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Escola Secundária de Fontes Pereira de Melo - 401780

“Escola em processo de mudança”

CURSOS PROFISSIONAIS
Ano Letivo FICHA INFORMATIVA 2 – MÓDULO E2F1 FQ P2
2011/2012
TRABALHO E ENERGIA

1 . Energia cinética e energia potencial

Os corpos em movimento, pelo facto de estarem em movimento, possuem energia cinética, a qual pode ser
transferida para outros corpos e/ou transformada noutras formas de energia.
A energia cinética de uma partícula material depende da massa da partícula, m, e do valor da sua
velocidade, v, determinando-se através da expressão:

Ec = ½ m v2

Em que Unidades SI
Ec – energia cinética de translação joules (J)
m – massa do corpo rígido quilograma (kg)
v - velocidade metros por segundo (m/s)

A energia potencial está associada à energia “armazenada” num sistema constituído por duas ou
mais partículas. De um modo geral, a energia potencial é designada consoante a natureza das forças de
interação entre os corpos: energia potencial gravítica, energia potencial elástica, energia potencial
eléctrica….
Por exemplo, quando afastamos um corpo da superfície da Terra, o sistema corpo-Terra
experimenta uma variação da energia potencial gravítica (quando um viajante exerce uma força ⃗
F e ergue
uma mala, a energia potencial do sistema Terra-mala aumenta).
A expressão que nos permite calcular a variação de energia potencial gravítica verificada na
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situação anterior é a seguinte: Epg = mgh, mas, como a energia potencial gravítica se mede em relação a
um nível de referência, a energia potencial pode ser definida pela expressão:

Epg = mgh

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Ec grav. – energia potencial gravítica joules (J)


m – massa do corpo quilograma (kg)
g – aceleração da gravidade metros por segundo ao quadrado (m/s2)
h – altura do corpo em relação ao solo metros (m)

2. Teorema da energia cinética

O trabalho realizado pela resultante de todas as forças que atuam numa partícula material, num
determinado intervalo de tempo, é igual à variação de energia cinética experimentada pela partícula
no mesmo intervalo de tempo.

Assim, se uma partícula material de massa m, que segue com uma velocidade de valor v i, experimentar
uma alteração da sua velocidade para v f, isso acontece porque nela está a actuar pelo menos uma força,
que realiza trabalho igual à variação de energia cinética experimentada pela partícula:
W(⃗
F resultante) = Ec
ou
W(⃗
F resultante) = 1/2mvf2 – 1/2mvi2

Exercícios:

1. Um automóvel de 1200 kg, que segue numa estrada horizontal com a velocidade de 36 km/h, é
acelerado de tal forma que adquire a velocidade de 90 km/h, após ter percorrido 200 m. Determina:
1.1. o trabalho realizado pela resultante das forças que actuaram no automóvel;
1.2. a intensidade da resultante das forças que actuaram no automóvel.

2. Um berlinde (m = 50 g) é largado quando se encontra a 1,5 m acima do solo, Determina a velocidade do


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berlinde no instante imediatamente anterior àquele em que toca no solo.

3. O que acontece ao valor da energia cinética de um corpo em movimento de translação, se o valor da sua
velocidade duplicar? E se triplicar?

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4. Em determinado instante, a energia cinética de uma camião com a massa de 12000 kg vale 1,35 x 10 6 J.
Determina o valor:
4.1. da velocidade do camião;
4.2. da velocidade a que deverá seguir um automóvel, com a massa de 1200 kg, para que possua uma
energia cinética igual à do camião.

5. Um avião, com a massa de 20000 kg, percorreu 1000 m de pista até conseguir descolar. Supõe que,
durante esse percurso, a resultante das forças na direção do deslocamento que estiveram aplicadas no
avião teve a intensidade igual a 176000 N. Determina:
5.1. o trabalho realizado pela resultante das forças que actuaram no avião;
5.2. o valor da velocidade adquirida pelo avião imediatamente após a descolagem.

6. Relaciona as energias cinéticas:


A – de um corpo que tem massa dupla de outro, mas metade da velocidade.
B – de um automóvel que vai de Leiria a Santarém na auto-estrada A1 à velocidade de módulo 120 km/h e
de um outro carro idêntico que vai de Estremoz para Badajoz na auto-estrada A6 também com a mesma
velocidade.
C – de uma carrinha de 2000 kg com velocidade de módulo 30 km/h, e de um automóvel com metade da
massa, que viaja à velocidade de 42,4 km/h.
D – de um automóvel e um camião que vão à mesma velocidade.

7. O módulo da velocidade de um corpo de 2,0 kg varia de 2,0 m/s para 4,0 m/s. A variação de energia
cinética e o trabalho realizado pela resultante das forças são (seleciona a opção correta):
a) –12J, 12J c) 12J, 12J
b) 12J, -12J d) –12J, -12J

8. O gráfico representa a velocidade em função do tempo para um


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carrinho de massa 0,5 kg, durante 3,0 segundos. Qual o trabalho


realizado pela resultante das forças?

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9. A energia cinética do centro de massa de um carrinho telecomandado é 6,0 J. O carrinho desloca-se


devido à força que se exerce sobre as rodas. Se esta força tiver módulo de 0,5N e atuar durante um
percurso de 4,0 m, qual é a energia cinética com que fica o centro de massa do carrinho?

10. Um automóvel de 600 kg embateu num poste quando o seu centro de massa se movia a 6 km/h.
Determina o trabalho da força resultante que actuou sobre o centro de massa do automóvel até ele parar.

11. Um corpo de massa 1,0 kg, inicialmente em repouso, fica sujeito a uma força constante de módulo
10,0 N.
11.1.Qual é o módulo da velocidade do corpo depois de ter percorrido 5,0 m?
11.2.Qual é o deslocamento do corpo quando o módulo da sua velocidade for 12 m/s?

⃗F
12. Quatro pessoas empurram um carro, com a massa de 1200kg, conforme mostra a figura. As forças 1,

⃗F ⃗F3 ⃗F
2 , e 4 têm o valor de 200N e estão situadas num plano
⃗F
horizontal. A força 2 define com a direcção AB o ângulo de 30º.

12.1.Determina a intensidade da força eficaz exercida por cada


pessoa, quando o carro se desloca.
12.2.Em que sentido se desloca o carro?
12.3.Sabendo que o deslocamento foi de 6,0 m, determina o trabalho realizado por cada uma das forças.
12.4.Calcula o trabalho da força resultante.
12.5.Calcula a variação da energia cinética.
12.6.Qual a velocidade final do carro, sabendo que parte do repouso.

13. O gráfico abaixo mostra a velocidade em função do tempo de um corpo que se move num movimento
retilíneo, sob ação de uma única força que atua na
mesma direção do movimento.
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Pode-se afirmar que o trabalho realizado pela força


sobre o corpo em cada um dos intervalos assinalados
AB, BC e CD é:
a) nulo, positivo, negativo b) positivo, nulo, negativo
c) positivo, negativo, nulo d) nulo, negativo, positivo

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3. Forças conservativas e forças não conservativas (dissipativas)

Uma força é conservativa se realizar trabalho nulo quando o seu ponto de aplicação descreve um
percurso fechado. Há outra forma de definir força conservativa, embora seja equivalente à anterior: uma
força conservativa é uma força cujo trabalho só depende da posição inicial e da posição final, sendo
independente do caminho seguido pelo corpo para ir de uma posição à outra.
O peso de um corpo é um exemplo de uma força conservativa.

Uma força não conservativa é aquela em que o trabalho realizado pela força depende da trajectória
seguida pelo seu ponto de aplicação, sendo maior o valor do trabalho quanto mais extenso for o percurso.
As forças não conservativas são, em geral, forças resistivas.
A força de atrito é um exemplo de uma força conservativa.

4. Teorema da energia potencial

Quando um corpo se encontra situado à altura h i e é deslocado até à altura h f, o peso do corpo
realiza o seguinte trabalho:
W(⃗
P ) = P x x x cos
 W(⃗
P ) = P x (hf – hi) x cos 180º
 W(⃗
P ) = -mg(hf – hi)

Porém, o segundo membro da expressão corresponde à variação da energia potencial gravítica do


sistema corpo-Terra:
W(⃗
P ) = - (mghf – mg hi)  W(⃗
P ) = -(Epf – Epi)

Podemos portanto afirmar:


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Quando um corpo é deslocado no campo gravítico terrestre, o trabalho realizado pelo peso do
corpo é simétrico da variação experimentada pela energia potencial gravítica, no mesmo deslocamento:
W(⃗
P ) = - Epg

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Exercícios:

14. Completa a afirmação cientificamente correta: A energia potencial gravítica de um corpo experimenta a
variação de - 8 J, pelo que se pode afirmar que o trabalho realizado pelo peso do corpo vale:
(A) – 8 J e o corpo afastou-se da superfície da Terra.
(B) 8 J e o corpo afastou-se da superfície da Terra.
(C) ) – 8 J e o corpo aproximou-se da superfície da Terra.
(D) 8 J e o corpo aproximou-se da superfície da Terra.

14. O João, que tem 45 kg, subiu ao Cristo-Rei até ao ponto situado à altura de 80 m. Determina:
14.1. A variação da energia potencial gravítica experimentada:
a) na subida;
b) na descida;
c) no percurso de subida e regresso à entrada do monumento.
14.2. o trabalho realizado pelo peso:
a) na subida;
b) na descida;
c) no percurso de subida e regresso à entrada do monumento.

15. Uma jovem pesa 500 N. Desloca-se de manhã para a escola, subindo a correr a escadaria da escola, cuja
altura em relação ao solo é de 3 m.
15.1. Determina a variação da energia potencial gravítica da jovem.
15.2. Calcula o trabalho realizado pelo seu peso durante a subida.

16. Indique se são verdadeiras ou falsas cada uma das afirmações seguintes:
A. Um corpo que tenha energia cinética nunca tem energia potencial gravítica.
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B. Um corpo com energia potencial gravítica nunca tem energia cinética.


C. O centro de massa de um corpo é um ponto que substitui esse corpo, onde supomos que está
concentrada toda a massa e onde aplicamos a resultante das forças exteriores.
D. A energia mecânica de um corpo é a soma da sua energia potencial com a sua energia cinética.
E. Se a energia mecânica de um corpo permanecer constante ao longo de uma trajectória, quando a sua
energia potencial for mínima a sua energia cinética também é mínima.

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17. Que massa tem um objecto a 8 m do solo, cuja energia potencial gravítica é 4,0 J (g = 10 m s–2)?

18. Se uma força é conservativa (selecione a opção correta):


A – O seu trabalho só depende da trajectória entre os pontos inicial e final.
B – O seu trabalho depende dos pontos inicial e final da trajectória e da forma da trajectória entre eles.
C – O seu trabalho depende da velocidade entre os pontos inicial e final da trajectória.
D - O seu trabalho depende da velocidade entre os pontos inicial e final da trajectória e da forma da
trajectória.
E - O seu trabalho depende dos pontos inicial e final da trajectória e não da forma da trajectória entre eles.

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