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Jornal da República

Quarta-Feira, 26 de Outubro de 2016 Série I, N.° 42

$ 1.50 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE

Actualmente a estrutura orgânica do STAE encontra-se


SUMÁRIO aprovada pelo Decreto-Lei n.º 1/2007, de 18 de Janeiro, contudo
a mesma não responde de forma eficiente e efectiva às
responsabilidades que este organismo da Administração
Indirecta do Estado foi recebendo quer por via das alterações
GOVERNO :
Decreto-Lei N.º 44/2016 de 26 de Outubro
à Lei dos Órgãos de Administração Eleitoral quer, ainda, por
1ª Alteração ao Decreto-Lei n.º1/2007, de 18 de Janeiro via da Lei do Recenseamento Eleitoral.
(Estatuto Orgânico do Secretariado Técnico da Administração
Eleitoral) ................................................................................. 426 Assim, face à necessidade de assegurar a harmonização do
quadro jurídico conformador da estrutura orgânica do STAE
com as alterações recentemente introduzidas no ordenamento
MINISTRO DE ESTADO, COORDENADOR DOS jurídico através das alterações à Lei dos Órgãos de Administra-
ASSUNTOS ECONÓMICOS : ção Eleitoral e da Lei do Recenseamento Eleitoral, bem como a
Diploma Ministerial N.º 61/2016 de 26 de Outubro
premência em assegurar que o modelo orgânico do STAE
Estrutura do Gabinete do Ministro de Estado, Coordenador dos
garante a prossecução das atribuições que ao mesmo
Assuntos Económicos ............................................................. 438
incumbem, julga-se oportuna a introdução de alterações ao
REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE OÉ-CUSSE modelo organizacional do STAE e a clarificação de alguns
AMBENO (RAEOA) : aspectos relacionados com a sua disciplina financeira.
Deliberação da Autoridade Nº. 6/2016 de 20 de Outubro ... 443
Deliberação da Autoridade Nº. 7/2016 de 20 de Outubro ... 444 Assim, o Governo decreta, nos termos do n.º 3 do artigo 115.º,
da Constituição da República, para valer como lei, o seguinte:
CONSELHO DE IMPRENSA :
Deliberação N.o 3/2016, de 8 de Setembro .......................... 444
Artigo 1.º
Deliberação N.o 4/2016, de 8 de Setembro .......................... 445
Objecto
Deliberação N.o 5/2016, de 8 de Setembro .......................... 446
Deliberação N.o 6/2016, de 8 de Setembro .......................... 446
O presente diploma aprova a primeira alteração ao Decreto-Lei
n.º 1/2007, de 18 de Janeiro.

Artigo 2.º
Alterações

Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 5.º, 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 11.º, 14.º, 18.º, 20.º, 21.º
e 22.º do Decreto-Lei n.º 1/2007, de 18 de Janeiro, passam a ter
DECRETO-LEI N.º 44 /2016 a seguinte redacção:
de 26 de Outubro «Artigo 1.º
1ª ALTERAÇÃO AO DECRETO-LEI N.º1/2007, DE 18 DE Definição e natureza
JANEIRO (ESTATUTO ORGÂNICO DO
SECRETARIADO TÉCNICO DA ADMINISTRAÇÃO O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral,
ELEITORAL) abreviadamente denominado STAE, é uma pessoa colectiva
de direito público, dotada de autonomia administrativa,
financeira, técnica e patrimonial, sob a forma de serviço
O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral, personalizado.
abreviadamente designado por STAE, foi criado através do
Decreto do Governo n.º 2/2003, de 23 de Julho, como um órgão Artigo 2.º
do Ministério da Administração Estatal, responsável pela Superintendência e tutela
organização e pela execução dos processos eleitorais e
referendários da República Democrática de Timor-Leste. 1. O STAE está sujeito à superintendência e à tutela do membro
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do Governo responsável pela prestação de apoio técnico eleitoral, bem como assegurar o apoio, a consulta e a divulgação
aos processos eleitorais e referendários. de estudos e de outros dados ou informações no domínio
eleitoral.
2. No âmbito do exercício das respectivas competências de
superintendência e tutela sobre o STAE, incumbe ao Artigo 7.º
membro do Governo responsável pela prestação de apoio Modelo de organização
técnico aos processos eleitorais e referendários:
A organização interna do STAE obedece ao modelo de estrutura
a) Aprovar o plano estratégico do STAE, sob proposta hierarquizada.
do seu Director-Geral;
Artigo 8.º
b) Aprovar e enviar ao membro do Governo responsável Órgãos
pela área das finanças o plano de acção anual, o plano
anual de aprovisionamento, a proposta de orçamento São órgãos do STAE:
anual e os relatórios trimestrais, semestrais e anuais de
evolução da execução do plano de acção anual, do a) O Director-Geral;
plano anual de aprovisionamento e do orçamento anual
do STAE, sob proposta do seu Director-Geral; b) Os Adjuntos do Director-Geral;
c) Aprovar por Diploma Ministerial os regulamentos e o
mapa de pessoal do STAE, sob proposta do seu Director- c) O Fiscal Único.
Geral;
Artigo 9.º
d) Homologar os acordos e protocolos de cooperação Director-Geral
celebrados com outras entidades nacionais ou
internacionais; 1. O Director-Geral é o dirigente máximo do STAE ao qual
incumbe dirigir e assegurar o normal funcionamento dos
e) Autorizar abertura de serviços desconcentrados do serviços deste e responder pela sua actividade perante o
STAE; membro do Governo responsável pelo apoio técnico aos
processos eleitorais e referendários.
f) Promover a nomeação dos dirigentes do STAE, nos
termos da lei; 2. O Director-Geral do STAE é nomeado, em regime de comis-
são de serviço, com a duração de cinco anos, pela Comissão
g) Ordenar a realização de inspecções, sindicâncias e da Função Pública, após a realização de um procedimento
auditorias aos serviços do STAE; de selecção por mérito.
h) Autorizar o estabelecimento de relações de colabora-
ção com organismos nacionais ou internacionais com 3. Só pode ser nomeado para o cargo de Director-Geral do
vista à prossecução das respectivas atribuições e STAE o cidadão timorense que cumulativamente preencha
cumprimento dos seus objectivos estratégicos; os seguintes requisitos:

i) Autorizar a participação do STAE em organizações ou a) Ter vínculo definitivo à administração pública;


iniciativas nacionais ou internacionais;
b) Pertencer ao mapa de pessoal do STAE;
j) Exercer as demais competências que quanto ao STAE
legalmente lhe incumbam. c) Ter exercido cargo direcção, de chefia ou equiparado
no STAE;
3. O membro do Governo responsável pela prestação de apoio
técnico aos processos eleitorais e referendários pode d) Ter exercido no STAE, de forma ininterrupta, ao longo
delegar as competências previstas pelo número anterior de, pelo menos, dez anos a sua actividade profissional;
num dos membros do Governo que o coadjuvem no
exercício das respectivas funções. e) Possuir formação especializada em gestão e adminis-
tração eleitoral.
Artigo 3.º
Jurisdição territorial e sede 4. Compete ao Director-Geral:

O STAE prossegue as suas atribuições em todo o território a) Representar o STAE junto de quaisquer organizações
nacional e tem sede em Díli. ou entidades comunitárias, nacionais ou internacionais;

Artigo 5.º b) Dirigir, coordenar e orientar os serviços, bem como


Missão emitir ordens e instruções de execução necessários ao
seu bom funcionamento;
O STAE tem por missão assegurar a organização e execução
dos processos eleitorais, dos referendos e do recenseamento c) Assegurar as relações do STAE com outros departa-
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mentos do Estado e com entidades públicas ou 2. Os Adjuntos do Director-Geral do STAE são nomeados, em
privadas, nacionais ou estrangeiras, na área eleitoral, regime de comissão de serviço, com a duração de cinco
podendo corresponder-se com autoridades judiciais e anos, pela Comissão da Função Pública, após a realização
administrativas; de um procedimento de selecção por mérito.

d) Obter apoio bilateral para suportar os custos resultantes 3. Só podem ser nomeados para o cargo de Adjuntos do
de acções de actualização do recenseamento, proces- Director-Geral do STAE os cidadãos timorenses que
sos eleitorais e referendos e outras acções no âmbito cumulativamente preencham os seguintes requisitos:
das suas atribuições;
a) Ter vínculo definitivo à administração pública;
e) Exercer os demais poderes gerais de administração e
submeter à tutela para apreciação e decisão todos os b) Pertencer ao mapa de pessoal do STAE;
actos que dependam de aprovação superior nos termos
legais; c) Ter exercido cargo direcção, de chefia ou equiparado
no STAE;
f) Despachar todos os assuntos que caibam no âmbito
das atribuições do STAE, submetendo a despacho
d) Ter exercido no STAE, de forma ininterrupta, ao longo
ministerial ou à apreciação da CNE aqueles que, por
de, pelo menos, cinco anos a sua actividade
natureza ou disposição de lei, dependam de decisão;
profissional;
g) Assegurar a devida publicidade dos actos eleitorais e
outras decisões nos termos legais; e) Possuir formação especializada em gestão e adminis-
tração eleitoral.
h) Assegurar e exercer os poderes de direcção, gestão e
disciplina do pessoal, incluindo a respectiva acção 4. Os Adjuntos do Director-Geral do STAE são equiparados a
disciplinar e a aplicação de sanções disciplinares que Director Nacional.
pela lei ou regulamento disciplinar sejam da sua
competência; 5. O provimento dos cargos de Adjuntos do Director-Geral do
STAE deve observar o princípio da igualdade de género.
i) Propor à aprovação da tutela os documentos que a
esta incumba aprovar, de acordo com o n.º 2, do artigo Artigo 11.º
2.º; Serviços centrais e serviços desconcentrados

j) Participar nas reuniões da CNE, sem direito de voto; 1. O STAE prossegue as respectivas atribuições através de
serviços centrais e através de serviços desconcentrados.
k) Representar o STAE em juízo;
2. O STAE compreende os seguintes serviços centrais:
l) Ordenar a abertura e promover a tramitação dos
procedimentos de aprovisionamento que se afigurem a) Gabinete de apoio técnico ao Director-Geral e aos
necessários para a prossecução das atribuições legais Adjuntos do Director-Geral;
do STAE e de acordo com os limites financeiros
legalmente estabelecidos para o efeito; b) Departamento de Administração, Finanças e Recursos
Humanos;
m) Assinar contratos públicos em representação do STAE;
c) Departamento de Gestão do Património e Planeamento;
n) Assinar e remeter ao Ministério das Finanças o
d) Departamento de Logística;
“formulário de Compromisso de Autorização de assina-
turas para o formulário de compromisso de pagamento”, e) Departamento de Tecnologias da Informação e gestão
o “formulário de compromisso de pagamento” e o da Base de Dados do Recenseamento Eleitoral;
“formulário de autorização de assinaturas para o
formulário de pedido e ordem de pagamento”, todos, f) Departamento de Educação eleitoral e formação;
na qualidade de “autorizador do pagamento”;
g) Departamento de Informação Pública e Relações
o) Realizar as demais tarefas que legalmente lhe incumbam. Externas.

5. O Director-Geral pode delegar as competências previstas 3. O STAE compreende os serviços desconcentrados que se
no número anterior, com faculdade de subdelegação, nos encontrem expressamente previstos no seu regulamento
titulares de cargos de direcção ou de chefia do STAE. interno.

Artigo 10.º 4. Os serviços do STAE são:


Adjuntos do Director-Geral
a) Dirigidos por Directores Municipais, no caso dos
1. O Director-Geral do STAE é coadjuvado por dois adjuntos. serviços desconcentrados;
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b) Chefiados por Chefes de Departamento, no caso dos aprova, por diploma ministerial, as regras de organização e as
serviços centrais. regras de funcionamento dos serviços, sob proposta do
Director-Geral.
5. Os Directores Municipais e os Chefes de Departamento
exercem as competências que neles forem delegadas ou Artigo 21.º
subdelegadas pelo Director-Geral ou pelos Adjuntos do Mapa de pessoal
Director-Geral.

6. Os Directores Municipais e os Chefes de Departamento, a O mapa de pessoal do STAE é aprovado por diploma do
que alude o n.º 4, são nomeados, em regime de comissão membro do Governo que superintenda e tutele o STAE.
de serviço, com a duração de cinco anos, de entre os
funcionários com vínculo definitivo ao STAE há, pelo Artigo 22.º
menos, 3 anos, com formação especializada em Administra- Emissão de certidões
ção e Gestão Eleitoral, pela Comissão da Função Pública,
após a realização de um procedimento de selecção por A pedido dos eleitores, dos partidos políticos, dos candidatos
mérito. a actos eleitorais ou de outras entidades e sempre que se
demonstre o interesse legítimo de quem as requer, o Director-
7. O provimento dos cargos de direcção e dos cargos de Geral do STAE ordena a emissão de certidões de documentos,
chefia do STAE respeita o princípio da igualdade de género. de requerimentos, de despachos ou do teor das informações
constantes da Base de Dados do Recenseamento Eleitoral.»
Artigo 14.º
Orçamento, execução orçamental e bens do Estado Artigo 3.º
Aditamento
1. O STAE dispõe de créditos próprios inscritos no Orçamento
Geral do Estado a seu favor e o seu Director-Geral é São aditados ao Decreto-Lei n.º 1/2007, de 18 de Janeiro, os
competente para, com carácter definitivo e executório, artigos 10.º-A, 10.º-B e 10.º-C, com a seguinte redacção:
praticar os actos necessários à autorização da realização
das despesas e ao seu pagamento, nos termos da lei. «Artigo 10.º- A
Fiscal Único
2. Os procedimentos de finanças públicas do STAE, incluindo
os relativos à execução orçamental e aos de aprovisiona-
O Fiscal Único é o órgão do STAE responsável pelo controlo
mento, tramitam obrigatoriamente através do Sistema
da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e
Informático de Gestão Financeira.
patrimonial do STAE.
3. O STAE goza do direito de uso e fruição dos bens do
Estado que lhe sejam consignados para a prossecução Artigo 10.º- B
das respectivas atribuições. Comissão de serviço do Fiscal Único

Artigo 18.º 1. O Fiscal Único é nomeado, em regime de comissão de serviço,


Regime com a duração de cinco anos, mediante despacho conjunto
do membro do Governo que superintenda e tutele o STAE
1. [...] e do membro do Governo responsável pelas finanças do
Estado.
2. [...]
2. O membro do Governo que superintenda e tutele o STAE e
3. A mobilidade dos funcionários e agentes da Administração
o membro do Governo responsável pelas finanças do
Pública, por especial urgência ou conveniência de serviço,
Estado podem determinar a cessação da comissão de
efectua-se por despacho ministerial do membro do Governo
serviço do Fiscal Único, após a prévia audição deste,
ao qual incumbam a superintendência e a tutela do STAE.
através de despacho conjunto e com base nos seguintes
4. Sem prejuízo do disposto pelos números anteriores, o fundamentos:
Director-Geral pode requerer ao membro do Governo ao
qual incumbam a superintendência e a tutela do STAE a a) Obtenção da classificação de «insuficiente» na
cedência temporária de outros funcionários ou agentes da avaliação de desempenho profissional;
Administração Pública sempre que se verifique um
acréscimo excepcional e transitório de serviço, designada- b) Não cumprimento, por acção ou omissão, das normas
mente por força da realização de operações de recensea- constitucionais, das normas legais ou regulamentares;
mento eleitoral, de actualização do recenseamento eleitoral,
de processos eleitorais ou de processos de referendo. c) Não cumprimento, por acção ou omissão, das normas
jurídicas relativas à exclusividade, à incompatibilidade
Artigo 20.º ou aos impedimentos do exercício de outras funções;
Regulamento de organização e de funcionamento dos
serviços d) Não cumprimento do dever de sigilo relativamente às
informações de que tome conhecimento através e por
O membro do Governo que superintende e tutela o STAE causa do exercício das funções de Fiscal Único e sem
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prejuízo do cumprimento dos deveres de informação 2. Para o exercício das respectivas competências, o Fiscal
previstos no presente diploma; Único:

e) Impedimento do desempenho de funções por período a) Requer ao Director-Geral as informações, os esclareci-


superior a seis meses consecutivos; mentos e os documentos relacionados com a actividade
financeira e patrimonial do STAE que considere
f) Complete o período de duração da comissão de serviço; necessários;
g) Em caso de falta grave ou negligência grosseira, b) Propõe ao membro do Governo que superintende e
cometida no exercício das suas funções ou, ainda, por tutela os serviços do STAE a realização de auditoria,
incapacidade permanente ou facto superveniente, que inquérito, inspecção ou sindicância;
torne impossível a subsistência da nomeação.
c) Propõe ao Director-Geral a instauração de procedimento
3. A comissão de serviço do Fiscal Único cessa, ainda, por disciplinar contra funcionário, agente ou trabalhador
óbito ou renúncia deste. do STAE que tenha praticado actos passíveis de gerar
responsabilidade disciplinar;
4. Em caso de renúncia, o Fiscal Único mantém-se em funções
até à respetiva substituição, sob pena de indemnizar o d) Comunica ao Ministério Público os factos de que tome
Estado pelos prejuízos causados pelo abandono de conhecimento e que sejam passíveis de gerar
funções e de incorrer em responsabilidade disciplinar. responsabilidade criminal ou financeira.»
5. Para efeitos do disposto pelo número anterior, considera-
Artigo 4.º
se abandono de funções a não comparência do Fiscal Único
Alteração sistemática
nos serviços do STAE, por mais de cinco dias úteis, sem
justificação, ou a omissão de praticar os actos que sejam
1. O Capítulo II do Decreto-Lei n.º 1/2007, de 18 de Janeiro,
urgentes e necessários que lhe incumbam praticar.
passa a ter a epígrafe «Missão e atribuições».
6. A cessação da comissão de serviço do Fiscal Único com
fundamentos diversos dos previstos pelos nsº. 2 ou 3, 2. O Capítulo III do Decreto-Lei n.º 1/2007, de 18 de Janeiro,
implica o pagamento, ao Fiscal Único cessante, das passa a ter a epígrafe «Organização Interna».
remunerações que este deixou de auferir em consequência
3. É aditada a Secção I ao Capítulo III do Decreto-Lei n.º 1/
da cessação da comissão de serviço.
2007, de 18 de Janeiro, com a epígrafe «Estutura orgânica»,
a qual compreende o artigo 7.º.
Artigo 10.º- C
Competências do Fiscal Único 4. É aditada a Secção II ao Capítulo III do Decreto-Lei n.º 1/
2007, de 18 de Janeiro, com a epígrafe «Órgãos», a qual
1. Compete ao Fiscal Único: compreende os artigos 8.º a 10.º-C.
a) Verificar a legalidade dos actos praticados pelos órgãos
do STAE e pelos seus recursos humanos, nos domínios 5. É aditada a Secção III ao Capítulo III do Decreto-Lei n.º 1/
da gestão financeira, da gestão patrimonial e do 2007, de 18 de Janeiro, com a epígrafe «Serviços
aprovisionamento; administrativos», a qual compreende os artigos 11.º e 12.º.

b) Dar parecer ao membro do Governo que superintenda Artigo 5.º


e tutele o STAE acerca das propostas de plano Remissão
estratégico, de plano de acção anual, de orçamento
anual, de plano de aprovisionamento, assim como dos Todas as referências legais feitas aos Coordenadores Distritais
relatórios de execução dos mesmos, antes da respectiva do STAE consideram-se feitas aos Directores Municipais do
aprovação; STAE.

c) Acompanhar e avaliar a execução do plano estratégico, Artigo 6.º


do plano de acção anual, do orçamento anual e do plano Continuidade das comissões de serviço
de aprovisionamento, assim como formular as
recomendações que considere pertinentes para a A entrada em vigor do presente decreto-lei não prejudica a
melhoria da referida execução; continuidade das comissões de serviço dos titulares dos
cargos de direcção ou de chefia do STAE que se encontrem
d) Acompanhar e avaliar a gestão do património do STAE em funções.
e formular as recomendações que considere pertinentes
para a melhoria da referida gestão; Artigo 7.º
e) Examinar e acompanhar a contabilidade do STAE; Republicação

f) Realizar as demais tarefas que lhe incumbam por lei ou O Decreto-Lei n.º 1/2007, de 18 de Janeiro, com a redacção
orientação do membro do Governo ao qual incumba a aprovada pelo presente decreto-lei é republicado em anexo ao
superintendência e tutela do STAE. presente diploma do qual faz parte integrante.
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Artigo 8.º Governo N.º 2/2003, de 23 de Julho, como o órgão do Ministério
Entrada em vigor da Administração Estatal responsável pela organização e
execução dos processos eleitorais do Estado.
O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da
sua publicação. Tendo em conta a nova estrutura orgânica do Ministério da
Administração Estatal que determina que a estrutura,
organização, composição e funcionamento do STAE deve ser
Aprovado em reunião do Conselho de Ministros em 26 de objecto de diploma próprio, urge reajustar as condições
Julho de 2016. legislativas institucionais necessárias para que o STAE possa
desenvolver cabalmente as suas competências no domínio
eleitoral.

O Primeiro-Ministro, Nestes termos, o Governo decreta, nos termos das disposições


previstas no n.º 3 do artigo 115.º e do artigo 116.º da
Constituição da República, conjugado com o disposto no n.º 2
____________________ do art.º 12.º do Decreto-Lei n.º 20/2006, de 22 de Novembro, e
Dr. Rui Maria de Araújo no artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 13/2006, de 9 de Agosto, para
valer como lei, o seguinte:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
O Ministro da Administração Estatal,
Artigo 1.º
Definição e natureza
__________________
Dionísio Babo Soares O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral, abreviada-
mente denominado STAE, é uma pessoa colectiva de direito
público, dotada de autonomia administrativa, financeira, técnica
e patrimonial, sob a forma de serviço personalizado.

Promulgado em 14 - 10 - 2016 Artigo 2.º


Superintendência e tutela

Publique-se. 1. O STAE está sujeito à superintendência e à tutela do membro


do Governo responsável pela prestação de apoio técnico
aos processos eleitorais e referendários.

2. No âmbito do exercício das respectivas competências de


O Presidente da República, superintendência e tutela sobre o STAE, incumbe ao
membro do Governo responsável pela prestação de apoio
técnico aos processos eleitorais e referendários:
________________
Taur Matan Ruak a) Aprovar o plano estratégico do STAE, sob proposta
do seu Director-Geral;

b) Aprovar e enviar ao membro do Governo responsável


pela área das finanças o plano de acção anual, o plano
anual de aprovisionamento, a proposta de orçamento
anual e os relatórios trimestrais, semestrais e anuais de
evolução da execução do plano de acção anual, do
plano anual de aprovisionamento e do orçamento anual
do STAE, sob proposta do seu Director-Geral;
ANEXO I
REPUBLICAÇÃO DO DECRETO-LEI N.º1/2007, DE 18 DE c) Aprovar por Diploma Ministerial os regulamentos e o
JANEIRO mapa de pessoal do STAE, sob proposta do seu Director-
Geral;

(Estatuto Orgânico do Secretariado Técnico da d) Homologar os acordos e protocolos de cooperação


Administração Eleitoral) celebrados com outras entidades nacionais ou
internacionais;

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, abrevia- e) Autorizar abertura de serviços desconcentrados do


damente designado por STAE, foi criado pelo Decreto do STAE;
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f) Promover a nomeação dos dirigentes do STAE, nos d) Propor medidas de esclarecimento, formação e informação
termos da lei; adequados à participação dos cidadãos nos actos eleitorais,
referendos e recenseamento eleitoral, bem como assegurar
g) Ordenar a realização de inspecções, sindicâncias e a correcta actuação dos diversos agentes da administração
auditorias aos serviços do STAE; eleitoral e o funcionamento dos serviços;

h) Autorizar o estabelecimento de relações de colabora- e) Planificar, executar e apoiar tecnicamente a realização das
ção com organismos nacionais ou internacionais com eleições e referendos, bem como as actualizações do
vista à prossecução das respectivas atribuições e recenseamento eleitoral, quer a nível nacional, quer a nível
cumprimento dos seus objectivos estratégicos; local, recorrendo, para o efeito, à colaboração das
estruturas administrativas existentes;
i) Autorizar a participação do STAE em organizações ou
iniciativas nacionais ou internacionais; f) Assegurar as estatísticas do recenseamento, dos actos
eleitorais e referendários e promover a publicação dos
j) Exercer as demais competências que quanto ao STAE respectivos resultados;
legalmente lhe incumbam.
g) Organizar o registo dos cidadãos eleitos para os órgãos de
3. O membro do Governo responsável pela prestação de apoio soberania e órgãos locais;
técnico aos processos eleitorais e referendários pode
delegar as competências previstas pelo número anterior h) Apoiar e colaborar com a Comissão Nacional de Eleições,
num dos membros do Governo que o coadjuvem no adiante designada por CNE, nos termos das disposições
exercício das respectivas funções. legais aplicáveis;

Artigo 3.º h) Organizar e actualizar, sob supervisão da CNE, o recensea-


Jurisdição territorial e sede mento eleitoral, propondo e executando os respectivos
procedimentos técnicos e procedendo à organização,
O STAE prossegue as suas atribuições em todo o território manutenção e gestão da respectiva base de dados central
nacional e tem sede em Díli. dos eleitores inscritos;

Artigo 4.º i) Elaborar o regulamento interno e o quadro de pessoal do


Regime jurídico STAE para ser aprovado superiormente;

O STAE rege-se pelo disposto no presente diploma e pelas j) Propor superiormente a abertura ou o encerramento de
disposições legais que lhe sejam especificamente aplicáveis. delegações no País ou no estrangeiro do STAE;

CAPÍTULO II k) Propor superiormente a celebração de acordos de coopera-


MISSÃO E ATRIBUIÇÕES ção com outras entidades nacionais ou estrangeiras;

Artigo 5.º l) Desempenhar as demais competências previstas nas leis e


Missão regulamentos aplicáveis.

O STAE tem por missão assegurar a organização e execução Capítulo III


dos processos eleitorais, dos referendos e do recenseamento Organização Interna
eleitoral, bem como assegurar o apoio, a consulta e a divulgação
de estudos e de outros dados ou informações no domínio Secção I
eleitoral. Estutura orgânica

Artigo 6.º Artigo 7.º


Atribuições Modelo de organização

São atribuições do STAE: A organização interna do STAE obedece ao modelo de estrutura


hierarquizada.
a) Assegurar a execução das linhas de orientação estratégica
do STAE definidas superiormente; Secção II
Órgãos
b) Aprovar as directrizes adequadas à concretização dos ob-
jectivos consagrados nas linhas de orientação estratégica Artigo 8.º
e no plano de actividades; Órgãos

c) Assegurar e executar as acções necessárias para a realização São órgãos do STAE:


atempada dos actos eleitorais, de referendos e actualizações
do recenseamento eleitoral; a) O Director-Geral;
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b) Os Adjuntos do Director-Geral; ministerial ou à apreciação da CNE aqueles que, por
natureza ou disposição de lei, dependam de decisão;
c) O Fiscal Único.
g) Assegurar a devida publicidade dos actos eleitorais e
Artigo 9.º outras decisões nos termos legais;
Director-Geral
h) Assegurar e exercer os poderes de direcção, gestão e
1. O Director-Geral é o dirigente máximo do STAE ao qual disciplina do pessoal, incluindo a respectiva acção
incumbe dirigir e assegurar o normal funcionamento dos disciplinar e a aplicação de sanções disciplinares que
serviços deste e responder pela sua actividade perante o pela lei ou regulamento disciplinar sejam da sua
membro do Governo responsável pelo apoio técnico aos competência;
processos eleitorais e referendários.
i) Propor à aprovação da tutela os documentos que a
2. O Director-Geral do STAE é nomeado, em regime de comis- esta incumba aprovar, de acordo com o n.º 2, do artigo
são de serviço, com a duração de cinco anos, pela Comissão 2.º;
da Função Pública, após a realização de um procedimento
de selecção por mérito. j) Participar nas reuniões da CNE, sem direito de voto;

3. Só pode ser nomeado para o cargo de Director-Geral do k) Representar o STAE em juízo;


STAE o cidadão timorense que cumulativamente preencha
os seguintes requisitos: l) Ordenar a abertura e promover a tramitação dos
procedimentos de aprovisionamento que se afigurem
a) Ter vínculo definitivo à administração pública; necessários para a prossecução das atribuições legais
do STAE e de acordo com os limites financeiros
b) Pertencer ao mapa de pessoal do STAE; legalmente estabelecidos para o efeito;

c) Ter exercido cargo direcção, de chefia ou equiparado m) Assinar contratos públicos em representação do STAE;
no STAE;
n) Assinar e remeter ao Ministério das Finanças o “formu-
d) Ter exercido no STAE, de forma ininterrupta, ao longo lário de Compromisso de Autorização de assinaturas
de, pelo menos, dez anos a sua actividade profissional; para o formulário de compromisso de pagamento”, o
“formulário de compromisso de pagamento” e o
e) Possuir formação especializada em gestão e “formulário de autorização de assinaturas para o
administração eleitoral. formulário de pedido e ordem de pagamento”, todos,
na qualidade de “autorizador do pagamento”;
4. Compete ao Director-Geral:
o) Realizar as demais tarefas que legalmente lhe incumbam.
a) Representar o STAE junto de quaisquer organizações
ou entidades comunitárias, nacionais ou internacionais; 5. O Director-Geral pode delegar as competências previstas
no número anterior, com faculdade de subdelegação, nos
b) Dirigir, coordenar e orientar os serviços, bem como titulares de cargos de direcção ou de chefia do STAE.
emitir ordens e instruções de execução necessários ao
seu bom funcionamento; Artigo 10.º
Adjuntos do Director-Geral
c) Assegurar as relações do STAE com outros departa-
mentos do Estado e com entidades públicas ou priva- 1. O Director-Geral do STAE é coadjuvado por dois adjuntos.
das, nacionais ou estrangeiras, na área eleitoral, poden-
do corresponder-se com autoridades judiciais e adminis- 2. Os Adjuntos do Director-Geral do STAE são nomeados, em
trativas; regime de comissão de serviço, com a duração de cinco
anos, pela Comissão da Função Pública, após a realização
d) Obter apoio bilateral para suportar os custos resultantes de um procedimento de selecção por mérito.
de acções de actualização do recenseamento, proces-
sos eleitorais e referendos e outras acções no âmbito 3. Só podem ser nomeados para o cargo de Adjuntos do
das suas atribuições; Director-Geral do STAE os cidadãos timorenses que
cumulativamente preencham os seguintes requisitos:
e) Exercer os demais poderes gerais de administração e
submeter à tutela para apreciação e decisão todos os a) Ter vínculo definitivo à administração pública;
actos que dependam de aprovação superior nos termos
legais; b) Pertencer ao mapa de pessoal do STAE;

f) Despachar todos os assuntos que caibam no âmbito c) Ter exercido cargo direcção, de chefia ou equiparado
das atribuições do STAE, submetendo a despacho no STAE;
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d) Ter exercido no STAE, de forma ininterrupta, ao longo 4. Em caso de renúncia, o Fiscal Único mantém-se em funções
de, pelo menos, cinco anos a sua actividade profis- até à respetiva substituição, sob pena de indemnizar o
sional; Estado pelos prejuízos causados pelo abandono de
funções e de incorrer em responsabilidade disciplinar.
e) Possuir formação especializada em gestão e adminis-
tração eleitoral. 5. Para efeitos do disposto pelo número anterior, considera-
se abandono de funções a não comparência do Fiscal Único
4. Os Adjuntos do Director-Geral do STAE são equiparados a nos serviços do STAE, por mais de cinco dias úteis, sem
Director Nacional. justificação, ou a omissão de praticar os actos que sejam
urgentes e necessários que lhe incumbam praticar.
5. O provimento dos cargos de Adjuntos do Director-Geral do
STAE deve observar o princípio da igualdade de género. 6. A cessação da comissão de serviço do Fiscal Único com
fundamentos diversos dos previstos pelos nsº. 2 ou 3,
Artigo 10.º- A implica o pagamento, ao Fiscal Único cessante, das
Fiscal Único remunerações que este deixou de auferir em consequência
da cessação da comissão de serviço.
O Fiscal Único é o órgão do STAE responsável pelo controlo
da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e Artigo 10.º- C
patrimonial do STAE. Competências do Fiscal Único

Artigo 10.º- B 1. Compete ao Fiscal Único:


Comissão de serviço do Fiscal Único
a) Verificar a legalidade dos actos praticados pelos órgãos
1. O Fiscal Único é nomeado, em regime de comissão de ser- do STAE e pelos seus recursos humanos, nos domínios
viço, com a duração de cinco anos, mediante despacho da gestão financeira, da gestão patrimonial e do
conjunto do membro do Governo que superintenda e tutele aprovisionamento;
o STAE e do membro do Governo responsável pelas
finanças do Estado. b) Dar parecer ao membro do Governo que superintenda
e tutele o STAE acerca das propostas de plano estraté-
2. O membro do Governo que superintenda e tutele o STAE e gico, de plano de acção anual, de orçamento anual, de
o membro do Governo responsável pelas finanças do plano de aprovisionamento, assim como dos relatórios
Estado podem determinar a cessação da comissão de de execução dos mesmos, antes da respectiva
serviço do Fiscal Único, através de despacho conjunto e aprovação;
com base nos seguintes fundamentos:
c) Acompanhar e avaliar a execução do plano estratégico,
a) Obtenção da classificação de «insuficiente» na do plano de acção anual, do orçamento anual e do plano
avaliação de desempenho profissional; de aprovisionamento, assim como formular as
recomendações que considere pertinentes para a
b) Não cumprimento, por acção ou omissão, das normas melhoria da referida execução;
constitucionais, das normas legais ou das instruções d) Acompanhar e avaliar a gestão do património do STAE
superiores que lhe são transmitidas; e formular as recomendações que considere pertinentes
para a melhoria da referida gestão;
c) Não cumprimento, por acção ou omissão, das normas
jurídicas relativas à exclusividade, à incompatibilidade e) Examinar e acompanhar a contabilidade do STAE;
ou aos impedimentos do exercício de outras funções;
f) Realizar as demais tarefas que lhe incumbam por lei ou
d) Não cumprimento do dever de sigilo relativamente às orientação do membro do Governo ao qual incumba a
informações de que tome conhecimento através e por superintendência e tutela do STAE.
causa do exercício das funções de Fiscal Único e sem
prejuízo do cumprimento dos deveres de informação 2. Para o exercício das respectivas competências, o Fiscal
previstos no presente diploma; Único:

e) Impedimento do desempenho de funções por período a) Requer ao Director-Geral as informações, os esclareci-


superior a seis meses consecutivos; mentos e os documentos relacionados com a actividade
financeira e patrimonial do STAE que considere
f) Complete o período de duração da comissão de serviço; necessários;

g) Existência de interesse público ou conveniência de b) Propõe ao membro do Governo que superintende e


serviço, devidamente fundamentados. tutela os serviços do STAE a realização de auditoria,
inquérito, inspecção ou sindicância;
3. A comissão de serviço do Fiscal Único cessa, ainda, por
óbito ou renúncia deste. c) Propõe ao Director-Geral a instauração de procedimento
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disciplinar contra funcionário, agente ou trabalhador 7. O provimento dos cargos de direcção e dos cargos de
do STAE que tenha praticado actos passíveis de gerar chefia do STAE respeita o princípio da igualdade de género.
responsabilidade disciplinar;
Artigo 12.º
d) Comunica ao Ministério Público os factos de que tome Funcionamento
conhecimento e que sejam passíveis de gerar
responsabilidade criminal ou financeira. Os serviços do STAE devem colaborar entre si e articular as
respectivas actividades de forma a promover um actuação
Secção III unitária e integrada de modo a assegurar a eficiência e o bom
Serviços administrativos funcionamento do STAE.

Artigo 11.º CAPITULO IV


Serviços centrais e serviços desconcentrados COLABORAÇÃO COM OUTRAS ENTIDADES
NACIONAIS OU INTERNACIONAIS
1. O STAE prossegue as respectivas atribuições através de
serviços centrais e através de serviços desconcentrados. Artigo 13.º
Colaboração com outras entidades
2. O STAE compreende os seguintes serviços centrais:
1. Para melhor prossecução das suas atribuições, o STAE
a) Gabinete de apoio técnico ao Director-Geral e aos deve promover e solicitar a colaboração de serviços e outros
Adjuntos do Director-Geral; organismos nacionais ou internacionais, com vista a realizar
eficazmente as suas actividades.
b) Departamento de Administração, Finanças e Recursos
Humanos; 2. O STAE estabelece relações de colaboração com organismos
nacionais e internacionais e outras entidades estrangeiras
c) Departamento de Gestão do Património e Planeamento; públicas ou privadas, que se mostrem necessários ao
cumprimento dos seus objectivos, salvaguardando a
d) Departamento de Logística; credibilidade da sua actuação, bem como a soberania ou
as linhas orientadoras da política externa do país.
e) Departamento de Tecnologias da Informação e gestão
da Base de Dados do Recenseamento Eleitoral; CAPÍTULO V
ORÇAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA
f) Departamento de Educação eleitoral e formação;
Artigo 14.º
g) Departamento de Informação Pública e Relações Orçamento, execução orçamental e bens do Estado
Externas.
1. O STAE dispõe de créditos próprios inscritos no Orçamento
3. O STAE compreende os serviços desconcentrados que se Geral do Estado a seu favor e o seu Director-Geral é
encontrem expressamente previstos no seu regulamento competente para, com carácter definitivo e executório,
interno. praticar os actos necessários à autorização da realização
das despesas e ao seu pagamento, nos termos da lei.
4. Os serviços do STAE são:
2. Os procedimentos de finanças públicas do STAE, incluindo
a) Dirigidos por Directores Municipais, no caso dos os relativos à execução orçamental e aos de aprovisiona-
serviços desconcentrados; mento, tramitam obrigatoriamente através do Sistema
Informático de Gestão Financeira.
b) Chefiados por Chefes de Departamento, no caso dos 3. O STAE goza do direito de uso e fruição dos bens do
serviços centrais. Estado que lhe sejam consignados para a prossecução
das respectivas atribuições.
5. Os Directores Municipais e os Chefes de Departamento
exercem as competências que neles forem delegadas ou Artigo 15.°
subdelegadas pelo Director-Geral ou pelos Adjuntos do Receitas
Director-Geral.
1. O financiamento do STAE é ainda complementado por re-
6. Os Directores Municipais e os Chefes de Departamento, a ceitas próprias inscritas no Orçamento geral do Estado.
que alude o n.º 4, são nomeados, em regime de comissão
de serviço, com a duração de cinco anos, de entre os 2. Constituem receitas do STAE:
funcionários com vínculo definitivo ao STAE há, pelo
menos, 3 anos, com formação especializada em a) As dotações que lhe sejam atribuídas pelo orçamento
Administração e Gestão Eleitoral, pela Comissão da Função geral do Estado;
Pública, após a realização de um procedimento de selecção
por mérito. b) Os subsídios, subvenções, comparticipações ou doa-
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ções concedidos por quaisquer entidades públicas ou mento eleitoral, de actualização do recenseamento eleitoral,
privadas, nacionais ou estrangeiras; de processos eleitorais ou de processos referendo.

c) Os rendimentos resultantes da edição ou venda de Artigo 19.º


publicações; Formação

d) O produto de taxas, multas e outros valores de natureza No âmbito das suas atribuições, o STAE pode promover a
pecuniária que, nos termos legais e regulamentares, formação do seu pessoal através de cursos, estágios e outras
lhe sejam consignados; acções, nos termos legais aplicáveis.

e) Quaisquer outras receitas que lhe sejam atribuídas por CAPÍTULO VII
lei, contrato ou outro título, bem como outras que DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
resultem da prossecução das suas atribuições.
Artigo 20.º
Artigo 16.º Regulamento de organização e de funcionamento dos
Despesas serviços

1. Constituem despesas do STAE as que resultem dos O membro do Governo que superintende e tutela o STAE
encargos e responsabilidades decorrentes da prossecução aprova, por diploma ministerial, as regras de organização e as
das suas actividades, devidamente inscritas no orçamento regras de funcionamento dos serviços, sob proposta do
geral do Estado. Director-Geral.

2. O processamento e a liquidação das despesas, depois de Artigo 21.º


devidamente autorizadas mediante aprovação do orça- Mapa de pessoal
mento, podem ser efectuados através de qualquer dos
meios previstos na lei ou aprovados pelo Ministro do Plano O mapa de pessoal do STAE é aprovado por diploma do
e das Finanças. membro do Governo que superintenda e tutele o STAE.

Artigo 17.º Artigo 22.º


Isenções Emissão de certidões

O STAE fica isento de todas as taxas, custas e emolumentos A pedido dos eleitores, dos partidos políticos, dos candidatos
de qualquer natureza de actos notariais e de registo em que a actos eleitorais ou de outras entidades e sempre que se
intervenha. demonstre o interesse legítimo de quem as requer, o Director-
Geral do STAE ordena a emissão de certidões de documentos,
CAPITULO VI de requerimentos, de despachos ou do teor das informações
PESSOAL constantes da Base de Dados do Recenseamento Eleitoral.

Artigo 18.º Artigo 23.º


Regime Logótipo

1. Ao pessoal do STAE é aplicável o regime dos funcionários 1. Todos os documentos e impressos elaborados e utilizados
e agentes da Administração Pública. pelo STAE são identificados com o seu logótipo.

2. Os funcionários e agentes da Administração Pública assim 2. É desde já aprovado o logótipo do STAE representado pela
como os trabalhadores de empresas públicas ou privadas figura de uma casa tradicional timorense, de cor azul,
e das sociedades de capitais públicos, podem exercer contendo ao centro a sigla STAE, conforme modelo anexo
funções no STAE em regime de destacamento ou requisição ao presente diploma.
nos termos do Estatuto da Função Pública.
Artigo 24.º
3. A mobilidade dos funcionários e agentes da Administração Revogação
Pública, por especial urgência ou conveniência de serviço,
efectua-se por despacho ministerial do membro do Governo É revogado o diploma ministerial de 4 de Maio Sobre a estrutura
ao qual incumbam a superintendência e a tutela do STAE. organização e funcionamento do Secretariado Técnico de
Administração Eleitoral, publicado no Jornal da República Série
4. Sem prejuízo do disposto pelos números anteriores, o I, nº 7 de 5 de Maio de 2004.
Director-Geral pode requerer ao membro do Governo ao
qual incumbam a superintendência e a tutela do STAE a Artigo 25.º
cedência temporária de outros funcionários ou agentes da Entrada em vigor
Administração Pública sempre que se verifique um
acréscimo excepcional e transitório de serviço, designada- O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua
mente por força da realização de operações de recensea- publicação.
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Aprovado em Conselho de Ministros, aos 10 de Janeiro de 2007.

O Primeiro-Ministro,

________________
José Ramos Horta

A Ministra da Administração Estatal,

________________
Ana Pessoa Pinto

Promulgado em 17 de Janeiro de 2007

Publique-se.

O Presidente da República,

_____________________
Kay Rala Xanana Gusmão

ANEXO

(Logótipo do STAE)

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