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A Santa Ceia do Senhor

A Santa Ceia do Senhor, embora celebrada constantemente nas igrejas cristãs pelo
mundo, nem sempre é bem entendida por muitos fiéis.
Num mundo cheio de mentiras e enganos, onde informações falsas circulam rápida e
profundamente nas mídias sociais e, em contrapartida, a verdade é boicotada e
desacreditada, o cristão precisa ter a certeza das coisas que conhece e vive, conforme diz a
Bíblia Sagrada:

Lucas 1:1-4 Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se
cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram
ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo,
por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio, para que
conheças a certeza das coisas de que já estás informado. (grifo nosso).

A Bíblia Sagrada nos mostra claramente a origem da Santa Ceia do Senhor. Os


Evangelhos Sinóticos, denominação dada aos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, que
contém uma grande quantidade de histórias em comum, na mesma sequência e, algumas vezes,
utilizando exatamente a mesma estrutura de palavras , descrevem em detalhes a celebração
da primeira Ceia:

Mateus 26:26-28 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando- o, o partiu, e o deu aos
discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho,
dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é
derramado por muitos, para remissão dos pecados.

Marcos 14:22-25 E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse:
Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele. E
disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado. Em
verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele Dia em que o beber novo, no Reino
de Deus.

Lucas 22:14-20 E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos. E disse-lhes: Desejei
muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, porque vos digo que não a comerei mais até que
ela se cumpra no Reino de Deus. E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-
o entre vós, porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus. E,
tomando o pão e havendo dado graças, partiu- o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é
dado; fazei isso em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este
cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.

Na sequência, o Novo Testamento também mostra a observância da Santa Ceia do


Senhor desde os primeiros anos da Igreja Cristã (Atos (2:42; 20:7; 1 Coríntios 10:16; 11:23).

O significado da Santa Ceia

A Santa Ceia é, primeiramente, a recordação do sacrifício de Cristo.


Ao participarmos da Santa Ceia, devemos ser lembrados do indescritível amor de
Deus por nós, ao entregar seu Filho como sacrifício perfeito, no nosso lugar.
Jesus deu sua própria vida em favor de seu povo, para redimir-nos de nossos pecados.
Mas, a Santa Ceia do Senhor é muito mais do que uma simples lembrança. Ela
representa a realidade da obra da redenção e é, assim, um meio de Deus manifestar Sua
Graça sobre todos os que se achegam à Ele.
A Santa Ceia do Senhor também é um momento especial de comunhão da igreja, onde
fica evidente a participação dos crentes como membros do corpo de Cristo.
Na Santa Ceia do Senhor o cristão se alimenta espiritualmente de Cristo:

João 6:53-58 Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne
do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a
minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último Dia. Porque a minha
carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha
carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e
eu vivo pelo Pai, assim quem de mim se alimenta também viverá por mim. Este é o pão que desceu do
céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para
sempre.

Muitas pessoas interpretam a Santa Ceia do Senhor de forma errada, defendendo


que a cada realização da Santa Ceia o sacrifício de Jesus é repetido. Esse tipo de
entendimento, chamado de transubstanciação, diz que, supostamente, o pão e o vinho sofrem
uma mudança na composição física da matéria, uma mudança na substancia da qual são
formados, assim, literalmente, o pão se transforma na carne do corpo e o vinho se transforma
no sangue da vida de Jesus.
Porém, essa interpretação não encontra base bíblica.
A interpretação bíblica correta diz que a Santa Ceia é uma recordação do sacrifício
vicário de Jesus na cruz, e não uma repetição dele, como o próprio Senhor Jesus nos ensinou:

Lucas 22:19 E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo,
que por vós é dado; fazei isso em memória de mim . (grifo nosso)

E Paulo, o apostolo, esclarece:

1 Coríntios 11:23-26 Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na
noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu
corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim . Semelhantemente também, depois de cear,
tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que
beberdes, em memória de mim . Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que venha. (grifo nosso)

Sobre essa questão ressaltamos que não é necessário nenhum novo sacrifício.
O sacrifício de Jesus, uma vez consumado com perfeição na sua morte na cruz do
Calvário, é absolutamente suficiente para o perdão dos pecados, não perde a validade com o
tempo e não necessita de repetições ou de complementos, ao contrario do que algumas
denominações alegam, exigindo obediência a dogmas ou regras religiosas, cumprimento de
mandamentos descontextualizados e, até, manipulados descaradamente, para dar
“importância” e “relevância” a homens e instituições e criar intermediários entre nós e Deus.
Contudo, a frase do Senhor Jesus no madeiro, encerra essas pretensões tolas:

João 19:30 E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito. (grifo nosso)

Além disso, lemos na carta de Paulo aos Hebreus:

Hebreus 10:10 Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita
uma vez. (grifo nosso)

Esta questão precisa sempre ser lembrada, pois, mesmo em nossa comunidade, há
quem ainda acredite que “precisa” colaborar de alguma forma, que precisa fazer algo, que
algo no processo de redenção divina depende dele mesmo...
Esse conceito é maligno, falso, ignominioso e tende a diminuir a glória do sacrifício
de Cristo, irmãos! Se algo depende do ser humano, então o sacrifício de Jesus não foi
completo, nem perfeito, logo, não é tão importante nem se precisa tanto assim dele!
Devemos rejeitar esta idéia absurda e herética, pois:

João 10:10-15 O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a
tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o
mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o
lobo as arrebata e dispersa. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das
ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como
o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas.

João 10:27,28 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;
e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos.

Além disso, sabemos que a salvação é pela graça e não pelas obras:

Efésios 2:8,9 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie.

Assim, nos é necessário rejeitar constantemente tal idéia, principalmente num


contexto de Santa Ceia do Senhor, onde tal erro pode impedir que algum irmão receba a
verdadeira redenção proporcionada pelo sacrifício vicário do Senhor Jesus.

Os Elementos físicos da Santa Ceia

Conforme o que já conhecemos e o que lemos acima, os elementos físicos da Santa


Ceia do Senhor são o pão e o vinho.
É importante esclarecer algumas “divergências” que ocorrem no meio cristão e que
já resultaram em debates acalorados e até em divisões vexatórias entre irmãos, coisas que
só diminuem o alcance da comunhão entre a igreja e Deus, resultado do sacrifício de Jesus
na cruz, que recordamos na celebração da ceia e que nos reconcilia e nos faz família diante
do Pai Eterno.
Sabemos que a Santa Ceia celebrada pelo Senhor Jesus ocorreu concomitante com
a celebração da páscoa judaica, portanto, havia elementos oriundos daquela celebração,
sendo o principal o pão ázimo:

Êxodo 12:15 Sete dias comereis pães asmos; ao primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas;
porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada
de Israel.

Pão ázimo (não fermentado) ou asmo (sem sabor), derivam do hebraico matstsah ou
matzah, que é um tipo de pão assado sem fermento feito somente de farinha de trigo (ou de
outros cereais como aveia, cevada e centeio) e água. A preparação da massa não deve exceder
18 minutos para garantir que a massa não fermente.
Assim, na última ceia de Jesus antes da crucificação, da qual se originou o ritual da
Santa Ceia do Senhor, o pão repartido era o pão asmo, utilizado tradicionalmente na
celebração da páscoa judaica, também chamada de Festa dos Pães Asmos (Êxodo 12.17).
Sabemos que há inúmeras citações bíblicas quanto ao uso do fermento, muitas delas
comparando-o com o pecado (Mt 16.6; Mc 8.15; Gl 5.9; 1Co 5.6 e 8), contudo, não há nenhuma
especificação bíblica sobre a necessidade, obrigatoriedade ou proibição deste tipo de pão, ou
de qualquer outro, no que se refere ao uso para Santa Ceia do Senhor, onde, de fato, o pão é
apenas um elemento físico cujo valor não esta nele, mas no que ele representará após a
oração de ação de graças e consagração, mediante a fé do cristão que ceará, em memória de
Cristo.

O outro elemento da Santa Ceia do Senhor, o vinho, gera ainda mais contendas, já
que há os que defendem o uso do suco de uvas e os que defendem o uso do vinho.
Novamente a Bíblia Sagrada não é especifica quanto a isto.
A palavra originalmente usada é oinos, termo grego que serve tanto para o suco de
uvas fresco, quanto para o já fermentado, que é o vinho. Afinal, esta é de fato a diferença
entre o suco de uvas e o vinho, ter havido ou não a fermentação do mosto original...
Acredito que esta seja a razão por trás da frase de Jesus:

Lucas 22:17,18 E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, porque
vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus. (grifo nosso)

Assim, nas palavras do Nosso Senhor Jesus aprendemos que o cálice da Nova
Aliança continha do fruto da vide!
Em outras passagens bíblicas este mesmo fruto da vide é denominado de “sangue de
uvas”, inclusive na profecia de Jacó (Israel), sobre o futuro do seu filho Judá, do qual Jesus
é descendente (MT 1.1-16; Lc 1.26 e 27), onde podemos ler:

Gênesis 49:11 Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta, à cepa mais excelente;
ele lavará a sua veste no vinho e a sua capa, em sangue de uvas. (grifo nosso)

Alguns estudiosos, considerando principalmente os aspectos da cultura judaica na


época de Jesus, afirmam que se tratava de vinho fermentado. Mas, há outros interpretes que
acreditam que, por se tratar do período da páscoa, qualquer fermentação era proibida, assim,
defendem que o elemento utilizado foi o suco de uvas.
Irmãos, eu acredito piamente que o importante é que, fermentado ou não
fermentado, o suco de uvas jamais deixa de ser o “fruto da vide”. Com relação ao suco, como
já disse acima, ele difere do vinho apenas porque não passa pelo processo de fermentação e
esse processo com certeza não acrescenta nenhuma importância na finalidade que o fruto da
vide terá na Santa Ceia do Senhor.
Como no caso do pão, o valor estará na oração de ação de graças e consagração,
mediante a fé com que o cristão receberá os elementos consagrados no momento da ceia e
não nos elementos físicos em si, pois, caso houvesse uma importância real em tais coisas, a
Bíblia teria descrito essas especificações. Ao não falar sobre isso, a Bíblia Sagrada, tão rica
em detalhes sobre a construção do tabernáculo mosaico, por exemplo, já descarta a
relevância destes aspectos e sendo assim, entendemos que tanto o suco de uva quanto o vinho
podem ser utilizados, assim como os pães ázimos ou o pão comum, fermentado.

Elementos espirituais da Santa Ceia

Esclarecidos sobre os elementos físicos da Santa Ceia do Senhor, precisamos,


então, entender os elementos espirituais da mesma celebração, os quais são, de fato,
imprescindíveis para nos alimentarmos do corpo e do sangue do Senhor Jesus dignamente!
Ao Ministro ou ao Presbítero que estiver à frente de uma celebração de Santa Ceia
do Senhor, além do roteiro da celebração, ou esqueleto do ritual, como queiram chamar,
caberá sempre a ministração da palavra e o direcionamento da mesma ao povo, seja uma só
ovelha do Senhor ou um milhão delas, é necessário relembrar constantemente de que tudo na
Santa Ceia é “em memória de Cristo”!
Isto significa que devemos relembrar à igreja o sacrifício vicário de Jesus, bem
como os motivos que se somaram para que tal expiação fosse necessária.
Existe uma base bíblica bem conhecida para o embasamento da celebração do ritual
da Santa Ceia do Senhor, tanto as passagens já citadas dos Evangelhos, como a explanação do
apóstolo Paulo na sua primeira carta aos coríntios (1Co 11.23-34), onde encontramos um
roteiro bem organizado e cheio de pontos importantes para a celebração ser bem sucedida.
Contudo, elementos intrínsecos ao processo têm de ser, muitas vezes, reforçados
com alguma citação bíblica especifica e seu “direcionamento”, sempre conforme a dispensação
e a inspiração do Maravilhoso Espírito Santo de Deus.

Os principais elementos espirituais são:


a. Contrição;
b. Arrependimento;
c. Fé;
d. Esperança;
e. Confiança;
f. Perdão;
g. Reconciliação;
h. Confissão; e,
i. Salvação.
Existem outros elementos que podem ser incluídos no contexto da pregação de uma
celebração da Santa Ceia do Senhor, sempre, é claro, mediante a direção do Espírito Santo
de Deus, pois, só Ele sabe o que as pessoas precisam naquele momento e o que vai impactar
cada um dos seus filhos ali presentes.
Há muito que falar sobre cada um destes elementos, mas a unção do Senhor sobre
cada um de nós é poderosa para nos ensinar e nos conduzir neste oficio, trazendo
conhecimento e dilatando o entendimento, através da informação que buscamos ao lermos e
estudarmos as Escrituras Sagradas e, também, mediante a nossa oração e consagração ao
serviço da casa do Senhor e do Seu altar.
Avançaremos com um breve resumo de cada um destes elementos acima elencados,
assim, como uma base bíblica sucinta de cada um deles.

Contrição

É uma dor, um pesar, uma auto-acusação interior acompanhada de um sentimento


pungente de arrependimento por causa dos pecados cometidos por nós, os quais nem sempre
identificamos, mas que sabemos que resultam em algo que desagrada, entristece, magoa ou
ofende Deus! A contrição tem muito menos relação com algum tipo de receio do castigo
divino, do que com o amor e a gratidão que o cristão tem para com o Senhor.
Em suma, é necessário que cada cristão se sinta muito mal consigo mesmo, por seus
pecados, pois, foram eles que crucificaram ao Unigênito Filho de Deus!
A Santa Ceia do Senhor é uma festa celestial, cheia de vida abundante e de remissão
de pecadores, porém, se o cristão não se enxergar um pecador miserável e perdido, é
impossível entender e receber o magnífico favor do Senhor, manifesto no sacrifício da cruz
do Calvário.

Isaías 53:5,6 Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo
que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados. Todos nós andamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniquidade de nós todos.

A constrição é o que faz o cristão sentir nojo de si mesmo, por ser culpado do
pecado que levou Jesus a ser pendurado na cruz como um maldito (Dt 21.22-23; Gl 3.13) e um
criminoso (Is 53.12; Mc 15.28).
Só assim o cristão chega ao arrependimento verdadeiro.

Arrependimento

Segundo o dicionário, o arrependimento é o pesar ou lamentação pelo mal cometido;


compunção, contrição. Ainda a negação ou desistência de algo feito ou pensado em tempos
passados.
Segundo a Bíblia Sagrada e a doutrina do Evangelho de Jesus Cristo, o
arrependimento é uma contrição profunda pelo pecado cometido, mas, agora identificado e,
isso combinado com um desejo ardente de mudar, de se consertar e não voltar a pecar como
antes! É o voltar atrás e procurar fazer o certo com desejo sincero de não pecar, de não
errar novamente, o que se buscará com sinceridade. Não significa, infelizmente, que a pessoa
não errará mais ou que não tornará a cometer o mesmo erro, mas que ela realmente não
deseja isso e tentará evitar.
Levar o homem pecador, decaído, vendido sob o pecado, até o verdadeiro
arrependimento é o desejo de Deus expresso em toda a Bíblia Sagrada e, com seu amor e
benignidade, sua misericórdia e boa vontade, sua majestade e graça, é exatamente isso que o
Senhor Jesus nos oferece na Santa Ceia, a chance de nos arrependermos.
Por isso, o início do Evangelho de Jesus é:

Marcos 1:14,15 E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o
evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo.
Arrependei-vos e crede no evangelho.

Mateus 3:1,2 E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo:
Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.

Lucas 5:32 Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento.

O desejo de não errar mais, tanto quanto o de se sentir mal pelos erros que
cometeu no passado, são indissociáveis do cristão que deseja um relacionamento com Cristo e
a Santa Ceia do Senhor, mediante o corpo e o sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado
do mundo, proporciona a graça necessária pra isso!

João 1:29 No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo.

Gênesis 22:8 E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim,
caminharam ambos juntos.

Gênesis 22:13 Então, levantou Abraão os seus olhos e olhou, e eis um carneiro detrás dele, travado
pelas suas pontas num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de
seu filho.

Embora pouco lembrado, a Santa Ceia do Senhor é, por tudo isso, um lugar de
arrependimento para o pecador, preparado pelo próprio Deus:

Hebreus 12:17 Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado,
porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou.

A fé é, antes de tudo, um mistério para o ser humano que vive longe de Deus.
A palavra fé tem origem no grego " pistia" que indica a noção de acreditar e no latim
"fides", que remete para uma atitude de fidelidade.
No contexto religioso, a fé é uma virtude daqueles que aceitam como verdade
absoluta os princípios difundidos por sua religião. Ter fé em Deus é acreditar na sua
existência e na sua onisciência. A fé é também sinônimo de religião ou culto.

Na Bíblia Sagrada lemos:

Hebreus 11:1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se
não veem. (grifo nosso)

1 Coríntios 12:9 e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;

Marcos 11:22-24 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus, porque em verdade vos digo
que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas
crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso, vos digo que tudo o que
pedirdes,orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis. (grifo nosso)

Vemos que fé é um dom de Deus, dado pelo Espírito Santo para quem se aproxima
Dele e, ao mesmo tempo, é uma prova interior de que Deus é real, independente de se ver,
ouvir, tocar ou sentir. Por outro lado, é também uma forma especial de crer nas promessas e
no amor de Deus.
Além de tudo isso, é um elemento imprescindível para alguém se aproximar de Deus:

Hebreus 11:6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima
de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.

Em relação à Santa Ceia do Senhor, como receber o corpo e o sangue de Jesus de


forma espiritual, através de elementos físicos, se não for pela fé?
Se não for pela fé, sequer nos aproximaremos Dele e não experimentaremos a
comunhão intima e pessoal com Deus que o Senhor Jesus nos oferece por seu sacrifício.
A fé, entretanto, tem tamanho:

Mateus 14:31 E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que
duvidaste?

Marcos 4:40 E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?

Outra coisa importante sobre a fé é que ela esta diretamente relacionada com a
pregação da palavra da Deus:

Romanos 10:17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.

Sempre digo a Igreja que fé é o resultado prático de:


 conhecer a palavra de Deus,
 crer no que se conhece da palavra de Deus, e
 praticar o que se crê da Palavra de Deus.
Este conceito deriva diretamente do versículo acima.
Esperança

Esperança, segundo o dicionário, é o sentimento de quem vê como possível a


realização daquilo que deseja; uma confiança que alguma coisa boa ocorrerá; fé.
Não está errado, mas, fica incompleto. A esperança está, sim, ligada à fé e à
confiança, porém, é mais como um alento, um ânimo, um tipo de estimulo extra, de quem não
está apenas esperando passivamente, mas de quem está indo ao encontro do que espera.
Tanto quanto a fé e a caridade, a esperança é uma das assim chamadas “ virtudes
teologais” que, segundo o catecismo católico romano, são originadas em Deus, mas, manifestas
aos homens mediante o relacionamento com Deus, como uma forma de santificar o ser humano
e vivificar as virtudes humanas.
A Bíblia Sagrada nos ensina:

Romanos 8:24 Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança;
porque o que alguém vê, como o esperará?

Romanos 15:13 Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que
abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.

Jeremias 17:7 Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.

Romanos 5:5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso
coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.

De certa forma, a esperança, enquanto elemento espiritual, inclusive da Santa Ceia


do Senhor, funciona como um complemento da fé, ajudando a manter o cristão motivado:

Romanos 5:3-5 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a
tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança
não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo
que nos foi dado.

Confiança

A confiança é incondicional, o que quer dizer que se tem ou não se tem!


A definição do dicionário é que confiança é uma crença na probidade moral, na
sinceridade, lealdade, competência, discrição etc. de outrem; crédito, fé; crença de que algo
não falhará, de que é bem-feito ou forte o suficiente para cumprir sua função.
Portanto, mais um elemento ligado à fé, porém, neste caso, a confiança em Deus tem
que estar presente, pois, como alguém poderá acreditar que Deus irá cumprir suas promessas,
nos alimentar e curar, cuidar, guardar ou salvar, se não confiar Nele?
Confiar “absolutamente” em Deus é algo que pode levar tempo, pois há muito de Deus
para conhecermos, contudo, cremos em sua Onipotência, Onisciência e Onipresença e, com
base nisso, como num resumo rápido de tudo que Deus é, podemos hoje depositar nossa
confiança no Senhor sem qualquer medo de errar!
Agora, vejamos algumas passagens bíblicas sobre esse importante elemento espiritual
que é tão necessário no momento da Santa Ceia do Senhor:

2 Coríntios 3:4 E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;

Efésios 3:12 no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.

Hebreus 10:35 Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão.

Provérbios 14:26 No temor do Senhor, há firme confiança, e ele será um refúgio para seus filhos.

Perdão

Perdoar, em essência, significa doar perpetuamente.


Contudo, também há outras interpretações que fazem parte do nosso dia a dia e
ajudam na compreensão deste elemento, tão crucial para a vida cristã e para a Santa Ceia do
Senhor, como, por exemplo, a remissão de pena ou de ofensa ou de dívida; desculpa, indulto,
um ato formal pelo qual uma pessoa é desobrigada de cumprir o que era de seu dever ou
obrigação por quem competia exigi-lo.
De certa forma, o perdão é a doação permanente do direito de não pagar a dívida
que se tinha, portanto, é a quitação definitiva desta dívida ou dessa obrigação.
No contexto do Evangelho de Jesus Cristo, o perdão é elemento central,
primeiramente o perdão de Deus para conosco, mediante a quitação da dívida que tínhamos
com Ele por causa do pecado:

Lucas 3:3 E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o
perdão dos pecados,

Salmos 130:4 Mas contigo está o perdão, para que sejas temido.

Atos 10:43 A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele creem receberão o
perdão dos pecados pelo seu nome.

Mateus 9:2 E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os
teus pecados.

Mateus 18:21,22 Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu
irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até
setenta vezes sete.

Colossenses 2:13,14 E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne,
vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era
contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós,
cravando-a na cruz.
O perdão divino, contudo, mesmo sendo perfeito e completo, assim como foi
completa a obra de Cristo na cruz (Jo 19.30), estabelece uma condicionante para funcionar
completamente em nossas vidas, que está atrelada ao desejo de Deus que nós também
perdoemos os que erram conosco, como Ele nos perdoou:

Mateus 6:14,15 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos
perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não
perdoará as vossas ofensas.

Marcos 11:25,26 E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que
vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se vós não perdoardes, também
vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas.

Na celebração da Santa Ceia do Senhor o perdão é indispensável, pois, é impossível


imaginar o sacrifício de Cristo não funcionar e não ocorrer expiação da culpa e a remissão dos
pecados, já que o cálice do Senhor é o seu sangue derramado para perdão do pecados (Mt
26.27-28). Convém, porém, relembrar o que disse Paulo:

1 Coríntios 11:28,29 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste
cálice. Porque o que come e bebe indignamente come e bebe para sua própria condenação, não
discernindo o corpo do Senhor.

A Santa Ceia do Senhor é também chamada de comunhão, o que é realmente uma


definição do que ocorre, pois, nós passamos a ter “coisas em comum com Deus e Ele
conosco”. Uma das características marcantes do Deus Eterno é sua capacidade de perdoar
(Sl 85.2-3; 103.3; 1Jo 1.9; Rm 4.7) e precisamos ter isso em comum com Ele, procurando a
reconciliação com nosso próximo.

Reconciliação

Assim como o perdão, a reconciliação é resultado do sacrifício vicário de Cristo, que


celebramos através da Santa Ceia do Senhor.
Reconciliação é, segundo o dicionário, o ato ou efeito de restabelecer boas relações
entre quem estava brigado, reaproximar quem estava em desavença.
É também o ato pelo qual Jesus Cristo reconciliou a humanidade com Deus.
Efetivamente, a reconciliação é um derivado do perdão, mas, preserva
características próprias, que envolvem resignação, suportância, e até oportunidade.
Jesus falou especificamente de reconciliação como algo que se deve praticar até
mesmo com adversários, ou seja, com aqueles que vivem fora do contexto da Igreja:

Mateus 5:23-26 Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem
alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e
depois vem, e apresenta a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no
caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao
oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto
não pagares o último ceitil.

A reconciliação é um ministério para a Igreja de Cristo, através do qual nós


devemos anunciar que a reaproximação dos homens com Deus é possível por causa do
sacrifício substituto de Jesus, e se processa exatamente para que tenhamos comunhão com
Ele e, também, uns com os outros, afinal, Nele somos família de Deus.

2 Coríntios 5:18,19 E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e
nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.

1 João 1:7 Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

Confissão

Aquilo que se declara ou é revelado por alguém; segredo, confidência. Declaração de


culpa de quem busca a absolvição dos seus pecados. Declaração verbal ou escrita que, com
testemunhas, alguém faz admitindo sua culpa em algo ilegal ou reprovável. Demonstração dos
seus próprios pensamentos, sentimentos, conhecimentos. Proclamação de fé em alguma crença
ou doutrina.
Confessar é também concordar!
No nosso caso, concordar com Deus, que vê em nossa natureza humana a inclinação
ao pecado. Admitir que somos pecadores, admitir nossas fraquezas e falhas, concordando com
o que a palavra de Deus ensina sobre isso e confessar diante Dele nossa condição é um
resultado do arrependimento sincero e do desejo de ser perdoado e reconciliado com Deus,
através do sacrifício de Jesus na cruz.

1 João 1:8-10 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade
em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não
está em nós.

Tiago 5:16 Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração
feita por um justo pode muito em seus efeitos.

A confissão não tem em si um efeito permanente, como o perdão, mas, é um


elemento espiritual que proporciona alivio real quando se está angustiado e aflito e, quando
nos rendemos e aceitamos nosso estado de pecadores decaídos, é como se abríssemos as
portas do nosso coração, sendo muito mais fácil a contrição, o arrependimento e a busca do
perdão, formando assim um círculo virtuoso, que nos ajudará na comunhão permanente com
Deus.
Além de declarar sua culpa, a confissão também é uma forma de anunciar ao mundo
sua fé e sua esperança em Deus, concordando publicamente com Ele:
Romanos 10:8-10 Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra
da fé, que pregamos, a saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração,
creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e
com a boca se faz confissão para a salvação.

Salvação

O conceito de salvação é vasto, envolve situações cotidianas e, também, a realidade


elevadíssima da vida eterna. No dicionário, encontramos salvação como sendo a ação ou o
efeito de salvar, de livrar do mal ou do perigo, como algo ou alguém que salva, que livra do
perigo, de uma situação desagradável e, ainda, como a saída de uma circunstância complicada
para outra mais fácil. Efetivamente um prato de comida salva alguém da fome, ainda que
momentaneamente, assim como um médico pode curar a pessoa de uma enfermidade.
No campo religioso pode ser definida como a libertação espiritual e eterna pela fé
em Cristo, ou como a felicidade, o contentamento infinito e eterno obtido após a morte.
A salvação é exatamente o contrario da condenação e somente em Deus há a
verdadeira e definitiva salvação:

Isaías 51:6-8 Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra de baixo, porque os céus
desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como uma veste, e os seus moradores
morrerão como mosquitos; mas a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será
quebrantada. Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a minha lei; não
temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias. Porque a traça os roerá como a uma
veste, e o bicho os comerá como à lã; mas a minha justiça durará para sempre, e a minha salvação, de
geração em geração.

Apocalipse 12:10 E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e
o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o
qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.

Salmos 65:5 Com coisas tremendas de justiça nos responderás, ó Deus da nossa salvação; tu és a
esperança de todas as extremidades da terra e daqueles que estão longe sobre o mar;

Atos 4:12 E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há,
dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.

Na celebração da Santa Ceia do Senhor a salvação é um elemento espiritual


presente e atuante, que se cumpre mediante a fé do cristão no sacrifício de Jesus e, ao
mesmo tempo, na graça divina manifesta pelo corpo e o sangue do Cordeiro de Deus dos quais
nos alimentamos. Sem o resultado salvação, o sacrifício de Jesus seria desnecessário e,
portanto, não existira razão para se celebrar em memória Dele um feito inócuo.
Mas, claro, não é assim!
O perfeito sacrifício de Cristo é suficiente para salvar todos os que se chegarem à
Ele, todos os que o receberem:
João 3:16-18 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo
não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é
condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de
Deus.

Tito 2:11 Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,

Hebreus 5:9 E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe
obedecem,

1 Tessalonicenses 5:9 Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por
nosso Senhor Jesus Cristo,

Biblicamente a salvação tem muitos aspectos, pode e deve ser abordada em


diferentes situações e cabe em todos os contextos referentes ao relacionamento com Deus,
pois, sem a “porta”, sem o “caminho”, sem a “oportunidade única” proporcionada pelo sacrifício
e ressurreição de Cristo, que nós é oferecida gratuitamente por Ele, mediante a fé Nele, não
há como o ser humano sequer chegar perto de Deus.
A salvação é parte central do conjunto de maravilhas que Deus manifesta sobre
toda a Igreja, de forma poderosa, gratuita e graciosa, durante a celebração da Santa Ceia do
Senhor!
Não há absolutamente nada que o ser humano possa fazer para merecer tamanha
dádiva deste tão imenso amor de Deus por nós!
Em nenhuma outra religião, em nenhuma outra parte da história humana, de
nenhuma época, jamais se viu ou ouviu tão grande, profunda, inusitada e maravilhosa história
de amor, como a de Deus por nós!
Em memória de Cristo, celebramos a Santa Ceia do Senhor, sempre, nós
alimentando do Seu corpo e do Seu sangue, voluntariamente oferecidos em sacrifício na cruz,
como forma de expiar as nossas culpas, pagar as nossas dividas, redimir a nossa alma e nos
salvar da condenação do pecado e da morte eterna!
E tudo isso foi realizado em nome deste imenso amor divino!
Jesus ocupou o nosso lugar na cruz, pagando o preço da nossa salvação
completamente, com sobras, quitando definitivamente as nossas dividas com a justiça, a
integridade e a santidade do Pai Eterno!

João 10:14-18 Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.
Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas
ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. Por isto o Pai me ama, porque dou a minha
vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a
dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.

Isaías 53:5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Não existe cristão autentico neste mundo que não se sinta devedor ao Senhor, de
uma divida que não se pode pagar, senão correspondendo com amor, louvor, ação de graças e
adoração, à intimidade que Ele mesmo nos ofereceu.
Tudo isso está intrínseco na celebração da Santa Ceia do Senhor!
Aleluia!
Glória a Deus!

Que possamos, todas as vezes, celebrar com reverencia, temor, contrição, fé,
esperança, confiança e muito amor a Santa Ceia do Senhor, em memória de Cristo, na
presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo de Deus!
Amém!
Louvado seja o Senhor para sempre!

Osvaldo Mazzucato Junior


Ministro Apotólico
Comunidade Cristã Adonai Sabaô
São Paulo, 10 de fevereiro de 2022

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