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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

Curso: PEDAGOGIA Semestre: 2º


Disciplina: Leitura e Produção de Textos II
ATIVIDADE AVALIATIVA ESPECIAL (AAE) P2- referente às aulas 3 e 4.

Professoras: Maria Alice de Mello Fernandes e Rute de Souza Josgrilberg

RGM: ____________________ Aluno: _____________________________________

ORIENTAÇÕES

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1.0 .O VALOR TOTAL DE CADA PROVA SERÁ DE 10.0

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OBRIGATÓRIO O PREENCHIMENTO DESSE GABARITO.

I. TEXTO PARA AS QUESTÕES 1 A 4

Pessimismo e otimismo

Achar que um pessimista pode ser um tipo interessante é coisa de otimistas – e eu


assino embaixo. Confesso, aliás, que tenho uma séria inclinação para o pessimismo,
mas entendo que ela se deve, justamente, à porção de otimismo que também está em
mim. Não, leitor, não alimento o prazer de formular paradoxosgratuitos; deixe-me
fundamentar este. Os otimistas costumam achar muita graça no mundo, seja porque já
a encontraram, seja porque estão certos de que ainda a encontrarão. Mas às vezes
esse otimismo é tão grande que passa a ser demasiado exigente, e só se contentará
com o êxtase da suprema felicidade. Como esta é raríssima, e quando chega costuma
ser passageira, o otimista passa a temperar sua expectativa com um pouco de
pessimismo só para engrandecer ainda mais o êxtase almejado. Complicado? Mas
quem disse que somos simples?
Outro dia recortei da Internet este fragmento de um blog, que vai um pouco na
direção das minhas convicções: Penso que a maioria das pessoas tende a associar
pessimismo a inatividade e paralisia, e otimismo a entusiasmo e iniciativa. Via de regra,
é precisamente o oposto que é verdadeiro: em seu deslumbramento, os otimistas, que
diante de tudo se ofuscam, a nada se apegam. Por outro lado, em sua lucidez, aos
pessimistas é dado enxergar na escuridão a imagem do que lhes seria essencial, e
sentem-se, como ninguém, compelidos a agarrar-se a ela.
É isso. O pessimista não é inimigo das idealizações, muito pelo contrário. E alguém já
disse: Sou pessimista de cabeça e otimista de coração. A frase é esperta, pois leva a
admitir um convívio ameno entre as inclinações para a mais rigorosa lucidez e para a
mais generosa sensibilidade. Mas é também verdadeira: qualquer um de nós pode
admiti-lo durante a simples operação de folhear um jornal. O homem-bomba resolveu
sacrificar-se na companhia de quinze adversários políticos? A humanidade não tem
jeito. O pequeno e sofrido país asiático teve sua independência reconhecida e
amparada pela ONU? Nem tudo está perdido. No noticiário da TV, e ao vivo: o marido
enciumado sequestrou a própria mulher e ameaça matá-la diante das câmeras? O
mundo é mesmo um horror... Horas depois, ainda ao vivo, o homem depõe a arma e
entrega-se à polícia, aos prantos? Esta vida é comovente...
Pensando agora em nosso país: haverá algum outro que tantas razões dê a seus
cidadãos para serem otimistas e pessimistas a um tempo? Parece já fazer parte da
nossa cultura esse amálgama de expectativas contrárias: ora “o Brasil não tem jeito
mesmo”, ora “este é o melhor país do mundo”. Diante dos extremos, as pessoas
sensatas recomendam o equilíbrio que nega as polaridades, pois “a verdade está no
meio”. Pois eu prefiro manter a opinião de que a verdade dos otimistas é, no fundo,
uma aliada da verdade dos pessimistas. A prova de que não somos uma coisa só está
em cada dia que amanhece: o leitor acordou hoje pessimista ou otimista? Seja qual for
a resposta, só posso lhe dizer: – Conserve-se assim, e até amanhã. (Sérgio Ruiz
Taborda)

Obs.: paradoxo: ideias contraditórias.

1. Os pessimistas não são inimigos das idealizações porque, no fundo, eles:


a) lhes atribuem a faculdade de relativizar o valor das altas expectativas.
b) lhes atribuem a virtude de nos encerrar numa prazerosa imobilidade.
c) as consideram um caminho seguro para a experiência dos êxtases.
d) as preservam como o parâmetro de uma negatividade essencial.
e) as descartam apenas para um maior desfrute dos prazeres cotidianos.

2. Considerando-se o contexto, pessimismo e otimismo são considerados pelo autor do


texto como inclinações:
a) opostas e inconciliáveis.
b) definitivas e excludentes.
c) equivalentes e harmônicas.
d) contraditórias e complementares.
e) alternadas e inconciliáveis.

3.Considere as seguintes afirmações:


I. O autor do texto justifica a formulação de paradoxos gratuitos ao considerá-la um
válido e necessário recurso estilístico.
II. A introjeção de algum pessimismo num otimista deve-se, por vezes, a um altíssimo
grau de expectativa por êxtases supremos.
III. Os jornais e os noticiários de TV levam-nos a emoções ambivalentes porque nosso
humor é extremamente variável.
Está correto somente o que se afirma em:

a) I e II. b) II e III. c) I. d) II. e) III.

4. Considerando-se o contexto, encontram-se numa relação opositiva os seguintes


elementos do texto:
a) seu deslumbramento / sua lucidez.
b) demasiado exigente / rigorosa lucidez.
c) nossa cultura / amálgama de expectativas contrárias.
d) esta é raríssima / costuma ser passageira.
e) convívio ameno / generosa sensibilidade.

5. A globalização é o estágio supremo da internacionalização. O processo de


intercâmbio entre países, que marcou o desenvolvimento do capitalismo desde o
período mercantil dos séculos 17 e 18, expande-se com a industrialização, ganha novas
bases com a grande indústria nos fins do século 19 e, agora, adquire mais intensidade,
mais amplitude e novas feições. O mundo inteiro torna-se envolvido em todo tipo de
troca: técnica, comercial, financeira e cultural. A produção e a informação globalizadas
permitem a emergência de lucro em escala mundial, buscado pelas firmas globais, que
constituem o verdadeiro motor da atividade econômica. SANTOS, M. O país distorcido.
São Paulo: Publifolha, 2002 (adaptado).

No estágio atual do processo de globalização, pautado na integração dos mercados e


na competitividade em escala mundial, as crises econômicas deixaram de ser
problemas locais e passaram a afligir praticamente todo o mundo. A crise recente,
iniciada em 2008, é um dos exemplos mais significativos da conexão e interligação
entre os países, suas economias, políticas e cidadãos.

Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre


elas.
I. O processo de desregulação dos mercados financeiros norte-americano e europeu
levou à formação de uma bolha de empréstimos especulativos e imobiliários, a qual,
ao estourar em 2008, acarretou um efeito dominó de quebras nos mercados.

PORQUE

II. As políticas neoliberais marcam o enfraquecimento e a dissolução do poder dos


Estados nacionais, bem como asseguram poder aos aglomerados financeiros que não
atuam nos limites geográficos dos países de origem.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

a) As asserções I e II são proposições falsas.


b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
c) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
d) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também.

Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo.
Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não
funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de
futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo
como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso
encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na
lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada.
Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar,
uma outra forma de conversar.

Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde


o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e
um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava o começo e todo o resto.
Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como
necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas
transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas
inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o
leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por
perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.”

Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis,
imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre
ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem,
entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde. (MARQUES, M.O.
Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

6 – Considerando a relação entre “coçar e comer é só começar” e “conversar e


escrever também”, assinale a opção que indica qual o valor expresso pela palavra
também, nesse contexto:
a) consequência da ideia anterior;

b) condição para a ideia posterior.

c) causa da ideia posterior;

d) oposição em relação à idéia anterior;

e) retomada de ideia já anteriormente expressa;

Ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles, mas a Andrade
Gutierrez já tem pronto um estudo sobre a sucessão de 20 de seus principais
executivos, quase todos na faixa entre 58 e 62 anos. Seus substitutos serão escolhidos
entre 200 integrantes de um time de aspirantes. Eduardo Andrade, o atual
superintendente, que já integra o conselho de administração da empreiteira mineira,
deverá ir se afastando aos poucos do dia-a-dia dos negócios. Para os outros executivos,
que deverão ser aproveitados como consultores, a aposentadoria chegará a médio
prazo. (José Maria Furtado, na Exame, dez./99)-

7 - Se começarmos o primeiro período do texto por “A Andrade Gutierrez já tem


pronto...”, teremos, como sequência coesa e coerente: 
a) à medida que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
b) se ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles. 
c) por ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles. 
d) embora ainda falte um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles. 
e) visto que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles. 

8) Segundo o texto: 
a) Eduardo Andrade é um executivo na faixa dos 58 a 62 anos. 
b) 20 grandes executivos da empresa se aposentarão a médio prazo. 
c) 20 grandes executivos da empresa acham-se na faixa entre 58 e 62 anos. 
d) a empresa vai substituir seus vinte principais executivos a curto e médio prazos.
e) nenhum dos 20 grandes executivos se aposentará a curto prazo. 
9) A empresa, no que toca à aposentadoria de seus executivos, mostra-se: 
a) rígida 
b) inflexível
c) cautelosa 
d) previdente 
e) precipitada 

10) Complete:

Os tipos de correção de textos , segundo Ruiz ( 2018) são:

a._______________________________________

b._______________________________________

c._______________________________________

d._______________________________________

Qual você prefere?_____________________________________

AO FINALIZAR, LEMBRE-SE DE PREENCHER O ESPAÇO DESTINADO ÀS


RESPOSTAS, NO INÍCIO DA PROVA.

BOA PROVA!!!

LEIA-A COM ATENÇÃO!!!

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