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Tema: A Santa Ceia do Senhor

Texto base: 1Co 11: 23-31

A Santa Ceia é uma ordenança de Jesus Cristo, na sua última ceia com os seus discípulos,
antes da sua crucificação, na noite em que foi traído. Jesus ordenou que acontecesse dalí em
diante (v. 24b), até que Ele venha, como uma lembrança viva do seu sofrimento, morte e
ressurreição, tudo para a remissão dos nossos pecados.

É uma ceia, uma refeição, portanto, comemos (mastigamos) e bebemos, porém, é uma refeiçã
diferente, com um significado diferente e que gera resultados diferentes. Não é um simples
memorial, é um momento de comunhão entre a igreja (todos os que aceitaram a Jesus) e Jesus
Cristo; Jesus disse, “fazei isto em memória de mim”, significando que, como filhos de Deus
(e não criaturas), tomamos parte do sofrimento de Cristo, reconhecemos e aceitamos o seu
gesto de amor. É um momento de fortalecimento espiritual da igreja.

A Santa Ceia representa o sacrifício de Jesus Cristo, e quando a tomamos, significa que
reconhecemos, aceitamos e nos identificamos com tal sacrifício. É um fortalecimento
espiritual da igreja porque a morte e a ressurreição de Jesus Cristo representam a derrota
eterna de Satanás e igual vitória de Jesus Cristo e de todos que o aceitam. A igreja fortifica-se
ficando mais próxima de Deus e mais distante de Satanás. É uma ordem, é crucial que a
tomemos (Jo 6:53-57), é uma condição para que tenhamos comunhão com Deus e vida
eterna; não se pode normalizar a falta deste momento até porque nada nos pode apartar dele.

O momento de Santa Ceia serve para reafirmar que aceitamos a Jesus como nosso Senhor,
vivemos e vivificamos o facto de Cristo ter por nós morrido; refletimos e agradecemos o acto
de amor do nosso Senhor Jesus Cristo.

A Santa Ceia é um culto de celebração; comemoramos a nossa liberdade do pecado e a


herança da vida eterna cheia de Glória à destra do Pai.

Quando comemos o pão e bebemos o vinho, mostramos ao mundo que Cristo morreu por nós
(v.26); temos parte no sacrifício de Jesus pagando o preço pelos nossos pecados e agora Ele
vive dentro de nós. Simbolicamente, morremos na cruz (velha pessoa) e ressucitamos com
Cristo (nova criatura), por isso, tomam a Santa Ceia apenas os nascidos das águas e do
espírito, porque aceitamos que agora, é Cristo que vive em nós (Gl 2:20).
Jesus usou pão e Vinho porque naquela altura eram as coisas mais abundantes e, portanto,
achadas com facilidade, significando que pode ser usado qualquer alimento (sólido e líquido)
que sejam abundantes, desde que sejam consagrados a Deus antes de tomar.

O pão simboliza o corpo de Cristo (v. 24) que por nós foi torturado, sofreu dor na carne
(corpo) por amor a nós, Jesus sofreu em nosso lugar a dor que nós como pecadores
merecemos. O vinho simboliza a nova aliança (v.25), entre Deus e o Homem, o sangue de
Cristo derramado em favor de muitos, simboliza a absolvição dos nossos pecados, uma vez
que tal absolvição só é possível com derramamento de sangue (Hb 9:22). Passamos do
sangue de animais que não davam a purificação eterna (Hb 9:9) para o sangue humano de
alguém perfeito, sem defeito, marcando anova aliança (ler Hebreus cap. 9 e 10).

Se agora reconhecemos que é Cristo quem vive em nós, devemos nos aproximar à Ceia puros
como Cristo é, sob pena de sermos condenados (v.27, 29). É certo que como crentes a nossa
vida deve ser de pureza, no entanto as vezes caímos em pecado, quando isso acontece, antes
de nos purificarmos não nos aproximamos da ceia do Senhor. É preciso que nos examinemos
(v.28).

Não há nada que nos possa apartar desse momento a não ser o pecado. Para tomar a ceia do
Senhor é preciso apenas ser baptizado e não viver no pecado, não tem nada mais que impede
que vivamos este momento a não ser estas duas coisas.

Assuntos como vestuário, cabeças tapadas ou destapadas, se se pode comer ou não antes de
se aproximar a ceia, se se deve praticar a abstinência sexual (para os casados uma vez que
sexo fora do casamento é uma vida de pecado) são questões que a bíblia não trata, não
estabelece regras, não proíbe e nem direcciona de uma forma directa, são questões
individuais de acordo com o relacionamento que cada um estabelece com Deus. Por vezes
pode ser um acordo da igreja em concordância para que todos implementemos, aí já se torna
uma regra a ser cumprida. Mas, podemos ver que o momento da ceia com Jesus e seus
discípulos, para os discípulos foi algo espontâneo, não sabiam que isso aconteceria, portanto,
não tiveram tempo de se arrumar fisicamente, de cobrir ou descobrir as cabeças, tiveram uma
refeição normal, a única coisa é que andavam com Jesus e mais uma vez sentimos o peso da
purificação, eles deviam estar prontos naquele momento. Se fosse regra que eles deviam se
preparar, se abster de certas coisas ou se apresentar de uma forma específica, Jesus teria
avisado com antecedência, teria dado instruções assim como deu para a descida do Espírito
Santo no dia de Pentecostes. O cristão deve estar sempre preparado, evitar ao máximo o
pecado e isso é constante.

Devemos é nos examinar, reconhecer e confessar a Deus os nossos pecados para que sejamos
perfeitos, porque ao invés da Ceia nos fortificar no espírito e na carne, podemos morrer no
espírito e não termos parte na glória de Deus (v.30,31).

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