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Nı́vel 2
Sequências
Problema 2. Seja a0 = 0. Para n ≥ 0, defina an+1 recursivamente por an+1 = 2an + 2n . Encontre
uma fórmula fechada para an .
Problema 4. Calcule:
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1+ 32
+ 52
+ 72
+ ··· + 9972
+ 999 2 − 10022 − 10042 − 10062 − ··· − 19982
− 20002
.
1 + 212 + 312 + 412 + · · · + 999
1 1
2 + 10002
Problema 5. (Albânia 2011) A sequência (an )n∈N é definida por a1 = 1 e an = n(a1 + a2 + · · · + an−1 )
∀n > 1. Prove que:
a) Se n é par, n! divide an .
p
2n + 1 + n(n + 1)
Problema 6. (Helênica Júnior 2005 adaptado) Seja f (n) = √ √ para cada inteiro
n+1+ n
positivo n. Calcule:
2
b) Qual a soma dos números que aparecem na linha 21?
Problema
10. (Grécia 2013) Seja (an )n∈N uma sequência de números reais com a1 = 2 e
n+1
an = n−1 (a1 + a2 + ... + an−1 ) ∀n ≥ 2. Encontre o termo a2013 .
Problema 11. Mostre que não existe uma sequência infinita de números reais x1 , x2 , . . . tais que,
para todo n ≥ 1, r
1
xn+2 = xn+1 − xn .
2
Problema 13. (Croácia 2005 adaptado) A sequência (an )n∈N é definida por an = a1 a2 ...an−1 + 1
para n ≥ 2 e a1 = 1. Mostre que, para todo m inteiro positivo,
m
X 1
< 2.
an
n=1
Problema 15. (OMERJ 2018) Seja (an )n∈N uma sequência de números inteiros com a1 = 1 e, para
todo n ≥ 1, (
a2n = an + 1
a2n+1 = 10an .
Quantas vezes o número 111 aparece nesta sequência?
3
√
Problema 16. (Japão 1994) Para cada inteiro positivo n, seja an o inteiro mais próximo de n, e
seja bn = n + an . Determine a sequência crescente (cn ) de inteiros positivos que não aparecem na
sequência (bn )n∈N .
Problema 20. Seja (an )n∈N uma sequência definida recursivamente por a1 = 1 e an = n(an−1 + 1)
para n ≥ 2. Defina
1 1 1
Pn = 1 + 1+ ··· 1 + .
a1 a2 an
Pn
Encontre .
an+1
Problema 21. (São Petersburgo 2009) Seja (xn )n∈N uma sequência infinita de números reais tais que
xn+2 = |xn+1 | − xn .
4
Problema 25. (Centro-americana 2016) Dizemos que um número racional é irie quando ele pode ser
1
escrito na forma 1 + para algum inteiro positivo k. Prove que todo inteiro n ≥ 2 pode ser escrito
k
como o produto de r números irie distintos para cada inteiro r ≥ n − 1.
Problema 26. (Norte da China 2019-parcial) Para cada inteiro positivo n, defina f (n) como o menor
inteiro positivo que não divide n. Considere a sequência (an )n∈N definida por
a1 = a2 = 1 e an = af (n) + 1 ∀n ≥ 3.
Por exemplo, a3 = a2 + 1 = 2, a4 = a3 + 1 = 3.
Prove que existe um inteiro positivo C tal que am ≤ C para todo inteiro positivo m.
Problema 27. (Itália 2011) Uma sequência de inteiros positivos a1 , a2 , . . . , an é chamada de escada
de comprimento n quando ela consiste de n inteiros consecutivos em ordem crescente.
a) Prove que para cada inteiro positivo n existem duas escadas de comprimento n sem elementos
em comum, a1 , a2 , . . . , an e b1 , b2 , . . . , bn , tais que, para todo i = 1, . . . , n, o maior divisor
comum entre ai e bi é igual a 1.
b) Prove que para cada inteiro positivo n existem duas escadas de comprimento n sem elementos
em comum, a1 , a2 , . . . , an e b1 , b2 , . . . , bn , tais que, para todo i = 1, . . . , n, o maior divisor
comum entre ai e bi é maior que 1.
Problema 29. (Norte da China 2019) Seja n um número inteiro positivo dado e a1 , a2 , . . . , an ,
an+1 , an+2 números reais tais que an+1 = a1 e an+2 = a2 . Para cada i = 1, 2, . . . , n vale que
a2i + ai
ai 6= −1 e ai+2 = .
ai+1 + 1
Prove que a1 = a2 = · · · = an .
Problema 30. (Rússia 2008) As sequências (an )n∈N e (bn )n∈N são definidas por a1 = 1, b1 = 2 e
1 + an + an bn 1 + bn + an bn
an+1 = , bn+1 = .
bn an
Mostre que a2008 < 5.
Problema 31. Os números da sequência a0 , a1 , a2 , . . . são todos reais positivos e tais que, para todo
n ≥ 0,
n
X 1
= an+1 .
a2 + ak ak+1 + a2k+1
k=0 k
Se a8 = 2, qual o valor de a16 ?
5
Soluções
1. A sequência é 1998 → 9981 − 1899 = 8082 → 8820 − 0288 = 8532 → 8532 − 2358 = 6174 →
7641 − 1467 = 6174. Note que, depois de 6174, todos os termos serão iguais a 6174, pois este é um
ponto fixo da operação. Logo a resposta é 6174. Na verdade, começando com qualquer número de
4 dı́gitos, obtemos este número, 6174, após executarmos um número finito de vezes a operação de
Kaprekar.
an+1 an an+1 an
2. Segue que = n−1 + 1 =⇒ − n−1 = 1. Somando todas as relações vem que
2n 2 2n 2
an+1 an an an−1 a
1 a0
− + − + · · · + − = 1 + 1 + · · · + 1 = n + 1,
2n 2n−1 2n−1 2n−2 20 2−1
an+1 a0 an+1
donde n
− −1 = n = n + 1. Segue que an+1 = (n + 1) · 2n e an = n · 2n−1 .
2 2 2
4. Note que
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1+
2
+ 2 + 2 + ··· + 2
+ 2
− 2
− 2
− 2
− ··· − 2
− 2
=
3 5 7 997 999 1002 1004 1006 1998 2000
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 + 2 + ··· + + + 2 + ··· + + − + 2 + ··· + + − ··· − =
3 9992 22 4 9982 10002 22 4 9982 10002 10022 20002
1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 + 2 + 2 + ··· + + − 2 1 + 2 + 2 + ··· + + =
2 3 9992 10002 2 2 3 9992 10002
3 1 1 1 1
1 + 2 + 2 + ··· + + .
4 2 3 9992 10002
3
Logo a resposta é .
4
Como s1 = 1, obtemos
sn sn−1 s2 (n + 1)!
sn = ··· = (n + 1) · n · · · · · 3 = .
sn−1 sn−2 s1 2
(n + 1)! − n! (n + 1) − 1 n
Logo, para n > 1, an = sn − sn−1 = = n! = n! .
2 2 2
Segue que n! | an ⇐⇒ n é par ou 1. Isto conclui os dois itens.
√
3+√2
√ √ √ √ √ √ √
6. a) f (1) = 1+ 2
= 2 2 − 1; f (1) + f (2) = 2 2 − 1 + √5+ √6 = 2 2 − 1 + 3 3 − 2 2 = 3 3 − 1.
2+ 3
6
b) Note que
p √ √
2n + 1 + n(n + 1) n+1− n
f (n) = √ √ · √ √ =
n+1+ n n+1− n
√ √ √ √ √ √
(2n + 1)( n + 1 − n) − n n + 1 − (n + 1) n = (n + 1) n + 1 − n n.
√
A soma de todos os f (n) é telescópica e obtemos A = 401 401 − 1.
an an+1 an bn
an+2 = an+1 bn+1 = an bn = a2n e bn+2 = = an = b2n .
bn bn+1 bn
k k 4
Obtemos assim que an+2k = (an )2 e bn+2k = (bn )2 . Logo, na décima linha, o número é (a2 )2 =
4 10 10 10
(b2 )2 = 216 = 65536. Por outro lado, a21 = a1+2·10 = a21 = 22 e b21 = b1+2·10 = b21 = 1, logo a
10
soma da letra b) é 22 + 1.
8. Para n ≥ 2 tal que xn 6= 0, vale que, pela regra de definição, xn+1 xn = xn xn−1 − 1. Considerando
então, para todo n ≥ 1, yn = xn xn+1 , descobrimos que yn+1 = yn − 1. Assim, a sequência yn é
y1 = x1 x2 = ab, y2 = ab − 1, . . . , yab+1 = 0,
caindo de 1 em 1 até se anular. Como yab+1 = xab+1 xab+2 = 0 mas yn = xn+1 xn 6= 0 para todo n ≤ ab,
temos xn 6= 0 para todo n ≤ ab + 1 e então xab+2 = 0. Ou seja, Arnaldo escreve ab + 2 números no
quadro.
an + a2 = nb − (n − 2)a = 2a1 = 2a ⇐⇒ nb = na ⇐⇒ a = b.
Pela fórmula para an que obtivemos anteriormente, segue que todos são iguais.
n+1 sn 2n
10. Escrevemos sn = a1 + a2 + · · · + an . Segue que sn − sn−1 = n−1 sn−1 ⇐⇒ sn−1 = n−1 . Como
s1 = 2, obtemos
sn sn sn−1 s2 2n 2(X
nX−X
1) 2(X
nX−X
2) 2 · 2A
= · · ··· · =X · X · X · ··· · = 2n−1 n.
2 sn−1 sn−2 s1 nX−X1 nX−X2 nX−X3 1
7
11. Para que a raiz quadrada faça sentido, é necessário que 21 xn+1 > xn , ou seja, xn+1 > 2xn > 0
para todo n ≥ 1. Segue por indução que xn+1 > 2n x1 para todo n ≥ 1.
Por outro lado, x2n+2 = 21 xn+1 − xn =⇒ xn+1 > 2x2n+2 para todo n ≥ 1. Trocando o n + 1 por n
nesta relação e juntando com a anterior vem que xn > 2x2n+1 > 2(4x2n ) =⇒ xn < 18 , para todo n ≥ 2.
Contudo, xn+1 > 2n x1 , e independentemente do valor de x1 , existe n tal que 2n x1 > 81 . Logo a
sequência não pode ser infinita.
1 8
14. Multiplicando por 1 − 32
= 9 obtemos
1 1 1 1 1
1− 2 · 1+ 2 · 1+ · 1 + 23 · · · · · 1 + 22020 =
3 3 322 3 3
" 2 #
1 1 1 1
1− · 1+ · 1 + 23 · · · · · 1 + 22020 =
32 322 3 3
1 1 1 1
1 − 22 · 1 + · 1 + 23 · · · · · 1 + 22020 =
3 322 3 3
" #
1 2
1 1 1
1− · 1+ · 1 + 24 · · · · · 1 + 22020 −
322 323 3 3
1 1 1 1
1 − 23 · 1 + · 1 + 24 · · · · · 1 + 22020 =
3 323 3 3
..
.
1 1 1
1 − 22020 · 1 + 22020 = 1 − 22021 .
3 3 3
9 1
Logo o produtório inicial é igual a 1 − 22021 .
8 3
8
15. Considere as duas operações no valor do ı́ndice: O1 (n) = 2n e O2 (n) = 2n + 1. Afirmamos que,
partindo de um mesmo valor n ≥ 1, duas sequências de operações resultam no mesmo ı́ndice somente
se elas forem idênticas. A prova é por indução no tamanho da menor sequência de operações.
(i) Caso base: Se uma das operações é realizada apenas uma vez, o ı́ndice resultante é 2n ou
2n + 1. Se na outra sequência executamos mais de uma operação o resultado final é ao menos 4n, que
é maior que 2n + 1, pois n ≥ 1. Logo para que valha a igualdade é necessário que a outra sequência
de operações envolva apenas uma operação e esta tem que ser idêntica a original.
(ii) Passo indutivo: Se a última operação realizada para cada uma das sequências não for a mesma,
uma das duas resulta num número ı́mpar e a outra num número par, logo o ı́ndice resultante seria dife-
rente. Segue que ambas tem que terminar com a mesma operação. Invertendo-as, obtemos sequências
com exatamente uma operação a menos resultando no mesmo ı́ndice. Pela hipótese de indução, elas
tem que ser idênticas. Isto conclui a prova.
Voltando ao problema, iremos usar estas operações para, partindo de 1, construir ı́ndices n tais que
an = 111. Note que executar a operação O1 aumentá o valor de an em 1 e a operação O2 o multiplica
por 10. Dessa maneira, podemos executar a operação O2 no máximo duas vezes, pois caso contrário
o número an obtido seria ao menos 1 · 103 = 1000. Temos então os seguintes casos:
1. O2 nunca é realizada. Segue que aO1110 (1) = 1 + 110 = 111, onde o ı́ndice indica que aplicamos a
operação O1 110 vezes.
2. O2 é aplicada uma vez. Ela não pode aparecer depois de 11 operações do tipo O1 , pois nesse
caso o número final seria ao menos (1 + 1 + · · · + 1) · 10 = 120. Podemos assim construir ı́ndices
| {z }
12 vezes
n tais que an = 111 aplicando a operação O1 i vezes, com i = 0, 1, . . . , 10, aplicar O2 e depois
aplicar O1 novamente o número de vezes que for necessário. Temos então 11 ı́ndices deste tipo.
3. Por fim, O2 é aplicada duas vezes. Neste caso, é fácil verificar que n1 = O1 (O2 (O1 (O2 (1)))) e
n2 = O1 (· · · (O1 ((O2 (O2 (1)) · · · ) são os únicos ı́ndices tais que an = 111.
| {z }
11vezes
16. A observação crucial aqui é que an é uma sequência que fica muito tempo parada, e quando
aumenta, aumenta no máximo em 1. Vamos encontrar esse momento em que ela salta.
Seja n um inteiro positivo e m um inteiro tal que n2 ≤ m ≤ (n + 1)2 − 1 = n2 + 2n. Neste caso
√ √ √
n ≤ m < (n + 1). Porém, am = n quando m < n + 12 e am = n + 1 quando m > n + 12 (note que
nunca pode ser igual a n + 21 !!!).
√
Observe que m < n + 1/2 ⇐⇒ m < n2 + n + 1/4, e, como m é inteiro, segue que am = n para
todos os valores de m entre n e n2 + n inclusive e am = n + 1 para todos os valores entre n2 + n + 1
e n2 + 2n = (n + 12 ) − 1 inclusive. Como consequência, entre n2 e (n + 1)2 − 1 inclusive, bn toma os
valores1
percorrendo todos os valores entre n2 +n+1 e n2 +3n+2 inclusive, excluindo-se n2 +2n+1 = (n+1)2 .
Segue, por indução ou particionando os inteiros positivos em intervalos do tipo [n2 , (n + 1)2 − 1],
que apenas os quadrados perfeitos não aparecem na sequência, ou seja, cn = n2 .
1
o importante aqui é notar que bm+1 − bm é sempre 1, exceto quando m = n2 + n, neste caso sendo igual a 2.
9
17. Escrevemos os primeiros termos da sequência:
a1 = 1, a2 = 4, a3 = 2, a4 = 5, a5 = 3, a6 = 6, a7 = 9, . . .
2020
X i
18. Seja S = . Segue que
2i
i=1
donde
1
0 2020 1 − 22020 22021 − 2 − 2020 22021 − 2022
2S = S + − + = S + =⇒ S = .
20 22020 1 − 12 22020 22020
an+1
20. Da regra, obtemos an + 1 = n+1 para todo n ≥ 1. Usando o fato que a1 = 1, temos
a1 + 1 a2 + 1 an + 1 a2 a3 an an+1 an+1 an+1
Pn = · ··· = · ··· · = = .
a1 a2 an 2a1 3a2 nan−1 (n + 1)an 2 · 3 · · · (n + 1)a1 (n + 1)!
Pn 1
Logo = .
an+1 (n + 1)!
10
21. Começamos mostrando que a sequência não pode ser, a partir de certo ponto, para sempre positiva.
Se xn , xn+1 e xn+2 são todos positivos, segue que xn+2 = xn+1 − xn e daı́ xn+3 = xn+1 − xn − xn+1 =
−xn é negativo.
Mostremos que existem sempre dois termos consecutivos que são não-positivos. Suponha que não
existem tais termos. Pela afirmação anterior existiria n tal que xn−1 é positivo, xn é não-positivo e
xn+1 é positivo. Logo xn+1 = −xn − xn−1 < −xn , donde xn+1 + xn < 0. Segue que xn+2 = xn+1 − xn é
positivo, donde xn+3 = xn+2 − xn+1 = −xn é não-negativo, xn+4 = xn+3 − xn+2 = −xn+1 é negativo,
e por fim xn+5 = −xn+4 − xn−3 = xn+1 + xn < 0 é negativo, contradição.
Sendo então xn = a e xn+1 = b dois termos não-positivos consecutivos da sequência, podemos
verificar que os próximos termos da sequencia tomam os seguintes valores:
23. Começamos fatorando 4k 4 +1 = 4k 4 +4k 2 +1−4k 2 = (2k 2 +1)2 −4k 2 = (2k 2 −2k+1)(2k 2 +2k+1).
Segue que
1 1 4k 4k
− 2 = = 4 .
2k 2 − 2k + 1 2k + 2k + 1 2 2
(2k − 2k + 1)(2k + 2k + 1) 4k + 1
24. Começamos mostrando que, para algum n muito grande, an ≤ 4. Suponha por absurdo que exista
N tal que an > 4 para todo n ≥ N . Observe que an = an+1 =⇒ an+2 = 4. Logo podemos assumir
que an 6= an+1 para todo n ≥ N .
Como a < b =⇒ bac ≤ bbc, segue que
2an+1 2an 2an+1 2an 2an+1 2an an + an+1
an+2 = + ≤ + ≤ + ≤
an an+1 4 4 4 4 2
11
e, como an 6= an+1 , an+2 < max(an , an+1 ).
Da mesma forma, an+3 < max(an+1 , an+2 ), an+4 < max(an+2 , an+3 ) e an+5 < max(an+4 , an+3 ),
donde max(an+4 , an+5 ) < max(an , an+1 ). Logo, como os números ai são inteiros, a sequência bk =
max(aN +4k , aN +4k+1 ) sempre diminui ao menos 1, e em algum momento tem que ser menor ou igual
a 4, absurdo.
Por fim, pela desigualdades das médias e pelo fato que bxc + byc ≥ bx + yc − 1,
2an+1 2an 2an+1 2an
an+2 = + ≥ + − 1 ≥ 4 − 1 = 3.
an an+1 an an+1
Dessa forma, an ≥ 3 sempre que n ≥ 2. Juntando com o fato anterior, obtemos o resultado.
26. Fixe algum valor de n ≥ 3. Seja f (n) = pα1 1 · pα2 2 · · · · · pαk k a fatoração em primos de f (n). Se
k > 1, algum dos números pαi i , i = 1, 2, . . . , k, não pode dividir n, pois se todos o dividissem, então
f (n) = pα1 1 · pα2 2 · · · · · pαk k também o dividiria, contrariando a definição de f (n). Em contrapartida,
para qualquer i = 1, 2, . . . , k vale que pαi i < pα1 1 · pα2 2 · · · · · pαk k = f (n), e tomando pαi i - n entrarı́amos
em contradição com a minimalidade de f (n). Logo k tem que ser igual a 1 e f (n) é sempre um número
da forma pα , onde p é primo.
Por outro lado, f (pα ) é igual a 2 se p for primo ı́mpar e igual a 3 se p for igual a 2 e α > 1. Segue
que, quando n ≥ 3,
af (n) + 1 = a2 + 1 = 2, quando
( f (n) = 2, ou seja, n é ı́mpar.
an = a2 + 2 = 3, quando f (n) = pα com p primo ı́mpar.
a f (n) + 1 = a f (f (n)) + 2 =
a3 + 2 = 4, quando f (n) = pα com p = 2 primo e α > 1.
27. A ideia deste exercı́cio é usar que n! é múltiplo de todos os números de 1 até n
a) Tome ai = i e bi = n! + i + 1 para i = 1, . . . , n. Note que para cada i existe k inteiro tal que
bi = k · ai + 1, logo mdc(ai , bi ) = mdc(ai , bi − k · ai ) = 1.
12
28. Observe que, para x > 0,
x x+1
< ⇐⇒ x2 + 4x < x2 + 4x + 3.
x+3 x+4
29. Multiplicando, obtemos ai+1 ai+2 + ai+2 = a2i + ai , para todo i = 1, 2, . . . , n. Somando todas as
equações, obtemos
X n Xn
(ai+1 ai+2 + ai+2 ) = (a2i + ai )
i=1 i=1
Xn Xn
Porém, usando o fato que an+1 = a1 e an+2 = a2 , a soma ai+2 é igual a ai e
i=1 i=1
n n n
!
X 1 X X
a2i = a2i+1 + a2i+2 . Dessa forma, a equação original se torna
2
i=1 i=1 i=1
n n n
1X 1X 2 1X
2ai+1 ai+2 = (ai+1 + a2i+2 ) ⇐⇒ (ai+1 − ai+2 )2 = 0.
2 2 2
i=1 i=1 i=1
30. O importante aqui é manipular as equações de forma esperta. Somando 1 dos dois lados na
equações, ficamos com
(1 + an )(1 + bn ) (1 + bn )(1 + an )
1 + an+1 = , 1 + bn+1 =
bn an
e consequentemente,
1 1 bn an 1 1
− = − = − .
1 + an+1 1 + bn+1 (1 + an )(1 + bn ) (1 + bn )(1 + an ) 1 + an 1 + bn
por causa das condições inciais a1 = 1 e b1 = 2. Mas como bn e an são sempre positivos (por indução),
isto implica que
1 1 1 1
= + > =⇒ a2008 + 1 < 6 =⇒ a2008 < 5.
a2008 + 1 6 b2008 + 1 6
13
31. Observe que a sequência dos an é crescente. Por outro lado,
n n
X 1 X ak+1 − ak
an+1 = = ,
a2k + ak ak+1 + a2k+1 a3k+1 − a3k
k=0 k=0
an+1 − an
donde, para todo n ≥ 1, an+1 − an = . Como a sequência é crescente, an+1 − an 6= 0, e
a3n+1 − a3n
então a3n+1 − a3n = 1 para todo n ≥ 1. Segue que
14