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A reconciliação é o sacramento com que Cristo socorre a fragilidade do ser humano, que havia atraiçoado ou
rejeitado a aliança com Deus, celebrada nos sacramentos da iniciação. Este sacramento reconcilia a pessoa com o Pai
e com a Igreja e a regenera como nova criatura pela força do Espírito Santo.
É também designada como penitência, pois é o sacramento da conversão do ser humano e também do perdão de
Deus, é o encontro do coração arrependido com o Senhor que o acolhe, numa festa de reconciliação.
Este encontro se realiza por intermédio do ministério da Igreja: Deus, Pai de misericórdia, que reconciliou consigo o
mundo pela morte e ressurreição de seu Filho e derramou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda,
mediante o ministério da Igreja, o perdão e a paz.
Foi o próprio Cristo que confiou à Igreja o poder de ligar e desligar, isto é, de excluir e admitir na comunidade da
aliança, que é lugar da salvífica comunhão com Deus e entre os seres humanos ( Mt 18,18). Este poder corresponde
ao de perdoar os pecados (Jo 20,20-23).
Às vezes por ações, a gente trata melhor a pessoa a quem se ofendeu, dá um presente. Mas de alguma forma tem
que expressar que quer a paz com aquela pessoa e não a briga.
E isso tem que se tornar conhecido, para que todo mundo que viu a briga ou sabe dela fique sabendo também que
fizemos as pazes.
Assim, também, o pecado cria em nós inimizade com Deus. É uma espécie de briga. Quem peca, não está em paz
com Deus. E preciso fazer as pazes.
Só que no caso, como Deus é infinitamente bom, ele já toma a iniciativa e vai logo dizendo: “Eu quero fazer as pazes
com você”.
Deus disse isso por meio de Jesus. Toda a vida de Jesus foi uma mostra de que Deus queria fazer as pazes conosco.
Por isso Jesus procurava os pecadores, era amigo e companheiro deles. Para dizer: “Olha, Deus, meu Pai, gosta de
vocês, embora vocês sejam pecadores. Arrependam-se, reconheçam o pecado e peçam perdão, que Deus perdoa”.
Esse foi o recado que Deus nos mandou por Jesus. E Jesus o deu pelas suas palavras, falando do amor do Pai. E
também pelas suas ações, procurando conquistar a amizade dos pecadores como Mateus (Mt 9,9-13), Zaqueu ( Lc
19,1-10), o Filho Pródigo, do dinheiro perdido e da ovelha tresmalhada (Lc 15,1-31). Assim, quem quisesse podia
entender: “Deus quer fazer as pazes conosco”.
A PENITÊNCIA E A COMUNIDADE
Já vimos a grande importância da comunidade na nossa vida de cristãos. O nosso pecado prejudica a comunidade e
dela precisamos para nossa conversão, na luta contra o mal.
Entrou na Igreja o costume da confissão comunitária. Esse tipo de celebração tem diversas vantagens:
- Permite uma boa preparação e conscientização. Bem preparada, pode ser uma ajuda valiosa para a formação da
consciência e para o crescimento da comunidade.
A própria comunidade é sinal sacramental da disposição divina de perdoar, de seu encorajamento pascal para um
novo começo e uma nova vida. Assim, comunidade e Igreja tornam-se aptas para um serviço de perdão dentro do
mundo. A comunidade é o lugar do perdão e da reconciliação.
Uma comunidade e uma Igreja que vivenciam em si próprias a vida reconciliada, pelo menos parcialmente, poderiam
significar aqui uma força salvadora e auxiliadora para todos os seres humanos, para a sociedade mundial, que tanto
precisa desse serviço para a sua paz.
• Após um longo tempo de penitência, recebia-se o perdão, na Quinta-feira Santa, e somente uma vez na vida.
Mesmo assim, continuava a obrigação de fazer penitência
• Os outros pecados eram perdoados mediante o arrependimento pessoal, a oração, as obras de caridade.
Relativamente poucas pessoas passavam pela confissão.
• Após o século VI, sob influência de monges irlandeses, surgiu o costume de se confessar também os pecados
ocultos. Havia perdão imediato e sem a penitência pública. Confessava-se mais vezes por ano. A absolvição era dada
também pelos monges e padres, e não só pelo Bispo.
• Inicialmente, a absolvição era dada ao penitente, após ter cumprido as obras de penitência impostas pelo
confessor (jejum, oração, esmolas, peregrinações, etc...).
• Alguns séculos depois, tornou-se comum o modo que conhecemos até hoje: no ato da confissão, o penitente
recebe a absolvição e uma penitência para ser cumprida posteriormente.
• O Concílio de Latrão (1215) estabeleceu a obrigatoriedade da confissão ao menos uma vez por ano em caso de
pecado grave. Esta lei continua até hoje.
• Nos outros casos (pecado venial), ou na falta de oportunidade de se confessar, há outros meios para se obter o
perdão de Deus:
1.Pela participação sincera da Eucaristia. Toda a força do sacramento da Penitência decorre do sacrifício de
Cristo, que se torna presente na Eucaristia. Toda a Celebração da Eucaristia celebra também a reconciliação de Deus
com os homens. Há também um momento específico para pedir perdão e ser reconciliado, que é o ato penitencial.
2.Pelo perdão mútuo podemos esperar também que Deus nos perdoe.