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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA IEC
60079-33
Primeira edição
07.04.2015

Válida a partir de
07.05.2015

Atmosferas explosivas
Parte 33: Proteção de equipamentos por
proteção especial “s”
Explosive atmospheres
Part 33: Equipment protection by special protection “s”
Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC - LINK - 07.272.636/0001-31

ICS 29.260.20 ISBN 978-85-07-05513-6

Número de referência
ABNT NBR IEC 60079-33:2015
33 páginas

© IEC 2012 - © ABNT 2015


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Sumário Página

Prefácio Nacional................................................................................................................................iv
Introdução............................................................................................................................................ix
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................2
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Generalidades......................................................................................................................3
4.1 Aplicação.............................................................................................................................3
4.2 Grupo e classe de temperatura do equipamento.............................................................4
4.3 Nível de proteção de equipamento (EPL).........................................................................4
4.4 Justificativas do fabricante................................................................................................4
4.5 Verificação...........................................................................................................................5
5 Verificador independente...................................................................................................5
5.1 Generalidades......................................................................................................................5
5.2 Competência........................................................................................................................5
5.3 Responsabilidades..............................................................................................................6
5.4 Aceitação.............................................................................................................................6
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5.5 Independência.....................................................................................................................6
6 Projeto e fabricação............................................................................................................7
6.1 Princípios de uma abordagem integrada para a segurança contra explosão...............7
6.2 Projeto e fabricação............................................................................................................7
6.3 Sobrecarga do equipamento..............................................................................................7
6.4 Fontes potenciais de ignição.............................................................................................7
6.4.1 Riscos gerados por diferentes fontes de ignição............................................................7
6.4.2 Riscos gerados por sobreaquecimento............................................................................8
6.4.3 Riscos gerados por operações de compensação de pressão........................................8
6.5 Requisitos com respeito a dispositivos relacionados à segurança..............................8
7 Aplicação dos níveis de proteção de equipamentos (EPL)............................................8
7.1 Equipamentos com EPL Ma...............................................................................................8
7.2 Equipamentos com EPL Mb...............................................................................................9
7.3 Equipamentos com EPL Ga.............................................................................................10
7.4 Equipamentos com EPL Gb.............................................................................................10
7.5 Equipamentos com EPL Gc............................................................................................. 11
7.6 Equipamentos com EPL Da.............................................................................................. 11
7.7 Equipamentos com EPL Db............................................................................................. 11
7.8 Equipamentos com EPL Dc..............................................................................................12
8 Preparação das especificações para avaliações e ensaios..........................................12
8.1 Generalidades....................................................................................................................12
8.2 Especificações para avaliações e ensaios.....................................................................12
8.3 Avaliação e ensaios..........................................................................................................13
8.4 Relatórios dos resultados da especificação de avaliações e ensaios.........................13
9 Avaliação dos riscos de ignição......................................................................................13

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9.1 Generalidades....................................................................................................................13
9.2 Medidas de proteção.........................................................................................................14
9.3 Procedimento de avaliação dos riscos de ignição........................................................14
9.4 Exemplos de avaliação de riscos de ignição.................................................................14
10 Aplicação da proteção especial “s”................................................................................14
10.1 Generalidades....................................................................................................................14
10.2 Justificativa para a aplicação da proteção especial “s”...............................................15
10.2.1 Aplicação...........................................................................................................................15
10.2.2 Equipamentos que atendem parcialmente aos requisitos dos tipos de proteção
normalizados.....................................................................................................................15
10.2.3 Equipamentos fora do escopo dos tipos de proteção normalizados..........................16
10.2.4 Métodos de proteção sem alinhamento com os tipos de proteção normalizados.....16
10.2.5 Elevação do EPL por meio de medidas adicionais de proteção..................................17
10.2.6 Combinação de abordagens............................................................................................17
10.3 Adaptação de tipos de proteção normalizados..............................................................17
10.4 Outros conceitos inovadores para garantir a segurança..............................................17
10.5 Conexão de condutores e cabos.....................................................................................18
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11 Verificação e ensaios de tipo...........................................................................................18


11.1 Generalidades....................................................................................................................18
11.2 Ensaio de medição de temperatura.................................................................................18
12 Verificação e ensaios de rotina........................................................................................18
13 Documentação...................................................................................................................18
14 Componentes Ex...............................................................................................................18
15 Marcação............................................................................................................................18
15.1 Generalidades....................................................................................................................18
15.2 Marcação para Ex “s” somente.......................................................................................18
15.3 Marcação de Ex “s” com outros tipos de proteção normalizados...............................19
16 Informações no certificado..............................................................................................19
16.1 Certificado para Ex “s” somente.....................................................................................19
16.2 Certificado para Ex “s” com outros tipos de proteção normalizados.........................19
16.3 Condições específicas de utilização...............................................................................19
16.4 Listagem de limitações.....................................................................................................19
17 Instruções..........................................................................................................................19
Anexo A (Informativo) Procedimento de avaliação dos riscos de ignição.....................................20
A.1 Generalidades....................................................................................................................20
A.2 Registro da informação com o auxílio de uma tabela...................................................20
A.3 Procedimento de avaliação..............................................................................................20
A.4 Etapas da avaliação..........................................................................................................21
A.4.1 Identificação dos riscos de ignição.................................................................................21
A.4.2 Estimativa e avaliação preliminar de risco de ignição..................................................23
A.4.3 Determinação das medidas de proteção........................................................................24
A.4.4 Conclusão da estimativa dos riscos de ignição e da designação do nível de
proteção do equipamento................................................................................................25

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A.4.5 Determinação do nível de proteção do equipamento....................................................25


Anexo B (Informativo) Exemplos de avaliação dos riscos de ignição...........................................26
B.1 Generalidades....................................................................................................................26
B.2 Exemplos para casos comuns demonstrando o método de registro..........................26
B.3 Exemplo de uma avaliação de risco de ignição para um motor linear........................26
Bibliografia..........................................................................................................................................32

Figura
Figura A.1 – Relação entre definições de fontes de ignição..........................................................21

Tabelas
Tabela A.1 – Documentação recomendada
para avaliação inicial do equipamento relacionado com fontes de ignição...............22
Tabela A.2 – Exemplos de relatório de identificação de
riscos de ignição (Etapa 1) e da primeira avaliação (Etapa 2)......................................23
Tabela A.3 – Exemplo de relatório da determinação de medidas preventivas
ou de proteção (etapa 3) e conclusão da estimativa e designação do EPL (etapa 4).24
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Tabela B.1 – Casos comuns demonstrando a utilização do método de registro – Descarga


eletrostática.......................................................................................................................28
Tabela B.2 – Registro de avaliação de risco para um motor linear com ímãs permanentes em
uma mesa linear, EPL Gb,
em complemento aos requisitos básicos da ABNT NBR IEC 60079-0 (por exemplo,
características do material, eletrostática e aterramento)..............................................30

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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE),
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR IEC 60079-33 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03),
pela Comissão de Estudo de Poeiras Combustíveis, Eletrostática, Selagem de Processo e Tipo
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de Proteção “s”, (CE-03:031.06). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11,
de 10.11.2014 a 11.12.2014, com o número de Projeto 03:031.06-009.

Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à IEC 60079-33:2012,
que foi elaborada pelo Technical Committee Equipment for explosive atmospheres (IEC/TC 31),
conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This part of ABNT NBR IEC 60079 gives the specific methodology for the assessment and testing, and
requirements for marking of electrical equipment, parts of electrical equipment and Ex components
with special protection “s”.

This part of ABNT NBR IEC 60079 applies to

●● electrical equipment employing a method of protection not covered by any existing standard in the
NBR IEC 60079 series,

●● electrical equipment employing one or more recognized types of protection where the design and
construction is not fully compliant with the standard for the type of protection,

●● electrical equipment where the intended use is outside the parameters of the scope of the standard
for the type of protection.

This part of ABNT NBR IEC 60079 is not intended for equipment that is covered by the scope of other
ABNT NBR IEC 60079 equipment standards unless

●● it is clearly demonstrated that compliance with the type of protection is not feasible, and

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●● additional measures are applied to establish an equivalent equipment protection level.

This part of ABNT NBR IEC 60079 for special protection “s” is applicable to Group I, Group II and
Group III and for equipment protection levels Ma, Mb, Ga, Gb, Gc, Da, Db and Dc, as defined in
ABNT NBR IEC 60079-0.

Certain specific guidance for assessment and testing are provided in the annexes to this standard.

This Standard supplements and modifies the general requirements of ABNT NBR IEC 60079-0. Where
a requirement of this Standard conflicts with a requirement of ABNT NBR IEC 60079-0, the requirement
of this Standard shall take precedence.

NOTE 1 This Standard may be used where equipment requires a higher EPL than the underlying protection
techniques provide. Additional control measures or additional design and test requirements would be applied.

NOTE 2 Parts of equipment that can be designed and tested to standardized techniques should be so
designed. Only those parts where conformance with essential safety requirements is achieved through
alternative controls should be considered for special protection “s”. Equipment similar in attributes and
performance to other equipment within a particular type of protection should be reviewed first to that method of
protection prior to being considered for the use of Ex “s”. Some parts of ABNT NBR IEC 60079 allow a degree
of variance from the equipment requirements and where determined to be close enough by independent
verifiers, then it is preferable to prescribe to the original type of protection.
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Introdução

Esta parte da série ABNT NBR IEC 60079 foi elaborada para atender a uma solicitação do sistema
de certificação IECEx, de modo a estabelecer um conjunto de requisitos a ser utilizado para a certificação
dentro do sistema de certificação de produtos do IECEx, quando as normas dos tipos de proteção
existentes não forem aplicáveis.

Esta norma refere-se à utilização de um ou mais verificadores independentes, de acordo com as regras
da ISO/IEC sobre a elaboração de normas para evitar formas específicas de avaliação de conformidade.
O sistema IECEx irá especificar como o termo “verificador independente” será interpretado para
os objetivos do sistema de certificação. Por exemplo, pode ser especificado que no caso de três
verificadores independentes, todos devem ser membros de organismos de certificação do sistema
de certificação, cada um aceito especificamente para o objetivo de avaliação de aplicações
de proteção especial e cada membro de diferentes organismos de certificação de produtos do sistema
de certificação.

O objetivo da ABNT NBR IEC 60079-33 – Proteção especial “s”, para qualquer “nível de proteção
de equipamento” (EPL), é permitir o projeto, avaliação e ensaios de equipamentos ou partes
de equipamentos que não possam ser totalmente avaliados com os tipos de proteção normalizados
ou combinações dos tipos de proteção normalizados, em função das limitações funcionais ou opera-
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cionais, e quando o nível de proteção desejado puder ser obtido pela utilização desta norma.

A proteção especial “s” permite um conceito de projeto que não está totalmente de acordo com os tipos
de proteção normalizados, ou permite um conceito de projeto que não é totalmente coberto pelos tipos
de proteção normalizados.

Quando especificações para o equipamento incluem aspectos como os indicados acima, informações
e dados adicionais podem ser necessários através de:

●● pesquisa técnica,

●● avaliação de informações e dados existentes.

Os fabricantes necessitam primeiro considerar as possibilidades para um projeto de acordo com os tipos
de proteção normalizados, ou de combinações dos tipos de proteção normalizados, antes de prosseguir
para a proteção especial “s”.

Esta Norma é destinada a fornecer uma estrutura que demonstre como os requisitos essenciais
de segurança podem ser atingidos caso não estejam cobertos pelas normas existentes, permitindo,
desta forma, a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias.

Quando um equipamento, projetado para atender a um tipo de proteção normalizado, não estiver
de acordo com todos os requisitos necessários para o tipo de proteção aplicável, este equipamento não
pode ser avaliado conforme esta norma, a menos que:

●● possa ser claramente demonstrado que a plena conformidade com o tipo de proteção não seja
possível; e

●● medidas adicionais possam ser aplicadas para estabelecer um nível de proteção equivalente.

A proteção especial “s” tem como base a identificação dos modos de falha e avaliação dos riscos
de ignição nos modos de falha identificados. Neste contexto, a avaliação de segurança para o EPL

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desejado para o equipamento atenderá satisfatoriamente os requisitos deste EPL e, quando apropriado,
ser no mínimo um nível de proteção equivalente ao EPL provido pelos níveis de proteção estabelecidos
para os tipos de proteção normalizados.

A ABNT NBR IEC 60079-26 [1]1 apresenta os requisitos para equipamentos com EPL Ga e Ga/Gb,
mas depende da combinação de tipos de proteção já descritos em outras partes da série
ABNT NBR IEC 60079.

A responsabilidade na demonstração inicial da necessidade de projetar com o tipo de proteção


especial “s” e de estabelecer os critérios de verificação recai sobre o fabricante. A especificação
define os conceitos de segurança e mostra como os requisitos fundamentais de segurança podem ser
alcançados. É desejado que seja executado através dos especialistas em técnicas de proteção contra
explosão.

Os requisitos nesta Norma levam em consideração:

●● permitir uma verificação por primeira, segunda ou terceira parte;

●● a utilização de EPL;

●● a utilização de grupos de equipamentos para minas, gases e poeiras;

●● alinhamento com os requisitos existentes de temperatura;


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●● compatibilidade com os requisitos de marcação indicados na ABNT NBR IEC 60079-0.

Quando os requisitos para um conceito de produto ou projeto forem desenvolvidos e destinados para
utilização repetitiva em projetos subsequentes, eles necessitam ser revistos. Caso o fabricante libere
a propriedade intelectual, podem ser inicialmente incluídos em um dos anexos desta norma, porém
com o objetivo de serem posteriormente removidos e realocados para um local adequado, como por
exemplo, em uma norma de um tipo de proteção existente ou novo.

Diferentemente dos outros tipos de proteção normalizados, a proteção especial “s” pode necessitar
da aplicação de ferramentas e procedimento de engenharia de confiabilidade, tais como análise de modo
e efeitos de falha (FMEA), análise de árvore de falhas (FTA) e modos de falha, efeitos e análises
de criticidade (FMECA) para identificar os modos de falha do equipamento que está sendo avaliado.
Este tipo de análise irá assegurar que os modos de falha e consequentes medidas de mitigação são
considerados as mais adequadas para as estratégias de avaliação, as quais simula o ambiente no qual
o equipamento será operado, com a aplicação dos fatores de segurança apropriados.

A probabilidade de falha dos modos de falha identificados pode necessitar ser demonstrada de forma
similar como as falhas previstas nos tipos de proteção normalizados.

As condições de ciclo de vida total podem necessitar ser consideradas e quaisquer restrições podem
fazer parte de requisitos obrigatórios para a utilização do equipamento, de forma a assegurar que o EPL
seja mantido durante a vida operacional do equipamento.

Por sua própria natureza particular, a avaliação e os ensaios para a proteção “s” não podem ser
prescritos como para os tipos de proteção normalizados. É previsto que consideráveis trocas
de informações sejam necessárias entre o fabricante e um verificador independente. Avaliações e ensaios
adicionais podem ser identificados pelo verificador independente, de forma a assegurar que o EPL
aplicável seja atingido.

1 Os números indicados entre colchetes são relacionados na Bibliografia.

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No processo de verificação, é altamente recomendado que as orientações apresentadas nesta norma


sejam seguidas, incluindo:

●● adoção de diferentes níveis de verificação para definir o EPL (de forma similar ao conceito
de abordagem apresentado na série IEC 61508);

●● sempre envolver pelo menos uma pessoa ou organização independente (um verificador
independente);

●● não utilizar pessoas que tenham tido qualquer envolvimento na pesquisa ou na determinação
dos critérios para o estabelecimento dos requisitos essenciais de segurança, em conjunto
com o fabricante.

Quando se pretende aplicar os requisitos desta norma dentro do sistema de certificação, são aplicáveis
as seguintes recomendações:

●● ser observados os requisitos indicados na EN 50495 [2] para dispositivos de segurança;

●● uma avaliação necessita ser realizada por organismos de certificação independentes (como o
verificador independente) de acordo com os requisitos indicados nesta norma, antes da emissão
de um certificado de conformidade;
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●● um organismo de certificação que realize uma avaliação para equipamentos não cobertos por
tipos de proteção normalizados necessita ter demonstrado experiência na área em questão.

A necessidade de uma norma para atender ao proteção especial “s” pode ser justificada com base em:

●● requisitos relacionados ao Ex “s” têm sido indicados na ABNT NBR IEC 60079-0 por muitos anos,
em “notas” nos requisitos de marcação e em outras seções. Esta referência remonta à normas
IEC anteriores a 1957;

●● existem normas utilizadas em níveis nacionais por muitos anos, para a certificação da proteção
especial “s”. Exemplos são SFA 3009, no Reino Unido, e AS/NZS 1826, na Austrália e na Nova
Zelândia;

●● é necessário existir uma abordagem internacional que seja padronizada de forma consistente;

●● existe uma necessidade identificada e tem sido uma solicitação do IECEx de uma norma para
a proteção especial “s”.

Base para a abordagem utilizada na Norma:

●● a abordagem reside na experiência da utilização de verificadores já existentes em outras normas


IEC.

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Atmosferas explosivas
Parte 33: Proteção de equipamentos por proteção especial “s”

1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR IEC 60079 apresenta o método específico para a avaliação, ensaio, e requi-
sitos para a marcação de partes ou, equipamentos elétricos e componentes Ex com tipo de proteção “s”.

Esta parte da ABNT NBR IEC 60079 é aplicável a

●● equipamentos elétricos que utilizam um método de proteção não coberto por qualquer outra
Norma existente na série ABNT NBR IEC 60079,

●● equipamentos elétricos que utilizam um ou mais tipos de proteção normalizados, quando o projeto
e fabricação não estejam totalmente em conformidade com as normas para os tipos de proteção,

●● equipamentos elétricos onde a utilização desejada esteja fora dos parâmetros dos escopos das
Normas para os tipos de proteção normalizados.
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Esta parte da ABNT NBR IEC 60079 não é aplicada a equipamentos que sejam cobertos pelo escopo
de outras normas da série ABNT NBR IEC 60079, a menos que:

●● possa ser claramente demonstrado que a plena conformidade com o tipo de proteção não é possível;

●● medidas adicionais possam ser aplicadas para estabelecer um nível de proteção de equipamento
equivalente.

Esta parte da ABNT NBR IEC 60079 para a proteção especial “s” é aplicável ao Grupo I, Grupo II
e Grupo III, bem como aos níveis de proteção de equipamento Ma, Mb, Ga, Gb, Gc, Da, Db e Dc,
como indicado na ABNT NBR IEC 60079-0.

Determinadas orientações específicas para avaliação e ensaios são apresentadas nos anexos desta
Norma.

Esta Norma suplementa e modifica os requisitos gerais da ABNT NBR IEC 60079-0. Quando um requi-
sito desta Norma conflitar com um requisito da ABNT NBR IEC 60079-0, o requisito desta Norma deve
prevalecer.

NOTA 1 Esta Norma pode ser utilizada quando o equipamento necessita de um EPL mais elevado do que
aquele provido pela técnica de proteção considerada.

NOTA 2 Partes do equipamento que possam ser projetadas e ensaiadas de acordo com técnicas normali-
zadas necessitam ser projetadas desta forma. Somente aquelas partes quando a conformidade com os requi-
sitos essenciais de segurança seja atingida através de controles alternativos necessitam ser consideradas
para a proteção especial “s”. Equipamentos similares em características e desempenho com outros equi-
pamentos, dentro de um tipo de proteção específico, necessitam ser primeiramente verificados para aquele
tipo de proteção, antes de serem considerados para a utilização do Ex “s”. Algumas partes da série
ABNT NBR  IEC  60079 permitem um grau de variação dos requisitos dos equipamentos, e quando for
determinado por verificadores independentes que estes requisitos sejam suficientemente próximos, então é
preferível atender ao tipo de proteção original.

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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir, no todo ou em partes, são normalmente referenciado neste
documento e indispensáveis para sua aplicação. Para referências datadas, aplicam-se somente as
edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido
documento (incluindo emendas).

IEC 60079 (all parts), Explosive Atmospheres

NOTA BRASILEIRA Para utilização no Brasil podem ser utilizadas todas as partes da série
ABNT NBR IEC 60079 já adotadas.

ABNT NBR IEC 60079-0,Atmosferas explosivas – Parte 0: Equipamentos – Requisitos gerais

ABNT NBR IEC 60079-29-1, Atmosfera explosiva – Parte 29-1: Detectores de gás – Requisitos de
desempenho de detectores para gases inflamáveis

ABNT NBR IEC 60079-29-2, Atmosferas explosivas – Parte 29-2: Detectores de gases – Seleção,
instalação, utilização e manutenção de detectores para gases inflamáveis e oxigênio

IEC 61508 (all parts), Functional safety of electrical/electronic/programmable electronic safety-related


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systems

IEC 61508-1, Functional safety of electrical/electronic/programmable electronic safety-related systems –


Part 1: General requirements

IEC 61511 (all parts), Functional safety – Safety instrumented systems for the process industry sector

IEC 62061, Safety of machinery – Functional safety of safety-related electrical, electronic and
programmable electronic control systems

ISO 13849-1:2009, Safety of machinery – Safety-related parts of control systems – Part 1: General
principles for design

ISO 13849-2, Safety of machinery – Safety-related parts of control systems – Part 2: Validation

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR IEC 60079-0,
e os seguintes.

NOTA BRASILEIRA Outros termos e definições aplicáveis às atmosferas explosivas podem ser encon-
trados na ABNT NBR IEC 60050-426.

3.1
mistura híbrida
mistura de um gás inflamável com poeira combustível

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3.2
proteção especial “s”
conceito que permite projeto, avaliação e ensaios de equipamentos que não podem ser totalmente
avaliados dentro dos tipos de proteção normalizados ou de suas combinações, devido às limitações
funcionais ou operacionais, mas que podem demonstrar que atende ao nível de proteção de equipa-
mento (EPL) necessário

3.3
tipo de proteção normalizado
tipo de proteção, outro do que a proteção especial “s”, conforme aqueles relacionados na
ABNT NBR IEC 60079-0 e que possuem requisitos definidos de projeto, construção, avaliação e ensaios

3.4
verificador independente
pessoa ou organização, com as competências apropriadas nos métodos de proteção contra explosão,
responsável pela verificação dos cálculos de projeto, avaliações e ensaios, que é independente
e distinta da gestão e de outras atividades associadas com o projeto, fabricação ou vendas do equipa-
mento, incluindo as atividades financeiras, de pessoas ou organizacionais

NOTA 1 Este verificador independente pode ser um consultor ou um avaliador, de segunda ou terceira
parte, um laboratório de ensaios, um organismo de certificação etc.
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4 Generalidades
4.1 Aplicação

A proteção especial “s” permite que o projeto de um produto que não esteja completamente em confor-
midade com um tipo de proteção normalizado ou quando as normas para os tipos de proteção norma-
lizados não cobrirem as condições de operações necessárias, tais como:

●● fora da faixa de pressão atmosférica normal fornecido na série ABNT NBR IEC 60079;

●● acima da faixa de concentração de oxigênio normal;

●● fora da faixa de temperatura fornecida na série ABNT NBR IEC 60079;

●● misturas híbridas (gases e poeira);

NOTA Podem ser necessários considerações e ensaios adicionais relacionados especificamente


às condições desejadas de utilização. Isto é particularmente importante quando os tipos de proteção “d” (invólucros
à prova de explosão – ABNT NBR IEC 60079-1 [3]) e “i” (segurança intrínseca - ABNT NBR IEC 60079-11 [4])
são aplicadas. Tais condições podem incluir atmosferas hipobáricas, hiperbáricas e enriquecidas de oxigênio.

A parte da série ABNT NBR IEC 60079 sobre tipos de proteção apresenta múltiplos métodos de proteção
para projeto de produtos para utilização em atmosferas explosivas e é recomendado como uma
primeira abordagem. Quando o projeto do equipamento contém inovações, singularidades ou alter-
nativas às técnicas de proteção contra explosão, que não estejam de acordo com os tipos de proteção
normalizados, o projeto do equipamento pode ser avaliado como proteção especial “s”.

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ABNT NBR IEC 60079-33:2015

Quando um equipamento, projetado para atender a um tipo de proteção normalizado, não atende ou não
pode atender a todos os requisitos necessários da norma do tipo de proteção, este equipamento não
deve ser avaliado conforme esta norma, a menos que:

●● possa ser claramente demonstrado que a plena conformidade com o tipo de proteção não é
possível; e

●● medidas adicionais possam ser aplicadas para estabelecer um nível de proteção equivalente.

4.2 Grupo e classe de temperatura do equipamento

Os grupos de gases e classes de temperatura de equipamentos definidos na ABNT NBR IEC 60079-0
para a utilização de equipamentos em atmosferas explosivas de gás se aplicam a proteção “s”.
As subdivisões A, B e C para equipamentos dos Grupos II e III também se aplicam.

Para a classe de temperatura, os parâmetros limitantes, incluindo influências externas, devem ser espe-
cificados de forma que a máxima temperatura permitida não seja excedida, levando em conta os níveis
de proteção adequados “sa”, “sb” ou “sc”, como requerido pela Seção 7.

O equipamento que contém o tipo de proteção “s” combinado com partes com diferentes técnicas
de proteção, geralmente, necessita ser projetado, ensaiado e marcado para o grupo, classe de tempe-
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ratura e EPL apropriado para atender às outras técnicas.

4.3 Nível de proteção de equipamento (EPL)

Equipamentos elétricos com proteção “s”, devem ser:

●● nível de proteção de equipamento “sa” (EPL “Ma, Ga, Da”), ou

●● nível de proteção de equipamento “sb” (EPL “Mb, Gb, Db”), ou

●● nível de proteção de equipamento “sc” (EPL “Gc, Dc”).

Os requisitos desta Norma devem ser aplicados para todos os níveis de proteção especial “s” (EPL),
a menos que definido de outra forma.

4.4 Justificativas do fabricante


A documentação da justificativa deve ser preparada e fornecida para o verificador independente quando
da aplicação do tipo de proteção especial “s” e deve incluir:

●● os detalhes das premissas realizadas sobre as possibilidades do projeto utilizar os tipos de prote-
ções normalizados, ou suas combinações, antes de considerar o tipo de proteção “s”;

●● aspectos que são atendidos pelas normas para qualquer tipo de proteção normalizado aplicado; e

●● aspectos que não são atendidos pela análise dos tipos de proteção normalizados.

Os parâmetros extremos devem ser especificados, incluindo todas as faixas de valores.

A documentação deve fornecer as evidências para permitir o nível de proteção desejado e deve incluir
uma proposta para o conjunto de avaliação e ensaios.

NOTA A documentação pode estar no formato de um relatório de segurança conforme definido na série
IEC 61508 e pode incluir técnicas tais como FMEA, HAZOP etc. Como exemplo, em uma FMEA, uma falha

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pode resultar do mau funcionamento de um componente que faz parte do equipamento elétrico ou de uma
influência externa ocorrida anteriormente. Duas falhas independentes podem ocorrer mais frequentemente,
e que, separadamente, não são capazes de causar um risco de ignição, mas que, em combinação, podem criar
um potencial risco de ignição. Desta forma, necessitam ser consideradas como ocorrendo juntas para formar
uma única falha.

4.5 Verificação

As proteções contra explosão de equipamentos elétricos geralmente são obtidas através de um ou mais
dos seguintes métodos de proteção:

●● Confinamento da explosão interna;

●● segregação da atmosfera explosiva;

●● supressão das fontes de ignição;

●● limitação de energia, do centelhamento e térmica;

●● diluição.

A proteção especial “s” utiliza um destes métodos ou uma combinação destes métodos, e a verificação
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deve identificar o método de proteção utilizado e como a aplicação de cada um deles foi obtida.

O(s) verificador(es) independente(s) (ver Seção 5) deve(m) assegurar que todos os requisitos
aplicáveis da ABNT NBR IEC 60079-0 e de outras partes da série ABNT NBR IEC 60079 relacionadas
aos tipos de proteção normalizados sejam atendidos, exceto como definido nas Seções 8, 9, 10 e 11.

5 Verificador independente
5.1 Generalidades

Por sua própria natureza, os ensaios e avaliações para o tipo de proteção especial “s” não podem
ser tão prescritivos quanto para outras técnicas. Assim, é de conhecimento a necessidade de diálogo
adequado entre o fabricante e um verificador independe. Ensaios adicionais podem ser solicitados
pelo verificador independente para assegurar que o nível de segurança adequado seja atendido.

NOTA Um verificador independente pode ser uma pessoa ou uma organização.

5.2 Competência
O processo de avaliação é crítico para a correta aplicação da proteção especial “s” e isto necessita
que o verificador independente deve ser apto a demonstrar os seguintes conhecimentos e habilidades:

 a) um conhecimento amplo da filosofia “Ex”, incluindo um entendimento de

i) propriedades de ignição de materiais inflamáveis e combustíveis,

ii) propriedades, mecanismos e controle de ignição, e

iii) todas as técnicas de proteção da série ABNT NBR IEC 60079;

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 b) acesso ou envolvimento com

i) normas IEC ou nacionais, de tal forma que seja assegurado o acesso ao conhecimento de
todas as atividades correntes relacionadas ao equipamento que está sendo avaliado, e

ii) pesquisas relacionadas ao método de proteção proposto;

 c) profundo e específico conhecimento da técnica ou método que está sendo avaliado;

 d) conhecimento e experiência em avaliações de instalações de ensaios, equipamentos, procedi-


mentos e pessoal;

 e) habilidades com documentação e relatórios.

5.3 Responsabilidades

O verificador independente deve

 a) adquirir o conhecimento detalhado da técnica ou método que está sendo,

 b) revisar as especificações de ensaios propostos e o protocolo de verificação,


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 c) avaliar a informação apresentada em relação as normas apropriadas e dados disponíveis,

 d) avaliar as instalações para os ensaios, equipamentos, procedimentos e pessoal,

 e) documentar os resultados em um relatório, detalhando como o equipamento atende com os obje-
tivos desta Norma,

 f) conduzir outras tarefas que lhes forem atribuídas.

5.4 Aceitação

Dentro de um sistema de certificação, o reconhecimento do verificador independente deve ser incluído


nas regras do sistema de certificação.

Além da certificação, o solicitante deve selecionar um verificador independente (1) e, quando neces-
sário, o verificador independente (1), em conjunto com o solicitante, deve selecionar o verificador
independente (2) e (3), levando em consideração as qualificações estabelecidas e resumo
da experiência(s) do(s) verificador(es) independente(s).

NOTA Um verificador independente pode ser uma pessoa, embora mais frequentemente seja uma
organização, como um organismo de certificação com conhecimento “corporativo” completo. O sistema
de certificação de equipamentos do IECEx possui um protocolo para reconhecer a competência de ExCBs
que certificam de acordo com os requisitos desta Norma.

5.5 Independência

Os verificadores independentes devem ser independentes e distintos do solicitante da avaliação


e de qualquer organização que esteja envolvida no projeto, fabricação ou venda do equipamento.
Eles devem ser independentes e separados destas organizações, seja gerencial, financeira ou de outras
origens, de forma que em qualquer processo de tomada de decisão a avaliação e os resultados
possam ser excluídos de pressões e influencias.

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6 Projeto e fabricação
6.1 Princípios de uma abordagem integrada para a segurança contra explosão

Equipamentos elétricos destinados à utilização em atmosferas explosivas devem ser projetados


considerando uma abordagem integrada para segurança contra explosão. Desta forma, o projeto deve
levar em conta a seguinte ordem de prioridade:

(1) evitar a formação de atmosferas explosivas que possam ser produzidas ou liberadas pelo
equipamento;

(2) evitar a ignição da atmosfera explosiva, levando em conta a natureza de todas as fontes elétricas
de ignição;

(3) efeitos de uma explosão que poderia direta ou indiretamente colocar em perigo pessoas ou bens

i) por bloqueio da explosão, ou

ii) pela limitação das consequências da explosão.

O projeto do equipamento deve ser analisado por mau funcionamento para evitar, tanto quanto
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possível, situações de risco. Qualquer utilização indevida que possa ser razoavelmente antecipada
deve ser levada em consideração.

NOTA 1 Muitos dos requisitos essenciais são indicados na ABNT NBR IEC 60079-0.

NOTA 2 O tópico 6.1 (3) não é coberto no escopo desta Norma.

6.2 Projeto e fabricação

É necessário que o equipamento seja projetado e construído considerando os conhecimentos tecnoló-


gicos mais avançados de proteção contra explosão, para que o EPL possa ser mantido ao longo da sua
vida útil.

Componentes a serem incorporados ou utilizados como peças de reposição do equipamento, devem ser
projetados e construídos de tal forma que eles cumpram com sua função de proteção contra explosão,
quando instalados de acordo com as instruções do fabricante.

6.3 Sobrecarga do equipamento

Quando necessário para o EPL o equipamento deve ser fornecido com proteção contra sobrecarga
e necessita ser considerada no estágio de projeto.

NOTA Isto pode ser atendido pela utilização de dispositivos de interrupção de sobrecorrente, limitadores
de temperatura, dispositivos de pressão diferencial, medidores de vazão, temporizadores, monitores
de sobrevelocidade ou tipos similares de dispositivos de monitoração.

6.4 Fontes potenciais de ignição

6.4.1 Riscos gerados por diferentes fontes de ignição

Proteção contra fontes potenciais de ignição, como centelhas, chamas, arcos elétricos, superfícies
com altas temperaturas, energia acústica, radiação óptica, ondas eletromagnéticas e outras fontes
de ignição devem ser previstos; ver Figura A.1.

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6.4.2 Riscos gerados por sobreaquecimento

Proteção contra sobreaquecimento causado pela ocorrência de fricção ou impactos, por exemplo,
entre materiais e partes em contato durante rotação ou devido a introdução de corpos estranhos deve
ser prevista.

6.4.3 Riscos gerados por operações de compensação de pressão

Equipamentos associados com dispositivos de medição, controle e regulagem integrados devem ser
projetados de forma que as compensações da pressão não gerem ondas de choque ou compressões
que possam causar uma ignição.

6.5 Requisitos com respeito a dispositivos relacionados à segurança

Dispositivos de segurança devem funcionar independentemente de qualquer dispositivo de medição


ou controle necessário para a operação; adicionalmente

●● para circuitos elétricos, o princípio de falha segura deve ser sempre aplicado,

●● no evento de uma falha de um dispositivo de segurança, equipamentos ou componentes que


possam causar ignição devem ser, quando aplicável, mantidos seguros,
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●● controles de paradas de emergências de dispositivos de segurança devem, tanto quanto for


praticável, ser equipados com bloqueios reiniciáveis. Um novo comando de partida pode ser dado
em operação normal somente após o bloqueio reiniciável ter sido intencionalmente reiniciado.

No projeto de equipamentos e dispositivos de segurança com software de controle, considerações


especiais devem ser feitas quanto aos riscos decorrentes de mau funcionamento nos programas.

A conformidade com a IEC 61508-1 ou qualquer derivativo relacionado pode ser considerada para
estabelecer conformidade com estes requisitos.

NOTA Para informações adicionais, ver Anexo A.

7 Aplicação dos níveis de proteção de equipamentos (EPL)


7.1 Equipamentos com EPL Ma

O equipamento deve ser projetado e construído de tal maneira que as fontes de ignição não se tornem
ativas, mesmo em caso de mau funcionamento raro do equipamento.

O equipamento deve ser equipado com barreiras de proteção tais que

●● o nível de proteção necessário para assegurar que em caso de falha de uma barreira de proteção,
pelo menos uma segunda barreira de proteção atue de forma independente, ou

●● o nível de proteção necessário para assegurar que no evento de dois maus funcionamentos
previsíveis ou de um mau funcionamento raro

O equipamento projetado para ser aberto durante períodos curtos de tempo, por exemplo, durante sua
manutenção, deve ser igualmente projetado, de tal maneira que

●● ele satisfaça as exigências do EPL Mb quando aberto, ou

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●● ele seja equipado com sistemas adicionais de intertravamento, apropriados para reduzir
a probabilidade de abertura quando energizado, ou

●● quando não for possível desenergizar o equipamento, uma marcação de advertência seja
colocada nele para advertir contra sua abertura na presença de uma atmosfera explosiva
de gases e vapores, conforme a ABNT NBR IEC 60079-0.

Quando necessário, este equipamento deve ser equipado com medidas especiais de proteção
adicionais e deve continuar funcional na presença de uma atmosfera explosiva.

Para equipamento com EPL Ma, a documentação da justificativa proposta deve ser fornecida pelo
fabricante, de acordo com 4.4, ao verificador independente (1), que tem a responsabilidade de confirmar
a proposta do fabricante. O programa de avaliação proposto resultante e os requisitos de ensaios devem
ser submetidos, para comum acordo, pelo verificador independente (1) ao verificador independente (2)
e ao verificador independente (3). Uma vez obtido o acordo, o verificador independente (1) deve
efetuar as avaliações e os ensaios. Qualquer variação em relação ao programa de avaliação e ensaios
originais deve ser submetida aos demais verificadores independentes para acordo adicional.

Antes de sua publicação, o relatório final de avaliação e de ensaios deve ser submetido ao verificador
independente (2) e ao verificador independente (3) para confirmação final.
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7.2 Equipamentos com EPL Mb

O equipamento deve ser projetado e construído de forma a evitar o surgimento de fontes de ignição,
mesmo nos casos de falhas frequentes de funcionamento ou de funcionamentos operacionais
incorretos do equipamento, os quais normalmente necessitam ser levados em consideração.

O equipamento deve ser equipado de meios de proteção que garantam que as fontes de ignição não
venham a se tornar ativas durante operação normal, mesmo nas condições de funcionamento mais
severas, em particular aquelas resultantes de manipulações rudes e em condições de alteração de meio
ambiente. O equipamento é previsto para ser desenergizado em caso de ocorrência de uma atmosfera
explosiva.

O equipamento projetado para ser aberto durante períodos curtos de tempo, por exemplo, durante sua
manutenção, deve ser igualmente projetado, de tal maneira que

●● ele seja equipado com sistemas adicionais de intertravamento, apropriados para reduzir a proba-
bilidade de abertura quando energizado, ou

●● quando não for possível desenergizar o equipamento, uma marcação de advertência seja
colocada nele para advertir contra sua abertura na presença de uma atmosfera explosiva
de gases e vapores.

Para equipamento com EPL Mb, a documentação da justificativa proposta deve ser fornecida
pelo fabricante, de acordo com 4.4, ao verificador independente (1) que tem a responsabilidade
de confirmar a proposta do fabricante. O programa de avaliação proposto resultante e os requisitos
de ensaios devem ser submetidos, para comum acordo, pelo verificador independente (1) ao verificador
independente (2). Uma vez obtido o acordo, o verificador independente (1) deve efetuar as avaliações
e os ensaios. Qualquer variação em relação ao programa de avaliação e ensaios originais deve ser
submetida ao verificador independente (2) para acordo adicional.

Antes de sua emissão, o relatório final de avaliação e ensaios deve ser submetido ao verificador
independente (2) para confirmação final.

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7.3 Equipamentos com EPL Ga

O equipamento deve ser projetado e construído de tal maneira que as fontes de ignição não se tornem
ativas, mesmo em caso de mau funcionamento raro do equipamento.

O equipamento deve ser equipado com barreiras de proteção tais que

●● o nível de proteção necessário para assegurar que em caso de falha de uma barreira de proteção,
pelo menos uma segunda barreira de proteção atue de forma independente, ou

●● o nível de proteção necessário para assegurar que no evento de dois maus funcionamentos
previsíveis ou de um mau funcionamento raro.

O equipamento projetado para ser aberto durante períodos curtos de tempo, por exemplo, durante
sua manutenção, deve ser projetado de tal maneira que o equipamento seja equipado com sistemas
de intertravamentos adicionais, apropriados para reduzir a probabilidade de abertura quando energizado.

Quando não for possível desenergizar o equipamento, uma marcação de advertência deve ser
colocada no equipamento para alertar contra sua abertura na presença de uma atmosfera explosiva
de gases e vapores.
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Para equipamento com EPL Ga, a documentação da justificativa proposta deve ser fornecida pelo
fabricante, de acordo com 4.4, ao verificador independente (1), que tem a responsabilidade de confirmar
a proposta do fabricante. O programa de avaliação proposto resultante e os requisitos de ensaios devem
ser submetidos, para comum acordo, pelo verificador independente (1) ao verificador independente (2)
e ao verificador independente (3). Uma vez obtido o acordo, o verificador independente (1)
deve efetuar as avaliações e os ensaios. Qualquer variação em relação ao programa de avaliação
e ensaios originais deve ser submetida aos demais verificadores independentes para acordo adicional.

Antes de sua emissão, o relatório final de avaliação e ensaios deve ser submetido ao verificador
independente (2) e ao verificador independente (3) para confirmação final.

7.4 Equipamentos com EPL Gb

O equipamento deve ser projetado e construído de forma a evitar o surgimento de fontes de ignição,
mesmo nos casos de falhas frequentes de funcionamento ou de maus funcionamentos operacionais
do equipamento, os quais normalmente necessitam ser levados em consideração.

O equipamento projetado para ser aberto durante períodos curtos de tempo, por exemplo, durante sua
manutenção, deve ser igualmente projetado, de tal maneira que

●● ele seja equipado com sistemas adicionais de intertravamento apropriados para reduzir
a probabilidade de abertura quando energizado, ou

●● quando não for possível desenergizar o equipamento, uma marcação de advertência seja
colocada nele para advertir contra sua abertura na presença de uma atmosfera explosiva
de gases e vapores.

Para equipamento com EPL Gb, a documentação da justificativa proposta deve ser fornecida
pelo fabricante, de acordo com 4.4, ao verificador independente (1), que tem a responsabilidade
de confirmar a proposta do fabricante. O programa de avaliação proposto resultante e os requisitos
de ensaios devem ser submetidos, para comum acordo, pelo verificador independente (1) ao verificador

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independente (2). Uma vez obtido o acordo, o verificador independente (1) deve efetuar as avaliações
e os ensaios. Qualquer variação em relação ao programa de avaliação e ensaios originais deve ser
submetida ao verificador independente (2) para acordo adicional.

Antes de sua emissão, o relatório final de avaliação e ensaios deve ser submetido ao verificador
independente (2) para confirmação final.

7.5 Equipamentos com EPL Gc

O equipamento deve ser projetado e construído de forma que ele não seja uma fonte de ignição
em operação normal, o qual possa ser dotado de proteções adicionais para assegurar que ele não seja
uma fonte de ignição no caso de ocorrências normais previstas.

Para equipamento com EPL Gc, a documentação da justificativa proposta deve ser fornecida pelo
fabricante, de acordo com 4.4, ao verificador independente que tem a responsabilidade de confirmar
a proposta do fabricante. Uma vez obtido o acordo, o verificador independente deve efetuar a avaliação
e os ensaios.

7.6 Equipamentos com EPL Da

O equipamento deve ser projetado e construído de tal forma que não cause a ignição de misturas
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de ar e poeira mesmo em caso de mau funcionamento raro do equipamento.

O equipamento deve ser equipado com barreiras de proteção tais que

●● o nível de proteção necessário para assegurar que em caso de falha de uma barreira de proteção,
pelo menos uma segunda barreira de proteção atue de forma independente, ou

●● o nível de proteção necessário para assegurar que no evento de dois maus funcionamentos
previsíveis ou de um mau funcionamento raro.

O equipamento projetado para ser aberto durante curtos períodos de tempo, por exemplo, durante
sua manutenção, deve ser projetado de tal maneira que o equipamento seja equipado com sistemas
de intertravamento adicionais, apropriados para reduzir a probabilidade de abertura quando energizado.

Quando não for possível desenergizar o equipamento, uma marcação de advertência deve ser
colocada nele para advertir contra sua abertura na presença de uma atmosfera explosiva de poeira.

Para equipamento com EPL Da, a documentação da justificativa proposta deve ser fornecida pelo
fabricante, de acordo com 4.4, ao verificador independente (1) que tem a responsabilidade de confirmar
a proposta do fabricante. O programa de avaliação proposto resultante e os requisitos de ensaios devem
ser submetidos, para comum acordo, pelo verificador independente (1) ao verificador independente (2)
e ao verificador independente (3). Uma vez obtido o acordo, o verificador independente (1) deve
efetuar as avaliações e os ensaios. Qualquer variação em relação ao programa de avaliação e ensaios
originais deve ser submetida aos demais verificadores independentes para acordo adicional.

Antes de sua emissão, o relatório final de avaliação e ensaios deve ser submetido ao verificador
independente (2) e ao verificador independente (3) para confirmação final.

7.7 Equipamentos com EPL Db


O equipamento deve ser projetado e construído de forma que não cause a ignição de misturas
de poeira e ar, mesmo nos casos de falha frequentes de funcionamento ou de maus funcionamentos
operacionais do equipamento, os quais normalmente necessitam ser levados em consideração.

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Para o equipamento que contém superfícies que podem aquecer, medidas devem ser adotadas para
assegurar que a temperatura limite não seja excedida, mesmo nas circunstâncias mais desfavoráveis.
As elevações de temperatura provocadas pelo acúmulo de calor e as reações químicas devem ser
igualmente levadas em consideração.

O equipamento projetado para ser aberto durante períodos curtos de tempo, por exemplo, durante sua
manutenção, deve ser igualmente projetado, de tal maneira que

●● ele seja equipado de sistemas adicionais de intertravamento apropriados para reduzir a probabi-
lidade de abertura quando energizado, ou

●● quando não for possível desenergizar o equipamento, uma marcação de advertência seja colocada
nele para advertir contra sua abertura na presença de uma atmosfera explosiva de poeira.

Para equipamento com EPL Db, a documentação da justificativa proposta deve ser fornecida
pelo fabricante, de acordo com 4.4, ao verificador independente (1), que tem a responsabilidade
de confirmar a proposta do fabricante. O programa de avaliação proposto resultante e os requisitos
de ensaios devem ser submetidos, para comum acordo, pelo verificador independente (1) ao verificador
independente (2). Uma vez obtido o acordo, o verificador independente (1) deve efetuar as avaliações
e os ensaios. Qualquer variação em relação ao programa de avaliação e ensaios originais deve ser
submetida ao verificador independente (2) para acordo adicional.
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Antes de sua emissão, o relatório final de avaliação e ensaios deve ser submetido ao verificador
independente (2) para confirmação final.

7.8 Equipamentos com EPL Dc

O equipamento deve ser projetado e construído de forma que não cause a ignição de misturas ar
e poeira por fontes de ignição previsíveis durante a operação normal.

Os equipamentos, inclusive prensa-cabos e acessórios de conexão, devem ser construídos


de forma que, levando em conta o tamanho das partículas de poeira, não possam desenvolver misturas
explosivas nem formar acúmulos perigosos no interior do equipamento.

Para equipamento com EPL Dc, a documentação da justificativa proposta deve ser fornecida pelo
fabricante, de acordo com 4.4, ao verificador independente que tem a responsabilidade de confirmar
a proposta do fabricante. Uma vez obtido o acordo, o verificador independente deve efetuar a avaliação
e os ensaios.

8 Preparação das especificações para avaliações e ensaios


8.1 Generalidades

Todos os requisitos previstos na série ABNT NBR IEC 60079 que afetam a integridade da proteção
contra explosão devem ser aplicados.

8.2 Especificações para avaliações e ensaios

As especificações para avaliações e ensaios devem ser preparadas pelo fabricante e devem incluir:

 a) as avaliações e os ensaios da série ABNT NBR IEC 60079 que serão aplicados;

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 b) os requisitos necessários da série ABNT NBR IEC 60079 que não são aplicáveis e que são inclu-
ídos em d);

 c) a justificativa para não aplicabilidade dos requisitos da série ABNT NBR IEC 60079 identificados
em b);

 d) detalhes da substituição das avaliações e ensaios, incluindo os critérios de aceitação;

 e) as avaliações e os ensaios de outras normas internacionais ou nacionais;

 f) qualquer avaliação ou procedimento de ensaio novo desenvolvido para este equipamento
relacionado com a proteção contra explosão;

 g) quaisquer ensaios de rotina relacionados à proteção contra explosão;

 h) justificativa para utilização de avaliações ou ensaios no d), e), f) e g).

A preparação destas especificações pode ser feita em conjunto com o verificador independente (1).

Quando a substituição de avaliações e ensaios é realizada por outras normas que não sejam da série
ABNT NBR IEC 60079, a referência das normas, edição, data de emissão e seções devem ser
indicadas. Estas normas necessitam ser nacionais, mas se elas não existirem ou não forem aceitáveis,
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uma norma internacional pode ser utilizada, ou um novo procedimento de avaliação e ensaio pode ser
desenvolvido.

Antes da implementação das especificações de avaliações e ensaios, o(s) verificador(es)


independente(s) deve(m) garantir que as especificações de avaliações e ensaios atendam aos requi-
sitos desta seção e aos objetivos da norma.

8.3 Avaliação e ensaios

As avaliações e ensaios devem ser realizados de acordo com a especificação de 8.2, em ambiente
adequado com equipamentos de ensaio apropriados.

NOTA Estas avaliações e ensaios podem ser realizados pelo fabricante e testemunhado pelo verificador
independente (1), ou realizados pelo verificador independente ou realizados por uma terceira parte.
NOTA BRASILEIRA No Brasil, os requisitos para a escolha de laboratórios de ensaio para equipamentos
para atmosferas explosivas estão indicadas em Requisitos de Avaliação da Conformidade (RAC),
publicados pelo Inmetro.

8.4 Relatórios dos resultados da especificação de avaliações e ensaios

As especificações de acordo com 8.2, junto com os resultados e as conclusões, devem ser incluídas
no relatório de avaliação e ensaio pelo verificador independente (1).

9 Avaliação dos riscos de ignição


9.1 Generalidades

Todos os equipamentos elétricos e partes elétricas dos equipamentos devem ser submetidos a uma
avaliação de risco formalmente documentada, preparada pelo fabricante, a qual identifica e relaciona
as fontes potenciais de ignição dos equipamentos e as medidas de proteção a serem aplicadas.

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Exemplos de tais fontes incluem superfícies quentes, chamas expostas, líquidos ou gases quentes,
faíscas geradas mecanicamente, compressões adiabáticas, ondas de choque, reações químicas
exotérmicas, impactos mecânicos que resultem em reações térmicas, autoignições de poeiras, arcos
elétricos e descargas de eletricidade estática.

9.2 Medidas de proteção

Medidas de proteção devem ser consideradas e aplicadas na seguinte ordem:

(1) supressão das fontes de ignição, onde fontes de ignição como arcos, faíscas e superfícies quentes
não podem ocorrer;

(2) limitação de energia, onde arcos, centelhas e superfícies quentes, não possuem energia suficiente
para causar ignição;

(3) segregação, onde a atmosfera explosiva não entra em contato com a fonte de ignição;

(4) confinamento, se uma explosão ocorrer no interior de um invólucro, ela não propaga para
a atmosfera externa.

9.3 Procedimento de avaliação dos riscos de ignição


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Ver Anexo A.

NOTA Estas recomendações foram adaptadas como exemplos da EN 13463-1:2009 Anexo B [5].

9.4 Exemplos de avaliação de riscos de ignição

Ver Anexo B.

NOTA Estas recomendações foram adaptadas como exemplos da EN 13463-1:2009, Anexo C.

10 Aplicação da proteção especial “s”


10.1 Generalidades

Na ausência de uma construção estabelecida, avaliações de especificações e ensaios, referentes


à proteção contra explosão para equipamentos com proteção especial “s”, não é possível fornecer
requisitos detalhados a serem aplicados para este tipo de proteção.

A proteção “s” é um conceito que pode envolver um número indefinido de técnicas individuais que
não são adequadamente descritas em normas para os tipos de proteção normalizados, bem como
as medidas de proteção, as quais em alguns casos precisam ser empregadas para garantir a segurança.

A aceitação de qualquer implantação de proteção especial “s” está sujeita ao acordo do fabricante
e do(s) verificador(es) independente(s).

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10.2 Justificativa para a aplicação da proteção especial “s”

10.2.1 Aplicação

Os seguintes cenários ou combinações de cenários são possíveis de serem aplicados:

●● equipamentos que parcialmente atendem a um ou mais tipos de proteção normalizados pela


ABNT, mas que têm aspectos que não são cobertos pela(s) norma(s) e que podem ser tratados
de outra maneira;

●● equipamentos que estão alinhados com um tipo de proteção normalizado, mas não se enquadram
nos parâmetros do escopo da norma para o tipo de proteção;

●● equipamentos que utilizam uma abordagem (técnica) que não é coberta por qualquer tipo
de proteção existente na série ABNT NBR IEC 60079;

●● equipamentos que atendem a um ou mais tipos de proteção normalizados, mas para eles
é necessário um EPL superior ao que normalmente seria definido para a(s) técnica(s) aplicada(s).

As probabilidades de falhas identificadas nas análises de risco necessitam ser demonstradas para
indicar uma compatibilidade com as falhas que ocorrem nos tipos de proteção normalizados.
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10.2.2 Equipamentos que atendem parcialmente aos requisitos dos tipos de proteção
normalizados

Para equipamentos que parcialmente atendem a um ou mais tipos de proteção normalizados pela ABNT,
mas têm aspectos que não são cobertos pela(s) norma(s) e que podem ser tratados de outra maneira.

●● exemplo – tipo de junta à prova de explosão não coberto pela norma;

●● exemplo – tensão superior à prevista em uma norma para os requisitos de conformidade ou para
equipamentos de ensaio, por exemplo, para encapsulamento.

Normalmente as seguintes abordagens devem ser consideradas:

●● somente os requisitos que não são cobertos pela(s) norma(s) ABNT devem ser tratados conforme
esta norma. A conformidade com a(s) norma(s) ABNT deve ser atendida para todos os outros
requisitos;

●● ensaios apropriados devem ser especificados;

●● devem ser fornecidos resultados de pesquisas prévias para suporte;

●● requisitos cobertos por normas internacionais devem ser especificados, quando eles são utilizados
como uma justificativa.

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10.2.3 Equipamentos fora do escopo dos tipos de proteção normalizados

Para equipamentos de acordo com tipos de proteções normalizados, mas que estão fora dos parâmetros
do escopo das normas para os tipos de proteções, os seguintes casos são exemplos de aplicações:

●● exemplo – equipamentos utilizados com tensões acima da faixa especificada pela norma, como
um motor de segurança aumentada em 15 kV;

●● exemplo – a necessidade de se utilizar um equipamento, como um detector de gás, em uma


atmosfera enriquecida com oxigênio.

As abordagens típicas a seguir devem ser consideradas:

●● para a alta tensão, as especificações para as distâncias de isolamento e escoamento, quando


aplicável, devem ser com base em normas apropriadas;

●● para o enriquecimento de oxigênio, fatores de segurança mais elevados que os existentes


nas normas devem ser introduzidos juntamente com as justificativas;

●● para um invólucro Ex “d” em uma pressão superior à pressão atmosférica, quando apropriado,
fatores de segurança para as juntas à prova de explosão mais elevados que os existentes
nas normas devem ser introduzidos juntamente com as justificativas;
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●● ensaios apropriados devem ser especificados;

●● suporte de pesquisas prévias deve ser providenciado;

●● requisitos de normas internacionais devem ser especificados, quando eles são utilizados como
uma justificativa.

NOTA As discussões que se encontram em andamento nos comitês e grupos de trabalho da IEC podem
ser utilizadas.

10.2.4 Métodos de proteção sem alinhamento com os tipos de proteção normalizados

Para equipamentos que utilizam uma abordagem (técnica) que não é coberta por qualquer norma
existente da série ABNT NBR  IEC  60079, um exemplo de aplicação é a imersão de um motor
em um líquido inflamável.

As abordagens típicas a seguir devem ser consideradas:

●● justificativa completa deve ser providenciada para o projeto com qualquer aspecto especial
relacionado à instalação, como as possíveis necessidades para o isolamento quando ocorrer
do motor não estiver imerso no exemplo acima;

●● ensaios apropriados devem ser especificados;

●● suporte de pesquisas prévias deve ser providenciado;

●● requisitos de normas internacionais devem ser especificados, quando eles são utilizados como
uma justificativa.

NOTA As discussões que se encontram em andamento nos comitês técnicos da IEC, grupos de trabalho etc.
podem ser utilizadas.

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10.2.5 Elevação do EPL por meio de medidas adicionais de proteção

Para equipamentos que atendam a um ou mais tipos de proteções normalizados, mas que são projetados
para ter um EPL mais elevado que teriam normalmente para os tipos de proteção normalizados.

As abordagens típicas a seguir devem ser consideradas:

●● os fatores de segurança elevados devem ser especificados juntamente com o plano de validação;

●● ensaios apropriados devem ser especificados;

●● suporte de pesquisas prévias deve ser providenciado;

●● requisitos de normas internacionais devem ser especificados, quando eles são utilizados como
uma justificativa.

NOTA As discussões que se encontram em andamento nos comitês da IEC, grupos de trabalho etc.
podem ser utilizados.

10.2.6 Combinação de abordagens

Quando é utilizada uma combinação de qualquer método especificado em 10.2.2 a 10.2.5, a abordagem
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deve incluir todos os requisitos especificados.

10.3 Adaptação de tipos de proteção normalizados

Esta Norma permite a aplicação dos conceitos dos tipos de proteção normalizados com requisitos
expandidos, por exemplo, para incluir medidas adicionais independentes para permitir a utilização
de um EPL mais elevado. Como exemplo:

●● Uma bomba completamente submersa em petróleo, para a exclusão da atmosfera explosiva,


com medidas adicionais para desconectar a alimentação em caso de modo de falha do líquido abaixo
do nível predeterminado, pode levar à conformidade com a proteção especial “s”.

NOTA Normas extrangeiras existentes, como, por exemplo, EN 15268 [6] e UL 79 [7], podem ser utilizadas
como base para o desenvolvimento dos requisitos.

10.4 Outros conceitos inovadores para garantir a segurança

Quando um circuito de controle adicional é utilizado para prover segurança, como por exemplo,
para realizar o desligamento da alimentação por detecção da presença de concentrações explosivas
de gases, deve ser assegurado que um nível apropriado de segurança (SIL) seja alcançado através
do fornecimento de funções instrumentadas de segurança adequadas. Como evidência de que um nível
de segurança apropriado é alcançado, o sistema para detecção de gás e desligamento da alimentação
deve estar conforme as séries IEC 61508, IEC 61511, IEC 62061 ou normas ISO 13849-1 ou
ISO 13249-2, como apropriado. Para a seleção e funcionalidade do detector de gás,
as ABNT NBR IEC 60079-29-1, ABNT NBR IEC 60079-29-2 e a futura IEC 60079-29-3 [8] devem ser
utilizadas.

NOTA A utilização de detecção de gás para desligar a alimentação do equipamento não muda o EPL
do equipamento, mas representa uma combinação de técnicas que podem ser empregadas em uma instalação.

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10.5 Conexão de condutores e cabos

Condutores, cabos e conectores fornecidos com o equipamento, ou como uma parte integral dele,
devem ser protegidos em conformidade com os requisitos para o EPL apropriado.

11 Verificação e ensaios de tipo


11.1 Generalidades

Todos os equipamentos devem ser submetidos às avaliações e ensaios de acordo com as especificações
de ensaios e avaliações indicados em 8.2.

11.2 Ensaio de medição de temperatura

Os ensaios de medição de temperatura devem ser realizados conforme descrito na


ABNT NBR IEC 60079-0, com a aplicação das falhas de acordo com a Seção 7.

12 Verificação e ensaios de rotina


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O fabricante deve executar todos os ensaios de rotina necessários pelas avaliações e ensaios
especificados em 8.2.

13 Documentação
A documentação requerida pela ABNT NBR IEC 60079-0 deve incluir as especificações de ensaios
e avaliações indicadas em 8.2.

14 Componentes Ex
Um componente “Ex” somente deve ser permitido quando todas as informações técnicas necessárias
permitirem uma avaliação apropriada para inclusão deste componente Ex em um equipamento,
não necessitando de qualquer avaliação adicional conforme esta Norma. Estas informações técnicas
devem estar indicadas na lista de limitações incluídas com o certificado. A utilização de um componente
Ex não é permitida, se a avaliação adicional dele incluir aspectos relacionados com a proteção especial “s”.

15 Marcação
15.1 Generalidades

Adicionalmente aos requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60079-0, os seguintes requisitos são
aplicáveis:

15.2 Marcação para Ex “s” somente


Quando somente parte dos requisitos para um ou mais tipos de proteção normalizados tiverem
sido utilizados, a marcação do produto deve indicar proteção especial “sa”, “sb” ou “sc”, conforme
apropriado e NÃO as técnicas de proteção combinadas. Uma referência ao documento de instruções
específicas deve ser marcada no produto e no certificado.

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15.3 Marcação de Ex “s” com outros tipos de proteção normalizados

A marcação deve estar de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0, com a inclusão da proteção especial
“sa”, “sb” ou “sc”, conforme apropriado. Uma referência ao documento de instruções específicas deve
ser marcada no produto e no certificado.

16 Informações no certificado
16.1 Certificado para Ex “s” somente

Quando somente parte dos requisitos para um ou mais tipos de proteção normalizados tiver sido
aplicada, o certificado deve identificar os requisitos para os tipos de proteção aplicados e, se pertinente,
onde no equipamento eles foram aplicados.

16.2 Certificado para Ex “s” com outros tipos de proteção normalizados

Neste caso, o certificado deve identificar os tipos de proteção normalizados aplicados e onde no equi-
pamento foram empregados.

16.3 Condições específicas de utilização


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Condições específicas de utilização devem sempre ser incluídas para equipamentos Ex “s”.

16.4 Listagem de limitações

Uma lista de limitações deve sempre ser incluída no caso de componentes Ex “s”.

17 Instruções
Instruções devem ser preparadas de acordo com os requisitos da ABNT NBR IEC 60079-0 e, adicio-
nalmente, um documento específico de instruções deve ser preparado, incluindo todos os detalhes
considerando:

●● o conceito, método e aspectos específicos aplicados ao equipamento,

●● instruções de instalação incluindo detalhes completos sobre as conexões,

●● recomendações para os requisitos de inspeções visuais, minuciosas e detalhadas, com os limites


de tempo,

●● requisitos para manutenções de rotina, e

●● recomendações para reparo e revisões, bem como os detalhes essenciais necessários para que
o trabalho seja realizado.

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Anexo A
(Informativo)

Procedimento de avaliação dos riscos de ignição

NOTA Os Anexos A e B são adaptados da EN 13463-1:2009, que foi identificada como um documento
para um futuro item para o programa de trabalho do TC 31. Algumas referências a outros padrões regionais
foram incluídos aqui pois normas ISO/IEC equivalentes ainda não existem.

A.1 Generalidades
Este anexo destina-se a fornecer auxílio para a implantação do processo de avaliação e das etapas
individuais de avaliação. Uma forma de preparação de relatório é explicada, orientando sistematicamente
através do processo de avaliação e resultando em definições claras e rastreáveis. Para os fabricantes,
o relatório proporciona suporte adicional para a preparação da documentação técnica adequada.
Exemplos técnicos para a implantação deste procedimento são apresentados no Anexo B.
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A.2 Registro da informação com o auxílio de uma tabela


Não é necessário registrar a avaliação do risco de ignição de uma forma específica. Mas é útil
assegurar que seja de uma forma bem estruturada, a fim de garantir clareza e compreensão. Portanto,
a utilização de uma tabela é recomendada, representando a estrutura do processo de avaliação e,
assim, permitindo a reavaliação fácil, bem como orientando a organização da documentação técnica.

O Anexo B traz diferentes exemplos de um relatório de avaliação de risco de ignição, utilizando um


método de registro adequado. Desta forma, o relatório será claro, sendo estruturado para identificar
declarações, medidas e evidências necessárias, isto é, partes essenciais da documentação técnica.
Isso deve facilitar a tarefa dos fabricantes em cumprir os requisitos. Esse método de relatório é
definido para agrupar todas as informações necessárias e não necessitar de definições adicionais,
além do previsto na tabela.

NOTA O método de relatório apresentado no Anexo B é apenas uma das alternativas. Diferentes formas
de relatório são possíveis, desde que o conteúdo exigido esteja completamente incluído. Partes não utilizadas
da tabela podem ser deixadas em branco ou excluídas.

A.3 Procedimento de avaliação


O procedimento de avaliação de risco de ignição pode ser dividido nas seguintes etapas:

(1) identificação de riscos de ignição (análise dos riscos de ignição e suas causas);

(2) avaliação e estimativa preliminar do risco de ignição (estimativa dos riscos de ignição determinados
na etapa 1, considerando a frequência de sua ocorrência e comparando com o EPL desejado);

(3) determinação das medidas (determinação de medidas preventivas ou de proteção, se necessário,


para reduzir a probabilidade de um risco de ignição de acordo com a etapa (2));

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(4) estimativa do risco de ignição e atribuição do nível de proteção dos equipamentos (estimativa
dos riscos de ignição, quanto à frequência de ocorrência após a inclusão de medidas preventivas
ou de proteção determinadas na etapa (3));

(5) determinação do nível de proteção do equipamento (EPL).

Se modificações forem feitas para o projeto incorporar medidas preventivas ou de proteção adicionais,
recomenda-se que o processo de avaliação seja revisto para verificar se há novas falhas potenciais
ou riscos de ignição. É recomendado que atenção especial seja dada para novas interdependências
ou combinações de defeitos, se aplicável para o EPL.

A.4 Etapas da avaliação

A.4.1 Identificação dos riscos de ignição

Esta etapa irá resultar em uma lista completa de todos os riscos de ignição aplicáveis ao equipamento
(ver Seção 9). Primeiramente, a lista conhecida de potenciais fontes de ignição representando
diferentes mecanismos de ignição físicos (por exemplo, referências em 8.4 e a EN 1127-1 [9]) necessita
ser examinada (ver Tabela A.1). Necessita-se também determinar quais tipos de fontes de ignição são
possíveis (ver Tabela A.2, Coluna 1 a).
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Figura A.1 – Relação entre definições de fontes de ignição

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Nota: Este procedimento é cópia não controlada quando impresso. É válido o documento disponível na Intranet Corporativa. Somente para uso interno
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Tabela A.1 – Documentação recomendada


para avaliação inicial do equipamento relacionado com fontes de ignição

Relacionado ao equipamento
Possíveis fontes de ignição Razão
Sim/Não
Superfícies quentes Sim Enrolamento do motor
Centelhas mecânicas Sim Fricção entre partes móveis
Chamas e gases quentes Não Não presente
Centelha elétrica Sim Abertura do circuito elétrico
Correntes de fuga ou
O equipamento não é grande o
circulante e proteção para Não
suficiente
corrosão catódica
Eletricidade estática Sim Invólucro plástico
Abertura de arcos Não Não presente
Ondas eletromagnéticas Não Não presente
Radiação iônica Não Não presente
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Radiação de alta frequência Não Não presente


Ultrassom Não Não presente
Compressão adiabática Não Não presente
Reação química Não Não presente

Portanto, estas fontes de ignição necessitam ser consideradas separadamente com relação a aspectos
diferentes

●● à utilização desejada ou possível aplicação,

●● a variações construtivas,

●● a condições de operação ou ciclos de trabalho, incluindo suas variações (partida, parada,


variações de carga etc.),

●● a influências ambientais (temperatura, pressão, umidade, fonte de energia etc.),

●● aos parâmetros de materiais ou suas interdependências (metálico, não metálico, líquidos


carregáveis eletrostaticamente etc.),

●● a interdependências com componentes ou outras peças do equipamento,

●● a interdependências com pessoas (incluindo utilização indevida previsível),

●● se requerido, combinações de falhas (EPL Ma, Ga ou Da).

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Tabela A.2 – Exemplos de relatório de identificação de


riscos de ignição (Etapa 1) e da primeira avaliação (Etapa 2)

Etapa 1 Etapa 2

Avaliação da frequência de ocorrência


Análise dos riscos de ignição
sem a aplicação de uma medida adicional
a b a b c d e

Em operação normal

Durante mau funcio-

Durante mau funcio-


namento previsível
Nº. Descrição da
causa básica

Não relevante
namento raro
Fonte potencial
(quais condições Razões para a avaliação
de ignição
originam o risco
de ignição?)

Sem carga durante o


Partes de material funcionamento normal;
não metálico com material é uma parte
Descarga
1 uma resistência x externa do invólucro;
eletrostática
superficial superior carregamento pode ser
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a 1 GΩ feito por uma pessoa


(operador)

Características de construção (por exemplo, material não condutor, com uma resistência inferior
a 1 GΩ) podem ser assumidas, desde que estas não sejam alteradas, porque são necessárias
por outros motivos (ver Tabela A.2, coluna 1b). Tipos de proteção como Ex “d” (invólucros à prova
de explosão - ver ABNT NBR IEC 60079-1) não necessitam ser considerados nesta primeira etapa.
Caso contrário, pode ser considerado que essas medidas não são necessárias, ou que outras medidas
são mais eficazes ou podem reduzir custos. Para a análise de riscos de ignição, todas as fontes
de informação utilizáveis (discussões com especialistas de laboratórios de ensaios, universidades,
usuários, outros fabricantes etc.) e todos os exemplos acessíveis necessitam ser examinados.
No caso de equipamentos muito complexos, é recomendado que a análise de risco de ignição seja
complementada por um ou mais métodos sistemáticos, como FMEA ou análise da árvore de falhas.

A.4.2 Estimativa e avaliação preliminar de risco de ignição

Nesta etapa, os diferentes riscos de ignição são avaliados para determinar a frequência com a qual
uma fonte individual de ignição pode tornar-se ativa (ver Tabela A.2, Coluna 2). Desta forma, as fontes
de ignição são consideradas exatamente na forma em que são estabelecidas na Coluna 1, isto é,
sob a inclusão das características construtivas, que serão aplicadas em todos os casos. A partir
do resultado da estimativa preliminar dos riscos de ignição (ver Tabela A.2, Colunas de 2a a 2d),
fica claro verificar se são necessárias medidas adicionais na etapa 3, de forma a atender ao EPL pretendido.
Na Tabela B.2, Coluna 2e, as razões para os resultados da avaliação podem ser registradas, caso não
sejam autoexplicativas.

Os diferentes resultados da estimativa e as decisões nunca podem ser de aplicação geral, por exemplo,
para um grupo completo de produtos, como bombas, freios ou engrenagens. Como regra geral,
os resultados dependem de uma concepção especial do tipo ou mesmo da parte individual considerada
do equipamento. Desta forma, nesta etapa, em contraste com a etapa anterior 1 (análise de risco),
todos os critérios apresentados como exemplo (incluindo aqueles indicados nas normas) necessitam
ser tratados cuidadosamente e com extrema reserva. É recomendado que a estimativa tenha como

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base a última análise, sobre certa concepção, podendo diferir mesmo dentro das variantes de uma
concepção típica (tamanho, outra possibilidade de montagem etc.). Os riscos típicos de ignição,
que são mais acessíveis para consideração geral, normalmente são apresentados nas normas,
juntamente com os requisitos especiais de construção e de ensaios. Tais avaliações apresentadas
nas seções normativas das normas (por exemplo, requisitos eletrostáticos), relacionadas com a adequação
para um determinado EPL, podem ser adotadas sem análises especiais.

A.4.3 Determinação das medidas de proteção

Se a avaliação mostrar que a sua aplicação é necessária para atender ao EPL pretendido, medidas
preventivas ou de proteção adequadas são determinadas nessa etapa (ver Tabela A.3, Coluna 3).

É necessário definir estas medidas de modo que as possíveis fontes de ignição não possam tornar-se
ativas, ou a probabilidade de a fonte de ignição se tornar ativa seja suficientemente baixa.

É recomendado que estas medidas não sejam confundidas com os tipos de proteção, de acordo
com a ABNT NBR IEC 60079-0. O termo “medidas preventivas e de proteção” precisa ser entendido
em um sentido mais amplo, ou seja, como medidas com o objetivo de proteção contra explosões.

Portanto, o termo também abrange todas as medidas tomadas durante a colocação em serviço,
manutenção e reparo, operação, avisos de alertas, investigações experimentais que forneçam provas
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para evidências etc., que irão diminuir a probabilidade da fonte de ignição se tornar ativa.

Os tipos de proteção são apenas um subconjunto destas medidas.

Tabela A.3 – Exemplo de relatório da determinação de medidas preventivas


ou de proteção (etapa 3) e conclusão da estimativa e designação do EPL (etapa 4)

Etapa 3 Etapa 4
Medidas aplicadas para evitar Frequência da ocorrência incluindo todas
que a fonte de ignição se torne ativa as medidas
a b c a b c d e f
Durante mau funciona-

Durante mau funciona-

Documentação
Restrições necessárias
relação a este risco de

Referências: técnica:
EPL resultante em
Durante operação

(normas, regras (evidências,


Descrição técnicas, resultados incluindo as
mento previsto

Não aplicável

da medida experimentais características


mento raro

conhecidos da aplicáveis,
ignição
normal

literatura) indicadas na
Coluna 3 a)

Especificações
para os
Maior área materiais; Ma
ABNT NBR IEC
menor que 2 Listas de x Ga IIB
60079-0
500 mm2 componentes, Da
posição Z;
desenho Nº Y

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A Tabela A.3 inclui a descrição da medida (Coluna 3a), a referência que apresenta a capacidade
da medida em evitar ou reduzir o risco de ignição (Coluna 3b) e a relação para as especificações
necessárias ou evidências para inclusão na documentação técnica (Coluna 3c). A relação para
as especificações necessárias ou evidências necessitam ser apresentadas para cada medida, de forma
a atender aos requisitos da documentação técnica. Durante a compilação da documentação técnica,
atenção necessita ser dada aos seguintes aspectos:

●● especificações completas do fabricante (descrições técnicas, desenhos, listas de componentes,


resultados de cálculos etc.);

●● fornecimento de evidências necessárias sobre todos os resultados dos ensaios experimentais


e certificados;

●● reconhecimento e determinação das especificações necessárias para a fabricação (por exemplo,


tolerâncias ou especificações de ensaio para a garantia da qualidade) e operação segura
do equipamento (por exemplo, para instalação, manutenção e reparação).

A.4.4 Conclusão da estimativa dos riscos de ignição e da designação do nível de


proteção do equipamento

Nesta etapa, uma estimativa conclusiva de um risco individual de ignição (uma única linha da tabela
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de avaliação) é realizada, com relação à frequência da sua ocorrência e, considerando a informação


registrada nas etapas 1 e 2, bem como as medidas determinadas na etapa 3 (ver Tabela A.3, Colunas 4a
a 4d). Disto resulta diretamente a atribuição do nível de proteção do equipamento com relação
ao risco individual de ignição (ver Tabela A.3, Coluna 4e). Além disso, adicionalmente ao EPL determinado,
restrições à utilização desejada são frequentemente necessárias. Estas restrições podem se referir
à classe de temperatura ou à temperatura máxima da superfície, a um grupo específico de equipamento
(ver Tabela A.3, Coluna 4f) ou, possivelmente, a uma única substância em cuja atmosfera explosiva,
o equipamento pode ser utilizado ou não está autorizado a ser utilizado. Além disso, atenção necessita
ser dada às outras limitações da utilização desejada, decorrentes da temperatura ambiente, pressão
ambiente, fontes de alimentação etc.

A.4.5 Determinação do nível de proteção do equipamento

O EPL resultante é o menor nível de proteção do equipamento de todos os níveis designados


de proteção do equipamento, resumido a partir de todas as linhas na tabela de registro.

NOTA O mais alto EPL é Ma, Ga, ou Da, seguido por Mb, Gb ou Db, e, finalmente, Gc ou Dc.
Quando EPL individuais de Gb e Gc tiverem sido determinados, o EPL resultante pode ser Gc, pois este é o EPL
mais baixo de todos os EPL determinados neste caso específico.

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Anexo B
(Informativo)

Exemplos de avaliação dos riscos de ignição

B.1 Generalidades
O exemplo seguinte se destina a demonstrar o procedimento geral, com base em um equipamento
fictício. Medidas alternativas normalmente podem ser aplicadas. A Norma Europeia EN 1127-1 [9]
especifica 13 possíveis fontes de ignição que são apropriadas de serem consideradas. As fontes
de ignição mais importantes de equipamentos elétricos são descargas elétricas (centelha e descargas
eletrostáticas), superfícies quentes e faíscas mecânicas.

Destaca-se, expressamente, que uma avaliação de risco de ignição sempre depende do projeto
individual e da utilização específica pretendida de um equipamento. Desta forma, os seguintes
exemplos de avaliação de risco de ignição não são nem completos, nem diretamente aplicáveis aos
equipamentos reais, sem uma análise detalhada.
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B.2 Exemplos para casos comuns demonstrando o método de registro


Os exemplos na Tabela B.1 apresentam alguns casos comuns de partes típicas de equipamentos
elétricos para exemplificar a utilização do método de registro descrito no Anexo A. Os exemplos
necessitam ser lidos linha por linha e de forma independente.

Um nível de proteção de equipamento resultante não pode ser indicado neste caso, uma vez que
apenas o risco eletrostático foi avaliado.

Uma importância específica está associada às medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição
se torne ativa. Para fins de evidências, a identificação e a especificação das partes que causam riscos
de ignição e a descrição das medidas aplicadas fazem parte da documentação técnica essencial.

B.3 Exemplo de uma avaliação de risco de ignição para um motor linear


A Tabela B.2 apresenta um exemplo (incompleto) de como um fabricante pode registrar a avaliação
de risco de ignição para um motor linear. Este exemplo não é definitivo e medidas alternativas podem
ser aplicadas. O nível de proteção do equipamento do motor linear é o resultado indicado no fim
da tabela de avaliação. Assume-se que o motor linear esteja localizado em uma área que requer EPL Gb
e destina-se ao posicionamento ou transporte de um item ao longo de uma pista linear. O motor linear
e o dispositivo de transporte (por exemplo, um carrinho) podem necessitar de avaliações individuais
de risco de ignição, seguidas de uma avaliação adicional de risco de ignição para todo o conjunto.

As condições típicas a serem consideradas para o EPL Gc do motor linear são:

●● aquecimento durante a operação contínua com carga máxima à temperatura máxima de serviço,

●● faíscas mecânicas ou aquecimento mecânico devido ao atrito entre as partes móveis e estacionárias.

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Os requisitos para máquinas elétricas girantes com EPL Gc estão descritos nas
ABNT NBR IEC 60079-0 e na ABNT NBR IEC 60079-15 (“n”) [10]. Adicionalmente, as partes
da máquina, acessórios ou componentes necessitam ser protegidos de acordo com a
ABNT NBR IEC 60079-2 (“pz”) ou ABNT NBR IEC 60079-18 (“mc”) [11, 12]. Sempre que possível,
os requisitos para o motor linear necessitam ser desenvolvidos a partir dos requisitos existentes para
máquinas girantes. De forma diferente dos requisitos de máquinas elétricas girantes, a partida e parada
do motor linear têm que ser consideradas parte da operação normal.

As condições típicas a serem considerados para EPL Gb do motor linear, além do EPL Gc, são:

●● aquecimento durante mau funcionamento previsível, por exemplo, operação com sobrecarga
na temperatura máxima de serviço.

●● faíscas mecânicas ou aquecimento devido ao atrito entre as partes móveis e estacionárias,


causadas por maus funcionamentos previsíveis.

Os requisitos de máquinas elétricas girantes com EPL Gb estão descritos nas ABNT NBR IEC 60079-0
e ABNT NBR IEC 60079-7 [13]. Adicionalmente, as partes da máquina, acessórios
ou componentes necessitam ser protegidos de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-1 (Ex “d”),
ABNT NBR IEC 60079-2 (Ex “px”) ou ABNT NBR IEC 60079-18 (Ex “mb”). Os requisitos de um motor
linear devem, sempre que possível, estar de acordo com os requisitos aplicáveis destas normas.
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A partida e parada de máquinas elétricas girantes são geralmente incluídas devido aos requisitos
do EPL Gb.

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Tabela B.1 – Casos comuns demonstrando a utilização do método de registro – Descarga eletrostática

28
1 2 3 4
Avaliação da frequência de Frequência de ocorrência
Medidas aplicadas para evitar
Risco de ignição ocorrência sem a aplicação de uma
que a fonte de ignição se torne ativa Incluindo as medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Documentação

Descrição /causa Bases técnica
básica (citação de (evidência incluindo
Fonte potencial Razões para a
(quais condições Descrição da medida aplicada normas, regras as características
de ignição avaliação
originam que risco de técnicas, resultados aplicáveis
ignição?) experimentais) indicadas na

Durante operação
normal
Durante mau
funcionamento
previsível
Durante mau
funcionamento raro
Não aplicável
Durante operação
normal
Durante mau
funcionamento
previsível
Durante mau
funcionamento raro
Não aplicável
EPL resultante em
relação a este risco
de ignição
Restrições
necessárias

Coluna 1)
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Avaliação é
apresentada
Partes de material por uma norma Especificações do
Limitando a resistência de material;
não metálico com (harmonizada);
superfície; Ma
Descarga uma resistência Mecanismos Lista de
1 X Verificação da resistência ABNT NBR IEC 60079-0 X Ga
eletrostática de superfície não de geração componentes,
de superfície dos materiais Da
superior de carga posição: ...
a 1 GΩ individuais utilizados
com elevada Relatório de ensaio
eficiência podem
ser excluídos

Sem carga
durante a
operação Especificações do
Partes de material normal;
não metálico com material;
Descarga uma resistência Material é uma Lista de
2 X parte externa Maior área menor que 25 mm2 ABNT NBR IEC 60079-0 X Ga IIB
eletrostática de superfície não componentes,
superior do invólucro; posição: ...
a 1 GΩ carregamento
pode ser feito Desenho Nº ...
por uma pessoa
(operador)

Exemplos de
processos onde Condições
a carga pode dar especiais para
Limitação da utilização
origem à quantidade utilização segura
Regra da desejada: somente líquidos
Descarga significativa de Futura (X); especificação
3 X tecnologia com uma alta condutividade X Ga Sima
eletrostática carga eletrostática: EC/TR 60079-32-2 [14] do líquido no
reconhecida (> 1 000 pS/m) podem ser
enchimento e manual do usuário,
utilizados
esvaziamento de Capítulo ...,
tanque, transferência Seção ...
de líquido, agitação

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Tabela B.1 (continuação)

1 2 3 4
Avaliação da frequência de Frequência de ocorrência
Medidas aplicadas para evitar
Risco de ignição ocorrência sem a aplicação de uma
que a fonte de ignição se torne ativa Incluindo as medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Documentação

Descrição /causa Bases técnica
básica (citação de (evidência incluindo
Fonte potencial Razões para a
(quais condições Descrição da medida aplicada normas, regras as características
de ignição avaliação
originam que risco de técnicas, resultados aplicáveis
ignição?) experimentais) indicadas na

Durante operação
normal
Durante mau
funcionamento
previsível
Durante mau
funcionamento raro
Não aplicável
Durante operação
normal
Durante mau
funcionamento
previsível
Durante mau
funcionamento raro
Não aplicável
EPL resultante em
relação a este risco
de ignição
Restrições
necessárias

Coluna 1)
Critérios de condutividade
e condições de utilização
Velocidade para as correias: limitação da
Regra da Manual do usuário,
Descarga circunferencial de velocidade máxima, devido ao
4 X tecnologia Futuro IEC/TR 60079-32 Capítulo ..., X Gb IIB
eletrostática uma unidade de tipo de construção da unidade,
reconhecida Seção ...
tração por exemplo, exclusão de

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conversores de frequência
para evitar sobrevelocidade
Nível de proteção de equipamento resultante, incluindo todos os riscos de ignição existentes: b b
a Limitação da utilização desejada necessária.
b Um nível de proteção equipamento resultante não pode ser indicado neste caso.
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29
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Tabela B.2 – Registro de avaliação de risco para um motor linear com ímãs permanentes em uma mesa linear, EPL Gb,

30
em complemento aos requisitos básicos da ABNT NBR IEC 60079-0 (por exemplo, características do material, eletrostática e aterramento)

1 2 3 4
Avaliação da frequência de Frequência de ocorrência
Medidas aplicadas para evitar
Risco de ignição ocorrência sem a aplicação de uma
que a fonte de ignição se torne ativa Incluindo as medidas aplicadas
medida adicional
a b a b c d e a b c a b c d e f

Nº Bases
Descrição/ causa
(citação de Documentação técnica
básica
Fonte de ignição Razões para a Descrição da medida normas, regras (evidência incluindo
potencial (quais condições avaliação aplicada técnicas, características aplicáveis
originam qual risco
resultados indicadas na Coluna 1)
ABNT NBR IEC 60079-33:2015

de ignição?)
experimentais)

Durante operação normal


Durante maus
funcionamentos previsíveis
Durante mau
funcionamento raro
Não aplicável
Durante operação normal
Durante maus
funcionamentos previsível
Durante funcionamento
raro
Não aplicável
EPL resultante em relação
a este risco de ignição
Restrições necessárias

ABNT NBR
Aumento da IEC 60079-0 Relatório de ensaio Nº...
Aquecimento Limitação da corrente do
temperatura do ABNT NBR sobre o ensaio de tipo térmico,
1 Superfície quente do sistema de X dispositivo de proteção de X Gb T3
enrolamento devido IEC 60079-7 relatório de ensaio sobre
enrolamento “falha segura”
à sobrecarga IEC 61508 capacidade SIL
(EN 50495)
ABNT NBR
Aumento da Limitação da temperatura IEC 60079-0 Relatório de ensaio Nº...
Aquecimento
temperatura do por sensores incorporados ABNT NBR sobre o ensaio de tipo térmico,
2 Superfície quente do sistema de X X Gb T3
enrolamento devido em conjunto com dispositivo IEC 60079-7 relatório de ensaio sobre
enrolamento
à sobrecarga de proteção “falha segura” IEC 61508 capacidade SIL
(EN 50495)
Relatório de ensaio Nº...
Determinação da sobre o ensaio de tipo
Perdas por fricção ABNT NBR
Aquecimento dos temperatura, projeto do térmico, cálculos, desenhos,
3 Superfície quente X durante a operação IEC 60079-0 X Gb T4
rolamentos mancal de acordo com a orientações no manual de
normal (EN 13463-1)
ISO 281 [15] operação sobre a manutenção
e a durabilidade
Distância mínima do
entreferro (medida Descrição do motor linear,
ABNT NBR
Atrito entre as construtiva devido ao incluindo a utilização
Faíscas Movimento de IEC 60079-0
4 partes móveis e X mancal), grau IP, precaução desejada. X Gb -
mecânicas carregamento ABNT NBR
estacionárias adicional para assegurar
IEC 60079-7 Relatório Nº...
que nenhuma parte possa
cair sobre a mesa (proteção)
Carrinho opera Dispositivo de posicionamento
ABNT NBR
em sua posição com o tipo de proteção “ib”
IEC 60079-0
final. Um mau Material não centelhante nas independente separado e
Faíscas Ponto de parada ABNT NBR T4
5 X funcionamento superfícies de contato, em confiabilidade (SIL 1) X Gb
mecânicas do carrinho IEC 60079-11 IIC
do dispositivo de conjunto com um polimento
IEC 61508 Descrição do motor linear.
posicionamento não
(EN 50495) Relatório Nº...
pode ser excluído

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Tabela B.2 (continuação)


1 2 3 4
Avaliação da frequência de Frequência de ocorrência
Medidas aplicadas para evitar
Risco de ignição ocorrência sem a aplicação de uma
que a fonte de ignição se torne ativa Incluindo as medidas aplicadas
medida adicional
a b a b c d e a b c a b c d e f

Nº Bases
Descrição/ causa
(citação de Documentação técnica
básica
Fonte de ignição Razões para a Descrição da medida normas, regras (evidência incluindo
potencial (quais condições avaliação aplicada técnicas, características aplicáveis
originam qual risco
resultados indicadas na Coluna 1)
de ignição?)
experimentais)

Durante operação normal


Durante maus
funcionamentos previsíveis
Durante mau
funcionamento raro
Não aplicável
Durante operação normal
Durante maus
funcionamentos previsível
Durante funcionamento
raro
Não aplicável
EPL resultante em relação
a este risco de ignição
Restrições necessárias

Duto de cabo com cabo


Cabos se movem flexível ABNT NBR
Fios partidos Descrição do motor linear.
6 Centelhas elétricas X em conjunto com o Condutores com IEC 60079-0 X Gb -
(cabos) Relatório Nº...
carrinho encordoamento fino IEC 60228 [16]

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Cabos do tipo Festoon

Duto móvel de Atritos de partes Área máxima de superfície ABNT NBR Relatório Nº... sobre a
7 Eletrostática X X Gb IIB
cabo plásticas < 100 cm2 IEC 60079-0 resistência de superfície

IIB
Nível de proteção de equipamento resultante, incluindo todos os riscos de ignição existentes: Gb
T3
ABNT NBR IEC 60079-33:2015

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Bibliografia

[1]  ABNT NBR IEC 60079-26, Atmosferas explosivas – Parte 26: Equipamentos com nível de proteção
de equipamento (EPL) Ga

[2]  EN 50495, Safety devices required for the safe functioning of equipment with respect to explosion
risks

[3]  ABNT NBR IEC 60079-1, Atmosferas explosivas – Part 1: Proteção de equipamento por invólucro
à prova de explosão “d”

[4]  ABNT NBR IEC 60079-11, Atmosferas explosivas – Parte 11: Proteção de equipamento por
segurança intrínseca “i”

[5]  EN 13463-1:2009, Non-electrical equipment for potentially explosive atmospheres – Part 1: Basic
method and requirements

[6]  EN 15268, Petrol filling stations – Safety requirements for the construction of submersible pump
assemblies
Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC - LINK - 07.272.636/0001-31

[7]  UL 79, Power-operated pumps for petroleum dispensing products

[8]  IEC 60079-29-3, Explosive atmospheres – Part 29-3: Gas detectors – Guidance on functional
safety of fixed gas detection systems1

[9]  EN 1127-1, Explosive atmospheres – Explosion prevention – Part 1: Basic concepts and
methodology

[10]  ABNT NBR IEC 60079-15, Atmosferas explosivas – Parte 15: Proteção de equipamento por tipo
de proteção “n”

[11]  ABNT NBR IEC 60079-2, Atmosferas explosivas – Parte 2: Proteção de equipamento por invólucro
pressurizado “p”

[12]  ABNT NBR IEC 60079-18, Atmosferas explosivas – Parte 18: Proteção de equipamento por
encapsulamento “m”

[13]  ABNT NBR IEC 60079-7, Atmosferas explosivas – Parte 7: Proteção de equipamento por segu-
rança aumentada “e”

[14]  IEC/TR 60079-32-2, Explosive atmospheres – Part 32-2: Electrostatics hazards – Tests2

[15]  ISO 281, Rolling bearings – Dynamic load ratings and rating life

[16]  IEC 60228, Conductors of insulated cables

1 Em elaboração.
2 Sob consideração.

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Referências não citadas

[17]  ABNT NBR IEC 60079-10-1, Atmosferas explosivas – Parte 10-1 – Classificação de áreas –
Atmosferas explosivas de gás

[18]  ABNT NBR IEC 60079-10-2, Atmosferas explosivas – Parte 10-2 – Classificação de áreas –
Atmosferas de poeiras combustíveis

[19]  ABNT NBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem
de instalações elétricas

[20]  IEC 60300 (all parts), Dependability management

[21]  ISO/IEC 31010, Risk management – Risk assessment techniques

[22]  ISO/IEC 80079 (all parts), Explosive atmospheres

[23]  EN 13463-6, Non-electrical equipment for use in potentially explosive atmospheres –


Part 6: Protection by control of ignition source “b”

[24]  EN 15198, Methodology for the risk assessment of non-electrical equipment and components for
Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC - LINK - 07.272.636/0001-31

intended use in potentially explosive atmospheres

[25]  EN 50050:2001, Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres – Electrostatic hand-
held spraying equipment

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