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SEJA FÉ

Daiana Carol Mittelstaedt


Título original

SEJA FÉ

Primeira publicação em

Quito, Equador.

2021

1
ª
Edição

Todos os direitos da obra

SEJA FÉ

Reservados
à
autora

Copyright do texto
©
Daiana Carol Mittelstaedt, 2021

Arte de capa – Daiana Carol Mittelstaedt

DEDICATÓRIA
E
screver um livro sempre esteve na minha lista de sonhos
a cumprir. Talvez pelo fato de eu ser uma devoradora nata
de livros. Aquela que vê qualquer momento vago (e até não
vago) para estar lendo um livro.

   Pode ser ao acordar, ao ir dormir, no ônibus, no avião, em


casa ou na rua. Acredito que o maior compromisso que eu
costumava assumir na infância era o de vencer os livros que
retirava incessantemente da Biblioteca Pública de Novo
Hamburgo, Rio Grande do Sul (Brasil).

Hoje percebo que, o meu amor pela leitura, foi nascendo


pelo incentivo de meus queridos pais
Egídio Mittelstaedt e
Marculina Sperluk Mittelstaedt
, a quem sou extremamente
grata, pois se estou aqui escrevendo, é devido a essa grande
imersão no mundo dos livros desde a tenra idade. Sinto, de
fato, uma extrema gratidão em meu coração, pois lembro
até hoje de todos os momentos em que eles sentavam-se
comigo no tapete da sala do apartamento, para formar
palavras com recortes de papel, investindo um tempo
impres-sionante em minha alfabetização pré-escolar.

Além da influência dos meus pais, posso dizer que o


responsável por gerar em meu coração a inspiração
necessária para todo o conteúdo desenvolvido neste livro, foi
o meu eterno namorado
Istvan Nikolai Hervas Figueroa
,
quem me apresentou de fato os caminhos e benefícios da fé,
e a importância de ter Deus presente em todos os momentos
da nossa vida, sem exceção.

Gostaria de dedicar esse livro também às mulheres mais


generosas que pude conhecer ao longo dos anos: minha
querida sogra Maria Helena Figueroa, e sua mãe, que é como
uma verdadeira avó para mim: Maria Tereza Ferreira da
Silva.

Deixo registrada aqui a minha imensa gratidão ao meu sogro


Istvan Hervas
, por ter me auxiliado de corpo e alma na
publicação de dois dos meus textos sobre Andinismo, na
revista equatoriana Numbers, o que me impulsionou ainda
mais a seguir pelos caminhos da escrita.

Por fim, agradeço a todas as pessoas, amigos e familiares


que apoiam os meus projetos, me dando força e motivação
para evoluir como humana e ser espiritual.

Deixo registrado, especialmente, o meu carinho às pessoas


que contribuíram para a correção deste livro: Vereador e
Escritor
Felipe Kuhn Braun
, Professora de Língua Portuguesa
Cristiane Isabel Braun
e ao Radialista e Apresentador do
Programa de Bandas e Músicas Alem
ãs (Rádio União FM)
Egídio Mittelstaedt.

E por último, e mais importante, agradeço a Deus, pois se


não fosse por sua glória e poder de salvação, esse livro
jamais existiria.

ÍNDICE
PREFÁCIO

FÉ: POR ONDE TUDO COMEÇA

AS PRINCIPAIS ADVERSIDADES PARA QUEM QUER SER FÉ

1. INGRATIDÃO
2. MEDO

3. EXCESSO DE PASSADO/ FUTURO X ESCASSEZ DE PRESENTE

4. VÍCIOS

5. NEGATIVISMO

6. DESCONTROLE EMOCIONAL

7. EGOCENTRISMO

8. INDIFERENÇA: O OPOSTO DA EMPATIA

9. DESISTÊNCIA X PERDÃO

10. INFLUÊNCIAS EXTERNAS

PERFIS ESPIRITUAIS

COMO SER FÉ – Perfil I

COMO SER FÉ – Perfil II

COMO SER FÉ – Perfil III

COMO SER FÉ – Perfil V

EPÍLOGO

BIBLIOGRAFIA

PREFÁCIO
FÉ: POR ONDE TUDO COMEÇA
F
é: uma palavra de tamanho desproporcional à
essencialidade que possui em nossas vidas.

Há quem pense que não a possui, e até critica quem


fundamenta a sua vida em base a ela, afirmando que vai ao
sentido contrário da ciência e da razão.

Atrevo-me a dizer que eu mesma era uma dessas pessoas.


Mas, atualmente, tenho a convicção de que a fé e a ciência
andam lado a lado, complementando-se o tempo todo.
Assim, como estudante de Odontologia na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), observo de perto a
grande importância da ciência nas pesquisas, no
atendimento clínico e nos procedimentos cirúrgicos,
mas
observo também que: tudo começa pela fé.

E qual o propósito por trás de uma futura dentista, de 23


anos, em abordar a temática da fé em seu primeiro livro?
Não deveria estar eu me dedicando a escrever artigos
científicos relacionados à Odontologia e seus afins? Talvez
um livro sobre a Cárie Infantil?

A resposta para essa pergunta é bastante simples. Como


jovem da geração Z, a geração conhecida por ser
extremamente ansiosa, tenho percebido, ao meu redor, e
mais importante ainda:
tenho sentido
, como somos
suscetíveis a sofrer influência de energias e opiniões
externas, principalmente as negativas.

É incrível como somos tão frágeis emocionalmente, que uma


simples frase mal intencionada vinda de outra pessoa pode
acabar com o nosso dia: que atire a primeira pedra quem
nunca aqui sentiu seu dia amargar após um comentário
indesejado. Imagine, então, o efeito catastrófico de
sentimentos em relação a um fracasso pessoal ou a uma
perda.

Entretanto, o que mais tem chamado a minha atenção, é o


fato de que dificilmente as pessoas conseguem solucionar
esse desequilíbrio emocional (que é o único motivo real pelo
qual sofremos), permitindo-se viver com ele como se fossem
reféns a isso.

Além do sofrimento, esse descontrole sobre nós mesmos é o


principal motivo dos famosos “insucessos”, tomando como
exemplos, a impossibilidade de emagrecer, a desistência dos
estudos, a falta de estabilidade familiar e o abandono de
tudo aquilo que nos exige, pelo menos um pouco, de
motivação e esforço.

Esse desleixe na área emocional ocorre principalmente pela


falta de tempo
(o tempo investido em outras atividades é
maior que o tempo investido em nossas emoções), e
também pelo desconhecimento acerca da relevância da área
espiritual em nossas vidas; ou seja: da
falta de Deus
.

Em relação ao primeiro ponto, não é novidade para ninguém


que cada vez o tempo passa mais depressa, e se ontem
estávamos admirando os fogos de artifício enquanto
comemorávamos o Ano-Novo, hoje já estamos tratando de
escolher qual será a receita da Ceia de Natal.

O estilo de vida atual nos demanda muito tempo, pois temos


praticamente duas vidas para cuidar: a real e a virtual.
Dentro da vida real, estamos constantemente envolvidos em
nossos estudos ou trabalho (quando não, nos dois),
envolvidos em manter o nosso lar organizado, em suprir
necessidades familiares, e assim por diante.

No âmbito da vida virtual, devemos ter tempo para postar


todas as fotos recentes no Instagram (feed e stories),
responder todas as pessoas no WhatsApp, e ainda ter tempo
para checar todos os e-mails. E a coisa complica ainda mais
quando nos dedicamos a estar em dia com as publicações
alheias, estando a par de tudo o que acontece com as
pessoas que nos rodeiam (sejam elas próximas ou, até
mesmo, distantes de nós).

Parece até impossível ter horas suficientes no dia para


realizar todas essas atividades, não é? Imagine, então, para
incluir os cuidados à área espiritual e emocional. Mas o que a
maioria das pessoas não sabe é que, justamente essas duas
áreas, são as que podem organizar e controlar todas as
outras, otimizando as 24h do dia que possuímos, fazendo-se,
então, fundamentais na vida de quem almeja prosperar.

A falta de
tempo
administração correta do tempo é uma das
principais desculpas e pretextos para aqueles que estão
submersos em seus problemas e não conseguem abrir os
olhos para novos horizontes, esperando que a solução
apareça repentinamente.

Se você compartilha desse problema, mantenha a calma,


que esse livro não caiu do céu, mas as palavras aqui
descritas vieram diretamente de lá, pois Deus me enviou
como mediadora para a sua salvação, e após terminar essa
leitura, garanto a você que o tempo lhe favorecerá: você o
dominará, e não o contrário.

Sabe aquele ingrediente essencial que faz toda a diferença


em uma receita culinária, como o fermento biológico no
crescimento do pão? Assim é a fé no nosso triunfo. Se até
agora você estava se perguntando: “Mas, como administrar
o tempo a ponto de direcioná-lo a todas as áreas da vida,
incluindo a área emocional e espiritual? Como isso seria
possível?”, a resposta para a sua pergunta é o ingrediente
secreto que faz com que tudo seja possível:
A FÉ.

Existe uma carência muito grande em relação à área


espiritual, que tem influência direta em nosso emocional. O
fato é que não existe ser humano que nunca tenha escutado
falar de Jesus Cristo, de Deus, da Igreja ou da fé.

Como citado anteriormente, a falta de conhecimento aqui


não é em relação a esses termos, e sim, quanto a sua
relevância e seus benefícios.

Partindo-se desse pressuposto, minha intenção aqui é


demonstrar como a fé (assim como o fermento para um pão
fofinho), é o único ingrediente capaz de fazer crescer
consideravelmente a nossa qualidade de vida e o nosso
potencial de sucesso, tornando-nos fortes e inteligentes
emocionalmente, de forma a não permitirmos que
acontecimentos externos abalem o nosso interior sem a
nossa permissão. 

Caso até agora você ainda não tenha sentido esse


descontrole emocional ou o percebido nos seus
amigos/familiares mais próximos (o que é quase impossível),
basta fazer uma rápida pesquisa para dar-se conta de que
essa geração, apesar de ser bastante promissora em termos
profissionais, com fortes características de proatividade,
inovadoras e empreendedoras, também destaca-se por ser a
geração de jovens mais atingidos pelo mal da depressão.

Não é por acaso que, em 2014, foi criada a campanha


Setembro Amarelo, pela Associação Brasileira de Psiquiatria
(ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina
(CFM), com o objetivo de dar ênfase às crescentes taxas
desse transtorno mental, que segundo o estudo realizado
pela Instituição de Saúde Pública do Reino Unido, Royal
Society for Public Health, em parceria com o Movimento de
Saúde Jovem, aumentaram 70% nos últimos 25 anos, nos
jovens entre 14 e 24 anos de idade.

Além disso, não poderia ser mera coincidência que, em


2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha
oficializado a Síndrome de Burnout (ou Síndrome do
Esgotamento Profissional) como uma síndrome crônica, e
descrita como resultante de situações de trabalho
desgastante, que demandam muita competitividade ou
responsabilidade.

E vejam só: entre as recomendações do próprio Ministério da


Saúde para prevenir o Burnout, está a de evitar a
proximidade com pessoas negativas (que reclamam do
trabalho e de outros indivíduos) e a de manter equilibrada a
relação entre
trabalho, lazer, família, vida social e atividades
físicas.

A essa altura, você, leitor(a), deve estar imaginando que a


presente obra tratará sobre a depressão, ou o esgotamento
profissional, e pode até estar sentindo-se perdido no meio de
tantos dados.

Pode estar pensando que o conteúdo deste livro será triste,


ou no mínimo pessimista. Mas, apesar de ter iniciado o livro
trazendo à tona alguns dos problemas que afetam a geração
a qual pertenço, quero deixar bem claro que engana-se
quem teve essa primeira impressão, pois o verdadeiro
propósito pelo qual estou escrevendo não é o de apresentar
o panorama atual acerca da depressão e do esgotamento
emocional (inclusive acredito que já tenha bastante
literatura tratando desses temas).

Portanto, se esse não é o foco, qual o verdadeiro sentido por


trás da criação deste livro?
Bem, o objetivo aqui é trazer
luz em meio à escuridão; é trazer cor ao preto e
branco; ou, simplesmente: trazer solução e fé para a
vida de todos os leitores que por aqui passarem.

A ideia principal dessa obra é semear ideais e virtudes da fé,


que possam florescer no coração daqueles que, por meio das
minhas palavras, tenham a oportunidade de colorir a sua
vida.

Melhor dizendo, o objetivo mais profundo que deu


vida a essa obra, é poder servir como um canal a
quem ainda não teve a oportunidade de conhecer
verdadeiramente os benefícios da fé e da Palavra
Divina.
 

O mais intrigante aqui, talvez, esteja no fato de que há


apenas cinco anos, eu teria sido a leitora-alvo perfeita, que
gostaria de ter tido um guia espiritual para melhorar a minha
qualidade de vida.

Não pensem que, por estar escrevendo sobre a fé, eu seja


perita no assunto, sem descontroles emocionais, e
frequentadora da primeira fila da igreja desde a tenra idade.

Muito pelo contrário: apesar de ter sido incentivada pelos


meus pais desde criança a construir o hábito de orar, a
frequentar o
s cultos na Igreja,
e até mesmo a realizar a
Doutrina, sinto que foi apenas aos 18 anos quando eu
realmente tive o meu primeiro contato com a vida espiritual.
É como se nesse tempo todo, apesar de estar imersa em
uma vida “cristã”, eu estivesse apenas presente de corpo,
mas com a alma latente, apenas observando e participando,
mas não sentindo.

E é justamente por ter visto a minha vida triunfar tudo o que


não triunfou antes, em tão pouco tempo, que decidi, por
meio deste livro, compartilhar a minha experiência edificante
no caminho da fé. E quero deixar bem claro aqui que esse
“triunfar” não necessariamente está relacionado a coisas
boas, pois muito além delas, sob a minha perspectiva, o
sentido desse “triunfar” tem sido aprender a ver, inclusive,
os acontecimentos maus da vida como uma parte positiva
do plano de Deus.

Não só acredito, como tenho certeza, de que eu não seja a


única jovem que já vivenciou essa situação de ir à igreja
apenas para satisfazer as vontades da família, muitas vezes
sem nem compreender a verdadeira razão de estar ali.

Até hoje questiono-me se esse desinteresse na área


espiritual ocorre por falta de maturidade da criança/jovem,
ou por não serem guiados corretamente a entender o
verdadeiro significado da fé, que desperte neles um genuíno
interesse por dedicar tempo a ela.

Inclu
sive tenho algumas lembranças do colégio, onde todas
as manhãs, no primeiro horário, a professora realizava uma
meditação com os alunos em cima da Palavra Divina, porém,
acredito que não explicava-nos a essência dessa atividade, e
então os ensinamentos perdiam-se no ar.

Entretanto, indiferentemente do motivo dessa defasagem


espiritual que ocorre na infância e na adolescência, um dos
meus maiores sonhos seria observar, futuramente, uma
mudança neste cenário atual, onde a área espiritual fosse
relevante e cultivada desde o mais cedo possível, tornando-
se um dos pilares da Educação, e não apenas abordada de
forma complementar, como podemos encontrar hoje em
diversas instituições de ensino.

Com certeza, assim, haveria redução nas taxas de violência,


negatividade e depressão, e inversamente proporcional a
isso, um aumento no número de pessoas com inteligência
emocional, ou seja: positivas, felizes, produtivas e,
principalmente: preenchidas pelo amor de Cristo em seus
corações.

Se antes da Pandemia, que teve início no fim de 2019, ter a


área espiritual bem desenvolvida já era raridade, com o
advento da covid-19 e do isolamento social, ela mostrou-se
ainda mais escassa.

Em meados de maio de 2020, passados apenas dois meses


do início da quarentena no Bra
sil
, realizei uma pesquisa
virtual, com perguntas relacionadas a fé, espiritualidade e
sentimentos. Talvez não seja surpresa para ninguém, mas
das 120 pessoas entrevistadas, 54,2 % consideraram a
ansiedade
como o sentimento mais prevalente durante o
período de isolamento social. Isso nos traz à tona novamente
a falta de preocupação em relação ao desenvolvimento da
área espiritual.

Além desses dados, essa pesquisa permitiu-me observar


que, mesmo naquelas pessoas cujas respostas
demonstraram um déficit na área espiritual, houve a
revelação de um acreditar, mesmo que superficial,
escondido ou camuflado, em meio aos seus sentimentos.

A partir disso, pude concluir que:


a fé, sim, está presente
na vida de todas as pessoas
(até mesmo daquelas que
ainda não perceberam ou
simplesmente não a nomeiam
como fé
) e é uma ferramenta muito útil, que pode ser
utilizada como solução para absolutamente
tudo
(não só em
momentos extremos, como muitas vezes ouvimos falar, mas
também em nosso cotidiano, de uma forma muito simples).

Porém, é necessário que as pessoas conheçam a si mesmas,


para identificar em que nível de fé se encontram, e assim,
entender como poderiam evoluir espiritualmente.

Se você leitor(a), tem se identificado como essa pessoa que


desconhece a verdadeira face de uma área espiritual bem
desenvolvida, convido-lhe a acompanhar-me até o
capítulo
II
, onde traçarei os
Perfis Espirituais
, construídos a partir
de perfis reais, que trazem especificamente a personalidade
de fé que cada um carrega junto a si, para que você
defina
qual é o seu perfil
, e assim, possa receber as
dicas
ideais
para uma evolução espiritual repleta de
benefícios
,
que relacionam-se à qualidade de todas as outras áreas,
principalmente a emocional (
Capítulo III
).

Mas, antes lhe convido a acompanhar-me ao


capítulo I,
onde abordarei os
empecilhos mais comuns
que
costumam nos afastar do caminho da fé. Esse capítulo
servirá como
reflexão
para a posterior seleção do Perfil
Espiritual.

Por fim, você deve estar perguntando-se qual credibilidade


tenho eu para lidar com esse assunto que tanto se afasta da
minha área de atuação, afinal de contas estudo Odontologia
e não Psicologia ou Teologia, e principalmente, pode estar
duvidando da parte em que ofereço solução plena a todos os
possíveis problemas, talvez pensando que este seja um livro
genérico de autoajuda como todos os outros que você já leu
e nunca obteve resultados.

Entretanto, diferente de um livro comum de autoajuda, o


toque especial e que promete trazer verdadeiros resultados
a todos aqueles que dedicarem seu tempo e atenção a ele, é
o fato de que não se trata apenas da parte psicológica, e
sim, da
união entre ela e a parte espiritual.

Assim, respondendo à pergunta anterior,


se tenho algum
crédito para estar aqui escrevendo sobre a fé, é
simplesmente porque Deus preencheu meu coração
com esse propósito,
e me forneceu experiências que hoje
me inspiram e me permitem compartilhar essa bênção com
o máximo de pessoas possíveis.

Atenção:
esse livro é
baseado
composto por fatos reais (do
início ao fim).

A fé só é fictícia para quem não acredita com o coração.


“As pessoas querem saber o segredo do meu sorriso, da
minha força, da minha fé... E querem saber de onde eu
tiro as palavras, de onde eu tiro tanto amor, onde que
achei a receita para aceitar os problemas com felicidade.
Então eu respondo: Em Deus!” – Padre Fábio de Melo.

“C
omo você definiria a fé?”
Essa pergunta fez parte da minha pesquisa
“Questionário
de apoio pessoal durante a Pandemia”,
onde observei
uma grande variedade de respostas.

Era de se esperar que apesar dessa diversidade, todas as


respostas seguissem um padrão:
relacionar a fé a algum
benefício.

Além disso, a palavra mais repetida dentre as definições foi


“Acreditar”
. Ao ler isso você deve estar pensando que,
pelas respostas, todas as pessoas entrevistadas eram
cristãs, ou pessoas com muita fé. Entretanto, na maioria dos
casos, as outras respostas anulavam essa conclusão, já que
demonstravam um grande vazio na área espiritual.

Ter fé, não é apenas afirmar que crê em Deus, fazer orações,
ou simplesmente ir à igreja todos os domingos. Bem como,
ter fé, não é uma ação que ativamos em nós apenas em
momentos especiais, urgentes, e específicos, senão, uma
ação que
deve estar presente em tudo o que fazemos,
de forma constante.
Assim como uma pessoa segue um padrão alimentar ou uma
rotina de exercícios físicos, deve seguir um
padrão de fé.
Ou seja,
a fé é um hábito
, que desenvolve-se aos poucos,
até criar uma estrutura inabalável, que nos acompanha em
cada momento e situação de nossa vida. Em poucas
palavras:
a fé é um estilo de vida.

Como dito anteriormente, o exercício da fé não passa de um


hábito como qualquer outro, contudo,
é o hábito que mais
benefício traz à vida das pessoas
, e o que
menos
recebe atenção
. E por que isso acontece? Por que a área
espiritual acaba ficando para depois na maioria dos casos?

Por que dedicamos mais tempo a outras áreas da vida, como


a profissional ou a conjugal, e essa cai no esquecimento? É
nessa hora que eu entro em cena, com base nas minhas
próprias experiências, para dizer que, o principal motivo, é a
falta de conhecimento acerca dos inúmeros benefícios
da fé.

Pare por um momento e pense comigo: não é comum que


em todos os problemas,
a solução final sempre acaba
sendo a fé, ou a ajuda de Deus?

Entre diversos exemplos, posso citar o de um alcóolatra:


Inicialmente, é internado, sofre desintoxicação química,
recebe o acompanhamento de um psicólogo, e por fim, em
muitos casos, vê-se com a bíblia em mãos pedindo ajuda por
meio de orações para sair dessa situação, como se a última
chance de cura estivesse em Deus, já que, supostamente,
seria a maior, a que soluciona até o impossível.
Agora, se quiser identificar esse fato em você mesmo, é só
lembrar de alguma situação de desespero em que você
clamou a Deus para lhe salvar. Essa situação é
extremamente comum, e dificilmente existe alguém que já
não tenha passado por isso.

Dessa forma, fica a pergunta: Se a fé sempre acaba sendo a


solução final, após darmos giros em torno de outras
possíveis soluções,
por que não iniciar por ela?

Por que em vez de perdermos tempo buscando solução em


outros locais, não encurtamos o caminho e recorremos
diretamente a essa fonte de salvação?

Acompanhe no gráfico a seguir, um dos questionamentos


realizados em minha pesquisa:

A partir desse gráfico, podemos ver que a maioria das


pessoas busca a solução para os problemas em seus
familiares ou amigos. Você sabe por que isso acontece? A
resposta é muito simples e está descrita em apenas uma
palavra:
hábito.

Em seu livro
O Poder do Hábito
, o escritor
Charles Duhigg
explica detalhadamente como funciona o Loop do Hábito,
que basicamente, envolve uma
deixa
(estímulo que indica
ao cérebro qual hábito deve ser usado), a
rotina
(forma
como executamos a deixa para não nos sentirmos
decepcionados) e a
recompensa
(ajuda o cérebro a saber
se vale a pena memorizar esse loop para o futuro).

  

Para você entender melhor como funciona a formação de um


hábito, preste atenção no seguinte exemplo que Duhigg traz
em seu livro:

Fonte: O Poder do Hábito – Charles Duhigg

Como podemos ver, o hábito tratado aqui é o de escovar os


dentes, que se popularizou por volta de 1900, quando
Claude C. Hopkins criou a campanha publicitária para a
pasta de dentes chamada Pepsodent. Hopkins descobriu
uma
deixa (gatilho)
, que nesse caso era o biofilme
dentário, levando às pessoas a rotina de escovar os seus
dentes com o dentifrício em busca de um sorriso mais
bonito, que seria a recompensa.

Assim como esse hábito, existem muitos outros que estão


enraizados em nosso cotidiano e muitas vezes nem
percebemos, podendo inclusive estar prejudicando a nossa
qualidade de vida.

Agora que você compreendeu como funciona o Loop do


Hábito, vamos encaixar nele o exemplo que eu comentava
anteriormente, sobre a busca por solução dos problemas em
familiares ou amigos.

Observe o esquema a seguir:


Como você pode ver:

DEIXA
= Problema

ROTINA
= Procurar ajuda nos conselhos das pessoas
nas quais confiamos

RECOMPENSA
: Sensação de resolução, conforto ou
alívio.
O que acontece é que, desde que nascemos, o hábito de
pedir socorro a outras pessoas, no caso aos nossos
cuidadores, torna-se parte de nosso subconsciente e
dificilmente perdemos esse hábito ao longo da vida, mesmo
quando supostamente já construímos a capacidade de
buscar soluções em locais mais eficientes, que exigem a
utilização de nossa consciência.

Os cientistas em geral afirmam que o cérebro está sempre


querendo poupar esforços, por isso tenta transformar
qualquer rotina em um hábito. Isso é de fato uma vantagem
no que diz respeito a possibilidade de dedicar nossa energia
mental a comportamentos mais estruturados ou elaborados,
e não a direcionar a comportamentos básicos, como escolher
o alimento que vamos comer no café da manhã. 

Entretanto, o problema está no fato de que


o cérebro não
possui capacidade para distinguir um hábito
prejudicial de um bom
, e dessa forma,
basta um gatilho
e uma recompensa certa para que os hábitos ruins
continuem perpetuando-se.

Contudo, não desanime: ninguém está condenado a viver


para sempre com seus hábitos destrutivos. Segundo Charles
Duhigg, eles não são inevitáveis, podendo ser ignorados,
alterados ou substituídos.

Assim, se você se identifica como essa pessoa que, por


questão de hábito, sempre corre em direção
às
outras
pessoas em busca de ajuda, saiba que é possível
transformar esse hábito em um outro mais construtivo
espiritualmente, onde você terá como
primeira opção a
palavra de Jesus Cristo.

Uma das principais dicas para realizar a mudança de um


hábito, é substituir a rotina atual por outra mais benéfica, a
fim de obter a mesma recompensa que era obtida a partir do
antigo hábito.

Ou seja, se quando surge um problema, a primeira atitude


que você toma é compartilhar sua angústia com um
familiar/amigo, procure aos poucos substituir essa ação pela
busca à palavra divina. Isso pode ser feito a partir de
orações, em forma de diálogo com Deus, mas também a
partir das escrituras sagradas, ou seja, da leitura da Bíblia.

O recado que eu quis passar para você até agora, querido(a)


leitor(a), é que, se temos hábitos que já não funcionam para
nós, ou até mesmo nos prejudicam em alguma área da vida,
eles podem (e devem) ser modificados:
Basta um pouco
de fé e perseverança
.

Lembrando que em momento algum desvalorizo a ajuda que


nossos familiares, amigos ou psicólogos podem nos ofertar,
já que as relações humanas também são essenciais na
qualidade de vida.

Entretanto, como o intuito deste livro é gerar uma evolução


na vida espiritual, precisamos aprender a otimizá-la, e isso
meu amigo(a), tem tudo a ver com a fonte primária de onde
buscamos sabedoria para resolver nossos conflitos. 

Quando nos inscrevemos em uma academia, os primeiros


exercícios que recebemos não são os mais leves possíveis e
só aumentam de intensidade conforme evoluímos a nossa
performance? Da mesma forma, essa evolução ocorre na
área espiritual.

A fé começa a fazer parte de nossas vidas por meio de


pequenas ações diárias, e com tempo e dedicação, vai
criando raízes profundas, que nem mesmo uma tempestade
é capaz de derrubar. Lembre-se sempre:
Raízes fortes,
árvores fortes.

Antes de ter Deus na minha vida, e a fé propriamente dita,


as coisas pareciam não funcionar e muitas vezes me
encontrava submersa em um mar de negativismo.

Quanto mais negativa me portava, afirmando que as coisas


dariam erradas, mais erradas davam. Entretanto, após
estudar sobre os benefícios do pensar positivo, minha vida
começou a andar.

Costumo dividir a minha vida em duas etapas, com a



sendo o divisor de águas.

Antes de alimentar pensamentos positivos de forma sincera


dentro de mim, eu podia ser considerada uma pessoa
temerosa, desistente e deprimida. Assim, relacionamentos
amorosos não funcionavam, não atingia objetivos básicos,
como aprovar na carteira de motorista ou alcançar a nota
desejada no vestibular.

Inclusive, lembro até hoje de uma situação em que, na


primeira tentativa de ser aprovada no exame da autoescola,
por ter me atrasado e perdido a última aula antes da prova,
fui realizar o teste afirmando que não passaria, e de fato não
fui aprovada. O que mais me chama atenção foi que logo
após sair do estabelecimento, convenci a mim mesma de
que na próxima tentativa o negativismo não teria espaço em
meus pensamentos, e adivinhem só? Aprovada!

Após perceber o quanto a fé dava um sentido positivo a


tudo, resolvi confiar nela, e passei a ver grandes conquistas
permearem a minha vida. E de pequenas conquistas, passei
a tornar realidade grandes sonhos. 

Dessa forma, queridos leitores, o meu objetivo com esse


livro é mostrar os benefícios da fé e como ela pode ser usada
nas mais diversas situações, de forma a nos proporcionar
uma vida com maior qualidade, positivismo e alegria. Se
você é uma daquelas pessoas que se conforma com a sua
situação atual,
saiba que a partir de agora você tem
uma nova opção: permitir que a fé transforme a sua
vida.

Se a fé está ao alcance de todos, por que a felicidade


não estaria?

I.I AS PRINCIPAIS ADVERSIDADES


PARA QUEM QUER SER FÉ

“A
pós ter visto o ano de 2020 completamente diferente do
que você havia planejado em decorrência da covid-19, para
o ano de 2021:

Você começará o ano com fé de que terá muito sucesso

Você já não colocará tantas expectativas

Você prefere não pensar no assunto”

Esse constitui um dos questionamentos realizados em minha


pesquisa, e a resposta com o maior número de escolhas foi a
primeira opção, o que me surpreendeu, visto que a maioria
das pessoas nessa pesquisa relatou estar dominada por um
sentimento de ansiedade, despertado em si em
consequência da pandemia.

A explicação para isso está no fato de que existem vários


perfis espirituais, uns mais fortalecidos que outros, alguns
com certas áreas mais desenvolvidas que outras, e assim
por diante.

A fé é um hábito que varia muito nas pessoas, e essa


variação existe pela significância que ela possui na vida de
cada uma delas.

Mas uma coisa é certa:


existe um caminho que nos leva
a alcançar a plenitude de uma vida espiritual,
que
reflete nas qualidades de cada perfil reunidas em apenas
um. Para alcançar esse nível da fé seria preciso superar
todas as dificuldades enfrentadas nesse caminho.

Saiba, desde já, que isso é totalmente possível, apesar de


parecer utopia, mas demanda tempo e dedicação de uma
vida inteira. A fé é um bem tão valioso que deve ser
proporcional ao ar que respiramos.
O tanto que você
respira, é o tanto que deve ter fé.

Lembra daquele
amigo imaginário
que você tinha na
infância? Aquele para quem contava todos os seus segredos
e dilemas? Aquele que você sempre levava junto em todas
as suas atividades e brincadeiras, principalmente quando
estava sozinho e precisava de companhia? Algumas
crianças, principalmente filhos únicos como eu, até o
transformavam em um desenho, tornando a imaginação um
pouco mais visível. Bom, tenho que contar a você que esse
amigo imaginário
também existe na vida adulta, e chama-
se
Jesus Cristo.

E a que ponto quero eu chegar com isso? O que Jesus Cristo


tem a ver com um mero amigo imaginário? Pode parecer
loucura, mas é mais real do que você imagina.

É a partir dessa analogia que abordarei a primeira


adversidade que pode estar dificultando o seu triunfo na
área espiritual.

1. INGRATIDÃO
“Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar”
– Zygmunt Bauman.

P
ara iniciar esse tópico, quero que você pare por menos de
um minuto e mentalize três coisas pelas quais você se sente
grato.

Agora, pergunte a você mesmo há quanto tempo não


praticava essa reflexão.

Como seres mundanos, e principalmente por estarmos


imersos nesta modernidade líquida, nossos sentimentos são
fugazes e seguem um ritmo intenso, imparável. É só olhar
para si mesmo para perceber como mudamos de humor tão
repentinamente.

E assim ocorre com a gratidão.

Entretanto, é um grande erro aceitar a gratidão como parte


desses sentimentos líquidos, em que num momento somos
gratos e minutos depois nem nos lembramos do motivo pelo
qual nos sentíamos assim, deixando a gratidão cair no
esquecimento.

Pergunte-se a você mesmo, enquanto permite a sua mente


viajar no tempo, se você ainda é grato por ter passado no
vestibular, por ter conseguido um posto melhor no trabalho,
por ter feito novas amizades ou por ter conhecido a Jesus. O
mais triste, é que no momento do feito, a gratidão pode até
invadir os nossos corações, mas...o quanto ela é efêmera em
nossas vidas?

Não se confunda: existe muita diferença entre a


palavra
“obrigado” e o
sentimento
“gratidão”, assim como existe
diferença no ato de
falar
e no de
sentir.

Assim como a fé, a gratidão é um hábito que precisa de


muita prática para tornar-se parte do nosso ser, para não
voar com o vento e perder-se junto a vagas memórias.

​ Infelizmente, é muito mais fácil sermos ingratos que o


contrário.

Na maioria das vezes, quando ocorre algo bom na nossa


vida, o máximo que fazemos é nos sentirmos felizes naquele
momento, agradecer alguém no presente, e depois nem
voltar a pensar no assunto (isso quando não esquecemos de
nos sentirmos gratos, pois as vezes acabamos vendo algo
como óbvio, ou “nada mais que obrigação” por parte das
outras pessoas).

Por outro lado, quando algo nos decepciona, o nosso rancor


(seja por Deus, pela família ou até mesmo por um
desconhecido) costuma nos acompanhar por muito mais
tempo.

​ Partindo do pressuposto que a gratidão e a ingratidão


constituem hábitos, e sabendo que hábitos são mutáveis e
reversíveis, a boa notícia aqui é que a ingratidão (
hábito
humano
), pode ser substituída pela gratidão (
hábito
divino
), edificando ainda mais a nossa vida espiritual.
Assim como outras, a gratidão é uma grande virtude, que
necessita tempo e prática diária para fornecer os seus
efeitos benéficos.

Mas afinal, como a ingratidão trabalha como um


empecilho em nossa área espiritual?

Primeiramente, a ingratidão
nos faz deixar de valorizar
as pequenas coisas.
Por consequência disso,
nos
tornamos pessoas ambiciosas de uma forma egoísta,
pois sentimos que apenas feitos maiores e consideráveis
“merecem” a nossa gratidão. E isso
nos torna pessoas
deprimidas e infelizes
. É como se precisássemos de
muito para sermos felizes, e o pouco vai deixando de nos
satisfazer.

Sem contar que, pela nossa ingratidão, certamente


amargamos a vida de outras pessoas
, que por nossa
insensatez sentem-se desvalorizadas ou até mesmo
humilhadas.

E por fim, como canta Ivo Mozart em sua música “Anjos de


plantão”: “Agradecer também faz parte da oração.”. Ah, se
todas as pessoas agradecessem pelos seus problemas e
fracassos,
a palavra inconformismo deixaria de existir
em nosso vocabulário
.

Mas, como assim agradecer por coisas ruins? Isso mesmo!


Agradecer pelas tragédias significa confiar em Deus.
Significa confiar no caminho que Deus tem reservado para
nós.

Quando resolvemos fechar os olhos antes de atravessar a


rua e deixar que Deus guie os nossos passos até o outro lado
da calçada, é muito mais fácil ver uma face positiva em
tudo.

Ou seja, se com a ingratidão ficávamos horas, dias ou meses


questionando-nos a nós mesmos ou a Deus o porquê das
coisas, quando praticamos a gratidão, passamos a entender
que todas as coisas ruins acontecem por um motivo, e que
sempre preparam o nosso interior para receber algo positivo,
que pode estar num futuro não muito distante.

As duas palavras chaves aqui são:


paciência e fé
.
Nunca
esqueça: A ingratidão leva ao inconformismo.

“Olho por olho, dente por dente!”. “Ingratidão por


ingratidão”.

Se o filho de Deus eliminou essa lei no Novo Testamento, ou


seja: com misericórdia e amor eliminou o ato da vingança a
partir da vida cristã, quem somos nós para discordar?

De fato, a vingança apenas nos traz infelicidade. E com a


ingratidão é exatamente assim.

A ingratidão de outra pessoa não deve gerar o mesmo em


nosso coração. Assim como outros hábitos prejudiciais, não
podemos permitir que a falta de gratidão de alguém nos
influencie a sentirmo-nos ingratos.

É extremamente comum o fato de que, quando não há em


nossa essência o hábito da gratidão, ao sermos alvos de
ingratidão, isso nos desmotive e nos abale emocionalmente,
podendo nos levar ao grande equívoco de querer vingarmo-
nos, devolvendo o sentimento ingrato na mesma moeda.

Entretanto, lembre-se que isso significa


descer degraus no
caminho espiritual.
Ou seja:
se
a ingratidão nos torna
pessoas vingativas
,
cubra-se de gratidão
antes que
seja tarde.

“Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer;


se tiver sede, dá-lhe água para beber.” – Provérbios
25:21.

“Dê a face ao que o fere, farte-se da afronta.” –


Lamentações 3:30.

Um amigo imaginário chamado: Jesus Cristo

Como o maior foco deste livro é o aprimoramento da área


espiritual, resolvi deixar por último a parte que considero a
mais importante. Anteriormente foi mencionada a ideia de
que o amigo imaginário da vida adulta é Jesus.

Você deve estar se perguntando: “Mas o que isso tem a ver


com a gratidão?”

Saiba, meu amigo leitor(a), que tem tudo a ver!

E tem mais: eu diria inclusive que, ao meu ver, a gratidão


nada mais é, do que um diálogo com Cristo. E muito
diferente de uma simples oração em que clamamos por
ajuda, quando praticamos o hábito da gratidão voltado a
Deus, é o momento em que mais nos aproximamos de sua
graça.

É aquele momento em que nos sentimos abençoados, e


extremamente realizados com a nossa existência. E,
justamente por meio desses diálogos, passamos a perceber
e valorizar muitas coisas que poderiam cair no
esquecimento.

Ao dar o papel a Jesus de nosso amigo imaginário,


garantimos companhia para todos os momentos, sem
exceção.
Com esse amigo, jamais nos sentiremos sós. 

Assim, para finalizar este primeiro tópico, quero dizer que,


entre todas as consequências da
ingratidão
em nosso
desenvolvimento espiritual,
a principal adversidade
trazida por ela é a falta de proximidade com Deus, ou
seja: a superficialidade em nossa espiritualidade
.

Uma relação profunda com Jesus se dá por meio da gratidão


(começando pela gratidão à vida, que nos foi presenteada no
momento em que Deus ofereceu seu Filho em sacrifício) e
enquanto não adquirirmos essa virtude, nossa estrutura
espiritual não estará no auge que somos capazes de
alcançar.

2. MEDO
“[...] Por que temeis, homens de pouca fé?” – Mateus
11:26.

S
egundo a Terceira Lei de Newton, dois corpos não ocupam
o mesmo espaço, e assim funciona com o medo e a fé. Ou
você sente um, ou outro.

“No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor


expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele
que tem medo não está aperfeiçoado no amor.” – 1 João
4:18.

Com tantas aulas de Fisiologia na faculdade, jamais poderia


discordar do fato de que o medo se trata de uma
característica biológica.

Ou seja: quando nos deparamos com situações de perigo,


nosso sistema nervoso simpático é estimulado, ativando a
liberação de hormônios como a adrenalina, que pode
inclusive aumentar nossa frequência cardíaca e respiratória,
o que é muito importante para nos deixar em estado de
alerta em casos de luta ou fuga.

Essa característica fisiológica é extremamente importante


para a nossa adaptação ao meio, muitas vezes servindo para
que possamos nos preparar melhor para certas situações.

Entretanto, o medo apenas nos é positivo até o ponto em


que serve como um alerta, um sinal vermelho para
tomarmos uma atitude que virá a nos beneficiar, e não o
contrário.

Nesse caso, o responsável, fisiologicamente, por nos


devolver a paz anterior à sensação de estresse, é o sistema
autônomo parassimpático, que trabalha na redução de
adrenalina, da pressão arterial, dos batimentos cardíacos,
etc.

O que gostaria que você percebesse agora é o seguinte: Sim,


o medo não é inevitável ao ser humano, porém, também não
é imparável. Ou seja: É possível freá-lo desde que começa a
manifestar-se, antes mesmo que tenha chance de causar
reações maiores ao nosso ser do que servir de alerta. E a
ferramenta que lhe trago aqui é mais simples do que você
imagina: a
fé.

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo,


pela oração e súplicas, e com ação de graças,
apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que
excede todo o entendimento, guardará o coração e a
mente de vocês em Cristo Jesus.” – Filipenses 4:6-7.

Certamente já deve ter ficado visível a você, leitor, que, se o


medo e a fé são vias contrárias, ele nada mais é, do que um
dos maiores obstáculos para a performance de nossa vida
espiritual.

Ter um crescimento exponencial em nosso espírito, significa


tirar o foco do medo e colocar em Deus. Significa substituir o
hábito de sentir-se amedrontado pelos problemas e
situações, e passar a sentir-se confiante e protegido por
Jesus Cristo.

Mas afinal, por que o medo nos afasta tanto do caminho da


fé? Como o medo nos impede de evoluir espiritualmente?

É muito comum ouvir as pessoas afirmando que possuem fé,


mas que sentem medo. Estamos tão acostumados a esse
tipo de frase que quando a escutamos ela passa
desapercebida. Entretanto, perceba que ela é totalmente
contraditória. Como alguém pode acreditar desacreditando?

É como se alguém nos dissesse: “Tenho fé de que não serei


demitido do meu emprego, mas, e se for, o que farei?”

“MAS” “e SE” não devem ser encontrados no vocabulário do


mesmo sujeito que pronuncia a palavra “FÉ”. Essas palavras
em uma mesma frase anulam o sentido uma da outra.

O medo nada mais é do que um


aviso para
darmos um
passo atrás.
E o quanto queremos regredir na vida cristã?

Deus tem reservado uma vida lá na frente que nos demanda


muita fé e coragem para alcançá-la.

A fé nos prepara para dar grandes passos, como “passos de


elefante”, afim de termos grandiosas conquistas, enquanto o
medo nos faz dar “passos de formiga”, quando não, passos
de “Curupira”
(personagem do folclore brasileiro que possui
os pés virados para trás).

Isso tudo porque


o medo tem a função de nos fazer
recuar, repensar
. Viver de medo é viver de passado; viver
de fé, é viver de presente e confiar no futuro.

O medo nos afasta de pensamentos visionários, e


limita fortemente nossas oportunidades
, já que,
na
maioria das vezes nos faz desistir de nossas ideias ou
tentativas
que nos levariam a outro patamar, seja na área
espiritual, como em todas as outras.

Além disso,
o medo sempre abre portas à dúvida
, e
então lhe pergunto: Como confiar em Deus sem ter certeza
de que existe um paraíso nos esperando após a morte?
Precisamos nos preencher de fé para viver a vida de
forma inteira, e não pela metade, que é como o medo
sugere que façamos.

E por fim eu diria que


: não existe medo sem
pessimismo.
E como viver de forma alegre, como Jesus
espera que vivamos,
estando dominado
s
e paralisado
s
por pensamentos negativos?

Comece a perceber no seu dia a dia como substituir a


palavra
medo
por

pode alterar significativamente a
maneira como você vive, e aproximar você como nunca da
palavra divina.
Escolha viver pela fé, e não pelo medo.

3. EXCESSO DE PASSADO/ FUTURO X


ESCASSEZ DE PRESENTE

“Um futuro melhor nos traz esperança e uma


antecipação do prazer. Imaginá-lo pior nos traz
ansiedade. Ambos os casos são ilusões.” – Eckhart Tolle.

“D
epressão: excesso de passado; Ansiedade: excesso de
futuro.” Quem nunca ouviu essa frase?

Por que será que é tão difícil focar no presente, no agora,


focar no momento?

Na maioria das vezes nossos pensamentos estão muito


distantes de onde nos encontramos, e isso nos faz
desperdiçar o sentir. E como podemos nos conectar com
Deus sem senti-lo?

No início da minha caminhada espiritual, tenho que


confessar que muitas vezes levava meus problemas ao culto
na esperança de sair de lá com soluções para eles.

E, de fato, não há nada de mal em pensar dessa forma,


afinal de contas, o nosso momento com Jesus Cristo é de
redenção.

Entretanto, a forma como eu o fazia estava completamente


equivocada, pois perdia muito da palavra que estava sendo
pregada, pois na maior parte do culto estava focando não no
pastor, no louvor ou nos ensinamentos, senão, em meus
problemas.

Dessa forma, era mais comum sair da igreja com um


sentimento de ansiedade, de tanto haver pensado no futuro,
do que com uma solução em mente.

O mesmo ocorre, por exemplo, com muitos estudantes em


sala de aula, onde, em meio aos ensinamentos do professor,
os pensamentos do estudante estão voltados para o seu
passado, gerando tristeza em seu coração, ou estão no
futuro, imaginando como será o amanhã. E, quando chega
em casa e seus pais lhe perguntam sobre como foi o seu dia
no colégio, a única resposta que encontra para dar é: “foi
bom.”.

Algo que acontecia comigo em meu tempo escolar, e talvez


com você também, era realizar atividades de uma disciplina
em uma aula que não tinha nada a ver com ela, pelo simples
fato de querer adiantar alguma tarefa.

E assim, mais uma vez, observa-se esse anseio por estar no


depois, no amanhã, ignorando completamente o momento
atual, deixando de vivê-lo e senti-lo.

Em minha última viagem para o Equador, embarquei em um


voo charter, pois como estávamos em meio à pandemia da
covid-19, os voos regulares estavam sendo cancelados a
todo momento.

Dessa forma, como sabia que seriam longas horas dentro do


avião sem ter muito o que fazer, pois haveria uma escala
demorada no Paraguai, resolvi baixar vários livros em meu
laptop para garantir um passatempo, que afinal de contas, é
o meu favorito.

Acontece que, indo em busca de livros de autoajuda e


desenvolvimento pessoal, acabei fazendo download de um
livro chamado “O poder do agora”, de Eckhart Tolle, que me
chamou atenção, pois pareceu ter bastante a ver com o
tema de minha própria obra.

De fato, acertei em cheio, já que o livro inteiro trata sobre os


tempos: passado, presente e futuro, dando ênfase no agora,
como meio de crescimento espiritual.

De todo o conteúdo dessa obra, o que mais me chamou


atenção foi a parte em que o autor ressalta que não existe
outro tempo senão o presente. Que tanto o passado quanto
o futuro, são meras ilusões. O que quer dizer que: até
mesmo o passado é presente, entretanto fica guardado
como memória, e o futuro, acabará sendo presente também.

Olhe para o relógio agora e diga em voz alta que horas


marcam os ponteiros.

Olhar de novo para ele e ver que o ponteiro dos minutos


andou, não te faz pensar que o futuro chegou? Já que o
futuro não precisa ser distante, pode ser rápido e efêmero.

Entretanto, apesar de que o “depois” seja chamado de


futuro, ele está sempre acontecendo na forma “presente”.
Quer saber por quê? Por que a vida é agora.

Não podemos tocar no passado ou no futuro, não podemos


senti-los como realmente são.

A imaginação é bem distinta da realidade, e inclusive nossa


mente pode nos traçar armadilhas que nos fazem
literalmente perder o tempo presente, que é o único que de
verdade possuímos.

A partir dessa reflexão, quero dizer, amigo leitor(a), que


quando resolvemos dedicar nosso tempo, ou seja: nosso
presente, a Deus, devemos nos entregar de corpo e alma, e
não apenas “estar.” É preciso sentir, e para isso, focar no
agora é o único meio para se alcançar esse sentimento.

Não me interprete mal, não estou sugerindo aqui que você


adote o estilo de vida “Carpe Diem”, que traduzindo do latim
seria “Aproveite o dia.”, nada diferente do que eu tenho
defendido até agora.

Entretanto, o poeta romano Horácio, defende no primeiro


livro de “Odes”, que não devemos nos preocupar com o
destino e com o que os deuses reservam para eles, o que
foge totalmente do enfoque cristão que procuro trazer neste
livro.

Assim, quero que você diferencie o “sentir o momento com


Deus”, de “sentir a libertinagem”.

Concluindo, quero transmitir a você a ideia de que


não fixar
os pés no tempo presente e desfrutar da palavra
divina enquanto nos dedicamos a ela, é mais um
obstáculo que nos afasta do aprofundamento
espiritual.

Ou seja: foque no presente, de forma cristã, sabendo que a


promessa do “amanhã no paraíso”, pode significar conectar-
se agora com Deus, pois tenha em mente que,
além de te
afastar de Deus, viver de passado ou de futuro
costuma gerar depressão e ansiedade.
 

Não espere para espiritualizar-se quando estiver a um passo


de deixar esse mundo de aprendizagem, onde temos a
oportunidade de aprender todos os dias sobre Jesus Cristo.
Da mesma forma, não espere perder a consciência para ir
em busca do batismo ou da palavra de Deus, comece
AGORA.

“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o


amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a
cada dia o seu próprio mal.” – Mateus 6:34.

4. VÍCIOS

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas


convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma.” – 1 Coríntios 6:12.

“Acaso não sabem que o corpo de vocês é o santuário do


Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado
por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos? Vocês
foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a
Deus com o seu próprio corpo.” – 1 Coríntios 6:19-20.

M
uitas vezes quando pensamos na palavra vício, ela
parece estar em um patamar muito distante do qual
vivemos, principalmente por associarmos o vício ao
alcoolismo ou à ingestão de drogas, etc.

Entretanto, leitores, saibam que os vícios podem estar


disfarçados e ocultos em nossos próprios hábitos, que nem
sempre são benéficos a nós e a nossa vida espiritual.

Pela definição da OMS, o termo “vício” refere-se a um hábito


repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado
e aos que com ele convivem, configurando-se como uma
doença física e psicoemocional.

O problema é que nem sempre os vícios são tão visíveis, pois


muitas vezes fazem parte do cotidiano.

“A virtude termina sempre onde começa o excesso.” –


Jean Baptiste Massilon.

“Até mesmo a bondade, se em demasia, morre do


próprio excesso.” – William Shakespeare.

O velho ditado “tudo em excesso faz mal”, sempre foi muito


claro a todos. Entretanto, como a ênfase costuma ir para os
vícios visivelmente destruidores e julgados pela sociedade,
como o alcoolismo, alguns hábitos que nos afastam do
caminho espiritual podem estar sendo minimizados, o que é
um perigoso problema disfarçado.

Após a ressurreição de Cristo, a morada do Espírito Santo,


para quem o aceita, passou a ser o nosso interior, onde Deus
manifesta a sua glória.

Dessa forma, fica evidente o quão importante é cuidarmos


de nós mesmos, ou seja: do templo de Deus. E isso envolve
cuidar tanto do nosso corpo físico como do espiritual.

É por esse motivo que vícios são tão condenados, pois


degeneram esse espaço que deveria ser sagrado.

Cuidar de nosso corpo vai desde manter uma alimentação


adequada e praticar exercícios físicos, até cultivar
pensamentos positivos. Isso reflete em ações como evitar o
consumo excessivo de álcool, açúcar, sal, sedentarismo e
tudo aquilo que venha a nos prejudicar de alguma forma.

Ou seja: Ao cultivar o templo de Deus, na verdade, estamos


cultivando a nós mesmos, indiretamente. O que demonstra
mais uma vez o amor que Jesus tem por quem nele crê.

Assim, como podemos alegrar a Deus se nos dedicamos a


hábitos que são destrutivos a nós mesmos?

A questão é, que quando não estamos em perfeitas


condições, nossa consciência não funciona como deveria, e
assim perdemos a oportunidade de nos aproximar de Cristo.

Tenha em mente que vício é um hábito repetitivo que


costuma trazer algum prejuízo a nossa vida.

Assim, não necessariamente o vício deve ser algo ilegal,


como drogas ilícitas. Nem mesmo, precisa ser um hábito que
é considerado negativo por todos, mas ainda assim
permitido, como o cigarro ou a bebida alcoólica.

Existem inúmeros vícios que muitas vezes nem são


considerados vícios por quem os pratica, como por exemplo:
vício no trabalho, vício em eletrônicos, vício em açúcar, etc.

Abordando um pouco mais os exemplos anteriores (a


obsessão pelo trabalho, por jogos de videogame ou celular, e
a compulsão por açúcar), sabe-se que são vícios que trazem
prejuízo a longo prazo.

Os dois primeiros, além de alterar a qualidade do sono,


afetando a saúde, geram uma enorme perda de tempo, o
que costuma afetar em outras tarefas essenciais, trazendo
irrealização e tristeza, tanto para quem o pratica quanto
para os familiares e amigos.

Da mesma forma, o excesso de açúcar, com o tempo levará


a um aumento de glicose no sangue, que futuramente
poderá causar um quadro de diabetes ou obesidade. 

Assim, perceba, caro(a) leitor(a), que devemos estar atentos


a hábitos que possam estar nos afastando de Deus.

E, como identificá-los em meio a tantos hábitos? Isso pode


ser feito pela auto-observação. Pergunte a você mesmo:
“Esse hábito que possuo, está denegrindo o templo de Deus?
Esta morada é digna para que Cristo habite em mim?” ou
ainda: “Jesus agiria dessa maneira?”.

Claro que essa auto-observação apenas será útil em vícios


controláveis, no caso das pessoas que estão em busca de
uma evolução espiritual. Num nível maior, como a
dependência química, é necessário que essa limpeza física e
espiritual seja feita primeiramente por outros meios, já que
dificilmente nesses episódios uma pessoa está sob controle
de si própria.  

           

Dessa forma, entenda que


os vícios são grandes
adversários da plenitude espiritual, pois além de
destruírem o templo sagrado de Deus, nos toma
tempo, tempo este que está em caminho oposto ao da
fé,
já que não é possível estar praticando atitudes
destrutivas e ao mesmo tempo estar servindo ao Senhor.

Escolha de que lado quer ficar, e sinta aos poucos seu


espírito se iluminar.

5. NEGATIVISMO

“Tudo posso naquele que me fortalece”. – Filipenses


4:13.

A
credito que esse seja o meu versículo favorito de toda a
Bíblia, aquele que sempre está em minha mente, que me
encoraja a ver que tudo é possível, e não impossível, como
nos levaria a pensar o negativismo.

“Pois nada é impossível para Deus”. – Lucas 1:37

Como afirma
Caio Carneiro
em seu livro
“Seja Foda”
,
toda pessoa negativa tem um problema para cada solução.
Segundo ele, ela não é capaz de ver o lado bom de nada que
acontece em sua vida.

É normal que algumas pessoas quando passam por fases


difíceis em sua vida, desenvolvam uma certa negatividade,
onde passam a desconfiar de tudo e perdem a esperança em
dias melhores.

Entretanto, isso só ocorre com quem não tem sua fé


desenvolvida, e sua vida espiritual estruturada.

“Os que confiam no SENHOR serão como o monte de


Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” –
Salmos 125:1.

Esse versículo nos traz o ensinamento de que apesar de


qualquer adversidade, quem confia em Cristo jamais se
abalará, pois sabe que tudo na vida acontece por um motivo,
e que Deus está no controle de tudo.

Na pessoa negativa, a palavra mais pronunciada por sua


boca e mais presente em seus pensamentos é: “NÃO”.
Não
posso, não consigo, não vai dar certo, e assim por
diante.

Além disso, se você conhece alguém com caráter negativo


ao seu redor, atente-se
à f
orma como essa pessoa sempre
inicia uma frase por “O problema é que...”.

“Tende cuidado de que ninguém se prive da graça de


Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando,
vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.” –
Hebreus 12:15

Dessa forma, pergunto a você, meu(minha) amigo(a): como


queres que Cristo habite em uma pessoa cujo coração está
amargurado, e cuja mente está dominada de pensamentos
destrutivos?

Se a Bíblia diz que sempre devemos buscar igualarmo-nos a


Jesus, nas atitudes que tomamos frente aos nossos irmãos,
você não acha que perturbá-los com a nossa negatividade
seria fazer totalmente o contrário?

Com Deus tudo é possível, como afirmei anteriormente. Mas,


e sem Ele? Nada. Assim, é impossível que um irmão
dominado pelo pessimismo consiga acalmar o coração de
outros a sua volta e trazer paz ao ambiente.

Dessa forma,
o negativismo é um dos maiores
obstáculos para se alcançar a evolução espiritual.

Pois, além de não estarmos fornecendo ao Espírito


Santo a morada que ele merece, estamos
prejudicando a nós mesmos e, ainda por cima, aos
nossos irmãos
.

“Pois como imaginou na sua alma, assim é.” - Provérbios


23:7.

Se vivemos alimentando nossa alma com pensamentos


negativos, a primeira coisa que acontece é que nos
afastamos de Jesus Cristo, pois pense comigo: é como se
estivéssemos forrando nossa alma com espinhos, pregos e
agulhas.

Você gostaria de habitar um local assim? Pergunte a você


mesmo. Ao transmitir essa negatividade às pessoas
próximas a nós, é como se lançássemos a elas esses
mesmos objetos pontiagudos.

Você acha que essas pessoas não sairão correndo de perto


de uma ameaça letal como essa? É assim que ocorre com a
negatividade.

Por isso, é preciso tomar muito cuidado com ela, pois pode
surgir de repente em nosso interior, e como um hábito ou
vício, tornar-se parte de nós, nos afastando Deus, e de
pessoas que amamos.

“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na


vide, ainda que o produto da oliveira falhe, e os campos
não produzam mantimento, ainda que as ovelhas sejam
exterminadas, e nos currais não haja gado, todavia, eu
me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha
salvação.” – Habacuque 3:17-18.

6. DESCONTROLE EMOCIONAL

V
ocê costuma permitir que situações externas interfiram
em seus sentimentos?

Não se preocupe. Saiba que é extremamente normal que


uma pessoa que não esteja completamente blindada pelo
espírito da fé seja facilmente tirada do eixo quando algo em
sua volta não funciona.

Na maioria das vezes nos frustramos por querer ter o


controle sobre tudo e todos a nossa volta. Quem no mundo
não desejaria viver em um ambiente harmônico o tempo
inteiro? Se você acha que isso não existe no mundo real, que
não existe paz permanente na vida de ninguém, é porque
ainda não conheceu o amor de Cristo.

Nesse momento você pode estar pensando que esse livro se


trata de um conto de fadas meramente fictício, e pode até
estar decepcionado(a) por haver chegado até aqui para ler
que a vida pode, sim, ser um mar de rosas.

De modo algum quero que você pense que estou cega à


violência, pobreza e fome que existem no mundo. Os
problemas existem e sempre existirão, porque somos seres
humanos, pecadores por natureza, e o único ser coberto de
perfeição é Deus.

Assim, perceba: jamais poderemos controlar tudo o que há


de errado a nossa volta. Mas o que podemos fazer, sim, é
controlar como agimos e nos sentimos em relação a isso.

Isso se chama controle emocional, que faz parte da


inteligência emocional, que é despertada em nós pela
palavra divina.

Apenas quando estivermos preenchidos pelo amor de Deus,


é que perceberemos que não é justo cultivar sentimentos de
ingratidão, ódio e tristeza pelo que existe lá fora.

Quando evoluirmos no caminho da fé, passaremos a notar


que esses sentimentos negativos não acrescentam em nada,
nem em nós, nem nos outros, e muito menos na resolução
dos problemas. Sabe por quê? Porque quem conhece a Jesus,
sabe que a melhor forma de trazer solução aos problemas é
por meio de bondade, carinho, amor e auxílio.

O sentimento de raiva, que normalmente se manifesta


com palavras grosseiras, gritos e lágrimas, é apenas
um instinto que faz parte das pessoas cujo
desequilíbrio emocional está presente.
No fundo,
sabemos que sentimentos ruins não contribuem em nada, e
apenas nos atrasam na busca por soluções.

Os únicos seres humanos que conseguem o que querem a


partir do pranto são os bebês. E será que isso não ocorre
porque ainda não aprenderam a pronunciar as palavras e,
muito menos, raciocinar frente às situações? São completos
indefesos, que jamais poderiam ir em busca de alimento em
tão tenra idade. Suas capacidades são limitadas.

Mas, e as nossas, seres tão conscientes e capazes? Será que


somos tão limitados como os frágeis recém-nascidos, e
buscamos soluções de maneira impulsiva, sem nem usufruir
de nossa consciência?

Certamente, se estamos agindo dessa maneira impulsiva e


pouco pensante, é porque em algum âmbito somos recém-
nascidos. Eu diria que somos recém-nascidos na fé
. Para
amadurecer espiritualmente, é preciso vencer o
descontrole emocional.

Para conhecer o verdadeiro sentido da fé, é preciso


obter controle não sobre o que está fora, mas sobre a
nossa morada interior.

Além disso,
é evidente que o descontrole emocional faz com
que nossas ações demonstrem uma perda de sabedoria e
entendimento sobre a palavra divina.

É preciso evitar que nossas reações frente a estímulos


externos anulem os sentimentos que Jesus tem reservado
em nossos corações, porque isso seria aprender sobre a fé
na teoria, e pela perda de controle, não conseguir pô-la em
prática.

7. EGOCENTRISMO

“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se


a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” –
Lucas 9:23.

Q
uerido(a) leitor(a), anteriormente a Terceira Lei de
Newton, que defende que dois corpos não podem ocupar o
mesmo lugar no espaço, foi usada para explicar que a fé e o
medo não podem andar juntas.

Exatamente da mesma forma é como funciona com o ego.


Não há como servir a Deus e servir a si ao mesmo tempo.
Não há como viver pela vontade de Deus e pela nossa. Pois a
nossa vontade sempre tenderá a ser pecaminosa, que é
justamente o que queremos evitar como pessoas que
buscam evoluir em sua vida cristã.

O ego costuma atrair pensamentos e atitudes egoístas,


arrogantes, e nos faz sentir independentes de Deus. E é por
isso que a pessoa egocêntrica sempre considera que suas
conquistas se devem unicamente ao seu esforço.

Redimir-se a Cristo não quer dizer humilhar-se e não sentir


orgulho de quem somos ou de nossas conquistas.

O amor próprio e a valorização do eu deve, sim, existir, já


que é essencial para a nossa autoestima e qualidade de
saúde emocional.

Entretanto, é uma questão de prioridade: é saber que entre


mim e Deus: sempre será Deus. Entre ajudar a mim ou ao
próximo: a preferência será dada ao segundo.

E, para isso tudo, há um motivo: Quem deseja evoluir em


Cristo, deve ter o entendimento sobre os dois principais
mandamentos que Jesus anuncia no livro de Mateus como
O
Grande Mandamento:

“E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o


experimentar, dizendo:

Mestre, qual é o grande mandamento na lei?

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o


teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento.  
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu
próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos
dependem toda a lei e os profetas.” – Mateus 22:35-40.”

Tendo conhecimento desses versículos, pergunto a você:


Onde está o incentivo a amar prioritariamente a si mesmo?
Onde o egocentrismo está sendo considerado construtivo
para uma vida baseada em princípios cristãos?

Você deve estar se perguntando: mas por que eu me


submeteria a esses mandamentos?

Como para tudo na vida há resposta, para esse


questionamento não poderia ser diferente, e essa pergunta
leva uma resposta bastante simples, que resume tudo em
apenas uma frase:
uma vida verdadeiramente cristã e
fundamentada na fé, deve ser embasada no amor.

Todos os nossos logros, devem ser sempre reconhecidos


como obras do amor de Deus.

E, quer saber por que para muitos é tão difícil ver as coisas
como um presente vindo de Cristo, e tão fácil, como mérito
próprio? Pois deixar de pensar em nós para pensar primeiro
em terceiros demanda tempo, dedicação e prática. Não é
uma mudança que ocorre em um piscar de olhos, do dia
para a noite.

Além disso, uma das consequências diretas dessa idolatria a


si mesmo e não a Deus, é a falta de sentido que algumas
pessoas passam a enfrentar em suas vidas, pois viver pelas
próprias vontades é reconfortante até certo ponto; é
favorável para a vida terrena.

Mas, e quando se trata da vida após a morte? Uma coisa é


certa: Para quem dirige a vida em prol da vida eterna,
sempre terá um sentido pelo qual despertar todas as
manhãs, como praticar atos de amor ao próximo, agradecer
ao Senhor, e buscar ser uma pessoa melhor, todos os dias
em que estiver presente aqui na Terra.

Assim, não existirá evolução espiritual enquanto o


egocentrismo for parte do seu ser, pois ele sempre
trará obstáculos perante a sua união com Cristo,
permitirá que a solidão o acompanhe, e que cedo ou
tarde, sua vida padeça de sentido.

8. INDIFERENÇA: O OPOSTO DA EMPATIA

A
proveitando o embalo do tópico anterior, sobre
Egocentrismo, acredito que outro fator que vai em sentido
oposto ao que Jesus deseja para nós, cristãos, é a
indiferença, a apatia frente a situações que demandam
nossa piedade.

A indiferença está muitas vezes ligada ao egocentrismo. É


ver um irmão morrendo de fome e não querer prover um
alimento ou dinheiro a ele por pensar que pode faltar em
nossa casa, ou que outra pessoa em breve lhe fornecerá.

A questão é que muitas vezes o egocentrismo faz com que


acionemos em nosso interior essa indiferença pelo
sofrimento dos demais.

É como se, em nosso coração, soubéssemos que o certo


seria ajudar ao próximo, e inclusive nos compadecemos, e
um sentimento de tristeza prepara-se para nascer em nosso
interior.

Porém, sem tardar, o ego gera em nós uma capa protetora


contra nossos próprios sentimentos, pois pensamos que não
se pode fazer nada a respeito, e que isso não tem a ver
conosco.

Há situações em que, inclusive, nos consolamos por pensar


que outra pessoa, com mais condições financeiras, irá
ajudar, e dessa forma, talvez sem saber, negamos a Cristo
indiretamente.

Há pouco tempo, sentados no quintal após o horário de


almoço, juntamente ao meu namorado Nikolai, decidimos
que realizaríamos nosso tempo de leitura bíblica ali mesmo
(prática que iniciamos durante o isolamento social, que
consiste em um de nós ler um versículo bíblico e o outro
anotar suas reflexões sobre a mensagem).

Dessa forma,
como já havia começado a escrever esse
tópico da indiferença pela manhã, o versículo 28, do capítulo
4 do livro de Efésios, chamou não somente a minha atenção,
mas também a de Nikolai, por nos darmos conta de como
Deus sempre prioriza o ato da empatia. Segue o versículo:

“Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe,


fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o
que repartir com o que tiver necessidade.”

Ou seja, esse versículo nos traz a reflexão de que, se Deus


priorizasse o egocentrismo e não a empatia, seu conselho
seria para que a partir do nosso trabalho,
sustentássemos
a
nós mesmos e a nossa família. Entretanto, sugere que, com
o nosso esforço, repartamos com quem realmente necessita.

É nesse momento que você deve se perguntar: “Mas quando


Deus pensará em mim?”, “Como pode Deus me amar se sou
sempre o último que vem em seus pensamentos?”, “Por que
será que sou sempre o que merece menos?”

Assim, para esclarecer sua dúvida, a resposta é a seguinte:


Deus nunca deixará passar necessidade aqueles que vivem
com base em seu amor e andam pelos caminhos da fé. E o
segredo para comprovar isso, é
confiar.

Quem não tem confiança na provisão do Senhor,


consequentemente não tem fé verdadeira, e sendo
assim, sua área espiritual não está elevada como
poderia estar.

Um dos textos bíblicos que mais representa a confiança na


provisão do senhor encontra-se no capítulo
22 de Gênesis:

“E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a


Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

"E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque,
a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali
em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te
direi."

"Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e


albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus
moços e Isaque seu filho; e cortou lenha para o
holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe
dissera."

"Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o


lugar de longe."

"E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o


jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo
adorado, tornaremos a vós."

"E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre


Isaque seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua
mão, e foram ambos juntos."

"Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E


ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o
fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o
holocausto?"

"E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o


holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos."

"E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou


Abraão ali um altar e pôs em ordem a lenha, e amarrou a
Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da
lenha."

"E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo para


imolar o seu filho; Mas o anjo do Senhor lhe bradou
desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-
me aqui."

"Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e


não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a
Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho."

"Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um


carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num
mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em
holocausto, em lugar de seu filho."

"E chamou Abraão o nome daquele lugar: o Senhor


proverá; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do
Senhor se proverá."
"Então o anjo do Senhor bradou a Abraão pela segunda
vez desde os céus, e disse: Por mim mesmo jurei, diz o
Senhor: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o
teu filho, o teu único filho"

"Que deveras te abençoarei, e grandissimamente


multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos
céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua
descendência possuirá a porta dos seus inimigos"

"E em tua descendência serão benditas todas as nações


da terra; porquanto obedeceste à minha voz.” – Gênesis
22:1-18.”

A empatia fala muito de nossa confiança. Por


conseguinte, quem se deixa dominar pela indiferença,
vive apenas para si mesmo, não consegue praticar o
amor ao próximo, e muito menos a Deus, pois carece
de fé, provando a Jesus que o medo ainda é maior que
a sua entrega a ele.

No momento em que de fato nos rendermos ao Senhor,


nossa prioridade será fazer o bem ao próximo e cuidá-lo com
nosso amor, porque teremos a certeza em nossos corações
de que já existe alguém que cuida de nós, e nunca nos
deixará faltar nada. E esse alguém é Deus.

9. DESISTÊNCIA X PERDÃO
“Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças,
subirão com asas como águias; correrão, e não se
cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” - Isaías
40:31.

Q
uantas vezes você insiste em algo até desistir? O quão
fácil é a sua entrega à desistência?

Você costuma perdoar aos demais com facilidade? E o


perdão voltado a você mesmo, costuma gerar recomeços em
sua vida?

Esse tópico relaciona a Desistência com o Perdão pois eles


têm tudo a ver um com o outro. Poderia dizer que são
complementares.

A construção de nossa fé é baseada no quão perseverantes


somos com Deus.

Acreditamos uma vez, e se não funciona, desistimos, ou


seguimos acreditando?

Saiba que perdoar aos outros, é o que mantém a


estabilidade das nossas relações. E não poderia ser diferente
de nossa relação com Cristo.

Em minha relação amorosa, percebo que, caso não


praticássemos o perdão e a perseverança, não estaríamos
juntos há cinco anos. Talvez, pela falta do perdão, na
primeira discussão ou equívoco alheio, já teríamos dito
adeus.

Mas a vida já é efêmera demais para transmitir essa


característica a nossas relações. Os relacionamentos mais
valiosos são aqueles que possuem uma base forte, que nem
a pior falha pode destruir.

A desistência é a pedra em nosso caminho que mais


nos faz tropeçar rumo ao caminho de Deus.

Imagine que uma pessoa clama desesperadamente por


respostas a Deus, e não as obtém. Nesse caso, uma pessoa
que desiste fácil, desistirá de acreditar que Deus lhe dará a
solução para os seus problemas.

Em contrapartida, a pessoa persistente, seguirá clamando


cada vez com mais convicção, pois entende que tudo o que
vale a pena costuma levar tempo e exige nossa dedicação.

Novamente, entra a questão da prova de fé e confiança.

Pela desistência, perdemos as oportunidades mais incríveis


de nossas vidas, pois com certeza elas só são alcançadas
com muita insistência e entrega.

Outro exemplo pessoal que gosto de enfatizar, é o fato de


que pelo princípio da não desistência, eu, Daiana, que nunca
tive o esporte físico como algo presente em minha vida, que
não possuía uma boa capacidade respiratória para correr,
consegui chegar no cume de uma montanha de mais de
5.000 metros, chamada Cotopaxi, localizada na Cordilheira
do
s Andes,
no Equador.

É incrível como Deus envia seres iluminados em nosso


caminho como forma do seu amor. Acredito que, se obtive
essa conquista, de a
scender ao cume de
uma alta
montanha, trilhando da meia noite, até as 8h da manhã em
plena neve, foi porque Deus enviou uma pessoa para me
dizer exatamente aquilo que eu precisava ouvir para
motivar-me a não desistir.

Assim, estava eu no refúgio com o grupo que também faria o


ataque ao cume, e de repente o andinista Iván Vallejo
apareceu, nada menos que o primeiro montanhista
equatoriano a ascender às 14 montanhas mais altas do
mundo (com mais de 8.000 metros) sem o uso suplementar
de oxigênio.

Mas o que foi que esse senhor falou de tão importante nessa
noite? Ei
s a sua profunda mensagem:

“A montanha fala muito sobre como uma pessoa é na


vida. Se uma pessoa desiste no meio do trajeto, antes de
alcançar o cume, desistirá também nos caminhos da
vida. Se persiste e o alcança, da mesma forma alcançará
seus objetivos. Se é uma pessoa negativa, que apenas
reclama e desmotiva os seus companheiros durante o
ascenso, é isso que transmite às pessoas que com ela
convivem. Agora, se é uma pessoa positiva, que tenta
motivar o grupo a continuar, certamente, na vida, essa
pessoa traz muita luz a todos que a rodeiam.”

Após ouvir essa linda reflexão, meu coração se encheu de


coragem e perseverança, de esperança e otimismo.

E mesmo naqueles momentos em que as pernas não


aguentavam de dor, ou o frio tentava me derrubar, seguia
firme, enquanto admirava a linda lua que, certamente
continha a pre
sença de
Deu
s, iluminando e guiando o meu
caminho, e dando-me
força
s
para
seguir em frente.

Outro exemplo prático em que a desistência não pode estar


presente, caso contrário não existirão resultados, é no
processo de emagrecimento. Senti na própria pele como
funciona a luta para perder os tão indesejáveis “quilinhos a
mai
s”
que nos incomodam.

Nesse período de i
solamento social,
devido a pandemia, tive
todo o tempo do mundo para focar em minha saúde física.

Assim, iniciei um processo de reeducação alimentar


juntamente com a prática diária de exercícios físicos
(corrida, ciclismo e musculação).

Como estava acostumada a comer em excesso, gerar uma


redução em meu estômago foi uma luta diária, que no meu
caso, demandou o consumo de batido proteico em
substituição do almoço durante 30 dias, bem como, a
realização de jejuns intermitentes.     

Complementar a isso, todos os dias, fizesse sol ou chuva,


realizava algum tipo de exercício físico.

Resultado
: em
5 meses
, houve redução de
8kg
, bem
como definição do corpo e ganho de massa muscular. Além
disso, pa
ssei a sentir-me
mais saudável, com uma mudança
radical na alimentação, onde os hambúrgueres e pizzas de
toda sexta-feira, foram substituídos por um bom prato de
comida de verdade: Salada, ovos e carne.

Quero que você perceba mais uma vez que: para que algo
dê resultados efetivos, exige de nós uma grande
persistência, e não desistência.

Tenho que confessar que nesse processo de emagrecimento,


falhei inúmeras vezes, principalmente quando não cumpria
adequadamente o que demandava a minha dieta ou quando
era dominada pela preguiça e então o exercício físico não
era feito com dedicação máxima.

Mas, como outro benefício desse desafio, aprendi muito


sobre o valor do perdão. Pois toda vez que falhava, suplicava
perdão a Deus e assim obtinha forças para continuar.

Entendi, em todo esse processo, que pelo perdão, podemos


renovar nossas forças, e obter motivação para seguir
adiante.

Cada manhã que de


spertamos,
significa um novo recomeço,
concedido pelo perdão do nosso Senhor.

E assim funciona com a vida espiritual. Trata-se de uma


construção. Erraremos muitas vezes, mas, enquanto
mantivermos a persistência na fé e usufruirmos do perdão
de Jesus Cristo, a desistência jamais nos afastará desse
caminho.

Portanto, lembre-se: A falta de conhecimento e da


prática do perdão, gera desistência, que por sua vez,
nos impede de evoluir na área espiritual.

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo


pra perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda
injustiça.” – 1 João 1:9.

E aqui está o meu amuleto da perseverança, o que me faz


subir as mais altas montanhas e enfrentar as mais grandes
tribulações:
“Tudo posso naquele que me fortalece.” – Filipenses
4:13.

10. INFLUÊNCIAS EXTERNAS

P
or fim, e não menos importante, está a adversidade
chamada: más influências.

Você deve estar pensando: mas se com Deus estamos


blindados de qualquer influência negativa, o que temer?

Exatamente, você não deve temer. Se você possui um


caráter formado em Deus, jamais se deixará levar por
atitudes equivocadas de terceiros. Entretanto, como dizem
as escrituras sagradas:

“Não se deixem enganar: “As más companhias


corrompem os bons costumes”.  – 1 Coríntios – 15:33.

E como não levar em consideração os ensinamentos de


Provérbios?!

“Anda com os sábios e serás sábio, mas o companheiro


dos tolos sofre aflição.” – Provérbios – 13:20.

Ou ainda, o conselho presente em Salmos:


“Bem aventurado o homem que não anda segundo o
conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores."

Além das referências bíblicas, em muitos livros de


Inteligência Emocional, você verá conselhos como este:

“Você não pode se isolar das pessoas negativas. Porém,


você pode ter o cuidado de, sempre que possível,
afastar-se delas. Assim, você reduz as chances de
contágio. E isso é importante, porque você pode ser a
pessoa mais positiva do planeta, pode ter 100% de
positividade, mas se ficar ao lado de uma pessoa ou em
um ambiente extremamente negativo, você passará a
ter a mesma característica. Você pode ainda garantir
99% de positividade se estiver blindado; mas ainda
assim quando algo baixar, você perderá com isso. – Caio
Carneiro (Seja Foda).

E como a terceira evidência a respeito desse tema, está a da


OMS, que recomenda evitar a proximidade com pessoas
negativas como forma de prevenir a Síndrome de Burnout
(Síndrome do Esgotamento Profissional).

Ou seja: Influências externas negativas são, sim, prejudiciais


a nossa vida, tanto emocional, como espiritual.

É extremamente difícil conviver com pessoas negativas e


manter-se com a positividade elevada. Bem como, é
conflituoso crer em Deus e compartilhar momentos com
pessoas que louvam ao Diabo.

E claro, se você parar para pensar nesse momento e


identificar que suas companhias são destrutivas, mas tem
uma relação profunda com elas, você pode servir como um
pequeno Cristo para tentar convertê-la
s
a um caminho
melhor, onde reina a fé e o positivismo.

Mas, se após inúmeras tentativas você não obtiver sucesso


nessa conversão de espírito, a única maneira de não
contaminar o seu caminho espiritual é manter o mínimo
contato possível. Afastar-se, às vezes, é o melhor remédio.

Se você compartilha o ambiente com pessoas que nunca


falam da Palavra Divina, será que você, em algum momento,
falará?

O problema de estar com pessoas que andam pelo caminho


oposto ao que você procura, é justamente a mudança de
nossos hábitos, às vezes, de forma imperceptível.

Devemos estar atentos para não nos prejudicarmos ou no


s
contaminarmos com negatividade pelas companhias que
escolhemos.

Deus apoia que, como seres de luz, escolhamos as


companhias que mais nos convêm, usando a sabedoria que
ele mesmo nos fornece por suas palavras.

Além da influência das companhias humanas, não podemos


esquecer que existe a questão das influências de conteúdo
digital, acessadas através do computador e da televisão, por
exemplo, bem como, por meio de músicas, livros, etc.

Todas essas influências externas, lhe levarão a dois possíveis


caminhos: ou lhe darão frutos, ou espinhos. Isso porque, a
nossa mente trabalha a partir do conteúdo com a qual a
alimentamos, e isso reflete diretamente em como nos
sentimos e nos espiritualizamos.

Ou seja: Alguém que vive acompanhando os noticiários


sobre desastres, doenças e violência, tende a estar sempre
pensando nisso, sofrendo por dentro com tanta informação
negativa, ou pior: compartilhando com os demais.

Agora, alguém que escuta músicas que agregam foco,


concentração e paz, normalmente sentirá esses sentimentos
positivos e assim os transmitirá também às pessoas a sua
volta.

Dessa forma, influências erradas podem sim estar lhe


afastando do caminho da fé, principalmente por trazer a
você uma munição de ingratidão, medo, negatividade,
ansiedade, e assim por diante. Ou seja: um combo completo
de todas a
s
adversidades que funcionam como empecilhos
na vida espiritual de uma pessoa.

Por isso, podemos ver que as influências são uma das


dificuldades que mais pesam na fé de uma pessoa, e devem
ser escolhidas com base em muitos critérios que podem ser
encontrados na Palavra Divina.

PERFIS ESPIRITUAIS
Q
uerido(a) leitor(a), após entender um pouco mais sobre
os obstáculos mais comuns que existem em nosso caminho
da fé (capítulo anterior), finalmente chegamos na parte em
que faremos a identificação do seu perfil espiritual.

A dinâmica funciona da seguinte forma: você deverá ler com


atenção os 5 distintos perfis que seguem, e anotar ou grifar
todas as características com as quais se identificar, dentro
de cada perfil.

Ao finalizar a leitura, você deverá somar todas as


características identificadas dentro de cada perfil, para então
selecionar o perfil dominante, que é aquele cuja soma
resultou num maior valor.

Lembre-se de que, neste exercício, a sua sinceridade consigo


mesmo será quem definirá a qualidade da sua futura
evolução espiritual, porque de fato aquilo que impede a sua
proximidade máxima com Deus deve ser reestruturado.

Perceba que todos os perfis possuem uma falta em comum:


a área espiritual. Entretanto, o que varia entre eles são as
outras áreas da vida, que influenciam diretamente na área
espiritual, por meio das adversidades já relatadas.

Ou seja: para que haja uma verdadeira revolução no seu


interior, você terá de identificar aquelas falhas que estão lhe
fazendo retroceder em sua fé, para assim focar nas dicas
específicas do
capítulo III,
direcionadas ao seu perfil.

Cada perfil foi pensado e estruturado a partir da pesquisa


“Apoio Pessoal Durante a Pandemia”, onde, a partir das
respostas obtidas, construiu-se diferentes perfis espirituais.

Que Deus abençoe a sua leitura e lhe dê abundante


sabedoria para uma promissora definição de perfil.
C
omo você pode ver a partir do diagrama, nesse perfil
espiritual, o ponto forte é o autocontrole.

Mas e como é possível que uma pessoa tenha tanto controle


sobre si e não consiga manter o equilíbrio em seus
sentimentos, pensamentos, expectativas, confiança e em
sua espiritualidade?

Como abordado anteriormente, uma das maiores


adversidades ao caminho da fé é o descontrole emocional,
que pode nos levar a vários outros obstáculos. Entretanto,
aqui o caminho é inverso.

Apesar de ter um bom autocontrole, nesse perfil, essa


qualidade não está relacionada às virtudes cristãs, mas sim,
sendo conduzida para um lado oposto, pois a partir da área
emocional não é possível observar realização.

O mais curioso aqui, é que muito provavelmente, a


falta de
dedicação à área espiritual
pode estar levando a uma
falha em todas as outras áreas.

Essa falta de atenção a espiritualidade possui duas possíveis


causas: A
falta de conhecimento acerca dos benefícios
da fé, ou então, alguma opinião negativa equivocada
em relação a ela, que nesse caso se relaciona muito
às influências
citadas anteriormente, ou seja: tem relação
direta com o meio em que vivemos.

A falta de conhecimento sobre o mundo espiritual, ocorre


principalmente em relação ao significado e aos benefícios
que uma vida cristã pode trazer à vida de uma pessoa. Ou
seja: o indivíduo sabe do que se trata, já frequentou uma
igreja, já participou de um culto, e pode até ser que já tenha
realizado orações direcionadas a Deus.

Entretanto, como o controle que exerce em sua vida é muito


forte, e não se relaciona a área emocional e espiritual,
limita-se em um mundo onde não existe o
interesse
em aprofundar-se em algo novo.

A falta de confiança em si mesmo e em seu entorno


o
faz acreditar que não será capaz de envolver-se em algo que
talvez nem lhe desperte interesse ou roube muito tempo de
seus dias.

Assim, esse controle visível no gráfico, na verdade, é


utilizado como uma capa protetora a outras opções. Esse
“controlar a si mesmo”, quando não vem acompanhado de
boas energias e sentimentos, significa: não permitir-se viver.

Por outro lado, quando o motivo pelo qual esse perfil não
consegue desenvolver-se na área espiritual são as opiniões
negativas acerca do tema, como por exemplo: “A igreja só
rouba dinheiro dos fiéis” “A igreja faz lavagem cerebral nas
pessoas que a frequentam” e “Deus não existe”, além do
desconhecimento
, com certeza há relação com
influências externas
que preenchem os pensamentos
dessas pessoas com negatividade.

Em primeiro lugar, a vida espiritual não é constituída apenas


de ir à igreja uma vez por semana, é um ato contínuo, diário,
que pode ser feito no lugar que se estiver, no momento que
for. Ou seja, a fé não é apenas uma prática, senão, constitui
o ser, fazendo parte dele como o sangue que corre em suas
veias.

Em relação a questão financeira, que é a tecla onde muitos


ateus gostam de apertar, ninguém é obrigado a ofertar
quando não possui condições para isso.

Ofertar é questão de empatia, de sentimento, jamais de


obrigação. Se você teve alguma má experiência relacionada
a dinheiro, é porque não estava no lugar correto. Deus não
cobra pedágio para a sua alma ser entregue a ele.

O único que ele exige de você, é que tenha fé nele. E uma


vez tendo essa fé inquebrantável, sozinho você perceberá
que Deus sempre proverá, e jamais deixará ninguém passar
necessidade enquanto esteja sob a sua proteção.

Entenda que, quando você tem apenas cinco reais na sua


carteira, e pensa que se entregar esse dinheiro à igreja ou a
algum necessitado, não poderá levar pão para a sua família,
esse pensamento na verdade está forrado em medo, e não
na fé.

Perceba desde já como o medo nos impede de tomar


grandes decisões em nossas vidas.

Nesse caso, o autocontrole não se vê direcionado a uma


disciplina na vida espiritual, associação que muitos poderiam
fazer ao ler essa descrição, mas sim, direcionado a uma
certa insegurança meramente humana, carnal.

Entretanto, devemos cuidar, pois a mídia costuma focar em


problemas, dificilmente os noticiários mostrarão os milagres
e benefícios da fé na vida de alguém.

O público costuma alimentar a mídia que traz polêmica,


dessa forma: se você costuma formar suas opiniões com
base ao que assiste na televisão, lê na internet ou escuta no
rádio, é normal que você tenha construído uma imagem
negativa sobre a religião e a vida cristã.

Estar em um ambiente onde todos são ateus, todos são


negativos e todos possuem uma fé demasiadamente fraca,
com certeza te influenciará a seguir os mesmos passos,
ainda que involuntariamente.

Diferente de estar com pessoas com uma boa formação


espiritual, estar com pessoas sem virtudes ou propósitos,
nos faz ver a vida por esse mesmo olhar, o que nos afasta
totalmente do caminho de Deus.

Observe em você mesmo, se o seu autocontrole não está


tornando-o uma pessoa cada vez mais fechada, desmotivada
e cansada. Se o seu autocontrole não está levando-o a ser
uma pessoa egocêntrica, de forma insegura. Se de repente
todos os seus sentimentos e pensamentos negativos não
sejam pela falta de fé, pela falta de desenvolvimento da área
espiritual, que sempre vem com a promessa de dias
melhores, cheios de esperança.

Ter um bom autocontrole é uma característica muito


positiva, sempre que acompanhada de outras, igualmente
construtivas.

Se você decidir entregar-se a um estilo de vida cristã, com


certeza o seu autocontrole levará você a tomar muitas
atitudes acertadas, que serão grandemente valorizadas aos
olhos de Deus.

Controle o seu autocontrole: use-o a seu favor.

N
esse perfil, a característica mais marcante é a relação
entre Espiritualidade e Sentimentos.

Como podemos ver no gráfico, existe um equilíbrio entre


autocontrole, confiança, pensamentos e expectativas. Sendo
assim, essa pessoa mesmo sem estar imersa em uma vida
espiritual, alimenta boas energias em sua vida.

Entretanto, possui grande


instabilidade em seus
sentimentos, que é consequência da falta de fé.

Nesse caso, o mais provável é que essa pessoa


se sinta
autossuficiente
, pois a maioria de suas áreas da vida vão
bem.

É o típico pensamento advindo do


egocentrismo
, que com
o tempo passa a gerar em nós a
carência de um
significado
maior, que é Jesus.

Essa
falta de sentido afeta diretamente em como nos
sentimos
, trazendo
depressão
na maioria das vezes, que
é uma tristeza sem justificativa. E é justamente por isso que
esse perfil possui essa instabilidade emocional.

Numa vida guiada pelos caminhos egocêntricos, não há


como existir paz, pois a solução dos problemas nunca é
buscada na fonte certeira (Deus), mas sim, em outras
referências, ou até em si mesmo.

Assim, chega um momento em que a pessoa que


sobrecarrega-se de conflitos, pensa que não aguentará mais
tal carga, e sua vida torna-se mais pesada, pois além de não
saber onde apoiar-se para receber forças, não recebe o
milagre do perdão, que torna a vida tão leve e nos faz
recomeçar a cada dia.

Às vezes, nesse tipo de perfil, pode levar uma vida inteira


até que o indivíduo perceba que o que lhe falta é trabalhar a
área espiritual e alimentar a sua fé em Cristo.

Muitos sofrem diariamente pela falta de conscientização de


pessoas próximas, ou simplesmente por fechar os olhos e
não depositar confiança suficiente na Salvação, sempre
pensando que a sua salvação é em si mesmo.

Uma pessoa assim poderá perder a vida inteira atrás da


perfeição pessoal, na esperança de consertar aquilo que
dentro de si está quebrado, entretanto, apenas estará
enganando a si mesma.

O
bserve no gráfico abaixo um questionamento constituinte
de minha pesquisa, onde busquei medir a fé das pessoas em
suas ações rotineiras:

Observação: atente-se para a porcentagem da


segunda opção da lista (cor vermelha)

Apesar de não ter sido a opção ganhadora, a resposta


“Tenta convencer a si mesmo de que tem fé, mas por
dentro sente-se dominado pela incerteza”
recebeu a
segunda maior quantidade de votos.

O que busco demonstrar com esse resultado é que, existe


por aí um grande número de pessoas que se encaixam nesse
perfil 3, em que predomina o “
sentir-se dominado”
apesar da tentativa de controle.

Em geral, nessa personificação, existe uma “


tentativa” de
autocontrole
, já que essa pessoa está sempre fazendo um
esforço para manter seus pensamentos positivos e um olhar
cheio de expectativas em relação ao futuro.

Você pode estar se perguntando: mas se essa pessoa é tão


positiva, por que ainda assim sofre emocionalmente e sente-
se tão insegura?

A resposta para isso mais uma vez está na


falta de
espiritualidade
.

Ou seja: a pessoa costuma buscar esse positivismo dentro


de si, e até consegue confiar nisso de forma momentânea,
entretanto, como o positivismo que surge dentro de nós é
diferente daquele que encontramos em Deus, essa energia
confiante é efêmera, e logo dá espaço ao
medo e à
insegurança
.

Pensamentos positivos que não se embasam em Deus,


fortificando suas raízes para tornar-se um hábito verdadeiro,
acabam sendo derrotados na primeira oportunidade, pois
não possuem uma base divina para sustentá-los.

Assim, mais uma vez, vemos que a falta de atenção à área


espiritual é quem está trazendo sentimentos vazios e
turbulentos nesse perfil, assim como nos perfis anteriores.

C
omo visto anteriormente, autocontrole nem sempre
significa ser uma pessoa equilibrada, feliz e realizada. Nesse
perfil, o autocontrole é predominante, pois essa pessoa está
sempre controlando suas ações no presente de forma
meticulosa.

É uma pessoa de certa forma


limitada,
pois contenta-se
com o que é ou com o que possui no momento. Entretanto,
quando o assunto é criar expectativas para evoluir, fazer
planos, pensar no amanhã, sua
negatividade
a impede de
dar passos maiores e a faz pensar apenas no que de fato
está ao seu alcance.

Esse perfil é caracterizado por uma pessoa


extremamente
realista,
que já aceitou que a vida não pode melhorar.

Devemos lembrar que o


excesso de realismo nos torna
pessoas descrentes
, pois somos tentados a acreditar
apenas naquilo que vemos com nossos próprios olhos e/ou
podemos tocar.

Isso ocorre justamente pela


falta de conhecimento acerca
de Deus.
Por não aprofundar-se no tema da espiritualidade,
não possui nem mesmo a meta de ir para o lado de Deus
após a vida terrena, ação que para ser concretizada na vida
de um cristão deve ser trabalhada e construída dia após dia,
pois exige uma constante evolução.

Evoluir está longe dos planos desse perfil, que não


possui o positivismo e as expectativas em alta
.

Caso esse perfil descobrisse o mundo da fé, poderia dedicar


todo o seu excesso de controle a praticar ações de empatia,
focar em louvor e adoração, e principalmente buscar evoluir
como pessoa e como cristão. Isso aumentaria
significativamente a sua confiança, lhe geraria uma
sensação de bem-estar, positivismo, entre outros benefícios.

E
ssa é a típica pessoa que vive de futuro, ou seja, é um
perfil sonhador. E se por um lado, sonhar significa depositar
esperança no amanhã, por outro, pode gerar ansiedade,
principalmente onde há ausência de planos em direção a um
rumo correto.

O motivo de possuir um bom autocontrole se deve pelo fato


de que, por estar com a mente sempre um passo adiante,
consegue ter tempo para arquitetar suas reações frente as
mais diversas situações, e assim, sente-se no controle de
tudo.

Entretanto, como
vive sempre para o depois
, em
situações em que sua presença no momento atual é exigida,
costuma ser uma pessoa
negativa,
o que
afeta
diretamente em seus sentimentos,
e a faz
não dedicar
tempo a descobrir-se espiritualmente.

Embora consiga demonstrar aos demais um bom controle


sobre suas atitudes, em seu interior sabe que é
extremamente insegura.

Para esse perfil é muito


fácil viver com um pé no amanhã
, onde sente-se seguro planejando suas reações, atitudes,
emoções. Prefere planejar em vez de agir, pois essa é sua
zona de conforto.

E isso está diretamente relacionado a atitudes de


procrastinação
, onde tarefas vão sendo deixadas para
depois, de maneira que, em algum momento, acumulam-se,
gerando grande insatisfação.

Dessa forma, fica claro mais uma vez que o autocontrole,


quando não acompanhado de desenvoltura também nas
outras áreas, não é uma vantagem; pelo contrário: pode
mascarar um problema emocional.

Como uma pessoa que não consegue viver o presente de


forma natural poderá praticar a gratidão em sua vida?

Nesse perfil, existe uma


carência no hábito de sentir, e
vive-se de forma robotizada
, querendo sempre garantir
que o depois ocorrerá conforme o planejado, mas jamais
parando com calma para notar as coisas ao seu redor e ser
grato simplesmente pelo fato de existir.

Não preciso nem comentar que a origem de tudo isso é a


superficialidade espiritual,
não é? Mais uma vez, a falta
de Jesus no coração leva esse perfil a viver uma
vida sem
sentido, onde há conflitos emocionais, insegurança,
negatividade, ingratidão, etc.

Se você percebe-se como esse perfil, tomado por


sentimentos de ansiedade, o primeiro passo é buscar a
Deus, pois acredite, antes que um psicólogo ou um familiar,
é o único que poderá lhe curar dessa enfermidade que lhe
impede de viver de forma digna, como você merece.

EVOLUÇÃO ESPIRITUAL: COMO SER



“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que
você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.” -
Martin Luther King.

C
aro leitor, após ter realizado a leitura dos 5 perfis acima, e
ter se identificado com um deles, é hora de tomar decisões
que mudarão a sua vida e resolverão todos os seus
problemas, e o melhor de tudo: decisões com base em
soluções divinas, que Deus colocou em meu coração para
levar até você.

Nessa etapa, você pode direcionar sua leitura diretamente


ao tópico referente ao seu perfil, ou caso tenha se
identificado com mais de um, sinta-se à vontade para ler de
forma completa.

Meu mais profundo desejo é que, após concluir a leitura


desse livro, você passe a pensar com fé, que é e sempre
será a nossa melhor escolha.

É a decisão mais certeira e que renderá os melhores frutos e


resultados que podem existir em sua vida: uma vida
tranquila e cheia de vitórias, com direito a um lugar
garantido no reino de Deus. Que a paz esteja conosco!

COMO SER FÉ – Perfil I

“Uma razão por que nós, cristãos, vivemos em


descrença e nossa fé tem sido obstruída, é a falta de
conhecimento da redenção e dos nossos direitos na
redenção. Falta-nos saber o que a Palavra de Deus diz
sobre nossa redenção, e essa falta de conhecimento é a
maior inimiga da fé. Não conhecer a Palavra de Deus
produz descrença. Por não compreendermos o que é
realmente o Novo Nascimento – o que significa e quais
os benefícios que proporciona ao crente – nossa fé fica
obstruída.” – Kenneth E. Hagin (Compreendendo – Como
combater – O Bom Combate da Fé).

A
falta de conhecimento acerca da fé e da palavra divina,
que nos leva a pensar negativamente ou de forma neutra
em relação a ela, costuma ser gerada em nós como
consequência do meio em que vivemos.

Acredite ou não, as influências presentes em nossas vidas


exercem em nós o poder de moldar-nos nas pessoas que
hoje somos, e o impacto é ainda maior em pessoas cuja
característica predominante é a insegurança e o
autocontrole egocêntrico, como no caso desse perfil.

O mais comum nesse caso é que, justamente pelo


autocontrole ilusório, as pessoas costumam afirmar que não
são e jamais serão influenciadas por alguém, porque isso
seria possuir um caráter frágil.

Esse tipo de conduta é típico do


Perfil I
. Por experiência
própria, sei o quanto é fácil equivocar-se nesse tipo de
afirmação, já que no momento em que estamos submersos
em qualquer ambiente, estamos sujeitos a ele.

Antes da minha conversão a uma vida espiritual, meu círculo


social era composto principalmente de pessoas descrentes,
ateias, ou até que seguiam religiões que vão totalmente em
direção oposta aos princípios cristãos, como o Espiritismo.

Dessa forma, não frequentava a igreja regularmente, não


pensava com fé, e muito menos louvava a Deus por meio de
cânticos. Nem sequer orava de forma pontual. Ou seja: o
ambiente em que eu estava imersa moldava indiretamente a
forma como eu vivia.

Por outro lado, após passar a conviver com pessoas cristãs,


positivas, preenchidas pela fé, e afastar-me de certas
amizades, minha rotina externa e interna alterou-se
completamente, e foi evoluindo aos poucos conforme o
passar do tempo.

Observe o diálogo entre Jesus e Nicodemos, em João


3: 3-6:

Jesus respondeu, e disse: “Na verdade, na verdade te


digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus.”

"Disse-lhe Nicodemos: “Como pode um homem nascer,


sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre
de sua mãe, e nascer?”

"Jesus respondeu: “Na verdade, na verdade te digo que


aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode
entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é
carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.”

Agora, é importante avaliar essa situação da influência do


meio, levando em conta que somos “recém-nascidos” no
meio espiritual, ou em alguns casos, como tratado no
capítulo 3 de João, nem nascemos ainda, mas podemos
nascer, caso tomarmos uma decisão em relação ao meio em
que vivemos, decisão essa, de deixar a carne de lado e viver
de espírito.

Mas, como simplesmente mudar esse ambiente se as


pessoas costumam estar cegas, vivendo automaticamente?
Como podemos nascer novamente?

Isso realmente é algo que exige o conhecimento da palavra


divina. Devemos abrir os olhos espirituais para as
oportunidades de redenção, que podem se manifestar a
partir de pessoas que surgem em nossa vida, por meio de
situações-chave que nos levam a explorar o mundo da fé, ou
até mesmo por meio de fontes como esse livro, que está em
suas mãos nesse momento.

Não importa a forma como você se submeta a conhecer mais


sobre essa vida de fé, mas é importante saber que Deus
sempre está tentando nos enviar sinais divinos para que a
nossa conversão a Ele seja realizada.

Um erro bastante comum das pessoas que de fato ainda não


conhecem a Bíblia a partir da sua leitura, senão por opiniões
de terceiros, é pensar que há passagens bíblicas onde Deus
é cruel com o seu povo, fornecendo castigos a eles, ou
então, afirmar que a bíblia é extremamente machista na
forma como descreve as mulheres.

Entretanto, ao realizar uma leitura minuciosa, percebemos


que isso na verdade está relacionado a uma questão do
contexto histórico em que a mesma foi escrita, mas que no
Novo Testamento, Jesus sempre dá ênfase em como a
mulher deve ser tratada com amor e respeito, o que aos
olhos de um cristão é visto como algo digno, mas pode ser
interpretado de forma machista por pessoas cujo coração
está corrompido por teorias que fogem do encontro com
Deus.

O conhecimento é a base de tudo. Se em todas áreas da vida


essa lei é verdadeira, não poderia ser diferente no mundo
espiritual.

Além disso, para ser fé, é preciso previamente conhecer


acerca da Palavra de Deus, que é quem deve guiar os nossos
passos de forma sábia.

Assim como afirma Kenneth E. Hagin:

“Nossa fé cresce à proporção que cresce nosso


conhecimento na palavra de Deus.” “Não é o nome na
porta da igreja que salva você. Receber algo dentro de
você – Jesus – é o que salva!”. 

Dessa forma, entenda, caro leitor, que antes de buscar


congregar-se a uma igreja, você pode conhecer a Cristo
desde o seu próprio lar, desde o seu próprio interior,
realizando suas próprias análises bíblicas para,
posteriormente, buscar uma igreja que se encaixe nos
padrões que você entende por corretos (porque você
estudou e aprendeu), pois estão contidos na Palavra
divina.   

          

Dicas práticas para resolver a questão da Falta de


Conhecimento a respeito da
Fé:

I – Inicie a leitura da Bíblia, desde o antigo


testamento, para compreender a História, até o Novo
Testamento, a fim de conhecer, de fato, tudo
relacionado a Deus a partir da fonte mais confiável.

II – Faça anotações de partes que lhe chamem atenção


para facilitar o seu entendimento

III – Caso tenha dificuldade em entender a leitura,


peça ajuda a pessoas de referência nessa área (pode
ser um pastor, uma pessoa cristã, ou até mesmo
fontes confiáveis da internet).

IV – Afaste-se de influências negativas que você


identifique como perturbadoras na sua transformação
em Cristo. Para identificá-las com eficiência, tenha
como referência a Palavra.

Geralmente essas pessoas caracterizam-se por


questionar o seu interesse religioso, ou até mesmo
direcionar maus olhares e piadas acerca de sua
decisão divina. Esteja atento.

Como dito anteriormente, o autocontrole é uma


característica positiva apenas quando utilizado para fins
positivos.

Como nesse perfil, a partir do gráfico referente à Pesquisa,


observamos diversos problemas como o excesso de
pensamentos negativos, a falta de confiança, a falta de
expectativas, bem como a área sentimental abalada, fica
bastante claro que esse autocontrole não está sendo
direcionado a fins benéficos.

Acredito que o primeiro passo, que é de certa forma


universal,
para superar todos esses conflitos internos, é
aprender a pedir perdão e a perdoar.

No momento em que você entender que o único que pode


livrar você de todos os erros do passado é Deus, não importa
se as outras pessoas lhe perdoarão ou não, você estará
pronto para iniciar a sua evolução espiritual.

Mas, antes, é essencial que você aprenda a perdoar a você


mesmo. Se você desconhecia até agora, saiba que inclusive
na Bíblia há uma passagem em 2 Coríntios 5:17 que diz:


Se alguém está em cristo, é nova criatura! As coisas
antigas passaram! Tudo se tornou novo!”.

Por isso, permita-se ser perdoado, por Cristo, e por você


mesmo.

Esse será o ponto inicial para a mudança dos seus hábitos.

Depois que você recebe o perdão, sentirá que está vivendo


uma nova chance para começar do zero, e é assim que
funciona a evolução espiritual.

COMO SER FÉ – Perfil II

S
er egocêntrico é o oposto de ser humilde. E como
podemos evoluir espiritualmente sem praticarmos a
humildade aos olhos de Cristo?

Como citado anteriormente, instabilidade sentimental é um


dos pontos fracos neste perfil. E isso está relacionado,
principalmente, ao fato de que não existe um significado
para estar vivendo dia após dia, quando uma pessoa vive
para si mesma.

Isso é uma das maiores causas do sentimento de tristeza


característico da Depressão, onde o indivíduo é dominado
por uma sensação de vazio em seu interior.

Se existe algo que pode auxiliar na mudança inicial desse


cenário, é a prática da gratidão. E por que digo isso? Pois o
ato de agradecer nos faz esquecer de nós e pensar no outro.
Não há melhor destino para nossa gratidão do que a Cristo. E
o melhor de tudo é que:
você pode começar agora
mesmo!

Pare neste exato momento para refletir e avaliar se


ultimamente você tem sido grato pelas pequenas coisas que
acontecem na sua vida; se antes de dormir você reserva um
momento para refletir, mesmo naqueles dias corridos, e tem
a sensação de gratidão.

Saiba que antes de fazer seus pedidos a Deus por coisas


novas, é imprescindível agradecer por tudo aquilo que já
possuímos.

Devemos demonstrar valorização pelas pequenas conquistas


e vitórias do cotidiano. Viver de forma automática nos torna
seres humanos ingratos por natureza.

Segundo a OMS, a saúde é definida como o estado completo


de bem-estar físico, mental e social. A partir disso, efeitos
benéficos da prática da gratidão estão sendo muito
estudados nos últimos tempos, visto que se trata de uma
intervenção bastante simples e econômica. A ciência e a fé
estão cada vez mais próximas, e o mundo está começando a
andar nesse mesmo passo.

O artigo The Effects of Gratitude Expression on Neural


Activity, publicado no Jornal Científico NeuroImage, nos traz
uma experiência em que foram convocados 43 voluntários
que estavam sendo tratados de depressão e problemas de
ansiedade. 22 dessas pessoas foram desafiadas nos três
primeiros encontros a escrever cartas a um destinatário,
onde demonstravam gratidão, podendo ou não enviá-las de
fato. 

Passados três meses, todos os voluntários passaram por um


escaneamento cerebral, enquanto eram exibidas fotos de
pessoas que supostamente teriam feito doações financeiras
à pesquisa, e os participantes deveriam agradecer a eles
pelo investimento, enquanto os seus cérebros eram
analisados.

Em resultado, aqueles que haviam escrito as cartas três


meses antes, demonstraram maior atividade cerebral nas
áreas relacionadas ao sentimento de gratidão do que o
restante do grupo.

Com isso, concluíram que o ato de exercitar a gratidão é algo


duradouro, ou seja: a massa cinzenta do cérebro lembra do
comportamento e passa a agir da mesma forma. Assim,
comprovaram a efetividade da gratidão no combate à
depressão e à ansiedade.

Indo agora pelo lado de uma experiência pessoal, há quase


quatro anos, comecei a sentir que estava deprimida, chorava
sem motivo aparente e não entendia tamanha tristeza que
me dominava.

Havia passado no vestibular para o curso de Odontologia,


meu namoro estava funcionando conforme o planejado,
parecia que a minha vida estava perfeita, mas ainda assim,
algo me faltava, algo me afetava.

Nesse tempo eu ainda estava no início da construção da


minha fé, que era pequena, mas já existia, pois eu tinha
certeza de que não precisaria de remédios para controlar
esse sentimento de insatisfação que me consumia.

Nesses dois meses em que me senti assim, Nikolai estava no


Equador, então eu estava frequentando a igreja sozinha. E
comecei a perceber o quanto o pastor comentava sobre essa
tal da gratidão, sempre iniciando seus cultos a partir dela.

Passei a agradecer por extremamente tudo o que me


rodeava antes de dormir: agradecia por respirar, por estar
viva, por meu coração bater, por ter saúde, por ter um bom
namorado, por ter sido aprovada no vestibular, por ter
alimento em casa, e por tudo o que me viesse em mente.

E adivinhem? Comecei a convencer a mim mesma de que eu


tinha tudo, de que eu tinha muitos motivos para agradecer
sendo feliz, e que a minha alegria era a maior demonstração
de gratidão que eu poderia oferecer a Deus e a todas as
pessoas merecedoras da minha gratidão.

Caso você não saiba por onde começar a prática da


gratidão, receba em seu coração as seguintes dicas
e
pratique-as:
I - Crie o hábito de refletir sobre o rumo que sua vida
tem tomado e sobre suas conquistas (por mais
pequenas que sejam). Escolha um horário fixo para
realizar essa prática: pode ser ao acordar ou antes de
dormir.

II - Comece agradecendo por existir, por respirar, por


ter sobrevivido a uma situação ruim, por ter sido forte
em algum momento, etc.

III - Inclua um período de meditação nos períodos em


que esteja muito ansioso, ou sem conseguir focar no
que necessita, sempre tendo em mente que essa
inquietação mental ou física não é mais importante do
que a paz espiritual.

IV - Um material de leitura que pode agregar nesses


momentos de gratidão, que reforça a nossa fé e nos
traz grande conhecimento acerca da Palavra,
encontra-
se
no novo Testamento da Bíblia, em Hebreu
s,
onde Jesus repete muitas vezes e demonstra em
várias situações que quem tem fé e acredita,
alcançará o que deseja:

“ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se


esperam, e a prova das coisas que não se veem.”

“Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.”

“Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de


Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê
não foi feito do que é aparente.”

“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que


Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo,
dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois
de morto, ainda fala.”

“Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e


não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como
antes da sua trasladação alcançou testemunho de que
agradara a Deus.”

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é


necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que ele existe, que é o galardoador dos que o buscam.”

“Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda


não se viam, temeu e, para salvação da sua família,
preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito
herdeiro da justiça que é segundo a fé.”

“Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para


um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem
saber para onde ia.”

“Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra


alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó,
herdeiros com ele da mesma promessa.”

“Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da


qual o artífice e construtor é Deus.”

“Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de


conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve
por fiel aquele que lhe tinha prometido.” – Hebreus, 11:
1 – 11

Assim,
no momento em que a gratidão estiver ganhando
corpo, a fé começará a ser aprimorada, pois aos poucos
iremos associando que tudo de bom que acontece
diariamente nas nossas vidas só pode ser algo divino, e não
mera coincidência, nem advindo de nós mesmos.

Assim, aos poucos, o egocentrismo e a sensação de vazio


interior presentes anteriormente, vão dando cada vez mais
espaço a um significado espiritual, que nos preenche por
completo.

COMO SER FÉ – Perfil III

P
or que uma pessoa que tenta controlar-se e mina-se com
pensamentos positivos ainda assim pode ser levada a
fracassar nessa tentativa de domínio próprio frente a
situações difíceis que nos exigem força?

A resposta para isso reside no fato de que as pessoas


normalmente tentam ter fé de uma forma forçada, quando
na verdade não se trata disso, senão de conhecer a palavra
divina e agir por meio dela.

No momento em que passamos a acreditar nela e agir


conforme as orientações nela contidas, estamos tendo fé, e
assim nem a maior força negativa poderá ir contra nós.

Por isso entenda, caro(a) leitor(a), que a fé não é um esforço


mental que funciona para uns e não para outros.

Não é questão de sorte, é questão de entrega. Quanto mais


nos entregamos a conhecer a Cristo e a sua palavra, maior a
nossa fé, e consequentemente mais tranquilos viveremos
frente a qualquer situação, por mais difícil que ela se
apresente.

O positivismo que tentamos introduzir em nossa mente de


forma forçada, dificilmente é duradouro, sendo desafiado
com muita facilidade por qualquer situação adversa.

Por outro lado, o positivismo embasado em Deus é diferente,


pois não está relacionado apenas às coisas boas, senão à
uma aceitação de que tudo será conforme o desejo de Deus.
E é essa a única forma sustentável de alimentar a nossa
felicidade.

O
Perfil III
, é um perfil completamente dominado pelo
medo. E como já abordado anteriormente, o medo e a fé são
caminhos opostos. Sendo assim, como podemos superar isso
em busca de uma evolução espiritual? Acompanhe as dicas a
seguir:

I – Questione-se sobre qual a pior coisa que pode


acontecer.

Existe uma técnica bem simples, de apenas três passos, que


pode lhe ajudar nesses momentos onde você sente-se
totalmente paralisado pelo medo:

Passo I
: Pergunte a você mesmo qual a pior coisa que pode
ocorrer.

Passo II
: Prepare-se para aceitar o pior.

Passo III
: Descubra como melhorar frente à pior situação,
caso ela ocorra.
Essa é uma técnica baseada numa anedota de Willis Carrier,
fundador da indústria moderna de ar-condicionado.

Quando ele trabalhava para a Buffalo Forge Company,


descobriu uma ineficácia no serviço de purificação de gás
que sua empresa fornecia, e assim, percebeu que o pior que
poderia acontecer era sua empresa perder 20.000 dólares.

Aceitou o fato de que a empresa poderia qualificar essa


perda como o custo de pesquisa para uma nova estratégia.

Dessa forma, percebeu que, se a empresa comprasse 5.000


dólares em um novo equipamento, poderia resolver o
problema.

Assim, fica a lição:


Foque na solução, foque em Deus, e
não dê ênfase no problema, pois normalmente ele é muito
menor do que você imagina.

II – Aceite: até mesmo as coisas que consideramos


ruins são boas aos olhos de Deus

Evitar ser dominado por sensações ruins de medo e pânico,


ao lembrar de que tudo na vida acontece por um propósito.

No momento em que aprendemos a aceitar que as coisas


são como deveriam ser porque Deus tem traçado o nosso
caminho aqui na Terra, desde o nosso nascimento até a
nossa morte, fica mais fácil de superá-las.

Tente ver pelos olhos da fé, avalie a situação como se


estivesse do lado exterior, com uma análise criteriosa, e
jamais se enxergue como a vítima em seus problemas ou
dificuldades.

III – Faça uma lista das coisas que te preocupam

Em momentos estressantes, nossa mente costuma ser


traiçoeira conosco, e simplesmente lança uma carga de
responsabilidade muito grande sobre os nossos problemas.

Entretanto, ao colocarmos tudo num papel, na maioria das


vezes percebemos que na verdade as coisas estão mais sob
controle do que pareciam estar na bolha da nossa mente, e
os pensamentos estão apenas desorganizados, gerando essa
sensação de impotência.

Na prática, tenho percebido isso durante a Faculdade.


Quando era tomada por pensamentos de incompetência e
com o acúmulo de tarefas, sentava-me a escrever uma lista,
em ordem prioritária, de tudo o que eu precisava fazer. Era
questão de ler em voz alta o cronograma que a paz tomava
conta e o susto se ausentava.

IV – Aprenda a pedir ajuda no lugar correto

No instante em que você aprender que as palavras mais


sábias são encontradas na Bíblia, nunca mais conseguirá ver
opiniões alheias como a melhor saída para as suas
adversidades.

Aprenda a pedir ajuda a Deus, e sinta-se amparado e


protegido por esse que sempre tem os melhores conselhos,
e a maior das misericórdias.

V – Assuma para Deus, sempre há uma nova chance

Um dos maiores benefícios de viver pela fé, é saber que


cada dia é uma nova chance ao olhar do nosso Senhor.

Portanto, lembre-se sempre que da mesma forma que


existem dias difíceis, pode ser que na manhã seguinte você
desperte da sua cama com a melhor das notícias.

A vida com Deus é repleta de milagres e surpresas.


Embarque nela e sinta a diferença!

COMO SER FÉ – Perfil IV

A
credito que o mais interessante de estar escrevendo esse
livro enquanto vou vivendo, é que posso transmitir aqui
todas as experiências vividas nesse período. E uma delas
ocorreu no mês de setembro, enquanto eu estava no
Equador. Eis a história:

Em uma noite tranquila, cujo céu estava extremamente


estrelado e havia uma lua iluminando toda a cidade, após
um churrasco no quintal, com direito a marshmallows na
fogueira, o avô do meu namorado quase desmaiou, e foi
levado diretamente ao hospital.

Dessa forma, um dia após esse episódio, foi submetido a


uma cirurgia de coração para a troca de marca-passo. Aos
seus 86 anos, Jaime se via intensamente enfraquecido no
leito do hospital, ao ponto de seus parentes ficarem
assustados ao vê-lo, com medo de que o pior pudesse
acontecer.

Entretanto, sua esposa, avó do meu namorado: Maria Tereza


Figueroa, indo contra o excesso de “realismo” de todas as
outras pessoas, afirmava com total convicção uma frase que
me impactou demais:

—— Não devemos ver pelos olhos físicos, senão pelos


olhos espirituais da fé.

Ou seja: apesar do estado em que seu marido se


encontrava, ela preferia acreditar na Palavra de Deus, ainda
que as pessoas a sua volta não conseguissem sentir o
mesmo.

Mas afinal, o que aconteceu? Jaime se recuperou totalmente,


comprovando mais uma vez que a visão de fé sempre é a
nossa melhor aliada nesses momentos difíceis, e precisamos
dela para mantermo-nos firmes e fortes enquanto damos
apoio a quem necessita de nós.

Para Deus nada é impossível, e a única condição para que os


milagres aconteçam, é a confiança em suas promessas
divinas.

A questão é: independentemente da decisão que Deus tome


sobre as nossas vidas, devemos ter em mente que é essa a
que deveria ser tomada. Entretanto, podemos e devemos
manifestar nossos anseios frente a ele, mas a exigência para
a realização deles sempre será a verdadeira e honesta fé.

Com esse exemplo da vida real, quero demonstrar como o


perfil IV costuma falhar no quesito “acreditar”, simplesmente
por querer ver com os olhos físicos para confirmar alguma
hipótese.

O excesso de realismo nos torna negativos e limitados, pois


milagres parecem fazer parte de um conto de fadas, e não
do reino de Deus. 
É preferível sermos considerados tolos por acreditar demais,
do que limitados por acreditar de menos.

Às vezes, desconfiar de tudo e de todos é um escudo para


não sofrer, pois nos transmite a sensação de controle sobre
tudo, e de que nada passa por trás de nossos olhos.

Por outro lado, exige que lutemos por nós mesmos, que
estejamos sempre atentos e alertas contra qualquer
ameaça, para assim sentirmos que não estamos sendo
enganados.

Entretanto, quando de verdade entregamos nossa vida à


Deus, sabemos que é ele quem está no controle de tudo, e
que não precisamos nos preocupar nem metade do que nos
preocupávamos antes.

É como sempre diz Nikolai:

“O que perdemos em acreditar? Perde aquele que não


acredita, pois não possui seu lugar garantido nos céus.”

A pergunta que fica é: Como podemos passar a ver a


vida a partir do
s
olhos da fé?

Nada como aprender da pessoa que serviu de exemplo para


essa parte do Livro, não é?

Segundo Dona Maria Tereza, quando reconhecemos que


existe um Deus que é onipotente, onipresente e onisciente,
tendo a consciência de que ele controla o mundo, sabendo
que ele apenas deseja o nosso bem, jamais o mal, podemos
ter paz e tranquilidade, mesmo em momentos difíceis.

O problema é quando não sabemos quem é Deus, sua


função, seus desejos, pois não podemos entender que ele é
nosso pai, sempre disposto a salvar seus filhos.

Para concluir, podemos observar novamente a importância


de saber mais sobre quem é nosso Deus. E isso implica
estudar mais a Bíblia, e buscar maneiras de compreender a
forma que ele pensa sobre nós.

COMO SER FÉ – Perfil V


“Um dos nossos problemas é que queremos encaminhar


tudo para o futuro e deixar de desfrutar nossos
privilégios em Cristo agora.” - Kenneth E. Hagin
(Compreendendo – Como combater – O Bom Combate da
Fé).

V
ocê já ouviu falar no termo “procrastinação”? Segundo o
significado do dicionário, é o ato de adiar. Adiar tarefas,
obrigações, responsabilidades, etc.

​ O
Perfil V
tende a ser o típico procrastinador, que prefere
estar em sua zona de conforto, planejando todo o futuro,
mas não praticando nada no presente, inclusive sua fé em
Cristo.

​ É muito comum encontrar esse tipo de perfil espiritual por


aí, inclusive, quem nunca ouviu falar de alguém que deixou
para converter-se a Jesus pouco tempo antes de morrer?

Essas pessoas preferem viver a vida inteira a sua maneira,


de forma humana, carnal, pois pensam que se dedicar a
Deus é algo para se fazer no fim da vida, algo que não exige
a nossa pressa, e então tranquilizam-se pensando que ainda
há tempo.

​ Sonhar é algo extraordinário, entretanto, nossa vida não


pode e não é constituída apenas de sonhos. Caso fosse,
passaríamos o tempo todo dormindo. Entretanto, isso não
nos traz frutos reais, em nenhuma das áreas de nossas
vidas.

Sonhar é ótimo enquanto isso signifique traçar planos que


poderão ser concretizados no futuro. Mas como você deve
saber, sonhos irrealizados geram tremenda desilusão.

Dessa forma, é bom sonhar, mas melhor ainda é viver o


agora, junto a Deus. Para alguém evoluir na área espiritual
deve estar de corpo e alma imersos no momento, com o foco
voltado a Deus. Caso contrário, não há como haver uma real
conexão com ele.
O meu conselho para esse perfil tão sonhador, é encontrar
maneiras de treinar o foco, de forma a concentrar-se no
presente, mas também, utilizar essa característica
idealizadora a fim de traçar objetivos edificantes,
principalmente no caminho da evolução espiritual.

E por onde começar?

1 - Use e abuse dos seus sentidos como uma forma de


conectar-se ao momento:

I – Olfato:

Busque técnicas de respiração, sinta diferentes aromas (o


perfume de uma flor, o agradável aroma do café recém
passado, ou então, o cheiro de um pão saindo do forno).

II - Visão:

Observe cada objeto, detalhe, ou natureza a sua volta,


dando atenção às diferentes cores e estampas.

III – Tato:

Toque o que estiver ao seu alcance, sentindo as diferentes


texturas.

IV – Audição:

Escute os ruídos, as vozes ou uma música do seu agrado


(quem sabe você até sairá dançando pelos corredores).

V – Paladar:

Prepare a sua comida favorita e saboreie cada pedaço,


prestando atenção nos diferentes sabores.

2 - Descreva o momento atual para você mesmo:

Outra boa técnica para trazer o foco de volta, é declarar em


voz alta para si mesmo o que está fazendo nesse exato
momento, como por exemplo:

“Agora estou com o livro Seja Fé em minhas mãos,


aprendendo sobre como evoluir na minha área espiritual.”

Essa é uma boa estratégia que devemos ter em mente, pois


realmente é muito fácil perder o foco, seja enquanto
estudamos a Bíblia, enquanto estamos no trabalho, na aula,
ou até mesmo, em uma conversa com alguém.

Além de ser eficiente, é uma técnica bastante rápida em


momentos que exigem nossa atenção imediata.

3 – Elimine qualquer distração e foque no seu objetivo


prioritário:

Essa dica é muito simples, pois não preciso nem dizer que as
maiores distrações costumam ser os eletrônicos (televisão,
celular, computador), não é?

Se você estiver trabalhando em seu laptop, o ideal é deixar o


celular de lado e ter o cuidado de não utilizar a internet para
outros fins que não sejam cumprir a sua necessidade
prioritária.

Ao mesmo tempo, se estiver em uma ligação pelo celular,


evite utilizar o laptop ao mesmo tempo, pois isso não te
permitirá dar o melhor de si na conversa, podendo perder
informações essenciais.

4 – Faça um estudo bíblico antes de partir para


qualquer outra atividade

Por fim, não poderia deixar de compartilhar uma das


técnicas que mais tem me ajudado no quesito foco e
proatividade.

De um tempo para cá, tenho testado essa técnica e


percebido que para mim é a que melhor funciona.

Logo ao acordar e preparar o meu café, dedico as minhas


primeiras horas do dia a estudar a palavra do Senhor. Vejo
isso como um compromisso, como um pré-requisito, para
então poder passar a outras tarefas, que assim, são
realizadas com mais excelência.

Além de começar o dia evoluindo na área espiritual, me sinto


mais orientada, e guiada pelo manual de vida, que é a Bíblia.
Dessa forma, tenho o dia inteiro para praticar os
ensinamentos da Palavra, agindo como um ser humano
melhor.

Essa decisão por iniciar o dia dessa maneira, possui muitas


vantagens:

1 – Nos traz à memória de que a prioridade é Deus


, e
o resto vem depois, e nunca será tão importante como
estudar a sua palavra.

2 – Temos a chance de um dia inteiro para poder


tomar atitudes diferentes das que tomamos no dia
anterior
. É como se a cada manhã, nos sentíssemos
renovados, e recebêssemos uma ficha do Senhor para mais
uma vez participar desse jogo chamado vida, tentando agir
como pessoas melhores, a partir dos seus conselhos de
sabedoria e amor.

3 – Antes de interagir com qualquer pessoa, temos a


oportunidade de refletir nossos futuros atos
e a nossa
forma de ser, buscando corrigir erros e, principalmente,
pensando muito antes de atuar.

4 – Acalma nossos anseios.


Muitas vezes despertamos
ansiosos pelas tarefas que teremos que resolver ao longo do
dia e, se vamos direto a elas, sem nem buscar iluminação na
Palavra de Deus, acabamos tornando o nosso dia pesado.

5 – A Palavra é a água que sacia a nossa sede, e o pão


que supre a nossa fome.
Assim, nada como dar início ao
dia saciados e supridos da Palavra. Saiba que devemos estar
sempre renovados em boas novas, em palavras de amor, de
fé e de coragem. Não adianta lermos a Bíblia uma vez por
semana, porque de fato as nossas energias positivas
precisam ser recarregadas a cada dia.

Mas...E como estudar a Bíblia? Qual a melhor maneira


de realizar esse estudo bíblico?

Como eu, Daiana, normalmente faço:


Costumo dividir o meu estudo em 2 etapas, finalizando com


uma oração completa e demorada.

Primeiramente, tenha em mãos uma Bíblia, seja virtual ou


em papel, e reserve um caderno que será destinado a esse
estudo bíblico de todos os dias.

Comece a ler pelo antigo testamento, afim de entender


absolutamente todas as partes que a compõe.

Assim, iniciando pelo livro de Gênesis, comprometa-se a ler


3 capítulos por manhã. E de cada capítulo, faça um breve
resumo, apenas das partes onde você enxerga algum
ensinamento, por mais abstrato que seja. Faça as suas
próprias anotações, da maneira que fique mais claro para
você.

No meu caso, tenho uma apostila com um estudo bíblico


guiado, que constitui a segunda etapa do aprendizado. Você
pode conseguir alguma apostila ou livro semelhante, com
perguntas e espaços para as respectivas respostas, em
qualquer livraria, ou até mesmo, na internet, podendo
realizar o estudo no seu próprio laptop, ou então,
transcrevendo-o a um caderno.

Por fim, após haver meditado na Palavra, faço uma boa


oração, agradecendo por extremamente tudo, e
encaminhando a Deus minhas demandas. E assim, estou
completa para iniciar o meu dia com as melhores energias.

Tente realizar essa técnica, que promete efeitos duradouros


e muitos frutos em sua vida, fazendo-o viver o presente, e
deixando os anseios do futuro para depois.

EPÍLOGO
TESTEMUNHANDO A FÉ: O MELHOR DESFECHO
NA VIDA ESPIRITUAL

Q
uerido leitor(a), tenho convicção de que, a criação desse
livro, só foi possível porque Deus tem me guiado em todo
esse processo.

Acredito que depois de nos aprofundarmos na área


espiritual, na Palavra do senhor, o melhor que podemos
fazer, e o que ele mais deseja, é que possamos compartilhar
os seus ensinamentos a partir de testemunhas que
comprovem todo o seu amor, e o quanto ele é um Deus vivo
em nossas vidas.

O que é bom, deve ser compartilhado. E assim deve ser com


a fé.

Após nos convertermos a Deus, nosso papel aqui na Terra,


vai além de seguir seus mandamentos e ter fé. Nosso papel
é levar a sua Palavra ao máximo de pessoas, assim como
algum dia, alguém fez esse papel de trazê-la até nós.

E, se hoje estou aqui, escrevendo testemunhas a seu


respeito, é porque alguém se importou com o seu papel de
me apresentar o amor de Cristo.

No ano de 2021, tive a oportunidade divina de poder batizar-


me no Rio Jordão, na Jordânia, e tenho que confessar: foi o
melhor dia de toda a minha vida. Resolvi fazer isso como um
símbolo de entrega a Deus, apesar de já sentir-me entregue
antes mesmo desse ato.

Poderia escrever um outro livro apenas contando todas as


bênçãos que o senhor tem me concedido desde que sou sua
serva, mas, para finalizar o livro, gostaria de deixar
registrado o testemunho mais recente, que me fez sentir a
presença plena de Deus.

Desde o mês de maio, passei a receber uma ligação semanal


de uma senhora chamada Irene, que se comprometeu a
ligar-me de forma fixa para compartilhar comigo um ou dois
versículos da Bíblia e sua reflexão quanto a eles.

Conseguem imaginar o que é estar estudando o capítulo 1


de João, no versículo 18, que consta o seguinte:
“Deus nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito, que
está no seio do Pai, esse o revelou.”

,e receber nesse momento imediato a ligação de Irene,


pedindo para ler a mim exatamente o mesmo versículo?

Nesse momento, Nikolai e eu ficamos pasmos, e nos caíram


as lágrimas, porque mais uma vez sentimentos que foi uma
mensagem do Senhor, que nos disse: “Estou aqui, sou o
Deus vivo”.

Você sabe o que significa Deus ser onipotente, onipresente e


onisciente? Significa que ele tem todo o poder, todo o
conhecimento e está por todas as partes. Devo confessar
que, para mim, essa chamada telefônica confirmou
totalmente essas características do Senhor, o que trouxe
muita alegria em nossos corações, já que foi possível sentir,
de fato, Deus conosco.

Antes de estar entregue ao mundo da fé, ao escutar esse


tipo de testemunho eu duvidava, e possuía muita dificuldade
em acreditar. Porém, tenho percebido que Deus apenas se
manifesta dessa forma a quem manifesta a ele seu
verdadeiro voto de fé.

Meu mais profundo desejo, irmão(ã), é que pelo menos, esse


livro o(a) faça refletir sobre como anda a sua área espiritual,
e o influencie a buscar melhorar cada vez mais nesse
aspecto.

Que a sua fé possa crescer exponencialmente. Amém.

BIBLIOGRAFIA
1. Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Setembro
Amarelo, 2014.

2. Royal Society for Public Health (RSPH), Status of


Mind, 2017.

3. Organização Mundial da Saúde (OMS), Síndrome de


Burnout, 2000.

4. Padre Fábio de Melo.

5. MITTELSTAEDT, Daiana, Questionário de apoio


pessoal durante a Pandemia, 2020.

6. DUHHIG, Charles, O Poder do Hábito, 2012.

7. BAUMAN, Zygmund, Modernidade Líquida, 1999.

8. Ivo Mozart, Anjos de Plantão.

9. Isaac  Newton, Philosophiae Naturalis Principia


Mathematica.

10. TOLLE, Eckhart, O Poder do Agora, 1997.

11. Iván Vallejo.

12. Jean Baptiste Massilon.

13. SHAKESPEARE, William.

14. CARNEIRO, Caio, Seja Foda, 2017.


15. Martin Luther King.

16. Kenneth E. Hagin, Compreendendo Como combater


O Bom Combate da Fé, 2002.

17. The Effects of Gratitude Expression on Neural


Activity, NeuroImage, 2016.

VERSÍCULOS BÍBLICOS
1. Provérbios 25:21.

2. Lamentações 3:30.

3. Mateus 11:26.

4. 1 João 4:18.

5. Filipenses 4:6-7.

6. Mateus 6:34.

7. 1 Coríntios 6:12.

8. 1 Coríntios 6:19-20.

9. Filipenses 4:13

10. Lucas 1:37

11. Salmos 125:1.

12. Hebreus 12:15

13. Provérbios 23:7.

14. Habacuque 3:17-18.


15. Lucas 9:23.

16. Mateus 22:35-40.”

17. Efésios 4: 28

18. Gênesis 22:1-18.”

19. Isaías 40:31.

20. 1 João 1:9.

21. Filipenses 4:13.

22. 1 Coríntios – 15:33.

23. Provérbios – 13:20.

24. Salmos – 1:1.

25. João 3: 3-6

26. 2 Coríntios 5:17

27. Hebreus, 11: 1 – 11

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