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Economia Criativa:
gestão estratégica
de setores criativos
Organizadores
João Luiz de Figueiredo
Sílvia Borges Corrêa
E22
Economia criativa : gestão estratégica de setores criativos / [Afonso Claudio Figueiredo ...
[et al.]] ; organização João Luiz de Figueiredo, Sílvia Borges Corrêa. - 1. ed. - Rio de Janeiro :
E-papers, 2020.
152 p. : il. ; 23 cm. (Contextos e pesquisas ; 10)
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-87065-09-0
Introdução 5
João Luiz de Figueiredo
Sílvia Borges Corrêa
Capítulo 1
O mercado da música e os
desafios da era pós-pandemia 9
Afonso Claudio Figueiredo
Luciana Lumyx Araújo
Capítulo 2
Estimador de bilheteria da produção cinematográfica brasileira 25
Julia Taunay Perez
Everton Rodrigues Reis
Davi Noboru Nakano
Capítulo 3
Políticas para Audiovisual nas Indústrias Criativas:
uma investigação de mecanismos causais no caso
Porto Digital/Porto Mídia 45
Juliano Mendonça Domingues da Silva
Cláudio Roberto de Araújo Bezerra
Tatiane Gonçalves de Lima
Maria Lua Ribeiro Araújo
Maria Eduarda Alves de Andrade
Capítulo 4
Desafios e oportunidades da gestão museal brasileira
no século XXI 61
Luciana Lima Guilherme
Gabrielle Amaral Bacha
Maria Luísa Zarur Guarisa
Renier Crohare Molina
Capítulo 5
Avances y desafíos de la Economía Creativa en Chile
Andrea Báez Montenegro
Eugenia Sepúlveda
Patricia Rosales
Capítulo 6
Cidades criativas: o uso da cultura
em prol do desenvolvimento 105
Mary Sandra Guerra Ashton
Capítulo 7
Empreendedorismo e inovação
na Economia Criativa 123
Daniel Kamlot
Diego Santos Vieira de Jesus
Marco Aurelio de Souza Rodrigues
Veranise Jacubowski Correia Dubeux
5
são produzidos projetos, análises, avaliações e reflexões visando ao
melhor desenvolvimento de estratégias de gestão, levando em con-
ta as novas manifestações culturais e sociais dos setores criativos.
Assumem-se as transformações sociais como vetor de desenvolvi-
mento econômico, valoriza-se o desenvolvimento de projetos nos
quais os consumidores, usuários e/ou cidadãos sejam considerados
os atores-chaves de sua constituição e implantação, propõe-se o
estudo transversal e integrado dos agentes públicos, privados e
singulares (indivíduos) na transformação constante dos aparelhos
culturais, e estudam-se estratégias e legislações para a gestão de
setores criativos nas dimensões de negócios, clusters ou cidades.
O capítulo inicial deste livro trata do setor da música, que
vem, nas últimas décadas, se reconfigurando de maneira signifi-
cativa, com o surgimento de novos atores, modelos de negócio e
plataformas digitais. Em O mercado da música e os desafios da era
pós-pandemia, Afonso Figueiredo e Luciana Araujo analisam o re-
desenho do setor, que foi fortemente impactado pela pandemia da
covid-19. A ênfase das análises desses impactos recai sobre a clas-
se artística, especificamente sobre os profissionais da música in-
dependente. Através do levantamento de dados secundários e da
realização de entrevistas qualitativas com profissionais da área,
os autores desenharam um interessante panorama das mudanças
a que foram submetidos esses profissionais e delinearam algumas
propostas para uma recuperação do sistema de produção artística
que possam refletir a criatividade e diversidade musical brasileiras.
Na sequência, Julia Perez, Everton Reis e Davi Nakano apre-
sentam um trabalho sobre o setor de cinema e audiovisual. Consi-
derando o cenário de elevada incerteza no que tange ao desempe-
nho comercial das obras cinematográficas, fato que limita a capa-
cidade de tomada de decisões, Estimador de bilheteria da produção
cinematográfica brasileira apresenta um modelo de previsão de bi-
lheteria com base em inteligência artificial e adaptado ao contexto
nacional. Esse modelo se apresenta como um elemento que permite
prever o desempenho de bilheteria de um filme, possibilitando a
elaboração de estratégias por produtoras, distribuidoras e exibido-
ras, bem como por agentes de políticas públicas.
Introdução 7
e atividade econômica, diferenças que não se fazem presentes
quando se trata de variáveis associadas ao consumo cultural. Essas
diferenças encontradas indicam, segundo as autoras, a ênfase que
as políticas de apoio à economia criativa deveriam ter em regiões
menos desenvolvidas a fim de que os efeitos da centralização e da
concentração que caracterizam o país sejam diminuídos.
No capítulo 6, as cidades criativas são analisadas como am-
bientes de produção e de consumo de bens e serviços culturais cria-
tivos que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico. A
reflexão teórica, apresentada por Mary Sandra Ashton em Cidades
criativas: o uso da cultura em prol do desenvolvimento, põe em diálo-
go as contribuições de pesquisadores que compreendem as cidades
criativas como ambientes nos quais novos modelos de organização
são experimentados, políticas culturais sustentáveis são formula-
das, novas formas de produção e novos modos de consumo são es-
tabelecidos. Nas cidades criativas recursos culturais próprios são
acionados para a solução de problemas urbanos e para a geração
de riqueza, em um ambiente alicerçado na diversidade, no conheci-
mento, na criatividade e na inovação.
Fechando esta coletânea, o capítulo Empreendedorismo e ino-
vação na economia criativa, como indica o título, traz uma discussão
sobre os conceitos de empreendedorismo e de inovação no contex-
to da economia criativa, abordando sua importância para o desen-
volvimento socioeconômico. Os autores Daniel Kamlot, Diego de
Jesus, Marco Rodrigues e Veranise Dubeux destacam as implicações
da inovação para o crescimento econômico e a promoção da justiça
e da igualdade social. Como o texto deixa claro, se a economia criati-
va cria ambiente favorável ao empreendedorismo e pode gerar cres-
cimento econômico e emprego, ela pode também contribuir para a
implementação de processos de inovações em uma sociedade, no
entanto há que se considerar os seus contrastes sociais e econômi-
cos, especialmente quando se trata de países subdesenvolvidos.
Introdução
A produção musical experimentou uma transformação de velocida-
de espantosa a partir do século XX. No Ocidente, durante os séculos
anteriores, a música vinha se desenvolvendo como uma atividade
artesanal ligada às oligarquias, fossem essas religiosas ou atreladas
à realeza; mais tarde, afinada com uma nova sociedade burguesa
que começava a predominar, foi se transformando numa atividade
comercial. Mas no século XX, desde a invenção do fonógrafo, que
permitiu a reprodutibilidade da música gravada – o fonograma –,
vimos surgir rapidamente toda uma cadeia produtiva ao redor do
criador de música. Novas relações comerciais de produção, de dis-
tribuição e de venda de produtos e subprodutos musicais amplia-
ram o setor em várias frentes de um negócio rentável, configurando
a chamada indústria fonográfica1.
Em simbiose com os criadores de música e aglutinando no-
vos participantes e intermediários, organizados num ecossistema
complexo para atender ao consumo de massa – agregando o rádio,
a TV, o cinema e o vídeo –, a indústria fonográfica seguiu gerando
9
outros formatos de produtos enquanto investia em novas tecnolo-
gias como LP, CD, DVD etc. Assim, na segunda metade do séc. XX, o
setor presenciou um período de prosperidade, em especial para as
grandes gravadoras multinacionais, conhecidas como majors. Estas
vinham monopolizando a barreira de entrada dos artistas no mer-
cado por um longo período, mas nas duas últimas décadas do século
XX já surgiam outras alternativas de selos e gravadoras indepen-
dentes, o que foi ampliando oportunidades para novos artistas.
Porém, na virada para o século XXI, toda a cadeia produtiva
viria a sofrer mais um impacto, a ponto de afetar o modelo de negó-
cio das gravadoras dominantes: a chegada da digitalização nos pro-
cessos de produção e de consumo de bens musicais. Na reviravol-
ta que a apropriação generalizada da tecnologia provocou através
do uso de computadores pessoais e da internet, o próprio público
consumidor aproveitou-se de brechas no sistema para obter supri-
mentos de música de forma gratuita, ao compartilhar arquivos no
formato mp32. As grandes gravadoras, com seu modelo baseado no
controle de copyright, não vislumbraram dessa vez a demanda repri-
mida por bens culturais a preços mais justos – um possível erro es-
tratégico – e seguiram por algum tempo empenhando seus esforços
em processos jurídicos “antipirataria”. Um esforço que se revelou
inútil diante do novo paradigma do mercado digital: o “conceito de
gratuidade”, gerado pela facilidade de acesso que a oferta de música
via “nuvem” trazia – e que modificou a percepção do valor da música
gravada para o consumidor.
Nos anos 2000, esse processo de digitalização foi atingindo
todos os modelos de negócio dos vários setores das “Indústrias
Criativas e da Cultura” (ICC), aqueles cujas atividades produtivas
“têm como processo principal um ato criativo gerador de um pro-
duto, bem ou serviço, cuja dimensão simbólica é determinante do
seu valor, resultando em produção de riqueza cultural, econômica e
5 Pesquisa de mestrado (2019) que gerou a criação do portal MusicMakers (em pro-
totipação), com base em observação participativa, entrevistas com músicos indepen-
dentes cariocas e pesquisa netnográfica (ver Referências).
6 Em sequência, vieram Last.fm (2002), iTunes (2003), Pandora, YouTube (2005),
Musicovery (2006) SoundCloud, Bandcamp, Prime Music, Deezer (2007), Spotify
(2008), Rdio (2010), Tidal (2014/15), Apple Music (2015), TikTok (2016). E a lista segue.
Pós-pandemia
Desde fevereiro de 2020 a pandemia de covid-19 já era uma reali-
dade afetando o Brasil, o mundo e a economia como um todo. Para
12 Como no artigo “How Bandcamp became the heroes of streaming” - The Guardian
(ver Referências).
Considerações finais
O mundo tende a se acomodar num novo equilíbrio quando a pan-
demia acabar. Não sabemos quando ou como – se pelo aparecimen-
to de vacinas ou simplesmente pela diminuição da letalidade do
vírus ao longo do tempo, até que o isolamento não seja mais neces-
sário, como já ocorreu com outras pandemias. Mas é imperativo que
se pense em estratégias para auxiliar a reorganização da economia
do ecossistema da música com foco na diversidade. Se determina-
das condições podem ser favoráveis aos grandes artistas e mega-
produtoras de conteúdo, não se pode assumir o mesmo sobre os
pequenos e médios artistas, cujo cenário onde desenvolviam seus
trabalhos – os pequenos clubes e casas de shows – praticamente
desapareceram. E até quando forem reabertos – caso o sejam – com
uma subocupação de, digamos, 40% a 50% de público, poucos con-
seguirão subsistir nessas condições por muito tempo.
É importante ressaltar que, para que haja oxigenação e re-
novação no cenário criativo artístico musical, a sobrevivência
dos artistas independentes é crucial. É desse segmento que saem
as inovações estéticas que empurram para a frente a cultura. No
mainstream a renovação não ganha impulso, já que evitar riscos é
próprio da natureza de seus investimentos. E riscos são inerentes às
manifestações artísticas que propõem novas estéticas e linguagens.
É do meio independente que artistas inovadores irão surgir, des-
de que lhes seja aberto um espaço para garantir seu florescimento.
Se deixarmos que apenas o mercado sirva como impulso à cultura
nesse momento traumático, não se poderá garantir a presença de
13 Em Spotify CEO talks Covid-19, artist incomes and podcasting (interview) – Mu-
sicAlly (ver Referências).
Referências
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nidades para músicos. Dissertação de mestrado. ECO/UFRJ, 2019.
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Artigos mencionados
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com/economia/noticia/2020/09/15/ministerio-da-economia-publica-lista-de-se-
tores-mais-afetados-pela-pandemia.ghtml. Acesso em: 15 set.2020.
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spotify-ceo-talks-covid-19-artist-incomes-and-podcasting-interview/. Acesso
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NPR Music. 22 jul. 2019. Disponível em: https://www.npr.org/2019/07/22/743775196/
the-success-of-streaming-has-been-great-for-some-but-is-there-a-better-way. Aces-
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18 nov. 2020. Disponível em: http://www.ubc.org.br/Publicacoes/Noticias/16842.
Acesso em: 19 nov.2020.
Introdução
O mercado cinematográfico nacional alcançou, em 2019, uma renda
de R$ 2,7 bilhões, levando mais de 176 milhões de telespectadores
às salas de exibição. Mesmo com o fortalecimento do sistema de
produção nacional ao longo das últimas décadas, a fatia dos produ-
tores nacionais nesse montante não se mostra tão pujante. Os 167
títulos nacionais lançados no mesmo ano foram assistidos por cer-
ca de 24 milhões de espectadores e geraram aproximadamente R$
328 milhões, o que representa menos de 12% do total da bilheteria
(ANCINE, 2020). A produção cinematográfica nacional é formada
por dois subsistemas complementares, o independente e o hege-
mônico, cuja sustentação no longo prazo mostra uma relação de
complementaridade: enquanto o subsistema independente é im-
portante para a geração de fluxos de aprendizagem e de inovação,
garantindo a sobrevivência a longo prazo da indústria, o subsistema
hegemônico sustenta a cadeia no curto prazo em função do alcance
comercial de suas produções (FIGUEIREDO, 2019).
A elevada incerteza quanto ao desempenho comercial de uma
obra cinematográfica limita a previsibilidade e a capacidade de to-
mada de decisões ao longo de toda a cadeia. A maioria dos modelos
25
de estimação de bilheteria aplica técnicas de regressão linear que,
devido ao comportamento não linear do consumidor, levam a re-
sultados fracos e pouco aderentes às características da demanda
cinematográfica. Por isso, modelos de previsão pautados em inte-
ligência artificial estão sendo cada vez mais utilizados na indús-
tria cinematográfica estrangeira. Decisões como escolha do elenco,
data de lançamento e público potencial já utilizam ferramentas e
métodos analíticos pautados na ciência de dados.
Compreender o que influencia o alcance comercial de um fil-
me nacional é fundamental para definir estratégias que antecipem
eventos que afetam ou são afetados pelas decisões dos agentes da
cadeia e dos formuladores de políticas públicas. Nesse sentido, o
desenvolvimento de um modelo que preveja o desempenho de bi-
lheteria de um filme permite elaborar estratégias tanto no âmbito
dos atores da cadeia (produtoras, distribuidoras e exibidoras) como
da política pública, aumentando a competitividade das produções
nacionais.
O objetivo deste capítulo é apresentar um modelo de previ-
são de bilheteria embasado em inteligência artificial e adaptado
ao contexto brasileiro1. Ele utiliza a abordagem do aprendizado de
máquinas, comparando os resultados de dois classificadores distin-
tos, a Regressão Logística e a Floresta Aleatória (em inglês, Random
Forest).
Mercado cinematográfico
A data de lançamento de um filme é uma decisão crítica para o
sucesso comercial dele (BREWER; KELLEY; JOZEFOWICZ, 2009;
CHANG; KI, 2005; DELMESTRI; MONTANARI; USAI, 2005; EINAV,
2007), afetando e sendo afetada por todas as variáveis representa-
tivas do mercado cinematográfico. Como uma parte significativa da
bilheteria de um filme é arrecadada na semana de lançamento, o
número de telas no lançamento tem impacto positivo na bilheteria
(CHANG; KI, 2005; CLEMENT; WU; FISCHER, 2014; MCKENZIE;
WALLS, 2013). Já o impacto da sazonalidade é controverso, pois ao
mesmo tempo que há picos de demanda nos feriados e férias escola-
res, há maior disputa por lançamentos nessas datas (EINAV, 2007).
O poder econômico do distribuidor reflete no número de te-
las que o filme tem no seu lançamento (CLEMENT; WU; FISCHER,
2014), uma vez que é resultado de uma negociação entre distribui-
dor e exibidor. Na indústria cinematográfica americana existem
grandes estúdios (os majors) que atuam tanto na produção quan-
to na distribuição, que têm poder econômico desproporcional, po-
rém sua influência não foi claramente percebida em estudos nesse
mercado.
Reputação do elenco
Um ator famoso tanto atrai audiência como auxilia o filme a ob-
ter recursos e acesso à distribuição (KARNIOUCHINA, 2011). Es-
sas habilidades do ator ou da atriz (em inglês, Star Power) pode ser
medida de diferentes formas: pela aparição em outras mídias, pela
bilheteria acumulada ou número de produções anteriores, pelas
Bilheteria total
Os dados de bilheteria foram extraídos da Ancine, corrigidos utili-
zando-se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo para o Cinema
(IPCA-cinema) e divididos em faixas, para possibilitar a aplicação
nos modelos de classificação. Foram definidas oito classes de de-
sempenho apresentadas na Tabela 1:
Tabela 1 - Classes de desempenho da bilheteria total de um filme nacional
Intervalo (R$) Classe Quantidade de filmes
[5.800.000) A 51
[920.000,5.800.000) B 50
[170.000,920.000) C 49
[62.000,170.000) D 52
[29.000,62.000) E 50
[13.000,29.000) F 50
[5.500,13.000) G 51
[0,5.500) H 50
Fonte: Perez, Reis e Nakano (2019)
Tempo de projeção
O tempo de projeção é um número inteiro que indica a duração do
filme em minutos. Para obtê-la, duas fontes distintas foram con-
sultadas, o Ministério da Justiça e a rede social de filmes e séries
Filmow3. Os filmes com melhor desempenho de bilheteria têm, em
Gênero
Para a categorização de gênero foi analisada a frequência entre as
classificações do IMDb, do Ministério da Justiça e do Adorocinema.
Alguns gêneros possuíam um ou poucos exemplares. Por esse mo-
tivo, optou-se por agrupar todos os gêneros que possuíam menos
de 20 filmes na classe “outros”. A classificação final utilizada com a
respectiva frequência ficou como se mostra na Tabela 2.
Tabela 2 - Classificação de Gênero
Gênero Quantidade de filmes
Drama 151
Documentário 127
Comédia 69
Outros 33
Biografia 23
Fonte: Adaptada de Perez, Reis e Nakano (2019)
Classificação etária
A distribuição da indicação da classificação etária na amostra é
apresentada na Tabela 3. Como se pode notar, a amostra tem baixa
frequência de filmes adultos, indicados para maiores de 18 anos.
Tabela 3 - Distribuição da indicação da classificação etária na amostra
Classificação etária Quantidade
Livre 73
10+ 40
12+ 120
14+ 112
16+ 51
18+ 7
Total 403
Fonte: Perez, Reis e Nakano (2019)
Sequência
Os filmes da amostra foram classificados manualmente mediante
avaliação da existência de uma base prévia de fãs ou não, seja por-
que o filme era uma continuação de outro ou porque baseava-se em
um programa de televisão, por exemplo. Os resultados por classe de
desempenho são apresentados na Figura 4. As sequências parecem
diminuir o risco de fracasso de bilheteria. No entanto, assim como
na classificação etária, a baixa quantidade de filmes classificada
como sequência (26 filmes ou 6,5% da base), mesmo nas classes de
Poder da produtora
A influência de agentes da cadeia ocorre, usualmente, por meio da
determinação de classes de poder econômico. Pelas características
Fonte:
Capacidade empreendedora
A capacidade empreendedora é uma nova variável que o modelo
apresentado utiliza, que ainda não foi explorada por outros estudos.
É medida por número inteiro, que representa o tempo decorrido em
anos desde a sua produção até o lançamento. O tempo de produção
foi retirado do site Filmow e a data de lançamento da Ancine. Ela re-
presenta a motivação dos envolvidos com o filme em levá-lo para as
telas de cinema e as habilidades necessárias para alcançar esse fim:
quanto menor o tempo decorrido entre a produção e o lançamento,
maior é essa capacidade. Ela aumenta as chances de sucesso comer-
cial do filme porque minimiza os efeitos negativos do ambiente.
Sazonalidade
Para a captura do efeito da sazonalidade no desempenho de bi-
lheteria, utilizou-se a data de lançamento: os filmes lançados nos
meses de férias escolares (janeiro, julho e dezembro) e nos feria-
dos nacionais de cada ano foram diferenciados dos filmes lançados
nos demais períodos, pois com a tendência dos grandes estúdios
em lançar filmes nessas datas, os lançamentos nacionais podem ser
preteridos (PEREZ; REIS; NAKANO, 2019).
De acordo com a Figura 7, cerca de 40% dos blockbusters na-
cionais foram lançados em períodos em que há pico de demanda.
Contudo, ao se analisar o comportamento ao longo das categorias,
nota-se uma possível influência do lançamento de filmes estran-
geiros dos grandes estúdios, como Disney, que podem tornar os lan-
çamentos nacionais preteridos do público.
Salas no lançamento
O número de salas no lançamento foi obtido da Ancine. Sua dis-
tribuição nas classes de desempenho mostra uma relação positiva
entre as variáveis: o maior número de salas de exibição está relacio-
nado ao desempenho de bilheteria, como mostra a Figura 8.
37
Figura 9 - Grau de fama do elenco por categoria de desempenho no filme
Metodologia
O processo de estimação da bilheteria pode ser considerado um
problema de classificação, em que cada classe representa um in-
tervalo possível de receita de bilheteria, que varia do fracasso total
ao sucesso de bilheteria. A utilização de classes para a variável em
análise torna os algoritmos de aprendizado de máquinas mais rá-
pidos e melhores (GHIASSI; LIO; MOON, 2015; SHARDA; DELEN,
2006).
Dois algoritmos de aprendizagem de máquina foram utili-
zados: a Regressão Logística5 (RL), já utilizada em outros estudos
sobre a indústria cinematográfica, e o Floresta Aleatória (FA), que
teve sua eficiência atestada por outros pesquisadores.
Resultados
A análise dos resultados dos algoritmos do aprendizado de máqui-
nas exige que se estabeleça um parâmetro de comparação (baseline).
Assim como em Perez, Reis e Nakano (2019) foi utilizado o Classifi-
cador da Maior Classe, que é um algoritmo que classifica todo filme
a ser analisado na classe de desempenho com maior incidência de
casos na base de treinamento, ou seja, o algoritmo sempre irá prever
o resultado da classe de maior frequência. Com base na estratificação
apresentada na Tabela 4, as classes de bilheteria A, D e G têm a maior
frequência, com 41 casos cada. O algoritmo escolhe, então, a primei-
ra classe (A) e prediz que todas as observações da base de dados são
filmes cujo desempenho é “A”. Nesse sentido, a acurácia que norteia
a avaliação dos resultados dos modelos é de 12,35%.
Referências
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CRAIG, C. S.; GREENE, . H.; VERSACI, A. E-word of mouth: Early predictor of au-
dience engagement: How pre-release “E-WOM” drives box-office outcomes of
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DE VANY, A.; WALLS, W. D. Uncertainty in the Movie Industry : Does Star Power
Reduce the Terror of the Box Office ? Journal of Cultural Economics, v. 23, p. 285-
318, 1999.
Introdução
O presente artigo aborda o papel do Estado no fomento ao audio-
visual por meio de políticas públicas de comunicação e cultura, a
partir do conceito de indústrias criativas. Toma-se como estudo de
caso o Porto Mídia2, iniciativa complementar ao Parque Tecnológi-
co Porto Digital, instalado na cidade do Recife, no Estado de Per-
nambuco, direcionada à economia criativa.
Para tanto, este estudo foi guiado pelo seguinte problema
de pesquisa: como o fomento ao audiovisual em Pernambuco se
45
relaciona com o Parque Tecnológico Porto Digital/Porto Mídia? A
investigação identificou fatores causais antecedentes, mecanismos
parciais de causalidade e causas necessárias associadas à gênese e
evolução de uma estratégia de indução das indústrias criativas ar-
ticulada entre governos, academia e mercado. O mapeamento das
empresas indicou, por sua vez, uma forte associação entre tais ini-
ciativas e o fomento de empreendimentos do setor das indústrias
criativas.
A Firjan (2014) destaca dois fatores para o crescimento do
audiovisual brasileiro, apesar do quadro de crise econômica no País
e no mundo: (1) a disseminação de novas tecnologias de distribui-
ção e o consumo de conteúdos em vídeo on demand e on streaming;
(2) o surgimento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e a pro-
mulgação, em 2011, da Lei 12.485, que regula o mercado de TV por
assinatura no país. Ela obriga a exibição semanal de pelo menos
3h30 de obras audiovisuais brasileiras independentes, como filmes,
séries, documentários e animação. Entre os estados nordestinos, o
setor criativo de Pernambuco aparece com o maior índice de par-
ticipação no PIB estadual (1,6%) e oferece a melhor média mensal
de salário, R$ 3.014,00 – as profissões de diretor de programas de
televisão, autor/roteirista e cenógrafo de TV são as de melhor re-
muneração (ANCINE, 2018a).
A pesquisa, cujos resultados principais são aqui apresenta-
dos, permite associar o fomento da produção audiovisual no Estado
de Pernambuco, Região Nordeste do Brasil, no âmbito das indús-
trias criativas, a políticas públicas estratégicas para o segmento.
Nesse contexto destacam-se, em particular, a criação do edital do
Programa de Desenvolvimento do Audiovisual de Pernambuco, o
Funcultura Audiovisual, em 2007, e, particularmente, o Porto Mídia,
em 2013.
Este artigo se divide em três etapas. Na primeira, voltada aos
aspectos teóricos e metodológicos, são apresentados os conceitos
básicos relativos à associação entre políticas públicas e indústrias
criativas, bem como o método sequencial (method of sequence elabo-
ration), adotado como ferramenta de investigação dos condicionan-
tes para a emergência e evolução institucional do caso analisado.
Teoria e Métodos
A presente investigação entende as indústrias criativas como um
fenômeno atrelado a iniciativas governamentais que abarcam
em seu escopo o debate sobre políticas de comunicação e cultura
(JAMBEIRO; FERREIRA, 2015). Com o objetivo de tornar sua lo-
calidade mais atrativa ao capital mutante em termos espaciais, é
esperado que governos estabeleçam incentivos ao aporte de inves-
timentos específicos (HARVEY, 2003). O Porto Digital/Porto Mídia,
apontado por Martel (2015, p. 121) como a principal smart city do
Brasil, seria um caso exemplar desse fenômeno, o que justifica sua
adoção como objeto da investigação da qual este artigo é fruto.
A análise empreendida assume indústrias criativas como a
interface entre criatividade, cultura, economia e tecnologia, em um
mundo contemporâneo dominado por imagens, sons, textos e sím-
bolos (UNCTAD, 2008). Em Pernambuco, elas correspondem a 1,6%
do PIB, maior percentual da Região Nordeste, e paga um salário mé-
dio de R$ 5.258 (FIRJAN, 2016). O acúmulo gradual de importância
desses segmentos das indústrias criativas em Pernambuco está as-
sociado ao Parque Tecnológico Urbano Porto Digital, fundado no
ano 2000 sob o tripé Academia, Mercado e Governo.
A gênese e o desenvolvimento dessa iniciativa são aqui ana-
lisados por meio do modelo de explicação histórica denominado
método sequencial ou method of sequence elaboration. Mahoney,
Resultados e discussões
Fatores causais antecedentes à gênese do Porto Digital e, por conse-
guinte, do Porto Mídia, se encontram nos anos 1980. Eles se confi-
guram como mecanismo parcial de causalidade do tipo background,
pois não se mostram, por si só, suficientes, embora necessários,
para a emergência do Porto Digital/Porto Mídia.
Referências
ANCINE – AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA. Emprego no setor audiovisual. Es-
tudo Anual 2018a. Disponível em: https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/
repositorio/pdf/emprego_no_setor_audiovisual_0.pdf Acesso em: 23 jul. 2018.
MAHONEY, J.; KIMBALL, E.; KOIVU, K. The Logic of Historical Explanation in the
Social Sciences. Comparative Political Studies, 42:1, jan. 2009, p. 114-146.
MARTELL, F. Smart: o que você não sabe sobre a internet. Rio de Janeiro: Civili-
zação Brasileira, 2015.
UNCTAD. Creative economy report 2008: the challenge of assessing the creative
economy: towards informed policy-making. New York, NY, 2008.
61
padrão de comportamento imitativo vai sendo substituído pela ca-
pacidade de se pensar e criar soluções próprias e autônomas, adap-
tadas à realidade. Para isso, é preciso uma afirmação identitária, um
reconhecimento de capacidades e potenciais de desenvolvimento
local que enfrentem as desigualdades regionais e os constrangi-
mentos sociais gerados por práticas concentradoras e homogenei-
zantes. A arte é vista por Furtado (PAGLIOTO, 2016), nesse proces-
so, como uma ferramenta essencial para a desalienação instrumen-
tal da criatividade, a partir do momento em que corresponde a uma
mensagem privilegiada com capacidade de sensibilizar as pessoas
de forma ampla e profunda.
Nesse sentido, também se deu a reflexão sobre o papel dos
museus na contemporaneidade, superando a noção de museu como
um espaço limitado à preservação da memória, mas entendido
como um agente de desenvolvimento, integrado à sociedade e ao
território de modo amplo, integral e inclusivo (ARGENTA, 2013).
Essa inquietação se fez presente desde a Declaração de Santiago do
Chile, em 1972, com foco nas discussões sobre o papel do museu na
América Latina, até a Declaração de Caracas, em 1992, onde o deba-
te da comunidade museológica se concentrava na perspectiva dos
museus como agentes de mudança social e de construção política
junto às comunidades nas quais estão inseridos (ARGENTA, 2013).
A percepção da necessidade da reformulação do papel dos
museus nas sociedades contemporâneas, em muitos sentidos, foi
fruto da constatação da ausência de intimidade e de apropriação das
comunidades junto a esses equipamentos culturais, uma ausência
decorrente do baixo investimento em uma educação patrimonial
mais ampla que derrubasse “muros” e (pré)conceitos ultrapassados
sobre o espaço museal e suas dinâmicas socioculturais. Tornou-se,
então, premente a necessidade da formulação de políticas culturais
voltadas para a promoção da inclusão e do acesso à cultura com a
finalidade de reduzir este fosso entre os museus e a sociedade.
Argenta (2013, p. 151) complementa essa tese afirmando que:
Isso implica adentrar o universo do desenvolvi-
mento sustentável, beber de sua fonte e desenvol-
ver estratégias capazes de responder, para além
2 Boosterism: a prática de promover ativamente uma cidade, região etc. e seus ne-
gócios locais (tradução nossa). Disponível em: https://www.collinsdictionary.com/pt/
dictionary/english/boosterism
Considerações finais
Refletindo sobre a gestão museal brasileira diante dos seus desa-
fios e oportunidades do século XXI, percebemos o quanto o tema
demanda um olhar atento, complexo e aprofundado diante de suas
múltiplas dimensões e impactos. Como um espaço de democrati-
zação do acesso e da fruição cultural, o museu tem uma função es-
sencial no processo de desenvolvimento humano das sociedades;
como equipamento arquitetônico de intervenção urbana, impacta
diretamente o seu entorno gerando atratividade e oportunidades
concretas para o desenvolvimento local de cidades e regiões; como
espaço de educação patrimonial, demanda um olhar que o amplie
como um centro de convergência de narrativas e reflexões artístico-
-culturais potencializadas por metodologias e tecnologias inova-
doras; como organização, exige gestores com capacidade empreen-
dedora e estratégica, com potencial de reconhecer e integrar redes
institucionais geradoras de sustentabilidade cultural, ambiental,
social e econômica.
Referências
ARGENTA, D. Museus e Economia Criativa: apontamentos para perspectivas futu-
ras. Revista Cadernos do Ceom, v. 26, n. 39, p. 149-168, 2013.
KAIKA, M. Architecture and crisis: Re-inventing the icon, re-imag(in)ing London and
rebranding the city. Transactions of the Institute of British Geographers, v. 35, n. 4,
p. 453-474, 2010.
PLAZA, B. On Some Challenges and Conditions for the Guggenheim Museum Bil-
bao to be an Effective Economic Re-activator. International Journal of Urban and
Regional Research, v. 32, n. 2, p. 506-517, 2008.
SUDJIC, D. The Edifice Complex: How the Rich and Powerful Shape the World.Lon-
don: Penguin, 2005.
Introducción
La Economía Creativa en Chile, como sector económico, se viene
desarrollando desde hace más de una década, fue considerada como
uno de los 31 sectores prioritarios en la Estrategia de Innovación
y Competitividad (CNIC, 2007). Desde entonces, la Corporación de
Fomento de la Producción (CORFO) y el Ministerio de Cultura, Ar-
tes y Patrimonio (MCAP) han sido los principales promotores. En el
año 2017, se creó el Plan Nacional de Fomento a la Economía Crea-
tiva (PNFEC, Consejo Nacional de las Culturas y las Artes CNCA,
2012 y 2015; CORFO, 2017), un programa en el que participaron
los sectores, público, privado, académico y la sociedad civil cuyo
propósito fue fortalecer la economía creativa para captar una de-
manda creciente a nivel nacional e internacional, para fortalecer
el ecosistema de comercialización de bienes y servicios creativos, a
través del emprendimiento dinámico, la innovación, la valorización
del patrimonio del territorio, así como la generación, atracción y
retención de talento.
Algunas acciones que surgieron requieren la creación de un
sistema dentro del país para:
81
• Mejorar la competitividad de las exportaciones de los secto-
res priorizados (audiovisual, música, editorial y diseño);
• Instalar y certificar las competencias técnicas y empresaria-
les para la exportación.
• Generar una inteligencia de mercado dinámica que oriente
las decisiones estratégicas en materia comercial, de desarro-
llo de contenidos y de inversión tecnológica.
Características generales
UNESCO (2010) establece que, aunque la mayoría de los países con
economías intermedias son esencialmente importadores de bienes
Colombia 1.160
Colombia 11
Brasil 1.730
Brasil 66,87
Chile 170
Chile 3,98
México 5.280
México 55,01
Argentina 550
Argentina 17,08
0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Miles de trabajadores
Miles de millones US $
0 1 2 3 4 5 6
%
3,5
Artes Visuales 8,3
3,5
3,9
9,7
Editorial 9,4
11,8
4,7
2,5
Artes escenicas 2,1
1,2
1,7
16,5
Nuevos medios 6,0
15,6
11,4
50,8
Diseño 57,3
50,7
63,8
6,7
Audiovisual 3,0
4,4
3,1
10,3
Artesanía 13,9
12,7
11,4
0 10 20 30 40 50 60 70
3,5
Artes Visuales 8,3
3,5
3,9
9,7
Editorial 9,4
11,8
4,7
2,5
Artes escenicas 2,1
1,2
1,7
16,5
Nuevos medios 6,0
15,6
11,4
50,8
Diseño 57,3
50,7
63,8
6,7
Audiovisual 3,0
4,4
3,1
10,3
Artesanía 13,9
12,7
11,4
0 10 20 30 40 50 60 70
Aspectos generales
Chile se ha enfrentado a un escenario más bien optimista en la úl-
tima década con un crecimiento promedio de 3,05%. Sin embargo,
en el último año, dado el conflicto social y el efecto de la pandemia
entre otros motivos, han producido una disminución del 9% con res-
pecto al tercer trimestre del año anterior. (Según datos del Banco
Central de Chile, 2020). Chile ha reorientado la atención de la socie-
dad civil hacia la búsqueda de modelos de desarrollo que promuevan
la innovación pero que al mismo tiempo protejan la participación en
los resultados del crecimiento. Para ello es fundamental reforzar la
diversidad y sofisticación de la matriz productiva y exportadora y pa-
sar de una economía basada en la oferta de recursos naturales a otra
basada en el conocimiento y la innovación, pero al mismo tiempo,
salvaguardando y priorizando la diversidad cultural, la idiosincrasia
y los valores. Precisamente eso es lo que ofrece la economía creativa:
un sector económico, por definición, sostenible e inclusivo, que se
alimenta del talento creativo y cuya fuente de recursos es inagotable
(si se promueve adecuadamente) y no está condicionada por el estra-
to socioeconómico de origen (CNCA, 2014).
Desde la perspectiva de la política económica, la promoción
de la economía creativa ha captado la atención de los responsables
de la toma de decisiones público-privadas (CORFO et al., 2015), ya
que representa un sector económico que contribuye a la sofisti-
cación de la matriz productiva nacional. Desde el año 2015 con el
apoyo de CORFO data el Programa Estratégico Nacional Chile Crea-
tivo, que trabaja bajo una gobernanza público-privada, que avanza
en implementar una hoja de ruta que impulse y articule el sector.
Para esto ha recibido MUS$2.070 de CORFO lo que le ha permitido
apalancar recursos privados para ejecución de proyectos creativos
por un monto de MUS$3.451 con foco en los subsectores de la músi-
ca, editorial, diseño y audiovisual (Reporte Comité de Programas e
Iniciativas Estratégicas, CPIE-CORFO). Por tanto, la priorización en
Chile no se trata de un fenómeno local; desde hace algún tiempo,
el mundo presta atención a las externalidades positivas de la eco-
nomía creativa, donde el mercado latinoamericano también toma
protagonismo (UNCTAD 2020). Para el caso chileno la industria
creativa está compuesta por las siguientes áreas: Artesanía, Artes
Visuales, Fotografía, Teatro, Danza, Artes Circenses, Edición (inclu-
yendo libros y medios escritos), Música, Audiovisual, Arquitectura,
Diseño y Medios Informáticos, Radio, Televisión y Publicidad. El
patrimonio, aunque también se entiende como área creativa, tiene
un tratamiento especial (Mapeo Industrias Creativas CNCA, 2014)
Una reinterpretación del modelo de los círculos concéntricos
de Throsby (2008) fue aplicado a los campos apoyados por el plan
nacional para promover la economía creativa que se muestra en la
figura 4 y comprende los siguientes grupos:
• Grupo creativo central o nuclear: Sector con un fuerte con-
tenido cultural, simbólico y creativo, aunque con un bajo po-
tencial e impacto económico. Estaría compuesto por las artes
Fuente: Adaptado del mapeo de industrias creativas CNCA (2014) y Aspillaga (2015)
Fonte:
Fonte:
Comentarios generales
A través, de este estudio se destaca, el aumento tanto del capital
humano especializado en áreas creativas donde la participación
de las carreras de formación creativa creció 5,4 veces en compa-
ración con el 2012, de las empresas creativas formales, empleados
y ventas asociadas y el fortalecimiento de sectores. Cabe pensar
que estos aspectos pueden ser influencia entre otros del MCAP y
de CORFO a través, del Plan Nacional de Fomento a la Economía
Creativa. Sin embargo, debemos tener presente el aspecto de con-
centración territorial que se produce en la Región Metropolitana y
Valparaíso. Se enfatiza que los programas de apoyo a la economía
creativa son completamente dependientes de los instrumentos de
financiamiento competitivo, lo cual no resulta significativo en la
tipificación de las regiones mencionadas. Aquí, se concuerda con la
conclusión de la CNCA que ya en el 2013, indicaba que las políticas
de apoyo a la economía creativa deberían enfocarse en regiones ex-
tremas que minimicen el efecto de centralización que caracteriza
al país, esto no ha podido ser revertido en los últimos años. Alguna
de las soluciones que se han planteado en este aspecto es que la
legislación fiscal, tenga la iniciativa de poner en valor un incentivo
atractivo hacia el sector privado, que permita aumentar los aportes
a través de la Ley de Donaciones, implementación de un sistema de
subsidios a favor de la economía creativa, así mismo, la interven-
ción activa del Ministerio de Economía para la reformulación de los
instrumentos de desarrollo que vayan en apoyo a la cadena produc-
tiva del sector creativo.
Por otro lado los esfuerzos por impulsar el sector creativo a
nivel de “oferta”, no se han visto reflejados en el aumento en el
consumo creativo a nivel nacional (según cifras oficiales), lo podría
llevar a pensar por una parte que, se debe medir desde otra perspec-
tiva el consumo como es la internet, tratando de diferenciar entre
el consumo de productos creativos nacionales e internacionales,
CONSEJO NACIONAL DE LA CULTURA Y LAS ARTES, Los Ríos (2015). Mapeo Mo-
delos de Negocios Industria Creativa Los Ríos.
FLORIDA, R. (2003). Cities and the Creative Class. City & Community, 2(1), 3-19.
Disponible en: https://journals.sagepub.com/doi/10.1111/1540-6040.00034
MUSTERD, S., BONTJE, M., CHAPAIN, C., KOVÁCS, Z., AND MURIE A. (2007). Ac-
comodating creative knowledge. A literature review from a European perspective.
ACRE Report 1. Amsterdam: Amsterdam Institute for Metropolitan and Interna-
tional Development Studies (AMIDSt), Universidad de Amsterdam.
UNESCO (2010). Políticas para la creatividad. Guía para el desarrollo de las indus-
trias culturales y creativas. http://www.lacult.unesco.org/docc/prueba_06_largo.
pdf
Introdução
O conceito de cidades criativas surge como alternativa de desenvol-
vimento urbano diante da necessidade de transformações territo-
riais e espaciais das cidades nos âmbitos econômico, político, social
e cultural, observadas no modelo de cidade pós-industrial em crise.
O novo desenho de cidade impõe novas regras de inclusão e de ado-
ção de estratégias de participação conjunta e colaborativa, convi-
dando a população a sair da zona de conforto e a cocriar o espaço
urbano, bem como mais dinamismo social e econômico em relação
ao empreendedorismo, à criatividade e às inovações que tenham a
cultura como o principal pilar do desenvolvimento urbano.
As cidades criativas são ambientes de valoração da cultura
local, e que têm no saber-fazer do seu povo o principal insumo para
a geração de riqueza. Essas cidades são marcadas pelo dinamismo
e pelas adaptações às necessidades sociais e econômicas para a
solução dos problemas locais com criatividade. Nas cidades cria-
tivas emerge uma classe de produtores criativos que transformam
os espaços de produção de bens e serviços numa organização que
prioriza a colaboração e a coprodução. Assim, contribuem para a
formação de clusters criativos, de ecossistemas criativos e de arran-
jos produtivos locais (APLs) inovadores, a partir de elementos da
105
cultura local e de seu uso em prol do desenvolvimento socioeconô-
mico nas cidades.
O objetivo deste estudo é compreender as cidades criativas
como ambientes de produção e de consumo de bens e serviços cul-
turais criativos em prol do desenvolvimento socioeconômico das
cidades.
Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura para a
compreensão dos termos de referência, a qual fundamentou os con-
ceitos e definições apresentados. Inicialmente, traz um panorama
do modelo de cidade pós-industrial em crise, a partir dos contornos
demarcados por estudiosos da área, somando-se elementos do pas-
sado até chegar às cidades criativas, conforme proposto por Lan-
dry. Segue com a criação da Rede Mundial de Cidades Criativas da
UNESCO e seus objetivos. Na sequência, são apresentados modelos
teórico-conceituais desenvolvidos por Reis, Florida, Vivant e Ash-
ton, aos quais são dialogados e contextualizados, para finalizar com
as conclusões.
Conclusões
Conforme o exposto, foram observadas as transformações socioe-
conômicas pelas quais as cidades passaram, deixando inúmeras
consequências para a população e centros urbanos, e o desafio de
se pensar em novos modelos de cidades que pudessem reverter a
situação de crise desencadeada nos centros urbanos. Entre as al-
ternativas emerge o conceito de cidades criativas de Landry, como
ambientes mais dinâmicos e de regeneração do tecido social e
Referências
ASHTON, M. S. G. Cidades Criativas: análise reflexiva das relações com o Turismo.
In: SCHREIBER, D. (Org.). Inovação e aprendizagem organizacional . Novo Hambur-
go: Feevale, 2013. p. 230-245.
Introdução
A economia criativa refere-se a um conjunto de atividades basea-
das nas habilidades e no talento individuais, cujos resultados estão
ligados à geração de propriedade intelectual e são formulados de
acordo com as preferências e as demandas de usuários específicos.
Entre os setores criativos, cabe destacar aqueles ligados diretamen-
te às atividades culturais específicas – como o editorial, o audiovi-
sual, o artesanato e a gastronomia, por exemplo –, às relacionadas
ao lazer e ao entretenimento – como as artes performáticas e o se-
tor de games – e às funcionais, como a moda, a arquitetura, a publi-
cidade e o design (MIGUEZ, 2007; REIS, 2006).
Abarcando múltiplas atividades que servem a um grande
número de setores, organizações públicas e privadas e consumi-
dores, a economia criativa abre espaço para que se desenvolva o
empreendedorismo, que remete a iniciativas voltadas para a imple-
mentação de novos negócios ou mudanças em empresas já exis-
tentes. Para que o empreendedorismo possa se desenvolver nos se-
tores criativos, tornam-se necessárias a expansão de crédito para
empreendimentos e a disponibilidade de recursos relacionados à
123
infraestrutura de criação, produção, distribuição/circulação e ao
consumo/fruição de bens e serviços culturais e artísticos (JESUS;
KAMLOT, 2016). Além de gerar crescimento econômico e emprego,
a economia criativa pode também contribuir para a realização de
inovações em uma sociedade. Os setores criativos podem desenvol-
ver e introduzir inovações como parte das suas próprias atividades
e diretamente contribuir com produtos e serviços oferecidos a seus
consumidores, bem como procedimentos, tecnologias e rotinas em
seus próprios modelos de negócio, ampliando a eficiência ou a qua-
lidade dos resultados. Ademais, eles também podem apoiar a ino-
vação em setores mais tradicionais da economia por meio de inputs,
os quais não precisam necessariamente coincidir com as inovações
nos produtos desses setores, mas se relacionar a atividades-padrão
de empreendimentos criativos, que servem de base ou inspiração
para os setores tradicionais (MÜLLER; RAMMER; TRÜBY, 2009).
O objetivo deste capítulo é apresentar os debates em torno
dos conceitos de empreendedorismo e inovação na economia cria-
tiva e a sua relevância para o desenvolvimento socioeconômico. No
próximo item, será apresentada a discussão em torno da noção de
empreendedorismo na economia criativa e seus reflexos para o de-
senvolvimento de uma comunidade. Antes de tecermos as consi-
derações finais, será debatido o conceito de inovação na economia
criativa e suas implicações para o crescimento econômico e a pro-
moção de justiça e igualdade social.
Considerações finais
A economia criativa pode contribuir para o empreendedorismo e
os processos de inovação numa economia tanto pelas suas próprias
atividades como pelo apoio ao empreendedorismo e à inovação em
outros setores, uma vez que produza ideias que contribuam dire-
ta ou indiretamente para a geração de novos produtos e serviços,
Referências
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Paulo: M. Books, 2013.
JESUS, D. S. V.; KAMLOT, D. Stuck in the middle of nowhere: cultural policy, de-
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MINTZBERG, H. The nature of managerial work. New York: Harper Collins, 1973.
MÜLLER, K.; RAMMER, C.; TRÜBY, J. The role of creative industries in industrial
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SUNLEY, P.; PINCH, S.; REIMER, S.; MACMILLEN, J.. Innovation in a Creative Pro-
duction System: The Case of Design. Journal of Economic Geography, v. 8, n. 5, p.
675-698, 2008.
B
Brechas 10
C
Chile 7, 62, 82, 83, 86, 87, 101
Cidades criativas 8, 105, 106, 108, 109, 110, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120
Criatividade 6, 8, 12, 47, 61, 62, 69, 105, 110, 111, 112, 113, 115, 116, 117, 118, 119,
120, 127, 128, 131, 132, 133, 134
Cultura 7, 8, 10, 16, 21, 22, 47, 61, 62, 63, 64, 74, 98, 99, 101, 105, 106, 108, 109, 110,
111, 113, 114, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 130, 131
D
Desenvolvimento 6, 7, 8, 22, 26, 43, 46, 47, 49, 50, 55, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 67, 68, 69,
72, 74, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 124,
126, 127, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136
E
Economía Creativa 7, 82, 83, 86, 87, 91, 101
Economia criativa 7, 8, 11, 18, 48, 50, 52, 53, 55, 59, 109, 111, 123, 124, 127, 128, 129,
131
Economia da experiência 68, 116
Empreendedorismo 5, 8, 65, 112, 117, 118, 123, 124, 125, 127, 128
Espaço público 110, 111, 114, 120
G
Gentrificação 66, 111, 113
Gestão 5, 6, 7, 13, 20, 22, 49, 50, 56, 64, 72, 73, 75, 76, 77, 116, 128, 131, 133
I
Indústria cinematográfica 26, 28, 38
Indústria fonográfica 9, 20
Indústrias criativas 7, 10, 46, 47, 58, 59, 110, 115, 119, 127, 128
Inovação 5, 8, 11, 20, 49, 50, 69, 71, 111, 112, 116, 118, 120, 124, 125, 126, 127, 128,
129, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136
Inovações 8, 21, 70, 71, 110, 117, 118, 124, 129, 130, 131, 134, 135, 136
P
Pandemia 6, 11, 12, 14, 15, 16, 17, 18, 20, 22
Participação 15, 46, 59, 111, 112, 114, 115, 119, 120, 126
Patrimônio 15, 72, 73, 75, 109, 110, 112, 114, 116, 117, 118
Políticas culturais 8, 62, 116, 118, 119
Políticas públicas 6, 7, 22, 26, 46, 47, 59, 77, 78, 101
Porto Digital 7, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 55, 58
Porto Mídia 7, 45, 46, 47, 48, 49, 51, 53, 54, 55, 56, 58, 59
Previsão de bilheteria 6, 26
Q
Qualidade de vida 107, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 120, 121
R
Requalificação 109, 113, 114, 120
S
Setores criativos 5, 6, 118, 123, 124, 131, 133, 134, 135, 136
Shows 17
Socioeconômico 8, 106, 108, 109, 110, 113, 119, 124
Sustentabilidade 7, 12, 14, 15, 16, 63, 72, 75, 77, 133
T
Tecnologia 10, 16, 47, 49, 50, 52, 58, 111, 117, 130, 132, 134, 135
Transformação 6, 7, 65, 107, 110, 111, 113, 114, 119, 120, 130
V
Vocação 56, 109, 113, 114, 117, 118
143
Cláudio Roberto de Araújo Bezerra
Professor e pesquisador da Universidade Católica de Pernambu-
co (Unicap), docente permanente do Programa de Pós-graduação
em Indústrias Criativas (PPGCriativas/Unicap), jornalista (Unicap),
mestre em Comunicação (UFPE) e doutor em Multimeios (Unicamp),
com pós-doutoramento no Departamento de Comunicação e Infor-
mação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal).
Integra a Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual
(Socine) e a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da
Comunicação (Intercom). e-mail: claudio.bezerra@unicap.br | cv
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2757605017225597
Daniel Kamlot
Doutor em Administração de Empresas pela FGV/EBAPE. Mes-
tre em Administração de Empresas e graduado em Engenharia de
Computação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janei-
ro (PUC-Rio). Professor titular da Escola Superior de Propaganda e
Marketing do Rio de Janeiro (ESPM-Rio) – Programa de Mestrado
Profissional em Gestão da Economia Criativa (MPGEC) e de cur-
sos de Graduação em Administração de Empresas e Comunica-
ção Social. Membro do Laboratório de Cidades Criativas (LCC) da
ESPM-Rio. Professor/pesquisador do departamento de Adminis-
tração de Empresas da PUC-Rio e professor do Departamento de
Administração da FGV/EBAPE. Tem experiência na área de Admi-
nistração com ênfase em marketing, atuando principalmente nos
seguintes temas: marketing social, comportamento do consumidor,
propaganda, propaganda enganosa, marcas, economia criativa e
varejo. e-mail: dkamlot@espm.br | cv Lattes: http://lattes.cnpq.
br/1863175020067147
Luciana Guilherme
Doutora em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento
(PPED/IE/UFRJ), mestre em Administração (UECE) e graduada em
Administração de Empresas (UFC). Professora da graduação e do
Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa (MPGEC)
da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM Rio). Pes-
quisadora vinculada ao Laboratório de Economia Criativa, Desen-
volvimento e Território (LEC). Foi Diretora de Empreendedorismo,
Gestão e Inovação da Secretaria da Economia Criativa (SEC) do Mi-
nistério da Cultura (2011 a 2013), Assessora de Marketing da Secre-
taria da Cultura do Ceará (2004 a 2006) e Assessora de Marketing e
Comunicação do SENAC-CE (2002 a 2003). e-mail: luciana.guilher-
me@espm.br | cv Lattes: http://lattes.cnpq.br/4143380728075316