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Pecado VS.

Santidade

Dt. 28

Pecado é toda acção que nos afasta de Deus, tudo o que fazemos (1Jo 3:4) ou não fazemos (Tg
4:17) que nos faz perder a comunhão com o nosso criador. Pecado é tudo aquilo que desfigura no
Homem a sua imagem e semelhança com Deus.

Santidade significa “separado para”. Assim, pode-se entender que santidade é o acto de
separação de um lugar, de pessoas e principalmente de atitudes para se dedicar a Deus, para se
parecer cada vez mais com Deus.

Assim, temos um contraste entre o pecado e a santidade: o pecado nos distancia mais da nossa
imagem e semelhança com Deus, mas a Santidade, o processo de santificação nos aproxima
ainda mais da nossa imagem e semelhança com Deus.

Tanto o pecado assim como a santidade surgem a partir do que é abundante na nossa vida, no
nosso dia a dia, do que mais vemos, ouvimos, falamos e temos acesso ou contacto; depende de
como alimentamos o nosso espírito. Se buscarmos mais as coisas do céu, o pecado não será algo
normal e nem natural na nossa vida, mas a santidade sim, mas se passarmos muito mais tempo
fora do que é de Deus o pecado nos será familiar.

Pecado

O pecado vem do Diabo e o objectivo principal é nos fazer perder a Salvação (Rm 3:23), no
entanto pode antes trazer sofrimento, dor, afastamento de Deus que é a especialidade de Satanás
(Jo 10:10, 1Sm 16:14).

O pecado nasce no coração do Homem (Tg 1:14, 15), quando este ainda não foi totalmente
transformado (Pv 4:23), é desenvolvido na mente e materializado fisicamente; mas também pode
começar pela mente, quando o coração já pertence totalmente a Deus, iniciando uma batalha
entre o espírito e a carne, vencendo o que for melhor alimentado. De referir que a tentação em si
não constitui pecado, pecado é a consumação da tentação.

O pecado, começa como algo pequeno, de nada e se não prestarmos atenção ele vai crescendo
aos poucos; não dá para notar a evolução de algo se se desenvolve com muita lentidão, mas
depois de um certo tempo notaremos o resultado, a grandeza do que já se foi criado, notaremos
duas faces da moeda sobre a nossa vida, completamente diferentes. O pecado nos cega, nos mata
aos poucos e quando damos por nós já estamos completamente insensíveis ao Espírito Santo,
uma vez que Este foi ignorado quando nos chamou atenção no princípio. Daí a necessidade de
vigiarmos e nos alimentarmos como deve ser, Ef 4:27.

É o único caminho pelo qual Satanás pode usufruir da nossa vida sem precisar de autorização
Divina. Existem leis espirituais, estabelecidas entre o céu e o inferno, existem territórios
separados de propriedade de Deus ou de Satanás, cada um deles tem autonomia e legitimidade
para agir livremente em sua área. No inferno ou com as coisas do inferno Satanás faz o que
quiser, no Céu e nas coisas do céu Deus faz a sua vontade também. Satanás sabe que não tem
autoridade para tocar num filho de Deus assim, do nada (Jó 1: 8 – 12), então este puxa-o sempre
para o pecado e assim já tem legalidade para administrar sua vida ou alguma área da sua vida na
qual lhe foi dada a brecha.

O pecado tem a sua origem com a desobediência de Adão e Eva (Rm 5:12), assim sua
descendência foi condenada a viver debaixo do pecado.

O pecado é exclusivamente proporcionado por Satanás, é preciso que entendamos que nenhum
pecado vem de Deus, uma vez que geralmente o pecado aparece como se fosse solução para um
certo problema, então, tendo ele esta origem não pode ser uma coisa com bons frutos para o
Homem (Jo 10:10, Rm 6:23). Convém também lembrar que Deus não muda (Tg 1:17; Ml 3:6;
Mt 24:35), sua Lei também não muda, a modernidade e a actualidade não revogam certos
pecados, o que é pecado para Deus é eternamente e quem vive no pecado sofrerá condenação
eterna, no inferno, não há céu que espera a alguém que vive no pecado (2Ts 1:9; Ap 21:8)

Pecar não tem vantagem:

O pecado, como obra da carne é prazeroso, ele satisfaz completamente a nossa carne, que por sua
vez não se converte. Satanás nos atrai sempre com algo que somos passíveis de ceder a tentação,
daí a importância de conhecermos a nossa fraqueza e a Palavra de Deus para resistir ao dia da
tentação (Mt 5:30; Jr 29:11).
Satanás nos engana com os prazeres da carne para nos desviar do foco, nos satisfazemos aqui na
terra em contrapartida sofremos uma condenação eterna; e ele é apenas aliciante porque no
inferno não há essa exposição e nem oferta dos prazeres, há apenas um fogo eterno, sofrimento
sem medida (Ap 20:10; Mt 25:41).

O pecado nos faz perder a bênção do Senhor e as promessas que Ele fez para nós (1Re 11:11).
Deus tem planos de prosperidade para nós (prosperidade não é só dinheiro, mas sim uma vida
plena, Jo 10:10), no entanto, por várias vezes perdemos o que Ele preparou para nós por conta da
nossa desobediência, continuamos sendo filhos de Deus e não perdemos a salvação, mas
sofremos (2Sm 11 e 12) ou perdemos um privilégio (Nm 20:7-12). O pecado não só prejudica a
nós, mas também a nossa descendência – Deus não tirou o Reinado de Salomão, mas do seu
filho, 1Re 34, 35; Ex 20:5. Adão e Eva não tinham filhos quando pecaram, mas seu pecado dura
até hoje, as crianças já nascem com pecado, significa que o pecado de um só Homem ou de uma
só pessoa pode condenar e trazer maldição para a sua descendência, (maldições hereditárias
precisam ser quebradas).

Pecado provoca a ira de Deus, trazendo assim sofrimento pela mão pesada de Deus (1Re 11:14,
21, 25, 31. 33; At 5:1-10).

Santidade

A santidade é uma qualidade exigida por Deus (Lv 11:44; 1Pe 1:15), não tem como dizermos
que somos de Deus, mas não levamos uma vida de santificação (Mt 7:16, 17) e nem ter salvação
sem santificação (Hb 12:14).

A santidade só pode ser proporcionada pelo Espírito Santo (Jo 16:8; Jo 14: 26; Jo 15:5), sozinhos
não conseguimos, e é um exercício contínuo que precisa ser feito, é preciso buscar esta
santificação (Jo 15:4; Mt 7:7; Jr 29:13; Ap 3:19). A santificação é da vontade de Deus, no
entanto precisamos nos esforçar para tê-la, e muitas vezes precisamos querer, acreditar que é
possível e que Deus recompensa os que se guardam em santidade (Rm 12:2; Sl 58:11; Sl 19:9-
11; Cl 3: 23,24; Hb 11:6;). A santidade não é algo ultrapassado, é algo que Deus ainda exige, é
condição e sempre será para ter a vida eterna ao seu lado, e para desfrutar de uma vida abundante
aqui na terra – há uma diferença entre a vida de quem guarda s princípios e de quem não guarda,
Deus é justo.
A santidade gera benefícios, e para além da vida eterna que é o que mais nos importa, Deus olha
e cuida dos santos de forma especial, Dt 28: 1-14, temos benefícios aqui na terra, e isso não
somente para nós para também para a nossa descendência.

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