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Início » Blogs » Blog do Monitoramento » Comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais no combate à Covid-19
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Comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais no combate à Socioambiental
Vale do Ribeira
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Xingu
Letícia, de 44 anos, tem atendido via mensagens indígenas das etnias Wai Wai, Macuxi, Taurepang, e
Identificadas
0
Wapichana
que vivem nas regiões Murupú, Wai Wai e Surumú, em Roraima, sobre o novo coronavírus. Ela é uma
das enfermeiras da Divisão de Atenção à Saúde Indígena (Diasi) do Distrito Sanitário Especial Indígena
Declaradas
0
(Dsei) Leste Roraima, ligada à Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde.
Homologadas 0
O Conselho Indígena de Roraima (CIR) também monitora a pandemia do novo coronavírus e oferece
apoio às comunidades indígenas. “Elaboramos um projeto emergencial para apoiar as lideranças Dados referentes a 2020, a
indígenas no combate ao coronavírus nas entradas das terras indígenas. Também estamos arrecadando partir de 01/01/2020.
recursos para a compra de cestas básicas e material de higienização. Estamos recebendo das lideranças
solicitação de material para confecção de máscaras dentro dos territórios”, explica a secretária-geral do Placar Unidades
Movimento das Mulheres Indígenas do CIR, Maria Betania Mota de Jesus, que é da etnia Macuxi. Leia de Conservação
aqui.
Novos
Há o caso do grupo de estudantes indígenas orientados pelos professores Jackson Pinheiro e Anderson
Herculano, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que criaram uma cartilha informativa e traduziram conselhos 1
para as línguas Kayapó, Wai Wai e Karipuna. A cartilha possibilita uma explicação sobre a COVID-19 de
forma clara e sem termos técnicos para que os indígenas compreendam e protejam-se de forma Criadas
1
adequada. Leia mais.
Planos de
Cartilhas também estão sendo produzidas pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Manejo 7
Instituição Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI) para atender as populações Warao
Dados referentes a 2020, a
e Eñepa vindas como refugiadas do contexto de crise da Venezuela. As cartilhas de auxílio ‘Comunicação
partir de 01/01/2020.
sobre Saúde com Indígenas Warao e Eñepa’ estão disponíveis em português, espanhol e nos idiomas
nativos dessa população indígena em situação de refúgio no Brasil. O material foi produzido em estreita
colaboração com lideranças dessas duas etnias, que apoiaram na tradução, revisão e ilustração. Veja
aqui.
https://www.socioambiental.org/pt-br/blog/blog-do-monitoramento/comunidades-indigenas-quilombolas-e-tradicionais-no-combate-a-covid-19 1/7
24/05/2020 Comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais no combate à Covid-19 | ISA - Instituto Socioambiental
Em Manaus, município que se encontra em situação crítica devido à pandemia, as mulheres da etnia Instituto So…
Sateré Mawé ilustram a adaptação que as comunidades sofrem diante do contexto de crise sanitária. 191 mil curtidas
Elas costumavam produzir e vender artesanatos pela cidade. Com a pandemia do novo coronavírus e as
medidas de prevenção tomadas pelo Governo, o comércio considerado não essencial está parado. Sem
ter outra alternativa para se manterem, a Associação de Mulheres Indígenas Sateré Mawé começou a
Curtir Página
produzir máscaras para proteção própria, o que se tornou um novo meio de sustento para os indígenas.
Seis famílias da associação participam da confecção das máscaras, no bairro Compensa, Zona Oeste de
Manaus. Outras 20 famílias, em outros bairros da cidade, recebem cestas básicas feitas por eles com o Seja a primeira pessoa entre
seus amigos a curtir isso.
dinheiro das vendas das máscaras. Leia mais.
As iniciativas ganham forças na medida que os números aumentam e se contradizem. A Articulação dos
Povos Indígenas do Brasil (APIB) alegou na quinta-feira, 23 de abril, que os casos de óbito chegavam a
10, sendo nove deles registrados entre 6 e 21 de abril. Para a entidade, esses números podem ser ainda
maiores se outras mortes que estão como casos suspeitos tiverem exames confirmados. A incerteza se
agrava em um momento que os povos originários da América do Sul enfrentam um duplo problema: a sua
falta de imunidade diante deste novo vírus e a evidente intensificação da violência e da atividade ilegal de
garimpeiros e madeireiros, como denuncia a carta do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos
(CEBRASPO) e a reportagem do El País.
A fim de entender essa incerteza sobre a situação das populações tradicionais, o IBGE divulgou
antecipadamente um estudo que estima que no Brasil existiam 7.103 localidades indígenas e 5.972
localidades quilombolas em 2019, de acordo com a Base de Informações Geográficas e Estatísticas
Projetos Estratégicos
sobre os Indígenas e Quilombolas, feita a partir da base territorial do próximo Censo, adiado para 2021, e
do Censo 2010. A divulgação foi antecipada para subsidiar o desenvolvimento de políticas, planos e
logísticas para enfrentar a Covid-19 junto aos povos tradicionais. Os dados atualizados sobre os
contingentes dessas populações serão conhecidos após o Censo 2021. Na próxima semana, as
informações estarão disponíveis também em mapas e planilhas interativas no hotsite, que reúne dados
para combater a pandemia causada pelo novo coronavírus. Gestão das Terras Indígenas das
bacias do Rio Negro e Xingu
As comunidades quilombolas também enfrentam desafios e promovem estratégias no enfrentamento da
EM EXECUÇÃO / 2016
pandemia. Segundo artigo divulgado pela Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e
Diversidade (Sipad), a suspeita de subnotificação de mortes em decorrência do Covid-19 tem sido Sociobiodiversidade Produtiva no
amplamente levantadas, principalmente nos centros urbanos. Entretanto, os dados oficiais também Xingu
omitem outras informações relevantes. Givânia Maria da Silva (Quilombo Conceição das Crioulas), co-
ENCERRADO / 2017
fundadora da Conaq, disse que a identidade da vítima não é vinculada ao local de moradia. Nos casos de
indígenas e quilombolas residentes fora do território, a etnia também não tem sido considerada. A partir
de um levantamento feito com comunidades quilombolas, a Conaq alertou até o momento 8 casos
confirmados, 38 em monitoramento e 08 óbitos em quilombos do Amapá (2) Bahia (1), Goiás (1) Pará (2)
e Pernambuco (2). Também há um óbito com suspeita sem confirmação. Esses dados comprovam a
proliferação do vírus nessas comunidades. A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades
Negras Rurais Quilombolas (Conaq) exige dos governos medidas para fortalecer a proteção aos
territórios quilombolas ao mesmo tempo que publica também novas cartilhas com orientações
relacionadas a Covid-19 e ao Auxílio Emergencial. Leia aqui.
Se por um lado o governo demonstra intenções em diminuir o suporte aos pequenos produtores, por
outro, a Articulação Nacional de Agroecologia lançou este mês uma campanha pelo fortalecimento do
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) pelo governo federal, assim como pelos estados e
municípios. Ações como esta são impulsionadas por novos cenários semelhantes ao estado do Rio de
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24/05/2020 Comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais no combate à Covid-19 | ISA - Instituto Socioambiental
Janeiro, em que o consumo de produtos agroecológicos vem aumentando consideravelmente diante das
medidas de quarentena e isolamento social. Entretanto, em decorrência das demandas econômicas
urgentes para os cofres públicos, decisão tomada por todos governadores prorrogaram uma isenção
fiscal que beneficia a venda de agrotóxicos e deixa de arrecadar mais de R$ 6,2 bilhões por ano, de
acordo com estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
O Ministério de Minas e Energia propôs alterar a legislação ambiental para permitir a exploração em
cavernas de máxima relevância, que são as mais importantes que existem. Ações neste sentido foram
tomadas ainda em 2019, mas somente agora foi acionado o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação
de Cavernas (CECAV), em tese a autoridade técnica máxima no assunto de cavernas em âmbito federal,
para elaborar um parecer.
Essas informações foram divulgadas alguns dias após o site Direto da Ciência ter revelado maiores
detalhes sobre a proposta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que fragiliza a proteção da Mata
Atlântica e favorece licenciamento de projetos imobiliários. Após este ocorrido, o Ministério Público
Federal (MPF) e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS) encaminharam recomendações ao
Ibama, à Secretaria de estado do Meio Ambiente e Infraestrutura e à Fundação Estadual de Proteção
Ambiental para que sejam mantidas nas atividades fiscalizatórias e licenciatórias, a aplicação da Lei da
Mata Atlântica (Lei 11.428/2006) para a proteção do bioma.
Em meio a estes retrocessos em relação a proteção da mata atlântica, o segundo relatório sobre a
devastação da mata atlântica no município de São Paulo aponta que o número de áreas verdes
devastadas pelo crime organizado para implantação de loteamentos clandestinos aumentou de 90 para
160 em menos de um ano, contando com uma rede de proteção formada por agentes de segurança,
servidores da prefeitura e até por parlamentares.
Sob instrução normativa de número 03, aprovada no dia 24 de abril de 2020, foram
estabelecidos procedimentos para a prática de mergulho nas Unidades de Conservação de
âmbito federal. Dentre estes procedimentos, foram instaurados procedimentos para o
mergulhador, condutor de mergulho e procedimentos de segurança para os interessados
nesta prática. Saiba mais aqui.
https://www.socioambiental.org/pt-br/blog/blog-do-monitoramento/comunidades-indigenas-quilombolas-e-tradicionais-no-combate-a-covid-19 3/7
24/05/2020 Comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais no combate à Covid-19 | ISA - Instituto Socioambiental
DSEI Alto Rio Negro publicou Aviso de Chamamento Público para prestação de serviço de
locação de imóvel no Município de São Gabriel da Cachoeira, com o objetivo de servir de
isolamento para indígenas nas cidades.
DSEI Xavante publicou Aviso de recebimento em doação de 600 litros de álcool 70%,
destinados ao enfrentamento de emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do COVID-19. Saiba mais.
DSEI Cuiabá publicou dispensa de licitação para compra de máscaras cirúrgicas, aventais e
luvas e para aquisição emergencial de equipamentos para proteção individual .
DSEI Mato Grosso do Sul publicou dispensa de licitação para aquisição emergencial de
equipamentos para proteção individual, com vistas a atender as medidas de controle de
infecção humana pelo novo Coronavírus (Covid-19).
DSEI Interior Sul publicou licitação para aquisição de Equipamentos de Proteção Individual
- EPIs e materiais de higiene.
A CR Interior Sul – SC publicou dispensa d licitação para aquisição de 2000 cestas básicas
preparadas, contemplando gêneros alimentícios e material de limpeza, destinadas ao
atendimento de aproximadamente quatro mil famílias indígenas atendidas pela
Coordenação Regional Interior Sul.
A Funai abriu edital para o recebimento em doação de bens móveis de consumo destinados
ao enfrentamento, prevenção e controle da Covid-19, com vistas aos povos indígenas mais
vulneráveis.
https://www.socioambiental.org/pt-br/blog/blog-do-monitoramento/comunidades-indigenas-quilombolas-e-tradicionais-no-combate-a-covid-19 4/7
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Nomeações e Exonerações
Funai exonerou Matheus de Almeida Roberto do encargo de substituto do Chefe de
Gabinete do Gabinete da Presidência da Funai, e dispensou Thiago Henrique do encargo
de substituto do Coordenador de Acompanhamento de Saúde Indígena da Coordenação-
Geral de Promoção dos Direitos Sociais da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento
Sustentável desta Fundação.
Funai designou Isabel Joana Bottamedi Nunes para exercer o encargo de substituta do
Coordenador de Informação e Monitoramento da Coordenação-Geral de Identificação e
Delimitação da Diretoria de Proteção Territorial desta Fundação, no período de 27 a 30 de
abril de 2020, em decorrência da vacância do cargo e de férias do substituto eventual. E
dispensou Evandro Nobre Pelegrini, a pedido, do encargo de substituto do Chefe do
Serviço de Análise de Contestações e Diligências, da Coordenação de Delimitação e
Análise da Coordenação-Geral de Identificação e Delimitação da Diretoria de Proteção
Territorial desta Fundação.
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos nomeou Dayanna Fagundes Silva
para exercer o cargo de Coordenadora de Articulação de Políticas Públicas para Indígenas
da Coordenação-Geral de Promoção de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais
de Matriz Africana, Terreiros, Indígenas e Povos Ciganos do Departamento de Políticas
Étnico-Raciais da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial deste
Ministério. E exonerou Isac de Melo Roque deste mesmo cargo.
Fique
Fique sabendo
sabendo Pandemia
Pandemia Covid-19
Covid-19
Imagens:
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11960-000
Manaus
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69010-230
Rua Projetada, 70
Centro
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69750-000
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Av. Higienópolis, 901
SL 30
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01238-001
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