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8.

MISTURAS ASFÁLTICAS
ƒ CONCEITUAÇÃO
Produtos obtidos em usina, a quente ou a frio, envolvendo agregados e ligantes asfálticos,
adequadamente.

ƒ CLASSIFICAÇÃO
Pré – misturados a quente (PMQ)
- Temperatura 121 – 163° C

- Abertos Vv > 6%
PMQ
- Semi-densos 4 > Vv < 6%

- Densos Vv < 4% CBUQ

Pré – misturados a frio (PMF)


- Temp. < 60°C
- Asfálto diluído Petróleo, Emulsão
- Aberto Vv > 6%
- Semi-densos 4 > Vv < 6%
- Densos Vv < 4% - Lama Asfáltica < 1,0cm (Rejuvenescimento)
- Micro Revestimento

ƒ PROPRIEDADE DAS MISTURAS ASFÁLTICAS

ESTABILIDADE
É a capacidade de resistir aos esforços que provocam deformações permanentes. A
mistura deve apresentar resistência ao cisalhamento compatível com os esforços a que será
submetida.

FLEXIBILIDADE
É a propriedade de resistir sem falhas, às flexões repetidas provocadas pelas passagens
sucessivas dos veículos, ou seja, deve prover resistência à fadiga. Também é a propriedade de se
acomodar a pequenos abatimentos e pequenos recalques promovidos pelo tráfego ou pela
condição de subleito.

MISTURAS ASFÁLTICAS/1
DURABILIDADE
É a capacidade de resistir à ação conjunta das intempéries e da abrasão promovida pelo
tráfego. Decorre do envelhecimento do ligante (oxidação) e da degradação dos agregados e
misturas densas tendem a envelhecer mais lentamente.

RUGOSIDADE
A mistura deve apresentar uma textura superficial suficientemente rugosa para propiciar a
devida aderência dos pneus principalmente sobre precipitações pluviométricas. A rugosidade é
função da granulometria e da quantidade de ligante

IMPERMEABILIDADE
A mistura deve ser, tanto quanto possível impermeável para preservar as camadas
subjacentes

ƒ CONCRETOS ASFÁLTICOS
Tipo de revestimento flexível de alta qualidade, resultante da mistura quente, em usina, de
agregado mineral graúdo e fino, filler e ligante betuminoso.

ƒ SHEE ASPHALT
Caso particular de concreto asfáltico no qual não entra o agregado graúdo.

ƒ CONCRETO BETUMINOSO
Engloba os concretos asfálticos e misturas similares com alcatrão e certas misturas a frio
com ligantes líquidos

ƒ ELEMENTOS A SEREM LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO NO PROJETO DE UM


CONCRETO ASFÁLTICO
Constituintes de uma mistura:
1) Agregado graúdo
2) Agregado miúdo
3) Filler ou Material de enchimento
4) Ligante

Tipos de camada, tendo em vista a função desempenhada no revestimento:


1) Camada de nivelamento (leveling course)
2) Camada de ligação (binder course)
3) Camada de desgaste (wearing course)

MISTURAS ASFÁLTICAS/2
Tipos de camada, tendo em vista a posição relativa:
1) Camada inferior (lower course)
2) Camada intermediária (intermediate course)
3) Camada superficial (surface course)

8.1 CBUQ - MÉTODO DE CONSTRUÇÃO

8.1.1 PRODUÇÃO DA MISTURA


O Concreto betuminoso é produzido em usinas apropriadas com várias
capacidades de produção – existindo dois tipos básicos , a saber:

– USINAS DESCONTÍNUAS: que apresentam produção descontínua; gravimétrica.

– USINAS CONTÍNUAS: que apresentam produção contínua; as volumétricas e as


TSM – Tambor Secador Misturador (Drum-Mixer)

8.1.1.1 TIPOS DE USINAS DE ASFALTO


USINA GRAVIMÉTRICA OU DESCONTÍNUA
- Dosagem Em Bases Ponderais (Peso)
- Estoque Agregados ⇒ Silos Frios
- Alimentação dos Agregados Devidamente Proporcionados para o Secador Através do
Elevador a Frio
- Secador ⇒ Perda da Umidade (Boa Parte)
- Elevador a Quente ⇒ Peneiramento
- Peneiras Vibratórias - Separação para Silos Quentes
- Dosagem em Peso Através de Balança Abaixo do Silo Quente (Inclusive Filler)
- Posterior Descarga no Misturador
- Cimento Também é Dosado em Peso
- Execução de um Traço - Descarga para Comportas

USINA GRAVIMÉTRICA OU DESCONTÍNUA

MISTURAS ASFÁLTICAS/3
USINAS VOLUMÉTRICAS OU CONTÍNUAS
- Dosagem em bases volumétricas
- Silos frios, elevador a frio e secador - ídem as gravimétricas
- Filler dosado em volume é introduzido na base do elevador a quente
- Peneiramento - silos quentes
- Continuamente os silos quentes alimentam o misturador através do segundo elevador a
quente
- Na entrada do misturador adiciona-se ligante dosado em bases volumétricas
- Descarga na extremidade do misturador

COMPONENTES
1. Silos Frios

REPRESENTAÇÃO DO ALIMENTADOR FRIO

MISTURAS ASFÁLTICAS/4
REPRESENTAÇÃO DO ALIMENTADOR FRIO

2. Correia Transportadora
3. Elevador a Frio (Correia)
4. Secador

5. Sistema Coletor de Pó
6. Elevador Quente (Corrente Com Canecos )
7. Dispositivo de Peneiração
8. Silos Quentes

MISTURAS ASFÁLTICAS/5
9. Introdução do Filler - Balança (Usina Gravimétrica)
Misturador (Usina Volumétrica)
Tambor (Usina Drum –Mixer)
10. Balança
11. Misturador - Introdução Do Ligante

USINAS DRUM MIXER


- Tambor secador - misturador
- Contínuas, grande produção e mais simples.
- Dosagem por peso - pesagem dinâmica na alimentação a frio
- Agregados são introduzidos onde está o queimador.
- Tambor secador - misturador
1ª Região - Radiação
2ª Região - Misturação (Introdução do Cap)
- Não Possuem: - Elevador de Agregados Quentes
- Peneiras
- Silos Quentes
- Balança
- Misturador

USINA DRUM-MIXER FIXA

MISTURAS ASFÁLTICAS/6
USINA DRUM-MIXER MÓVEL

USINA DRUM-MIXER MÓVEL

8.1.2 TRANSPORTE
- Caminhões Basculantes
- Água com Óleo (5%) Nas Paredes
- Lonas para Evitar: - Perda de Temperatura
- Água de Chuva e Contaminação

8.1.3 DISTRIBUIÇÃO
- Tempo Seco. Temperatura > 10º
- Temperatura Distribuição > 120º C
- Vibroacabadoras
- Unidade Tratadora
- Unidade de Acabamento

8.1.4 COMPRESSÃO

- 140 ± 15 Ssf (60 A 150º C)


- Equipamentos: Rolos Lisos Tandem Rodas Metálicas

MISTURAS ASFÁLTICAS/7
Rolos Pneumáticos Pressão Regulável
(Rolos Lisos Vibratórios)
- Seqüência:
1º - Rolo Pneumático c/ Baixa Pressão
2º - Aumento Gradual da Pressão Interna Dos Pneus
3º - Rolo Liso Tandem p/ Acabamento Final
- Nº de Passadas Definido Experimental.

8.1.5 CONTROLE TECNOLÓGICO

- Controle dos Materiais: Cap


Agregados
- Controle de Mistura: Extração
Granulometria
Grau de Compressão
- Controle de Espessura

MISTURAS ASFÁLTICAS/8
MISTURAS ASFÁLTICAS/9
8.2 DOSAGEM DE CONCRETO ASFÁLTICO – MÉTODO MARSHALL

8.1.1 HISTÓRICO
- Década de 30 - Bruce Marshall (Mississipi)
- 2ª G.M - USACE

8.1.2 FINALIDADE
- Determinação do teor ótimo de ligante

8.1.3 ETAPAS
1- Conhecimento das granulometrias e massas específicas dos agregados;
2- Selecionar uma faixa granulométrica compatível com o objetivo da mistura e a
granulometria dos componentes;
3- Determinação da mistura agregados-filler que satisfaça a faixa adotada; e
4- Dosagem do teor de ligante.

8.1.4 EXEMPLO
Dosar um concreto asfáltico com os seguintes materiais :

1. BRITA -%A - DA
2. AREIA - %B - DB
3. CIM. PORTLAND - % C - DC
4. CAP - 20 -%L - DL

- Usando-se um dos métodos de mistura de agregados, tem-se:


BRITA - 66%
AREIA - 30%
CIM. PORTLAND - 4%

8.1.5 MÉTODO MARSHALL


1 - Compor 5 misturas betuminosas com teores diferindo consecutiva/ de 0,5%

2 - Estimativa do teor ótimo de ligante (experiência ou fórmulas empíricas)


- por exemplo = 6%

3 - Composição em peso dos corpos de prova

MISTURAS ASFÁLTICAS/1
I II III IV V
BRITA - (66%) 62,7 62,4 62,1 61,8 61,5
AREIA - (30%) 28,5 28,3 28,1 27,9 27,7
CIMENTO - (4%) 3,8 3,8 3,8 3,8 3,8
CAP 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0

4 - Preparação dos Corpos de Prova


( P ≅ 1.200g; φ = 4” e h = 21/2” )

5 - Compactação Dinâmica
( Soquete de P = 4,54 Kg; h = 18” e 50 ou 75 golpes)

6 - Extração e Cura dos C.P. - 24 hs

7 - Pesagem e Cubicagem dos C.P. para determinação de:


- Densidade Teórica (Dt)
- Densidade Aparente (d)
- Percentual de Vazios (%Vv)
- Vazios Cheios com Betume (VCB)
- Vazios do Agregado Mineral (VAM)
- Relação Betume-Vazios (RBV)

A - DENSIDADE TEÓRICA (DT)


100 M
Dt = Pt =
% A %B %C %L VS
+ + +
D A DB DC DL

B - DENSIDADE APARENTE (d)

d=

C - PERCENTUAL DE VAZIOS (%)

D - VAZIOS CHEIOS COM BETUME (V.C.B)


d %L
VCB =
DL

E - VAZIOS DO AGREGADO MINERAL (V.A.M).

MISTURAS ASFÁLTICAS/2
VAM = % V + VCB

F - RELAÇÃO BETUME - VAZIOS (R.B.V)


VCB
RBV = x100
VAM
8 - Imersão dos C.P. em banho maria - 60º C de 20 a 30’

9 - Ensaio de Compressão Diametal


- Prensa do Aparelho Marshall
- Molde de Estabilidade
- v = 2 pol/min até o rompimento
- Estabilidade - E (kgf) - carga de ruptura
- Fluência - F (1/100”) - deformação máxima

10 - Traçado das Curvas de Variação das Propriedades


E (kg), F (1/100”), %V, RBV (%), d (kg/m3) = f (% teores de ligante)

11 - Determinação do teor ótimo = f (tipo de camada, tráfego)


- Atendimento às Especificações
- Recomendação: média aritmética dos seguintes teores:
a) b1 = média dos limites para %V
b) b2 = média dos limites para RBV
c) b3 = valor máximo da densidade
d) b4 = valor máximo da estabilidade

8.1.6 SIGNIFICADOS
Coesão e estabilidade mecânica dos agregados
Estabilidade
E > 500 kg
Flexibilidade
Fluência
F < 20 (0,01 pol)
Densidade Verificar grau de compactação na pista
aparente GC > 97%
Vazios sem ligante
%V
Entre 3 e 6% (camada de desgaste)
Vazios com ligante
RBV
RBV < 90%

MISTURAS ASFÁLTICAS/3
8.1.7 ESPECIFICAÇÕES DE CBUQ
TRÁFEGO
ÍTENS MÉDIO ALTO
10 <N<5.106
6
N > 5.106
Nº GOLPES/FACE 50 75
ESTABILIDADE (Kgf) Mín. 400 Mín. 500
FLUÊNCIA (0,01”) 8 a 18 8 a 16

% VAZIOS TOTAIS
REPERFILAGEM 3a5
BINDER 4a7
CAPA 3a5
RELAÇÃO BETUME-VAZIOS
REPERFILAGEM 75 a 82
BINDER 65 a 72
CAPA 75 a 82

MISTURAS ASFÁLTICAS/4
FAIXAS DNER

MISTURAS ASFÁLTICAS/5
ENSAIO MARSHALL

MISTURAS ASFÁLTICAS/6
RESULTADOS TÍPICOS DE UMA DOSAGEM MARSHALL

MISTURAS ASFÁLTICAS/7
COMPACTADOR MECÂNICO
ELÉTRICO PARA ENSAIO
MARSHALL

MISTURAS ASFÁLTICAS/8
FIXADOR PARA MOLDE MARSHALL

SOQUETE MARSHALL:
soquete com peso de impacto de
10 lb

MISTURAS ASFÁLTICAS/9
TEXTO COMPLEMENTAR

MÉTODO MARSHALL

ƒ ROTINA DE EXECUÇÃO (PROCEDIMENTOS)

Suponhamos que se deseje dosar um concreto asfáltico com os seguintes materiais:


1. Pedra
2. Areia
3. Cimento Portland
4. CAP 85 – 100
Vamos supor que estejamos utilizando um dos métodos quaisquer de projeto de mistura de
agregados, as seguintes proporções de pedra, areia e cimento Portland:
ƒ Pedra – 66%
ƒ Areia – 30%
ƒ Cimento Portland – 4%
O CAP 85 – 100 terá uma porcentagem aproximada, em peso, de 4,5 a 8%.
Podemos preparar corpos de prova com as seguintes porcentagens de CAP 85 – 100, por
exemplo:
5 5,5 6 6,5 7

Os corpos de prova deverão ter a seguinte composição em peso:

| II III IV V
Pedra – (66%) 62,7 62,1 62,1 61,8 61,5
Areia – (30%) 28,5 28,3 28,1 27,9 27,7
C.P. – (4%) 3,8 3,8 3,8 3,8 3,8
CAP 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0

OBS.: As porcentagens acima foram assim calculadas por exemplo:


66 – 100
X – 95 Æ X=62,7
Faz-se, conforme recomenda Marshall, 5 corpos de prova de cada traço.
Cada corpo de prova pesa ≅ 1.200g são cilindros de diâmetros igual a 4” e altura igual a 2
½”.
Sobre estes corpos de prova são feitas as seguintes determinações:
1. Densidade Teórica:
100
Dt = (Dt= M/VB)
%A %B %C
B

+ + + .....
D A DB D C

MÉTODO MARSHALL./1
2. Densidade Aparente:
M Pao ar
=
Vt Pao ar -P n' água

3. % de Vazios:
VV D t - daparente
x100 = x100
Vt Dt

4. Vazios cheios com Betume:


VL dap %L
VCB = →
Vt DL

5. Vazios do agregado mineral:


VAM = %V + VCB

6. Relação Betume-Vazios:
VCB
RBV = x100
VAM
Faz-se também o ensaio de Estabilidade e Fluência.
O ensaio de estabilidade é feito na prensa Marshall. Junto com essa determinação, acha-
se a Fluência. No ensaio de estabilidade, a amostra é colocada no molde e submetida à
deformação, com uma velocidade padrão, até que se dê a ruptura, medindo-se nesse instante, a
carga máxima que a produziu, sendo esta o valor da estabilidade Marshall.
No medidor de Fluência se mede o valor da deformação da mistura betuminosa. Este valor
é um índice de propriedade plástica ou de deformação da mistura.
Submetemos os 5 corpos de prova de cada traço aos ensaios e anotamos o valor médio.
Com estes valores construímos as curvas de Estabilidade, Vazios, Relação Betume-Vazios e
Fluência, todas em função da percentagem de ligante.
Marca-se no eixo dos V%, RBV%, Estabilidade e Fluência intervalos dados pelos limites
das especificações, e em função disso teremos vários intervalos de percentagens de ligantes.
Acham-se os extremos das percentagens de ligante que atendem aos intervalos das
especificações de %V, RBV%, Estabilidade Marshall e Fluência; esses extremos determinam um
intervalo de percentagem de ligante onde qualquer ponto satisfaz às normas.

MÉTODO MARSHALL./2
ƒ FAIXAS DNER

MÉTODO MARSHALL./3
ƒ ENSAIO EM MISTURAS ASFÁLTICAS – ENSAIO MARSHALL

MÉTODO MARSHALL./4
ƒ RESULTADOS TÍPICOS DE UMA DOSAGEM MARSHALL
RE

MÉTODO MARSHALL./5
Às vezes não se encontra uma solução adequada. Temos de fazer algumas alterações no
traço, vejamos, o que preconiza a “The Asphalt Institute”.

1. ESTABILIDADE SATISFATÓRIA
a) Vazios menores que 3%
I – Reduzir a quantidade de filler ou asfalto, ou ambos.
II – Mudar as proporções de agregado graúdo e miúdo para produção de um VAM mais
elevado.
b) Vazios maiores que 5%
I – Aumentar a quantidade de filler ou asfalto, ou ambos. Agregados porosos, tais como
algumas escórias ou pedras calcáreas, requerem a quantidade máxima especificada
de asfalto.
II – Mudar as proporções de agregado graúdo e miúdo para produção de um VAM mais
baixo.
2. ESTABILIDADE BAIXA DEMAIS
a) Vazios menores que 3%
I – Aumentar a quantidade de filler e reduzir a quantidade de asfalto

MÉTODO MARSHALL./6
II – Aumentar a quantidade de agregado graúdo.
b) Vazios maiores que 5%
I – Aumentar a quantidade de filler
II – Mudar as proporções de agregado graúdo e miúdo para produção de um VAM mais
baixo.
c) Vazios entre 3% e 5%
I – Se a quantidade de asfalto está próxima do limite superior, aumentar a quantidade de
agregado graúdo e reduzir a percentagem.
II – Se quantidade de asfalto está próxima do limite inferior, é provável que o agregado
mineral é inerentemente instável, e pode ser necessária a obtenção de agregado
graúdo e miúdo de outra fonte. Se o agregado graúdo consiste de pedra britada, o
problema está diretamente relacionado ao agregado miúdo. Se o agregado graúdo é
cascalho, ele pode ser o responsável pela baixa estabilidade. De qualquer forma, antes
da rejeição, as misturas deverão ser preparadas e ensaiadas, usando tanto as
percentagens máximas do agregado graúdo permitidas pelas especificações quanto às
mínimas.

3. ESTABILIDADE ALTA DEMAIS


A alta estabilidade medida por um ensaio de estabilidade padronizado pode ser devida a
qualquer a qualquer um dos 3 seguintes fatores:
I – Localização crítica de um ou mais fragmentos grandes do agregado no corpo de prova
compactado, com referência ao orifício através do qual a mistura é forçada (Ensaio de
estabilidade Hubbard-Field). Este valor, no entanto, não indica a verdadeira
estabilidade da mistura. Onde houver motivo para suspeitar da estabilidade elevada,
particularmente nas misturas de agregado graúdo, o corpo de prova ensaiado deverá
ser recolocado no molde de compactação com a superfície de extensão para cima e
recomprimida depois de aquecida a 93,3°C (200°F). O corpo de prova recomprimido é
então ensaiado pelo procedimento normal. Se o valor de estabilidade no 2º ensaio for
menor que o do 1º ele representa mais proximamente o verdadeiro caráter da misturas.
II – Estabilidade inerente ao agregado mineral devido ao entrosamento dos fragmentos
angulares, particularmente das partículas maiores. Este tipo de estabilidade é muito
desejável e não requer nenhum limite superior.
Ele usualmente pode ser identificado pelo novo projeto da mistura usando um mínimo
de agregado fino com a percentagem de asfalto ligeiramente superior à percentagem
média de asfalto para a mistura especificada. A mistura reprojetada pode não ser
satisfatória sob o ponto de vista de densidade, mas sua estabilidade é ainda alta.
A aparentemente excessiva estabilidade do projeto original é melhor que da outra
maneira.

MÉTODO MARSHALL./7
III – Alta estabilidade devida a alta densidade e pequena percentagem de vazios do
agregado mineral compactado. Este tipo de alta estabilidade é indesejável e identifica-
se pela sua natureza quebradiça no tempo frio, com pequena resistência ao “cracking”
e à desagregação. Misturas deste tipo freqüentemente contêm excesso de filler mineral
e uma deficiência de asfalto.
Correções apropriadas, entretanto, produzem um decréscimo da densidade do
agregado compactado de maneira que a máxima percentagem de asfalto possa ser
usada sem sobrepujar os vazios. Este procedimento pode ser acompanhado pelo uso
de menos agregado miúdo e menos filler mineral.

MÉTODO MARSHALL./8
NORMA DNIT 031/2006 - ES

DNIT Pavimentos flexíveis - Concreto asfáltico -


Especificação de serviço
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
Autor: Diretoria de Planejamento e Pesquisa
Processo: 50.600.004.691/2003-81
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-
ESTRUTURA DE TRANSPORTES Origem: Revisão da norma DNIT 031/2004 - ES
Aprovação pela Diretoria Colegiada do DNIT na reunião de 26/06/2006.

DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E
PESQUISA
Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que
citada a fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de
INSTITUTO DE PESQUISAS propaganda comercial.
RODOVIÁRIAS

Nº total de
Rodovia Presidente Dutra, km 163 Palavras-chave: páginas
Centro Rodoviário – Vigário Geral Concreto asfáltico, pavimento flexível, especificação 14
Rio de Janeiro – RJ – CEP 21240-000
Tel/fax: (21) 3371-5888

2 Referências normativas......................................... 2
Resumo

3 Definição ............................................................... 3
Este documento define a sistemática a ser empregada
na execução de camada do pavimento flexível de
4 Condições gerais................................................... 3
estradas de rodagem, pela confecção de mistura
asfáltica a quente em usina apropriada utilizando ligante 5 Condições específicas .......................................... 4
asfáltico, agregados e material de enchimento (filer).
Estabelece os requisitos concernentes aos materiais, 6 Manejo ambiental .................................................. 8
equipamentos, execução e controle de qualidade dos
materiais empregados, além das condições de 7 Inspeção................................................................ 9

conformidade e não-conformidade e de medição dos


8 Critérios de medição..............................................13
serviços.

Índice Geral...................................................................14
Abstract

This document provides the method of executing the Prefácio

layer of a road flexible pavement, making use of


A presente Norma foi preparada pela Diretoria de
bituminous hot mix from an appropriate plant including
Planejamento e Pesquisa, para servir como documento
binder, mineral aggregates, and filer. It also defines the
base na sistemática a ser empregada na execução de
requirements concerning material, equipment, execution
camada de pavimento flexível de estradas de rodagem
and quality control of the materials in use, as well as the
pela utilização de mistura asfáltica a quente em usina
criteria for acceptance and rejection and measurement
apropriada, empregando, além, do ligante asfáltico,
of the services.
agregados e material de enchimento (filer). Está
baseada na norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e
Sumário
substitui a norma DNIT 031/2004 - ES.

Prefácio ......................................................................... 1

1 Objetivo ................................................................. 2
NORMA DNIT 031/2006 –ES 2

e) ______. NBR 6560: materiais asfálticos –


1 Objetivo determinação de ponto de amolecimento –
método do anel e bola. Rio de Janeiro,
Estabelecer a sistemática a ser empregada na produção 2000.
de misturas asfálticas para a construção de camadas do
pavimento de estradas de rodagem, de acordo com os f) ASSOCIATION FRANÇAISE DE
alinhamentos, greide e seção transversal de projeto. NORMALISATION. AFNOR NF P-98-216-7:
determination de la macrotexture - partie 7:
2 Referências normativas determination de hauteur au sable. Paris,
1999.
Os documentos relacionados neste item serviram de
g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
base à elaboração desta Norma e contêm disposições
ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ISA 07:
que, ao serem citadas no texto, se tornam parte
impactos da fase de obras rodoviárias –
integrante desta Norma. As edições apresentadas são
causas/ mitigação/ eliminação. In: ______.
as que estavam em vigor na data desta publicação,
Corpo normativo ambiental para
recomendando-se que sempre sejam consideradas as
empreendimentos rodoviários. Rio de
edições mais recentes, se houver.
Janeiro, 1996.
a) AMERICAN ASSOCIATION OF STATE
HIGHWAY AND TRANSPORTEATION h) BRASIL. Agência Nacional de Petróleo.

OFFICIALS. T 283-89: resistance of Gás Natural e Biocombustíveis - ANP.


o
compacted bituminous mixture to moisture Regulamento Técnico n 03/2005.

induced damage. In: ______. Standard Resolução ANP nº 19, de 11 de julho de

specifications for transportation materials 2005. Brasília, DF, Anexo I, julho de 2005.

and methods of sampling and testing. Disponível em: <htpp://www.200.179.25.133/

Washington, D.C., 1986. v.2 NXT/gateway.dll/leg/resoluções_anp/2005julho


/ramp%2019%....> Acesso em 11 de julho
b) AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND de 2005.
MATERIALS. ASTM D 1754: effect of heat
and air on asphaltic materials ( Thin-Film i) ______. DNER-EM 367/97: material de

Oven Test ): test. In: ______. 1978 annual enchimento para misturas asfálticas:

book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., especificação de material. Rio de Janeiro:

1978. IPR, 1997.

c) ______.ASTM D 2872: effect of heat and j) ______. DNER-ME 003/99: material

air on a moving film of asphalt ( Rolling asfáltico – determinação da penetração:

Thin-Film Oven Test ): test. In: ______. método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR,

1978 annual book of ASTM standards. 1999.

Philadelphia, Pa., 1978.


k) ______. DNER-ME 004/94: material

d) ______ . ASTM E 303: pavement surface asfáltico – determinação da viscosidade

frictional properties using the British “Saybolt-Furol” a alta temperatura: método

Portable Tester – Surface Frictional de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

Properties Using the Britsh Pendulum


l) ______. DNER-ME 035/98: agregados –
Tester: test for measuring. In: ______. 1978
determinação da abrasão “Los Angeles” :
annual book of ASTM standards.
método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR,
Philadelphia, Pa., 1978.
1998.
NORMA DNIT 031/2006 –ES 3

m) ______. DNER-ME 043/95: misturas rochas após compactação Marshall com


asfálticas a quente – ensaio Marshall: ligante IDml e sem ligante IDm: método de
método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1999.
1995.
x) ______. DNER-PRO 164/94 – Calibração e
n) ______. DNER-ME 053/94: misturas controle de sistemas de medidores de
asfálticas – percentagem de betume: irregularidade de superfície do pavimento
método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, (Sistemas Integradores IPR/USP e
1994. Maysmeter);

o) ______. DNER-ME 054/97: equivalente de y) ______. DNER-PRO 182/94: medição de


areia: método de ensaio. Rio de Janeiro: irregularidade de superfície de pavimento
IPR, 1997. com sistemas integradores IPR/USP e
Maysmeter: procedimento. Rio de Janeiro:
p) ______. DNER-ME 078/94: agregado IPR, 1994.
graúdo – adesividade a ligante asfáltico:
método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, z) ______. DNER-PRO 277/97: metodologia
1994. para controle estatístico de obras e
serviços: procedimento: Rio de Janeiro:
q) ______. DNER-ME 079/94: agregado - IPR, 1997.
adesividade a ligante asfáltico: método de
ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994. aa) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-
ESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT
r) ______. DNER-ME 083/98: agregados – 011/2004-PRO: gestão da qualidade em
análise granulométrica: método de ensaio. obras rodoviárias: procedimento. Rio de
Rio de Janeiro: IPR, 1998. Janeiro: IPR, 2004.

s) ______. DNER-ME 086/94: agregados –


3 Definição
determinação do índice de forma: método
de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.
Concreto Asfáltico - Mistura executada a quente, em
t) ______. DNER-ME 089/94: agregados – usina apropriada, com características específicas,
avaliação da durabilidade pelo emprego de composta de agregado graduado, material de
soluções de sulfato de sódio ou de enchimento (filer) se necessário e cimento asfáltico,
magnésio: método de ensaio. Rio de espalhada e compactada a quente.
Janeiro: IPR, 1994.
4 Condições gerais
u) ______. DNER-ME 138/94: misturas
asfálticas – determinação da resistência à O concreto asfáltico pode ser empregado como
tração por compressão diametral: método revestimento, camada de ligação (binder), base,
de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994. regularização ou reforço do pavimento.

v) ______. DNER-ME 148/94: material Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta
asfáltico – determinação dos pontos de Especificação, em dias de chuva.
fulgor e combustão (vaso aberto
O concreto asfáltico somente deve ser fabricado,
Cleveland): método de ensaio. Rio de
transportado e aplicado quando a temperatura ambiente
Janeiro: IPR, 1994.
for superior a 10ºC.

w) ______. DNER-ME 401/99: agregados – Todo o carregamento de cimento asfáltico que chegar à
determinação de índice de degradação de obra deve apresentar por parte do fabricante/distribuidor
NORMA DNIT 031/2006 –ES 4

certificado de resultados de análise dos ensaios de Método DNER-ME 401 – Agregados –


caracterização exigidos pela especificação, determinação de degradação de rochas após
correspondente à data de fabricação ou ao dia de compactação Marshall, com ligante IDml, e
carregamento para transporte com destino ao canteiro sem ligante IDm, cujos valores tentativas de
de serviço, se o período entre os dois eventos degradação para julgamento da qualidade de
ultrapassar de 10 dias. Deve trazer também indicação rochas destinadas ao uso do Concreto
clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu Asfáltico Usinado a Quente são: IDml ≤ 5% e
conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o IDm ≤ 8%.
canteiro de obra.
b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME
086);
5 Condições específicas

c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-


5.1 Materiais ME 089).

Os materiais constituintes do concreto asfáltico são 5.1.2.2 Agregado miúdo


agregado graúdo, agregado miúdo, material de
enchimento filer e ligante asfáltico, os quais devem O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou
satisfazer às Normas pertinentes, e às Especificações mistura de ambos ou outro material indicado nas
aprovadas pelo DNIT. Especificações Complementares. Suas partículas
individuais devem ser resistentes, estando livres de
5.1.1 Cimento asfáltico torrões de argila e de substâncias nocivas. Deve
apresentar equivalente de areia igual ou superior a 55%
Podem ser empregados os seguintes tipos de cimento (DNER-ME 054).
asfáltico de petróleo:
5.1.2.3 Material de enchimento (filer)
– CAP-30/45

– CAP-50/70 Quando da aplicação deve estar seco e isento de

– CAP-85/100 grumos, e deve ser constituído por materiais minerais


finamente divididos, tais como cimento Portland, cal

5.1.2 Agregados extinta, pós-calcários, cinza volante, etc; de acordo com


a Norma DNER-EM 367.

5.1.2.1 Agregado graúdo


5.1.2.4 Melhorador de adesividade

O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória,


Não havendo boa adesividade entre o ligante asfáltico e
seixo rolado preferencialmente britado ou outro material
os agregados graúdos ou miúdos (DNER-ME 078 e
indicado nas Especificações Complementares
DNER-ME 079), pode ser empregado melhorador de
adesividade na quantidade fixada no projeto.
a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a
50% (DNER-ME 035); admitindo-se A determinação da adesividade do ligante com o
excepcionalmente agregados com valores melhorador de adesividade é definida pelos seguintes
maiores, no caso de terem apresentado ensaios:
comprovadamente desempenho satisfatório
em utilização anterior; a) Métodos DNER-ME 078 e DNER 079, após
submeter o ligante asfáltico contendo o
NOTA: Caso o agregado graúdo a ser usado dope ao ensaio RTFOT (ASTM – D 2872)
apresente um índice de desgaste Los ou ao ensaio ECA (ASTM D-1754);
Angeles superior a 50%, poderá ser usado o
NORMA DNIT 031/2006 –ES 5

b) Método de ensaio para determinar a Camada


Camada
resistência de misturas asfálticas Método de de
Características de
ensaio Ligação
Rolamento
compactadas à degradação produzida pela (Binder)

umidade (AASHTO 283). Neste caso a Porcentagem de vazios, % DNER-ME 043 3a5 4a6

Relação betume/vazios DNER-ME 043 75 – 82 65 – 72


razão da resistência à tração por
Estabilidade, mínima, (Kgf)
compressão diametral estática antes e (75 golpes)
DNER-ME 043 500 500

após a imersão deve ser superior a 0,7 Resistência à Tração por


Compressão Diametral DNER-ME 138 0,65 0,65
(DNER-ME 138). estática a 25ºC, mínima, MPa

b) as Especificações Complementares
5.2 Composição da mistura podem fixar outra energia de compactação;

c) as misturas devem atender às


A composição do concreto asfáltico deve satisfazer aos
especificações da relação betume/vazios
requisitos do quadro seguinte com as respectivas
ou aos mínimos de vazios do
tolerâncias no que diz respeito à granulometria (DNER-
agregado mineral, dados pela seguinte
ME 083) e aos percentuais do ligante asfáltico
tabela:
determinados pelo projeto da mistura.

Peneira de VAM – Vazios do Agregado Mineral


% em massa, passando
malha quadrada
Tamanho Nominal Máximo do agregado
VAM Mínimo
Série Abertura %
A B C Tolerâncias # mm
ASTM (mm)
1½” 38,1 13
2” 50,8 100 - - - 1” 25,4 14
1 ½” 38,1 95 - 100 100 - ± 7% 3/4” 19,1 15

1” 25,4 75 - 100 95 - 100 - ± 7% 1/2” 12,7 16

¾” 19,1 60 - 90 80 - 100 100 ± 7% 3/8” 9,5 18

½” 12,7 - - 80 - 100 ± 7%

3/8” 9,5 35 - 65 45 - 80 70 - 90 ± 7%
5.3 Equipamentos
N° 4 4,8 25 - 50 28 - 60 44 - 72 ± 5%

N° 10 2,0 20 - 40 20 - 45 22 - 50 ± 5% Os equipamentos necessários à execução dos serviços


N° 40 0,42 10 - 30 10 - 32 8 - 26 ± 5% serão adequados aos locais de instalação das obras,
N° 80 0,18 5 - 20 8 - 20 4 - 16 ± 3%
atendendo ao que dispõem as especificações para os
N° 200 0,075 1-8 3-8 2 - 10 ± 2%
serviços.
4,5 - 7,5
4,0 - 7,0 4,5 - 9,0
Camada
Asfalto solúvel Camada Camada
no CS2(+) (%) de ligação
de ligação
de
± 0,3% Devem ser utilizados, no mínimo, os seguintes
e
(Binder) rolamento
rolamento
equipamentos:
A faixa usada deve ser aquela, cujo diâmetro máximo é
inferior a 2/3 da espessura da camada. a) Depósito para ligante asfáltico;

No projeto da curva granulométrica, para camada de Os depósitos para o ligante asfáltico devem
revestimento, deve ser considerada a segurança do possuir dispositivos capazes de aquecer o
usuário, especificada no item 7.3 – Condições de ligante nas temperaturas fixadas nesta
Segurança. Norma. Estes dispositivos também devem
evitar qualquer superaquecimento
As porcentagens de ligante se referem à mistura de
localizado. Deve ser instalado um sistema
agregados, considerada como 100%. Para todos os
de recirculação para o ligante asfáltico, de
tipos a fração retida entre duas peneiras consecutivas
modo a garantir a circulação,
não deve ser inferior a 4% do total.
desembaraçada e contínua, do depósito ao

a) devem ser observados os valores limites misturador, durante todo o período de

para as características especificadas no operação. A capacidade dos depósitos

quadro a seguir:
NORMA DNIT 031/2006 –ES 6

deve ser suficiente para, no mínimo, três A usina deve possuir ainda uma cabine de
dias de serviço. comando e quadros de força. Tais partes
devem estar instaladas em recinto fechado,
b) Silos para agregados;
com os cabos de força e comandos ligados

Os silos devem ter capacidade total de, no em tomadas externas especiais para esta

mínimo, três vezes a capacidade do aplicação. A operação de pesagem de


agregados e do ligante asfáltico deve ser
misturador e ser divididos em
compartimentos, dispostos de modo a semi-automática com leitura instantânea e

separar e estocar, adequadamente, as acumuladora , por meio de registros digitais

frações apropriadas do agregado. Cada em “display” de cristal líquido. Devem

compartimento deve possuir dispositivos existir potenciômetros para compensação


das massas específicas dos diferentes
adequados de descarga. Deve haver um
silo adequado para o filer, conjugado com tipos de ligantes asfálticos e para seleção

dispositivos para a sua dosagem. de velocidade dos alimentadores dos


agregados frios.
c) Usina para misturas asfálticas;
d) Caminhões basculantes para transporte da
A usina deve estar equipada com uma mistura;
unidade classificadora de agregados, após
o secador, dispor de misturador capaz de Os caminhões, tipo basculante, para o

produzir uma mistura uniforme. Um transporte do concreto asfáltico usinado a

termômetro, com proteção metálica e quente, devem ter caçambas metálicas


robustas, limpas e lisas, ligeiramente
escala de 90° a 210 °C (precisão ± 1 °C),
deve ser fixado no dosador de ligante ou na lubrificadas com água e sabão, óleo cru

linha de alimentação do asfalto, em local fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de


modo a evitar a aderência da mistura à
adequado, próximo à descarga do
misturador. A usina deve ser equipada chapa. A utilização de produtos

além disto, com pirômetro elétrico, ou susceptíveis de dissolver o ligante asfáltico


(óleo diesel, gasolina etc.) não é permitida.
outros instrumentos termométricos
aprovados, colocados na descarga do
e) Equipamento para espalhamento e
secador, com dispositivos para registrar a
acabamento;
temperatura dos agregados, com precisão
de ± 5 °C. A usina deve possuir O equipamento para espalhamento e
termômetros nos silos quentes. acabamento deve ser constituído de
pavimentadoras automotrizes, capazes de
Pode, também, ser utilizada uma usina do
espalhar e conformar a mistura no
tipo tambor/secador/misturador, de duas
alinhamento, cotas e abaulamento
zonas (convecção e radiação), provida de:
definidos no projeto. As acabadoras devem
coletor de pó, alimentador de “filler”,
ser equipadas com parafusos sem fim, para
sistema de descarga da mistura asfáltica,
colocar a mistura exatamente nas faixas, e
por intermédio de transportador de correia
possuir dispositivos rápidos e eficientes de
com comporta do tipo “clam-shell” ou
direção, além de marchas para a frente e
alternativamente, em silos de estocagem.
para trás. As acabadoras devem ser
A usina deve possuir silos de agregados equipadas com alisadores e dispositivos
múltiplos, com pesagem dinâmica e deve para aquecimento, à temperatura
ser assegurada a homogeneidade das requerida, para a colocação da mistura sem
granulometrias dos diferentes agregados. irregularidade.
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f) Equipamento para compactação; Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de


10°C a 15°C acima da temperatura do ligante asfáltico,
O equipamento para a compactação deve
sem ultrapassar 177°C.
ser constituído por rolo pneumático e rolo
metálico liso, tipo tandem ou rolo vibratório.
5.4.4 Produção do concreto asfáltico
Os rolos pneumáticos, autopropulsionados,
devem ser dotados de dispositivos que
A produção do concreto asfáltico é efetuada em usinas
permitam a calibragem de variação da
apropriadas, conforme anteriormente especificado.
pressão dos pneus de 2,5 kgf/cm² a 8,4
kgf/cm² .
5.4.5 Transporte do concreto asfáltico
O equipamento em operação deve ser
suficiente para compactar a mistura na O concreto asfáltico produzido deve ser transportado, da
densidade de projeto, enquanto esta se usina ao ponto de aplicação, nos veículos especificados
encontrar em condições de no item 5.3 quando necessário, para que a mistura seja
trabalhabilidade. colocada na pista à temperatura especificada. Cada
carregamento deve ser coberto com lona ou outro
NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deve ser
material aceitável, com tamanho suficiente para proteger
vistoriado antes do início da execução do
a mistura.
serviço de modo a garantir condições
apropriadas de operação, sem o que, não
5.4.6 Distribuição e compactação da mistura
será autorizada a sua utilização.

A distribuição do concreto asfáltico deve ser feita por


5.4 Execução
equipamentos adequados, conforme especificado no
item 5.3.
5.4.1 Pintura de ligação
Caso ocorram irregularidades na superfície da camada,
estas devem ser sanadas pela adição manual de
Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução
concreto asfáltico, sendo esse espalhamento efetuado
da imprimação e a do revestimento, ou no caso de ter
por meio de ancinhos e rodos metálicos.
havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda
ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-pedra, Após a distribuição do concreto asfáltico, tem início a
etc., deve ser feita uma pintura de ligação. rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem
é a mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar,
5.4.2 Temperatura do ligante temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada
caso.
A temperatura do cimento asfáltico empregado na
Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão
mistura deve ser determinada para cada tipo de ligante,
variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual
em função da relação temperatura-viscosidade. A
deve ser aumentada à medida que a mistura seja
temperatura conveniente é aquela na qual o cimento
compactada, e, conseqüentemente, suportando
asfáltico apresenta uma viscosidade situada dentro da
pressões mais elevadas.
faixa de 75 a 150 SSF, “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004),
indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 75 a A compactação deve ser iniciada pelos bordos,
95 SSF. A temperatura do ligante não deve ser inferior a longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da
107°C nem exceder a 177°C. pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a
compactação deve começar sempre do ponto mais
5.4.3 Aquecimento dos agregados baixo para o ponto mais alto. Cada passada do rolo
deve ser recoberta na seguinte de, pelo menos, metade
da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de
NORMA DNIT 031/2006 –ES 8

rolagem perdurará até o momento em que seja atingida possibilitar a recuperação ambiental após o
a compactação especificada. término das atividades exploratórias;

Durante a rolagem não são permitidas mudanças de d) impedir as queimadas;


direção e inversões bruscas da marcha, nem
estacionamento do equipamento sobre o revestimento e) seguir as recomendações constantes da
recém – rolado. As rodas do rolo devem ser umedecidas Norma DNER-ES 279 para os caminhos de
adequadamente, de modo a evitar a aderência da serviço;
mistura.
f) construir, junto às instalações de britagem,

5.4.7 Abertura ao tráfego bacias de sedimentação para retenção do


pó de pedra eventualmente produzido em

Os revestimentos recém–acabados devem ser mantidos excesso;

sem tráfego, até o seu completo resfriamento.


g) além destas, devem ser atendidas, no que
couber, as recomendações da DNER
6 Manejo ambiental
ISA-07 – Instrução de Serviço Ambiental:
impactos da fase de obras rodoviárias –
Para execução do concreto asfáltico são necessários
causas/ mitigação/ eliminação.
trabalhos envolvendo a utilização de asfalto e
agregados, além da instalação de usina misturadora.
6.2 Cimento asfáltico
Os cuidados observados para fins de preservação do
meio ambiente envolvem a produção, a estocagem e a Instalar os depósitos em locais afastados de cursos
aplicação de agregados, assim como a operação da d’água.
usina.
Vedar o descarte do refugo de materiais usados na faixa
NOTA: Devem ser observadas as prescrições de domínio e em áreas onde possam causar prejuízos
estabelecidas nos Programas Ambientais que ambientais.
integram o Projeto Básico Ambiental – PBA.
Recuperar a área afetada pelas operações de
construção / execução, imediatamente após a remoção
6.1 Agregados
da usina e dos depósitos e a limpeza do canteiro de
obras.
No decorrer do processo de obtenção de agregados de
pedreiras e areias devem ser considerados os seguintes As operações em usinas asfálticas a quente englobam:
cuidados principais:
a) estocagem, dosagem, peneiramento e
a) caso utilizadas instalações comerciais, a transporte de agregados frios;
brita e a areia somente são aceitas após
apresentação da licença ambiental de b) transporte, peneiramento, estocagem e
operação da pedreira/areal, cuja cópia deve pesagem de agregados quentes;
ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências
c) transporte e estocagem de filer;
da Obra;

d) transporte, estocagem e aquecimento de


b) não é permitida a localização da pedreira e
óleo combustível e do cimento asfáltico.
das instalações de britagem em área de
preservação ambiental;
Os agentes e fontes poluidoras compreendem:

c) planejar adequadamente a exploração da


pedreira e do areal, de modo a minimizar
os impactos decorrentes da exploração e a
NORMA DNIT 031/2006 –ES 9
AGENTES E FONTES POLUIDORAS proposto, para atender aos padrões estabelecidos pelo
órgão ambiental.
AGENTE
FONTES POLUIDORAS
POLUIDOR Dotar os silos de estocagem de agregado frio de
A principal fonte é o secador rotativo. proteções lateral e cobertura, para evitar dispersão das
I. Emissão de
partículas
Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio emissões fugitivas durante a operação de
de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de
veículos e vias de acesso.
carregamento.
Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio,
monóxido de carbono e hidrocarbonetos.
Enclausurar a correia transportadora de agregado frio.
Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.
II. Emissão de
gases Aquecimento de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.
Adotar procedimentos de forma que a alimentação do
Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento
asfáltico: hidrocarbonetos. secador seja feita sem emissão visível para a atmosfera.
As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre,
III. Emissões
carregamento dos silos frios, vias de tráfego, áreas de
Fugitivas
peneiramento, pesagem e mistura.
Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto
a usina estiver em operação, para evitar emissões de
NOTA: Emissões Fugitivas - São quaisquer
partículas na entrada e na saída.
lançamentos ao ambiente, sem passar
primeiro por alguma chaminé ou duto Dotar o misturador, os silos de agregado quente e as
projetados para corrigir ou controlar seu fluxo. peneiras classificatórias do sistema de controle de
poluição do ar, para evitar emissões de vapores e
Em função destes agentes devem ser obedecidos os
partículas para a atmosfera.
itens 6.3 e 6.4.

Fechar os silos de estocagem de mistura asfáltica.


6.3 Instalação
Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas,
de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de
Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a
veículos não ultrapassem 20% de opacidade.
uma distancia inferior a 200 m (duzentos metros),
medidos a partir da base da chaminé, de residências, de Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio
hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas de filtragem a seco.
asilos, orfanatos creches, clubes esportivos, parques de
Adotar procedimentos operacionais que evitem a
diversões e outras construções comunitárias.
emissão de partículas provenientes dos sistemas de
Definir no projeto executivo, áreas para as instalações limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó
industriais, de maneira tal que se consiga o mínimo de retido nas mangas.
agressão ao meio ambiente.
Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes
O Executante será responsável pela obtenção da dos equipamentos de processo.
licença de instalação/operação, assim como pela
Manter em boas condições todos os equipamentos de
manutenção e condições de funcionamento da usina
processo e de controle.
dentro do prescrito nesta Norma.

Dotar as chaminés de instalações adequadas para


6.4 Operação realização de medições.

Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia


Instalar sistemas de controle de poluição do ar
menos poluidora (gás ou eletricidade) e estabelecer
constituídos por ciclones e filtro de mangas ou por
barreiras vegetais no local, sempre que possível.
equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos
na legislação.
7 Inspeção
Apresentar junto com o projeto para obtenção de
licença, os resultados de medições em chaminés que
7.1 Controle dos insumos
comprovem a capacidade do equipamento de controle
NORMA DNIT 031/2006 –ES 10

Todos os materiais utilizados na fabricação de Concreto 1754) e de degradação produzida pela


Asfáltico (Insumos) devem ser examinados em umidade (AASHTO-283/89 e DNER-
laboratório, obedecendo a metodologia indicada pelo ME 138);
DNIT, e satisfazer às especificações em vigor.
– ensaio de índice de forma do
agregado graúdo (DNER-ME 086);
7.1.1 Cimento asfáltico
b) Ensaios de rotina
O controle da qualidade do cimento asfáltico consta do
– 02 ensaios de granulometria do
seguinte:
agregado, de cada silo quente, por
– 01 ensaio de penetração a 25ºC (DNER-ME jornada de 8 horas de trabalho
003), para todo carregamento que chegar à (DNER-ME 083);
obra;
– 01 ensaio de equivalente de areia do
– 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo agregado miúdo, por jornada de 8
carregamento que chegar à obra (DNER- horas de trabalho (DNER-ME 054);
ME 148);
– 01 ensaio de granulometria do
– 01 índice de susceptibilidade térmica para material de enchimento (filer), por
cada 100t, determinado pelos ensaios jornada de 8 horas de trabalho
DNER-ME 003 e NBR 6560; (DNER-ME 083).

– 01 ensaio de espuma, para todo


7.2 Controle da produção
carregamento que chegar à obra;

– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” O controle da produção (Execução) do Concreto


(DNER-ME 004), para todo carregamento Asfáltico deve ser exercido através de coleta de
que chegar à obra; amostras, ensaios e determinações feitas de maneira
– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” aleatória de acordo com o Plano de Amostragem
(DNER-ME 004) a diferentes temperaturas, Aleatória (vide item 7.4).
para o estabelecimento da curva
viscosidade x temperatura, para cada 100t. 7.2.1 Controle da usinagem do concreto asfáltico

7.1.2 Agregados a) Controles da quantidade de ligante na


mistura
O controle da qualidade dos agregados consta do
Devem ser efetuadas extrações de asfalto,
seguinte:
de amostras coletadas na pista, logo após
a) Ensaios eventuais a passagem da acabadora (DNER-ME
053).
Somente quando houver dúvidas ou
variações quanto à origem e natureza dos A porcentagem de ligante na mistura deve
materiais. respeitar os limites estabelecidos no projeto
da mistura, devendo-se observar a
– ensaio de desgaste Los Angeles
tolerância máxima de ± 0,3.
(DNER-ME 035);
Deve ser executada uma determinação, no
– ensaio de adesividade (DNER-ME 078
2
mínimo a cada 700m de pista.
e DNER-ME 079). Se o concreto
asfáltico contiver dope também devem b) Controle da graduação da mistura de
ser executados os ensaios de RTFOT agregados
(ASTM D-2872) ou ECA (ASTM-D-
NORMA DNIT 031/2006 –ES 11

Deve ser procedido o ensaio de espalhada e compactada na pista, por meio de brocas
granulometria (DNER-ME 083) da mistura rotativas e comparando-se os valores obtidos com os
dos agregados resultantes das extrações resultados da densidade aparente de projeto da mistura.
citadas na alínea "a". A curva
Devem ser realizadas determinações em locais
granulométrica deve manter-se contínua,
escolhidos, aleatoriamente, durante a jornada de
enquadrando-se dentro das tolerâncias
trabalho, não sendo permitidos GC inferiores a 97% ou
especificadas no projeto da mistura.
superiores a 101%, em relação à massa específica
c) Controle de temperatura aparente do projeto da mistura (conforme item 7.5,
alínea "a").
São efetuadas medidas de temperatura,
durante a jornada de 8 horas de trabalho, 7.3 Verificação do produto
em cada um dos itens abaixo
discriminados: A verificação final da qualidade do revestimento de

– do agregado, no silo quente da usina; Concreto Asfáltico (Produto) deve ser exercida através
das seguintes determinações, executadas de acordo
– do ligante, na usina;
com o Plano de Amostragem Aleatório (vide item 7.4):
– da mistura, no momento da saída do
a) Espessura da camada
misturador.

As temperaturas podem apresentar Deve ser medida por ocasião da extração


variações de ± 5ºC das especificadas no dos corpos-de-prova na pista, ou pelo
projeto da mistura. nivelamento, do eixo e dos bordos; antes e
depois do espalhamento e compactação da
d) Controle das características da mistura mistura. Admite-se a variação de ± 5% em
relação às espessuras de projeto.
Devem ser realizados ensaios Marshall em
três corpos-de-prova de cada mistura por b) Alinhamentos
jornada de oito horas de trabalho (DNER-
ME 043) e também o ensaio de tração por A verificação do eixo e dos bordos deve ser
compressão diametral a 25°C (DNER-ME feita durante os trabalhos de locação e
138), em material coletado após a nivelamento nas diversas seções
passagem da acabadora. Os corpos-de- correspondentes às estacas da locação..
prova devem ser moldados in loco, Os desvios verificados não devem exceder
imediatamente antes do início da ± 5cm.
compactação da massa.
c) Acabamento da superfície
Os valores de estabilidade, e da resistência
Durante a execução deve ser feito em cada
à tração por compressão diametral devem
estaca da locação o controle de
satisfazer ao especificado.
acabamento da superfície do revestimento,
com o auxílio de duas réguas, uma de
7.2.2 Espalhamento e compactação na pista
3,00m e outra de 1,20m, colocadas em
ângulo reto e paralelamente ao eixo da
Devem ser efetuadas medidas de temperatura durante o
estrada, respectivamente. A variação da
espalhamento da massa imediatamente antes de
superfície, entre dois pontos quaisquer de
iniciada a compactação. Estas temperaturas devem ser
contato, não deve exceder a 0,5cm, quando
as indicadas, com uma tolerância de ± 5°C.
verificada com qualquer das réguas.
O controle do grau de compactação - GC da mistura
O acabamento longitudinal da superfície
asfáltica deve ser feito, medindo-se a densidade
deve ser verificado por aparelhos
aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura
NORMA DNIT 031/2006 –ES 12

medidores de irregularidade tipo resposta as Condições Gerais e Específicas desta Norma, e estar
devidamente calibrados (DNER-PRO 164 e de acordo com os seguintes critérios:
DNER-PRO 182) ou outro dispositivo
a) Quando especificada uma faixa de valores
equivalente para esta finalidade. Neste
mínimos e máximos devem ser verificadas
caso o Quociente de Irregularidade - QI
as seguintes condições:
deve apresentar valor inferior ou igual a 35
contagens/km (IRI ≤ 2,7).
X - ks < valor mínimo especificado ou X +
d) Condições de segurança ks > valor máximo de projeto: Não
Conformidade;
O revestimento de concreto asfáltico
acabado deve apresentar Valores de X - ks ≥ valor mínimo especificado
Resistência à Derrapagem - VDR ≥ 45 ou X + ks ≤ valor máximo de projeto:
quando medido com o Pêndulo Britânico Conformidade;
(ASTM-E 303) e Altura de Areia –
1,20mm ≥ HS ≥ 0,60mm (NF P-98-216-7). Sendo:

Os ensaios de controle são realizados em


segmentos escolhidos de maneira X=
∑x i

aleatória, na forma definida pelo Plano da n


Qualidade.

s=
∑ (x i − X )2
7.4 Plano de Amostragem - Controle Tecnológico n −1

Onde:
O número e a freqüência de determinações
correspondentes aos diversos ensaios para o controle xi – valores individuais
tecnológico da produção e do produto são estabelecidos
segundo um Plano de Amostragem aprovado pela X – média da amostra
Fiscalização, de acordo com a seguinte tabela de
controle estatístico de resultados (DNER-PRO 277): s - desvio padrão da amostra.

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL k - coeficiente tabelado em função do


número de determinações.
n 5 6 7 8 9 10 11 12

n - número de determinações.
K 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,19 1,16

∀ 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,13 0,10 b) Quando especificado um valor mínimo a
ser atingido devem ser verificadas as
TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL
(continuação)
seguintes condições:
n 13 14 15 16 17 19 21

Se x - ks < valor mínimo especificado: Não


K 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
Conformidade;
∀ 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras, Se x - ks ≥ valor mínimo especificado:


k = coeficiente multiplicador,
∀ = risco do Executante Conformidade.

7.5 Condições de conformidade e não Os resultados do controle estatístico serão registrados


conformidade em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo
com a norma DNIT 011/2004-PRO a qual estabelece
Todos os ensaios de controle e determinações relativos que sejam tomadas providências para tratamento das
à produção e ao produto, realizados de acordo com o “Não-Conformidades” da Produção e do Produto.
Plano de Amostragem citado em 7.4, deverão cumprir
NORMA DNIT 031/2006 –ES 13

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às mão-de-obra, materiais (exceto cimento


prescrições desta Norma. asfáltico), transporte da mistura da usina à
pista e encargos quando estiverem
Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser
incluídos na composição do preço unitário;
corrigido.

Qualquer serviço só deve ser aceito se as correções b) a quantidade de cimento asfáltico aplicada

executadas colocarem-no em conformidade com o é obtida pela média aritmética dos valores

disposto nesta Norma; caso contrário será rejeitado. medidos na usina, em toneladas;

c) a transporte do cimento asfáltico


8 Critérios de medição
efetivamente aplicado será medido com
base na distância entre a refinaria e o
Os serviços conformes serão medidos de acordo com
canteiro de serviço;
os critérios estabelecidos no Edital de Licitação dos
serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com as d) nenhuma medição será processada se a
seguintes disposições gerais: ela não estiver anexado um relatório de
controle da qualidade contendo os
a) o concreto asfáltico será medido em
resultados dos ensaios e determinações
toneladas de mistura efetivamente aplicada
devidamente interpretados, caracterizando
na pista. Não serão motivos de medição:
a qualidade do serviço executado.

_______________ /índice Geral


NORMA DNIT 031/2006 –ES 14

Índice Geral

Abertura ao tráfego 5.4.7 ..................... 8 Índice geral .............................. 14

Abstract ............................. 1 Inspeção 7............................ 9

Agregado graúdo 5.1.2.1 .................. 4 Instalação 6.3......................... 9

Agregado miúdo 5.1.2.2 .................. 4 Manejo ambiental 6............................ 8

Agregados 5.1.2;6.1;7.1.2 ...... 4;8;10 Material de enchimento (filer) 5.1.2.3................... 4

Aquecimento dos agregados 5.4.3 ................... 7 Materiais 5.1......................... 4

Cimento asfáltico 5.1.1; 6.2; 7.1.1 .. 4; 8; 10 Melhorador de adesividade 5.1.2.4................... 4

Composição da mistura 5.2 ........................ 5 Objetivo 1............................ 2

Condições de conformidade e Operação 6.4......................... 9


não conformidade 7.5 ........................ 12

Pintura de ligação 5.4.1...................... 7


Condições específicas 5 ........................... 4

Plano de amostragem -
Condições gerais 4 ........................... 3 controle tecnológico 7.4......................... 12

Controle da usinagem do Prefácio .............................. 1


concreto asfáltico 7.2.1 ..................... 10

Produção do concreto
Controle da produção 7.2 ........................ 10 asfáltico 5.4.4...................... 7

Controle dos insumos 7.1 ........................ 9 Referências normativas 2............................ 2

Critérios de medição 8 ........................... 13 Resumo .............................. 1

Definição 3 ........................... 3 Sumário .............................. 1

Distribuição e compactação Temperatura do ligante 5.4.2...................... 7


da mistura 5.4.6 ..................... 7

Transporte do concreto
Equipamentos 5.3 ........................ 5 asfáltico 5.4.5...................... 7

Espalhamento e compactação Verificação do produto 7.3......................... 11


na pista 7.2.2 ..................... 11

Execução 5.4 ........................ 7

_______________

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