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Estes números foram suficientes para a sociedade du-

rante algum tempo. Com o passar dos anos, e o aumento


das "trocas" de mercadorias entre os homens, foi necessá-
rio criar uma representação numérica para as dívidas.
Com isso inventou-se os chamados "números negati-
vos", e junto com estes números, um novo conjunto: o
conjunto dos números inteiros, representado pela letra .
Números relativos inteiros e fracionários, operações
e propriedades. O conjunto dos números inteiros é formado por todos
Múltiplos e divisores, máximo divisor comum e míni- os números NATURAIS mais todos os seus representantes
mo múltiplo comum. negativos.
Números reais. Note que este conjunto não possui início nem fim (ao
Expressões numéricas. contrário dos naturais, que possui um início e não possui
Equações e sistemas de equações de 1.o grau. fim).
Sistemas de medida de tempo.
Assim como no conjunto dos naturais, podemos repre-
Sistema métrico decimal. sentar todos os inteiros sem o ZERO com a mesma nota-
Números e grandezas diretamente e inversamente ção usada para os NATURAIS.
proporcionais.
Regra de três simples. Z* = {..., -2, -1, 1, 2, ...}
Porcentagem. Em algumas situações, teremos a necessidade de re-
Taxas de juros simples e compostas, capital, montan- presentar o conjunto dos números inteiros que NÃO SÃO
te e desconto. NEGATIVOS.
Princípios de geometria: perímetro, área e volume. Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do símbolo do
conjunto (vale a pena lembrar que esta simbologia repre-
NÚMEROS RELATIVOS INTEIROS E FRACIONÁ- senta os números NÃO NEGATIVOS, e não os números
RIOS, OPERAÇÕES E PROPRIEDADES. POSITIVOS, como muita gente diz). Veja o exemplo abai-
xo:

Conjuntos numéricos podem ser representados de di- Z+ = {0,1, 2, 3, 4, 5, ...}


versas formas. A forma mais simples é dar um nome ao Obs.1: Note que agora sim este conjunto possui um iní-
conjunto e expor todos os seus elementos, um ao lado do cio. E você pode estar pensando "mas o zero não é positi-
outro, entre os sinais de chaves. Veja o exemplo abaixo: vo". O zero não é positivo nem negativo, zero é NULO.
A = {51, 27, -3} Ele está contido neste conjunto, pois a simbologia do
Esse conjunto se chama "A" e possui três termos, que sinalzinho positivo representa todos os números NÃO NE-
estão listados entre chaves. GATIVOS, e o zero se enquadra nisto.

Os nomes dos conjuntos são sempre letras maiúsculas. Se quisermos representar somente os positivos (ou se-
Quando criamos um conjunto, podemos utilizar qualquer ja, os não negativos sem o zero), escrevemos:
letra. Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}
Vamos começar nos primórdios da matemática. Pois assim teremos apenas os positivos, já que o zero
- Se eu pedisse para você contar até 10, o que você me não é positivo.
diria? Ou também podemos representar somente os inteiros
- Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e NÃO POSITIVOS com:
dez. Z - ={...,- 4, - 3, - 2, -1 , 0}
Pois é, estes números que saem naturalmente de sua Obs.: Este conjunto possui final, mas não possui início.
boca quando solicitado, são chamados de números NA-
TURAIS, o qual é representado pela letra . E também os inteiros negativos (ou seja, os não positi-
vos sem o zero):
Foi o primeiro conjunto inventado pelos homens, e tinha
como intenção mostrar quantidades. Z*- ={...,- 4, - 3, - 2, -1}

*Obs.: Originalmente, o zero não estava incluído neste Fonte:


conjunto, mas pela necessidade de representar uma quan- http://www.tutorbrasil.com.br/estudo_matematica_online/co
tia nula, definiu-se este número como sendo pertencente njuntos/conjuntos.php
ao conjunto dos Naturais. Portanto: Assim:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...} Conjunto dos Números Naturais: São todos os núme-
Obs.2: Como o zero originou-se depois dos outros nú- ros inteiros positivos, incluindo o zero. É representado pela
meros e possui algumas propriedades próprias, algumas letra maiúscula N. Caso queira representar o conjunto dos
vezes teremos a necessidade de representar o conjunto números naturais não-nulos (excluindo o zero), deve-se
dos números naturais sem incluir o zero. Para isso foi defi- colocar um * ao lado do N:
nido que o símbolo * (asterisco) empregado ao lado do N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
símbolo do conjunto, iria representar a ausência do zero.
Veja o exemplo abaixo: N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} Conjunto dos Números Inteiros: São todos os núme-
ros que pertencem ao conjunto dos Naturais mais os seus

1
respectivos opostos (negativos). São representados pela Fonte:http://www.infoescola.com/matematica/conjuntos-
letra Z: numericos/

Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...} CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS (N)
O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos, e-
les são: ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
- Inteiros não negativos: São todos os números intei- Veja a operação: 2 + 3 = 5 .
ros que não são negativos. Logo percebemos que este A operação efetuada chama-se adição e é indicada es-
conjunto é igual ao conjunto dos números naturais. crevendo-se o sinal + (lê-se: “mais") entre os números.
Os números 2 e 3 são chamados parcelas. 0 número 5,
É representado por Z+: resultado da operação, é chamado soma.
Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...} 2 → parcela
- Inteiros não positivos: São todos os números intei- +3 → parcela
ros que não são positivos. É representado por Z-:
5 → soma
Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
A adição de três ou mais parcelas pode ser efetuada
- Inteiros não negativos e não-nulos: É o conjunto Z+ adicionando-se o terceiro número à soma dos dois primei-
excluindo o zero. Representa-se esse subconjunto por Z*+: ros ; o quarto número à soma dos três primeiros e assim
por diante.
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
3+2+6 =
Z*+ = N* 5 + 6 = 11
- Inteiros não positivos e não nulos: São todos os Veja agora outra operação: 7 – 3 = 4
números do conjunto Z- excluindo o zero. Representa-se Quando tiramos um subconjunto de um conjunto, reali-
por Z*-. zamos a operação de subtração, que indicamos pelo sinal -
.
Z*- = {... -4, -3, -2, -1}
7 → minuendo
Conjunto dos Números Racionais: Os números ra-
cionais é um conjunto que engloba os números inteiros (Z), –3 → subtraendo
números decimais finitos (por exemplo, 743,8432) e os 4 → resto ou diferença
números decimais infinitos periódicos (que repete uma
O minuendo é o conjunto maior, o subtraendo o sub-
seqüência de algarismos da parte decimal infinitamente),
conjunto que se tira e o resto ou diferença o conjunto que
como "12,050505...", são também conhecidas como dízi-
sobra.
mas periódicas.
Somando a diferença com o subtraendo obtemos o mi-
Os racionais são representados pela letra Q. nuendo. Dessa forma tiramos a prova da subtração.
Conjunto dos Números Irracionais: É formado pelos 4+3=7
números decimais infinitos não-periódicos. Um bom exem-
plo de número irracional é o número PI (resultado da divi- EXPRESSÕES NUMÉRICAS
são do perímetro de uma circunferência pelo seu diâme-
tro), que vale 3,14159265 .... Atualmente, supercomputado- Para calcular o valor de uma expressão numérica en-
res já conseguiram calcular bilhões de casas decimais para volvendo adição e subtração, efetuamos essas operações
o PI. Também são irracionais todas as raízes não exatas, na ordem em que elas aparecem na expressão.
como a raiz quadrada de 2 (1,4142135 ...) Exemplos:

Conjunto dos Números Reais: É formado por todos 35 – 18 + 13 =


os conjuntos citados anteriormente (união do conjunto dos 17 + 13 = 30
racionais com os irracionais). Representado pela letra R.
Veja outro exemplo:
Representação geométrica de 47 + 35 – 42 – 15 =
82 – 42 – 15 =
A cada ponto de uma reta podemos associar um único
número real, e a cada número real podemos associar um 40 – 15 = 25
único ponto na reta. Quando uma expressão numérica contiver os sinais de
parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, procederemos
Dizemos que o conjunto é denso, pois entre dois do seguinte modo:
números reais existem infinitos números reais (ou seja, na Efetuamos as operações indicadas dentro dos parênte-
reta, entre dois pontos associados a dois números reais, ses;
existem infinitos pontos). efetuamos as operações indicadas dentro dos colche-
tes;
Veja a representação na reta de : efetuamos as operações indicadas dentro das chaves.
1) 35 +[ 80 – (42 + 11) ] =
35 + [ 80 – 53] =
35 + 27 = 62

2) 18 + { 72 – [ 43 + (35 – 28 + 13) ] } =

2
18 + { 72 – [ 43 + 20 ] } = 4 X 3 = 12
18 + { 72 – 63} = A operação efetuada chama-se multiplicação e é indi-
18 + 9 = 27 cada escrevendo-se um ponto ou o sinal x entre os núme-
ros.
Os números 3 e 4 são chamados fatores. O número 12,
CÁLCULO DO VALOR DESCONHECIDO resultado da operação, é chamado produto.
Quando pretendemos determinar um número natural 3 X 4 = 12
em certos tipos de problemas, procedemos do seguinte
modo: 3
fatores
- chamamos o número (desconhecido) de x ou qualquer X 4
outra incógnita ( letra )
- escrevemos a igualdade correspondente 12 produto
- calculamos o seu valor Por convenção, dizemos que a multiplicação de qual-
Exemplos: quer número por 1 é igual ao próprio número.
1) Qual o número que, adicionado a 15, é igual a 31? A multiplicação de qualquer número por 0 é igual a 0.
Solução: A multiplicação de três ou mais fatores pode ser efetu-
Seja x o número desconhecido. A igualdade corres- ada multiplicando-se o terceiro número pelo produto dos
pondente será: dois primeiros; o quarto numero pelo produto dos três pri-
meiros; e assim por diante.
x + 15 = 31
3 x 4 x 2 x 5 =
Calculando o valor de x temos:
12 x 2 x 5 =
x + 15 = 31
24 x 5 = 120
x + 15 – 15 = 31 – 15
x = 31 – 15 EXPRESSÕES NUMÉRICAS
x = 16 Sinais de associação
O valor das expressões numéricas envolvendo as ope-
Na prática , quando um número passa de um lado para rações de adição, subtração e multiplicação é obtido do
outro da igualdade ele muda de sinal. seguinte modo:
2) Subtraindo 25 de um certo número obtemos 11. Qual é efetuamos as multiplicações
esse número? efetuamos as adições e subtrações, na ordem em que
Solução: aparecem.
Seja x o número desconhecido. A igualdade correspon- 1) 3.4 + 5.8– 2.9 =
dente será:
12 + 40 – 18 =
x – 25 = 11
= 34
x = 11 + 25
x = 36 2) 9 . 6 – 4 . 12 + 7 . 2 =
Passamos o número 25 para o outro lado da igualdade 54 – 48 + 14 =
e com isso ele mudou de sinal. = 20
3) Qual o número natural que, adicionado a 8, é igual a
20? Não se esqueça:
Solução: Se na expressão ocorrem sinais de parênteses colche-
tes e chaves, efetuamos as operações na ordem em que
x + 8 = 20 aparecem:
x = 20 – 8 1º) as que estão dentro dos parênteses
2º) as que estão dentro dos colchetes
x = 12
3º) as que estão dentro das chaves.
4) Determine o número natural do qual, subtraindo 62, Exemplo:
obtemos 43. 22 + {12 +[ ( 6 . 8 + 4 . 9 ) – 3 . 7] – 8 . 9 }
Solução: = 22 + { 12 + [ ( 48 + 36 ) – 21] – 72 } =
x – 62 = 43 = 22 + { 12 + [ 84 – 21] – 72 } =
x = 43 + 62 = 22 + { 12 + 63 – 72 } =
= 22 + 3 =
x = 105 = 25
Para sabermos se o problema está correto é simples,
basta substituir o x pelo valor encontrado e realizarmos a DIVISÃO
operação. No último exemplo temos:
Observe a operação: 30 : 6 = 5
x = 105 Também podemos representar a divisão das seguintes
105 – 62 = 43 maneiras:
30 6 30
MULTIPLICAÇÃO ou =5
0 5 6
Observe:

3
O dividendo (D) é o número de elementos do conjunto Prova: 134 – 53 = 81
que dividimos o divisor (d) é o número de elementos do Ricardo pensou em um número natural, adicionou-lhe 35,
subconjunto pelo qual dividimos o dividendo e o quociente subtraiu 18 e obteve 40 no resultado. Qual o número
(c) é o número de subconjuntos obtidos com a divisão. pensado?
Essa divisão é exata e é considerada a operação inver- x + 35 – 18 = 40
sa da multiplicação.
Se 30 : 6 = 5, ENTÃO 5 x 6 = 30 x = 40 – 35 + 18
observe agora esta outra divisão: x = 23
Prova: 23 + 35 – 18 = 40
32 6 Adicionando 1 ao dobro de certo número obtemos 7. Qual
é esse numero?
2 5
2.x+1 = 7
2x = 7 – 1
32 = dividendo
2x = 6
6 = divisor
5 = quociente x = 6:2

2 = resto x = 3
Essa divisão não é exata e é chamada divisão aproxi- O número procurado é 3.
mada. Prova: 2. 3 +1 = 7
ATENÇÃO: Subtraindo 12 do triplo de certo número obtemos 18. De-
Na divisão de números naturais, o quociente é sempre terminar esse número.
menor ou igual ao dividendo. 3 . x – 12 = 18
O resto é sempre menor que o divisor. 3 x = 18 + 12
O resto não pode ser igual ou maior que o divisor.
3 x = 30
O resto é sempre da mesma espécie do dividendo. Exem-
plo: dividindo-se laranjas por certo número, o resto será x = 30 : 3
laranjas. x = 10
É impossível dividir um número por 0 (zero), porque não
Dividindo 1736 por um número natural, encontramos 56.
existe um número que multiplicado por 0 dê o quociente
Qual o valor deste numero natural?
da divisão.
1736 : x = 56
PROBLEMAS 1736 = 56 . x
56 . x = 1736
Determine um número natural que, multiplicado por 17, x . 56 = 1736
resulte 238.
x = 1736 : 56
x . 17 = 238
x = 31
x = 238 : 17
O dobro de um número é igual a 30. Qual é o número?
x = 14 2 . x = 30
Prova: 14 . 17 = 238 2x = 30
Determine um número natural que, dividido por 62, resulte x = 30 : 2
49.
x = 15
x : 62 = 49
O dobro de um número mais 4 é igual a 20. Qual é o núme-
x = 49 . 62 ro ?
x = 3038 2 . x + 4 = 20
Determine um número natural que, adicionado a 15, dê 2 x = 20 – 4
como resultado 32
2 x = 16
x + 15 = 32
x = 16 : 2
x = 32 – 15
x = 8
x = 17
Paulo e José têm juntos 12 lápis. Paulo tem o dobro dos
Quanto devemos adicionar a 112, a fim de obtermos 186?
lápis de José. Quantos lápis tem cada menino?
x + 112 = 186 José: x
x = 186 – 112 Paulo: 2x
x = 74 Paulo e José: x + x + x = 12
Quanto devemos subtrair de 134 para obtermos 81? 3x = 12
134 – x = 81 x = 12 : 3
– x = 81 – 134 x = 4
– x = – 53 (multiplicando por –1) José: 4 - Paulo: 8
A soma de dois números é 28. Um é o triplo do outro.
x = 53

4
Quais são esses números? Observações:
um número: x 1) os expoentes 2 e 3 recebem os nomes especiais de
o outro número: 3x quadrado e cubo, respectivamente.
x + x + x + x = 28 (os dois números) 2) As potências de base 0 são iguais a zero.
2
0 =0.0=0
4 x = 28
3) As potências de base um são iguais a um.
x = 28 : 4 Exemplos:
3
1 =1.1.1=1
x = 7 (um número) 15 = 1 . 1 . 1 . 1 . 1 = 1
3x = 3 . 7 = 21 (o outro número). 4) Por convenção, tem-se que:
Resposta: 7 e 21 a potência de expoente zero é igual a 1
(a = 1, a ≠ 0)
0
Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas. Marcelo tem
6 bolinhas a mais que Pedro. Quantas bolinhas tem 3 = 1 ; 50 = 1 ; 120 = 1
0

cada um? a potência de expoente um é igual à base (a1 = a)


Pedro: x 21 = 2 ; 71 = 7 ; 1001 =100
Marcelo: x + 6
x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro) PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS
2 x + 6 = 30 para multiplicar potências de mesma base, conserva-se a
2 x = 30 – 6 base e adicionam-se os expoentes.
m n m+n
a .a =a
2 x = 24
Exemplos: 32 . 38 = 32 + 8 = 310
x = 24 : 2 5 . 5 6 = 51+6 = 57
x = 12 (Pedro) para dividir potências de mesma base, conserva-se a base
Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18 e subtraem-se os expoentes.
m n m-n
a :a =a
Exemplos:
EXPRESSÕES NUMÉRICAS ENVOLVENDO AS QUA- 7 3 7–3
TRO OPERAÇÕES 3 : 3 = 3 = 34
10 8 10 – 8
Sinais de associação: 5 : 5 = 5 = 52
O valor das expressões numéricas envolvendo as qua- para elevar uma potência a um outro expoente, conserva-
tro operações é obtido do seguinte modo: se base e multiplicam-se os expoentes.
efetuamos as multiplicações e as divisões, na ordem em Exemplo: (32)4 = 32 . 4 = 38
que aparecem; para elevar um produto a um expoente, eleva-se cada fator
efetuamos as adições e as subtrações, na ordem em que a esse expoente.
aparecem; (a. b)m = am . bm
Exemplo 1) 3 .15 + 36 : 9 = Exemplos: (4 . 7)3 = 43 . 73 ; (3. 5)2 = 32 . 52
= 45 + 4
= 49 RADICIAÇÃO
Exemplo 2) 18 : 3 . 2 + 8 – 6 . 5 : 10 = Suponha que desejemos determinar um número que,
= 6 . 2 + 8 – 30 : 10 = elevado ao quadrado, seja igual a 9. Sendo x esse número,
2
= 12 + 8 – 3 = escrevemos: x = 9
= 20 – 3 De acordo com a potenciação, temos que x = 3, ou se-
ja: 32 = 9
= 17
A operação que se realiza para determinar esse núme-
RADICIAÇÃO – potenciação e racionalização. ro 3 é chamada radiciação, que é a operação inversa da
potenciação.
POTENCIAÇÃO Indica-se por:
2
Considere a multiplicação:2 . 2 . 2 em que os três fato- 9 =3 (lê-se: raiz quadrada de 9 é igual a 3)
res são todos iguais a 2.
Daí , escrevemos:
Esse produto pode ser escrito ou indicado na forma 23
(lê-se: dois elevado à terceira potência), em que o 2 é o
2
9 = 3 ⇔ 32 = 9
fator que se repete e o 3 corresponde à quantidade desses Na expressão acima, temos que:
fatores.
3 - o símbolo chama-se sinal da raiz
Assim, escrevemos: 2 = 2 . 2 . 2 = 8 (3 fatores)
- o número 2 chama-se índice
A operação realizada chama-se potenciação.
- o número 9 chama-se radicando
O número que se repete chama-se base.
- o número 3 chama-se raiz,
O número que indica a quantidade de fatores iguais a
2
base chama-se expoente. - o símbolo 9 chama-se radical
O resultado da operação chama-se potência. As raízes recebem denominações de acordo com o ín-
dice. Por exemplo:
2
36 raiz quadrada de 36
3
125 raiz cúbica de 125

5
4 final sobraram 2. Quantas balas coube a cada um?
81 raiz quarta de 81
(16)
5
32 raiz quinta de 32 e assim por diante A diferença entre dois números naturais é zero e a sua
soma é 30. Quais são esses números? (15)
No caso da raiz quadrada, convencionou-se não escre-
Um aluno ganha 5 pontos por exercício que acerta e perde
ver o índice 2.
3 pontos por exercício que erra. Ao final de 50 exercí-
Exemplo :
2 49 = 49 = 7, pois 72 = 49 cios tinha 130 pontos. Quantos exercícios acertou?
(35)
Um edifício tem 15 andares; cada andar, 30 salas; cada
EXERCÍCIOS sala, 3 mesas; cada mesa, 2 gavetas; cada gaveta, 1
Calcule: chave. Quantas chaves diferentes serão necessárias
para abrir todas as gavetas? (2700).
a) 10 – 10 : 5 = b) 45 : 9 + 6 =
Se eu tivesse 3 dúzias de balas a mais do que tenho, daria
c) 20 + 40 : 10 = d) 9. 7 – 3 = 5 e ficaria com 100. Quantas balas tenho realmente?
e) 30 : 5 + 5 = f) 6 . 15 – 56 : 4 = (69)
g) 63 : 9 . 2 – 2 = h) 56 – 34 : 17 . 19 = A soma de dois números é 428 e a diferença entre eles é
34. Qual é o número maior? (231)
i) 3 . 15 : 9 + 54 :18 = j) 24 –12 : 4+1. 0 =
Pensei num número e juntei a ele 5, obtendo 31. Qual é o
Respostas: número? (26)
a) 8 b) 11 Qual o número que multiplicado por 7 resulta 56? (8)
c) 24 d) 60 O dobro das balas que possuo mais 10 é 36. Quantas
e) 11 f) 76 balas possuo? (13).
g) 12 h) 18 Raul e Luís pescaram 18 peixinhos. Raul pescou o
dobro de Luís. Quanto pescou cada um? (Raul-12 e
i) 8 j) 21
Luís-6)

Calcule o valor das expressões:


PROBLEMAS
23 + 32 =
Vamos calcular o valor de x nos mais diversos casos:
3 . 52 – 72 =
1) x + 4 = 10
2 . 33 – 4. 23 =
Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inversa da
53 – 3 . 62 + 22 – 1 = adição:
2 4 2
(2 + 3) + 2 . 3 – 15 : 5 = x = 10 – 4
1 + 7 – 3 . 2 + (12 : 4)2 =
2 4
x=6
Respostas: 2) 5x = 20
a) 17 b) 26 Aplicando a operação inversa da multiplicação, temos:
c) 22 d) 20 x = 20 : 5
e) 142 f) 11 x=4
Uma indústria de automóveis produz, por dia, 1270 unida- 3) x – 5 = 10
des. Se cada veículo comporta 5 pneus, quantos Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inversa da
pneus serão utilizados ao final de 30 dias? (Resposta: subtração:
190.500) x = 10 + 5
Numa divisão, o divisor é 9,o quociente é 12 e o resto é 5. x = 15
Qual é o dividendo? (113)
4) x : 2 = 4
Numa divisão, o dividendo é 227, o divisor é 15 e o resto é
2. Qual é o quociente? (15) Aplicando a operação inversa da divisão, temos:
Numa divisão, o dividendo é 320, o quociente é 45 e o x=4.2
resto é 5. Qual é o divisor? (7) x=8
Num divisão, o dividendo é 625, o divisor é 25 e o quocien-
te é 25. Qual ê o resto? (0) COMO ACHAR O VALOR DESCONHECIDO EM UM
Numa chácara havia galinhas e cabras em igual quantida- PROBLEMA
de. Sabendo-se que o total de pés desses animais Usando a letra x para representar um número, pode-
era 90, qual o número de galinhas? mos expressar, em linguagem matemática, fatos e senten-
Resposta: 15 ( 2 pés + 4 pés = 6 pés ; 90 : 6 = 15). ças da linguagem corrente referentes a esse número, ob-
O dobro de um número adicionado a 3 é igual a 13. Calcu- serve:
le o número.(5) - duas vezes o número 2 . x
Subtraindo 12 do quádruplo de um número obtemos 60. - o número mais 2 x+2
Qual é esse número (Resp: 18) x
Num joguinho de "pega-varetas", André e Renato fizeram - a metade do número
235 pontos no total. Renato fez 51 pontos a mais que 2
André. Quantos pontos fez cada um? ( André-92 e - a soma do dobro com a metade do número
Renato-143) x
2⋅x +
2
Subtraindo 15 do triplo de um número obtemos 39. Qual é
o número? (18) x
- a quarta parte do número
Distribuo 50 balas, em iguais quantidades, a 3 amigos. No 4
6
PROBLEMA 1 A soma das nossas idades é 45 anos. Eu sou 5 anos
Vera e Paula têm juntas R$ 1.080,00. Vera tem o triplo mais velho que você. Quantos anos eu tenho?
do que tem Paula. Quanto tem cada uma? x + x + 5 = 45
Solução:
x + x = 45 – 5
x + 3x = 1080
2x = 40
4x = 1080
x = 20
x = 1080 : 4
20 + 5 = 25
x = 270 Resposta: 25 anos
3 . 270 = 810 PROBLEMA 7
Resposta: Vera – R$ 810,00 e Paula – R$ 270,00 Sua bola custou R$ 10,00 menos que a minha. Quanto
pagamos por elas, se ambas custaram R$ 150,00?
PROBLEMA 2
Solução:
Paulo foi comprar um computador e uma bicicleta. Pa-
gou por tudo R$ 5.600,00. Quanto custou cada um, saben- x + x – 10 = 150
do-se que a computador é seis vezes mais caro que a 2x = 150 + 10
bicicleta?
Solução: 2x = 160

x + 6x = 5600 x = 160 : 2

7x = 5600 x = 80
x = 5600 : 7 80 – 10 = 70
Resposta: R$ 70,00 e R$ 80,00
x = 800
PROBLEMA 8
6 . 800 = 4800 José tem o dobro do que tem Sérgio, e Paulo tanto
R: computador – R$ 4.800,00 e bicicleta R$ 800,00 quanto os dois anteriores juntos. Quanto tem cada um, se
PROBLEMA 3 os três juntos possuem R$ 624,00?
Repartir 21 cadernos entre José e suas duas irmãs, de Solução:
modo que cada menina receba o triplo do que recebe José. x + 2x + x + 2x = 624
Quantos cadernos receberá José?
6x = 624
Solução:
x = 624 : 6
x + 3x + 3x = 21
x = 104
7x = 21
Resposta:S-R$ 104,00; J-R$ 208,00; P- R$ 312,00
x = 21 : 7
PROBLEMA 9
x = 3 Se eu tivesse 4 rosas a mais do que tenho, poderia dar
Resposta: 3 cadernos a você 7 rosas e ainda ficaria com 2. Quantas rosas tenho?
PROBLEMA 4 Solução:
Repartir R$ 2.100,00 entre três irmãos de modo que o x+4–7 = 2
2º receba o dobro do que recebe o 1º , e o 3º o dobro do
que recebe o 2º. Quanto receberá cada um? x+4 = 7+2
Solução: x+4 = 9
x + 2x + 4x = 2100 x = 9–4
7x = 2100 x = 5
x = 2100 : 7 Resposta: 5
x = 300 CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS (Z)
300 . 2 = 600 Conhecemos o conjunto N dos números naturais:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, .....,}
300 . 4 = 1200
Assim, os números precedidos do sinal + chamam-se
Resposta: R$ 300,00; R$ 600,00; R$ 1200,00 positivos, e os precedidos de - são negativos.
PROBLEMA 5 Exemplos:
A soma das idades de duas pessoas é 40 anos. A ida- Números inteiros positivos: {+1, +2, +3, +4, ....}
de de uma é o triplo da idade da outra. Qual a idade de Números inteiros negativos: {-1, -2, -3, -4, ....}
cada uma?
O conjunto dos números inteiros relativos é formado pe-
Solução: los números inteiros positivos, pelo zero e pelos números
3x + x = 40 inteiros negativos. Também o chamamos de CONJUNTO
DOS NÚMEROS INTEIROS e o representamos pela letra
4x = 40
Z, isto é: Z = {..., -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3, ... }
x = 40 : 4 O zero não é um número positivo nem negativo. Todo
x = 10 número positivo é escrito sem o seu sinal positivo.
3 . 10 = 30 Exemplo: + 3 = 3 ; +10 = 10
Então, podemos escrever:
Resposta: 10 e 30 anos.
Z = {..., -3, -2, -1, 0 , 1, 2, 3, ...}
PROBLEMA 6
N é um subconjunto de Z.

7
REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA Exemplo: (+2) + 0 = +2 e 0 + (+2) = +2
Cada número inteiro pode ser representado por um
ponto sobre uma reta. Por exemplo: 4ª) OPOSTO OU SIMÉTRICO
Se a é um número inteiro qualquer, existe um único
número oposto ou simétrico representado por (-a), tal
que: (+a) + (-a) = 0 = (-a) + (+a)
Exemplos: (+5) + ( -5) = 0
( -5) + (+5) = 0

Ao ponto zero, chamamos origem, corresponde o nú- 5ª) COMUTATIVA


mero zero.
Se a e b são números inteiros, então:
Nas representações geométricas, temos à direita do ze-
ro os números inteiros positivos, e à esquerda do zero, os a+b=b+a
números inteiros negativos. Exemplo: (+4) + (-6) = (-6) + (+4)
Observando a figura anterior, vemos que cada ponto é -2 = -2
a representação geométrica de um número inteiro.
Exemplos: SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
ponto C é a representação geométrica do número +3 Em certo local, a temperatura passou de -3ºC para 5ºC,
ponto B' é a representação geométrica do número -2 sofrendo, portanto, um aumento de 8ºC, aumento esse que
pode ser representado por:
ADIÇÃO DE DOIS NÚMEROS INTEIROS (+5) - (-3) = (+5) + (+3) = +8
1) A soma de zero com um número inteiro é o próprio Portanto:
número inteiro: 0 + (-2) = -2 A diferença entre dois números dados numa certa or-
2) A soma de dois números inteiros positivos é um número dem é a soma do primeiro com o oposto do segundo.
inteiro positivo igual à soma dos módulos dos números Exemplos:
dados: (+700) + (+200) = +900 1) (+6) - (+2) = (+6) + (-2 ) = +4
3) A soma de dois números inteiros negativos é um núme- 2) (-8 ) - (-1 ) = (-8 ) + (+1) = - 7
ro inteiro negativo igual à soma dos módulos dos núme- 3) (-5 ) - (+2) = (-5 ) + (-2 ) = - 7
ros dados: (-2) + (-4) = -6 Na prática, efetuamos diretamente a subtração, elimi-
4) A soma de dois números inteiros de sinais contrários é nando os parênteses
igual à diferença dos módulos, e o sinal é o da parcela - (+4 ) = -4
de maior módulo: (-800) + (+300) = -500
- ( -4 ) = +4
ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS
Observação:
A soma de três ou mais números inteiros é efetuada a-
Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais po-
dicionando-se todos os números positivos e todos os nega-
dem ser resumidos do seguinte modo:
tivos e, em seguida, efetuando-se a soma do número nega-
tivo. (+)=+ +(-)=-
Exemplos: - (+)=- - (- )=+
1) (+6) + (+3) + (-6) + (-5) + (+8) = Exemplos: - ( -2) = +2 +(-6 ) = -6
(+17) + (-11) = + 6 - (+3) = -3
+(+1) = +1

2) (+3) + (-4) + (+2) + (-8) =


PROPRIEDADE DA SUBTRAÇÃO
(+5) + (-12) = – 7 A subtração possui uma propriedade.
FECHAMENTO: A diferença de dois números inteiros é
PROPRIEDADES DA ADIÇÃO sempre um número inteiro.
A adição de números inteiros possui as seguintes pro- MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
priedades: 1º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS INTEI-
1ª) FECHAMENTO ROS POSITIVOS
A soma de dois números inteiros é sempre um número Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6
inteiro: (-3) + (+6) = + 3 ∈ Z Exemplo:
2ª) ASSOCIATIVA (+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6
Se a, b, c são números inteiros quaisquer, então: Logo: (+3) . (+2) = +6
a + (b + c) = (a + b) + c Observando essa igualdade, concluímos: na multiplica-
Exemplo: ção de números inteiros, temos:
(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2) (+) . (+) =+
(+3) + (-2) = (-1) + (+2) 2º CASO: UM FATOR É POSITIVO E O OUTRO É
NEGATIVO
+1 = +1 Exemplos:
3ª) ELEMENTO NEUTRO 1) (+3) . (-4) = 3 . (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -12
Se a é um número inteiro qualquer, temos: ou seja: (+3) . (-4) = -12
a+ 0 = a e 0 + a = a 2) Lembremos que: -(+2) = -2
Isto significa que o zero é elemento neutro para a adi- (-3) . (+5) = - (+3) . (+5) = -(+15) = - 15
ção. ou seja: (-3) . (+5) = -15

8
Conclusão: na multiplicação de números inteiros, te- Observemos que: (+2). (-4 ) = - 8
mos: ( + ) . ( - ) = - (-).(+)=- e (-4 ) . (+2 ) = - 8
Exemplos : Portanto: (+2 ) . (-4 ) = (-4 ) . (+2 )
(+5) . (-10) = -50 Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a . b =
(+1) . (-8) = -8 b . a, isto é, a ordem dos fatores não altera o produto.
(-2 ) . (+6 ) = -12 (-7) . (+1) = -7 5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E À
SUBTRAÇÃO
3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS IN- Observe os exemplos:
TEIROS NEGATIVOS (+3 ) . [( -5 ) + (+2 )] = (+3 ) . ( -5 ) + (+3 ) . (+2 )
Exemplo: (-3) . (-6) = -(+3) . (-6) = -(-18) = +18 (+4 ) . [( -2 ) - (+8 )] = (+4 ) . ( -2 ) - (+4 ) . (+8 )
isto é: (-3) . (-6) = +18 Conclusão:
Conclusão: na multiplicação de números inteiros, te- Se a, b, c representam números inteiros quaisquer, te-
mos: ( - ) . ( - ) = + mos:
Exemplos: (-4) . (-2) = +8 (-5) . (-4) = +20 a) a . [b + c] = a . b + a . c
As regras dos sinais anteriormente vistas podem ser A igualdade acima é conhecida como propriedade
resumidas na seguinte: distributiva da multiplicação em relação à adição.
(+).(+)=+ (+).(-)=- b) a . [b – c] = a . b - a . c
(- ).( -)=+ (-).(+)=- A igualdade acima é conhecida como propriedade dis-
Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é igual a tributiva da multiplicação em relação à subtração.
0: (+5) . 0 = 0
DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS
PRODUTO DE TRÊS OU MAIS CONCEITO
NÚMEROS INTEIROS
Dividir (+16) por 2 é achar um número que, multiplicado
Exemplos: por 2, dê 16.
1) (+5 ) . ( -4 ) . (-2 ) . (+3 ) = 16 : 2 = ? ⇔ 2 . ( ? ) = 16
(-20) . (-2 ) . (+3 ) = O número procurado é 8. Analogamente, temos:
(+40) . (+3 ) = +120 1) (+12) : (+3 ) = +4 porque (+4 ) . (+3 ) = +12
2) (+12) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ) . ( -3 ) = +12
3) ( -12) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ) . (+3 ) = -12
2) (-2 ) . ( -1 ) . (+3 ) . (-2 ) =
4) ( -12) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ) . ( -3 ) = -12
(+2 ) . (+3 ) . (-2 ) =
A divisão de números inteiros só pode ser realizada
(+6 ) . (-2 ) = -12 quando o quociente é um número inteiro, ou seja, quando o
Podemos concluir que: dividendo é múltiplo do divisor.
Quando o número de fatores negativos é par, o produto Portanto, o quociente deve ser um número inteiro.
sempre é positivo. Exemplos:
Quando o número de fatores negativos é ímpar, o produto ( -8 ) : (+2 ) = -4
sempre é negativo. ( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro
Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é a
PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO mesma que vimos para a multiplicação:
No conjunto Z dos números inteiros são válidas as se- (+):(+)=+ (+):( -)=-
guintes propriedades: (- ):( -)=+ ( -):(+)=-
1ª) FECHAMENTO Exemplos:
Exemplo: (+4 ) . (-2 ) = - 8 ∈ Z ( +8 ) : ( -2 ) = -4 (-10) : ( -5 ) = +2
Então o produto de dois números inteiros é inteiro. (+1 ) : ( -1 ) = -1 (-12) : (+3 ) = -4
2ª) ASSOCIATIVA
Exemplo: (+2 ) . (-3 ) . (+4 ) PROPRIEDADE
Este cálculo pode ser feito diretamente, mas também
podemos fazê-lo, agrupando os fatores de duas maneiras:
(+2 ) . [(-3 ) . (+4 )] = [(+2 ) . ( -3 )]. (+4 ) Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z
(+2 ) . (-12) = (-6 ) . (+4 ) Portanto, não vale em Z a propriedade do fechamento
para a divisão. Alem disso, também não são válidas as
-24 = -24
proposições associativa, comutativa e do elemento neutro.
De modo geral, temos o seguinte:
POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
Se a, b, c representam números inteiros quaisquer, en-
tão: a . (b . c) = (a . b) . c CONCEITO
3ª) ELEMENTO NEUTRO A notação
3
Observe que: (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 )
(+4 ) . (+1 ) = +4 e (+1 ) . (+4 ) = +4
Qualquer que seja o número inteiro a, temos:
a . (+1 ) = a e (+1 ) . a = a é um produto de três fatores iguais
O número inteiro +1 chama-se neutro para a multiplica- Analogamente:
ção. ( -2 )4 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 )
4ª) COMUTATIVA

9
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )]4 = ( -2 )4 . (+3 )4 . ( -5 )4
Para calcular a potência de um produto, sendo n o ex-
poente, elevamos cada fator ao expoente n.
é um produto de quatro fatores iguais
Portanto potência é um produto de fatores iguais. POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO
Na potência (+5 )2 = +25, temos:
+5 ---------- base (+2 )5 : (+2 )5 = (+2 )5-5 = (+2 )0
2 ---------- expoente e (+2 )5 : (+2 )5 = 1
+25 ---------- potência Consequentemente: (+2 )0 = 1 ( -4 )0 = 1
Observacões : Qualquer potência de expoente zero é igual a 1.
(+2 ) 1 significa +2, isto é, (+2 )1 = +2 Observação:
1 1
( -3 ) significa -3, isto é, ( -3 ) = -3 2 2 2
Não confundir -3 com ( -3 ) , porque -3 significa -(
2
CÁLCULOS 3 ) e portanto
O EXPOENTE É PAR -32 = -( 3 )2 = -9
2
Calcular as potências enquanto que: ( -3 ) = ( -3 ) . ( -3 ) = +9
(+2 )4 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 Logo: -3 2
≠ ( -3 )2
4
isto é, (+2) = +16
4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 CÁLCULOS
isto é, (-2 )4 = +16
Observamos que: (+2)4 = +16 e (-2)4 = +16
O EXPOENTE É PAR
Então, de modo geral, temos a regra:
Calcular as potências
Quando o expoente é par, a potência é sempre um nú- 4
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) =
mero positivo. 4
6 +16 isto é, (+2) = +16
Outros exemplos: (-1) = +1 (+3)2 = +9 4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) =
+16 isto é, (-2 )4 = +16
O EXPOENTE É ÍMPAR
Observamos que: (+2)4 = +16 e (-2)4 = +16
Então, de modo geral, temos a regra:
Calcular as potências: Quando o expoente é par, a potência é sempre um nú-
(+2 )3 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8 mero positivo.
isto é, (+2)3 = + 8 Outros exemplos: (-1) = +1
6
(+3)2 = +9
3
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
ou seja, (-2)3 = -8 O EXPOENTE É ÍMPAR
3 3
Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8 Exemplos:
Daí, a regra: Calcular as potências:
Quando o expoente é ímpar, a potência tem o mesmo 1) (+2 )3 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
sinal da base. isto é, (+2)3 = + 8
Outros exemplos: (- 3) 3 = - 27 (+2)4 = +16 2) ( -2 )3 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
PROPRIEDADES 3
ou seja, (-2) = -8
PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
Exemplos: (+2 )3 . (+2 )2 = (+2 )3+22 = (+2 )5 3 3
Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8
( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10
2 3
Daí, a regra:
Para multiplicar potências de mesma base, mantemos a Quando o expoente é ímpar, a potência tem o mesmo
base e somamos os expoentes. sinal da base.
3 4
Outros exemplos: (- 3) = - 27 (+2) = +16
QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
PROPRIEDADES
5 2 5-2
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
3 PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
( -2 ) : ( -2 ) = ( -2 ) = ( -2 )4
7 3 7-3 Exemplos: (+2 )3 . (+2 )2 = (+2 )3+22 = (+2 )5
Para dividir potências de mesma base em que o expo- ( -2 )2 . ( -2 )3 . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10
ente do dividendo é maior que o expoente do divisor, man- Para multiplicar potências de mesma base, mantemos a
temos a base e subtraímos os expoentes. base e somamos os expoentes.

POTÊNCIA DE POTÊNCIA QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE

3 5 3.5
[( -4 ) ] = ( -4 ) = ( -4 )15 5 2 5-2
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
3

Para calcular uma potência de potência, conservamos a ( -2 ) : ( -2 ) = ( -2 ) = ( -2 )4


7 3 7-3

base da primeira potência e multiplicamos os expoentes . Para dividir potências de mesma base em que o expo-
ente do dividendo é maior que o expoente do divisor, man-
temos a base e subtraímos os expoentes.
POTÊNCIA DE UM PRODUTO

10
POTÊNCIA DE POTÊNCIA Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores
absolutos dos seus algarismos é um número divisível por 3.
Ex.: 123 é divisível por 3, pois 1+2+3 = 6 e 6 é divisível por 3
[( -4 )3]5 = ( -4 )3 . 5 = ( -4 )15 Um número é divisível por 5 quando o algarismo das uni-
Para calcular uma potência de potência, conservamos a dades é 0 ou 5 (ou quando termina em o ou 5). Ex.: O número
base da primeira potência e multiplicamos os expoentes . 320 é divisível por 5, pois termina em 0.
Um número é divisível por 10 quando o algarismo das uni-
POTÊNCIA DE UM PRODUTO dades é 0 (ou quando termina em 0). Ex.: O número 500 é
divisível por 10, pois termina em 0.
4 4 4 4 NÚMEROS PRIMOS
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )
Para calcular a potência de um produto, sendo n o ex- Um número natural é primo quando é divisível apenas por
poente, elevamos cada fator ao expoente n. dois números distintos: ele próprio e o 1.
Exemplos:
• O número 2 é primo, pois é divisível apenas por dois nú-
POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO meros diferentes: ele próprio e o 1.
• O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois nú-
5 5 5-5 0
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 ) meros distintos: ele próprio e o 1.
5 5
e (+2 ) : (+2 ) = 1 • O número natural que é divisível por mais de dois números
Consequentemente: (+2 )0 = 1 ( -4 )0 = 1 diferentes é chamado composto.
Qualquer potência de expoente zero é igual a 1. • O número 4 é composto, pois é divisível por 1, 2, 4.
2 2
Observação: Não confundir-3 com (-3) , porque -3
2 • O número 1 não é primo nem composto, pois é divisível
2 2 2
significa -( 3 ) e portanto: -3 = -( 3 ) = -9 apenas por um número (ele mesmo).
enquanto que: ( -3 )2 = ( -3 ) . ( -3 ) = +9 • O número 2 é o único número par primo.
Logo: -3 2 ≠ ( -3 )2
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS (FATORAÇÃO)
MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO DIVISOR Um número composto pode ser escrito sob a forma de um
produto de fatores primos.
COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM.
Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma: 60 =
2 . 2 . 3 . 5 = 22 . 3 . 5 que é chamada de forma fatorada.
NÚMEROS PARES E ÍMPARES Para escrever um número na forma fatorada, devemos
Os pitagóricos estudavam à natureza dos números, e ba- decompor esse número em fatores primos, procedendo do
seado nesta natureza criaram sua filosofia e modo de vida. seguinte modo:
Vamos definir números pares e ímpares de acordo com a Dividimos o número considerado pelo menor número pri-
concepção pitagórica: mo possível de modo que a divisão seja exata.
par é o número que pode ser dividido em duas partes iguais, Dividimos o quociente obtido pelo menor número primo
sem que uma unidade fique no meio, e ímpar é aquele possível.
que não pode ser dividido em duas partes iguais, porque Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo
sempre há uma unidade no meio menor número primo possível, até que se obtenha o quociente
Uma outra caracterização, nos mostra a preocupação com 1.
à natureza dos números: Exemplo:
número par é aquele que tanto pode ser dividido em duas
partes iguais como em partes desiguais, mas de forma tal 60 2
que em nenhuma destas divisões haja uma mistura da na-
tureza par com a natureza ímpar, nem da ímpar com a
0 30 2
par. Isto tem uma única exceção, que é o princípio do par,
o número 2, que não admite a divisão em partes desi-
guais, porque ele é formado por duas unidades e, se isto 0 15 3
pode ser dito, do primeiro número par, 2.
Para exemplificar o texto acima, considere o número 10, 5 0 5
que é par, pode ser dividido como a soma de 5 e 5, mas tam-
bém como a soma de 7 e 3 (que são ambos ímpares) ou
como a soma de 6 e 4 (ambos são pares); mas nunca como a 1
soma de um número par e outro ímpar. Já o número 11, que é
ímpar pode ser escrito como soma de 8 e 3, um par e um Portanto: 60 = 2 . 2 . 3 . 5
ímpar. Atualmente, definimos números pares como sendo o Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à direita
número que ao ser dividido por dois têm resto zero e números do número e, à direita dessa barra, escrever os divisores
ímpares aqueles que ao serem divididos por dois têm resto primos; abaixo do número escrevem-se os quocientes obtidos.
diferente de zero. Por exemplo, 12 dividido por 2 têm resto A decomposição em fatores primos estará terminada quando
zero, portanto 12 é par. Já o número 13 ao ser dividido por 2 o último quociente for igual a 1.
deixa resto 1, portanto 13 é ímpar. Exemplo:
60 2
30 2
15 3
MÚLTIPLOS E DIVISORES 5 5
DIVISIBILIDADE 1
Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5
ou 8. Ex.: O número 74 é divisível por 2, pois termina em 4.

11
DIVISORES DE UM NÚMERO Recebe o nome de máximo divisor comum de dois ou
mais números o maior dos divisores comuns a esses núme-
Consideremos o número 12 e vamos determinar todos os
ros.
seus divisores Uma maneira de obter esse resultado é escre-
ver os números naturais de 1 a 12 e verificar se cada um é ou Um método prático para o cálculo do M.D.C. de dois nú-
não divisor de 12, assinalando os divisores. meros é o chamado método das divisões sucessivas (ou
algoritmo de Euclides), que consiste das etapas seguintes:
1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12
1ª) Divide-se o maior dos números pelo menor. Se a di-
= = = = =
visão for exata, o M.D.C. entre esses números é o menor
=
deles.
Indicando por D(12) (lê-se: "D de 12”) o conjunto dos divi-
2ª) Se a divisão não for exata, divide-se o divisor (o me-
sores do número 12, temos:
nor dos dois números) pelo resto obtido na divisão anterior, e,
D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12} assim, sucessivamente, até se obter resto zero. 0 ultimo divi-
Na prática, a maneira mais usada é a seguinte: sor, assim determinado, será o M.D.C. dos números conside-
1º) Decompomos em fatores primos o número considera- rados.
do. Exemplo:
12 2 Calcular o M.D.C. (24, 32)
6 2
3 3 32 24 24 8
1
0
2º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores primos 8 1 3
e, à sua direita e acima, escrevemos o numero 1 que é
divisor de todos os números. Resposta: M.D.C. (24, 32) = 8
1
12 2 MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
6 2
3 3
1 Recebe o nome de mínimo múltiplo comum de dois ou
mais números o menor dos múltiplos (diferente de zero) co-
3º) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e escreve- muns a esses números.
mos o produto obtido na linha correspondente.
O processo prático para o cálculo do M.M.C de dois ou
x1 mais números, chamado de decomposição em fatores primos,
12 2 2 consiste das seguintes etapas:
6 2
3 3 1º) Decompõem-se em fatores primos os números apresen-
1 tados.
4º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos divi- 2º) Determina-se o produto entre os fatores primos comuns e
sores já obtidos, escrevendo os produtos nas linhas não-comuns com seus maiores expoentes. Esse produto é
correspondentes, sem repeti-los. o M.M.C procurado.
x1 Exemplos: Calcular o M.M.C (12, 18)
12 2 2 Decompondo em fatores primos esses números, temos:
6 2 4 12 2 18 2
3 3 6 2 9 3
1
3 3 3 3
x1 1 1
12 2 2
6 2 4 2
12 = 2 . 3
3 3 3, 6, 12 18 = 2 . 3
2
1
Resposta: M.M.C (12, 18) = 22 . 32 = 36
Os números obtidos à direita dos fatores primos são os di-
visores do número considerado. Portanto:
Observação: Esse processo prático costuma ser simplifi-
D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12}
cado fazendo-se uma decomposição simultânea dos núme-
Exemplos: ros. Para isso, escrevem-se os números, um ao lado do outro,
1) separando-os por vírgula, e, à direita da barra vertical, coloca-
1 da após o último número, escrevem-se os fatores primos
18 2 2 comuns e não-comuns. 0 calculo estará terminado quando a
9 3 3, 6 D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18} última linha do dispositivo for composta somente pelo número
3 3 9, 18 1. O M.M.C dos números apresentados será o produto dos
1 fatores.
Exemplo:
2) Calcular o M.M.C (36, 48, 60)
1 36, 48, 60 2
30 2 2 18, 24, 30 2
15 3 3, 6 9, 12, 15 2
5 5 5, 10, 15, 30 9, 6, 15 2
1 9, 3, 15 3
D(30) = { 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30} 3, 1, 5 3
1, 1 5 5
1, 1, 1
MÁXIMO DIVISOR COMUM

12
Resposta: M.M.C (36, 48, 60) = 24 . 32 . 5 = 720
EXPRESSÕES NUMÉRICAS
RAÍZ QUADRADA EXATA DE NÚMEROS INTEIROS
CONCEITO EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM NÚMEROS INTEI-
Consideremos o seguinte problema: ROS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES
Descobrir os números inteiros cujo quadrado é +25. Para calcular o valor de uma expressão numérica com
2
Solução: (+5 ) = +25 e ( -5 )2 =+25 números inteiros, procedemos por etapas.
Resposta: + 5 e - 5 1ª ETAPA:
Os números +5 e -5 chamam-se raízes quadradas de +25. a) efetuamos o que está entre parênteses ( )
Outros exemplos: b) eliminamos os parênteses
Número Raízes quadradas 2ª ETAPA:
+9 + 3 e -3 a) efetuamos o que está entre colchetes [ ]
+16 + 4 e -4 b) eliminamos os colchetes
+1 + 1 e -1 3º ETAPA:
+64 + 8 e -8
a) efetuamos o que está entre chaves { }
+81 + 9 e -9
+49 + 7 e -7 b) eliminamos as chaves
+36 +6 e -6 Em cada etapa, as operações devem ser efetuadas na
seguinte ordem:
O símbolo 25 significa a raiz quadrada de 25, isto é 1ª) Potenciação e radiciação na ordem em que apare-
25 = +5 cem.
2ª) Multiplicação e divisão na ordem em que aparecem.
Como 25 = +5 , então: − 25 = −5 3ª) Adição e subtração na ordem em que aparecem.
Agora, consideremos este problema. Exemplos:
Qual ou quais os números inteiros cujo quadrado é -25? 1) 2 + 7 . (-3 + 4) =
Solução: (+5 )2 = +25 e (-5 )2 = +25 2 + 7 . (+1) = 2+7 =9
Resposta: não existe número inteiro cujo quadrado se-
2) (-1 )3 + (-2 )2 : (+2 ) =
ja -25, isto é, − 25 não existe no conjunto Z dos números
-1+ (+4) : (+2 ) =
inteiros.
-1 + (+2 ) =
Conclusão: os números inteiros positivos têm, como raiz
quadrada, um número positivo, os números inteiros negativos -1 + 2 = +1
não têm raiz quadrada no conjunto Z dos números inteiros.
3) -(-4 +1) – [-(3 +1)] =
RADICIAÇÃO -(-3) - [-4 ] =
A raiz n-ésima de um número b é um número a tal que an +3 + 4 = 7
= b.
4) –2( -3 –1)2 +3 . ( -1 – 3)3 + 4
n
b =aa =b n
-2 . ( -4 )2 + 3 . ( - 4 )3 + 4 =
-2 . (+16) + 3 . (- 64) + 4 =
5
32 = 2 -32 – 192 + 4 =
5 índice -212 + 4 = - 208
32 radicando pois 25 = 32
2 2
raiz 5) (-288) : (-12) - (-125) : ( -5 ) =
(-288) : (+144) - (-125) : (+25) =
(-2 ) - (- 5 ) = -2 + 5 = +3
2 radical

6) (-10 - 8) : (+6 ) - (-25) : (-2 + 7 ) =


3
Outros exemplos : 8 = 2 pois 2 3 = 8 (-18) : (+6 ) - (-25) : (+5 ) =
-3 - (- 5) =
3
− 8 = - 2 pois ( -2 )3 = -8 - 3 + 5 = +2

PROPRIEDADES (para a ≥ 0, b ≥ 0) 7) –52 : (+25) - (-4 )2 : 24 - 12 =


m: p -25 : (+25) - (+16) : 16 - 1 =
1ª)
m
an = a n: p 15
310 = 3 3 2
-1 - (+1) –1 = -1 -1 –1 = -3
2ª)
n
a ⋅b = n a ⋅ n b 6 = 2⋅ 3 2 3 2
8) 2 . ( -3 ) + (-40) : (+2) - 2 =
4
5 5 2 . (+9 ) + (-40) : (+8 ) - 4 =
3ª)
n
a:b = n a :n b 4 =4
16 16 +18 + (-5) - 4 =
+ 18 - 9 = +9
4ª) ( a)
m
n
= m an ( x)
3
5
= 3 x5
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q)
5ª)
m n
a = m⋅ n a 6
3 = 12 3 Os números racionais são representados por um nume-

13
a c) impróprias: as que indicam quantidades iguais ou maio-
ral em forma de fração ou razão, , sendo a e b números res que 1.
b
naturais, com a condição de b ser diferente de zero. 5 8 9
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado (a, 5 1 5
b) de números naturais, sendo b ≠ 0, corresponde um d) aparentes: todas as que simbolizam um número natu-
a ral.
número fracionário .O termo a chama-se numerador e
b 20 8
= 5, = 4 , etc.
o termo b denominador. 4 2
2. TODO NÚMERO NATURAL pode ser representado e) ordinárias: é o nome geral dado a todas as frações,
por uma fração de denominador 1. Logo, é possível reunir com exceção daquelas que possuem como denomina-
tanto os números naturais como os fracionários num único dor 10, 102, 103 ...
conjunto, denominado conjunto dos números racionais
absolutos, ou simplesmente conjunto dos números racio-
nais Q. f) frações iguais: são as que possuem os termos iguais
Qual seria a definição de um número racional absoluto 3 3 8 8
= , = , etc.
ou simplesmente racional? A definição depende das se- 4 4 5 5
guintes considerações:
g) forma mista de uma fração: é o nome dado ao numeral
a) O número representado por uma fração não muda formado por uma parte natural e uma parte fracionária;
de valor quando multiplicamos ou dividimos tanto o nume-
rador como o denominador por um mesmo número natural,  4 4
diferente de zero.
 2  A parte natural é 2 e a parte fracionária .
 7 7
Exemplos: usando um novo símbolo: ≈
h) irredutível: é aquela que não pode ser mais simplifica-
≈ é o símbolo de equivalência para frações da, por ter seus termos primos entre si.
2 2×5 10 10 × 2 20 3 5 3
≈ ≈ ≈ ≈ ≈ ⋅⋅⋅ , , , etc.
3 3×5 15 15 × 2 30 4 12 7
b) Classe de equivalência. É o conjunto de todas as 4. PARA SIMPLIFICAR UMA FRAÇÃO, desde que não
frações equivalentes a uma fração dada. possua termos primos entre si, basta dividir os dois ternos
3 6 9 12 3 pelo seu divisor comum.
, , , ,⋅ ⋅ ⋅ (classe de equivalência da fração: )
8 8:4 2
1 2 3 4 1 = =
Agora já podemos definir número racional : número ra- 12 12 : 4 3
cional é aquele definido por uma classe de equivalência da 5. COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES.
qual cada fração é um representante. Para comparar duas ou mais frações quaisquer primei-
ramente convertemos em frações equivalentes de mesmo
NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO NA- denominador. De duas frações que têm o mesmo denomi-
TURAL: nador, a maior é a que tem maior numerador. Logo:
0 0 6 8 9 1 2 3
0= = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equiva- < < ⇔ < <
1 2 12 12 12 2 3 4
lência que representa o mesmo número racional 0) (ordem crescente)
1 2 De duas frações que têm o mesmo numerador, a maior
1 = = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equiva- é a que tem menor denominador.
1 2
lência que representa o mesmo número racional 1) 7 7
Exemplo: >
e assim por diante. 2 5
FRAÇÕES – frações equivalentes, números
NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚMERO fracionários, operações com frações.
FRACIONÁRIO:
1 2 3
= = = ⋅ ⋅ ⋅ (definido pela classe de equivalência ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
2 4 6 A soma ou a diferença de duas frações é uma outra
que representa o mesmo número racional 1/2). fração, cujo calculo recai em um dos dois casos seguintes:

NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS 1º CASO: Frações com mesmo denominador. Obser-
a) Decimais: quando têm como denominador 10 ou uma vemos as figuras seguintes:
potência de 10
5 7
, ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
10 100
b) próprias: aquelas que representam quantidades meno-
res do que 1.
1 3 2
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
2 4 7

14
1 2 5 3
1) + = 2) + =
3 4 8 6
4 6 15 12
= + = = + =
24 24
12 12
15 + 12
4+6 = =
= = 24
12
27 9
10 5 = =
= = 24 8
3 2 5 12 6
Indicamos por: + =
6 6 6 Observações:
Para adicionar mais de duas frações, reduzimos todas
ao mesmo denominador e, em seguida, efetuamos a ope-
ração.
Exemplos.
2 7 3 3 5 1 1
a) + + = b) + + + =
15 15 15 4 6 8 2
2+7+3 18 20 3 12
= = = + + + =
15 24 24 24 24
12 4 18+ 20+ 3 + 12
= = = =
15 5 24
53
=
24

5 2 3
Indicamos por: − = Havendo número misto, devemos transformá-lo em fra-
6 6 6 ção imprópria:
Exemplo:
Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo 1 5 1
denominador, procedemos do seguinte modo: 2 + +3 =
3 12 6
adicionamos ou subtraímos os numeradores e mantemos o
denominador comum. 7 5 19
+ + =
simplificamos o resultado, sempre que possível. 3 12 6
Exemplos: 28 5 38
3 1 3 +1 4 + + =
+ = = 12 12 12
5 5 5 5 28 + 5 + 38 71
=
4 8 4+8 12 4 12 12
+ = = =
9 9 9 9 3 Se a expressão apresenta os sinais de parênteses (
), colchetes [ ] e chaves { }, observamos a mesma or-
7 3 7−3 4 2 dem:
− = = =
6 6 6 6 3 1º) efetuamos as operações no interior dos parênteses;
2 2 2−2 0 2º) as operações no interior dos colchetes;
− = = =0 3º) as operações no interior das chaves.
7 7 7 7 Exemplos:
Observação: A subtração só pode ser efetuada quando
o minuendo é maior que o subtraendo, ou igual a ele. 2 3 5 4
1)  + − −  =
2º CASO: Frações com denominadores diferentes: 3 4 2 2
Neste caso, para adicionar ou subtrair frações com de-
nominadores diferentes, procedemos do seguinte modo:  8 9  1
= + − =
• Reduzimos as frações ao mesmo denominador.  12 12  2
• Efetuamos a operação indicada, de acordo com o caso 17 1
anterior. = − =
• Simplificamos o resultado (quando possível). 12 2
Exemplos: 17 6
= − =
12 12
11
=
12

15
  3 1   2 3 
2)5 −  −  − 1 +  =
  2 3   3 4 
  9 2   5 3 
= 5 −  −  −  +  =
  6 6   3 4 
 7   20 9 
= 5 −  −  + =
 6   12 12 
 30 7  29
=
 6 − 6  − 12 =
1 2 3
23 29 Dizemos que: = =
= − = 2 4 6
6 12 Para obter frações equivalentes, devemos multiplicar ou
46 29 dividir o numerador por mesmo número diferente de zero.
= − = 1 2 2 1 3 3
12 12 Ex: ⋅ = ou . =
2 2 4 2 3 6
17
= Para simplificar frações devemos dividir o numerador e
12 o denominador, por um mesmo número diferente de zero.
NÚMEROS RACIONAIS Quando não for mais possível efetuar as divisões dize-
mos que a fração é irredutível.
Exemplo:
18 2 9 3
: = =  Fração Irredutível ou
12 2 6 6
Simplificada
1 3
Um círculo foi dividido em duas partes iguais. Dizemos Exemplo: e
3 4
que uma unidade dividida em duas partes iguais e indica-
mos 1/2. Calcular o M.M.C. (3,4): M.M.C.(3,4) = 12
onde: 1 = numerador e 2 = denominador 1 3 (12 : 3 ) ⋅ 1 (12 : 4) ⋅ 3 temos: 4 9
e = e e
3 4 12 12 12 12
1 4
A fração é equivalente a .
3 12
3 9
A fração equivalente .
4 12
Exercícios:
Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos (das
três partes hachuramos 2). 1) Achar três frações equivalentes às seguintes fra-
ções:
Quando o numerador é menor que o denominador te-
mos uma fração própria. Observe: 1 2
1) 2)
Observe: 4 3
2 3 4 4 6 8
Respostas: 1) , , 2) , ,
8 12 16 6 9 12

Comparação de frações

a) Frações de denominadores iguais.


Se duas frações tem denominadores iguais a maior se-
rá aquela: que tiver maior numerador.
Quando o numerador é maior que o denominador te- 3 1 1 3
mos uma fração imprópria. Ex.: > ou <
4 4 4 4
Frações Equivalentes b) Frações com numeradores iguais
Duas ou mais frações são equivalentes, quando repre- Se duas frações tiverem numeradores iguais, a menor
sentam a mesma quantidade. será aquela que tiver maior denominador.
7 7 7 7
Ex.: > ou <
4 5 5 4
c) Frações com numeradores e denominadores re-
ceptivamente diferentes.
Reduzimos ao mesmo denominador e depois compa-

16
ramos. Exemplos: b) Com denominadores diferentes reduz ao mesmo de-
2 1 nominador depois soma ou subtrai.
> denominadores iguais (ordem decrescente) Ex:
3 3
1 3 2
4 4 1) + + = M.M.C.. (2, 4, 3) = 12
> numeradores iguais (ordem crescente) 2 4 3
5 3
(12 : 2).1 + (12 : 4).3 + (12.3).2 6 + 9 + 8 23
SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES = =
12 12 12
Para simplificar frações devemos dividir o numerador e
o denominador por um número diferente de zero. 4 2
2) − = M.M.C.. (3,9) = 9
Quando não for mais possível efetuar as divisões, di- 3 9
zemos que a fração é irredutível. Exemplo:
(9 : 3).4 - (9 : 9).2 12 - 2 10
18 : 2 9 : 3 3 = =
= = 9 9 9
12 : 2 6 : 3 2 Exercícios. Calcular:
Fração irredutível ou simplificada. 2 5 1 5 1 2 1 1
9 36 1) + + 2) − 3) + −
Exercícios: Simplificar 1) 2) 7 7 7 6 6 3 4 3
12 45 8 4 2 7
3 4 Respostas: 1) 2) = 3)
Respostas: 1) 2) 7 6 3 12
4 5
Multiplicação de Frações
REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MENOR Para multiplicar duas ou mais frações devemos multipli-
DENOMINADOR COMUM car os numeradores das frações entre si, assim como os
1 3 seus denominadores.
Ex.: e Exemplo:
3 4
Calcular o M.M.C. (3,4) = 12 2 3 2 3 6 3
. = x = =
1
e
3
=
(12 : 3) ⋅ 1 e
(12 : 4) ⋅ 3 temos:
5 4 5 4 20 10
Exercícios: Calcular:
3 4 12 12
4 9
2 5 2 3 4  1 3  2 1
e 1) ⋅ 2) ⋅ ⋅ 3)  + ⋅ − 
12 12
5 4 5 2 3 5 5 3 3
1 4 3 10 5 24 4 4
A fração é equivalente a . A fração equiva- Respostas: 1) = 2) = 3)
3 12 4 12 6 30 5 15
9
lente .
12 Divisão de frações
Exemplo: Para dividir duas frações conserva-se a primeira e mul-
tiplica-se pelo inverso da Segunda.
2 4
?  numeradores diferentes e denominado- 4 2 4 3 12 6
3 5 Exemplo: : = . = =
res diferentes m.m.c.(3, 5) = 15 5 3 5 2 10 5
(15 : 3).2 (15.5).4 10 12 Exercícios. Calcular:
? = < (ordem crescente)
15 15 15 15 4 2 8 6  2 3  4 1
1) : 2) : 3)  +  :  − 
Exercícios: Colocar em ordem crescente: 3 9 15 25 5 5 3 3
2 2 5 4 5 2 4 20
1) e 2) e 3) , e Respostas: 1) 6 2) 3) 1
5 3 3 3 6 3 5 9
Respostas:
2 2 4 5 Potenciação de Frações
1) < 2) < 3)
5 3 3 3 Eleva o numerador e o denominador ao expoente dado.
4 5 3 Exemplo:
< < 3
3 6 2 2 23 8
  = 3 =
3 3 27
Operações com frações Exercícios. Efetuar:
1) Adição e Subtração 2 4 2 3
3  1  4  1
a) Com denominadores iguais somam-se ou subtraem- 1)   2)   3)   −  
se os numeradores e conserva-se o denominador comum. 4 2 3 2
2 5 1 2 + 5 +1 8 9 1 119
Ex: + + = = Respostas: 1) 2) 3)
3 3 3 3 3 16 16 72
4 3 4−3 1
− = =
5 5 5 5 Radiciação de Frações

17
Extrai raiz do numerador e do denominador. Exemplo 1: 10 + 0,453 + 2,832
4 4 2 10,000
Exemplo: = =
9 9 3 + 0,453
Exercícios. Efetuar: 2,832
2 13,285
1 16 9  1
1) 2) 3) +  Exemplo 2: 47,3 - 9,35
9 25 16  2 
- 47,30
1 4
Respostas: 1) 2) 3) 1 9,35
3 5
37,95
NÚMEROS DECIMAIS Exercícios. Efetuar as operações:
Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc, 1) 0,357 + 4,321 + 31,45
chama-se fração decimal. 2) 114,37 - 93,4
3 4 7 3) 83,7 + 0,53 - 15, 3
Ex: , , , etc
10 100 100 Respostas: 1) 36,128 2) 20,97 3) 68,93
Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
3 Multiplicação com números decimais
= três décimos,
10
Multiplicam-se dois números decimais como se fossem
4 inteiros e separam-se os resultados a partir da direita,
= quatro centésimos
100 tantas casas decimais quantos forem os algarismos deci-
7 mais dos números dados.
= sete milésimos Exemplo: 5,32 x 3,8
1000
5,32 → 2 casas,
Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
3 4 7
x 3,8 → 1 casa após a virgula
=0,3 = 0,04 = 0,007 4256
10 100 1000
Outros exemplos: 1596+
34 635 2187 20,216 → 3 casas após a vírgula
1) = 3,4 2) = 6,35 3) =218,7
10 100 10 Exercícios. Efetuar as operações:
Note que a vírgula “caminha” da direita para a esquer- 1) 2,41 . 6,3 2) 173,4 . 3,5 + 5 . 4,6
da, a quantidade de casas deslocadas é a mesma quanti- 3) 31,2 . 0,753
dade de zeros do denominador. Respostas: 1) 15,183 2) 629,9 3) 23,4936
Exercícios. Representar em números decimais:
35 473 430 Divisão de números decimais
1) 2) 3)
10 100 1000
Respostas: 1) 3,5 2) 4,73 3) 0,430 Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o di-
visor e quando o dividendo for menor que o divisor acres-
centamos um zero antes da vírgula no quociente.
Ex.:
LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
a) 3:4
Ex.:
3 4
30 0,75
20
0
b) 4,6:2
4,6 2,0 = 46 20
60 2,3
0
Obs.: Para transformar qualquer fração em número de-
cimal basta dividir o numerador pelo denominador.
Ex.: 2/5 = 2 5 então 2/5=0,4
20 0,4
Exercícios
1) Transformar as frações em números decimais.
Operações com números decimais
Adição e Subtração
1 4
a) b)
Coloca-se vírgula sob virgula e somam-se ou subtraem- 5 5
se unidades de mesma ordem.

18
1 1 000 100 10 1 0,1 0,01 0,001
c)
4
Respostas: a) 0,2 b) 0,8 c) LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
0,25
Procedemos do seguinte modo:
1º) Lemos a parte inteira (como um número natural).
2) Efetuar as operações:
2º) Lemos a parte decimal (como um número natural),
a) 1,6 : 0,4 b) 25,8 : 0,2 acompanhada de uma das palavras:
c) 45,6 : 1,23 d) 178 : 4,5-3,4.1/2 décimos, se houver uma ordem (ou casa) decimal
e) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4 centésimos, se houver duas ordens decimais;
milésimos, se houver três ordens decimais.
Respostas: Exemplos:
a) 4 b) 129 c) 35,07 d) 37,855 e) 200,0833....

Lê-se: "um inteiro e dois déci-


Multiplicação de um número decimal por 10, 100, 1000 1) 1,2
mos".

Para tornar um número decimal 10, 100, 1000..... vezes 12,75 Lê-se: "doze inteiros e setenta
maior, desloca-se a vírgula para a direita, respectivamente, 2)
e cinco centésimos".
uma, duas, três, . . . casas decimais.
2,75 x 10 = 27,5 6,50 x 100 = 650 8,309 Lê-se: "oito inteiros e trezentos
3)
0,125 x 100 = 12,5 2,780 x 1.000 = 2.780 e nove milésimos''.
0,060 x 1.000 = 60 0,825 x 1.000 = 825
Observações:
DIVISÃO
1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte decimal é
Para dividir os números decimais, procede-se assim: lida.
iguala-se o número de casas decimais; Exemplos:
suprimem-se as vírgulas;
efetua-se a divisão como se fossem números inteiros. 0,5
a) - Lê-se: "cinco décimos".
Exemplos:
6 : 0,15 = 6,00 0,15
- Lê-se: "trinta e oito centési-
b) 0,38
mos".

Igualam – se as casas decimais. - Lê-se: "quatrocentos e vinte e


c) 0,421
Cortam-se as vírgulas. um milésimos".
7,85 : 5 = 7,85 : 5,00 785 : 500 = 1,57

Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto 285 2) Um número decimal não muda o seu valor se acrescen-
tarmos ou suprimirmos zeros â direita do último alga-
Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma vírgu- rismo.
la ao quociente e zeros ao resto
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " .......
2 : 4 0,5

Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vírgula 3) Todo número natural pode ser escrito na forma de
no quociente e zero no dividendo número decimal, colocando-se a vírgula após o último
algarismo e zero (ou zeros) a sua direita.
0,35 : 7 = 0,350 7,00 350 : 700 = 0,05
Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00...
Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e vírgula
no quociente e um zero no dividendo. Como 350 não é
divisível por 700, acrescenta-se outro zero ao quociente e CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R)
outro ao dividendo
Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000 CORRESPONDÊNCIA ENTRE NÚMEROS E PON-
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000, .... ve- TOS DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO
zes menor, desloca-se a vírgula para a esquerda, respecti- Há números que não admitem representação decimal
vamente, uma, duas, três, ... casas decimais. finita nem representação decimal infinita e periódico, como,
Exemplos: por exemplo:
25,6 : 10 = 2,56 π = 3,14159265...
04 : 10 = 0,4
2 = 1,4142135...
315,2 : 100 = 3,152
018 : 100 = 0,18 3 = 1,7320508...
0042,5 : 1.000 = 0,0425
5 = 2,2360679...
0015 : 1.000 = 0,015
Estes números não são racionais: π ∈ Q, 2 ∈ Q,
milhar cente- deze- Unidade déci- centé- milési-
na na mo simo mo 3 ∈ Q, 5 ∈ Q; e, por isso mesmo, são chamados
simples
de irracionais.
Podemos então definir os irracionais como sendo
aqueles números que possuem uma representação

19
decimal infinita e não periódico.
Chamamos então de conjunto dos números reais, e ∉ , pois ( − 2) 2 = 4 = 2 é positivo, e os
indicamos com R, o seguinte conjunto:
positivos foram excluídos de Q− .
R= { x | x é racional ou x é irracional}
∈ , pois 2 é real.
Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto dos
números racionais com o conjunto dos números irracionais. ∉ , pois 4 = 2 é positivo, e os positivos foram
Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos excluídos de R−
indicar que o número zero foi excluído de um conjunto.
2. Completar com ⊂ ou ⊄ :
Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído de N.
Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos indicar a) N Z* d) Q Z
que os números negativos foram excluídos de um conjunto.
Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram b) N Z+ e) Q +* R+*
excluídos de Z.
c) N Q
Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos
indicar que os números positivos foram excluídos de um Resolução:
conjunto. ⊄ , pois 0 ∈ N e 0 ∉ Z * .
Exemplo: Z − = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram ⊂, pois N = Z +
excluídos de Z. ⊂ , pois todo número natural é também racional.
Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o ⊄ , pois há números racionais que não são inteiros
símbolo (+) ou com o símbolo (-).
Exemplos
2
como por exemplo, .
3
Z *− = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram ⊂ , pois todo racional positivo é também real positivo.
excluídos de Z. Exercícios propostos:
Z *+ = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos foram 1. Completar com ∈ ou ∉
excluídos de Z. 7
Exercícios resolvidos a) 0 N g) Q +*
1
1. Completar com ∈ ou ∉ :
b) 0 N* h) 7 Q
a) 5 Z g) 3 Q*
c) 7 Z i) 72 Q
*
b) 5 Z− h) 4 Q d) –7 Z+ j) 7 R*
e) –7 Q−
c) 3,2 Z +* i) (− 2) 2
Q-
1
f) Q
1 7
d) Z j) 2 R
4
2. Completar com ∈ ou ∉
4 a) 3 Q d) π Q
e) Z k) 4 R-
1 b) 3,1 Q e) 3,141414... Q
c) 3,14 Q
f) 2 Q
3. Completar com ⊂ ou ⊄ :
Resolução
∈ , pois 5 é positivo. Z +* N* d) Z −* R
∉ , pois 5 é positivo e os positivos foram excluídos de Z− N e) Z− R+
Z −* R+ Q
∉ 3,2 não é inteiro.
1 4. Usando diagramas de Euler-Venn, represente os
∉ , pois não é inteiro. conjuntos N, Z, Q e R .
4
Respostas:
4
∈ , pois = 4 é inteiro. 1. a) ∈ e) ∈ i) ∈
1 b) ∉ f) ∈ j) ∈
c) ∈ g) ∈
∉ , pois 2 não é racional. d) ∉ h) ∉
∉ , pois 3 não é racional
2. a) ∈ c) ∈ e) ∈
∈ , pois 4 = 2 é racional b) ∈ d) ∉

20
Os números decimais periódicos são irracionais
3. a) ⊂ c) ⊄ e) ⊄ Existe uma correspondência biunívoca entre os pontos
b) ⊄ d) ⊂ da reta numerada, e o conjunto Q.
Entre dois números racional existem infinitos números
racionais.
4.
O conjunto dos números irracionais é finito

6. Podemos afirmar que:


a) todo real é racional.
b) todo real é irracional.
Reta numérica c) nenhum irracional é racional.
Uma maneira prática de representar os números reais é d) algum racional é irracional.
através da reta real. Para construí-la, desenhamos uma
reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso gosto, um ponto
7. Podemos afirmar que:
origem que representará o número zero; a seguir escolhe-
mos, também a nosso gosto, porém à direita da origem, um a) entre dois inteiros existe um inteiro.
ponto para representar a unidade, ou seja, o número um. b) entre dois racionais existe sempre um racional.
Então, a distância entre os pontos mencionados será a c) entre dois inteiros existe um único inteiro.
unidade de medida e, com base nela, marcamos, ordena- d) entre dois racionais existe apenas um racional.
damente, os números positivos à direita da origem e os
números negativos à sua esquerda.
8. Podemos afirmar que:
a) ∀a, ∀b ∈ N  a - b ∈ N
b) ∀a, ∀b ∈ N  a : b ∈ N
EXERCÍCIOS c) ∀a, ∀b ∈ R  a + b ∈ R
1. Dos conjuntos a seguir, o único cujos elementos são d) ∀a, ∀b ∈ Z  a : b ∈ Z
todos números racionais é:
 1  9. Considere as seguintes sentenças:
a)  , 2 , 3, 5, 4 2 
 2  I) 7 é irracional.
0,777... é irracional.
 2 
c)  − 1, , 0, 2, 3 
2 2 é racional.
 7 
b) { − 3, − 2, − 2, 0 } a)
Podemos afirmar que:
l é falsa e II e III são verdadeiros.
d) { 0, 9, 4 , 5, 7 } b)
c)
I é verdadeiro e II e III são falsas.
I e II são verdadeiras e III é falsa.
d) I e II são falsas e III é verdadeira.
2. Se 5 é irracional, então:
m 10. Considere as seguintes sentenças:
5 escreve-se na forma , com n ≠0 e m, n ∈ N. I) A soma de dois números naturais é sempre um nú-
n
mero natural.
5 pode ser racional II) O produto de dois números inteiros é sempre um
número inteiro.
m
5 jamais se escreve sob a forma , com n ≠0 e m, III) O quociente de dois números inteiros é sempre um
n número inteiro.
n ∈ N. Podemos afirmar que:
2 5 é racional a) apenas I é verdadeiro.
b) apenas II é verdadeira.
3. Sendo N, Z, Q e R, respectivamente, os conjuntos dos c) apenas III é falsa.
naturais, inteiros, racionais e reais, podemos escrever: d) todas são verdadeiras.
a) ∀ x ∈ N  x ∈ R c) Z ⊃
Q 11. Assinale a alternativa correta:
b) ∀ x ∈ Q  x ∈ Z d) R ⊂ Z a) R ⊂ N c) Q ⊃ N
b) Z ⊃ R d) N ⊂ { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 }
4. Dado o conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }, podemos
afirmar que: 12. Assinale a alternativa correto:
∀ x ∈ A  x é primo a) O quociente de dois número, racionais é sempre um
∃ x ∈ A | x é maior que 7 número inteiro.
∀ x ∈ A  x é múltiplo de 3 b) Existem números Inteiros que não são números re-
∃ x ∈ A | x é par ais.
nenhuma das anteriores c) A soma de dois números naturais é sempre um nú-
mero inteiro.
d) A diferença entre dois números naturais é sempre
5. Assinale a alternativa correta:
um número natural.

21
13. O seguinte subconjunto dos números reais 23. Qual dos seguintes números é irracional?
3
a) 125 c) 27
4
b) 1 d) 169
escrito em linguagem simbólica é:
a) { x ∈ R | 3< x < 15 } c) { x ∈ R | 3 ≤ x ≤ 15 }
b) { x ∈ R | 3 ≤ x < 15 } d) { x ∈ R | 3< x ≤ 15 } 24. é a representação
gráfica de:
14. Assinale a alternativa falsa: { x ∈ R | x ≥ 15 } b) { x ∈ R | -2≤ x < 4 }
R* = { x ∈ R | x < 0 ou x >0} c) { x ∈ R | x < -2 } d) { x ∈ R | -2< x ≤ 4 }
b) 3 ∈ Q
c) Existem números inteiros que não são números na- RESPOSTAS
turais. 1) d 5) b 9) b 13) b 17) c 21) b
2) c 6) c 10) c 14) d 18) b 22) b
3) a 7) b 11) b 15) d 19) a 23) c
4) e 8) c 12) c 16) b 20) b 24) d
d) é a re-
presentação de { x ∈ R | x ≥ 7 }
NÚMEROS REAIS
15. O número irracional é: Para melhor entendermos os NÚMEROS REAIS,
4 vamos inicialmente dar um resumo de todos os con-
a) 0,3333... e) juntos numéricos.
5
1. Sucessivas ampliações dos campos numéricos
b) 345,777... d) 7 Você já tem algum conhecimento o respeito dos cam-
16. O símbolo R− representa o conjunto dos núme- pos ou conjuntos numéricos com os quais iremos trabalhar
nesta unidade. Mostraremos como se ampliam sucessiva-
ros: mente esses conjuntos, a partir do conjunto N, e também
a) reais não positivos c) irracional. como se acrescentam outras propriedades para as opera-
b) reais negativos d) reais positivos. ções como elementos dos novos conjuntos.
2. O CONJUNTO N E SUAS PROPRIEDADES
17. Os possíveis valores de a e de b para que a número a Seja o conjunto N: N = { 0, 1, 2, 3. ... , n, ...}
+ b 5 seja irracional, são: Você deve se lembrar que este conjunto tem sua ori-
gem a partir de conjuntos finitos e equipotentes: a uma
a) a = 0 e b=0 c) a = 0 e b = 2 classe de todos os conjuntos equipotentes entre si asso-
ciou-se o mesmo cardinal, o mesmo número e a mesma
c) a=1eb= 5 d) a = 16 e b = 0 representação ou numeral.
2.1. Propriedades das operações em N
Para expressar matematicamente as propriedades das
18. Uma representação decimal do número 5 é: operações em N e nos sucessivos conjuntos, usaremos a
a) 0,326... c) 1.236... notação usual e prática dos quantificadores. São eles:
b) 2.236... d) 3,1415... ∀x significa “qualquer que seja x é o quantificador univer-
sal e significa “qualquer que seja”;
19. Assinale o número irracional: ∃x significo “existe x” é o quantificador existencial e signifi-
a) 3,01001000100001... e) 3,464646... co “existe”. O símbolo ∃ | x significa “existe um único
b) 0,4000... d) 3,45 x”.
ADIÇÃO MULTIPLICAÇÃO
20. O conjunto dos números reais negativos é representado Fechamento Fechamento
por: ∀ a, b ∈ N, a + b = c ∈ N ∀ a, b ∈ N, a . b = c ∈ N
a) R* c) R
b) R_ d) R* Comutativa Comutativa
∀ a, b ∈ N, a + b = b + a ∀ a, b ∈ N, a . b = b . a
21. Assinale a alternativo falso: Associativo Associativa
a) 5 ∈ Z b) 5,1961... ∈ Q ∀ a, b, c ∈ N, a + (b + c) = ∀ a, b, c ∈ N, a . (b . c)
5 (a + b) + c = (a . b) . c
c) − ∈Q
3
Elemento Neutro Elemento Neutro
22. Um número racional compreendido entre 3 e 6 é: ∃ 0 ∈ N, tal que ∀ a ∈ N ∃ 1 ∈ N, tal que ∀ a ∈ N
3. 6 a+0=0+a=a a.1=1.a=a
a) 3,6 c)
2 Distributiva da Multiplicação em Relação à Adição
∀ a, b, c ∈ N, a . (b + c) = a . b + a . c
6 3+ 6
d)
3 2
3. CONJUNTO Z E SUAS PROPRIEDADES

22
Em N, a operação 3 - 4 não é possível. Entretanto, po- Distributiva da Multiplicação em Relação à Adição
de-se ampliar N e assim obter Z, onde 3 - 4 = - 1 passa a ∀ a, b, c ∈ Q, a . (b + c) = a . b + a . c
ser possível. A novidade, em Z, está no fato de que qual-
quer que seja o elemento de Z, este possui um oposto
Vê-se que, em Q, a operação multiplicação admite mais
aditivo, ou seja, para + 3 ∈ Z, existe - 3 ∈ Z tal que + 3 – 3
uma propriedade
= 0. Sendo Z = {..., - 3, - 2, - 1, 0, 1, 2, 3, ...}, teremos, en-
tão, as seguintes propriedades em Z. com a inclusão da Propriedade: A densidade de Q
propriedade 5. O conjunto Q possui uma propriedade importante, que o
3.1. Propriedades das operações em Z caracteriza como um conjunto denso. Isto quer dizer que:
ADIÇÃO MULTIPLICAÇÃO Entre dois elementos distintos de Q, sempre existe um ou-
Fechamento Fechamento tro elemento de Q (como consequência, entre esses 2 ele-
∀ a, b ∈ Z, a + b = c ∈ Z ∀ a, b ∈ Z, a . b = c ∈ Z mentos há infinitos elementos de Q).
Para comprovar essa afirmação, basto tomar dois elemen-
Comutativa Comutativa tos distintos de Q e verificar que a média aritmética (ou semi-
∀ a, b ∈ Z, a + b = b + a ∀ a, b ∈ Z, a . b = b . a soma) desses dois elementos também pertence a Q. De fato:
2 ∈ Q 2 + 3 5
Associativo Associativa a)   = ∈Q
∀ a, b, c ∈ Z, a + (b + c) = ∀ a, b, c ∈ Z, a . (b . c) =
3 ∈ Q 2 2
(a + b) + c (a . b) . c

Elemento Neutro Elemento Neutro


∃ 0 ∈ Z, tal que ∀ a ∈ Z ∃ 1 ∈ Z, tal que ∀ a ∈ Z
a+0=0+a=a a.1=1.a=a

Elemento Oposto Aditivo


3  3 8
∈ Q +
∀ a ∈ Z, ∃ - a ∈ Z, tal que 5  5 5 = 11 ∈ Q
b)  
a + ( - a) = 0 8 2 10
Distributiva da Multiplicação em Relação à Adição ∈ Q
5 
∀ a, b, c ∈ Z, a . (b + c) = a . b + a . c

Vê-se que, em Z, a operação adição admite mais uma


propriedade ( 5 ).
4. O CONJUNTO Q E SUAS PROPRIEDADES
Conclui-se, então, que:
Tanto em N como em Z, a operação 2 ÷ 3 não é possí-
vel, pois ambos não admitem números fracionários. A am- Na reta numerada existe uma Infinidade de elementos
pliação de Z para Q, entretanto, permite um fato novo: de Q situados entre dois elementos quaisquer a e b de Q.
qualquer que seja o elemento de Q* ou Q – {0}, existe O CONJUNTO Q CONTÉM Z E N
sempre, para esse elemento, um inverso multiplicativo. Os elementos de Q são aqueles que podem ser escri-
2 3 a
Assim, por exemplo, para ∈ Q, existe ∈ Q tal que tos sob o forma , com a e b ∈ Z e b ≠ Q.
3 2 b
2 3 Pode-se observar facilmente que qualquer que seja o
. = 1, o que não é possível em N e Z. elemento de N ou de Z, este estará em Q.
3 2
De fato:
Esse fato amplia uma propriedade para as operações
em Q. 2 4 6
2 ∈ N, mas 2 = = = = ... ∈ Q
Propriedades das operações em Q 1 2 3
ADIÇÃO MULTIPLICAÇÃO -3 -6 -9
Fechamento Fechamento -3 ∈ N, mas −3 = = = = . . .∈ Q
1 2 3
∀ a, b ∈ Q, a + b = c ∈ Q ∀ a, b ∈ Q, a . b = c ∈ Q
O esquema a seguir apresenta as relações entre os
Comutativa Comutativa conjuntos N, Z e Q.
∀ a, b ∈ Q, a + b = b + a ∀ a, b ∈ Q, a . b = b . a

Associativo Associativa
∀ a, b, c ∈ Q, a + (b + c) = (a + ∀ a, b, c ∈ Q, a . (b . c) = (a . b)
b) + c .c

Elemento Neutro Elemento Neutro


∃ 0 ∈ Q, tal que ∀ a ∈ Q ∃ 1 ∈ Q, tal que ∀ a ∈ Q
a+0=0+a=a a.1=1.a=a

Elemento Oposto Aditivo Elemento Inverso Multiplicativo


∀ a ∈ Q, ∃ - a ∈ Q, tal que ∀ a ∈ Q*, ∃ a’ ∈ Q*, tal que
a + ( - a) = 0 a . a’ = 1
2 3 2 3
Ex.: ∈ Q, ∃ ∈Q| .
3 2 3 2
=1
INTERVALOS

23
No conjunto dos números reais destacaremos alguns
subconjuntos importantes determinados por
desigualdades, chamados intervalos. ALGARISMOS ROMANOS – sistemas de numera-
Na reta real os números compreendidos entre 5 e 8 ção e suas regras.
incluindo o 5 e o 8 constituem o intervalo fechado [5; 8], ou
seja:
Os romanos usavam um sistema interessante para repre-
[5; 8] = {x / 5 « x « 8}
sentar os números.
Se excluirmos os números 5 e 8, chamados extremos
do intervalo, temos o intervalo aberto ]5; 8[, ou seja:
Eles usavam sete letras do alfabeto e a cada uma delas
]5; 8[ = {x / 5 < x < 8}
atribuíam valores:
Consideraremos ainda os intervalos mistos:
]5; 8] = {x / 5 < x « 8}
I V X L C D M
(Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita). 1 5 10 50 100 500 1.000
[5; 8[ = {x / 5 « x < 8}
(intervalo fechado à esquerda e aberto à direita).
Os numerais I, X, C, M só podem ser repetidos até três
Módulo ou valor absoluto vezes.
No conjunto Z para cada número natural r foi criado um
+n e -n. Chama-se módulo ou valor absoluto de +n e -n, I=1 II = 2 III =3
indica-se | +n | = n e | -n | = n X = 10 XX = 20 XXX = 30
Exemplos: C = 100 CC = 200 CCC = 300
| -5 | = 5, leia-se o módulo de -5 é 5, M = 1.000 MM = 2.000 MMM = 3.000
| +5 | = 5 o módulo de +5 é 5
Vamos aprender alguns numerais romanos.
| 0 | =0

I=1 XX = 20 CCC = 300


DÍZIMAS PERIÓDICAS II = 2 XXX = 30 CD = 400
III = 3 XL = 40 D = 500
Conversão de Frações Ordinárias em Números De-
cimais IV = 4 L = 50 DC = 600
V=5 LX = 60 DCC = 700
Já aprendemos que para transformarmos uma fração VI = 6 LXX = 70 DCCC = 800
não decimal ( fração ordinária ) em um número decimal VII = 7 LXXX = 80 CM = 900
basta dividirmos o numerador pelo denominador da fração. VIII = 8 XC = 90 M = 1.000
IX = 9 C = 100 MM = 2.000
Estudaremos agora as três maneiras como isso ocorre, X = 10 CC = 200 MMM = 3.000
e para tal transformemos as frações ordinárias em núme-
ros decimais.
ATENÇÃO!

1º Caso : Ao transformarmos a fração em um núme-


Os numerais I, X e C, escritos à direita de numerais maio-
ro decimal, encontraremos 0,75 e resto zero. Nesse caso
res, somam-se seus valores aos desses numerais.
diremos que a fração se converte num número decimal
exato, ou numa decimal exata.
Exemplos:

2 º Caso : Ao transformarmos a fração num número VII = 7 ( 5 + 2 ) LX = 60 ( 50 + 10 ) LXXIII = 73


decimal, encontraremos 1,666... e o resto 2, que se repete (50+20+3)
indefinidamente. Nesse caso diremos que a fração se con-
verte num número decimal periódico, ou numa dízima peri- CX = 110 (100+10) CXXX = 130 (100+30) MCC = 1.200
ódica. O algarismo 6 que se repete indefinidamente é cha- (1.000+200)
mado período da dízima. A dízima 1,666... é uma dízima
periódica simples, já que, logo após a vírgula vem o perío-
Os numerais I, X e C, escritos à esquerda de numerais
do 6.
maiores, subtraem-se seus valores aos desses numerais.

Exemplos:
3º Caso : Ao transformarmos a fração num número
decimal, encontraremos 0,58333... e o resto 4, que se
repete indefinidamente. Nesse caso diremos que a fração IV = 4 (5-1) IX = 9 (10-1) XL = 40 (50-10)

XC = 90 (100-10) D = 400 (500-100) CM = 900


se converte num número decimal periódico, ou numa (1.000-100)
dízima periódica. O número 3 é o período da dízima e o
número 58 que o antecede é chamado de parte não perió-
dica, não período ou ante-período. A dízima 0,58333 ... é Colocando-se um traço horizontal sobre um ou mais nume-
uma dízima periódica composta, já que após a vírgula vem rais, multiplica-se seu valor por 1.000.
o ante-período 58 e somente após vem o período 3.

24
SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

A) UNIDADES DE COMPRIMENTO

Medidas de comprimento:

Medir significa comparar. Quando se mede um


determinado comprimento, estamos comparando este
comprimento com outro tomado como unidade de medida.
Portanto, notamos que existe um número seguido de um Perímetro de uma circunferência: Como a abertura do
nome: 4 metros — o número será a medida e o nome será compasso não se modifica durante o traçado vê-se logo
a unidade de medida. que os pontos da circunferência distam igualmente do pon-
to zero (0).
Podemos medir a página deste livro utilizando um lápis;
nesse caso o lápis foi tomado como unidade de medida ou
seja, ao utilizarmos o lápis para medirmos o comprimento
do livro, estamos verificando quantas vezes o lápis
(tomado como medida padrão) caberá nesta página.

Para haver uma uniformidade nas relações humanas


estabeleceu-se o metro como unidade fundamental de
medida de comprimento; que deu origem ao sistema
métrico decimal, adotado oficialmente no Brasil.

Múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico: Para Elementos de uma circunferência:


escrevermos os múltiplos e sub-múltiplos do sistema
métrico decimal, utilizamos os seguintes prefixos gregos:

KILO significa 1.000 vezes

HECTA significa 100 vezes


DECA significa 10 vezes
DECI significa décima parte
CENTI significa centésima parte
MILI significa milésima parte.
O perímetro da circunferência é calculado multiplican-
do-se 3,14 pela medida do diâmetro.
1km = 1.000m 1 m = 10 dm
1hm = 100m e 1 m = 100 cm
3,14 . medida do diâmetro = perímetro.
1dam = 10m 1 m = 1000 mm
B) UNIDADES DE ÁREA: a ideia de superfície já é
nossa conhecida, é uma noção intuitiva. Ex.: superfície da
mesa, do assoalho que são exemplos de superfícies pla-
nas enquanto que a superfície de uma bola de futebol, é
uma superfície esférica.

Transformações de unidades: Cada unidade de Damos o nome de área ao número que mede uma
comprimento é dez (10) vezes maior que a unidade superfície numa determinada unidade.
imediatamente. inferior. Na prática cada mudança de
vírgula para a direita (ou multiplicação por dez) transforma Metro quadrado: é a unidade fundamental de medida
uma unidade imediatamente inferior a unidade dada; e de superfície (superfície de um quadrado que tem 1 m de
cada mudança de vírgula para a esquerda (ou divisão por lado).
dez) transforma uma unidade na imediatamente superior.
Propriedade: Toda unidade de medida de superfície é
Ex.: 45 Km  45 . 1.000 = 45.000 m 100 vezes maior do que a imediatamente inferior.
500 cm  500 ÷ 100 = 5 m
8 Km e 25 m  8.000m + 25m = 8.025 m ou
8,025 Km. Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado:
Resumo
Múltiplos Submúltiplos
km2: 1.000.000 m2 m2 cm2 : 0,0001 m2
hm2: 10.000 m2 dm2: 0,01 m2
dam2: 100 m2 mm2 : 0,000001m2

1km2 = 1000000 (= 1000 x 1000)m2


Permitido de um polígono: o perímetro de um polígono 1 hm2= 10000 (= 100 x 100)m2
é a soma do comprimento de seus lados. 1dam2 =100 (=10x10) m2

Regras Práticas:

25
para se converter um número medido numa unidade
para a unidade imediatamente superior deve-se dividi-lo
por 100.
para se converter um número medido numa unidade,
para uma unidade imediatamente inferior, deve-se
multiplicá-lo por 100.

Medidas Agrárias:
2
centiare (ca) — é o m
are (a) —é o dam (100 m2)
2

hectare (ha) — é o hm2 (10000 m2).

C) ÁREAS PLANAS

Retângulo: a área do retângulo é dada pelo produto da


medida de comprimento pela medida da largura, ou,
medida da base pela medida da altura.
UNIDADES DE VOLUME E CAPACIDADE

Unidades de volume: volume de um sólido é a medida


deste sólido.

Chama-se metro cúbico ao volume de um cubo cuja


aresta mede 1 m.

Quadrado: a área do quadrado é dada pelo produto


“lado por lado, pois sendo um retângulo de lados iguais,
base = altura = lado. Abrevia-se metro cúbico por m2

Propriedade: cada unidade de volume é 1.000 vezes


maior que a unidade imediatamente inferior.

Múltiplos e sub-múltiplos do metro cúbico:

Múltipios Sub-múltiplos
Triângulo: a área do triângulo é dada pelo produto da
base pela altura dividido por dois. km3 ( 1 000 000 000m3) dm3 (0,001 m3)
hm3 ( 1 000 000 m3) cm3 (0,000001m3)
3 3
dam (1 000 m ) mm3 (0,000 000 001m3)

Como se vê:
1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m3
1 hm3 = 1000000 (100 x 100 x 100) m3
Trapézio: a área do trapézio é igual ao produto da semi- 1dam3 = 1000 (10x10x10)m3
soma das bases, pela altura.
1m3 =1000 (= 10 x 10 x 10) dm3
1m3 =1000 000 (=100 x 100 x 100) cm3
1m3= 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm3

Losango: a área do losango é igual ao semi-produto


das suas diagonais.

Unidades de capacidade: litro é a unidade fundamental


de capacidade. Abrevia-se o litro por l .

O litro é o volume equivalente a um decímetro cúbico.

Área de polígono regular: a área do polígono regular é Múltiplos Submúltiplos


igual ao produto da medida do perímetro (p) pela medida
do apotema (a) sobre 2. hl ( 100 l) dl (0,1l)
pa dal ( 10 l) litro l cl (0,01l)
AG = A polígono = ⋅
2 ml (0,001 l )

Como se vê:

26
1 hl = 100 l 1 l = 10 d proporção contínua é chamado terceira proporcional.
Assim, no nosso exemplo, 16 é a terceira proporcional
1 dal = 10 l 1 l = 100 cl depois de 4 e 8.
1 l = 1000 ml
Para se calcular a média proporcional ou geométrica de
dois números, teremos que calcular o valor do meio
comum de uma proporção continua. Ex.:
4 X
=
X 16

4 . 16 x . x
UNIDADES DE MASSA
x2 = 64 x
— A unidade fundamental para se medir massa de um 64 =8
corpo (ou a quantidade de matéria que esse corpo possui),
é o kilograma (kg). 4.º proporcional: é o nome dado ao quarto termo de
— o kg é a massa aproximada de 1 dm3 de água a 4 uma proporção não continua. Ex.:
graus de temperatura.

— Múltiplos e sub-múltiplos do kilograma: 4 12


= ,
8 x
Múltiplos Submúltiplos 4 . x = 8 . 12
kg (1000g) dg (0,1 g) 96
hg ( 100g) cg (0,01 g) x= =24.
dag ( 10 g) mg (0,001 g) 4

Como se vê: Nota: Esse cálculo é idêntico ao cálculo do elemento


desconhecido de uma proporção).
1kg = 1000g 1g = 10 dg
1 hg = 100 g e 1g= 100 cg Média Aritmética Simples: (ma)
1 dag = 10g 1g = 1000 mg
A média aritmética simples de dois números é dada
pelo quociente da soma de seus valores e pela quantidade
das parcelas consideradas.

Ex.: determinar a ma de: 4, 8, 12, 20

4 + 8 + 12 + 20 44
ma = = = 11
4 4
Para a água destilada, 1.º acima de zero.
volume capacidade massa Média Aritmética Ponderada (mv):
1dm2 1l 1kg
A média aritmética ponderada de vários números aos
SISTEMA DE MEDIDAS DE TEMPO: quais são atribuídos pesos (que indicam o número de
vezes que tais números figuraram) consiste no quociente
Não esquecer: da soma dos produtos — que se obtém multiplicando cada
1dia = 24 horas número pelo peso correspondente, pela soma dos pesos.
1 hora = sessenta minutos
1 minuto = sessenta segundos Ex.: No cálculo da média final obtida por um aluno
1 ano = 365 dias durante o ano letivo, usamos a média aritmética
1 mês = 30 dias ponderada. A resolução é a seguinte:

SISTEMA MONETÁRIO BRASILEIRO Matéria Notas Peso


Português 60,0 5
Nossa atual moeda é o Real (R$) Matemática 40,0 3
R$ 1,00 = um real História 70,0 2
R$ 10,00 = dez reais
R$ 100,00 = cem reais 60 . 5 + 40 3 + 70 . 2
mp =
5+3+2
Submúltiplos: centavos

R$ 10,30 = dez reais e trinta centavos 300 + 120 + 140


mp = = 56
R$ 11,50 = onze reais e cinquenta centavos 10

MÉDIAS – simples e ponderada EQUAÇÕES E SISTEMAS DE EQUAÇÕES DE 1.O


GRAU.
Numa proporção contínua, o meio comum é
denominado média proporcional ou média geométrica dos
extremos. Portanto no exemplo acima 8 é a média Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica que
proporcional entre 4 e 16. O quarto termo de uma exprime uma relação de igualdade.

27
Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica so- 2x + y = 11
mente para determinado valor numérico atribuído à variável.  +
Logo, equação é uma igualdade condicional.  - x- y =-8
Exemplo: 5 + x = 11 x+0 = 3
↓ ↓
x=3
1 0.membro 20.membro
Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fica 3
onde x é a incógnita, variável ou oculta.
+ y = 8, portanto y = 5
Exemplo 3:
RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES
5x + 2y = 18 -Ι
Para resolver uma equação (achar a raiz) seguiremos os 
princípios gerais que podem ser aplicados numa igualdade. 3x - y = 2 - ΙΙ
Ao transportar um termo de um membro de uma igual- neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por 2
dade para outro, sua operação deverá ser invertida.
(para “desaparecer” a variável y).
Exemplo: 2x + 3 = 8 + x
5x + 2y = 18 5 x + 2 y = 18
fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5  x = 5  
Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o 2.º 3x - y = 2 .(2) 6 x − 2 y = 4
membro com as operações invertidas. soma-se membro a membro:
Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, dize- 5x + 2y = 18
mos ainda que é o conjunto verdade (V). 6x – 2y = 4
22
Exercícios 11x+ 0=22  11x = 22  x = x=2
11
Resolva as equações : Substituindo x = 2 na equação I:
1) 3x + 7 = 19 2) 4x +20=0 5x + 2y = 18
3) 7x – 26 = 3x – 6 5 . 2 + 2y = 18
Respostas: 1) x = 4 ou V = {4} 10 + 2y = 18
2) x = –5 ou V = {–5} 3) x = 5 ou V = {5} 2y = 18 – 10
2y = 8
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS OU 8
y=
SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES 2
y =4
Resolução por adição. então V = {(2,4)}
 x+ y=7 -I Exercícios. Resolver os sistemas de Equação Linear:
Exemplo 1: 
 x − y = 1 - II 7 x − y = 20 5 x + y = 7 8 x − 4 y = 28
1)  2)  3) 
Soma-se membro a membro. 5 x + y = 16 8 x − 3 y = 2 2x − 2y = 10
2x +0 =8 Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(–3,2 )}
2x = 8
8 INEQUAÇÕES DO 1.º GRAU
x=
2 Distinguimos as equações das inequações pelo sinal, na
x=4 equação temos sinal de igualdade (=) nas inequações são
sinais de desigualdade.
Sabendo que o valor de x é igual 4 substitua este valor
em qualquer uma das equações ( I ou II ), > maior que, ≥ maior ou igual, < menor que ,
Substitui em I fica: ≤ menor ou igual
4+y=7  y=7–4  y=3 Exemplo 1: Determine os números naturais de modo
Se quisermos verificar se está correto, devemos substitu- que 4 + 2x > 12.
ir os valores encontrados x e y nas equações 4 + 2x > 12
x+y=7 x–y=1 2x > 12 – 4
4 +3 = 7 4–3=1 8
2x > 8  x>  x>4
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)} 2
2x + y = 11 - I Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo que
Exemplo 2 :  4 + 2x ≤ 5x + 13
 x + y = 8 - II 4+2x ≤ 5x + 13
Note que temos apenas a operação +, portanto devemos 2x – 5x ≤ 13 – 4
multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, escolhendo a II, –3x ≤ 9 . (–1)  3x ≥ – 9, quando multiplicamos por (-1),
temos:
invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
2x + y = 11 2x + y = 11 −9
 → 3x ≥ – 9, onde x ≥ ou x ≥ – 3
 x + y = 8 . ( - 1) - x − y = − 8 3
soma-se membro a membro Exercícios. Resolva:
1) x – 3 ≥ 1 – x,
2) 2x + 1 ≤ 6 x –2

28
3) 3 – x ≤ –1 + x partes de zinco.
Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2 2 3
Razão = (ferro) Razão = (zinco).
5 5
NÚMEROS E GRANDEZAS DIRETAMENTE E IN-
VERSAMENTE PROPORCIONAIS. 3. PROPORÇÕES
Há situações em que as grandezas que estão sendo
comparadas podem ser expressas por razões de antece-
GRANDEZAS PROPOCIONAIS dentes e consequentes diferentes, porém com o mesmo
quociente. Dessa maneira, quando uma pesquisa escolar
nos revelar que, de 40 alunos entrevistados, 10 gostam de
1. INTRODUÇÃO Matemática, poderemos supor que, se forem entrevistados
Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um reajus- 80 alunos da mesma escola, 20 deverão gostar de Mate-
te de R$ 80,00, como você reagiria? Acharia caro, normal, mática. Na verdade, estamos afirmando que 10 estão re-
ou abaixo da expectativa? Esse mesmo valor, que pode presentando em 40 o mesmo que 20 em 80.
parecer caro no reajuste da mensalidade, seria considera- 10 20
do insignificante, se tratasse de um acréscimo no seu salá- Escrevemos: =
rio. 40 80
Naturalmente, você já percebeu que os R$ 80,00 nada A esse tipo de igualdade entre duas razões dá-se o
representam, se não forem comparados com um valor nome de proporção.
base e se não forem avaliados de acordo com a natureza
da comparação. Por exemplo, se a mensalidade escolar a c
Dadas duas razões e , com b e d ≠ 0, teremos
fosse de R$ 90,00, o reajuste poderia ser considerado alto; b d
afinal, o valor da mensalidade teria quase dobrado. Já no
caso do salário, mesmo considerando o salário mínimo, R$
a c
uma proporção se = .
80,00 seriam uma parte mínima. . b d
A fim de esclarecer melhor este tipo de problema,
vamos estabelecer regras para comparação entre
Na expressão acima, a e c são chamados de
grandezas.
antecedentes e b e d de consequentes. .
2. RAZÃO
A proporção também pode ser representada como a : b
Você já deve ter ouvido expressões como: "De cada 20 = c : d. Qualquer uma dessas expressões é lida assim: a
habitantes, 5 são analfabetos", "De cada 10 alunos, 2 gos- está para b assim como c está para d. E importante notar
tam de Matemática", "Um dia de sol, para cada dois de que b e c são denominados meios e a e d, extremos.
chuva".
Exemplo:
Em cada uma dessas. frases está sempre clara uma
comparação entre dois números. Assim, no primeiro caso, 3 9
destacamos 5 entre 20; no segundo, 2 entre 10, e no ter-
A proporção = , ou 3 : 7 : : 9 : 21, é
7 21
ceiro, 1 para cada 2.
lida da seguinte forma: 3 está para 7 assim como 9 está
Todas as comparações serão matematicamente
para 21. Temos ainda:
expressas por um quociente chamado razão.
3 e 9 como antecedentes,
Teremos, pois:
7 e 21 como consequentes,
De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos.
7 e 9 como meios e
5 3 e 21 como extremos.
Razão =
20
De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática. 3.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL
2 O produto dos extremos é igual ao produto dos meios:
Razão =
10 a c
Um dia de sol, para cada dois de chuva.
= ⇔ ad = bc ; b, d ≠ 0
b d
A razão entre dois números a e b, com b ≠ 0, é o Exemplo:
a
quociente , ou a : b. Se 6 = 24 , então 6 . 96 = 24 . 24 = 576.
b 24 96
1
Razão = 3.2 ADIÇÃO (OU SUBTRAÇÃO) DOS
2 ANTECEDENTES E CONSEQUENTES
Nessa expressão, a chama-se antecedente e b, Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos antece-
consequente. Outros exemplos de razão: dentes está para a soma (ou diferença) dos consequentes
Em cada 10 terrenos vendidos, um é do corretor. assim como cada antecedente está para seu consequente.
1 Ou seja:
Razão =
10 a c a + c a c
Se = , entao = = ,
Os times A e B jogaram 6 vezes e o time A ganhou b d b + d b d
todas. a - c a c
ou = =
6 b - d b d
Razão =
6 Essa propriedade é válida desde que nenhum
3. Uma liga de metal é feita de 2 partes de ferro e 3 denominador seja nulo.

29
Exemplo: pessoas e a despesa diária:

Número
1 2 4 5 10
de
pessoas

Despesa
100 200 400 500 1.000
diária (R$
RAZÕES – razões inversas, equivalentes. )
Você pode perceber na tabela que a razão de aumento
do número de pessoas é a mesma para o aumento da
1. INTRODUÇÃO: despesa. Assim, se dobrarmos o número de pessoas,
No dia-a-dia, você lida com situações que envolvem dobraremos ao mesmo tempo a despesa. Esta é portanto,
números, tais como: preço, peso, salário, dias de trabalho, uma proporção direta, ou melhor, as grandezas número de
índice de inflação, velocidade, tempo, idade e outros. Pas- pessoas e despesa diária são diretamente proporcionais.
saremos a nos referir a cada uma dessas situações men- Suponha também que, nesse mesmo exemplo, a
suráveis como uma grandeza. Você sabe que cada gran- quantia a ser gasta pelo grupo seja sempre de
deza não é independente, mas vinculada a outra conveni- R$2.000,00. Perceba, então, que o tempo de permanência
ente. O salário, por exemplo, está relacionado a dias de do grupo dependerá do número de pessoas.
trabalho. Há pesos que dependem de idade, velocidade,
Analise agora a tabela abaixo :
tempo etc. Vamos analisar dois tipos básicos de depen-
dência entre grandezas proporcionais. Número de
1 2 4 5 10
2. PROPORÇÃO DIRETA pessoas
Grandezas como trabalho produzido e remuneração ob- Tempo de
tida são, quase sempre, diretamente proporcionais. De permanência
fato, se você receber R$ 2,00 para cada folha que datilo- 20 10 5 4 2
(dias)
grafar, sabe que deverá receber R$ 40,00 por 20 folhas
Note que, se dobrarmos o número de pessoas, o tempo
datilografadas.
de permanência se reduzirá à metade. Esta é, portanto,
Podemos destacar outros exemplos de grandezas uma proporção inversa, ou melhor, as grandezas número
diretamente proporcionais: de pessoas e número de dias são inversamente proporcio-
Velocidade média e distância percorrida, pois, se você nais.
dobrar a velocidade com que anda, deverá, num mesmo
tempo, dobrar a distância percorrida.
4. DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS
Área e preço de terrenos.
4. 1 Diretamente proporcional
Altura de um objeto e comprimento da sombra projeta-
Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricação de um
da por ele.
mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas e B
Assim: durante 5 horas. Como, agora, elas deverão dividir com
Duas grandezas São diretamente proporcionais justiça os R$ 660,00 apurados com sua venda? Na verda-
quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas numa de, o que cada um tem a receber deve ser diretamente
determinada razão, a outra diminui (ou aumenta) nessa proporcional ao tempo gasto na confecção do objeto.
mesma razão. Dividir um número em partes diretamente
proporcionais a outros números dados é encontrar
3. PROPORÇÃO INVERSA partes desse número que sejam diretamente
proporcionais aos números dados e cuja soma
Grandezas como tempo de trabalho e número de ope-
reproduza o próprio número.
rários para a mesma tarefa são, em geral, inversamente
proporcionais. Veja: Para uma tarefa que 10 operários
executam em 20 dias, devemos esperar que 5 operários a No nosso problema, temos de dividir 660 em partes di-
realizem em 40 dias. retamente proporcionais a 6 e 5, que são as horas que A e
Podemos destacar outros exemplos de grandezas B trabalharam.
inversamente proporcionais: Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A
Velocidade média e tempo de viagem, pois, se você tem a receber, e de y o que B tem a receber.
dobrar a velocidade com que anda, mantendo fixa a dis- Teremos então:
tância a ser percorrida, reduzirá o tempo do percurso pela
metade.
Número de torneiras de mesma vazão e tempo para
encher um tanque, pois, quanto mais torneiras estiverem
abertas, menor o tempo para completar o tanque.
Podemos concluir que :
Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, Esse sistema pode ser resolvido, usando as
aumentando (ou diminuindo) uma delas numa determinada propriedades de proporção. Assim:
razão, a outra diminui (ou aumenta) na mesma razão. X+Y
Vamos analisar outro exemplo, com o objetivo de = Substituindo X + Y por 660, vem
6+5
reconhecer a natureza da proporção, e destacar a razão.
Considere a situação de um grupo de pessoas que, em 660 X 6 ⋅ 660
=  X= = 360
férias, se instale num acampamento que cobra R$100,00 a 11 6 11
diária individual.
Como X + Y = 660, então Y = 300
Observe na tabela a relação entre o número de
Concluindo, A deve receber R$ 360,00 enquanto B, R$

30
300,00. 48 (que é 12 . 4).
4.2 INVERSAMENTE PROPORCIONAL Para dividir um número em partes de tal forma que uma
E se nosso problema não fosse efetuar divisão em par- delas seja proporcional a m e n e a outra a p e q, basta
tes diretamente proporcionais, mas sim inversamente? Por divida esse número em partes proporcionais a m . n e p . q.
exemplo: suponha que as duas pessoas, A e B, trabalha-
Convém lembrar que efetuar uma divisão em partes in-
ram durante um mesmo período para fabricar e vender por
versamente proporcionais a certos números é o mesmo
R$ 160,00 um certo artigo. Se A chegou atrasado ao traba-
que fazer a divisão em partes diretamente proporcionais ao
lho 3 dias e B, 5 dias, como efetuar com justiça a divisão?
inverso dos números dados.
O problema agora é dividir R$ 160,00 em partes inversa-
mente proporcionais a 3 e a 5, pois deve ser levado em Resolvendo nosso problema, temos:
consideração que aquele que se atrasa mais deve receber Chamamos de x: a quantia que deve receber a primeira
menos. turma; y: a quantia que deve receber a segunda turma.
Assim:
Dividir um número em partes inversamente proporcionais a x y x y x+y x
= ou =  =
outros números dados é encontrar partes desse número 10 ⋅ 5 12 ⋅ 4 50 48 50 + 48 50
que sejam diretamente proporcionais aos inversos dos
números dados e cuja soma reproduza o próprio número. 29400 x
Como x + y = 29400, então =
No nosso problema, temos de dividir 160 em partes in- 98 50
versamente proporcionais a 3 e a 5, que são os números
de atraso de A e B. Vamos formalizar a divisão, chamando 29400 ⋅ 50
x=  15.000
de x o que A tem a receber e de y o que B tem a receber. 98
Portanto y = 14 400.
Concluindo, a primeira turma deve receber R$
15.000,00 da empreiteira, e a segunda, R$ 14.400,00.
Observação: Firmas de projetos costumam cobrar
cada trabalho usando como unidade o homem-hora. O
nosso problema é um exemplo em que esse critério
poderia ser usado, ou seja, a unidade nesse caso seria ho-
Resolvendo o sistema, temos: mem-dia. Seria obtido o valor de R$ 300,00 que é o
resultado de 15 000 : 50, ou de 14 400 : 48.
x+y x x+y x
=  =
1 1 1 8 1 REGRA DE TRÊS SIMPLES
+
3 5 3 15 3
Mas, como x + y = 160, então REGRA DE TRÊS SIMPLES
Retomando o problema do automóvel, vamos resolvê-lo
160 x 160 1 com o uso da regra de três de maneira prática.
= x= ⋅ 
8 1 8 3 Devemos dispor as grandezas, bem como os valores
envolvidos, de modo que possamos reconhecer a natureza
15 3 15
da proporção e escrevê-la.
15 1 Assim:
 x = 160 ⋅ ⋅  x = 100
8 3
Como x + y = 160, então y = 60. Concluindo, A deve
receber R$ 100,00 e B, R$ 60,00.

4.3 DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA


Vamos analisar a seguinte situação: Uma empreiteira
foi contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o traba-
lho em duas turmas, prometendo pagá-las proporcional-
mente. A tarefa foi realizada da seguinte maneira: na pri-
meira turma, 10 homens trabalharam durante 5 dias; na Observe que colocamos na mesma linha valores que se
segunda turma, 12 homens trabalharam durante 4 dias. correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o valor
Estamos considerando que os homens tinham a mesma desconhecido.
capacidade de trabalho. A empreiteira tinha R$ 29.400,00 Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes, pa-
para dividir com justiça entre as duas turmas de trabalho. ra indicar a natureza da proporção. Se elas estiverem no
Como fazê-lo? mesmo sentido, as grandezas são diretamente proporcio-
Essa divisão não é de mesma natureza das anteriores. nais; se em sentidos contrários, são inversamente propor-
Trata-se aqui de uma divisão composta em partes propor- cionais.
cionais, já que os números obtidos deverão ser proporcio- Nesse problema, para estabelecer se as setas têm o
nais a dois números e também a dois outros. mesmo sentido, foi necessário responder à pergunta:
Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias, pro- "Considerando a mesma velocidade, se aumentarmos o
duzindo o mesmo resultado de 50 homens, trabalhando por tempo, aumentará a distância percorrida?" Como a respos-
um dia. Do mesmo modo, na segunda turma, 12 homens ta a essa questão é afirmativa, as grandezas são direta-
trabalharam 4 dias, o que seria equivalente a 48 homens mente proporcionais.
trabalhando um dia. Já que a proporção é direta, podemos escrever:
Para a empreiteira, o problema passaria a ser, portanto,
de divisão diretamente proporcional a 50 (que é 10 . 5), e

31
6 900 Natureza da proporção: para estabelecer o sentido das
= setas é necessário fixar uma das grandezas e relacioná-la
8 x com as outras.
7200 Supondo fixo o número de dias, responda à questão:
Então: 6 . x = 8 . 900  x = = 1 200 "Aumentando o número de máquinas, aumentará o número
6 de peças fabricadas?" A resposta a essa questão é afirma-
Concluindo, o automóvel percorrerá 1 200 km em 8 tiva. Logo, as grandezas 1 e 3 são diretamente proporcio-
horas. nais.
Vamos analisar outra situação em que usamos a regra Agora, supondo fixo o número de peças, responda à
de três. questão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará
Um automóvel, com velocidade média de 90 km/h, o número de dias necessários para o trabalho?" Nesse
percorre um certo espaço durante 8 horas. Qual será o caso, a resposta é negativa. Logo, as grandezas 1 e 2 são
tempo necessário para percorrer o mesmo espaço com inversamente proporcionais.
uma velocidade de 60 km/h? Para se escrever corretamente a proporção, devemos
fazer com que as setas fiquem no mesmo sentido, inver-
tendo os termos das colunas convenientes. Naturalmente,
no nosso exemplo, fica mais fácil inverter a coluna da
grandeza 2.

A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço


percorrido, se aumentarmos a velocidade, o tempo aumen- Agora, vamos escrever a proporção:
tará?" é negativa. Vemos, então, que as grandezas envol-
10 6 2000
vidas são inversamente proporcionais. = ⋅
Como a proporção é inversa, será necessário inverter- x 20 1680
mos a ordem dos termos de uma das colunas, tornando a (Lembre-se de que uma grandeza proporcional a duas
proporção direta. Assim: outras é proporcional ao produto delas.)
10 12000 10 ⋅ 33600
= x= = 28
x 33600 12000
Concluindo, serão necessárias 28 máquinas.

Escrevendo a proporção, temos: PORCENTAGEM


8 60 8 ⋅ 90
= x= = 12 1. INTRODUÇÃO
x 90 60
Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha
Concluindo, o automóvel percorrerá a mesma distância
vitrinas, frequentemente se vê às voltas com expressões
em 12 horas.
do tipo:
Regra de três simples é um processo prático utilizado para "O índice de reajuste salarial de março é de 16,19%."
resolver problemas que envolvam pares de grandezas "O rendimento da caderneta de poupança em fevereiro foi
direta ou inversamente proporcionais. Essas grandezas de 18,55%."
formam uma proporção em que se conhece três termos e o
quarto termo é procurado. "A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de
381,1351%.
"Os preços foram reduzidos em até 0,5%."
REGRA DE TRÊS COMPOSTA Mesmo supondo que essas expressões não sejam
Vamos agora utilizar a regra de três para resolver pro- completamente desconhecidas para uma pessoa, é impor-
blemas em que estão envolvidas mais de duas grandezas tante fazermos um estudo organizado do assunto porcen-
proporcionais. Como exemplo, vamos analisar o seguinte tagem, uma vez que o seu conhecimento é ferramenta
problema. indispensável para a maioria dos problemas relativos à
Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 20 dias produ- Matemática Comercial.
zem 2 000 peças. Quantas máquinas serão necessárias 2. PORCENTAGEM
para se produzir 1 680 peças em 6 dias? O estudo da porcentagem é ainda um modo de compa-
Como nos problemas anteriores, você deve verificar a rar números usando a proporção direta. Só que uma das
natureza da proporção entre as grandezas e escrever essa razões da proporção é um fração de denominador 100.
proporção. Vamos usar o mesmo modo de dispor as gran- Vamos deixar isso mais claro: numa situação em que você
dezas e os valores envolvidos. tiver de calcular 40% de R$ 300,00, o seu trabalho será
determinar um valor que represente, em 300, o mesmo que
40 em 100. Isso pode ser resumido na proporção:
40 x
=
100 300
Então, o valor de x será de R$ 120,00.
Sabendo que em cálculos de porcentagem será
necessário utilizar sempre proporções diretas, fica claro,

32
então, que qualquer problema dessa natureza poderá ser
resolvido com regra de três simples. Qual a área de um retângulo cuja altura é 2 cm e seu
perímetro 12 cm?
3. TAXA PORCENTUAL Solução: A = b. h
O uso de regra de três simples no cálculo de porcenta- h = 2 cm
gens é um recurso que torna fácil o entendimento do as- 2 +b+2+b = 12
sunto, mas não é o único caminho possível e nem sequer o 2b+4 = 12
mais prático. 2b = 12 - 4
Para simplificar os cálculos numéricos, é necessário, 2b =8
inicialmente, dar nomes a alguns termos. Veremos isso a b = 8 ÷ 2=4
partir de um exemplo. b =4cm
Exemplo: A=4 .2
Calcular 20% de 800. A = 8 cm2
20
Calcular 20%, ou de 800 é dividir 800 em 100 QUADRADO
100
partes e tomar 20 dessas partes. Como a centésima parte PERÍMETRO: L + L + L + L = 4L
de 800 é 8, então 20 dessas partes será 160. Área do quadrado:
Chamamos: 20% de taxa porcentual; 800 de principal;
160 de porcentagem. A = l ⋅ l = l2
Temos, portanto:
Principal: número sobre o qual se vai calcular a
porcentagem.
Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100 partes do
principal.
Porcentagem: número que se obtém somando cada uma
das 100 partes do principal até conseguir a taxa.
A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao cal-
cularmos uma porcentagem de um principal conhecido,
não é necessário utilizar a montagem de uma regra de três. Exemplo 2
Basta dividir o principal por 100 e tomarmos tantas destas Qual a área do quadrado de 5 cm de lado?
partes quanto for a taxa. Vejamos outro exemplo. Solução: A= l
2
Exemplo:
l = 5 cm
Calcular 32% de 4.000. A = 52
Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que é a A = 25 cm2
centésima parte de 4 000. Agora, somando 32 partes i-
guais a 40, obtemos 32 . 40 ou 1 280 que é a resposta PARALELOGRAMO
para o problema.
Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar o A = área do paralelogramo:
resultado dessa divisão por 32 é o mesmo que multiplicar o
32
principal por
100
ou 0,32. Vamos usar esse raciocínio de A=b h
Perímetro: 2b + 2h
agora em diante:

Porcentagem = taxa X principal

PRINCÍPIOS DE GEOMETRIA: PERÍMETRO, ÁREA


E VOLUME. Exemplo 3
A altura de um paralelogramo é 4 cm e é a
metade de sua base. Qual é suá área ?
Solução: A = b .h
RETÂNGULO h = 4cm
b =2.h
A=b.h b = 2 . 4 = 8cm
A =8.4 A = 32 m2
A = área b = base h = altura
TRIÂNGULO
Perímetro: 2b + 2h
Exemplo 1
Perímetro: é a soma dos três lados.

33
6 ⋅ 5
A =
2
Área do triângulo: A = 15 cm2

b ⋅ h CIRCULO
A =
2
Área do círculo:
Exemplo 4:
A altura de um triângulo é 8 cm e a sua base é a
metade da altura. Calcular sua área. A = π R2
b ⋅ h
Solução: A = A = área do círculo
2 R = raio
h = 8cm π = 3,14
h 8
b = = = 4 cm Exemplo 7
2 2
O raio de uma circunferência é 3 cm. Calcular a sua
8⋅4 área.
A=
2 A = π R2
A = 16 m2 A = 3,14 . 32
A = 3,14 . 9
TRAPÉZIO A = 28,26 cm2

Perímetro: B + b + a soma dos dois lados. TAXAS DE JUROS SIMPLES E COMPOSTAS, CA-
Área do trapézio:
PITAL, MONTANTE E DESCONTO.
B = base maior
b = base menor
h = altura 1 JUROS SIMPLES
Exemplo 5:
Calcular a área do trapézio de base maior de 6 cm, base 1.1 Conceito
menor de 4 cm. e altura de 3 cm.
Solução: A fim de produzir os bens de que necessita, o homem

A=
(B + b ) ⋅ h combina os fatores produtivos — recursos naturais, traba-
lho e capital. Organizando a produção, o homem gera as
2 mercadorias e os serviços destinados ao seu consumo. A
B = 6 cm venda desses bens gera a renda, que é distribuída entre os
b = 4 cm proprietários dos fatores produtivos. Assim, os proprietários
h = 3 cm dos recursos naturais recebem remuneração na forma de

A =
( 6 + 4) ⋅ 3 aluguéis; os proprietários da força de trabalho recebem
salários; os organizadores da produção recebem lucros e
2 os proprietários do capital recebem remuneração na forma
A = 15 cm2 de juros.

Desta forma, os juros constituem uma parte da renda,


LOSANGO
que é distribuída aos proprietários do capital (máquinas,
equipamentos, ferramentas etc.).

No cálculo financeiro, juro é uma compensação, em di-


nheiro pelo uso de um capital financeiro, por determinado
tempo, a uma taxa previamente combinada.

1.2 Cálculo dos juros simples

O juro é simples quando é produzido unicamente pelo


capital inicial.
D= diagonal maior Se, por exemplo, colocarmos o capital equivalente a 500
d = diagonal menor u.m. a juros durante 4 meses, à taxa de 1% ao mês, tere-
Perímetro = é a soma dos quatro lados. mos em cada mês 5 u.m. de juros.
Área do losango:
Os juros são todos iguais, pois são calculados sobre o
D ⋅ d mesmo valor (500), que é o capital inicial. Podem ser reti-
A =
2 rados no fim de cada mês ou no fim de 4 meses; o total
será o mesmo, ou seja, 20.
Exemplo 6: No exemplo acima, os juros (20) são obtidos fazendo: 5
Calcular a área do losango de diagonais 6 cm x 4, onde 5 é 1% de 500 e 4 é o número de meses em que
e 5 cm. o capital esteve aplicado. Portanto: juro = 500 x 0,01 x 4.
D ⋅ d
Solução: A = O fator 0,01 constitui a taxa unitária e corresponde aos
2
juros de uma unidade de capital.
34
Denominando: Cn = C + C i n
j = juro,
C = capital (500), Colocando o fator comum C em evidência, temos
i = taxa unitária (0,01 corresponde a 1%),
n = número de períodos (4 meses),

temos: Cn=C (1 + in)

J=Cin
EXEMPLOS

Nesta fórmula, a taxa e o número de períodos devem re-


ferir-se à mesma unidade de tempo; isto é, se a taxa for 1. Qual o montante de um capital 600, a 18% a.a,
anual, o tempo deverá ser expresso em numero de anos; durante 8 meses?
se a taxa for mensal, o tempo deverá ser expresso em
número de meses etc. Cn= C(1 +in)
i = 0,015 (1,5% ao mês)
A taxa empregada em todas as fórmulas da matemática n = 8 (meses)
financeira é a unitária, que corresponde à taxa centesimal Cn = 600(1+0,015x8)
dividida por 100. Dessa forma, a taxa de 6% é centesimal e Cn = 600x 1,12
a taxa unitária correspondente é de 0,06; isto quer dizer Cn = 672
que, se um capital de 100 produz 6 de juros, o capital de 1
produz 0,06 de juros. 2. Qual o capital que produz o montante de 285, a
28% ai., durante 6 meses? Da fórmula do montante, Cn=
EXEMPLOS C(1 +i n) deduzimos a fórmula para o cálculo do capital
Cn
C=
1. Determinar os juros de um capital 800 u.m., a 12% ao 1 + in
ano, durante 7 meses. onde:

Neste exemplo, temos a taxa anual de 12% e o tempo Cn = C2 = 285


em meses (7). Para aplicarmos a fórmula, devemos tomar a i = 0,07 (7% ao trimestre)
taxa e o número de períodos na mesma unidade de tempo. n = 2 (trimestres)
Assim, 12% a.a. corresponde a 0,12 (taxa unitária anual) e 285
C=
7 1 + 0,07 x2
7 meses são do ano.
12 285
j=Cin C=
1,14
7 C = 250
j = 800 x 0,12 x
12
j = 56 1.4 Divisor fixo

Podemos, entretanto, empregar a taxa mensal propor- Quando o tempo de aplicação de um capital for expresso
cional a 12% ao ano, ou seja, 1% ao mês, que corresponde em dias, às vezes há dificuldade para converter a taxa e o
à taxa unitária 0,01e colocar o número de períodos em número de per iodos na mesma unidade de tempo. Para
meses, 7. Portanto: contornar essa dificuldade pode-se usar o método do divi-
sor fixo para o cálculo dos juros.
j=Cin
j = 800 x 0,01 x 7 36.000
j = 56 Chama-se divisor fixo Δ (delta) a relação , onde
r
2. O capital 400 foi colocado a 20% ai. durante 9 meses. r é a taxa centesimal anual dos juros.
Determinar os juros. Neste problema, a taxa e o número de
períodos podem ser expressos com relação ao trimestre. A Para obter a fórmula dos juros com o emprego do divisor
taxa de juros trimestral proporcional a 20% a.a. é5% (0,05), fixo, tomamos
e 9 meses são 3 trimestres. Portanto: j=Cin
j=Cin r
onde i = . Como r é taxa anual, devemos transfor-
j = 400 x 0,05 x 3 100
j = 60 má-la em taxa diária, pois o
100
1.3 Montante número de períodos será representado por número de
dias. Sendo o ano comercial r
Chama-se montante o capital acrescido de seus juros. A
notaçâo para montante é Cn (capital com juros acumulados
r
considerado de 360 dias, dividindo por 360 temos
em n períodos) 100
a taxa diária.
Cn = C + j
r
como j = C i n Portanto: i =
36.000

35
Substituindo a fórmula dos juros;, ΔC + Cn
r Cn =
j=C⋅ ⋅n Δ
36.000 C( Δ + n)
Cn =
Δ
r
A expressão representa o inverso do divisor fi-
36.000 Resolvendo o problema com esta fórmula, temos:
xo. Assim,
80(2.000 + 107)
C107 =
1 2.000
j=C⋅ ⋅n
Δ
C107 = 84,28
Cn
j= JUROS COMPOSTOS
Δ

1. Introdução
EXEMPLOS O dinheiro e o tempo são dois fatores que se
encontram estreitamente ligados com a vida das pessoas e
dos negócios. Quando são gerados excedentes de fundos,
as pessoas ou as empresas, aplicam-no a fim de ganhar
1. Determinar os juros do capital 300, a 24% a.a, du- juros que aumentem o capital original disponível; em outras
rante 2 meses e 28 dias. ocasiões, pelo contrário, tem-se a necessidade de recursos
financeiros durante um período de tempo e deve-se pagar
Cn juros pelo seu uso.
j= Em período de curto-prazo utiliza-se, geralmente, como
Δ
C = 300 já se viu, os juros simples. Já em períodos de longo-prazo,
utiliza-se, quase que exclusivamente, os juros compostos.
n = 88 (dias) 2. Conceitos Básicos
No regime dos juros simples, o capital inicial sobre o
36.000 36.000 qual calculam-se os juros, permanece sem variação
Δ= = = 1.500 alguma durante todo o tempo que dura a operação. No
r 24 regime dos juros compostos, por sua vez, os juros que vão
sendo gerados, vão sendo acrescentados ao capital inicial,
300x88 em períodos determinados e, que por sua vez, irão gerar
j=
1.500 um novo juro adicional para o período seguinte.
Diz-se, então, que os juros capitalizam-se e que se está
j = 17,60 na presença de uma operação de juros compostos.
Nestas operações, o capital não é constante através do
2. Qual o montante do capital 80 no fim de 3 meses tempo; pois aumenta ao final de cada período pela adição
e 17 dias, a 18% a.a? dos juros ganhos de acordo com a taxa acordada.
Cn Esta diferença pode ser observada através do seguinte
j= exemplo:
Δ
C = 80 Exemplo 1: Suponha um capital inicial de R$ 1.000,00
n = 107(dias) aplicado à taxa de 30.0 % a.a. por um período de 3 anos a
juros simples e compostos. Qual será o total de juros ao
36.000 final dos 3 anos sob cada um dos rearmes de juros?
Δ= = 2.000 Pelo regime de juros simples:
18
J = c . i . t = R$ 1.000,00 (0,3) (3) = R$ 900,00
80x 107
j= Pelo regime de juros compostos:
2.000
J = Co (1 + i) − 1 =
n
j = 4,28
 
C107 =80+4,28

C107 = 84,28
[ ]
J = R$1.000,00 (1,3 ) − 1 = R$1.197,00
3

Demonstrando agora, em detalhes, o que se passou


com os cálculos, temos:
Para a solução deste problema, pode-se deduzir uma
fórmula para calcular diretamente o montante com empre- Ano Juros simples Juros Compostos
go do divisor fixo. 1 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
2 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.300,00(0,3) = R$ 390,00
Cn = C + j
3 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.690,00(0,3) = R$ 507,00
Cn
j= R$ 900,00 R$ 1.197,00
Δ
Vamos dar outro exemplo de juros compostos:
Cn
Cn = C + Suponhamos que você coloque na poupança R$
Δ 100,00 e os juros são de 10% ao mês.
Decorrido o primeiro mês você terá em sua poupança:

36
100,00 + 10,00 = 110,00 Chamemos, então, de desconto de título ao abatimento
No segundo mês você terá:110,00 + 11,00 =111,00 dado sobre o valor nominal, pela antecipação do
No terceiro mês você terá: 111,00 + 11,10 = 111,10 pagamento.
E assim por diante. O desconto bancário é aquele em que a
Para se fazer o cálculo é fácil: basta calcular os juros taxa de desconto incide sobre o valor
de cada mês e adicionar ao montante do mês anterior. nominal.
O desconto bancário é também conhecido como
DESCONTOS comercial ou por fora.
WalterSpinelli
As fórmulas que utilizaremos para calcular o desconto
1. Introdução bancário são bem semelhantes às de juros simples.
Ao contrair uma dívida a ser paga no futuro, é muito Chamando:
comum o devedor oferecer ao credor um documento
D = desconto
denominado titulo, que é o comprovante dessa operação.
N = valor nominal
De posse do titulo, que é usado para formalizar uma dí-
vida que não será paga imediatamente, mas dentro de um L = valor líquido recebido após o desconto
prazo estipulado, o credor poderá negociar o pagamento
antecipado da dívida através de um banco. Vamos tratar, I = taxa
neste capítulo, desse tipo de operação bancária. n = período de tempo, teremos:
2. Títulos
D = N .i . n
Há três tipos de títulos bastante usados: nota
promissória, duplicata e letra de câmbio.
L = N — D ou L = N — N . i . n, então:
Nota promissória — Pode ser usada entre pessoas
físicas, ou ainda entre pessoas físicas e instituições
L = N . (1—in)
financeiras. Trata-se de um título de crédito, que
corresponde a uma promessa de pagamento, em que vão
especificados: valor nominal ou quantia a ser paga (que é a
dívida inicial, normalmente acrescida de juros), data de 1. Qual o desconto, a 5% a.m., sobre um título de $
vencimento do título (em que a dívida deve ser paga), 750,00, pago 2 meses e 10 dias antes do vencimento?
nome e assinatura do devedor, nome do credor e da
pessoa que deverá receber a importância a ser paga. Solução:

Duplicata — E usada por pessoa jurídica contra um N=750, n=2 meses e 10 dias=70 dias i = 0,05
cliente (que pode ser pessoa física ou jurídica) para o qual
0,05
vendeu mercadorias a prazo ou prestou serviços a serem D=N.i.n=  D=750. .70=87,50
pagos no futuro (segundo contrato). Na duplicata deve 30
constar o aceite do cliente, o valor nominal, a data de Resposta: O desconto foi, portanto, de $ 87,50.
vencimento, o nome de quem deverá pagar e o nome da
pessoa a quem deverá pagar. Uma duplicata só é legal se 2. Um título no valor de $ 1.200,00, pa-
for feita tendo por base da nota fiscal. go 5 meses antes do vencimento, ficou reduzido a $
Letra de câmbio — É um título ao portador, emitido por 900.00. Qual foi a taxa mensal usada?
uma financeira em operações de crédito direto para Solução:
pessoas físicas ou jurídicas. Uma letra de câmbio tem
especificados: valor de resgate (que é o valor nominal N = 1200 n = 5 meses L = 900
acrescido de juros), data de vencimento do título e quem
Vamos resolver este problema de dois modos.
deve pagar.
Primeiro modo: usando o cálculo de desconto
O credor Marcelo dos Santos de posse da nota
promissória, conforme o modelo apresentado na página 96, D=Nin
deseja resgatar a dívida em 01/01/88.
D = N — L = 1 200 — 900 = 300
Você deve ter notado que, na verdade, Marcelo dos
Santos quer receber a dívida 2 meses antes da data 300 = 1.200 • 5. i
proposta na promissória. Do mesmo modo que no valor 300
nominal da nota incluem-se os juros pela postergação do i= = 0,05
1200 ⋅ 5
pagamento, podemos aceitar o fato de que o adiantamento
do mesmo também deverá vir acompanhado de juros, mas A taxa aplicada foi, portanto, de 5% ao mês.
agora no sentido contrário, ou seja, descontados do valor
nominal. Segundo modo: usando a fórmula do valor líquido

Supondo uma taxa de 1,4% a.m. para o desconto, em L = N (1 — in)


dois meses de adiantamento, teremos sobre os $ 100 900.000 = 1.200.000 . (1 — i . 5)
000,00 o seguinte cálculo:
900 900
Desconto = 100 000 . 0,014 . 2 = 1 – 5i =1 —
1.200 1.200
Desconto = 2 800
300
Marcelo dos Santos deverá receber, então: 5i =
1.200
$100 000,00 — $ 2 800,00 = $ 97 200,00

37
300 1. Calcular o desconto por dentro de um
i= =0,05 ou 5% a.m.
6.000 título de $ 6 864,00, à taxa de 12% ao mês, 1 mês e
6 dias antes do vencimento.
Resposta: A taxa mensal foi de 5%.
Solução:
3. Resgatei, em 16 de abril, uma nota
promissória cujo vencimento estava marcado para 10 N = 6864 i = 0,12
de junho do mesmo ano. Obtive um desconto de $4 n = 1 mês e 6 dias = 36 dias
400,00, calculado com uma taxa mensal de 6%. Qual
era o valor nominal da promissória? N 6864
L= =
1 + in 0,12
Solução 1+ ⋅ 36
30
D = 4400 i = 0,06
6864
Consultando a tabela 1, obtemos a informação: L= = 6000
1 + 0,144

O desconto foi, portanto, de:


$6864,00 —$ 6000,00 = $ 864,00
O mesmo problema pode ser resolvido aplicando
161 — 106 = 55 = n diretamente a fórmula do desconto:
D=N.i.n 0,12
6864 ⋅ ⋅ 36
N⋅i⋅n 30
0,06 4.400 ⋅ 30 Dr = =
4.400 = N ⋅ ⋅ 55  N= 1 + in 0,12
30 0,06 ⋅ 55 1+ ⋅ 36
30
N = 40 000
Dr = $ 864,00
Resposta: O valor nominal da promissória era de $40
Resposta: O desconto foi de $ 864,00.
000,00.
2. Um título com valor nominal de $ 2.000.000,00, à taxa
DESCONTO RACIONAL de 9% ao mês, vai ser descontado 8 meses antes do
O desconto racional é também conhecido como vencimento. Calcular a diferença entre os descontos
desconto por dentro. Trata-se, nesse caso, de usar uma bancário e racional.
taxa sobre um valor não conhecido, situação semelhante à Solução
analisada em lucros sobre a venda.
Desconto bancário Desconto racional
O desconto racional é aquele em que a taxa de
desconto incide sobre o valor líquido. D=N.i.n N⋅i⋅n
Dr =
D = 2.000.000 . 0,09 . 8 1 + in
O desconto racional, Dr, calculado sobre o líquido, é
D = 1.440.000 2.000.000 ⋅ 0,09 ⋅ 8
dado por: Dr =
1 + 0,09 ⋅ 8
Dr = L . i . n
Dr = 837.209,30
Mas, também, é fato que:

L + Dr = N
Diferença: D — Dr = 602.790,70
Podemos, pois, calcular o líquido fazendo:
Por esse problema, percebe-se que o desconto
L+L .i.n=N bancário não é apropriado para prazos muito longos.
L (1 + i . n) = N Resposta: A diferença é de $ 602 790,70.
3. Calcular a taxa a ser aplicada, por dentro, numa
N duplicata de $ 1 800,00, para que ela, dois meses e
L=
1 + in meio antes do vencimento, se reduza a $ 1 000,00.
Solução
No caso de querermos o desconto diretamente,
N N = 1.800.000 L=1000 n=
substituiremos L por na expressão Dr = L . i . n. 2,5 m
1 + in
Ficaremos com: N 1800
L= 1.000 =
N 1 + in 1 + i ⋅ 2,5
Dr = L . i . n = .i.n
1 + in 1800
1000(1+ 2,5i) = 1800 1+2,5i =
1000
N⋅i⋅n
Dr = 0,8
1 + in 1 +2,5i = 1,8  2,5i= 1,8 —1  i=
2,5
Exercícios Resolvidos
i = 0,32

38
Resposta: A taxa deve ser, portanto, de 32% a.m. PRAZO MÉDIO
1. Determinar o desconto bancário sofrido por uma Um banco deseja resgatar 3 títulos de $ 10 000,00
promissória de $ 1 000,00, à taxa de 8% a.m., 3 meses cada, de um mesmo devedor, todos à mesma taxa de 6%
antes do seu vencimento. a.m., com vencimentos para 30, 60 e 90 dias.
2. A que taxa anual, uma duplicata de $ 3 000,00, em 6 Caso seja do interesse do banco e do devedor, esses 3
meses, dá $ 600,00 de desconto por fora? títulos poderão ser substituídos por um único que não
cause ônus a nenhuma das partes.
3. Em que prazo um título de $ 2 500,00, descontado por
fora, à taxa de 6% a.m., dá $ 600,00 de desconto? Esse título único terá de, num determinado prazo, à
mesma taxa, oferecer o mesmo desconto que a soma dos
4. Encontrar o valor nominal de um título que, descontado
descontos produzidos pelos 3 títulos.
por fora, à taxa de 4% a.m., três meses e meio antes do
seu vencimento, teve um desconto de $ 28000,00. Esse prazo é chamado de prazo médio.
5. Um título, com vencimento em 15 de agosto, foi Vamos ver como se faz para encontrar esse prazo.
descontado por fora em 13 de junho precedente, a uma
taxa de 6% a.m. Se o valor nominal do título era de $ 3 Em primeiro lugar, faremos o cálculo dos descontos em
600,00, qual ficou sendo o seu valor atual? separado:

6. Um título, no valor de $ 1 800,00, ficou reduzido a $1 Tempo Desconto


200,00 quando descontado por fora 3 meses antes de 30 dias = 1 mês 10000 . 0,06 . 1
seu vencimento. Qual foi a taxa mensal do desconto? 60 dias = 2 meses 10000 . 0,06 . 2
7. A que taxa anual uma nota promissória de $ 420,00, em 90 dias = 3 meses 10000 . 0,06 . 3
um mês e meio, dá $ 5,25 de desconto por fora?
(Lembre-se de que D = N . i . n para o desconto
8. Determinar o desconto por fora sofrido por uma letra de bancário.)
$ 2 400,00, à taxa de 4,5% a.m., 6 meses antes de seu
vencimento. Portanto, o desconto total é de:

9. Determinar o valor nominal de uma letra de câmbio D = 10000 • 0,06 • 1 + 10000 • 0,06 • 2 + 10000 • 0,06 •
que, descontada por fora, 3 meses e 10 dias antes de 3
seu vencimento, à taxa de 10% a.m., produziu o D = 10000 • 0.06(1 + 2 + 3)
desconto de $ 400,00.
Vamos, agora, encontrar o tempo T, que produziria, no
10. Uma letra de câmbio pagável em 19 de agosto, total dos 3 títulos, à mesma taxa, o mesmo desconto.
descontada por fora à taxa de 12% a.m. no dia 3 de
maio precedente, produziu $ 20 726,00 de líquido. Qual D = 30 000 • 0,06 • T
é o valor nominal dessa letra?
Comparando-se os descontos, vem:
11. Determinar o desconto por dentro sofrido por uma letra
10000 • 0,06(1 + 2 + 3)= 30000 • 0,06 • T
de 1 1 000,00, descontada à taxa de 3% a.m., 6 meses
antes de seu vencimento. 10000 0,06(1 + 2 + 3)
=T
12. Uma letra de $ 900,00, descontada por dentro, 20 dias 30000 ⋅ 0,06
antes de seu vencimento, sofreu um desconto de $
100,00. Qual foi a taxa mensal usada na operação? 1+ 2 + 3
= T ou T = 2 meses
3
13. Determinar o líquido produzido por uma letra que,
descontada por dentro, 60 dias antes do seu Deste modo, um título único de $ 30 000,00 produzirá
vencimento, à taxa de 9% a.m., produziu $ 140,00 de em 2 meses, à mesma taxa de 6%, o mesmo desconto que
desconto. a soma dos descontos dos 3 títulos.
14. Uma pessoa vai a um banco e desconta por fora uma O prazo médio T = 2 meses, como se pode
nota promissória 85 dias antes do vencimento, à taxa perceber, foi obtido através da média a-
de 6% a.m. Sabendo-se que o líquido para a pessoa foi ritmética dos prazos dos 3 títulos. Gene-
de $ 1 992,00, qual era o valor da promissória?
ralizando. teremos:
15. Determinar a diferença entre os descontos por fora e
Quando os valores nominais forem iguais, e as taxas
por dentro de uma nota promissória de $ 2 000,00
também, o prazo médio será a média aritmética dos
quando descontada 1 mês e 10 dias antes do
prazos.
vencimento, à taxa mensal de 9%.
16. Calcular o desconto por dentro de uma letra com Um segundo problema seria o de determinar o prazo
vencimento para daqui a 8 anos, no valor nominal de $ médio no caso de termos taxas iguais, mas valores
1 000,00, se descontada hoje à taxa anual de 20%. O nominais diferentes.
valor encontrado é razoável? Repita o cálculo,
verificando o desconto por fora. Vamos fazer o cálculo desse prazo para três
títulos, nas seguintes condições:
17. Duas letras, uma de $ 15 000,00, pagável em 6 meses,
Título Nominal ($) Taxa Vencimento (dias)
e outra de $ 14 700,00, pagável em 30 dias, foram
1 1000,00 10% a.m. 40
apresentadas a desconto por fora, recebendo o
2 2000,00 10% a.m. 50
portador da primeira $ 313,75 a mais do que o portador
da segunda. Qual foi a taxa anual usada nas 3 3000,00 10% a.m. 60
operações? Vamos, primeiramente, fazer o cálculo dos descontos
individuais:

39
Título Desconto 35 2016
35 480 ⋅ ⋅ 0,012 = = 6,72
0,1 30 30
1 1000 ⋅ ⋅ 40
30
Então: desconto total = 3,84 + 4,80 + 6,72 =15,36 ou $
0,1
2 2000 ⋅ ⋅ 50 15,36. Considerando N = 3 • $ 480,00 = $ 1440,00, vamos
30 calcular D, usando o prazo médio calculado.
0,1
3 3000 ⋅ ⋅ 60 0,012
30 D = 1440 ⋅ ⋅T
30
Lembre-se de que D = N h n.
80
O desconto será, portanto: Nesta expressão, T = (prazo médio calculado).
3
0,1 0,1 0,1 Dessa forma, temos:
D = 1000 ⋅ ⋅ 40 + 2000 ⋅ ⋅ 50 + 3000 ⋅ ⋅ 60
30 30 30
0,012 80 1382,40
D = 1440 ⋅ ⋅ = = 15,36
0,1 30 3 90
D= (1000 ⋅ 40 + 2 000 ⋅ 50 + 3 000 ⋅ 60)
30
ou $ 15,36. Portanto, o prazo médio está correto.
Agora vamos calcular o desconto produzido num título
Resposta: O prazo médio é de 27 dias.
único, à mesma taxa, num prazo T, no valor que é a soma
dos valores nominais de cada um dos 3 outros títulos. 2. Uma pessoa tinha três títulos a receber: um de $
250,00 com prazo de 20 dias, outro de $ 350,00 com
0,1 prazo de 40 dias e outro de $ 400,00 com prazo de 25
D = (1 000 + 2000 + 3000) ⋅T
30 dias. A taxa era de 8% a.m., para todos os títulos. Qual
seria, então, o tempo em que a soma desses valores
Comparando os dois cálculos dos descontos, nominais, à mesma taxa, daria os mesmos descontos?
vem:
0,1 Solução
(1 000 + 2000 + 3000) ⋅ ⋅T =
30 Como agora, à mesma taxa, há uma variação dos
0,1 valores nominais e dos prazos, sabemos que o prazo
(1000 ⋅ 40 + 2 000 ⋅ 50 + 3 000 ⋅ 60) médio deverá ser feito com uso da média ponderada.
30
Assim:
1000 ⋅ 40 + 2 000 ⋅ 50 + 3 000 ⋅ 60
T= = 53 dias
1000 + 2000 + 3000 250 ⋅ 20 + 350 ⋅ 40 + 400 ⋅ 25
T= =
(aproximadamente) 250 + 350 + 400
O prazo médio seria, nessa situação, 53 dias. Perceba 5000 + 14000 + 10000
= 29
que ele foi obtido calculando a média ponderada dos três 1000
prazos e utilizando os respectivos valores nominais como
pesos. Generalizando, temos: O prazo médio é de 29 dias.

Quando os valores nominais forem diferentes e as Vamos fazer a verificação, lembrando-nos de que i =
taxas iguais, o prazo médio será a média ponderada dos 0,08.
prazos, com os respectivos valores nominais como pesos. Tempo (dias) Desconto ($)
Exercícios Resolvidos 20 400
20 250 ⋅ ⋅ 0,08 =
30 30
1. Tenho três letras iguais de $ 480,00, a prazos de 20, 25
20 1120
e 35 dias, respectivamente. Como a taxa de desconto é 40 350 ⋅ ⋅ 0,08 =
de 1,2% a.m., qual é o prazo médio de vencimento das 30 30
três letras? 25 800
25 400 ⋅ ⋅ 0,08 =
Solução 30 30

Como temos o mesmo valor nominal e a mesma taxa 400 1120 800 2320
Então, desconto total = + + =
para as três letras, podemos considerar o prazo médio 30 30 30 30
como média aritmética dos 3 prazos. Assim:
ou, aproximadamente, $ 77,33.
20 + 25 + 35 80
T= = Considerando N = 250 + 350 + 400 = 1.000 ou N = $
3 3
1.000,00, vamos calcular o desconto com prazo médio
ou aproximadamente 27 dias. calculado anteriormente.

Vamos verificar a validade dessa resposta, lembrando- 0,08


D = 1000 ⋅ ⋅T
se de que D = N • i • n e i = 0,012. 30
Nessa expressão, T = 29 (que é o prazo médio).
Tempo (dias) Desconto ($)
0,08 2320
20 1152 D = 1 000 ⋅ ⋅ 29 = ou $ 77,33,
20 480 ⋅ ⋅ 0,012 = = 3,84 30 30
30 30
aproximadamente.
25 1440
25 480 ⋅ ⋅ 0,012 = = 4,80 Portanto, está correto o prazo médio.
30 30
Resposta: O prazo médio é de 29 dias.

40
TAXA MÉDIA
Quando os valores nominais forem diferentes mas os
O problema agora é substituir vários títulos, com taxas prazos iguais, a taxa média será a média ponderada
diferentes, por um único que, quando descontado, não das taxas, utilizando-se os respectivos valores
cause ao credor ou ao devedor nenhum ônus. nominais como pesos.
Vamos estudar três desses casos. Em todos eles,
desejaremos sempre encontrar uma taxa média. Terceiro caso: Valores nominais diferentes e prazos
diferentes
Primeiro caso: Valores nominais e prazos iguais
Valor Nominal Prazo Desconto
Titulo Taxa(a.m.)
Taxa Valor Desconto ($) (m) ($)
Titulo Prazos
(a.m.) Nominal($) ($) 1 3% 1200 2 1200•2•0,03
1000 • 2 5% 1500 4 1500•4•0,05
1 2% 1000 4
0,02•4
1000 • O desconto total será:
2 3% 1000 4
0,03•4
D = 1200 •2 • 0,03 + 1500 • 4 • 0,05

O desconto total será: Calculando o desconto sobre um título único, no


mesmo prazo, e com uma só taxa i, obtemos:
D = 1000 • 0,02 • 4 + 1000 • 0,03 • 4
D = 1200 • 2 • i + 1 500 • 4 • i = (1200 • 2 + 1500 • 4)i
D = 1000 • 4 • (0,02 + 0,03)
Comparando os dois descontos:
Calculando agora o desconto sobre um título único, no
mesmo prazo, temos: 1200 • 2 • 0,03 + 1500 • 4 • 0,05 = (1200 • 2 + 1500 • 4) i

D = 2 000 • i • 4 1200 ⋅ 2 ⋅ 0,03 + 1500 ⋅ 4 ⋅ 0,05 372


Então: i = = 
1200 ⋅ 2 + 1500 ⋅ 4 8400
Comparando os dois descontos, obtemos:
2 000 • i • 4 = 1000 • 4 • (0,02 + 0,03)  i ≅ 0,0442
A taxa média i é aproximadamente 0,0442 ou 4,42%
1000 ⋅ 4 ⋅ (0,02 + 0,03)
i= a.m. Este valor foi obtido calculando-se a média ponderada
2000 ⋅ 4 das taxas e utilizando-se o produto dos valores nominais
pelos respectivos prazos como pesos.
0,02 + 0,03
i= = 0,025
2 Generalizando:

A taxa média será, portanto, a média aritmética das Quando os valores nominais e os prazos forem diferentes,
taxas dos dois títulos. a taxa média será a média ponderada das taxas,
utilizando-se como pesos, os respectivos dos valores
Quando os valores nominais e os prazos forem nominais pelos prazos.
iguais, a taxa média será a média aritmética das
taxas. Observação importante: Taxas e prazos médios
poderão ser calculados não só em descontos, mas
Segundo caso: Valores nominais diferentes e prazos também em juros.
iguais
1. Dois capitais iguais de $ 800,00 fo-
Taxa Valor Prazo ram colocados a render juros durante três meses, à
Título Desconto ($)
(a.m.) Nominal($) (meses)
taxa de 10% a.m. e 12% a.m. Qual é a taxa média de
1 2% 1000 4 1000•0,02•4
juros?
2 3% 2000 4 2000•0,03•4
Solução
O desconto total será:
Como temos capitais iguais, colocados a render juros
D = 1000 • 0,02 • 4 + 2000 • 0,03 • 4
no mesmo prazo, a taxa média poderá ser calculada
Agora, calcularemos o desconto sobre um título único, pela média aritmética das taxas.
no mesmo prazo, a uma taxa média i.
Assim:
D = (1 000 + 2000) • i • 4
0,10 + 0,12
Comparando os dois descontos: i= - 0,11 ou 11% a.m.
2
(1 000 + 2000) • i • 4 =
Vamos fazer a verificação:
1000 • 0,02 • 4 + 2000 • 0,03 • 4 Capital Taxa Prazo
Juros ($)
($) (a.m.) (m)
(1000 ⋅ 0,02 + 2000 ⋅ 0,03) ⋅ 4
i= 800 10% 3 800• 0,1• 3 = 240
(1000 + 2 000) ⋅ 4 800• 0,12•3 =
800 12% 3
288
1000 ⋅ 0,02 + 2000 ⋅ 0,03
i= = 0,0266
1000 + 2 000 Juro total = 240 + 288 = 528 ou $ 528,00
A taxa média i = 0,0267, ou 2,67% a.m., Calculando o juro com a taxa média obtida, temos:
aproximadamente, foi obtida calculando-se a média J = 2 • 800 • 3 • 0,11= 528 ou $ 528,00
ponderada das taxas, utilizando-se os respectivos valores
nominais como pesos. Generalizando: Portanto, a taxa média está correta.

41
Resposta: A taxa média é de 11% a.m. valor à vista, a terça parte em 6 meses e o restante, em
1 ano. Em que prazo poderei liquidar a dívida toda?
2. Três capitais iguais a $ 1200,00 são colocados a render
juros; o primeiro a 4% a.m., durante 2 meses; o 19. Qual o prazo médio de três letras de $ 200,00 cada
segundo a 6% a.m., durante 3 meses e o terceiro, a 8% uma, emitidas a 60 dias 120 dias e 180 dias de prazo, à
a.m., durante 4 meses. Calcular a taxa média de juros. taxa de 5% a.m.?
Solução 20. Tenho cinco letras de $ 500,00 cada uma, para pagar
em prazos de 60, 80, 25, 60 e 50 dias, à taxa comum
Como temos o mesmo capital, com prazos variáveis, a de 10% a.m. O credor propôs trocar as cinco letras por
taxa média deverá ser calculada pela média ponderada um único título de $ 2 500,00 num prazo de 45 dias. O
das taxas, usando os prazos como pesos. prazo proposto é conveniente, comparado com o prazo
Assim: médio das 5 letras que tenho?

0,04 ⋅ 2 + 0,06 ⋅ 3 + 0,08. ⋅ 4 0,58 21. Determine o prazo médio das letras: $ 200,00 a 30 dias,
i= = = 0,064 $ 120,00 a 45 dias e $ 400,00 a 60 dias, numa taxa
2+3+4 9
comum de 5% a.m.
Então, a taxa média é, aproximadamente, 0,064 ou 22. Qual a data de vencimento de uma letra destinada a
6,4% a.m. substituir, em 6 de junho, duas letras: uma de $ 1
Vamos fazer a verificação: 000,00, com vencimento em 3 de agosto, e outra, de 1
600,00, com vencimento em 15 de julho do mesmo ano,
Taxa Prazo à taxa de 15% a.m.?
Capital ($) Juros(S)
(a.m.) (m)
1200 4% 2 1200 • 0,04 • 2 = 96 23. Uma letra de $ 50 000,00 vence em 30 dias, e outra, de
$ 75 000,00, vence em prazo desconhecido. Sabendo-
1200 6% 3 1200 • 0,06 • 3 = 216 se que o prazo médio delas é de 32 dias, qual é o prazo
1200 8% 4 1200 • 0,08 • 4 = 384 da segunda letra?

Juro total 96 + 216 + 384 = 696 ou $696,00 24. Determinar a taxa média de três letras de $ 1 000,00
cada, à taxa de 5% a.a., 6% a.a. e 7% a.a., todas com
Calculando o juro com a taxa média obtida, temos: um prazo de 3 meses.
J = 1200 • i • 2 + 1200 • i • 3 + 1200 • i • 4= 25. Qual a taxa média de duas letras: uma de $ 2 000,00 à
= 1200 • i • (2 + 3 + 4) = 1 200 • i • 9 taxa de 5% a.m. e outra de $ 2 500,00 à taxa de 4%
a.m. em 20 dias?
0,58
Como i = ,temos então: 26. Qual a taxa média das seguintes letras: uma de $
9 400,00 em 50 dias, a 6% a.m., outra de $ 200,00 em 30
dias, a 3% a.m., e finalmente uma de $ 300,00 em 45
0,58
J = 1200 • • 9 = 696 ou $ 696,00, o que confirma dias, à taxa de 5% a.m.?
9
o valor da taxa média. 27. Qual a taxa média de quatro letras de $ 1 200,00 cada
uma, à taxa de 3% a.m., 4% a.m., 5% a.m. e 6% a.m.,
Resposta: A taxa média é de, aproximadamente, 6,4% todas durante 25 dias?
a.m.
28. Determinar a taxa média das seguintes letras: $ 500,00
3. Tenho três títulos a resgatar: o primeiro, de $ 6 000,00, a 12% a.m., $ 600,00 a 8% a.m. e $ 2 000,00 a 6%
tem prazo de vencimento de 3 meses à taxa de 10% a.m., todas no prazo de 40 dias.
a.m.; o segundo, de $ 5 000,00, tem prazo de 4 meses
à taxa de 15% a.m., e o terceiro, de $ 8 000,00, tem 29. Emprestei uma quantia á taxa de 12% a.a. Depois de
prazo de 3 meses a 12% a.m. Qual a taxa média para 10 meses, baixei a taxa para 8% a.a., e depois de 6
os descontos? meses recebi $ 12 500,00 de capital e juros. Usando a
taxa média, qual foi o capital emprestado?
Solução
30. Tenho três letras de $ 6 000,00, $ 8 000,00 e $ 5
Como temos, agora, valores nominais diferentes e 000,00, emitidas em prazos de 40 dias, 15 dias e 20
prazos diferentes, vamos calcular a taxa média, dias, respectivamente. A primeira e a segunda letras
utilizando a média ponderada das taxas, com pesos de- estão a 8% e a 10% a.m., respectivamente, e a taxa
terminados pelos produtos dos valores nominais pelos média é de 10% a.m. Qual a taxa da terceira letra?
respectivos prazos.
Respostas dos exercícios propostos
Assim: 1. $ 240,00
2. i = 0,4 ou 40%
6000 ⋅ 3 ⋅ 0,1 + 5000 ⋅ 4 ⋅ 0,15 + 8000 ⋅ 3 ⋅ 0,12
i= 3. 4 meses
6000 ⋅ 3 + 5000 ⋅ 4 + 8000 ⋅ 3 4. $200.000,00
5. $ 3146,40
1800 + 3000 + 2880 7680
= = ≅ 0,1239 6. 11,11 %a.m.
18000 + 20000 + 24000 62000 7. 10% a.a.
ou 12,39%a.m. 8. $ 648,00
9. $ 1200,00
Resposta: A taxa média dos descontos é de 12,39% 10. $ 36 489,44
a.m. 11. $ 152,54
12. 18,75% a.m
Deixaremos a verificação como exercício para você
13. $ 777,78
resolver.
14. $ 2400,00
18. Devo $ 60 000,00. Tenho de pagar a metade desse 15. $ 25,66

42
16. Dr = $ 615,38 Juros sim-
D = $ 1600,00 ples
Não é razoável. Montante a 1000 1200 1440 1780 2073,6
17. 5%a.a. Juros com-
18. 4 meses e meio postos
19. 120 dias
20. Não convém aceitar a proposta. Representando graficamente, temos:
21. 49 dias
22. 51 dias. A data é 27 de julho.
23. 33 dias
24. 6%a.a.
25. 4,4% a.m.
26. 5,2% a.m.
27. 4,5% a.m.
28. 7,35% a.m.
29. $ 10 964,91
30. 0,148 ou 14,8%
. Pode-se verificar, pelo gráfico acima, que, para n 1,
os juros compostos e os juros simples são iguais; para n <
Juros Compostos 1, os juros simples são maiores que os juros compostos e,
para n > 1, os juros compostos sempre excedem os juros
CONCEITO simples.

CÁLCULO DO MONTANTE (CN)


Juros compostos, acumulados ou capitalizados, são
os que, no fim de cada período, são somados ao capital No problema anterior, calculou-se o montante do ca-
constituído no início, para produzirem novos juros no perí- pital de 1.000, em 4 anos, a 20% a.a., resolvendo quatro
odo seguinte. problemas de juros simples, ou seja, calculando os juros
em cada ano a partir do montante constituído no ano ante-
Seja, por exemplo, um capital de 1.000 unidades rior. Pode-se, entretanto, deduzir uma fórmula para o cál-
monetárias colocado a 20% a.a. durante 4 anos. culo do montante em função do capital inicial, da taxa do
juro e do tempo de aplicação.
No fim do primeiro ano o juro é igual a 200, que é
capitalizado, isto é, é somado ao capital 1000 para, assim, Os juros foram calculados, em cada ano, aplicando-
o novo capital, 1200, produzir juros no segundo ano. Ao se a fórmula j = Ci (n = 1) e os resultados obtidos estio
final deste, o juro será de 240, ou seja, 20% de 1200. O resumidos no quadro abaixo:
capital a produzir juro no terceiro ano é de 1.440 (1.200 +
240). O juro será 288. No quarto ano o juro será de 20% Capi- Ju- Montan-
sobre o capital 1.728 (1.440 + 288), ou seja, 345,60. Dessa tal ros te
forma, o montante no fim do quarto ano será de 2.073,60 1° ano 1000 200 1200
unidades de capital. 2° ano 1200 240 1440
3° ano 1440 288 1728
O gráfico abaixo mostra os juros calculados no fim 4° ano 1780 345, 2073,6
de cada período e os respectivos montantes. 6

Representando literalmente os valores do quadro a-


cima, temos:

Capi- Ju- Montan-


tal ros te
n =1 C j1 C1
n =2 C1 J2 C2
n =3 C2 j3 C3
n =4 C3 j4 C4
Comparando os juros compostos com os juros sim- Seja CN, o montante do capital C, à taxa i, no fim de n
ples, verifica-se que os primeiros crescem em progressão períodos. Resolvendo literalmente o problema anterior,
geométrica, enquanto os juros simples são constantes em temos:
todos os períodos, pois são calculados sempre sobre o
capital inicial. • para n =1 C1 = C+ j1
como j1 = Ci
No problema citado, os juros simples são iguais a C1 =C + Ci = C(1+i)
200 unidades monetárias em todos os anos. Assim, o mon-
tante do capital de 1.000, a juros simples de 20% a.a., • para n =2  C2 = Ci + j2
cresce numa progressão aritmética de razão 200, enquanto C2 = C1 +C1i = C1 (1+i) = C (1+i) (1+i) =C (1 +i)2
o montante a juros compostos cresce em progressão geo-
métrica de razão 1,2. O quadro abaixo apresenta a evolu-
• para n = 3  C3 = C2+j3
ção dos montantes a juros simples e compostos. 2
C3 = C2 + C2i = C2 (1+i) = C (1 +i) (1+ i) = C(1
3
+j)
Anos 0 1 2 3 4
Montante a 1000 1200 1400 1600 1800

43
• para n=4 C4 = C3+j4
C4 = C3 +C3 i = C3 (1 +i) = C(1+i)3 (1 +i) = C
4
(1+j)

Analogamente:
C5 =C (1 + i)5 2 Para taxa trimestral de 5% em 2 anos, temos:

C6 = C (1+i)6

Finalmente, para n qualquer,

Cn = C ( 1+i)n

Obs.: Nessa fórmula, como em todas as de- CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS


mais da matemática financeira, a taxa unitária i e o número
de períodos n devem referir-se d mesma unidade de tem-
po. Assim, se i é taxa anual, n deverá expressar número de
anos; se lã taxa semestral. n será número de semestres Na constituição do montante, os juros podem ser
etc. calculados no fim de cada ano, semestre, trimestre ou mês.
Assim, os juros podem ser capitalizados anualmente, se-
EXEMPLOS mestralmente, trimestralmente ou mensalmente.

1. Calcular o montante do capital de 10.000 unida- Geralmente, com referência ao período de capitali-
des monetárias, a 10% a.a., em 3 anos. zação, a taxa de juros é anual.

C = C(1+i)N EXEMPLOS
C = 10.000
C = 0,1 (10%a.a.) 1. Juros de 18% á.a. capitalizados semestralmente.
n = 3(anos) 2. Juros de 20% a.a. capitalizados trimestralmente.
C3 = 10.000(1+0,1)3 3. Juros de 12% a.a.’capitalizados mensalmente.
C3 = 10.000 x 1,13
C3 = 10.000 x 1,331 Nesses casos, ao calcular o valor da expressão (1 +
n
C3= 13.310 i) emprega-se a taxa proporcional, ou seja: no exemplo 1,
a taxa semestral proporcional a 18% a.a. é de 9%; no e-
2. Determinar o montante de 3.000 unidades monetá- xemplo 2 a taxa proporcional é de 5% ao trimestre; e, no
rias, a 2% ao mês, no fim de 2 anos. exemplo 3, a taxa a ser utilizada é de 1% ao mês. Entre-
tanto, às vezes, usa-se a taxa equivalente, conforme se
Cn = C (1 +i)n verá mais à frente.
C = 3.000
i = 0,02 (2% ao mês) EXEMPLOS
n = 24 (meses)
C24 = 3.000(1 +0,02)24 = 3.000x 1,0224 1. Qual o montante do capital equivalente a 500 u.m.,
no fim de 2 anos, com juros de 24% a.a. capitaliza-
O valor de 1,0224 é fornecido por tábua financeira dos trimestralmente?
(Tábua 1) e é igual a 1,608437.

C24 = 3.000 x 1,608437


C24 = 4.825,31

TÁBUAS FINANCEIRAS

Na aplicação da fórmula do montante deve-se calcu-


lar o valor da potência (1 + j)n. Por isso, foi colocada no fim
deste livro (apêndice) a Tábua financeira 1, que fornece os
valores da expressão (1 + i)n para vários valores de i e n.

Para localizar, na Tábua 1, determinado valor, procu-


ra-se na primeira linha a taxa centesimal correspondente a
/ e, na primeira coluna, o valor de n. É na intersecção da
linha dos períodos com a coluna da taxa que ele se encon-
2 O capital de 120 u.m. foi colocado a juros de 20%
tra. Convém recordar aqui que se estiver tomando uma
a.a capitalizados semestralmente. Qual o montante no fim
taxa anual, n estará representando o número de anos; se a
de 2 anos e 6 meses?
taxa for trimestral, n será o número de trimestres etc.

EXEMPLOS:

1 Se o problema envolve uma taxa mensal de 2%


por um ano e 6 meses, então:

44
lnterpolação de valores tabelados

Nos dois exemplos anteriores, os valores da expres-


são (1 + 1)” podem também ser calculados fazendo-se
interpolação linear dos valores aproximados, fornecidos
pela tábua financeira.

Para o cálculo do valor de (1 + 0,055)8, procuram-se


CÁLCULO DO VALOR DE (1 + i)n NÃO TABELADO na tábua as taxas mais próximas de 5,5%, que são 5% e
6%. Na linha correspondente a 8 períodos, os valores da
Quando o valor da expressão (1 + i)n não for forneci- função (1 + i)n, para estas taxas, são 1,477455 e 1,593848,
do diretamente pela tábua financeira, isto 6, a tábua não respectivamente. Estabelecendo uma regra de três calcula-
tiver a taxa do problema ou n for um número que não cons- se o valor da função para a taxa de 5,5%.
te na tábua, pode-se achar o valor dessa expressão com
auxílio de logaritmos ou fazendo interpolação dos valores 5% 6%
tabelados. Obviamente, se se dispuser de uma calculadora 8 1,477455 1,593848
que faça potenciação, o cálculo será bem simplificado.
Para um acréscimo da taxa de 1% (6% — 5%), a
Cálculo de (1 +i)n com emprego de logaritmos função tem um acréscimo de 0,116393 (1,593848 —
1,477455); então, um acréscimo de 0,5% (5,5% — 5%)
Fazendo: corresponde a um acréscimo de x no valor da função. Por-
tanto:
X = (1 +i)n
Log x = log (1 +i)n
Log x= n log(1 +i) 1% 0,116393
X = antilog [n log (1+i)]
0,5% x
EXEMPLOS 1_ = 0,116393
0,5 x
1. Se a taxa é de 5,5% ao trimestre e o prazo de apli- x = 0,5 x 0,116393
cação é de 2 anos, entro: x = 0,058196

(1 +i)n =(1 + 0,055)8 Somando-se esse valor ao da função corresponden-


te à taxa de 5% e 8 períodos, tem-se o valor da expressão
Por hipótese, a tabela não fornece a taxa de 5,5%, (1 + 0,055)8. Dessa forma:
pode-se calcular o valor de (1 + 0,055)8 com auxílio de
logaritmos. Assim: (1+0,055)8 = 1,535651(1,477455+0,058196)

X=(1 + 0,055)8 Entretanto, deve-se observar que os valores de (1 +


log x =log(1 + 0,055)8 i)n obtidos por interpolação linear da taxa serão sempre um
log x =8log 1,055 pouco maiores que os valores reais, pois estes crescem na
log x = 8 x 0,0232525 forma exponencial e, pela interpolação linear considera-se
logx = 0,18602 um segmento de reta entre dois pontos da exponencial.
x = antilog 0,18602
x = 1,534687 Podemos observar melhor a superestimação de (1+
n
i) , pela interpolação linear, através da representação gráfi-
Portanto, (1 + 0,055)8 = 1,534687 (veja Tábua 1) ca abaixo.

2. Admita-se que um capital é colocado por 2 anos e 2


meses a juros de 20% a.a. capitalizados semestral-
mente. Neste problema, a taxa é de 10% ao semestre
e n é igual a 4 2/6 = 4 1/3 (semestres). Então:

45
juros simples desse montante em 2 meses.

Neste exemplo, verifica-se que o valor calculado pa-


ra (1 + 0,055)8 com auxílio de logaritmos, 1,534687 (valor
Aplicando agora a fórmula do montante a juros sim-
real), é menor que 1,535651, calculado por interpolação
ples, Cn = C(l + i n), onde:
linear. Assim, sempre que o cálculo exigir precisão deve-se
evitar a interpolação linear.
C= 1.416,17
i = 0,02(2% ao mês)
1 n = 2 (meses)
No segundo exemplo, onde n=4 e a taxa é de 10%,
3 C2 = 1.416,17(1+0,02x2)
interpolando os valores tabelados, temos: C2 = 1.472,81

Acréscimo no n Acréscimo da função Portanto, o montante pela capitalização mista é de


1.472,81 unidades monetárias. Esse mesmo resultado é
1 0,149510(1,610510 – 1,461000) obtido se resolvermos o problema fazendo a interpolação
linear para o cálculo do valor de (1 + i)n. Vejamos:
1
x
3 Cn = C(1+i)n
C = 900
i = 0,12(12% ao mestre)
1
x= x 0,149510
3 1
x = 0,049836 n = 4 (semestre)
3
1
4 1
Portanto: (1 + 0,1) 3
= 1,510836
C 4 1 = 900(1+0,12)
4
3

3
Comparando este valor com aquele obtido com auxí-
lio de logaritmos (1,511361) verifica-se que a interpolação n 12%
linear subestima o valor real de (1 +i)n Isto ocorre pois, 4 1,573519
1 5 1,762341
como foi visto anteriormente, em de período os juros
3 1 0,188822(1,762341 – 1,573519)
simples (interpolação linear) são maiores que os juros
compostos (exponencial). Este tipo de interpolação não 1
x
será empregado, pois, nesses casos, o cálculo do montan- 3
te é feito através do sistema de capitalização mista.
1
x= x 0,188822
CAPITALIZAÇÃO MISTA 3
x = 0,062941
C 4 1 = 1.472,81
Como vimos, quando n < 1 os juros simples são 3
maiores que os compostos, por isso, sendo n um número
misto, na prática, calcula-se o montante a juros compostos
na parte inteira de n e, em seguida, calculam-se os juros SISTEMA PRICE
simples desse montante na parte fracionária de n. Esse
sistema de cálculo denomina-se capitalização mista. Quando um capital é colocado a juros compostos
capitalizados mensalmente a uma taxa anual, convencio-
EXEMPLO nou-se chamar esse sistema de capitalização de Price, e
as tabuas financeiras, que fornecem taxas anuais de juros
Determinar o montante de 900 unidades monetárias, e o número de períodos de capitalização em meses, de
a 24% a.a. capitalizados semestralmente, em 2 anos e 2 tabelas Price.
meses.
Ci = C(1+i)n No apêndice, apresenta-se uma amostragem das ta-
i = 0,12(12% ao mestre) belas Price (Tábuas VI a X).
1
n = 4 (semestre) EXEMPLO
3
Pela capitalização mista, calcula-se o montante a ju-
ros compostos em 4 penodose, em seguida, calcula-se os 1. Calcular o montante do capital de 1.000 unidades

46
monetárias, por 2 anos, a 12% a.a. capitalizados
mensalmente.

Seja k → ∞ o número de capitalizações em 1 ano,


e n o número de anos.

Teremos a fórmula geral do montante:


JUROS COMPOSTOS CONTÍNUOS Cn = C (1+i)n
Os juros compostos são denominados contínuos Substituindo i por _i_ por i:
quando o número de capitalizações tende para infinito. K
Considere-se o seguinte problema: calcular o mon-
1
tante de 1.000 unidades monetárias, por 3 anos, a 10%
a.a. capitalizados:
C n = C (1 + )kn
k
anualmente
Dividindo 2 termos da fração _i_ por i:
semestralmente
K
trimestralmente, e
mensalmente 1
C n = C (1 + )kn
k
a )C 3 = 1000 (1 + 0,1) 3 = 1000 × 1,331000 = 1,331
b )C 3 = 1000 (1 + 0,5) 6 = 1000 × 1,340095 = 1.340 ,10 i
c )C 3 = 1000 (1 + 0,025 )12 = 1000 × 1,344889 = 1.344 ,89
k
d )C 3 = 1000 (1 + 0,00833 ) 36 = 1000 × 1,348181 = 1.348,18 Seja k’ = ;portanto, k = k’i
i
Verifica-se, através desse problema, que, à medida i
que aumenta o número de capitalizações. o montante tam- C n = C (1 + ) k ' in
bém aumenta. Quando n tende para infinito, os juros com- k'
postos são contínuos.
Calculando o limite quando k’ →∞,
Cálculo do montante

O problema de juros compostos contínuos consiste


em calcular o limite para o qual tende o montante quando o
número de capitalizações tende para infinito.

Pode-se verificar, no exemplo anterior, que o montan-


te não cresce proporcionalmente ao número de capitaliza-
ções. Dessa forma, a curva correspondente aos montantes Sendo Cn e C constantes;
de um certo capital, a uma determinada taxa, em função do
número de capitalizações, num tempo constante, tem con-
cavidade para baixo, conforme o gráfico seguinte:

Cn é o limite para o qual tende o montante quando


n tende para infinito

k
A expressão lim(1+ )k’ é um dos limites fundamentais da
i
álgebra e é igual a e = 2,718. Portanto:
K’→∞
Cn=C ein

Obs: O valor da expressão ein terá de ser calcula-


do com calculadora eletrônica ou com o auxílio de logarit-
mos.

47
EXEMPLO i = e ii − 1
Calcular o montante do capital de 1.000 unidades e = 2 , 718
monetárias, em 3 anos, com juros de 10% a.a. capitaliza- i i = 0 ,1
dos continuamente.
i = 2 , 718 0 ,1
−1
in
Cn = C .e
C = 1000 x = 2 , 718 0 ,1

e = 2,718 log x = 0 ,1 log 2 , 718


i = 0,1
n=3 log x = 0 ,1 × 0 , 4342495
log x = 0 , 04342495
C3 = 1000 x 2,7180,1 x 3
C3 = 1000 x 2,7180,3 x = 1,1051
i = 1,10551 − 1
Fazendo x = 2,7180,3 e calculando com auxílio de logarit-
mos, i = 0 ,10551 ou 10 , 51 % a . a

logx = log2,7180,3 2. Qual a taxa de instantânea equivalente a 10%


logx = 0,3log2,718 a.a?
logx = 0,3 x 0,432495
logx = 0,13027485 ii = 2,3028 log(1 + i )
x = antilog0,13027485
x = 1,34981 i = 0,1
C3 = 1,34981
C3 = 1000 x 1,34981
ii = 2,3028 log(1 + 0,1)
C3 = 1,349,81 ii = 2,3028 × 0,0413927
Taxa instantânea ii = 0,0953ou 9,53%

A taxa anual cujos juros são capitalizados continua-


mente é denominada taxa instantânea. PROBLEMAS RESOVIDOS

Taxa anual equivalente à taxa instantânea Calcular os juros do capital de 1000 unidades mo-
netárias, colocado por 4 anos, a 20% a.a. capi-
Seja i a taxa anual e ii a taxa instantânea equivalente. talizados semestralmente.
Então, um capital C, em n anos, produzirá o mesmo mon-
tante à taxa i e à taxa ii. Os montantes são:

Cn = C (1 + i)n (capitalização anual)


Cn = C . eiin (capitalização contínua)
C(1+i)n = C x eii
1+i = eii

Dessa igualdade, pode-se deduzir i em função de ii e


em função de i. No primeiro caso, temos:

i = eii -1

Para deduzir a expressão do valor de ii em função de


i aplicam-se logaritmos à igualdade.

1 + i = e ii
log(1 + i ) = log e ii
log(1 + i ) = ii log e ii = 2,3028 log (1+i)

1
ii = × log(1 + i )
log e
1
ii = × log(1 + i )
0,4342495
2. Qual o montante do capital equivalente a 500
u.m., a 10% a.a. capitalizados mensalmente, em 2
EXEMPLO
anos?

1. Qual a taxa anual equivalente á taxa instantânea


de 10%?

48
Log(1+i) = logPn-logP
n
Pn = 212
P =149
n = 24

log(1+i) = log212 – log149


24

log(1+i) = 2,32633586 – 2,17318627


24

06. O capital de 1.000 unidades monetárias produziu o


montante de 1.70P unidades monetárias em 1 ano e
3. Um empréstimo de 2000 unidades monetárias 9 meses. Qual foi a taxa trimestral dos juros?
deverá ser resgatado no fim de 3 anos com juros
de 15% a.a. capitalizados trimestralmente. Qual o Cn = C (1+i)n
valor do resgate? Cn = 1700
C = 1000
n = 7(trimestralmente)
C n = C (1 + i ) n 1700 = 1000 (1+i)7
(1+i)7 = 1700
i = 0,0375(3,75%aotrimestre) 1000
n = 12(trimestres) (1+i)7 =1,7

C12 = 2000(1 + 0,0375)12 Implementando:

Interpolados os valores da Tábua I, corresponden- 7% 8%


te a (1+i)n para3,5% e 4%, temos: 7 1,605781 1,713824

3,5 4% O valor de (1 + i)7 = 1,7 está na tábua entre as taxas de 7%


% e 8%.
12 1,511069 1,601032
0,108043 1%
0,5% 0,089963 0,094219 x
0,25% x
x = 0,094219
x = 0,25 x0,089963 0,108043
0,5 x = 0,87%
Portanto: x = 7,87% ao trimestre

(1+0,0375)12 = 1,511069+0,044982 = 1,556051


C12 = 2000 x 1,556051 Equivalência de Capitais Diferidos
C12 = 3.122,10

4. Calcular a taxa nominal e a efetiva anual Def.: Dois capitais são ditos diferidos se têm vencimen-
correspondente a 2% ao mês. tos em datas diferentes.
Def.: Dois ou mais capitais são ditos equivalentes se, em
Taxa nominal = 2% x 12 = 24% a.a. certa época, seus valores atuais forem iguais.
Problemas de equivalência de capitais diferidos têm uma
Taxa efetiva: importância muito grande pois permitem a substituição de
i =(1 +ík)k -1 títulos que vencem em datas diferentes.
ik = 0,02 Mas, para resolver problemas assim, devemos:
k = 12 1º) Estabelecer uma data de comparação. No caso de
i = (1+0,02)12 -1 juros simples, esta deve ser a data em que a dívida foi
i = 1,268242-1 contraída (data zero).
i = 0,268242 ou 26,824%a.a. 2º) Calcular o Valor Atual de todos os títulos envolvidos no
problema na data de comparação.
3º) Comparar os valores calculados. Se o resultado for uma
Com relação ao ano-base de 1964,o índice de preços no igualdade, esses capitais diferidos são equivalentes po-
ano de 1966 foi de 149, passando para 212 em dendo, portanto, ser trocados.
1968. Considerando os Índices referidos ao mês de
dezembro, calcular a taxa mensal média de inflação
nesse período de 24 meses. PROBLEMAS PROPOSTOS

01. Calcular o montante de 1.000 u.m. no fim de 3

49
anos, a 16% a.a. capitalizados semestralmente. 01. Quanto é 13% de 200?

02. Qual o juro de 2.000 u.m. no fim de 2 anos e meio, Solução:


a 20% a.a. capitalizados trimestralmente? . Taxa = 13% = 0,13
100
03. O capital de 1.500 u.m. foi colocado a 12% a.a.
durante 4 anos. Qual o tante? Principal = 200
Porcentagem = taxa • principal
04. O capital de 1.000 u.m. produziu o montante de Porcentagem = 0,13 • 200 = 26
1.695,881 u.m. em 3 anos. Qual a taxa trimestral Resposta: 13% de 200 é 26.
do juro?
02. Calcular 250% de 32.
05. Em quanto tempo um capital dobrará de valor a
18% a.a. capitalizados trimestralmente? Solução:
Taxa = 250% = 250 = 2,5
06. Determinar o montante de 1.200 u.m. no fim de 4 100
anos, a 12% a.a. capitalizados mensalmente.
Principal = 32
07. Qual a taxa anual de juros que, capitalizados Porcentagem = taxa • principal
semestralmente, faz com que o capital de 2.500 Porcentagem = 2,5 • 32 = 80
u.m. produza 2.000 u.m. de juros em 3 anos e 6 Resposta: 250% de 32 é 80.
meses?
03. Obter 3,5% de $4 500,00.
08Durante quanto tempo 2.500 u.m. produzem 1.484,621
u.m. de juros, a 24% a.a. capitalizados Solução:
trimestralmente?
Taxa = 3,5% = 3,5 = 0,035
09O capital de 4.000 u.m. é colocado a 20% a.a. 100
capitalizados trimestralmente e o de 7.000 u.m. é
colocado a 10% a.a. capitalizados Principal 4 500
semestralmente. No fim de quanto tempo os Porcentagem = taxa • principal
montantes serão iguais? Porcentagem = 0,035 • 4 500 = 157,5
10Uma pessoa colocou 2/5 de seu capital a 16% a.a. Resposta: 3,5% de $4 500,00 é $ 157,50.
capitalizados trimestral-mente e o restante, a 20%
a.a. capitalizados semestralmente. No fim de 2 04. Qual é o principal que à taxa de 20% resulta
anos e 6 ‘meses retirou o montante de 2.061,877 uma porcentagem de 36?
u.m. Qual foi o capital aplicado?
Solução
11Uma instituição financeira paga juros de 24% a.a.
capitalizados trimestral-mente. Qual a taxa Taxa = 20 = 0,2
efetiva? 100
12. Qual a taxa trimestral de juro equivalente a 22% Porcentagem = 36
a.a.?
Porcentagem = taxa • principal
36 = 0,2 • principal
13. Um capital foi aplicado a 1,5% ao mês. Qual a
taxa anual equivalente?
Principal = 36 = 180
14. Qual a taxa mensal de juro equivalente a 20%
0,2
a.a.?
Resposta: O principal é 180.
15. O capital de 1.000 u.m. foi aplicado du-
05. Qual é a taxa que, aplicada num capital de $720
rante 1 ano e 3 meses a uma taxa trimestral de juros. Se a
000,00, resulta uma porcentagem de $21 600,00?
taxa fosse de 2% ao mês os juros seriam maiores em
69,58 7 u.m. Qual a taxa de aplicação?
Solução

Principal = 720 000


GABARITO Porcentagem = 21 600
01-1.586,874 u.m. 09-5 anos, 8 meses e 23 Porcentagem = taxa • principal
02-1.257,79 u.m. dias. 21 600 = taxa • 720 000
03-2.360,279 u.m. 10-1.323,07 u.m. Taxa = 21600 = 0,3 = 3 = 3%
04-4,5% ao trimestre. 11-26,24%a.a. 720000 100
05-3 anos, 11 meses e 6 12-5,11% ao trimestre.
dias. 13-19,56% a.a. Resposta: A taxa é de 3%.
06-1.934,671 u.m. 14-1,532% ao mês.
07-17,52% a.a. 15-5% ao trimestre. 06. Por quanto devo vender um carro que comprei
08-2 anos. por $ 40 000,00 se desejo lucrar 5% sobre a compra?

EXERCÍCIO RESOVIDOS – MATEMÁTICA Solução:

50
Preço de venda = (1 + 0,05) • 40000 90
Preço de venda = 1,05 • 40000
Preço de venda = 42 000 Resposta: O comerciante ganhou $ 200,00 na tran-
sação.
Resposta: Devo vender por $ 42 000,00.
11. Qual é o juro simples que um capital de $
07. A quanto devo vender um objeto que comprei 30000,00 produz, quando aplicado durante cinco me-
por $ 1900,00 para lucrar 5% sobre a venda? ses, a uma taxa de 3,5% a.m. (lê-se “ao mês”)?

Solução: Solução:
J = C • i • n  J = 30000 • 0,035 • 5
1900
Preço de venda: J = 5 • 250
(1 − 0,05) Resposta: O juro é de $ 5250,00.

1900 12. Qual é o juro simples que um capital de $


Preço de venda = 2500,00 rende quando aplicado durante um ano, à taxa
0,95
mensal de 2%?
Resposta: O preço de venda será de $ 2000,00.
Solução:
08. Uma fatura de $ 5000,00 sofrerá descontos su-
J = C • i • n • J = 2500 • 0,02 • 12
cessivos de 5% e mais 8%. Por quanto será liquidada?
J = 600
Resposta: O juro é de $ 600,00.
Solução:
13. Um capital de $ 10000,00, investido a juros
Valor líquido = 5000 • (1 - 0,05) • (1 - 0,08)
simples de 63% ao ano, foi sacado após três meses e
Valor líquido 5 000 • 0,95 • 0,92
dez dias, a contar da data do investimento. Qual foi o
Valor líquido 5 000 • 0,8740
juro?
Valor Líquido 4 370
Solução:
Resposta: A fatura será liquidada por $ 4370,00.
Na resolução desse problema é importante tomar
09. Na venda de um objeto ganhou-se 5% sobre
cuidado com as unidades de tempo. Assim:
o preço de venda, ou seja, $200,00. Qual foi o preço de
custo?
3 meses e 10 dias = 100 dias
Solução:
J = C • i • n • J = 10000 • 0,63 • 100
Se foram ganhos 5% sobre a venda, podemos dizer
que o custo corresponde a 95%, pois:
Observe que o período n foi reduzido a anos, uma
95% + 5% = 100%
vez que dividimos o número de dias por 360, que é o ano
comercial.
custo lucro venda
J = 10000 • 0,63 • 360
J = 1750
Numa regra de três, teremos:
5% 200
Resposta: O juro é de $1750,00.
95% x
O mesmo efeito seria obtido se fizéssemos:
1
3
Então:x = 95 • 200 =3 800
J = 10000 • 0,63 • 3
5 12
Veja que, nesse caso, utilizamos o tempo em me-
Resposta: O objeto foi comprado por $3 800,00.
1
ses, pois 3 meses e 10 dias = 3 meses.
10. Certo comerciante vendeu mercadorias 3
compradas por $1800,00 com o lucro de 10% sobre a
venda. Quanto ganhou? 14. Qual é a taxa mensal de juros simples que deve
incidir sobre um capital de $ 5000,00 para que
Solução: este em quatro meses e meio, renda $ 720,00?
Solução:
Já que o lucro foi de 10% sobre a venda, o preço de
custo corresponde a 90%. pois 90% + 10% = 100%. J = C • i • n  720 = 5000 • i • 4,5
Numa regra de três, teremos: 720
=i
90% 1 800 5000 • 4,5

10% x Resposta: A taxa deverá ser de 3,2% ao mês.

x = 10 • 1800 = 200

51
15. Que capital inicial, em cinqüenta dias, a uma Mas, como M = C + J, então:
taxa simples de 0,5% a.d. (lê-se “ao dia”) rende $ 928 000 C + 4,8C
2000,00?
928 000 = 5,8C
Solução
J = C • i • n  2000 = C • 0,005 • 50 928000
C=
2000 5,8
=C
0,005 • 50 C = 160 000
C = 8000
Resposta: O capital inicial é de $ 8 000,00.
O capital investido foi, portanto, de $ 160 000,00.
16. Qual taxa mensal de juros simples deve incidir
Para achar os juros, basta subtrair o montante do
num capital para que ele duplique de valor em um ano?
capital:
Solução:
M=C+JJ=M-C
Neste caso, o juro é igual ao próprio capital. J = 928000 - 160000
J = C • i • n  C = C • i • 12 J = 768 000
C 1 Poderíamos também resolver o problema usando as
=ii= = 0,0833... M
C • 12 12 fórmulas M = C (1 + i • n) ou C =
1 + 1,2 • 4
A taxa, portanto, será de 8,33% ao mês. Nessas fórmulas, substituindo as letras pelos valo-
res, temos:
Esta mesma taxa, se calculada anualmente, se tor-
naria, evidentemente, 100% (afinal, o capital dobrou!). 928000
Portanto: C=
1 + 1,2 • 4
8,33% a.m. 100% a.a. 928000
C=
5,8
17. Qual é o montante resultante de uma aplica-
ção de $ 29800,00 à taxa de 12% a.m. durante 6 meses? C = 160000

Solução: Resposta: De qualquer maneira, os juros serão de


$768 000,00, pois M = C + J  J = M - C = 928 000 - 160
Como o capital aplicado é de $ 29 800,00 precisa- 000.
mos saber os juros.
19. Qual o desconto, a 5% a.m., sobre um título
J = C • i • n  29800 • 0,12 • 6 de $ 750,00, pago 2 meses e 10 dias antes do venci-
J = 21 456 mento?
Como os juros são de $ 21456,00, o montante é de:
Solução
$29 800,00 + $21 456,00 = $51 256,00
N = 750, n = 2 meses e 10 dias = 70dias
Poderíamos também resolver esse problema, usan- i = 0,05
do a fórmula:
0,05
D = N • 1 • n  D = 750 • • 70 = 87,50
M = C • (1+ i • n) 30
Assim, temos:
M = 29 800 (1 + 0,12 • 6) Resposta: O desconto foi, portanto, de $ 87,50.
M = 29800 • 1,72 20. Um título no valor de $ 1200, 00, pago 5 me-
ses antes do vencimento, ficou reduzido a $ 900.00.
Resposta: De qualquer maneira que se resolva esse Qual foi a taxa mensal usada?
problema, o montante será de $ 51 256,00.
Solução:
18. Coloquei uma certa quantia em um banco a
120% a.a. e retirei, depois de 4 anos, $ 928000,00. N = 1200 n = 5 meses
Quanto recebi de juros, sabendo que a aplicação foi L = 900
feita à base de juros simples?
Vamos resolver este problema de dois modos.
Solução:
Primeiro modo: usando o cálculo de desconto
Temos neste problema:

M = 928000, i = 1,2 e n = 4 D=N•j•n


Como J = C • i • n, então: D = N - L = 1200 - 900 = 300
J = C • 1,2 • 4 300 = 1200 • 5.
J = 4,8C

52
300 mir imediatamente e atraente para quem tem o dinhei-
i= = 0,05 ro, estimulando-o a poupar.
1200 • 5
Na época de inflação alta, quando a caderneta
A taxa aplicada foi, portanto, de 5% ao mês. de poupança pagava até 30% ao mês, alguns tinham
a falsa impressão de que logo ficariam ricos, com os
Segundo modo: usando a fórmula do valor líquido altos juros pagos pelo banco. O que não percebiam é
que, dependendo do desejo de consumo, ele poderia
L = N (1 - in) ficar cada vez mais distante, subindo de preço numa
proporção maior que os 30% recebidos.
900 000 = 1200000 • (1 – i • 5)
A taxa de juros que o banco cobra e paga inclui,
900 900
= 1 − 5i  5i = 1 − além de ítens como o risco e o tempo de empréstimo,
1200 1200 a expectativa de inflação para período.
300
5i = Esta taxa, quando vem expressa por um perío-
1200 do que não coincide com o prazo de formação dos
300 juros (capitalizações), é chamada de taxa nominal.
i= = 0,05 ou 5%a.m.
6000 Ex.: 15% ao ano, cujos juros são pagos mensalmente.
Resposta: A taxa mensal foi de 5%. Nestes casos precisamos calcular a taxa efetiva, que
será a taxa nominal dividida pelo número de capitali-
21. Resgatei, em 16 de abril, uma nota promis- zações que inclui, acumulada pelo prazo de transa-
sória cujo vencimento estava marcado para 10 de ju- ção.
nho do mesmo ano. Obtive um desconto de $4400,00,
calculado com uma taxa mensal de 6%. Qual era o A remuneração real, ou taxa real de uma apli-
valor nominal da promissória? cação será calculada excluindo-se o percentual de
inflação que a taxa efetiva embute.
Solução
D = 4400 i = 0,06 Taxa Efetiva. É a taxa de juros em que a uni-
Consultando a tabela 1, obtemos a informação: dade referencial de seu tempo coincide com a unida-
de de tempo dos períodos de capitalização. É a taxa
utilizada nas calculadoras financeiras, como a HP-
12C. Uma taxa de 10 % ao ano, capitalizados anu-
almente, é uma taxa efetiva.
Taxas proporcionais. São taxas de juros da-
das em unidades de tempo diferentes que, ao serem
aplicadas a um mesmo principal (capital) durante um
mesmo prazo, produzem um mesmo montante acu-
mulado no final daquele prazo, no regime de juros
simples.
Taxas equivalentes. São taxas de juros dadas
em unidades de tempo diferentes que ao serem apli-
Resposta: O valor nominal da promissória era de cadas a um mesmo principal durante um mesmo
$40000,00. prazo produzem um mesmo montante acumulado no
final daquele prazo, no regime de juros compostos.
TAXAS DE JUROS
Taxa nominal. É a taxa de juros em que a uni-
O juro é a remuneração pelo empréstimo do di- dade referencial de seu tempo não coincide com a
nheiro. Ele existe porque a maioria das pessoas prefe- unidade de tempo dos períodos de capitalização. A
re o consumo imediato, e está disposta a pagar um taxa nominal é sempre fornecida em termos anuais,
preço por isto. Por outro lado, quem for capaz de es- e os períodos de capitalização podem ser semes-
perar até possuir a quantia suficiente para adquirir seu trais, trimestrais, mensais ou diários.
desejo, e neste ínterim estiver disposta a emprestar
A taxa nominal, mesmo sendo bastante usada no
esta quantia a alguém, menos paciente, deve ser mercado, não deve ser usada nos cálculos financeiros, no
recompensado por esta abstinência na proporção do regime de juros compostos. No entanto, toda taxa nominal
tempo e risco, que a operação envolver. traz em seu enunciado uma taxa efetiva implícita. Por e-
xemplo: uma taxa nominal de 12% ao ano capitalizados
O tempo, o risco e a quantidade de dinheiro
mensalmente corresponde a uma taxa efetiva de 12% : 12
disponível no mercado para empréstimos definem = 1% ao mës.
qual deverá ser a remuneração, mais conhecida como
taxa de juros. A taxa aparente (chamada de nominal nas
transações financeiras e comercial) é aquela que
O governo quando quer diminuir o consumo, vigora nas operações correntes.
tentando com isso conter a inflação, diminue a quanti-
dade de dinheiro disponível no mercado para emprés- A taxa real é calculada depois de serem ex-
timos. Assim, a remuneração deste empréstimo fica purgados os efeitos inflacionários.
muito alta para quem paga, desmotivando-o a consu-

53
As taxas aparente e real relacionam-se da se- 12. Você e eu temos juntos R$ 615,00. Se você me desse
guinte forma: R$ 140,00, ficaria com R$ 65,00 mais do que eu. Se
eu lhe desse R$ 20,00 você ficaria com:
onde i = taxa aparente
a) R$ 225,00 b) R$ 285,00 c) R$ 300,00 d) R$ 400,00
i r = taxa real e) R$ 500,00
I = taxa da inflação
3
(1+i)=(1+it)×(1+I) 13. Calcular de um número ou de uma quantia é
5
A Taxa Interna de Retorno (IRR) de um fluxo de
caixa é um objeto matemático que fornece a taxa real de
3
multiplicar por esse número ou essa quantia ?
juros em uma operação financeira, conhecidos os lança- 5
mentos nos seus devidos momentos de realização. 1
14. Quando se diz que de um número é 12, a fração
PROVA SIMULADA 4
4
que corresponde ao número é ?
01. Se der R$12,00 a cada garoto, ficarei ainda com R$ 4
60,00. Para dar R$15,00 a cada um precisarei de mais
R$ 6,00. Quantos são os garotos ? (12X + 60 = 15X –
6) 2 3 1
15. Se eu gasto ou ou de meu dinheiro, esse
5 7 9
02. Distribuí certo número de selos entre os alunos de 5 7 9
uma das minhas turmas, cabendo 5 para cada um. Se dinheiro é representado pela fração ou ou ,
eu fosse distribuir para a outra turma, que tem 31 5 7 9
alunos a mais, eu teria de dar 2 selos a cada aluno e respectivamente?.
me sobrará 1. Quantos selos eu distribuí?
3 1
03. Duas cidades, A e B, distam 360 km uma da outra. Às 16. Se de meu ordenado são R$300,00, de meu
8 horas, um carro sai de A em direção a B e outro de 5 5
B em direção a A, sendo que os dois se cruzam às12 ordenado corresponderá a R$ 300,00 : 3 ?
horas num ponto a 120 km de A. Qual a velocidade do
carro que partiu de A? 1
17. Quanto é do número de minutos de uma hora ?
04. A diferença entre dois números é 15. Multiplicando-se
4
o maior pôr 11, a diferença passa a ser 535. Calcular
os dois números. 3
18. Quanto vale de R$100,00?
5
05. O produto de um número a pelo número 263 é p.
Acrescentando-se 4 unidades ao fator a e 19. Um aluno de ginásio é obrigado a freqüentar, no
conservando o fator 263, qual será o novo produto?
3
mínimo, das aulas dadas durante o ano letivo. Se o
06. A soma de dois números é 90. Calcule o menor 4
desses números, sabendo que o produto deles seu ginásio der 720 aulas, quantas no mínimo terá de
dividido por sua diferença dá o maior. freqüentar ?

07. Seja o produto 456 x 34. Aumenta-se o muItiplicador 20. Cada aula do antigo Curso de Artigo 99, da Rádio
de 1. De quanto devemos aumentar o multiplicando 5
para que o produto exceda a antigo de 526? Ministério da Educação, tinha a duração de da
12
hora. Quantos minutos de duração tinha cada aula ?
08. Entre os números inteiros inferiores a 200, quais são
aqueles que podem servir de dividendo, em uma 21. Comprei um apartamento por R$420.000,00. Paguei
divisão de números inteiros, cujo quociente é 4 e o 2
resto 35? de entrada e o resto em 10 meses. Quanto dei de
3
09. São dados dois números dos quais o maior é 400. entrada ?
Tirando-se 210 de um deles e 148 do outro, a soma 1
dos restos é 200. Qual o menor número ? 22. Um comerciário gastou de seu ordenado,
3
10. Um aluno ao multiplicar um número por 60, esqueceu- comprando um pequeno rádio por R$ 250,00. Qual o
se de colocar o zero à direita e obteve inferior 291.006 seu ordenado ?
do que deveria ter encontrado. Calcular o número
23. Dois terços de uma peça de fazenda medem 90
11. Dois alunos têm, cada um, certo número de canetas. metros. Quantos metros tem a peça ?
Se o 1º desse uma ao 2º, teriam igual número; se o 2º
desse uma ao 1º, este terá então duas vezes mais do 3
24. Se de meu ordenado é R$ 660,00, qual é o meu
que o 2.º. Quem tem o maior número de canetas, 4
possui: ordenado ?
a) 5 b) 7 c) 9 d) 11 e) 13

54
2
25. Qual a área aproximada do Brasil se dessa área 4
5 38. A metade de minha idade aumentada de seus é
do 340.000 km ?2
5
igual a 52 anos. Qual é a minha idade ?
2
26. Gastei R$ 720,00 e fiquei ainda com de meu 2
5 39. A soma de dois ângulos é 90 graus. Um deles é do
ordenado. Qual o meu ordenado? 3
outro. Quais as medidas desses ângulos ?
27. Uma torneira enche um tanque em 3 horas. Em
3 40. Diminuindo-se 8 anos da idade de meu filho obtém-se
quantos minutos enche do tanque ? 3
4 os de sua idade. Qual a idade de meu filho ?
5
2 1
28. Gasto do meu ordenado com aluguel de casa e 41. Duas pessoas têm juntas 76 anos. Quantos anos tem
5 2 2 4
dele em outras despesas. Fico ainda com R$ 200,00. cada uma se da idade da maior é igual a
Qual é o meu ordenado ? 5 9
da idade da menor?
1
29. Pedro gastou da quantia que possuía e, depois,
3 324
2 42. Quando devo subtrair do numerador da fração
dessa quantia. Ficou ainda com R$ 40,00. Quanto 349
9 para torná-la nove vezes maior?
Pedro possuía ?
43. A soma da metade com a terça parte da quantia que
30. Num time de futebol carioca, metade dos jogadores certa pessoa tem é igual a R$15,00. Quanto
1 possui esta pessoa ?
contratados são cariocas, são dos outros Estados
3 44. Uma pessoa despendeu certa quantia na compra de
e os 4 restantes são estrangeiros. Quantos jogadores um terreno e o vendeu por R$ 35.000,00; nesta
contratados tem o clube ?
3
venda ganhou do que despendera. Por quanto
31. Uma torneira enche um tanque em 20 horas e outra 4
em 30 horas. Em quanto tempo as duas juntas comprou o terreno?
encherão o tanque?
7
32. Uma empresa construtora pode fazer uma obra em 40 45. Determinar a fração-equivalente a cuja soma dos
meses e outra em 60 meses. Em quanto tempo as 15
duas, juntas, podem fazer essa obra? termos é 198.

33. Que horas são se o que ainda resta para terminar o 46. Achar as frações próprias irredutíveis tais que o
2 produto de seus termos seja 84.
dia é do que já passou ?
3 47. Qual a fração que, acrescida de seu quadrado, dá
como soma outra fração que representa a fração
3 82
34. Paulo gastou do que possuía e, a seguir, a metade inicial multiplicada por ?
4 27
do resto. Ficou ainda com R$ 7,00. Quanto Paulo
3
possuía ? 48. Um excursionista fez uma viagem de 360 km. Os
4
3 1
35. Dei do meu dinheiro a meu irmão e metade do do percurso foram feitos de trem, a cavalo e o
5 8
resto a minha irmã. Fiquei ainda com os R$ 8,00. resto de automóvel. Quantos km andou de
Quanto eu possuía? automóvel e que fração representa da viagem
total?
36. O lucro de uma sociedade em 1965, foi igual a
R$1.400.000,00. Esse lucro foi dividido entre os três 5
2 49. Para ladrilhar de um pátio empregaram-se 46.360
sócios de modo que o primeiro recebeu da parte 7
3 ladrilhos: Quantos ladrilhos iguais serão
4 3
do segundo e este da parte do terceiro. Qual a necessários para ladrilhar do mesmo pátio?
5 8
parte de cada um ? 3
50. Dois lotes têm a mesma área. Os da área do
37. A soma, de dois números é 595 e um deles é iguaI a 4
12 2
do outro. Quais são esses números? primeiro excedem de 140 m2 os da área do
5 5
55
segundo. A área de cada lote é de ...................... 60. Medi o comprimento de um corredor e encontrei 8,40
m2. m. Verifiquei, depois, que o metro utilizado era de
fabricação defeituosa, pois seu comprimento tinha
51. Pedro e Paulo encarregados de uma obra, fariam todo menos 2 centímetros do que o verdadeiro. Qual a
o trabalho em 12 dias. No fim do quarto dia de medida exata do corredor ?
trabalho, Pedro adoeceu e Paulo concluiu o
serviço em 10 dias. Que fração da obra cada um 61. Medi o comprimento de um terreno e achei 18 passos
executou? e 2 pés. Verifiquei, depois, que o comprimento de
meu passo vale 56 cm e o de meu pé 25 cm. Qual
52. Cláudia e Vera possuíam juntas R$100,00. Ao o comprimento do. terreno em metros?
comprarem um presente de R$ 23,00 para
oferecer a uma amiga comum, cada qual deu uma 62. Com 22 livros de 3 cm e 7cm de espessura forma-se
quantia diferente, na medida de suas uma pilha de 1,06 m de altura. Quantos livros fo-
1 ram usados com a espessura de 3 cm?
possibilidades. Cláudia entrou com do dinheiro
4 63. A área de uma sala é de 45 m2. Quantos tacos de
1 madeira de 150 cm2 serão necessários para ta-
de que dispunha e Vera com do seu. Calcule quear essa sala?
5
com quanto Cláudia contribuiu? 64. A soma das áreas de dois terrenos é de 50 hectares.
O primeiro terreno tem mais1.400 decâmetros
2 quadrados que o segundo. A área do segundo é
53. Numa cesta havia laranjas. Deu-se a uma pessoa,
5 de .. . . . . . . . . . . . .. quilômetros quadrados.
a terça parte do resto a outra e ainda restam 10
laranjas. Quantas laranjas havia na cesta ? 65. Dividiu-se um terreno de 200 hectares de área em
duas partes. A quarta parte da primeira é igual a
54. Paulo e Antônio têm juntos R$123,00. Paulo gastou sexta parte da segunda. A primeira parte tem . . . .
. . . . . . . . . . . . . . decâmetros quadrados.
2 3
e Antônio do que possuíam, ficando com
5 7 66. Um terreno retangular com 8,40 m de frente e 22 m de
quantias iguais. Quanto possuía cada um ? fundo foi vendido por R$ 27.720,00. Por quanto foi
vendido o metro quadrado?
55. Dividir um número por 0,0625 equivale a multiplicá-lo
por: 67. Um campo de forma retangular mede 3 dam de frente
1 2
e hm de fundo. Sabendo que da superfície
1 4 3
a) 6,25 b) 1,6 c) d) 16
16 estão cultivados, pede-se em ha, a área da parte
não cultivada.
625
e)
100 68. Em certa cidade um ha de terreno custa R$ 80.000,00.
Calcule o lado de um terreno quadrado adquirido
por R$7.200,00.
34
56. A fração equivalente a , cujos termos têm para 69. A área de um trapézio é de quatro decâmetros qua-
51 drados dois metros quadrados e vinte e quatro e
menor múltiplo comum 150, é: 24 decímetros quadrados; sabendo-se que as ba-
10 2 30 ses medem respectivamente 5 metros e 3 metros,
a) b) c) calcular a altura desse trapézio, dando a resposta
15 3 50 em milímetros.
50 20
d) e)
75 30 70. As dimensões de um retângulo são 2,25 m e 0,64 m.
O lado do quadrado equivalente a esse retângulo
57. Duas torneiras são abertas juntas, a 1.ª enchendo um tem por medida:
tanque em 5h, a 2.ª enchendo outro tanque de i-
gual capacidade em 4h. No fim de quanto tempo o a) 1,2 m b) 3,6 m c) 0,18 m d) 12 m
e) 0,72 m
1
volume que falta para encher o 2.º será do vo-
4 5
lume que falta para encher o 1.º tanque? 71. Se eu diminuir a área de um terreno os seus , a
8
área passará a ter 112,50 dam2, mas se eu
17 acrescentar. . . . . . . . . . . . . . .. . centiares ele
58. Um negociante ao falir só pode pagar do que
36 ficará com 5 hectares e 4 ares.
deve. Se possuísse mais R$ 23.600,00 poderia
pagar 80% da divida. Quanto deve ele? 72. Um muro de 18,25m de comprimento deverá levar
duas faixas de ladrilhos paralelos entre sí em toda
59. O som percorre no ar 340 metros por segundo. Que a sua extensão. A primeira faixa mede 1,25 m de
distância (em quilômetros) percorrerá em um mi- largura e a segundo 0,75 m. Cada ladrilho, que é
nuto? quadrado, mede 0,25 m de lado e custa R$ 3,00.
Quanto custarão os ladrilhos para esta obra ?

56
73. Dois terços de uma caixa cujo volume é 2.760 m3 85. Se um litro de óleo pesa 960 g, qual o volume
estão cheios de um certo óleo. Quantos dal d'água ocupado por 2,4 t desse óleo?
devem ser colocados na caixa para acabar de
enchê-la? 86. Um vaso cheio de um certo líquido pesa mais 1kg do
que se estivesse cheio de água. Um dal desse
74. Um reservatório de água tem as dimensões: 2,4 m; 5 líquido pesa 12 kg. A capacidade do vaso é de . ..
m e 1m. Quantos dal de água podemos depositar ... . .... . ... . .litros.
no referido reservatório?
87. Um tanque está cheio de água. Esvaziando-se um
75. Uma caixa d'água tem as seguintes dimensões: 1,20 terço de sua capacidade restam 21,35 hl mais do
m de comprirnento; 8 dm de largura e 50 cm de que a sua quarta parte. O peso da água contida
altura. Calcular quantos litros d'água há nesta no tanque, quando cheio é .........................
caixa, sabendo-se que faltam 5 cm para ficar toneladas.
cheia.
88. Dois vasos cheios de água pesam 2,08kg. Um contém
76. Uma sala de 0,007 Km de comprimento, 80 dm de 14 cl mais do que o outro. Determinar, em litros, a
largura e 400 cm de altura, tem uma porta de 2,4 capacidade de cada um, sabendo-se que os
m2 de área e uma janela de 2m2 de área. Quantos vasos vazios pesam juntos 12 hg.
litros de tinta serão precisos para pintar a sala
toda, com o teto, sabendo-se que com 1 L de tinta 89. Analizando certa amostra de leite, verificou-se que a
pinta-se 0,04 dam2 ? ele havia sido adicionado água. Um litro de leite
adulterado pesava 1.015g. Calcule quantos ml de
77. Um terreno retangular de 27 ares de área, tem 3.000 água adicionada contém 1 litro dessa amostra,
cm de largura. Esse terreno deve ser cercado com sabendo-se que o leite puro pesa 1.025 g por litro
um muro de dois metros de altura. Sabendo-se e a aguá 1.000 g por litro?
que cada metro quadrado de muro construído
consome 300 dm3 de concreto, pergunta-se, 90. Um avião consome 2,3 dal de gasolina por minuto de
quantos metros cúbicos de concreto serão vôo. Sabendo-se:
consumidos no muro todo ? 1.º) sua velocidade de cruzeiro é de 450km/h;
2.º) a gasolina pesa 0,7 kg por litro;
78. Dois vasos contêm em conjunto 3,5 hl. Tirando-se 75 3.º) o avião deve transportar 60% a mais do que a
L do primeiro e 10,5 dal do segundo, ficam gasolina necessária;
quantidades iguais. A capacidade do primeiro
vaso é de . . . .. . . . . . . . . . . . . e a do segundo . . . determinar quantas toneladas de gasolina deve
............... transportar esse avião para fazer uma viagem de
1.125 km.
79. Um reservatório estava cheio de água. Esvaziou-se
1 2 3
esse reservatório de da sua capacidade e 91. Qual é o número, cujos mais os mais 54 é igual
3 5 7
retirou-se depois 4 hl d’água. Quantos litros ao próprio número, mais 72?
3
ficaram se o volume restante corresponde a da 92. Que horas são, se o que ainda resta para terminar o
5 2
capacidade total do reservatório? dia é do que já passou?
3
80. Calcule, em hl, a capacidade de um reservatório, com
a forma de um paralelepipedo retângulo cujo 93. As idades de João e Pedro somam 45 anos e há 5
comprimento é o triplo da largura e esta o dobro anos a idade de João era quatro vezes a de Pe-
da altura, sendo que a soma das três dimensões é dro. Que idades têm agora João e Pedro?
igual a 18 m.
94. Roberto tem 24 anos e Paulo 10. No fim de quantos
81. A soma das capacidades de dois reservatórios é de 20 anos a idade de Roberto será o triplo da de Pau-
3 lo? .
hl. O primeiro contém água até os de sua
4 95. Dois indivíduos têm: o primeiro 45 anos e o segundo
capacidade e o segundo até a metade. Se 15. Depois de quantos anos a idade do segundo
colocarmos a água do primeiro no segundo, este será um quarto da idade do primeiro?
ficará cheio. Qual o volume do segundo em m3 ?
96. A soma das idades de A e B é 35. Daqui a 5 anos a
82. Quantas toneladas pesam 40.000 m3 de certa idade de A será o dobro da de B. Calcular as ida-
substância, sabendo-se que um litro pesa 2,5 kg? des de A e B.

83. Um tanque de 1,5 m de comprimento, 12 dm de 97. Um pai tem 32 anos e o seu filho 14. Quando aconte-
largura e 80 cm de altura está cheio de óleo do ceu ou acontecerá que a idade de um seja o triplo
qual cada hl pesa 80kg. Qual o peso, em da do outro?
toneladas, do óleo contido no reservatório?

84. Um metro de fio pesa 487,5 g. Esse fio é para fazer


pregos de 0,09 m de comprimento. Quantos
pregos poderão ser feitos com um rolo de 35,1 kg
desse mesmo fio?

57
2 51) 1/6 e 5/6
98. Um pai diz a seu filho: hoje, a sua idade é da mi- 52) R$ 60,00
7 53) 25
1 54) R$ 60,00 e R$63,00
nha e há 5 anos era . Qual a idade do pai e 55) d
6 56) d
qual a do filho? 57) 3h 45 min
58) R$ 72.000,00
99. Resolva o problema: Há 18 anos a idade de uma pes- 59) 20,4 km
soa era o duplo da de outra; em 9 anos a idade da 60) 8,232 m
5 61) 10,58 m
primeira passou a ser da segunda. Que idade
4 62) 12
têm as duas atualmente? 63) 3.000
64) 0,18
100. Uma pessoa possui 2 cavalos e uma sela que vale 65) 8.000
R$15,00. Colocando a sela no primeiro cavalo, va- 66) R$ 150,00
le este o dobro do segundo. Colocando-a no se- 67) 0,025 há
gundo, vale este R$ 30,00 menos que o primeiro. 68) 30 m
Quanto vale cada cavalo? 69) 100.560 m
70) a
RESPOSTAS 71) 20.400
72) R$ 1.752,00
01) 22 73) 92 dal
02) 105 74) 1.200 dal
03) 30km/h 75) 432 L
04) 52 e 37 76) 56,9 L
05) p +1.052 77) 144
06) 30 78) 190 L e 160 L
07) 2 79) 3.600 L
08) 179, 183, 187, 191, 195 e199 80) 960 hl
09) 158 81) 1,200 m3
10) 5.389 82) 100.000t
11) b 83) 1,152t
12) e 84) 800
13) Sim 85) 2.500 dm3
14) Sim 86) 5
15) Sim 87) 5,124
16) Sim 88) 0,32 L e 0,46 L
17) 15 min 89) 400 ml
18) R$ 60,00 90) 3,864 t
19) 540 91) -105
20) 25 mim 92) 14h 24 min
21) R$ 280.000,00 93) 33 e 12
22) R$ 750,00 94) Há 3 anos
23) 135 95) Há 5 anos
24) R$ 880,00 96) 25 e 10
25) 850.000 km2 97) Há 5 anos
26) R$ 1.200,00 98) 35 e 10 anos
27) 135min 99) 24 e 21
28) R$ 2.000,00 100) R$ 60,00 e R$ 105,00
29) R$ 90,00
30) 24
31) 12h
32) 24 meses
33) 14h 24 min
34) R$ 56,00
35) R$ 40,00
36) R$ 320.000,00 R$ 480.000,00 R$ 600.000,00
37) 175 e 420
38) 40 anos
39) 54º e 36º
40) 20 anos
41) 40 e 36
42) 288
43) R$ 18,00
44) R$ 20.000,00
45) 63/135
46) 1/84, 3/28, 4/21, e 7/12
47) 55/27
48) 45 km e 1/8
49) 24.339
50) 400

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