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A Ceia do Senhor

1 Coríntios 11.26

26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice,


anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.

Pense nisso por um instante. O único momento em Seu ministério que Jesus
escolheu para ser preservado e lembrado foi a Sua morte.

É interessante que sempre que Ele realizava um milagre, Ele nunca dizia:
“Construa um altar aqui para que você não se esqueça do que Eu fiz”.

na verdade Ele sempre fez exatamente o oposto. Frequentemente Jesus dizia:


“Não diga a ninguém sobre isso…”. Jesus advertia as vezes severamente para
que a ninguém dissese.

Mas com relação a Sua morte foi totalmente diferente.

Podemos nos esquecer de tudo o que Ele fez, podemos não nos lembrar dos
milagres, mas não podemos esquecer-nos da Sua morte.

“Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a
morte do Senhor, até que ele venha.” v26

Jesus usou a Ceia para que pudéssemos nos lembrar que Ele morreu pelos
nossos pecados.

É através da morte de Cristo que somos redimidos dos nossos pecados.

Ao morrer Jesus levou nossos pecados sobre si mesmo e morreu em nosso lugar.

Ao participarmos da Ceia, devemos nos lembrar de que a morte de Jesus foi


uma grande troca.

A Ceia nos lembra de que o nosso Deus enviou o Seu único Filho para que
pecadores, como eu e você, alcançássemos o perdão dos pecados e a vida
eterna.

Na igreja primitiva a Ceia era geralmente precedida por uma refeição fraternal
chamada Ágape, ou Festa do Amor.

As desordens ocorridas no Ágape despertaram a indignação do apóstolo vs.17..


“Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo, porquanto vos ajuntais não
para melhor, e sim para pior.”

Era uma ceia, mas não a ceia do Senhor; não era verdadeiramente uma
imitação da última Ceia.
A indignante pergunta, Não tendes, porventura, casas onde comer e beber?

foi dirigida àqueles que consideravam os ajuntamentos como simples


banquetes sociais e não como refeições de comunhão espiritual.

11.23-26. O apóstolo justifica sua reprimenda recapitulando o significado real e


verdadeiro da ordenança,

remontando ao ensinamento do próprio Senhor

Paulo não podia elogiá-los porque a conduta dos crentes em Corinto discordava
daquela recebida do Senhor. V23-25

...e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós;
fazei isto em memória de mim.
... tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu
sangue... fazei isso em memória de mim.”

A Ceia do Senhor, diferentemente do que muitos ensinam, não é um sacrifício,


não há nada místico na Ceia do Senhor.

O alimento oferecido nessa mesa da comunhão não é para nutrir nosso corpo, e
sim fortalecer nossa fé.

A Ceia do Senhor foi por ele ordenada para ser um memorial contínuo do
sacrifício da morte de Cristo até que ele volte (v.29; Lc 22.19; 1Co 11.24-25).

Em memória envolve mais do que simples lembrança; a palavra sugere uma


convocação ativa da mente.

A finalidade da Ceia é, pois, fazer-nos lembrar mediante elementos visíveis como


o pão e o vinho,

que o oferecimento do corpo e sangue de Cristo por nós na cruz do Calvário,

é o único meio de expiação dos nossos pecados, para nos reconciliar com Deus.

O pão é distribuído primeiro, uma vez que representa a encarnação.

Depois segue-se o vinho, representando a morte e o final da velha aliança e o


estabelecimento da nova aliança.

Uma coisa é certa: nas palavras, isto é o meu corpo, Paulo não está ensinando a
transubstanciação.

A Ceia é um meio de graça. Por meio dessa participação na Ceia somos


fortalecidos com o amor misericordioso de Deus para uma vida de santidade.

Acerca disto queremos mostrar aos irmãos que:


(1) A Ceia do Senhor é um Sacramento do Novo Testamento.
A palavra do latim “sacramentum”, significa “juramento” ou “voto”
para se referir as ordenanças do Batismo e Ceia do Senhor.

Estas substituindo a Circuncisão e a Páscoa da Antiga Dispensação do Pacto

são símbolos com os quais prometemos a Cristo fidelidade até à morte.

(2) A Ceia do Senhor significa dar e receber o pão e o vinho de acordo com a
ordem do nosso Senhor Jesus Cristo.

Cristo ensinou que seus ministros deveriam tomar o pão que simboliza o seu
corpo e reparti-lo com os crentes,
tomar o vinho que simboliza o seu sangue e distribuir entre eles, tudo com
ação de graças.

As substâncias incluídas neste sacramento, portanto, são essenciais e


insubstituíveis.
Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a
morte do Senhor, até que ele venha” (1Co 11.23-26, cf. Mt 26.26-28).

(3) A Ceia do Senhor proclama a morte de Cristo.

Ela representa visivelmente a morte de Cristo em favor do seu povo escolhido.

Esta é uma verdade central deste sacramento.

Por meio da Santa Ceia, a igreja testemunha ao mundo a sua comunhão com o
Cordeiro de Deus.

Aqueles que não creem na expiação substitutiva de Jesus Cristo, não podem
sob-hipótese alguma participar da Mesa do Senhor.

Comer e beber sem discernir o corpo de Cristo é ingerir juízo para si.

Se alguém não crê que Cristo morreu pelos seus pecados, não tem o direito a
assentar-se na Mesa do Senhor, pois rejeita a sua verdade fundamental.

“Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente,
será réu do corpo e do sangue do Senhor. Vs. 28

(4) A Ceia do Senhor tem como propósito edificar espiritualmente o povo


pactual.

O Catecismo Maior de Westminster ensina que aqueles que participam


corretamente da Ceia do Senhor
(1) Confirmam a sua relação com Cristo, o Salvador deles;
(2) São renovados e fortalecidos pela decisão de viver uma vida de gratidão e
de obediência a Deus;
(3) Testificam e renovam o seu amor e comunhão por seus irmãos na fé

Quando participamos corretamente da Ceia do Senhor, fortalecemos e


edificamos a nossa relação com Deus, e com nossos irmãos na fé.

(5) Por último, a Ceia do Senhor aponta para o retorno do Rei.


“Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a
morte do Senhor, até que ele venha” (1Co 11.26).

Todas as vezes que a igreja de Cristo celebra esse sacramento anuncia a sua
segunda vinda.

Quando Jesus nos ensinou que observássemos esse memorial da grande Obra
da Redenção

“até que Ele venha”, apontava para o último dia, o dia do Juízo Final.

A Ceia testemunha ao mundo que o nosso Salvador não está morto,


mas vive gloriosamente a destra do Pai e haverá de retornar um dia sobre as
nuvens com poder e glória.

Conclusão:

Se em nosso coração houver qualquer outro sentimento que não aquele que
houve em Cristo Jesus, ao participarmos da Ceia,
haverá fraqueza em nós, em vez de força. Haverá doença em nós, em vez de
saúde. Haverá morte entre nós, em vez de vida.

Como diz o texto: “Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e
não poucos que dormem.” v30
A Ceia do Senhor aponta para a cruz, para o que Cristo fez por nós.
A Ceia do Senhor aponta para a presença espiritual de Cristo entre nós.

“Eis que venho sem demora. Bem aventurado aquele que guarda as palavras
da profecia deste livro” (Ap 22.7)

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