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Aula 6

Orientações cerimoniais.
Batismo.

Seu Significado:
O Cristianismo baseado no contexto do Novo Testamento não é uma religião
de rituais, mas possui cerimônias importantes. O centro vital da religião cristã é
o contato direto entre o ser humano e Deus por intermédio direto de Jesus O
Cristo. Não é estabelecido nenhum sistema rígido de culto. Porém existem,
duas cerimônias essenciais, que foram divinamente ordenadas, por Jesus, isto
é, o Batismo por imersão nas águas e a Ceia do Senhor (Santa Ceia).

A palavra batizar vem de (Baptizo), que significa mergulhar submergir. O


batismo por imersão está em sintonia com o significado simbólico da morte,
sepultura e ressurreição. (Rom 6.1-5).

Quem pode ser batizado:


Somente as pessoas que conscientemente se arrependeram do seu pecado e
receberam o Senhor Jesus O Cristo como seu único e suficiente Salvador são
as que podem ser batizadas. O pastor ou ministro deve instruir
antecipadamente os candidatos, orientá-los como novos convertidos, em uma
sala especial, para o discipulado bíblico avaliando cada situação e cada caso
em específico dos batizando, a luz da Palavra de Deus. E devem estudar os
princípios fundamentais da doutrina cristã.

O Culto de Batismo:
Sugestões para o Pastor ministrante ou ministro deve celebrar um breve culto
devocional antes de iniciar a cerimônia do batismo. É oportuno explicar o plano
de salvação e o significado nobre do batismo nas águas. Após a cerimônia, o
ministro deve apresentar à congregação os batizados, para que recebam a
oração da igreja.

O oficiante deve sempre amparar o batizando ao entrar na água, deve pedir


para que o batizando cruze os braços sobre o peito, e tape as narinas com os
dedos, com o intuito de evitar desespero e apavoramento na água.

Quando o batismo for realizado em rios ou água corrente, deve ser efetuado
contra a corrente, pois desta maneira a correnteza ajudará o oficiante a
levantar o batizando.

Como oficiar o batismo:


A fórmula mais usada é: Irmão (Diga o nome da pessoa), porquanto crestes
que o Senhor Jesus O Cristo e o recebeste como único Senhor e Salvador
pessoal, seja batizado em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo.
Ceia do Senhor.

É de suma importância que todo ministro ou obreiro tenha por primazia


participar da Ceia do Senhor (Santa Ceia). Pois ela nutre em nós o princípio da
comunhão.

A ceia do Senhor foi instituída por Jesus na noite da Páscoa judaica (O


Pessach), pois assim como na Páscoa os Israelitas celebravam sua libertação
da escravidão no Egito. Na ceia do Senhor o cristão celebra a libertação da
escravidão de nossos pecados pela obra de Jesus Cristo. A Ceia do Senhor é
uma ordenança de Jesus para que acontecesse por toda a posteridade como
uma lembrança viva de Sua morte e sacrifício na cruz pelos nossos pecados.

Como podemos ver nos Evangelhos segundo Mateus, Marcos e Lucas:


“Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu
aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um
cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos;
porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de
muitos, para remissão de pecados. E digo-vos que, desta hora em diante, não
beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo,
convosco no reino de meu Pai.” (Mat 26: 26-29); “E, enquanto comiam, tomou
Jesus um pão e, abençoando-o, o partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o
meu corpo. A seguir, tomou Jesus um cálice e, tendo dado graças, o deu aos
seus discípulos; e todos beberam dele. Então, lhes disse: Isto é o meu sangue,
o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos.” (Mar 14:22-24); “E,
tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu
corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente,
depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no
meu sangue derramado em favor de vós.” (Luc 22:19,20).

Por isso, até hoje a realizamos como um memorial, lembrando da obra de amor
de Jesus O Cristo por nós. Além de ser um memorial, a Ceia do Senhor é a
oportunidade de renovarmos a comunhão com ele, de renovarmos e
reafirmarmos nossas convicções e esperanças em sua palavra. É um momento
de comunhão da igreja e fortalecimento espiritual de cada membro do corpo de
Cristo.

Devemos saber que a Ceia do Senhor não é:

1. Não tem uma virtude santificadora.


2. Não é um sacramento.
3. Não há transubstanciação, ou seja, o pão e o suco da vide não são
transformados literalmente em carne e sangue.
Existem dois erros que tem que ser tratados a parte:
• Alguns acreditam que há uma graça salvadora aplicada sobre aqueles que
participam da Ceia do Senhor, mas certamente não há. Pois a salvação não
vem por meio de obras ou atos humanos, justamente para que ninguém venha
dizer sou mais merecedor do que este ou aquele, e sim pela graciosa
misericórdia de Deus (Tít. 3:5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas
segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e
renovador do Espírito Santo,).

• Outros pensam que não é necessário participar da Ceia, e não se ocupam de


empenhar-se a ir aos cultos quando é dia da Ceia do Senhor. Mas devemos
lembrar que ela é uma ordenança de Jesus O Cristo, cabendo a todos nós
obedecer, como aprendemos no capítulo um a importância da obediência.

Significado real e principal da Ceia do Senhor é:

1. Obediência uma ordenança de Jesus.


2. É um memorial, ou seja, uma recordação da obra na rude cruz onde Jesus
Cristo padeceu em nosso lugar: “Por semelhante modo, depois de haver
ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu
sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.
Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais
a morte do Senhor, até que ele venha.” (1Co 11:25,26).

3. O pão partido fala sobre o corpo machucado e crucificado de Jesus: “Porque


eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na
noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse:
Isto é o meu corpo, que é dado por vós; (1Co 11:23,24).

4. O suco da videira discorre sobre o sangue que afirma a eterna aliança


derramado, por Ele na cruz: “Por semelhante modo, depois de haver ceado,
tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue;”
(1Co 11:25).

5. É um recordo de que nosso Senhor Jesus Cristo voltará: “Porque, todas as


vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do
Senhor, até que ele venha.” (1Co 11:26).

Para a nossa igreja a Santa Ceia do Senhor é o culto mais importante e mais
significativo da igreja Cristã. Nenhum crente que leva Deus a sério pode faltar a
uma ceia. Nela fazemos a cada mês a nossa renovação de aliança com Deus.
Quando comemos o pão nós estamos reafirmando a aliança com Deus.
Quando tomamos o cálice, Deus é que está renovando a sua aliança conosco.
(Palavras do Pastor: Roberto de Lucena).

Bbliologia:
Manual de orientações para ministros (Pastor: Roberto de Lucena)
Biblia sagrada.

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