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ESTUDO BÍBLICO 03

CARTA AOS HEBREUS

CAPÍTULO 07.23-28 – A diferença entre os outros sacerdotes e Jesus:

No último estudo vimos porque Jesus é sumo-sacerdote. Ele é nosso intercessor junto a
Deus para sempre. Houve muitos sacerdotes, pois estes eram sujeitos à morte e precisavam ser
substituídos. Jesus vive para sempre, portanto, não há substituto para ele. Este ofício será dele
para sempre, o único intercessor capaz de nos oferecer a verdadeira salvação. Sendo ele perfeito
e sem pecado, não precisou oferecer sacrifícios por si mesmo. O único sacrifício que ele ofereceu
foi sua própria vida, em lugar do pecador, definitivamente. Assim, Jesus é diferente dos outros
sacerdotes pelo fato de ele ser o Filho de Deus, que, uma vez por todas, ofereceu sua vida em
lugar de nossa vida, para sermos salvos da condenação eterna.

CAPÍTULO 08 – Jesus, o Mediador entre a Velha e a Nova aliança:

O autor sagrado começa fortalecendo nossa confiança, mostrando que o nosso Sumo-
Sacerdote está sentado à direita de Deus, o que mostra sua superioridade e capacidade de
oferecer-nos socorro. Seu sacrifício foi aceito e, verdadeiramente, nos dá salvação. Este Cristo é
nosso defensor junto ao Pai e, junto com o Pai governa terra e céus. Cristo agora serve no
tabernáculo (local de adoração) celestial. O tabernáculo terreno foi um símbolo do tabernáculo
eterno. Tudo o que aconteceu no tabernáculo terreno foi um exemplo, uma sombra/amostra, do
que acontece no céu. Por isso, hoje, Jesus exerce sua atividade sacerdotal no céu, onde está o
verdadeiro tabernáculo.
Jesus é o Mediador entre a Velha e a Nova aliança, pois ele é o substituto de Arão. Arão
e os seus descendentes serviram de acordo com a vontade de Deus, prefigurando a vinda de
Cristo. Os animais mortos e queimados nos sacrifícios, por exemplo, representavam a morte de
Cristo. Portanto, todos os rituais ordenados por Deus eram amostras do que Cristo estava por
fazer. A Nova Aliança é constituída pelo sacrifício de Cristo. Quando Jesus institui a Santa Ceia
na quinta-feira santa ele diz: “este cálice é a Nova Aliança feita por Deus com o seu povo, aliança
que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de vocês” (Lc 22.20 NTLH).
A antiga aliança era baseada em leis e rituais exigidos por Deus. A nova aliança é
baseada no evangelho. Enquanto a antiga aliança nos ameaçava severamente, a nova aliança
nos traz a oferta do perdão definitivo. Cristo está de pé entre Deus e as pessoas, reconciliando
ambas as partes. A promessa do Evangelho substitui a insistência da perfeição pelas obras, pois
Cristo fez tudo em nosso lugar, e nos oferece isso por meio de fé.

CAPÍTULO 09.15-28 – Uma vez para sempre

Toda forma de culto e louvor a Deus deve passar pelo sacrifício de Cristo. O culto do
Antigo Testamento, como já vimos, era uma figura do que estava porvir na pessoa de Cristo. O
nosso culto hoje, também exige o mesmo processo. Porém, não olhamos para o Cristo que virá,
mas, para o Cristo que já veio. O culto é uma maneira especial pela qual Deus vem a nós para
nos reabastecer com o seu perdão e dádiva. É uma lembrança viva do que Cristo fez e continua
fazendo por nós, pois o seu sacrifício é definitivo. A parte mais importante do culto, sem dúvida, é
a Santa Ceia. Nela nós temos a presença real de Cristo, com seu corpo e sangue dado no pão e
no vinho. Todas as partes do culto nos encaminham para esse ato principal. Por isso, não é
recomendável participar da Ceia quando não participamos da confissão e absolvição de pecados,
por exemplo, pois é na confissão que derramamos nosso coração a Deus, e declaramos nossa
necessidade de estar em comunhão com Ele.
Algumas doutrinas veem a Santa Ceia como um novo sacrifício de Cristo. Mas, a carta
aos Hebreus nos deixa bem claro que o sacrifício de Cristo não se repetirá jamais, porque não é
necessário. Sua morte e ressurreição é uma vez por todas. Embora Cristo esteja presente na
Santa Ceia, isso não quer dizer que o estamos sacrificando novamente, pois Ele disse: “fazei isso
em memória de mim”. A Santa Ceia nos traz a memória de Cristo, ao mesmo tempo em que ele
vem a nós com seu corpo e sangue: “isto é o meu corpo; isto é o meu sangue”. É uma comunhão
misteriosa, mas, muito confortadora. O sacrifício de Cristo vale para todos, e é perfeito. Por meio
dele o pecado foi aniquilado (v.26).
Chamamos a atenção também para o v. 27 onde diz que os homens morrem uma só vez.
Assim como nós nascemos uma só vez, também morremos por uma só vez. E é nesse período,
entre a morte e a vida que Deus nos chama para crermos unicamente naquele que fez um único
sacrifício em lugar dos pecadores.

CONCLUSÃO
Os cristãos estão em constante aliança com o Deus Triúno. O povo do Antigo Testamento
viveu sob um tipo de aliança que prefigurava a vinda de Jesus. Hoje vivemos a aliança firmada
pelo evangelho, onde não é mais necessário vivermos sob àquela lei. Vivemos hoje sob a
liberdade de Cristo, que “rasgou o véu”, nos dando total acesso ao Pai. O sacrifício de Cristo é
único e suficiente para a nossa salvação. Cristo é o único que pode agradar a Deus
perfeitamente, e é vivendo em Cristo que nós também obtemos graça diante do Pai. Ele é o
nosso único e suficiente Salvador. Vivemos o Evangelho também resplandecendo o amor de
Deus no próximo, que sente a diferença do cristão no mundo. Nossa vida é um culto a Deus, e,
deste modo, somos testemunhas do Deus vivo!
Amém.

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