Você está na página 1de 6

mSATA, PCIe, M.

2, NVM: conheça
diferenças entre as interfaces de SSDs
As diversas interfaces e protocolos de transferência de dados usados nos SSDs podem causar
confusão ao buscar por uma nova unidade. Há, por exemplo, M.2 SATA e outros M.2 PCIe que
são totalmente incompatíveis entre si. No meio disso, ainda existe o mSATA, SATA e os novos
NVMe, sem esquecer dos “SSDs em placa”, que usam barramentos PCIe como uma placa de
vídeo.

Para não se perder nas variações, confira a lista abaixo e entenda as diferenças entre
interfaces, protocolos e formatos usados pela indústria nos SSDs, dispositivos que
podem substituir os HDs comuns.

Entenda as diferenças entre as interfaces de SSDs (Foto: Adriano


Hamaguchi/TechTudo)

Antes de detalhar as particularidades de cada um, é importante ressaltar a diferença


entre dois conceitos: interface e protocolo. Interface é o padrão de conexão física, o
conector em si, que liga o SSD a placa mãe. Protocolo, por outro lado, é a tecnologia
que se encarrega de estabelecer a ponte de transmissão de dados entre sistema e SSD.
Há casos em que as duas coisas se misturam.

Download grátis do app do TechTudo: receba dicas e notícias de tecnologia no Android


ou iPhone
SATA

SSDs de 2,5 polegadas e conexão SATA (Foto: Divulgação/OCZ)

Ainda é a interface e o protocolo mais comuns, que permitem uma velocidade de


transferência teórica de 6 Gb/s (gigabits por segundo) e que atingem taxas de
transferência na casa dos 550 MB/s (megabytes por segundo).

SATA é mais comum porque está no mercado há mais tempo e ainda é mais veloz para
o uso de HDs convencionais. No entanto, uma série de limitações, como velocidade
relativamente baixa e perfil físico espesso, tem encorajado o abandono desse modelo em
favor de soluções que usem PCIe, ou NVM, no caso dos MacBooks.
mSATA

mSATA usa o protocolo SATA com um conector bem menor (Foto:


Divulgação/Crucial)

O mSATA é uma versão micro do padrão SATA, daí o “m”. O padrão foi desenvolvido
para que SSDs tivessem conectores menores e pudessem ser mais compactos,
especialmente para atender as necessidades de economia de espaço de notebooks.

Apesar da configuração, o mSATA não pegou, tendo sido substituído pelo M.2. Ainda
existem placas-mãe e notebooks que aceitam esse padrão.
SATA Express

SATA Express roda com PCIe e exige novos cabos (Foto: Divulgação/Asus)

O SATA Express é uma evolução do SATA já abordado. A interface exige conectores


novos e cabos específicos, atingindo velocidades de 10 Gb/s, em comparação com os 6
Gb/s do SATA.

A interface SATA Express usa o protocolo PCIe para atingir as velocidades. Apesar das
diferenças físicas, é possível ligar um dispositivo SATA mais antigo em uma porta
Express, assim como um HD externo USB 3.0 funciona com uma porta USB 2.0: a
única diferença acaba sendo a velocidade de operação, que fica mais baixa.
M.2

A interface M.2 pode operar tanto com as interfaces SATA como PCIe (Foto:
Divulgação/Samsung)

O M.2 é o padrão do momento, tanto para desktops como para notebooks.


Extremamente compacto, o formato favorece a criação de notebooks ultrafinos e tem se
tornado uma preferência da indústria.

O problema é que o M.2 opera com os dois protocolos: tanto com PCIe como com
SATA. Nesse sentido, se o computador tem uma porta M.2 SATA e o usuário instala
um SSD M.2 PCIe, haverá incompatibilidade. Para tudo funcionar, o dispositivo M.2
tem que rodar com o mesmo protocolo de transferência de dados usado pela placa.
NVMe

NVMe é uma nova interface, já em uso pela Apple em MacBooks (Foto:


Divulgação/Samsung)

O padrão NVMe é a grande novidade. A interface é lógica e foi criada especificamente


para tirar proveito das qualidades dos SSDs, ao contrário dos SATA, criados em uma
época em que discos sólidos eram uma ilusão no que diz respeito ao uso doméstico.

A interface usa o protocolo PCIe e pode ser encontrada em SSDs grandes ou


compactos. Em tese, o NVMe promete 32 Gb/s de velocidade e se coloca como a
interface do futuro, já que, pensada para atender os SSDs, corrige uma série de
limitações das opções anteriores. No momento, a Apple já usa essa tecnologia nos
MacBooks.

Você também pode gostar