CALCULADORA

CIENTÍFICA

ETAPA 3
MEMÓRIA E NOTAÇÃO CIENTÍFICA
 CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br

Curso sobre Calculadora Científica

Centro Universitário Leonardo da Vinci

Organização
Grazielle Jenske

Autores
Leonardo Garcia dos Santos
Luiz Carlos Pitzer

Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância

Prof.ª Francieli Stano Torres

Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância

Prof. Hermínio Kloch

Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco

Revisão
Andressa Ehlert
APRESENTAÇÃO

Saber utilizar bem a calculadora e as tecnologias que nos cercam é de vital

importância, pois nem sempre temos tempo suficiente para realizar tais procedimentos
mentalmente ou até mesmo em um rascunho. O mercado financeiro é uma grande
prova deste fato. Mas não somente neste segmento nos deparamos com uma quantidade
significativa da utilização deste aparato, na engenharia, na construção civil e demais
setores, a correta utilização torna os procedimentos mais rápidos, assim não se perde
tempo.

Nesta etapa abordaremos a memória da calculadora, procedimentos de vários

cálculos simultâneos e a notação científica (notação de engenharia). No caso da memória
interna, estudaremos três funções distintas da calculadora: a memória independente,
memória com variáveis e procedimentos simultâneos de resultados. Em notação
científica, veremos procedimentos de como escrever estes números, operar resultados
com a notação desejada e as operações com estes números.

Para um esclarecimento dedutivo sobre os resultados e operações realizadas

na calculadora, continuaremos abordando os assuntos citados com vários exemplos,
sempre evidenciando o procedimento e o resultado visual na tela do visor com uma
imagem. Bons estudos!
 2 CALCULADORA CIENTÍFICA
1 MEMÓRIA

1.1 MEMÓRIA INDEPENDENTE

Esta memória da calculadora, que também é conhecida como memória M, tem

como diferencial da outra memória que estudaremos, o fato de que é possível operar
com a memória, ou seja, realizar somas, subtrações e representar o total acumulativo. Os
valores podem ser introduzidos diretamente na memória e estes podem ser adicionados
ou subtraídos da memória.

O único botão utilizado para esta memória é que associado aos botões

e idealiza as duas funções e modo de resultado: M+, M- e M. O M+ adiciona à

memória um resultado, o M- subtrai da memória e M serve para visualizar a memória.

Inicialmente certifique-se de que sua calculadora não está no modo SD ou REG,

os quais você estudou na Etapa 1. Observe o visor na parte superior como ilustrado a
seguir:

Caso esteja com algum destes, proceda com o seguinte processo:

para configurar a calculadora para o modo aritmético.

Outra observação que deve ser feita é verificar se não há nada salvo na memória
M, basta observar se há no visor a identificação de um M no canto superior esquerdo
como indicado na ilustração a seguir:

Caso tenha o M, há formas de limpar esta memória, apresentaremos duas delas.

• Proceda com as funções de entrada na calculadora:

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 CALCULADORA CIENTÍFICA 3

o que indica (0), (STO) e M. O visor mostrará a seguinte

informação sem o M:

• Neste procedimento os dados da memória serão apagados, o procedimento é aquele

que você estudou na Etapa 1, acompanhe:

a tela mostrará:

Agora, com todos esses detalhes feitos, sua calculadora está pronta para ser
operada com a memória independente. Um fato importante a ser informado é que esta
memória não apaga com o desligamento da calculadora, logo, se você desligar e querer
saber o resultado salvo na calculadora ou até mesmo continuar o procedimento que
havia parado, isto será possível.

Vejamos um exemplo simples para nos familiarizarmos com esta memória.

Exemplo: você deseja fazer os seguintes cálculos:

QUADRO 1 – EXEMPLOS DE CÁLCULOS

Cálculo Resultado
2+6 12
5x9 45
36 : 4 9
SOMA 66
FONTE: Os autores

Na calculadora você deve proceder da seguinte forma:

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 4 CALCULADORA CIENTÍFICA
QUADRO 2 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NO VISOR
Cálculo Visor

FONTE: Os autores

Para verificar o total, veja os procedimentos e a visualização no visor:

QUADRO 3 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NO VISOR

Procedimentos Visor

FONTE: Os autores

Veja mais um exemplo: um pedreiro deseja calcular a soma das áreas de vários
setores de uma casa para a colocação de ladrilhos. Para isso montou o seguinte quadro,
com os respectivos cômodos da casa (todos retangulares):

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 CALCULADORA CIENTÍFICA 5
QUADRO 4 – EXEMPLO CÁLCULO ÁREA CÔMODOS
Cômodo Dimensões (m) Área (m²)
Quarto 3x4 12
Banheiro 2 x 1,50 3
Sala 2,5 x 4 10
Total 25
FONTE: Os autores

Porém, deve retirar desta quantidade um retângulo de 2 x 1,50 = 3 m² totalizando

22 m² de revestimento. Supondo que ele esteja na obra com apenas a calculadora e uma
fita métrica, ele poderia proceder com os seguintes comandos na calculadora:

QUADRO 5 – PROCEDIMENTOS REALIZADOS PARA OS CÁLCULOS

Dimensões (m) Procedimento

3 x 4 (somar)

2 x 1,50 (somar)

2,5 x 4 (somar)

2 x 1,50 (subtrair)

Total

Visor

FONTE: Os autores

Não se esqueça de, sempre que for utilizar a memória novamente, certificar-se
de que ela está limpa e de que a calculadora está configurada em COMP.

1.2 MEMÓRIA COM VARIÁVEIS (A, B, C, D, E, F, X, Y)

Outra forma de guardar resultados é a memória com variáveis. Com esta memória
é possível armazenar até oito diferentes dados, constantes ou resultados e diferentes
procedimentos. Para iniciar é importante garantir que estes não estão sendo utilizados,
logo, limpe a variável a ser utilizada. Procedimentos:

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 6 CALCULADORA CIENTÍFICA
• Proceda com as funções de entrada na calculadora:

o que indica (0), (STO) e A. O visor mostrará a seguinte

informação:

Este serviu para apagar somente a variável A.

• Neste procedimento, todas as variáveis (inclusive M) terão sua memória apagada. O

procedimento é o mesmo do assunto anterior:

a tela mostrará:

Para ter acesso às variáveis você deve apertar:

QUADRO 6 – PROCEDIMENTOS PARA INCLUSÃO DE VARIÁVEIS

PROCEDIMENTO VARIÁVEL

Y
FONTE: Os autores

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 CALCULADORA CIENTÍFICA 7

Para gravar um valor, como exemplo o número 12 na variável A, segue o

procedimento:

ou seja (1) (2) (STO) (A)

O visor mostrará:

Caso você queira fazer 12 multiplicado por 15 basta proceder:

De fato, você deve estar se perguntando: mas eu não iria gravar um resultado
tão simples na calculadora, isto seria simples para realizar. Por este motivo, veja mais
dois exemplos que podem sanar esta impressão.

Exemplo: um empresário de uma olaria possui em seu estabelecimento a produção

de cinco modelos diferentes de produtos com os respectivos valores:

QUADRO 7 – EXEMPLO PREÇO TIJOLOS

Produto Dimensões Preço Unitário
Tijolo 6 furos 09x19x24 cm RS 0,45
Tijolo 6 furos 09x19x29 cm R$ 0,54
Tijolo 8 furos 09x19x19 cm R$ 0,60
Tijolo 8 furos 11,5x19x19 cm R$ 0,64
Tijolo 9 furos 11,5x19x29 cm R$ 0,71
FONTE: Os autores

Agora ele pode pegar sua calculadora e memorizar os preços individuais de cada
produto com uma respectiva variável. Exemplo:

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 8 CALCULADORA CIENTÍFICA
QUADRO 8 – INCLUSÃO DE VARIÁVEIS PARA O EXEMPLO DOS TIJOLOS
Produto Dimensões Preço Unitário Variável
Tijolo 6 furos 09x19x24 cm RS 0,45 A
Tijolo 6 furos 09x19x29 cm R$ 0,54 B
Tijolo 8 furos 09x19x19 cm R$ 0,60 C
Tijolo 8 furos 11,5x19x19 cm R$ 0,64 D
Tijolo 9 furos 11,5x19x29 cm R$ 0,71 E
FONTE: Os autores

Vamos mostrar como realizar para o primeiro item, você poderá realizar com as
demais para verificar o resultado que virá posteriormente.

Agora, supondo que ele ganhe o seguinte orçamento para realizar:

QUADRO 9 – RESULTADOS ENCONTRADOS PARA O EXEMPLO DOS TIJOLOS

Produto Dimensões Quantidade

Tijolo 6 furos 09x19x24 cm 650
Tijolo 6 furos 09x19x29 cm 200
FONTE: Os autores

Poderá simplesmente fazer:

, ou seja, (A) x 650 + (B) x 200 = R$ 400,50.

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 CALCULADORA CIENTÍFICA 9

Com o avanço do seu conhecimento na calculadora, há outros números

interessantes que podem ser salvos, como exemplos:

• Carga elétrica de um elétron: .

• Velocidade da luz no vácuo 299.792.458 m/s.
• Massa molar entidade elementar.

1.3 RESULTADOS MÚLTIPLOS

Há duas interessantes operações que podem ser realizadas utilizando a função

presente no botão que representa ( : ).

i. Visualizar o resultado parcial de vários cálculos simultâneos.

ii. Para conectar duas ou mais expressões e executá-las em sequência da esquerda para

a direita ao pressionar .

Vamos ver um exemplo para cada situação:

Exemplo (i): suponha que você queira fazer os cálculos a seguir e observar seus
resultados em sequência:

QUADRO 10 – EXEMPLO DE SEQUÊNCIA DE RESULTADOS

Cálculo Resultado
10 + 7 = 17
7x5= 35
15 : 3 = 5
FONTE: Os autores

Procedimento na calculadora:

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 10 CALCULADORA CIENTÍFICA
No visor você verá:

Ao apertar novamente, você verá a segunda operação, e apertando

novamente, a terceira:

Caso você queira voltar e rever os resultados novamente, basta apertar o botão

para cima e para baixo para mudar de uma operação para outra.

Exemplo (ii): neste caso desejamos realizar cálculos simultâneos onde cada
resultado é envolvido com o próximo. Vamos ver esta ideia:

QUADRO 11 – EXEMPLO DE RESULTADOS SUCESSIVOS

Cálculo Resultado
5+7= 12
12 x 3 = 36
36 - 8 = 28
FONTE: Os autores

Para realizar estes cálculos e visualizar por etapa cada resultado, devemos operar:

No visor você verá:

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 CALCULADORA CIENTÍFICA 11

Ao apertar novamente, você verá a segunda operação, e apertando

novamente, a terceira:

Caso você queira voltar e rever os resultados novamente, basta apertar o botão

para cima e para baixo para mudar de uma operação para outra.

2 NOTAÇÃO CIENTÍFICA (OU NOTAÇÃO DE ENGENHARIA)

Talvez agora você está tentando relembrar o conceito de notação científica, aquele
presente nos estudos do Ensino Médio. Bem, de modo geral é simples a definição de
notação científica, trata-se de um método utilizado para escrever números muito grandes
ou muito pequenos. A ideia por trás é simples, você escreve um número com potência
de 10 nos lugares representativos de zeros, veja um exemplo para cada situação:

• Pequeno:

• Grande:

Na atualidade, temos principalmente nos estudos da física, química, biologia e

matemática, o aparecimento de vários números que são de modo geral representados
em notação científica. Veja alguns exemplos:

• Em química e física, a constante de Avogadro, que é definida como sendo a quantidade

de partículas constituintes por mol de uma certa substância. Esta constante possui o
seu valor igual a .

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 12 CALCULADORA CIENTÍFICA
• No caso da física há uma constante fundamental que trata da unidade de carga elétrica
do elétron, que é de , onde C representa Coulomb.

Veja no quadro a seguir como escrever e operar com um número em notação

científica:

QUADRO 12 – EXEMPLO DE PROCEDIMENTOS (NOTAÇÃO CIENTÍFICA)

Notação
Procedimento Calculadora
Científica

FONTE: Os autores

No visor vemos, respectivamente:

Há também um outro botão importante quando o assunto é notação científica, o

botão . Com ele é possível mudar o expoente da notação científica em múltiplos

de 3 em 3. Primeiro vamos entender como esta função funciona e, posteriormente, por
que estes múltiplos são de 3 em 3.

Ao digitar o número na calculadora e apertar o igual temos:

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 CALCULADORA CIENTÍFICA 13

Sobre este número, aperte agora como apresentado no quadro a seguir e note
como o número na notação muda a sua representação:

QUADRO 13 – VISUALIZAÇÃO DA TELA – NOTAÇÃO CIENTÍFICA

Operação Visor

FONTE: Os autores

Espero que tenha sido intuitivo! Caso não tenha sido, perceba que ao apertar o

pela primeira vez, o expoente diminui de forma a se ter um algarismo múltiplo

de 3 (neste caso é 09), ao apertar novamente obtemos a diminuição do expoente para

o próximo múltiplo de 3 (agora 06) e, por fim, ao realizar você pode

perceber que o que se teve foi a operação inversa, o algarismo do expoente aumenta
para o próximo múltiplo de 3. Caso queira, fique alternando entre as duas funções para
perceber com clareza o ocorrido.

Por que motivo o algarismo do expoente deve estar como múltiplo de 3? Bem, a
resposta até que é simples. Devemos ter conhecimento do que são prefixos utilizados
nas unidades de medidas para este esclarecimento. Um exemplo de uma unidade
utilizando um prefixo é o quilograma (prefixo quilo e unidade grama) que faz com que
a unidade de massa aumente o valor em 1000 vezes. Exemplo: 3 kg equivalem a 3000 g.

Existem vários prefixos, alguns deles você pode observar no quadro a seguir:

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 14 CALCULADORA CIENTÍFICA
QUADRO 14 – PREFIXOS

Prefixo Simbologia Fator

Peta P
Tera T
Giga G
Mega M
Quilo K
Mili m
Micro
Nano n
Pico p
Fento f
FONTE: Os autores

Perceba que nestes prefixos as potências do dez são todas múltiplos de 3, o que
dá lógica ao procedimento adotado na calculadora. A representação sempre é feita desta
forma para que, caso o sujeito desejar atribuir um prefixo ao número, este já estar com
o algarismo da potência na forma correta.

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 CALCULADORA CIENTÍFICA 15

1 Qual deve ser o procedimento para apagar somente a memória da variável B sem
comprometer aos demais?

a)

b)

c)

d)

2 Para salvar na memória interna da calculadora o número 7 na variável C, deve ser

feito o seguinte procedimento:

a)

b)

c)

d)

3 Qual das informações está correta?

a) A memória M será apagada ao desligar a calculadora.

b) A memória com variáveis será apagada ao desligar a calculadora.

c) Ao apertar você apaga todas as memórias.

d) O botão ENG tem como finalidade deixar a potência como múltiplo de 3.

4 Ao realizar a multiplicação de e apertar o uma vez, qual

alternativa apresenta o resultado no mostrador?

a)
b)
c)
d)

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 16 CALCULADORA CIENTÍFICA
5 Ao desenvolver o seguinte procedimento na calculadora:

O mostrador apresentará:

a) 10
b) 7
c) – 13
d) -3

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 CALCULADORA CIENTÍFICA 17

GABARITO DAS AUTOATIVIDADES

1–A
2–B
3–D
4–D
5–C

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