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DATA: 17/02/2023
RESUMO EXECUTIVO
1. O Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI cumpre todas as normas necessárias para
FORMAÇÃO DO ACADÊMICO no Curso de Fisioterapia e Terapia Ocupacional na modalidade a
distância.
4. O Egresso pode ser orientado a buscar amparo judicial para solucionar suas questões junto
Conselho de Classe. Uma das alternativas é propor uma Mandado de Segurança; podendo
inclusive ser coletivo (reunindo outros Egressos).
1. HISTÓRICO
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Diário Oficial da União (D.O.U) n° 179, de 16 de setembro de 2019 – Seção 1 – pág. 144.
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Desde já, dois aspectos merecem destaque:
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Como será demonstrado no presente parecer.
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https://revistaensinosuperior.com.br/conselho-e-contra-fisioterapia-
ead/#:~:text=O%20presidente%20do%20Crefito%2D3%20informa%20que%20foram%20enviadas%20cartas,preparados%20para%20a%20responsa
bilidade%20exigida%E2%80%9D (Acesso em 17/02/2023 – 11:09h).
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Por óbvio, estas práticas, reiteradas, contra o ensino na modalidade a distância
praticas pelo CREFITO-3 e por outros Conselhos da área, terminam por estabelecer um clima de pânico e
insegurança aos Acadêmicos matriculados nestes Cursos Superiores.
No Brasil a Educação tem status Constitucional, sendo que o art. 205 da Constituição
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Federal prevê que a mesma possa ser promovida pelo Estado em colaboração com a sociedade. E a iniciativa
privada tem liberdade para atuar, desde que observadas as devidas normas, mediante a autorização e
avaliação do Poder Público.
Há que se destacar ainda que a educação brasileira tem como referencial a Lei n°
9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases) que, no que tange ao ensino superior, traz alguns dispositivos que
merecem destaque:
Como se observa, a partir dos citados artigos da Lei n° 9.394/94 a educação superior
é de responsabilidade das instituições de ensino superior (IES). As quais devem ser credenciadas (e
recredenciadas) em processo específico de avaliação pelo Ministério da Educação (e/ou seus órgãos). Os
cursos ofertados pelas IES, a partir da respectiva avaliação, serão autorizados e reconhecidos. E, por fim, os
diplomas de cursos superiores reconhecidos (desde que registrados) terão validade nacional – PROVANDO
A FORMAÇÃO DE SEU TITULAR, como preconizado pela Portaria n° 1.095 de 25 de outubro de 2018,
emanada do Ministério da Educação, Gabinete do Ministro:
4 Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
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Art. 2º - Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão
validade nacional como prova da formação recebida por seu titular.
Em suma, legislação pátria não faz distinção quanto a validade jurídica do diploma
expedido pelas Instituições de Ensino Superior, seja na modalidade presencial ou na modalidade a distância.
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[...] temas relacionados ao exercício profissional são de competência dos Conselhos
Profissionais, enquanto temas relacionados a formação acadêmica, regulação e
supervisão da educação competem a este Ministério da Educação[...].
Novamente, é preciso relembrar que as regras para o ensino são competência dos
sistemas de educação. Há, ainda, circunstâncias nas quais alguns Conselhos
Profissionais estabelecem que coordenadores de curso ou professores de
determinadas disciplinas que sejam exclusivamente formados nos cursos
determinados, estejam registrados nos conselhos e em dia com as anuidades
(extrapolando suas competências), isso para que os alunos formados no curso em que
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atuam possam receber o registro profissional. Ou seja, Conselhos Profissionais
invalidam atos praticados pelo sistema de ensino, muitas vezes para manter a reserva
de mercado, ou mesmo para receber anuidades de inadimplentes. Portanto, é
evidente que este Conselho Nacional de Educação (CNE) não pode se omitir a
prescrever regras claras que visem proteger aos estudantes e egressos de cursos
superiores regulares, na graduação e na pós-graduação (destaques nossos).
II- A alegação da apelante de que não se poderia admitir curso de EAD para a
profissão fiscalizada pela autarquia, contraria a jurisprudência que aponta não caber
aos conselhos profissionais a fiscalização de aspectos ligados à formação acadêmica.
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03) ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. CREA/MS. CREA/RS. DIREITO AO REGISTRO
DO CURSO PERANTE O CONSELHO. POSSIBILIDADE.
Não cabe aos Conselhos Profissionais exercer papel expressamente atribuído pela
lei ao Ministério da Educação e seus órgãos específicos, que detêm competência para
a regulamentação e fiscalização da adequação de cursos de graduação, inclusive
quanto ao seu conteúdo e forma. (TRF4, AC 5001306-76.2020.4.04.7110, Terceira
Turma, Desembargadora Federal Vânia Hack DE Almeida, por unanimidade, juntado
aos autos em 10-8-2021) (destaques nossos)
4. CONCLUSÕES
Por fim, como se trata de um DIREITO INDIVIDUAL do Egresso, a IES não possui
legitimidade jurídica para atuar em nome deste.
Nada impede que Egresso possa ser orientado a buscar amparo judicial para solucionar
as dificuldades impostas pelo Conselho de Classe. Uma das alternativas pode ser propor um Mandado de
Segurança; podendo inclusive ser coletivo (caso reúna outros Egressos).
S. M. J.