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TEMA: BATISMO

CRESCER NA PALAVRA DE DEUS: TEXTO BÍBLICO MT 28, 19-20.


• O sacramento do Batismo tem origem no mandato de Cristo, que enviou seus discípulos a todas as
nações para ensinar as pessoas a observar o que Ele prescreveu e para batizá-las em nome do Pai, e do
filho, e do Espírito Santo. Ainda, Ele lhes garantiu sua presença todos os dias, até o fim do mundo ( Mt 28,
19-20).
• A palavra batismo significa mergulho.
• Mergulhar na água pode ter dois significados:
1. Estar mergulhados em Cristo, sendo incorporado em sua vida e missão: sendo inserido no seu corpo
a Igreja.
2. Morrer para o pecado e assumir o sacrifício de Cristo que serviu e doou-se até o extremo da morte
de cruz. (CI 2, 12), para ressuscitar com Ele como novas criaturas.

SÃO VÁRIOS OS SINAIS DO BATISMO, COMO:


• A água é sinal de vida, pois possibilita viver a alegria do ressuscitado esperando também ressuscitar
como Ele. Portanto, o Batismo insere o cristão no dinamismo da morte-vida: a existência oferecida como
dom (morte) faz brotar a vida, que um dia alcançará a sua plenitude pela ressurreição da carne ( Rm 6, 1-
11).
• A unção com o óleo do crisma, pois o Batismo já nos faz sacerdotes, profetas e reis como Cristo e
templos do Espírito Santo.
• A veste branca e a vela acesa: pois no batizado "vestiu-se" de Cristo (cf. GI 3, 27) e é iluminado pelo
Cristo para ser "Luz do mundo" (Mt 5, 14).

SÃO VÁRIAS AS GRAÇAS E EFEITOS DO BATISMO:


• Concede a remissão dos pecados: perdoa o pecado original e todos os pecados, embora permaneça a
tendência ao pecado (chamada de concuspiscência), pelo respeito de Deus à nossa liberdade.
• Faz-nos uma nova criatura (2cor 5, 17), tornando-nos filhos adotivos de Deus e, consequentemente,
herdeiros da glória.
• Insere-nos na igreja: faz-nos membros do Corpo de Cristo, a Igreja, o que faz o cristão responsável pela
sua comunidade, pois ele é membro da igreja.
• Imprime caráter. É, portanto, um sinal indelével, ou seja, sua marca jamais se apaga. Somos selados pelo
Batismo (Ef 4, 30). Quem guardar o selo, perseverando até o fim, será salvo.
PENITÊNCIA OU CONFISSÃO

A reconciliação é o sacramento com que Cristo socorre a fragilidade do ser humano, que havia atraiçoado ou
rejeitado a aliança com Deus, celebrada nos sacramentos da iniciação. Este sacramento reconcilia a pessoa com o Pai
e com a Igreja e a regenera como nova criatura pela força do Espírito Santo.

É também designada como penitência, pois é o sacramento da conversão do ser humano e também do perdão de
Deus, é o encontro do coração arrependido com o Senhor que o acolhe, numa festa de reconciliação.

Este encontro se realiza por intermédio do ministério da Igreja: Deus, Pai de misericórdia, que reconciliou consigo o
mundo pela morte e ressurreição de seu Filho e derramou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda,
mediante o ministério da Igreja, o perdão e a paz.

Foi o próprio Cristo que confiou à Igreja o poder de ligar e desligar, isto é, de excluir e admitir na comunidade da
aliança, que é lugar da salvífica comunhão com Deus e entre os seres humanos ( Mt 18,18). Este poder corresponde
ao de perdoar os pecados (Jo 20,20-23).

PENITÊNCIA: CONVERSA DE PAZ


Quando a gente briga com alguém, depois deve, pelos menos, fazer as pazes. Como é que a gente faz as pazes? Bom,
tem que mostrar para a outra pessoa que a gente reconhece ter feito mal. Isso pode acontecer de muitas maneiras.
Às vezes por palavras: a gente vai ao outro e pede desculpas.

Às vezes por ações, a gente trata melhor a pessoa a quem se ofendeu, dá um presente. Mas de alguma forma tem
que expressar que quer a paz com aquela pessoa e não a briga.

E isso tem que se tornar conhecido, para que todo mundo que viu a briga ou sabe dela fique sabendo também que
fizemos as pazes.

Assim, também, o pecado cria em nós inimizade com Deus. É uma espécie de briga. Quem peca, não está em paz
com Deus. E preciso fazer as pazes.

Só que no caso, como Deus é infinitamente bom, ele já toma a iniciativa e vai logo dizendo: “Eu quero fazer as pazes
com você”.

Deus disse isso por meio de Jesus. Toda a vida de Jesus foi uma mostra de que Deus queria fazer as pazes conosco.
Por isso Jesus procurava os pecadores, era amigo e companheiro deles. Para dizer: “Olha, Deus, meu Pai, gosta de
vocês, embora vocês sejam pecadores. Arrependam-se, reconheçam o pecado e peçam perdão, que Deus perdoa”.

Esse foi o recado que Deus nos mandou por Jesus. E Jesus o deu pelas suas palavras, falando do amor do Pai. E
também pelas suas ações, procurando conquistar a amizade dos pecadores como Mateus (Mt 9,9-13), Zaqueu ( Lc
19,1-10), o Filho Pródigo, do dinheiro perdido e da ovelha tresmalhada (Lc 15,1-31). Assim, quem quisesse podia
entender: “Deus quer fazer as pazes conosco”.

A PENITÊNCIA E A COMUNIDADE
Já vimos a grande importância da comunidade na nossa vida de cristãos. O nosso pecado prejudica a comunidade e
dela precisamos para nossa conversão, na luta contra o mal.

Entrou na Igreja o costume da confissão comunitária. Esse tipo de celebração tem diversas vantagens:

- É expressão de que a comunidade é pecadora e, como tal, se coloca diante de Deus;

- Expressa que o pecado de cada um prejudica a comunidade;


- A comunidade não pede somente perdão a Deus, mas a todos os irmãos presentes;

- Permite uma boa preparação e conscientização. Bem preparada, pode ser uma ajuda valiosa para a formação da
consciência e para o crescimento da comunidade.

A própria comunidade é sinal sacramental da disposição divina de perdoar, de seu encorajamento pascal para um
novo começo e uma nova vida. Assim, comunidade e Igreja tornam-se aptas para um serviço de perdão dentro do
mundo. A comunidade é o lugar do perdão e da reconciliação.

Uma comunidade e uma Igreja que vivenciam em si próprias a vida reconciliada, pelo menos parcialmente, poderiam
significar aqui uma força salvadora e auxiliadora para todos os seres humanos, para a sociedade mundial, que tanto
precisa desse serviço para a sua paz.

PISTAS PARA REFLEXÃO: UM POUCO DE HISTÓRIA


• Na Igreja primitiva, somente três tipos de pecados eram confessados: idolatria, homicídio e adultério. Quem
cometia esses pecados publicamente devia confessar-se ao Bispo. O pecador era marcado como “penitente”, devia
fazer penitência pública e era excluído da participação na Eucaristia.

• Após um longo tempo de penitência, recebia-se o perdão, na Quinta-feira Santa, e somente uma vez na vida.
Mesmo assim, continuava a obrigação de fazer penitência

• Os outros pecados eram perdoados mediante o arrependimento pessoal, a oração, as obras de caridade.
Relativamente poucas pessoas passavam pela confissão.

• Após o século VI, sob influência de monges irlandeses, surgiu o costume de se confessar também os pecados
ocultos. Havia perdão imediato e sem a penitência pública. Confessava-se mais vezes por ano. A absolvição era dada
também pelos monges e padres, e não só pelo Bispo.

• Inicialmente, a absolvição era dada ao penitente, após ter cumprido as obras de penitência impostas pelo
confessor (jejum, oração, esmolas, peregrinações, etc...).

• Alguns séculos depois, tornou-se comum o modo que conhecemos até hoje: no ato da confissão, o penitente
recebe a absolvição e uma penitência para ser cumprida posteriormente.

• O Concílio de Latrão (1215) estabeleceu a obrigatoriedade da confissão ao menos uma vez por ano em caso de
pecado grave. Esta lei continua até hoje.

OUTRAS MANEIRAS DE SER PERDOADO


• Quando estamos realmente afastados de Deus e dos irmãos, por pecado grave (Pecado mortal), devemos mostrar
a sinceridade de nosso arrependimento e pedir o perdão de Deus, pelo sacramento da confissão.

• Nos outros casos (pecado venial), ou na falta de oportunidade de se confessar, há outros meios para se obter o
perdão de Deus:

1.Pela participação sincera da Eucaristia. Toda a força do sacramento da Penitência decorre do sacrifício de

Cristo, que se torna presente na Eucaristia. Toda a Celebração da Eucaristia celebra também a reconciliação de Deus
com os homens. Há também um momento específico para pedir perdão e ser reconciliado, que é o ato penitencial.

2.Pelo perdão mútuo podemos esperar também que Deus nos perdoe.

3. Por atos de penitência, caridade e esmola.

PELA ORAÇÃO E PELA CELEBRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS.


Em todos os casos, como também na confissão sacramental, é necessário o sincero arrependimento, a disposição de
perdoar os outros e de consertar o mal praticado. Sem isto, não há verdadeira conversão e, então, pedir perdão é
somente uma farsa.

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