruída no período mais frio, quando o brise não é mais
requerido.
Para projetar o brise:
 Desenharam-se os ângulos
necessários para bloquear o sol
indesejável (α = 50o; γ = 40o).
 Considera-se uma pequena
parcela de sol poderia penetrar no
ambiente em alguns períodos.
 Brise poderia sombrear um pouco
além do necessário em outros
períodos.

Figura: Brise alternativo para a mesma fachada

Figura: Projeto de um brise para a fachada


noroeste em Florianópolis

Figura: Comparação entre os dois brises com mesmo sombreamento


Análise de sombreamento e projeto de proteções solares com
aparatos de simulação em maquete
Aparatos bastante úteis para visualização de sombreamento e acesso solar e mesmo projeto de proteções solares com o
uso de maquetes. Os principais são:
 RELÓGIO SOLAR
 HELIODON
 SOLARSCÓPIO.

 RELÓGIO SOLAR
O relógio solar é uma ferramenta de auxílio ao projeto
bioclimático prática e compacta.
O HELIODON: faz as análises através de uma O SOLARSCÓPIO, faz análises de sombreamento e de penetração
mesa giratória e inclinável, onde se põe a solar em maquetes também. Ao contrário do heliodon, o solarscópio
maquete a ser analisada. é mais representativo da geometria solar que estamos
acostumados

Heliodons e Solarscópios: Estes superam o relógio solar em precisão e visualização, pois podem simular facilmente a
presença do sol em qualquer situação desejada
Análise de maquetes com heliodons e solarscópios

Montam-se três situações distintas,


 Inverno: onde se analisa se o sol presente na
maquete é suficiente para a função
desempenhada no edifício.
 Meia estação: onde se considera uma
desejabilidade mediana do sol.
 Verão: onde o sol deve ser evitado
integralmente.

 Coloca-se a maquete no solarscópio ou


heliodon corretamente orientada segundo o
NORTE do terreno e fotografa-se (ou desenha-
se) as manchas de sombra que o edifício faz
no seu entorno ou que o entorno faz no
terreno, para cada dia e horário estabelecido
na análise
Simulação de sombreamento e acesso solar com auxilio de
programas computacionais

Analysis, o Analysis-SOL-AR (2012) é dividido em dois módulos básicos:


 Um que analisa a carta solar para a região desejada
 Outro que analisa a rosa-dos-vetos.

O programa marca:
 Dados de temperatura do ar diretamente sobre a carta solar para determinada latitude, e
 Mostra através de cores diferenciadas como essas temperaturas se distribuem ao longo do ano,

Outros Aplicativos...
 AutoCAD
 3D Studio
 Ecotect.
Tabela de Brises
Para auxílio de arquitetos e projetistas no projeto de proteções solares, apresenta-se trinta brises e respectivas
máscaras de sombreamento, seguindo o exemplo da abaixo. Esta Tabela de Brises foi originalmente desenvolvida
por Dutra (1990).
REFERÊNCIAS

ANALYSIS-SOL-AR; (2012). Programa que confecciona cartas solares para qualquer latitude e rosa-dos-ventos para as cidades que
possuem arquivo climático horário. Laboratório de Eficiência Energética em Edificações, Universidade Federal de Santa Catarina,
disponível em http://www.labeee.ufsc.br/downloads/softwares/analysis-sol-ar, acesso em outubro/2012.
BITTENCOURT, L.; (2004). Uso das cartas solares: diretrizes para arquitetos. 4a Edição, EDUFAL, Maceió, p35.
DUTRA, L. (1990). Estudos de proteções solares e sua adequação ao conforto ambiental e ao projeto arquitetônico. in: VI Congresso
Regional de Iniciação Científica e Tecnológica em Engenharia RS/SC - CRICTE. UFSC, Florianópolis, 1990.
ECOTECT - AUTODESK ECOTECT ANALYSIS 2O11. Programa de simulação térmica, de iluminação, acústica e de geometria solar.
Autodesk. Disponível em: http://usa.autodesk.com/ecotect-analysis/. Acesso em outubro/2012
KORHONEN, K. (2O12). The igrf-applet homepage. Disponível em http://www.ava.fmi.fi/MAGN/igrf/. Acesso em outubro/2012.
LUZ do Sol (2012). Programa que confecciona relógios solares para qualquer latitude.
Autoria de Maurício Roriz. Disponível em http://www.labeee.ufsc.br/downloads/softwares/luz-do-sol, acesso em outubro/2012.
McCLUNEY, W. R.; (1993). The benefits of using window shades. in: ASHRAE Journal, November/93, pp. 20-27.
NATIONAL GEOPHYSICAL DATA CENTER - NGDC. Estimated Value of Magnetic Declination.
Disponível em: http://www.ngdc.noaa.gov/geomagmodels/struts/calcDeclination. Acesso em outubro/2012.
OLGYAY, V.; (1973). Design with climate - bioclimatic approach to architectural regionalism. 4o ed. Princeton University Press,
Princeton, New Jersey, USA.
SCARAZZATO, P. S.; (2007). Software DLN - ferramenta para a avaliação da disponibilidade de luz natural como recurso auxiliar no
desenvolvimento de projetos de arquitetura. Labaut - Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética, Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, Disponível em:
<http://www.usp.br/fau/pesquisa_sn/laboratorios/labaut/conforto/conforto.html>, acesso em 23 de julho de 2007.
SZOKOLAY, S.; (1996). Solar geometry. Passive and Low Energy Architecture International, Design Tools and Techniques, The
University of Queensland, Brisbane, Austrália, p7.

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