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Oxigênio

O elemento químico mais abundante na superfície terrestre é o oxigênio, pertencente ao


segundo período da família VIA (calcogênios) na Tabela Periódica. Sua importância vital é
conhecida por todos, pois é responsável pela formação do gás oxigênio, presente no ar
atmosférico e fundamental para a sobrevivência de muitos seres vivos. O oxigênio é composto
por átomos com número atômico (Z) igual a 8 e massa atômica igual a 16u, apresentando
essas características atômicas distintas.

Descoberta do oxigênio

Durante muito tempo, acreditou-se que a "Teoria do Flogístico" explicava o fenômeno da


combustão, sustentando que os materiais combustíveis possuíam um princípio comum
inflamável, exclusivo deles, denominado flogístico. Se um material não queimasse, era porque
não continha flogístico em sua composição. Entretanto, alguns cientistas passaram a discordar
dessa teoria, devido às diversas contradições existentes, e os experimentos realizados
trouxeram novas evidências que mudaram o rumo desses estudos.

Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) foi um cientista notável em estudos de combustão. Um


dos seus experimentos mais famosos consistiu em receber uma amostra de mercúrio
cuidadosamente pesada em uma retorta e colocar o tubo da retorta em uma redoma ou cuba
de vidro contendo ar e mercado na base. Durante a reação, observou-se a formação de um pó
vermelho, o óxido de mercúrio II, nas paredes da retorta, enquanto o volume de mercúrio na
cuba aumentava e o volume de ar diminuía. A massa do sistema inicial e final era a mesma,
levando Lavoisier a concluir que a combustão não ocorria devido à presença de um misterioso
flogístico, mas sim porque o material combustível reagia com um elemento presente no ar.
Enquanto isso, o cientista inglês Joseph Priestley informou Lavoisier sobre sua descoberta de
uma espécie de "ar" desflogisticado, através de seus próprios experimentos, Lavoisier
conseguiu produzir esse ar.

Após produzir o "ar desflogisticado", Lavoisier realizou uma série de experimentos com ele.
Um desses experimentos consistiu em colocar uma cuba de vidro sobre uma vela acesa em
uma boia com água. Ele observou que à medida que a vela consumia o ar, a água subia.
Quando a água atingia um quinto do volume, a vela apagava totalmente. Lavoisier concluiu
que o "ar desflogisticado" não era o ar atmosférico todo, mas sim uma parte essencial para a
combustão. Ele realizou experimentos adicionais e determinou experimentalmente a
composição do ar, chegando a um resultado de 21% de oxigênio e 79% de um outro
componente, que ele chamou de azoto, um "tipo de ar" que não participou na combustão.
Atualmente, sabemos que esse "azoto" era o gás nitrogênio.

No começo, Lavoisier referia-se ao ar desflogisticado como “ar respirável” ou “ar vital”.


Somente em 1778, ele decidiu chamar esse novo gás de oxigênio, que deriva das palavras
gregas oxy, que significa “ácido”, e gen, “gerador ou produto”. Ele escolheu esse nome porque,
até então, seus experimentos o levaram a concluir que o oxigênio estava presente em todos os
ácidos, embora mais tarde se descobriu que essa conclusão estava incorreta. Apesar disso, o
nome permaneceu.
Naquela época, o oxigênio ainda não era reconhecido como um elemento químico, como é
conhecido atualmente, uma vez que ainda não havia uma definição precisa do que era um
elemento.

"Carl Wilhelm Scheele foi o primeiro a isolar o oxigênio, no entanto, ele não viu a importância
da descoberta que atingira por estar ainda muito ligado à teoria do flogístico. Foi Lavoisier que
interpretou e mostrou o papel do oxigênio na combustão.

https://brasilescola.uol.com.br/quimica/descoberta-oxigenio.htm

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