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MINISTRANDO A CEIA DO SENHOR

Lucas 22.17-20

"Então Jesus pegou o cálice de vinho, deu graças a Deus e disse: -Peguem isto e repartam entre vocês. 18 Pois eu afirmo
a vocês que nunca mais beberei deste vinho até que chegue o Reino de Deus. 19 Depois pegou o pão e deu graças a
Deus. Em seguida partiu o pão e o deu aos apóstolos, dizendo: -Isto é o meu corpo que é entregue em favor de vocês.
Façam isto em memória de mim. 20 Depois do jantar, do mesmo modo deu a eles o cálice de vinho, dizendo: -Este cálice
é a nova aliança feita por Deus com o seu povo, aliança que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de
vocês".

Introdução
A ministra de adoração Ana Paula Valadão Bessa, em 1999, compôs uma linda canção onde ela cita o texto do profeta
Jeremias, que diz: "Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança".
A Ceia do Senhor é uma cerimônia que tem, exatamente, esse objetivo: trazer à lembrança o importante acontecimento
do sacrifício de Jesus.

O próprio Senhor estabeleceu esta cerimônia para ser assim, porque lemos no v.19 que Jesus disse: "Façam isto em
memória de mim".

E Jesus mostrou o que devemos fazer:


Ele tomou nas mãos dois elementos: o Pão e o Vinho.

Disse para pegar o pão como símbolo do Seu corpo, e tomar o suco de uvas, como símbolo do Seu sangue.

E distribuiu aos discípulos, orientando-os a comer o pão e a beber do cálice - Jesus estava ensinando: Do mesmo modo
como o organismo se nutre de energia, de força, pelo comer e beber, assim também se dá com a nossa fé: ela é
revigorada, fortalecida, quando nos apropriamos de Jesus.

E convém destacar ainda o seguinte, que Jesus disse: "Façam isso em memória de mim".
Esta cerimônia serve para trazermos Jesus à memória, trazermos Jesus à nossa lembrança.

E lembrança de que?
...de Jesus menino, na infância, deitado na manjedoura ou a discutir com os doutores da lei no templo? Não.

...é a lembrança de Jesus ensinando ou estendendo as mãos para curar os doentes? Não.

...é a lembrança de Jesus ressuscitado, tendo deixado o túmulo vazio? Não.

Nesta cerimônia, nós lembramos de Jesus morrendo na cruz, com cravos prendendo Suas mãos e com coroa de
espinhos comprimindo Sua cabeça, num verdadeiro sacrifício de amor por nós, que pecamos contra Deus.
Sim, com esta cerimônia, recordamos a morte de Jesus na cruz, as feridas em Seu corpo e o sangue que foi derramado...

E lembramos que tudo isso foi uma prova do amor que Deus tem por nós, livrando-nos da morte e da perdição eterna.

Jesus disse para pegarmos o pão e bebermos do cálice, trazendo isto à memória.

Conclusão
Amados, vamos fazer isto: Vamos trazer à memória aquilo que nos dá esperança.
Pelo sacrifício de Jesus na cruz, temos salvação eterna e paz com Deus nesta vida.

Portanto, ao tomar o pão e o cálice, faça isto em memória do Senhor: traga à sua lembrança o que Jesus fez por você na
cruz; Ele te tirou das trevas, te libertou da condenação... Ele te trouxe para o Reino de Deus, onde há segurança e paz.

Oh! Amado irmão, ao lembrar que Jesus morreu por você na cruz, oro para que você também se lembre de que deve
viver para Ele.
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5 ERROS QUE A IGREJA COMETE NA CEIA DO SENHOR

A paz do Senhor meus amados irmãos, amigos e leitores. Hoje vamos falar um pouco sobre a Santa Ceia, quero dizer, a
Ceia do Senhor. Pretendo denunciar 5 erros que vejo as igrejas cometendo nos dias de hoje quando realizam o famoso
culto de “santa ceia”. Eu não quero irmãos que me julguem ser quadrado, rígido demais ou antiquado.

Mas os erros aqui denunciados, são tão comuns hoje em dia que muitos de vocês leitores vão achar que estou forçando
a barra; muitos de vocês vão pensar que estou exagerando; muitos de vocês vão discordar do que irei afirmar aqui. E
muitos vão me pedir base bíblica para tais afirmações que serão feitas. Enquanto creio que aqueles irmãos que
aprenderam e guardaram os ensinamentos dos nossos pais, irão concordar com tudo que vou dizer.

Mas antes de ser criticado ou confrontado, quero lembrar que não precisamos de base bíblica pra tudo, existem coisas
que sabemos que são erradas e não precisamos de uma confirmação bíblica para isso, como o aborto, o cigarro, o uso
de entorpecentes, masturbação e a lista vai crescendo.

Todas essas coisas são erradas e não estão claras na bíblia, nós apenas nos baseamos em versículos que chegam mais
perto possível para convencer aqueles que ignoram a acusação da consciência e irão querer fazer tudo que não estiver
sendo expressamente proibido na bíblia, só pela diversão e prazer carnal, usando a ausência de um versículo específico
para justificar sua má conduta como sendo certa. Ou seja, tem muita coisa que é questão de bom senso.

Bom, agora vamos aos 5 erros que vejo as igrejas cometerem hoje em dia nos cultos que são separados para fazer
memória de Cristo e anunciar a morte do Senhor até que ele venha. Lembrando que em minhas pregações,
costumeiramente sou convidado a ministrar em cultos de Ceia, e ao lembrar de como era ministrada a Ceia do Senhor
antigamente, comparando com os dias de hoje, sinceramente estamos perdendo alguns valores.

santa ceia ou ceia do senhor

Erro 01: Chamar de Santa Ceia


Sim, chamar de “santa” ceia é um erro básico mas que poderia ser corrigido se simplesmente parássemos de adotar os
títulos inseridos na bíblia e os ditados populares como sendo partes da palavra de Deusa. Ou seja, a bíblia original não
tem títulos, não tem capítulos e nem versículos.

Os capítulos e versículos foram inseridos para facilitar a procura por uma passagem específica; e os títulos foram
inseridos para lembrar facilmente o assunto do texto. Mas essas coisas não fazem parte da bíblia que foi originalmente
inspirada pelo Espírito de Deus.

Na carta do apóstolo Paulo aos Coríntios, capítulo 11, não existe a palavra ‘santa’ e ‘ceia’ na mesma frase. Paulo chama
apenas de Ceia do Senhor. E sinceramente, santa ceia pode se referir a qualquer ceia que alguém resolveu chamar de
santa. Mas chamar pelo nome correto que é ceia do Senhor; já diz exatamente de quem pertence essa comemoração.

Caso você esteja procurando na sua bíblia pelo termo “santa ceia”, eu vou facilitar pra você. Basta pegar uma bíblia
eletrônica e pesquisa… Simples assim. A frase “santa ceia” só aparece no título acima do início do texto bíblico, que não
pertence a bíblia original, lembra-se que nada pode ser acrescentado a palavra?

Tudo bem, tudo bem, isso é ridículo. Afinal, qual o problema de dizer santa ceia? O problema é que isso é o primeiro
passo pra adotar frases populares como sendo parte da bíblia. Por exemplo, Paulo ensina sobre os 9 dons espirituais e
em nenhum momento ele fala de dom de visão, mas o povo fala do dom da visão como se fosse parte das escrituras. E
isso também parece ser simples, mas se parar pra fazer uma lista dos milhares de ditos populares que estão fora da
bíblia e são aceitos como parte dela, poderíamos reformular o evangelho inteiro.

Erro 02: Não Partir o Pão!


Esse é um erro que você vai dizer: Poxa vida Manassés, isso é ridículo! Se você pensa assim, certamente você tem
menos de 24 anos de idade. Geralmente são os jovens que ignoram valores como por exemplo pedir a benção dos pais.
Muitos jovens hoje acham isso ridículo e não praticam mais.

Porém, quando o assunto é ceia do Senhor, devemos manter os valores vivos! E o pão simboliza o corpo de Cristo que
foi entregue por nós, o corpo dele padeceu por nossa causa. Veja o que o profeta já dizia 700 anos antes de Cristo:

Isaías 53:5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo
que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Partir o pão na frente de todos e no momento da ceia é um sinal que representa o quanto Jesus sofreu por nós. E é
símbolo da nossa comunhão. Pois seu corpo sofreu e padeceu nossos pecados. Sinceramente, cortar o pão com faca e
trazer para a igreja os pedacinhos iguais e já prontos antes de ser apresentado no culto, ou seja, antes de orar e
apresentar a Deus o pão é um erro, na minha humilde opinião de servo de Deus, já que o corpo do Senhor Jesus foi
apresentado a Deus inteiro no Jardim do Getsemani e depois foi partido no caminho até a Cruz.

É um pequeno gesto que deveria ser preservado! Pois se começarmos a retirar esse e outros gestos, com o passar do
tempo a ceia vai perdendo seu valor. imagina seu filho perguntando: Pai, por que tomamos ceia? Por que comemos
pão? Por que é só um pedacinho pra cada e não um pão inteiro?

O que vejo ser feito hoje em dia é apresentar a Deus o pão (símbolo do corpo de Cristo) já cortado! Eu só gostaria de
preservar o ato da ceia do Senhor em cada gesto, trazendo um sentido para cada ação e momento. De maneira que se
meu filho perguntar: Pai, por que o pastor parte o pão na frente de todos na hora da ceia? Não seria mais fácil e rápido
trazer partido? Então com muito orgulho poderei responder: O partir do pão filho é símbolo da nossa comunhão e assim
como o corpo de Cristo foi apresentado a Deus por inteiro e depois partido até a Cruz, em memória dele, nós fazemos
assim hoje.

O próprio Senhor Jesus partiu o pão na hora, no momento da ceia. Ele pediu aos discípulos para preparar a ceia, porém
o pão foi partido no momento de comer a ceia. Veja o que o próprio Senhor Jesus disse:

Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha
carne, que eu darei pela vida do mundo.
João 6:51

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
João 6:54-56

O pão não deveria ser cortado por instrumentos, mas deve ser partido em mãos após ser apresentado a Deus e antes de
ser servido a igreja. Ou seja, devemos apresentar o pão inteiro a Deus e depois parti-lo. Como diz a palavra:

E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de
mim. 1 Cor 11:24

Mas infelizmente pra mim e felizmente pra muitos. Trazer o pão já partido é mais rápido, prático e fácil. Ou seja, o
objetivo é terminar logo porque temos louvores e a pregação pra ouvir. E assim, aos pouquinhos o momento da ceia do
Senhor vai ficando cada vez mais e mais monótono, se tornando uma cerimônia qualquer, a qual devemos terminar logo
para dar espaço aos demais trabalhos no culto.

Erro 03: Usar Mais de 1 Pão


Esse erro é bem comum em igrejas grandes. Eu já vi casos onde o pastor pede para um obreiro ir comprar 4 pães de
leite na padaria durante o culto e prepará-los para a ceia. Eu sei que podem haver criticas fortes nessa questão, mas o
pão que Jesus dividiu com os discípulos foi um só, ou seja, eles participaram do mesmo pão.

Outrossim o corpo de Cristo é apenas um, não existem 2 corpos. De maneira que o pão deve ser apenas um para que
possa simbolizar legitimamente e com mais precisão o corpo de Cristo. E em casos de igrejas grandes…. Pelo amor de
Deus, tomem vergonha na cara mandem fazer um pão de tamanho adequado. Olha o que diz o apóstolo:

Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de
mim.
1 Coríntios 11:23,24

O pão esta no singular, ou seja, eram 13 pessoas para comer o mesmo pão. E se fosse mais de um pão, isso ficaria claro
e evidente como eram vários na multiplicação dos pães. Da mesma forma, perceba que Jesus parte o pão e entrega aos
discípulos para comerem e Jesus diz: “”Esse é o meu corpo que é partido por vós…”” Isso me lembra até mesmo o erro
anterior, de partir o pão antes ou com facas, pois o pão (corpo) é e foi partido por nós e por causa de nós.
No caso de igrejas com centenas e centenas de membros, 1, 2, 3 mil pessoas ou mais. É perfeitamente possível fazer os
pães da mesma massa. E em uma igreja com essas proporções, tem pastores e obreiros de sobra para o momento de
apresentar e partir o pão. E aliás, se puder fazer o pão sem fermento, melhor ainda. Vai trazer mais proximidade com os
tempos bíblicos, o que impõe respeito aos jovens e os que são de fora.

Erro 04: Usar Vinho de Péssima Qualidade


Eu não gosto muito de uva, falo da fruta, mas do suco sou apaixonado. E conheço muitos crentes de berço iguais a mim
que também amam um bom suco de uva. E nós temos a leve impressão que se não fosse a apreciação da ceia do
Senhor, talvez nós não gostássemos tanto de suco de uva.

Acontece que não tem coisa pior do que participar de uma ceia onde o suco que usam para simbolizar o sangue
poderoso de nosso amado Cristo, é tão barato que chega a ser transparente. Não é o meu sangue mas Isso ofende a
mim, creio que também deve ofender a Deus, pois estamos falando do sangue do filho Dele. Como podem usar de água
com groselha para chamar de sangue de Cristo?

É claro que existem exceções como em alguns lugares muito humildes aqui do nosso Brasil. Mas no caso das igrejas aqui
de São Paulo, não tem desculpa pra economizar no vinho enquanto exageram nas cortinas, cadeiras e até no
revestimento das paredes.

O suco de uva deve ser do mais puro possível, em respeito ao sangue de nosso Senhor e a sua memória. É importante
que você entenda, que isso não é luxuria ou querer ser chique e nem sofisticado, a questão é respeito ao sangue do
bom mestre, afinal, era pra ser o nosso sangue derramado e não o Dele. Memória de seu incrível e eficaz sacrifício na
cruz, onde merecíamos ter recebido tal sentença, que Ele por amor, não permitiu que a conhecêssemos.

Erro 05: Esquecer a Cruz Durante todo o Culto


Quando Jesus sentou-se para participar da Ceia. Ele não fez muita cerimônia, mas apenas demonstrou o seu desejo em
participá-la junto aos seus discípulos e também mencionou o início do seu jejum de pão e vinho que perdura até o dia
de hoje e continuará até que cheguemos no céu.

E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça;
Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus.
E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós;
Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus.
E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei
isto em memória de mim.
Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é
derramado por vós.
Lucas 22:15-20

Hoje nós realizamos um culto que é comum até o momento em que é anunciado a ceia. Tenho participado de cultos
onde não é possível perceber que é um culto de ceia durante as orações e louvores, somente no ato da ceia. E isto esta
errado!

Se devemos fazer e celebrar a Ceia do Senhor em sua memória, então acredito; no culto de ceia, devemos cantar hinos
que falam da cruz de Cristo, do seu sacrifício ou da sua ressurreição para lembrar e fazer menção da cruz! Devemos ler a
palavra oficial em passagens que citam a ceia ou o sacrifício, a morte de nosso mestre, o julgamento, a ressurreição ou
as promessas dele para nós após a ceia. E percebo que isso não esta sendo feito em muitos lugares.

Eu procuro ministrar uma palavra que no mínimo aponte para a cruz, mesmo que seja na conclusão, mas já cometi o
erro de esquecer da cruz em cultos de ceia. O que também vejo muitos cometendo o mesmo erro, deixando de lembrar
a morte do Senhor e o que isso representa para nós.

E como líder de jovens, já vi muitos jovens não darem valor nenhum a ceia do Senhor e a culpa é nossa. Pois se nós não
damos valor, eles vão se espelhar na gente. Se o culto de ceia não tem nada de especial e diferente á não ser o pão e
vinho, então se tornará para nossos filhos mais um passa tempo, um fardo, uma obrigação que eles continuarão
fazendo até começarem a se perguntar porque fazem isso.

Talvez por isso é tão difícil para algumas pessoas permanecer firmes na igreja, pois estão se esquecendo do foco
principal que é Cristo, e se esquecem dele mesmo no dia de Ceia, o qual é mandamento de Deus que façamos isso em
sua memória, para anunciar a morte do Senhor até que ele venha.
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CEIA DO SENHOR

O que é a Ceia do Senhor? Como e quando deve ser celebrada? Quem pode participar dela? Quero esclarecer um pouco
desta ordenança de Jesus praticada em nossas igrejas…

UMA INSTITUIÇÃO DE CRISTO

“…o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão, e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo,
que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o
cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes em que o beberdes, em memória
de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele
venha.” (1 Coríntios 11.23-6)

Observando a expressão “fazei isto”, percebemos que se trata de uma ordem de Jesus. É um imperativo, e fica ainda
mais evidente ser uma ordenança para a Igreja, quando Jesus repete a expressão “todas as vezes que”… mostrando que
este ato deveria ser parte da nossa prática cristã.

UM MEMORIAL

Lugar algum das Escrituras mencionam o pão e o vinho se tornando literalmente o corpo e o sangue do Senhor na hora
em que o partilhamos. Pelo contrário, Jesus deixa claro o caráter simbólico do ato ao dizer: “fazei isto em memória de
mim”.

A ceia do Senhor é um momento de recordação do que ele fez por nós ao morrer na cruz para a remissão dos nossos
pecados. Quando a celebramos, estamos anunciando a morte do Senhor Jesus até que Ele volte! Os elementos são,
portanto, figurativos, e não literais.

UM RITUAL DE ALIANÇA

Os orientais davam muito valor à alianças, e as respeitavam. Quando Jesus institui exatamente o pão e o vinho como os
elementos da ceia, ele sabia exatamente o quê estava fazendo. Para os judeus, o pão e vinho faziam parte de um ritual
de aliança de sangue, o mais alto nível de aliança a que alguém poderia se submeter.

Ao contrair uma aliança deste nível, as duas partes estavam declarando que misturavam suas vidas e tudo o que era de
um passava a ser de outro e vice-versa; por isso Jesus declarou na ceia que o cálice era a aliança NO SEU SANGUE,
estabelecendo com isso, na ceia, um ritual de aliança.

No Velho Testamento vemos Abraão indo ao encontro de Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e levando pão e
vinho. O que era isto? Um ritual de aliança. Quando ceamos, estamos reconhecendo que realmente estamos aliançados
com Cristo, e que nossas vidas estão misturadas, fundidas uma na outra (1 Co.6.17).

Jesus deixou bem claro aos que o seguiam que não bastava apenas simpatizar-se com ele ou seguí-lo pelos milagres que
operava, mas que era necessário aliança, e aliança no mais elevado e sagrado nível que os judeus conheciam: a aliança
de sangue.

Muitos não compreendem isto por não conhecer os costumes da época, mas era a este tipo de aliança que Jesus se
referia ao proferir estas palavras:

“Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não
tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei
no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne
e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele.” (João 6.53-56)

É óbvio que Jesus não falava sobre comer a carne literalmente, mas sim sobre aliança, sobre mistura de vida; isto fica
claro quando o Mestre conclui dizendo que tal pessoa permaneceria nele e ele nesta pessoa. Este texto também não
fala diretamente da ceia, mas sim da nossa aliança com Cristo; embora deixe claro qual é figura da ceia: um ritual de
aliança onde testemunhamos comunhão entre nós e o Senhor Jesus Cristo.
UM TEMPO DE COMUNHÃO

No tempo apostólico as ceias eram também chamadas de “ágapes” (ou “festas de amor” – Jd.12), o que reflete parte de
seu propósito. As ênfases na expressão “corpo” que encontramos no ensino bíblico da ceia, reflete esta visão de
unidade e comunhão. A mesa é um lugar de comunhão em praticamente quase todas as culturas e épocas, e a mesa do
Senhor não deixa de ter também esta característica.

UM ATO DE CONSEQUÊNCIAS ESPIRITUAIS

Na epístola de Paulo aos coríntios, fica claro que a Ceia do Senhor tem consequências espirituais; ela será sempre um
momento de benção ou de maldição para os que dela participam.

BENÇÃO

“Porventura o cálice da benção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a
comunhão do corpo de Cristo?” (1 Coríntios 10.16)

Observe o termo “cálice da benção”. Isto não é figurado, é real. A Ceia do Senhor traz bênçãos espirituais sobre aqueles
que dela participam.

Um outro termo empregado neste versículo, que nos revela algo importante, é “comunhão”; quando ceamos, estamos
pela fé acionando um poderoso princípio, temos comunhão com o sangue e com o corpo de Cristo! O que isto significa?
Quando derramou seu sangue, Jesus o fez para a remissão de nossos pecados, logo, ao comungarmos o sangue,
estamos provando que tipo de bênçãos? A purificação, e também a proteção, pois o diabo não pode transpor o poder
do sangue para nos tocar (Ex 12.23, Ap 12.12).

E o que significa ter comunhão com o corpo? O corpo de Jesus foi moído porque ele tomou sobre si nossas
enfermidades, e as nossas dores carregou sobre si, e pelas suas feridas fomos sarados (Is 53.4,5). A obra redentora de
Cristo nos proporciona cura física, e na Ceia do Senhor é um momento onde podemos provar a benção da saúde a da
cura. Muitos estavam fracos e doentes na igreja de Corinto por não discernirem o corpo do Senhor na Ceia.

Ao falar sobre comungarem com o corpo do Senhor, Paulo se referia não apenas ao corpo do Cristo crucificado por meio
do qual somos sarados, mas também ao corpo ressurreto, no qual habita toda a plenitude da divindade e é fonte de
vida aos que com ele comungam.

A Ceia do Senhor deve ser um momento especial de comunhão, reflexão, devoção, fé, e adoração. Tudo deve ser feito
de coração e com reverência, pois é um ato de conseqüências espirituais.

MALDIÇÃO

A Bíblia não usa especificamente esta palavra, mas mostra que a maldição pode vir como um juízo de Deus para quem
desonra a Ceia do Senhor. Depois de ter dito que ao participar da mesa do Senhor a pessoa está anunciando a morte de
Jesus até que ele venha, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, traz a seguinte advertência:

“Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor.
Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem discernir o
corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem.
Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo
Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1 Coríntios 11.27-32)

Para muitas pessoas, a Ceia é algo que as amedronta; preferem não participar dela quando não se sentem dignas, para
não serem julgadas. Mas veja que a Bíblia não nos manda deixar de tomar, e sim fazer um auto-exame antes, pois se
houver necessidade de acerto devemos fazê-lo o mais depressa possível (1 Jo 1.9).

Deixar de participar da mesa do Senhor é desonrá-la também! Devemos ansiar pelo momento em que dela
partilharemos, e não evitá-la. Mas há aqueles que querem fingir que estão bem, e participam sem escrúpulo algum do
que é sagrado; para estes, não tardará o juízo.

Participar da mesa do Senhor tem conseqüências espirituais; ou o cristão é abençoado ou é amaldiçoado. Não há meio
termo; a refeição não é apenas um simbolismo; não se participa da Ceia do Senhor como se participa de uma cerimônia
qualquer, pois é um momento santificado por Deus e de implicações no reino espiritual.
QUEM PARTICIPA

A Ceia, como ritual de aliança que é, destina-se, portanto, aos que já se encontram em aliança com Cristo; ou seja, aos
que já nasceram de novo e estão em plena comunhão com Deus. Há igrejas que só servem a Ceia para quem pertence
ao seu rol de membros; consideramos isto um grande erro, pois a Ceia do Senhor é para quem o serve de todo coração,
independentemente de tal pessoa congregar em nossa igreja local ou não; se a pessoa faz parte do Corpo de Cristo na
terra, então deve participar da mesa.

Há ainda, aqueles que afirmam só poder participar da Ceia do Senhor quem já se batizou nas águas, mas não há
sustentação bíblica para isto; desde o momento em que a pessoa se comprometeu com Cristo em sua decisão ela já está
dentro da aliança firmada por Jesus na cruz. Entendemos que o novo convertido deva ser encaminhado para o batismo
tão logo seja possível.

Os critérios básicos são: estar aliançado com Cristo, e com vida espiritual em ordem. Contudo, não proibimos ninguém
de participar, apenas ensinamos o que a Bíblia diz, para que cada pessoa julgue-se a si mesma. Nem Judas Iscariotes, em
pecado e endemoninhado foi proibido por Jesus de participar da Ceia (Lc 22.3,21).

A instrução bíblica é que a pessoa se examine a si mesma, e não que seja examinada pelos outros. Portanto não
examinamos ninguém, nem as proibimos, só instruímos. Se a pessoa insistir em participar de forma indigna colherá o
juízo divino.

ONDE ACONTECE

Não há um lugar determinado para se realizar a Ceia, onde quer que estejam reunidos os cristãos ela poderá ser feita.

No livro de Atos, lemos que o pão era partido de casa em casa (Atos 2.46), o que nos deixa totalmente à vontade em
relação a celebrá-la nas células; mas Paulo ao usar as seguintes palavras: “…quando vos reunis na igreja…” e “Se alguém
tem fome coma em casa…” (1 Coríntios 11.18 e 34); revela que na cidade de Corinto a Ceia era praticada também num
local maior de reunião para toda a igreja.

Portanto, como nos reunimos no templo e nas casas, à semelhança dos dias do Novo Testamento, também praticamos a
Ceia do Senhor nos dois locais de reunião, sendo que a maior incidência se dá no templo quando reunimos todo o corpo
local.

QUANDO ACONTECE

Entendemos que não há uma periodicidade definida pela Bíblia quanto à celebração da Ceia; Jesus apenas disse:

“…fazei isto, TODAS AS VEZES QUE o beberdes, em memória de mim” (1 Co 11.25b).

Esta expressão “todas as vezes que” nos dá liberdade de fazermos quando quisermos, mas sempre em memória do
Senhor Jesus Cristo.

Em nossa igreja, celebramos a Ceia do Senhor mensalmente no templo, e não temos periodicidade definida nas casas.

COMO É CELEBRADA

No templo ela é celebrada pelo presbitério, que normalmente se serve dos diáconos para que ajudem na distribuição; já
nas células (em nossa igreja), ela é celebrada pelos líderes e auxiliares.

Encorajamos os líderes de célula a utilizarem um só pão que deve ser partido na hora da Ceia, e um cálice a ser dividido
entre o grupo, como sinal de comunhão. Já no templo, devido à quantidade de pessoas e ao tempo de reunião, não
procedemos assim; o normal é já servimos o pão cortado em pequenos pedaços e o suco de uva em pequenos cálices
individuais.

Na igreja primitiva, quando celebrada nas casas, a Ceia do Senhor era também chamada de ágape ou festa de amor. Os
irmãos se reuniam para ter comunhão ao redor da mesa, onde tomavam suas refeições juntos; e juntamente com as
refeições celebravam a Santa Ceia. Nas casas é possível cearmos de maneira informal e festiva, e é o que procuramos
fazer.
O MEMORIAL DE JESUS – A CEIA DO SENHOR
Texto base: Lucas  22:13-20/ I Coríntios 11: 23-34.
A ceia do Senhor é o memorial que Jesus deixou para sua Igreja. Na verdade, representa a conclusão do tema da Bíblia,
qual seja: o início e o fim do mundo que conhecemos, onde Jesus literalmente se tornará o Senhor desta terra, e reinará
para sempre com os seus filhos.
A Bíblia nos apresenta: como Deus criou o mundo, a forma pelo qual o pecado entrou no mundo e as várias profecias
que avisam o plano de Deus para reconquistar a raça humana que se desviou e rejeitou o seu Senhor.
Foi através do povo de Israel que Deus trouxe ao mundo o homem Deus, Cristo Jesus para morrer por nossos pecados a
fim de nos garantir a nova aliança de salvação.
Uma das formas mostradas no Velho Testamento, na qual podemos ver claramente o que Jesus faria por nós, foi
quando Deus escolheu Moisés para libertar o povo de Israel, tirando-os da terra do Egito e os conduzindo para a terra
prometida. Ali, Deus instituiu uma cerimônia chamada Páscoa, onde o povo escolhia o melhor cordeiro e o assava com
seus ossos totalmente intactos para recordar a libertação dada por Deus. Posteriormente, aquela celebração
simbolizaria o cordeiro de Deus –  Cristo Jesus que viria ao mundo para morrer por nossos pecados, mesmo sem possuir
pecado algum.
Em Lucas 22.16 – Jesus disse:“ Pois eu lhes digo: Não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de Deus”.
Naquele momento Jesus encerrou aquela cerimônia do Velho Testamento. A partir dali, o homem não precisaria mais
sacrificar um cordeiro para Deus, pois Cristo Jesus – o verdadeiro cordeiro de Deus daria seu próprio sangue para que o
ser humano fosse perdoado de uma vez por todas por seus pecados, não precisando de nenhum outro sacrifício.
Em Lucas 22, durante a celebração da ceia, Jesus enfatizou alguns ensinos importantes aos seus discípulos:
1. Nem todo mundo que diz: “Senhor, Senhor” entrará no reino de Deus, mas somente aqueles que
verdadeiramente entregaram suas vidas a Jesus;
2. A necessidade de sua Igreja amar uns aos outros;
3. A necessidade de servirmos uns aos outros com humildade;
4. Jesus também falou que Ele é o nosso Deus e Salvador, e intercede constantemente por nós. Às vezes,
murmuramos: “Cadê esse Deus que deixou isso acontecer?”. No entanto, precisamos entender que Deus nos dá
liberdade de escolha. Jesus intercede por nós, mas não interfere em nossas decisões. Um exemplo disso foi
quando Pedro o negou. Jesus sabia que Pedro o negaria, mas em momento algum interferiu na decisão daquele
discípulo. Através disso, Jesus nos mostra que somos falhos e muitas das vezes o negamos com nossas atitudes,
mesmo assim Ele nos ama e intercede por nós.
Naquela celebração junto com os discípulos, Jesus introduziu uma nova cerimônia para que a Igreja comemorasse esse
memorial até a sua volta. Ali, Jesus tomou dois elementos: O pão ázimo sem fermento e o vinho.
Durante a Páscoa, os judeus tiravam todos os fermentos de suas casas para que os pães fossem totalmente puros. Isso
representa justamente a perfeição de Jesus, o qual se entregou por nós sem ter cometido pecado algum.
O segundo elemento – o vinho, era igualmente puro, representando a pureza e santidade do sangue de Jesus frente ao
pecado. Semelhantemente como ocorre no processo de produção do vinho, onde o álcool elimina totalmente o
fermento contido na fruta, a santidade de Deus extingue o pecado do homem.
 Quando celebramos a ceia do Senhor estamos divulgando que:
1. Cremos que Jesus, o Filho de Deus, entregou a sua vida pela nossa na cruz do calvário, mesmo sem culpa
alguma.
2. Proclamamos que brevemente nosso Senhor Jesus voltará. “Porque, sempre que comerem deste pão e beberem
deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que Ele venha” I Co. 11: 26.
Para participarmos desse momento tão genuíno, primeiramente devemos examinar nossas vidas. Em Coríntios 11: 27-
32, o Apóstolo Paulo relaciona algumas advertências a serem observadas:
1. Precisamos prezar pela união da Igreja, estar em comunhão com o corpo de Cristo – A Igreja;
2. Precisamos estar em união com as pessoas. Se houver mágoas em nossa vida, devemos consertar a situação
antes de celebrar a ceia;
3. Devemos estar em santidade diante do Senhor, ou seja, com a consciência pura. Se houver algum pecado
escondido, precisamos confessá-lo.
Lembremos que muito em breve nosso Jesus voltará e no céu celebraremos com Ele a grande ceia.

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