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Nome: Thiago Venturini de Almeida

Turma: 32
Data: 30/03/2023

Trabalho de Química
Kekulé:

Friedrich August Kekulé foi um importante químico nascido no dia 07 de


setembro de 1829 na Alemanha. Desenvolveu fórmulas para os
compostos orgânicos, criou alguns postulados para o átomo de carbono e
formulou a estrutura do benzeno.

Iniciou seus estudos acadêmicos na Universidade de Giessen, estudando


Arquitetura. Influenciado por Justus von Liebig, transferiu-se para o curso
de Química. Concluiu seu doutorado em 1852 e foi estudar em Paris, na
França.

Tornou-se professor universitário na Alemanha, na Universidade de


Heidelberg em 1856. Na Bélgica, na Universidade de Gand, em 1858, ficou
responsável por uma cadeira de Química.

Neste mesmo ano, comprovou que o átomo de carbono é tetravalente e


que juntos formam cadeias carbônicas. Essa ideia abriu caminho para o
entendimento dos compostos de cadeia aberta. Foi anunciada quase que
simultaneamente, mas de forma independente, por Archibald Scott
Couper.

Em 1857, descreveu os Postulados de Kekulé, sobre o átomo de carbono.


Em 1865, teve um sonho que fez com que formulasse a estrutura do
benzeno. Disse Kekulé:

“Eu estava sentado à mesa a escrever o meu compêndio, mas o trabalho


não rendia; os meus pensamentos estavam noutro sítio. Virei a cadeira
para a lareira e comecei a dormitar. Outra vez começaram os átomos às
cambalhotas em frente dos meus olhos. Desta vez os grupos mais
pequenos mantinham-se modestamente à distância. A minha visão
mental, aguçada por repetidas visões desta espécie, podia distinguir agora
estruturas maiores com variadas conformações; longas filas, por vezes
alinhadas e muito juntas; todas torcendo-se e voltando-se em
movimentos serpenteantes. Mas olha! O que é aquilo? Um das serpentes
tinha filado a própria cauda e a forma que fazia rodopiava trocistamente
diante dos meus olhos. Como se se tivesse produzido um relâmpago,
acordei;... passei o resto da noite a verificar as consequências da hipótese.
Aprendamos a sonhar, senhores, pois então talvez nos apercebamos da
verdade."

Após este sonho, verificou a possibilidade de uma molécula de benzeno


ter este comportamento, semelhante à serpente. Concluiu, então, a
fórmula cíclica e hexagonal do benzeno.

Realizou trabalhos também sobre ácidos orgânicos, insaturados e com


enxofre e sobre fulminato de mercúrio. Deixou um valioso trabalho sobre
a Química Orgânica dividido em 4 volumes e diversos artigos em revistas
científicas. 

Morreu em Bonn, em 13 de julho de 1896.

Carl Scheele:
Carl Wilhelm Scheele nasceu em dezembro de 1742 em Stralsund, na
Pomerânia, na época uma província sueca, hoje Alemanha. Filho de
carpinteiro, era pobre e não teve uma educação formal. Seu primeiro
contato com a química deu-se aos 14 anos, quando se tornou aprendiz de
boticário em Gotemburgo. Com acesso a produtos químicos e livros
científicos, começou a realizar suas primeiras experiências.

Em 1770, quando trabalhava em Uppsala, publicou seu primeiro trabalho


científico sobre o isolamento do ácido tartárico. Nesta época, entrou em
contato com um dos principais químicos suecos, Torbern Olof Bergman,
que o orientou em suas pesquisas. Em 1772, descobriu o oxigênio, que
chamou de “ar do fogo”.

Em 1775, Scheele foi eleito para a Academia Real de Ciências. No mesmo


ano, mudou-se para cidade de Köping, que lhe deu sua primeira farmácia.
Trabalhando com materiais perigosos e ventilação precária, acabou
adoecendo e morreu, aos 43 anos, em 1786.

Além do oxigênio, Scheele descobriu vários elementos químicos, como o


cloro, o bário, o hidrogênio, o manganês, o molibdênio e o tungstênio,
bem como compostos químicos como o ácido nítrico e o cianeto de
hidrogênio. Demonstrou que o ácido lático era um componente do soro
de leite e descobriu um processo semelhante à pasteurização. Isolou e
caracterizou pela primeira vez glicerol, lactose, ácidos tartárico, cítrico,
benzoico, prússico, arsênico e oxálico. Criou o verde de Scheele, pigmento
verde altamente venenoso. Foi ainda o primeiro a relatar a ação da luz
sobre os sais de prata, a base da fotografia moderna.

Lavoisier:
Antoine Laurent de Lavoisier nasceu em Paris, no dia 26 de agosto de
1743. Era filho de um rico advogado e logo ficou órfão por parte de mãe.
Como sua família tinha boas condições financeiras, ele foi muito bem
educado e logo cedo, com a idade de 22 anos de idade, ganhou uma
medalha de ouro da Academia de Ciências por ter feito um projeto de
iluminação para as ruas de Paris.

Com apenas 25 anos ele foi eleito membro da prestigiosa Academia Real
de Ciências da França. Porém, com essa idade, ele também tomou uma
decisão que, conforme será explicado mais tarde, lhe custou a vida; que
foi ter se associado à Ferme Générale – uma sociedade privada que tinha
o direito de cobrar impostos em nome da coroa francesa.

Os rendimentos que ele obteve ao comprar ações dessa instituição


custearam grande parte das suas pesquisas. Lavoisier era um cuidadoso
cientista que fazia observações detalhadas e planejava seus experimentos
e por isso é considerado um dos fundadores da Química Moderna.

Aos 29 anos de idade Lavoisier casou-se com Marie Anne Pierrette Paulze
(1758-1836), filha de um dos sócios majoritários da Ferme Générale, que
na época tinha apenas 13 anos de idade. Mas esse casamento foi muito
vantajoso para Lavoisier, pois Marie Anne se tornou também sua parceira
e assistente de pesquisas científicas. Ela traduzia os mais recentes artigos
de Química do inglês para o francês, montava a aparelhagem de vários
experimentos e muitas vezes anotava os resultados, além de
provavelmente ter dado contribuições em discussões sobre química
teórica. Desse modo, foi um casamento que realizou a ambos.

Em 1789, Lavoisier lançou o Tratado Elementar de Química, no qual


apresentava uma nomenclatura moderna para os elementos químicos,
pois até então se usava a linguagem obscura da alquimia. Outras
descobertas de Lavoisier foram a relação do processo de respiração com a
combustão, a sugestão do termo “oxigênio” para o gás que foi isolado na
época por Priestley e, finalmente, a conhecida lei de conservação da
matéria ou lei de conservação das massas.

Lavoisier teve um fim trágico. No mesmo ano de 1789, teve início também
a Revolução Francesa e os membros da Ferme Générale foram colocados
como inimigos do povo, foram acusados de peculato, que é um delito
praticado por funcionários públicos que se apropriam de posses ou
dinheiro público ou particular em proveito próprio ou alheio e usam as
facilidades do cargo para obter esses bens ou ajudam alguém a obtê-los
por meios ilícitos. E foram acusados também de não prestarem contas de
suas atividades.

Lavoisier, por fazer parte dessa instituição, não foi poupado, pelo
contrário, no dia 08 de maio de 1794, aos 51 anos de idade, ele foi morto
em uma guilhotina. Sua esposa foi presa, mas quando foi libertada,
publicou a obra Memórias de Química com o nome do marido e baseada
nas anotações de trabalhos que ele realizou enquanto vivo.

A frase que o célebre matemático francês Joseph-Louis Lagrange disse


quando soube de sua morte, resume bem esse acontecido e suas
consequências:

“Só um minuto para cortarem aquela cabeça, e talvez cem anos não nos
deem outra igual.”

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