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LIÇÃO 02: ORDENANÇA PARA PARTICIPAR DA CEIA DO SENHOR

TEXTO ÁUREO
“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.
1 Coríntios 11.28

VERDADE APLICADA
A Ceia do Senhor aponta para a continuidade de nossa comunhão com o Senhor pela Nova
Aliança.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar os direcionamentos da Ceia do Senhor.
Ressaltar a importância da Ceia para o cristão.
Falar sobre a relevância da Ceia do Senhor para a Igreja.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1CORÍNTIOS 11
23- Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em
que foi traído, tomou o pão,
24- E, tendo dado graças, o partiu, e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por
vós; fazei isto em memória de mim.
25- Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo
Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
26- Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do
Senhor, até que venha.

INTRODUÇÃO
Estudaremos na presente lição sobre a Ceia do Senhor, destacando o momento da instituição
pelo Senhor Jesus, a relevância da observação por parte da Igreja, alguns preciosos
ensinamentos e a sua significância conforme encontramos nas Escrituras.

1- OS DIRECIONAMENTOS DA CEIA DO SENHOR


Paulo nos dá uma aula de como podemos participar da Ceia do Senhor, sem ignorar os seus
envolvimentos e suas implicações. Pois não é um ato inconsciente nem um ritual vazio, frio e
sem emoção, mas algo espiritual e repleto de significados de alta relevância. Ele disse que
recebeu do Senhor e passa a nos ensinar. A Ceia do Senhor serve para edificação, exortação e
consolação.
1.1. Direciona para Jesus no passado. “(…) Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue;
fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” [1Co 11.25]. Tenham memória,
recordem-se, lembrem-se, isso tem grande significado. O sangue de Jesus vertido na cruz do
Calvário. O Seu corpo dilacerado. Tudo isso por vossa causa, por amar vocês (Lm 3.21].
Precisamos ser eternamente gratos pela entrega de Jesus na cruz do Calvário, Ele se fez
pecado por nós. Quem deveria estar lá éramos nós, mas Ele pagou a dívida em nosso lugar.

Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é a comunhão do sangue de Cristo?
Acaso o pão que partimos não é nossa participação no Corpo de Cristo? 17Como há somente
um pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único
pão. 18Observai o povo de Israel: porventura os que comem dos sacrifícios não são
participantes do altar? 1 CORÍNTIOS 10. 16-18

1.2. Direciona para Jesus no presente. “Fazei isto, todas as vezes que beberdes” [1Co 11.25].
Estamos fazendo hoje para aumentar a nossa intimidade e a nossa comunhão com Ele?
Estamos vivendo o Novo Pacto feito por Jesus? O texto de Mateus 26.26-28 não dá margem
para dizermos que Jesus Cristo afirmou que o pão era literalmente o Seu corpo e que o vinho
era literalmente o Seu sangue. Trata-se de uma linguagem figurada que o Senhor usou para
comunicar de forma mais compreensível o ato da cruz do Calvário [Jo 6.53, 56]. Ele ressuscitou,
isto é, Ele está vivo e habita em nós.

Myer Pearman: “A Ceia do Senhor é o rito de comunhão e significa a continuação da vida


espiritual”.

1.3. Direciona para Jesus no futuro. “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e
beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.” [1Co 11.26]. O futuro aponta
para a volta de Jesus. Ele brevemente voltará. A Igreja não pode se calar. Deve sempre
anunciar que Ele nos amou, morreu para nos salvar, ressuscitou ao terceiro dia e está
assentado à destra de Deus Pai e intercede por nós [Rm 8.34]. A ressurreição de Cristo é que
nos deu graça e nos deu vida e vida abundante. Agora aguardamos a bem aventurada
esperança, o glorioso dia quando cearemos com o Salvador no Reino do Seu Pai [Mt 26.29].

A Ceia do Senhor tem uma dimensão escatológica. Anuncia a sua morte ressurreição e retorno.
Então, o anjo me ordenou: “Escreve: Bem-aventurados os que são chamados ao banquete das
núpcias do Cordeiro!” E disse-me mais: “Estas são as exatas palavras de Deus!” Ap. 19.9
2- A IMPORTÂNCIA DA CEIA PARA O CRISTÃO
A Ceia do Senhor é algo sagrado de que não se pode participar com irreverência. É preciso ter
cuidado para evitar sempre a indiferença, falta de conhecimento do seu real significado, da boa
consciência dos pecados cometidos que precisam de perdão. Muitos participam da Ceia com
exaltação espiritual como se fossem mais crentes do que os outros. A comunhão envolve
santidade, mas também simplicidade e humildade.

2.1. A importância de examinar a si mesmo. A chamada é para nos examinarmos e não os


outros [1Co 11.28-29]. Fazer um autoexame, fazer uma análise minuciosa, fazer uma
introspecção. É necessário ter uma consciência sadia para nos examinar. A consciência é o
maior tribunal que existe. O fórum é o nosso interior. Quando este tribunal se corrompe ou fica
cauterizado, não acusa mais nada. A consciência foi dada a todo ser humano para julgar entre o
certo e o errado, o justo e o injusto, o fiel e o infiel, o verdadeiro e o falso. Paulo dá instruções a
Timóteo, seu filho na fé: “Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as
profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia, conservando a fé e a boa
consciência, rejeitando a qual alguns fizeram naufrágio na fé.” [1Tm 1.18-19].

Examinei, portanto, a vocês mesmos, a fim de verificar se isso é realmente de verdade. Provai a
vocês mesmos. Ou não percebeis que Jesus Cristo está em vós? A não ser que já estejais
reprovados. 6 Mas tenho a esperança de que compreendamos que não fomos reprovados.
2Co 13.5 e 6

Examine, pois, cada um a si próprio, e dessa maneira coma do pão e beba do cálice 1 Co 11.28

2.2. A importância de julgar a si mesmo. A chamada é para julgar a nós mesmos e não os
outros [1Co 11.31]. Não espere ser julgado por ninguém, se antecipe e peça perdão. Lute para
melhorar você e não achar defeitos nos outros. Julgar com a Palavra de Deus e não pelo que
acha a sociedade ou o que é politicamente certo. O julgamento deve ser feito com sinceridade
por nós, para evitar a própria condenação. Quem toma indignamente não está discernindo o
corpo do Senhor [1Co 11.29]. Assim se torna culpado do corpo e do sangue de Jesus. O sangue
de Jesus foi para nos purificar de todo pecado, se a pessoa não valoriza esse sangue
derramado, é como se Cristo não tivesse morrido pelos nossos pecados, a morte dEle não teria
significado espiritual e salvífico.

Até, porque, a expressão “julgássemos” – 1 Coríntios 11.31 conforme o Dicionário de Strong, de


modo figurado, tem o significado de “discernir com clareza”, “notar detalhadamente”. Isto nos
leva a perceber a seriedade da participação na Ceia do Senhor e o quanto somos dependentes
do Espírito Santo e da Palavra de Deus para discernir e notar detalhadamente a nós mesmos.

2.3. A importância de corrigir a si mesmo. A chamada é para consertar a nós mesmos e não
os outros [1Co 11.30]. Não espere ficar fraco, doente ou morrer espiritualmente, tome a decisão
ainda hoje. A causa de muitas enfermidades entre os cristãos recai sobre a falta de se corrigir,
porque são conhecedores da verdade. Precisamos consertar o nosso altar (vida espiritual com
Deus). A comunhão com Deus nos faz crentes saudáveis, que andam de cabeças erguidas e
não têm do que se envergonhar. Corrigir para não ser preciso ser repreendido pelo Senhor.
Quando somos disciplinados pelo Senhor, é para não sermos condenados com o mundo, perder
a nossa alma [1Co 11.32].

3- A RELEVÂNCIA DA CEIA PARA A IGREJA


A Ceia é a maior festa da Igreja para os crentes em comunhão com o Senhor Jesus. Nenhuma
outra festa pode se comparar a essa. Nada pode ser maior do que a ressurreição de Jesus ao
terceiro dia. É a maior vitória da Igreja, sem a ressurreição não teria significado algum a Ceia do
Senhor, pois ela representa o que temos de mais importante: um Deus vivo e presente conosco
[Mt 28.20]. Precisamos valorizar mais o dia da Ceia e não a realizar de uma forma atordoada.
Tudo o que se fizer nesse dia, deve ser voltado para a Ceia do Senhor, os hinos cantados, a
Palavra ministrada, a disponibilização maior do tempo para a solenidade.

3.1. A comunhão da igreja. A igreja precisa estar junta [1Co 11.18-20, 33), em harmonia, em
paz e participando da comunhão, viver em comum, participar das mesmas coisas, ter unidade no
Espírito. Você participa da comunhão vertical com o cabeça, Jesus, mas você precisa participar
da comunhão horizontal com o corpo. Não se pode estar em comunhão vertical se não estiver
em comunhão horizontal, com os nossos irmãos. Não tem como estar em comunhão com um e
não estar em comunhão com o outro. A igreja é um corpo, no corpo há vários membros, a igreja
se reúne, não fica isolada.

3.2. A perseverança da Igreja. A Igreja deve perseverar anunciando a morte do Senhor, até
que Ele venha [1Co 11.26]. A Igreja não pode desistir, não pode recuar, não pode parar. A Igreja
precisa continuar fazendo a sua parte e não renunciar à constância. A Ceia deve ter uma
regularidade, não nos é dado o direito de participar quando bem quisermos ou for conveniente
para nós [At 2.46]. Só aqueles que perseverarem até ao fim serão salvos [Mt 24.13]. A
perseverança é a alma dos vitoriosos.
Perseverança é preciso:
Tu, porém, vai-te em paz e segui o teu caminho até o fim. Eis que descansarás e, então, no final
do yowm, dos tempos, te levantarás para receber a tua herança perpétua!”
Dn 12.13

Por essa razão, podemos afirmar com toda a segurança: “O Senhor é o meu Ajudador, nada temerei. O
que poderá fazer contra mim o ser humano?” A vida dos discípulos de Cristo
Hebreus 3.6

3.3. A esperança da Igreja. A Igreja tem expectativa no que Jesus falou: “(…) não beberei deste
fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai” [Mt 26.29]. A
Igreja precisa conservar a esperança na promessa que Jesus fez de voltar e nos buscar para a
Grande Ceia junto com o Pai [Jo 14.1-3]. Esta é a maior esperança do crente em Jesus: um dia
morar com Ele na glória. A Ceia declara a vida eterna e a ressurreição no último Dia.

Porém, naqueles dias, depois do referido período de tribulação, ‘o sol escurecerá e a lua não
dará a sua luz; 25as estrelas cairão do céu e os poderes celestes serão abalados’. 26Então o
Filho do homem será visto chegando nas nuvens, com grande poder e glória. 27Ele enviará os
seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, das extremidades da terra até os confins
do céu Mc. 13. 25-27

CONCLUSÃO
Paulo nos mostrou os passos que devemos seguir na celebração da Ceia do Senhor. A
consciência e a responsabilidade recaem sobre cada um de nós, ao participarmos deste ato
glorioso.

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