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Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior-MDIC

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -INMETRO


Portaria INMETRO nº 145, de 20 de junho de 2000

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE


INDUSTRIAL– INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas pelo parágrafo 3º do artigo 4º, da Lei
nº 5.966, de 11 de dezembro de 1973, tendo em vista o estatuído no artigo 3º, incisos II e III, da lei nº
9.933, de 20 de dezembro de 1999, resolve:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico Metrológico, que com esta baixa, estabelecendo critérios
para comercialização, indicação quantitativa e metodologia de verificação dos recipientes
transportáveis, de aço, para gás liquefeito de petróleo (GLP).
Art. 2º Publicar este ato no Diário Oficial da União, iniciando-se sua vigência 120 (cento e vinte) dias
após essa ocorrência.

ARMANDO MARIANTE CARVALHO


Presidente do INMETRO

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REGULAMENTO TÉCNICO METROLÓGICO A QUE SE REFERE A PORTARIA INMETRO
N º 145, DE .20. DE junho DE 2000

1- OBJETIVO:

1.1 – Este Regulamento Técnico Metrológico estabelece condições metrológicas a que


devem satisfazer os recipientes transportáveis, de aço, para gás liquefeito de
petróleo (GLP).

2– CAMPO DE APLICAÇÃO

2.1 – Este Regulamento Técnico Metrológico se aplica à indústria e ao comércio de


recipientes transportáveis, de aço, para gás liquefeito de petróleo (GLP), com
capacidade de até 250 litros.

3- DEFINIÇÕES:

3 .1 – Recipiente transportável (botijão):


É o Recipiente transportável com capacidade volumétrica de até 250 litros, que pode
ser transportado manualmente ou por qualquer outro meio.

3.2- GLP ( gás liquefeito de petróleo)


Produto constituído de hidrocarbonetos, com três ou quatro átomos de carbono,
podendo apresentar-se em mistura entre si e com pequenas frações de outros
hidrocarbonetos.

3.3 – Recipiente transportável novo


É o recipiente transportável que nunca tenha entrado em linha de enchimento.

3.4 – Recipiente transportável requalificado novo


É o recipiente transportável que tenha sido aprovado nos testes estabelecidos nos
procedimentos para requalificação e que nunca tenha entrado em linha de
enchimento.

3.5 – Recipiente transportável em uso


É o recipiente transportável que já tenha entrado em linha de enchimento pelo
menos uma vez.

3.6 – Recipiente transportável requalificado em uso


É o recipiente transportável que tenha sido aprovado nos testes estabelecidos nos
procedimentos de requalificação e que já tenha entrado em linha de produção pelo
menos uma vez.

3.7 – Corpo do Recipiente


É a parte do recipiente destinado a acondicionar o gás, formada pelas calotas
superior e inferior, incluindo o flange

3.8 – Peças acessórias


Parte aplicada ao corpo do recipiente, destinada a assegurar estabilidade sobre o
solo, facilidade de manuseio e transporte, estocagem, proteção das válvulas e
dispositivos de segurança.

3.9 - Alça
Peça acessória, fixada na parte superior do recipiente, destinada a proteção da(s)
válvula(s) e do dispositivo de segurança e a facilitar o manuseio e o transporte do
recipiente.

3.10 - Base
Peça acessória fixada na base inferior do recipiente, destinada a sua estabilização

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sobre o solo
3.11 – Lote

3.11.1 – Lote para recipientes novos


Conjunto de recipientes de um mesmo tipo, processados por um mesmo fabricante,
em condições essencialmente iguais.

3.11.2 – Lote para recipientes requalificados novos


É o conjunto de recipientes de um mesmo tipo, requalificados por um mesmo agente
requalificador.

3.11.3 – Lote para recipientes em uso


É o conjunto de recipientes que já sofreram pelo menos um enchimento, estando
estes cheios ou não e de propriedade da mesma empresa envasadora.

3.12 – Tara efetiva do recipiente ( te )


É a massa determinada, do recipiente vazio, despressurizado, desgaseificado e
isento de resíduos, adicionadas as massas de seus acessórios
3.13 – Tara nominal do recipiente ( t )
É a massa do recipiente vazio, despressurizado, desgaseificado e isento de
resíduos, adicionadas as massas de seus acessórios informada pelo fabricante ou
requalificador.

3.14 – Erro da tara


É a diferença entre a tara efetiva do recipiente e a tara nominal do recipiente.

3.15 – Tolerância individual da tara (Ti )


É a diferença máxima permitida entre a tara efetiva do recipiente e a tara nominal do
recipiente

3.16 – Conteúdo nominal ou massa líquida


É o valor da massa de GLP que deverá ser envazada no recipiente transportável

4– AMOSTRA

4.1 – É a quantidade de recipientes a ser coletada para o ensaio de verificação da


conformidade metrológica, e que deve estar de acordo com a tabela I deste
Regulamento.

TABELA I
CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO
LOTE AMOSTRA
INDIVIDUAL ( C )
(unidades) (unidades)
(unidades)
Menor que 13 Todos 0
De 14 até 49 13 1
De 50 até 149 20 1
De 150 até 4000 32 2
Acima de 4000 80 5
5 – TOLERÂNCIA INDIVIDUAL (Ti )
De acordo com a tabela II deste Regulamento.

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TABELA II
TARA NOMINAL DO TOLERÂNCIA INDIVIDUAL PARA TOLERÂNCIA INDIVIDUAL PARA
RECIPIENTE RECIPIENTES NOVOS E RECIPIENTE EM USO
REQUALIFICADOS
Menor ou igual a 10kg ± 50g ± 100g
Maior que 10kg até menor ou ± 50g ± 150g
igual a 20kg
Maior que 20kg até menor ou ± 100g ± 200g
igual a 30kg
Maior que 30kg ± 150g ± 300g

6– CRITÉRIO DE APROVAÇÃO
O produto submetido à verificação é aprovado quando a condição do subitem
6.1 é atendida.

6.1 – Critério Individual


É admitido um máximo de “C” unidades (Tabela I) fora dos limites de tolerância
individual estabelecido na tabela II

7– INSCRIÇÃO
Todo recipiente deve ser marcado com as seguintes inscrições obrigatórias:
a) identificação da empresa distribuidora de GLP;
a) Conteúdo nominal ou massa líquida
b) Tara
c) Nome ou logomarca que identifique o fabricante (tara original) ou oficina de
requalificação (tara remarcada)

7.1 – As inscrições obrigatórias estabelecidas no item 7 devem ser efetuadas de


forma indelével e bem visível, e com caracteres de tamanho nunca inferiores a
6mm.

7.2 – As inscrições relativas à tara devem ser expressas em quilogramas (kg) e com
aproximação de 10 gramas (g).

8– CONSIDERAÇÕES GERAIS

8.1 – Todos os recipientes que apresentarem erro superior ao tolerado, mesmo que o
lote tenha sido aprovado, devem ser encaminhados para que sejam efetuadas
novas indicações de tara.

8.2 – Quando os recipientes selecionados para o exame de verificação da tara


estiverem cheios, devem ser providenciados pela empresa envasadora, a
decantação, a despressurização e a desgaseificação dos mesmos.

8.2.1 – É permitida a retirada da válvula pela empresa envasadora para o processo de


desgaseificação, sendo obrigatória a recolocação da mesma válvula no
vasilhame, independente de estar defeituosa ou não.

8.2.2 – Para a atribuição das responsabilidades pela indicação da tara dos recipientes,
devem ser adotadas as diretrizes a seguir:

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RECIPIENTES RESPONSÁVEL PELA INDICAÇÃO QUANTITATIVA
Novos Fabricante
Requalificados novos Agente requalificador
Em uso Empresa envasadora

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