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proto co lo clínico

ISBN: 978-85-60842-70-4
© Editora Napoleão Ltda. , 2014.
Todos os direitos são reservados à Editora Napoleão.
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida por quaisquer
meios sem a permissão prévia do Editor.

Projeto Gráfico
Traço Digital

Diagramação
Deoclesio Alessandro Ferro
Agatha Suelyn Gonçalves

Ilustrações
Daniel Guimarães
Elissa Soares

Revisão de texto
Marise Ferreira Zappa
Editora Napoleão Ltda.
Rua Prof. Carlos Liepin, 534 • Bela Vista · Nova Odessa
São Paulo, • Brasil • CEP 13460-000
Fone: +55 19 3466-2063
Fax: +55 19 3498-2339
www.editoranapoleao.com

FICHA CATALOGRÁFICA
B223a Barbosa, Jurandir
Autoligado com Excelência: Protocolo clínico / Jurandir Barbosa. -
Nova Odessa, SP: Napoleão, 2014.
528 p.: il.; 23 x 31 cm.

ISBN 978-85-60842-70-4

1. Braquetes Ortodônticos. 2. Aparelhos Ortodônticos. 3. Or-


todontia. 4. Fricção. 5. Fechamento de Espaço Ortodôntico. 6.
Arcada ósseo-Dentária. 7. Protocolos Clínicos. 1. Título.

CDD 617.643
DEDICO ESTA OBRA:

Aos meus pais, Pedro (in memoriam) e Natalina, pelo exemplo de renúncia e humildade.

Ao meu irmão Marco (in memoriam). com muitas saudades.

À minha família,

Neusa, esposa e companheira de todas as horas, tolerante nas minhas ausências. Sem
dúvida, meu ponto de equilíbrio e minha paixão.

Aos meus filhos, Carolina, Patrícia e Rafael, razão de todas as minhas lutas. Com vocês,

minha vida é só alegria.

À minha neta Helena, fonte de inspiração para minha vida. Sem você, não teria sentido o
maior dos prazeres - ser avô. Tenho aprendido muito com você.

Ao meu g enro Ricardo, pelo convívio respeitoso.

Aos estudantes de Ortodontia,

Sem vocês esta obra não teria sentido.

Queridos alunos,

A busca do conhecimento faz da sua presença o p resente que incentiva os presentes que
no presente constroem o futuro da ortodontia para os ainda ausentes.

JURANDIR A. BARBOSA
Mestre e Doutor em Ortodontia
Bem-vindo! Eu poderia definir nessa expressão a sensação que experimentei ao tomar
contato com o livro do Prof. Jurandir. Chega no momento certo, descrevendo a experiência
de um Ortodontista com um Sistema de tratamento com braquetes e fios de alta tecnologia.

A experiência do Prof. Jurandir? Ele apresenta !logo nas primeiras páginas a sua forma-
ção, que eu conheço bem desde o princípio, já que fomos colegas de pós-graduação em
Ortodontia, na primeira turma de Mestrado da Faculdade de Odontologia de Bauru. Era
começo da década de 70 e as limitações para a prática da especialidade, principalmen-
te o acesso às informações, eram claras e nunca foram minimizadas pelo nosso mestre,
Prof. Décio R. Martins. Provavelmente esse foi o estopim que detonou uma ansiedade
perene por mais recursos.

Assim, desde então, o Prof. Jurandir, apesar de dominar a prática da técnica de Edgewise
como poucos, sempre deu atenção aos movimentos que podiam pronunciar novos horizon-
tes. Retornava ás salas de aula e se dizia presente para tentar não perder os movimentos
da espiral de conhecimento, cheia de desvios e enganos, mas que sempre leva ao futuro.

Ainda muito jovem, foi atraído por Ricketts e sua proposta de diagnóstico, tratamento
e gerenciamento. Dominada essa matéria, logo depois estava desbravando a técnica
Straight-Wire, com grupo de estudos, depois grupo brasileiro. Mais algum tempo e esta-
va inserido no diagnóstico em relação cêntrica e nas propostas de tratamento de Roth.
Como professor, justificava suas novas condutas e, no final, acabava preservando na
sua prática o trigo separado do joio.

Isto posto, talvez você entenda o que podemos esperar dessa imersão do Prof. Jurand ir,
já de cabelos brancos e ainda motivado pelo novo, nos braquetes autoligados regidos
pelos preceitos do Sistema Damoni para manejo de maloclusões. Humildemente ele afir-
ma. ao final do livro, que esse Sistema agregou qualidade à sua prática clínica. Sim, mas
não só isso. Temos certeza que, antes desse encontro, o Prof. Jurandir já a.presentava ex-
celência nos seus tratamentos. circunstância ideal para repetir sob esses novos preceitos
o que tem sido rotina na sua vida profissional: Sucesso!

Bem-vindo! Esse livro d ivide a experiência de anos de uma prática clínica qualificada,
com o que poderíamos considerar o objeto de desejo atual da Ortodontia. Precisamos
disso para participar desse movimento em direção ao futuro.

PROF. DR. LEOPOLDINO CAPELOZZA FILHO


não acreditamos que o homem seja produto do meio, mas sim
que o meio é produto do homem.
Acreditamos que o homem que é produto do meio, é homem com "h" minúsculo,
e um meio digno se faz com Homens com "H" maiúsculo.
Nós acreditamos que devemos evoluir o homem. .,

C. Charuri (Carta de Princípios), 1980.

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Tenho convicção que construí um meio "digno", com muito trabalho, dedicação,
responsabilidade. e principalmente humildade.

Deus me deu a virtude de perceber as mudanças e ter coragem de experimentá-las,


nunca esquecendo os ensinamentos e as experiências anteriores. que sempre dão
suporte para vislumbrar outras descobertas.

Este livro é resultado de minhas ideias e de meus ideais, de muito esforço em buscar
conhecimento, e do desprendimento em repassá-los àqueles que buscam sempre
se atualizar.

Como bom ouvinte e observador, as novidades sempre foram analisadas criterio-


samente e o espírito desbravador. que me motiva experimentar, levou-me sempre a
superar os obstáculos impostos pelos paradigmas.

Esse espírito não se escolhe. É resultado da minha bagagem genética, advinda de


escolhas em outras vidas e modificadas pelas minhas experiências nessa existência.
Por tudo isso, agradeço.

Meus pais tiveram participação efetiva para que pudesse desenvolver essas virtu-
des através, principalmente, de muita humildade e carinho. Foram heróis, pois com
poucos recursos conseguiram me propiciar educação e formação universitária.

Desde menino, deram autonomia para minhas decisões, mas sempre juntos para
transformar a liberdade em responsabilidade.

E foi assim que decidi, certo dia, tentar o vestibular para Odontologia. Seria um
passo gigantesco para toda a família, que retinha apenas formação primária.

Esta decisão aconteceu após um encontro casual com o Dr. José Maria Brunheroto,
na época universitário de Odontologia. Ele me incentivou a fazer o vestibular para
Odontologia. Talvez sem suas palavras não tivesse ido para esta área, que amo, e à
qual dedico grande parte da minha vida. Muito obrigado, caro compadre.

Muitas pessoas foram importantes na minha vida e algumas são inesquecíveis como
o Dr. Rubens Simões de Lima, que me orientou a fazer o primeiro curso de Typodont
em Ortodontia com o Prof. lnterlandi, curso este em que o grande Mestre me ensinou
como empunhar o alicate ortodôntico e segurar o fio ortodôntico e ainda me indicou
para ingressar no Mestrado da FOB-USP-Bauru.
Ao Dr. Décio Rodrigues Martins (in memoriam). coordenador do primeiro curso de
Mestrado em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP, agradeço
pela oportunidade de ingressar em um curso de formação, e aí, aprendemos
Ortodontia, juntamente com meus queridos colegas de Mestrado, Dr. Leopoldina
Capelozza Filho, Luiz Garcia da Silva e Wanderley Ferreira do Amorim. Criamos
asas , e cada um voou na altura que Deus perm itiu. Minha vida literalmente mudou
a partir daí. Obrigado ao Dr. Décio e a toda a equipe pelos seguros ensinamen-
tos, e obrigado aos meus colegas de turma pelo convívio amigo e respeitoso .

Ao Dr. José Luiz Cintra Junqueira, por ter aberto as portas do ensino e dado as opor-
tunidades para que pudesse evoluir como professor de cursos de Especialização e
Mestrado em Ortodontia. Muito obrigado, caro amigo.

Quero agradecer ao representante Ormco no Brasil, Dr. Carlos E. Miqui, pelas orien-
tações seguras e por se empenhar na participação do Dr. Frost neste livro.

Estendo os agradecimento às Entidades dê Classe que me acolheram, em especial


à APCD de Jundiaí e ACDC de Campinas, Sociedade Paulista de Ortodontia e São
Leopoldo Mandic de Campinas.

Como ser professor sem alunos? Desta forma agradeço a todos os alunos que me confia-
ram sua formação ortodôntica. Meu estilo disciplinador e enérgico sempre teve como obje-
tivo único oferecer a todos uma Ortodontia de excelência e sua aplicação com dignidade.

Agradeço a todos os pacientes que tive oportunidade de tratar e, em especial, àque-


les que estão eternizados neste livro.

Como tenho atividade clínica e docência na área da Ortodontia. claro que muitos
são os meus colaboradores. A todos que me deram e ainda dão suporte, direta ou
indiretamente, meus agradecimentos.

Agradeço aos professores da minha equipe e àqueles que um dia o foram, por terem
colaborado na conquista das minhas ideias e dos meus ideais traçados até aqui.
Muito obrigado a todos vocês.

Agradecimento ao Dr. Stuart Frost-EUA, pela sua participação, cedendo dois casos
clínicos. Caro professor, você enriqueceu esta obra.

A excelência na Ortodontia e no Sistema Autoligado, se faz através de inúmeros de-


talhes, e os professores Ramon Perera e Rafael Spejo (Espanha), mostraram como
observar esses detalhes. Muito obrigado, caros amigos.
Agradecimento ,especial a uma pessoa especial. Prof. Dr. Leopoldino Capelozza Fi-
lho, que aceitou escrever o prefácio deste livro. Amigo de turma; parceiro de repúbli-
ca; confidente de tantas ideias e ideais, sua participação foi fundamental neste meu
objetivo. Muito obrigado.

Gostaria de agradecer a muito mais pessoas. mas para não esquecer de ninguém.
refiro-me àqueles que convivem ou conviveram comigo dentro da Ortodontia.

Lembro-me do livreiro Napoleão, a quem não me esqueço de agradecer, meu


querido amigo, que com sua sabedoria transmitia serenidade a todos que se
aproximavam dele. Um dia, muitos anos atrás, confidenciou-me que sonhava
em possuir uma Editora e que eu seria convidado a editar um livro com ele. Sin-
to saudades desse convívio. Mas Deus reservou outras pessoas maravilhosas
neste cam inho, Leonardo e Guilherme, filhos do Napoleão, e que hoje adminis-
tram a Editora Napoleão. A vontade do pai já foi executada no livro "Ortodon-
tia com Excelência - Em busca da perfeição clínica" e confirmada neste livro.
Obrigado a todos vocês.

Agradeço ao ilustrador Daniel Guimarães, ao diagramador Deoclesio Alessandro


Ferro e às suas respectivas equipes da Editora Napoleão, sinceros agradecimentos
pela paciência e pelo profissionalismo.

À minha família . agradecimento mais que especial a todos. A meus pais, ao meu
irmão. À minha esposa Neusa que, por estar sempre por perto, hoje discute Orto-
dontia por osmose. Participou de todas as minhas conquistas, dando-me sempre
apoio. Ela é minha paixão e meu ponto de evolução aqui na Terra. Aos meus
filhos, Carolina, Patrícia e Rafael. agradeço sem distinção, pois cada um, ao seu
modo, fazem a alegria do meu viver, juntamente com minha net.a Helena. doce
criatura, e meu genro Ricardo, pelo convívio respeitoso. À Carol ina e ao Rafael ,
que se tornaram ortodontista e cirurgião bucomaxilofacial. dos quais sinto muito
orgulhoso, obrigado pela companhia e pela honra de contar com o carinho e a
ajuda profissional de vocês.

À minha neta Helena. que participa neste livro, agradeço o aprendizado do convívio
alegre de sempre e por ter me proporcionado a maior das emoções que um ser hu-
mano pode sentir: Ser Avô.

E, por último. obrigado a Deus, sempre ao meu lado. orientando e falando em


meus ouvidos o caminho a ser seguido, fazendo com que entenda os momentos
felizes e os menos felizes da minha VIDA. Tenho consciência de ter muito mais a
agradecer do que pedir.

JURANDIR A. BARBOSA
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OUTONO

No Outono, quando os frutos abandonam as árvores que lhes fizeram nascer, e jogam-se
ao chão.

No Outono, quando as folhas verdes perdem o seu viço e param de alimentar, com seu
metabolismo de néctar etéreo das radiações solares, a planta, e a abandonam.

No Outono, quando os pássaros migram para novas paragens, colocando o silêncio e


a tristeza em torno das árvores que lhes acolheram durante as boas estações, somente
para lhes ouvir o canto alegre e festivo, e sem mais nada pedir.

No Outono, quando a própria terra, que se beneficiou de sua sombra refrescante, torna-se
seca e árida, negando a alimentação.

No Outono, quando todos aqueles que a admiram e aproveitaram a sua beleza também
a abandonam, a árvore mantém-se viva e serena. Não desanima e aguarda. Conhece
a sua missão e não se desespera. Não odeia e nem se vinga. Sabe que à humilhação
sobreviverá a exaltação, e, por isso, aguarda com soberba Coragem o Inverno que
haverá de cobri-la com nuvens cinzentas e lamacentas de humilhação, numa tentativa
final de destruí-la.

Mas. na sua seiva corre o Espírito do Eterno, e ela bem sabe, tem consciência. E, numa
atitude passiva e resignada, entende a efemeridade dos tempos.

Então, passados estes, vê nascer em seu mais distante ramo um broto, como que lhe
anunciando as recompensas por tamanha Coragem. É a Primavera que surge.

E, novamente, a terra volta a lhe dar alimento, as folhas retornam com seu verde de Es-
perança, os pássaros em seus galhos voltam a fazer morada, as flores e os frutos a lhe
enfeitar e, finalmente, as pessoas a lhe admirar. É a glória, conquanto que passageira,
mas por demais nobre para ser desprezada.

Nas estações de Outono, saiba imitar a árvore.

C. Charuri - 8/4/81
"Concentre-se nos seus Pontos Fortes.
reconheça as suas Fraquezas,
agarre as Oportunidades
e proteja-se das Ameaças".
Sun Tzu, soo a.e.

"Quando a gente pensa que tem todas as respostas,


vem a VIDA e muda todas as perguntas".
Mario Quintana

Perante a lei e responsabilidade:


"Acredita-se que o tempo médio de vida da verdade em
Medicina seja de oito anos. O conhecimento científico tem
um valor temporário, pois descobertas científicas ou noções
recentes podem abalar outras que perduram durante séculos.
Transitoriedade é uma de suas características".
lrany N. Moraes

"A distância entre o sonho e a realidade chama-se disciplina".


Bemardinho

"A persistência é o menor caminho para o êxito".


Charles Chaplin

"A única coisa que se mantém permanente é a mudança".


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Formado em Odontologia pela PUC-Campinas em 1970.

Pós-Graduado e Mestre em Ortodontia pela F.O. Bauru - USP em 1975.

Doutor em Ortodontia pelo Centro de Pesquisas Odontológicas - São Leopoldo Mandic.

Especialista em Odontopediatria pela ACDC - Campinas.

Autor do livro "Ortodontia com excelência - Em busca da perfeição clínica".

Presidente do GRUPO STRAIGHT WIRE - Brasil, Grupo Brasileiro de Estudo de Ortodon-


tia pela Técnica do STRAIGHT WIRE de Andrews e Oclusão Funcional (2001-2007).

Recebeu o título de "Mérito em Ortodontia" . Prof. Arthur do Prado Dantas. da Sociedade


Paulista de Ortodontia em 1994.

Defendeu tese de Doutorado sobre: Avaliação do Atrito produzido por braquetes autoli-
gados e convencionais - Estudo Comparativo, na São Leopoldo Mandic, 2010.

Defendeu tese de Mestrado sobre: Estudo cefalométrico longitudinal do crescimento ante-


rior da face. relacionado com a sobremordida em adolescentes brasileiros leucodermos,
com oclusão normal, em 29/12/78, sendo aprovado com nota 1O com distinção e louvor.

Idealizador do Desenvolvimento de um braquete versátil para caninos, na técnica Straight


Wire. publicado na Revista Dental Prnss de Ortodontia e Ortopedia Facial. v5, n.2, pág.
42-46 Mar/Abr 2000.
Professor Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia na ACDC - Campinas
desde 1987. Professor no Curso de Especialização em Ortodontia na São Leopoldo Mandic
- Campinas desde 1997.

Ex-Professor no Curso de Especialização em Ortodontia da ABO - São Luiz - MA.

Ex-Professor no Curso de Especialização da Sociedade Paulista de Ortodontia desde 1985.

Ex-Professor no Curso de Especialização na Universidade de Taubaté - SP desde 1997.

Professor Convidado da Universidade de Passo Fundo - RS.

Ex-Professor no Curso de Especialização na Universidade Santa Cecília - Santos - SP.

Ex-Professor Adjunto da disciplina de Ortodontia da Universidade São Francisco -


Bragança Paulista - SP (1976 - 1982).

Professor Coordenador do Curso Extensivo de Educação Continuada em Ortodontia em


São Luiz, MA (1994-1996).

Professor Coordenador do Curso Extensivo de Educação Continuada em Ortodontia em


Sete Lagoas - MG (2 turmas) (1995-1997) e (1997-1999).

Professor Coordenador do Curso Extensivo de Educação Continuada em Ortodontia -


São Lourenço - MG (1995-1997).

Professor Coordenador do Curso Extensivo de Educação Continuada em Ortodontia em


Belo Horizonte - MG (2 turmas) (1998-2000) e (1998-2000).

Autor do livro "Ortodontia com Excelência - Na busca do ideal clínico, Editora Napoleão,
Nova Odessa - SP, 2012.

Autor do capítulo sobre "DIAGNÓSTICO ORTODÔNTICO EM RELAÇÃO CÊNTR ICA", no


livro ORTOOONTIA - Bases para a Iniciação, do professor Sebastião INTERLANDI , 3ª
edição, 1994 e 4ª edição 1999.

Autor do capítulo 14 - Tratamento da maloclusão CI. 111 - Nova Visão em Ortodontia - Or-
topedia Facial - Orto 2000 - SPO - Editora Santos, pg. 153-167, 2000.

Autor do cap. 9 - Diagnóstico e Tratamento Ortodôntico na Técnica Straight Wire de Roth -


Odontologia -Arte Ciência Téc. - Ortodontia - Ortop. Funcional , 200 APCO, Artes Médicas,
pg . 133-150, 2002.

Autor do artigo sobre "Desenvolvimento de um Braquete Versátil para os Caninos na Téc-


nica Straight Wire" - Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, v.5, n.2, pg.
42-46, Março/Abril, 2000.

Co-autor do Capítulo sobre Conceitos Ortodônticos pré e pós cirúrgicos no livro Cirurgia
Ortognática do professor Antenor Araujo, 1998.

Co-autor do CD-ROM introdução à Cefalometria Radiográfica.

Ministrou curso sobre a Filosofia de Roth em Lima-Peru. na Sociedade Peruana de Orto-


dontia em 1997.
Proferiu palestra sobre Barra Transpalatina na Sociedade Chilena de Ortodontia em 1996
em Santiago-Chile.

Apresentação de casos clínicos no f Meeting da Fundação ROTH / WILLIAMS - Center for


Functional Occlusion, em Atlanta - EUA em 1994.

Apresentou uma palestra sobre Barra Transpala1rina no li Meeting da Fundação ROTH /


WILLIAMS - Center for Functional Occlusion - Burlingame - Califórnia - EUA, em 1995.

Apresentou palestra sobre "Extrair ou não. Eis a questão" no V/ Meeting da Fundação


ROTH / WILLIAMS - Center for Functional Occlusion - San Diego - Califórnia, EUA, em
Maio/1999.

Apresentou palestra sobre "Desenvolvimento de um braquete v,ersátil para caninos, na téc-


nica Straight Wire" no V// Meeting da Fundação ROTH / WILLIAMS - Center for Functional
Occlusion - San Sebastian, Espanha em Junho/2000.

Apresentou mesa clínica no VI (San Diego-EUA), VII (San Sebastian-Espanha) e VIII (Toronto-
-Canadá) Meeting da Fundação ROTH / WILLIAMS - Center for Functional Occlusion.

Ex-diretor científico do STRAIGHT WIRE - Brasil, Grupo Brasileiro de Estudo de Ortodontia


pela Técnica do STRAIGHT WIRE de Andrews e Oclusão Funcional (1985-1989).

Ex-vice-presidente do STRAIGHT WIRE - Brasil, Grupo Brasileiro de Estudo de Ortodontia


pela Técnica do STRAJGHT WIRE de Andrews e Oclusão Funcional (1990-1991).

Ex-presidente do STRAIGHT WIRE - Brasil, Grupo Brasileiro de Estudo de Ortodontia pela


Técnica do STRAIGHT WIRE de Andrews e Oclusão Funcional (1992-1993).

Ex-Primeiro Diretor Científico do STRAIGHT WI RE - Brasil, Grupo Brasileiro de Estudo de


Ortodontia pela Técnica do STRAIGHT WIRE de Andrews e Oclusão Funcional. (19941-
1995) (1996- 1997).

Vice Presi1dente do STRAIGHT WIRE - Brasil, Grupo Brasileiro de Estudo de Ortodontia pela
Técnica do STRAIGHTWIRE de Andrews e Oclusão Funcional (1997-1999) (2000-2001).

Revisor do livro "STRA/GHT WIRE" - O conceito e o Aparelho de Lawrence F. Andrews.

Tradutor para o Português do livro" BENCH-TOP " - Bases Laboratoriais da Ortodontia de


Lawson / Blazucki, Quintessene Editora LTDA, juntamente com o Dr. Cesar Benedito Vieira.

Coordenador Científico da Tradução para o Português do livro ORTODONTIA - Princípios


e Técnicas Atuais - autores: GRABER e VANARDSDALL - 1996.

Ex-Membro da Comissão Fiscal da APCD - Jundiaí - SP (1995/1996).

Ex-Vice-Presidente da APCD - Jundiaí - SP (1975-1976).

Ex-Diretor Científico da APCD - Jundiaí - SP (1977/1978); (1979/1980).

Ex-Diretor Social da APCD - Jundiaí - SP (1981-1982).

Ex-membro da Comissão Fiscal da APCD - Jundiaí - SP (1983-1984).


Mestre e Especialista em Ortodontia pela São Leopoldo Mandic.

Ex-Professora dos Cu rsos de Especialização e Mestrado em Ortodontia da São Leo-


poldo Mandic.

Ex-Professora do Curso de Especialização em Ortodontia da ACDC-Camp inas.

Treinamento e Credenciada no Sistema Autoligado Damon nos EUA.

Treinamento no Sistema Autoligado Damon e Mini-Implantes com prof. Chris Chang .

Treinamento e Credenciada no aparelho invisível lnvisaligne.


''R UIDR é muita curta
para aprendermos tudo
9
da artadantia '.
Formei-me em Odontologia em 1970, concluí o Mestrado em Ortodontia em 1975 e o Doutorado em
Ortodontia em 2009. Meu trabalho sempre foi dividido entre as atividades clínicas e a docência. Nes-
tes quase· 40 anos, através dos grandes Mestres da Ortodontia mundial, experimentamos e aprende-
mos com as inúmeras novidades.

Muitos foram aqueles que contribuíram para a minha formação. Seria impossível citar todos, mas
alguns foram mais marcantes nessa caminhada como o Prof. S. lnterlandi e o Prof. Décio R. Martins,
que me ensinaram como segurar um alicate ortodôntico através da Técnica Universal Edgewise.

Somam-se a estes dois ícones da Ortodontia brasileira, Richetts, Andrews, Maclaughlin, Roth, Willia-
ms, Ayala, Anka, Burstone, Arnett, Voudouris, etc., etc.,etc. e, por último, Damon e seus seguidores,
tais como: Frost, Tom Pitts, Ramon Pereira e Rafael Espejo.

Damon conseguiu fazer de seu "Sistema" uma ferramenta diferente de todas que utilizei até agora.
Através deste "Sistema", aumentei a eficiência em meu consultório com consu ltas mais espaçadas e
tratamentos mais rápidos.

Eliminei de meu consultório a percepção negativa que sempre existiu na Ortodontia convencional.
Hoje me surpreendo com pacientes indagando: " Doutor, já vai tirar o aparelho?".

Com a aplicação do protocolo deste Sistema, tenho observado que meus resultados estéticos
têm sido surpreendentes quando comparados com o que fazia com o convencional. Desta forma
tenho esclarecido aos pacientes que hoje fazemos uma "Ortodontia Plástica", pois nossa preo-
cupação vai muito além de apenas uma oclusão funcional, porquanto o estudo e as possíveis
modificações na face são prioridades.

A vida moderna exige esses diferenciais, os quais oferecemos aos nossos pacientes com mais con-
forto, mais rapidez e com excelentes resultados.

Para comprovar, apresentamos neste livro, todo conceito do "Sistema" acompanhado com 35 casos
clínicos, compilados em 14 anos de experiência com Autoligado.

Para o momento, considero que com a aplicação do "Sistema Damon" temos conseguido resultados
de Excelência. Rogo a Deus que me permita ainda muitos anos de vida para poder vislumbrar no

futuro algo ainda melhor.

Essa é a missão do Professor.

JURANDIR A. BARBOSA
,
SUMRRID
OJ' Introdução ao Sistema Autoligado 026

0$ Equilíbrio Funcional do Sistema - Autocinese 044


Importância do Relacionamento com Otorrino, FonoaU1diologia e Cirurgia Ortognática
Casos Clínicos 01. 02, 03 e 04

Oe5' Colagem Progrressiva de Braquetes - Definindo o Smile Are 094


O Lado Artístico da Ortodontia

o~ Apinhamentos 122
Levante de Mordida. Por que?
Uso de Molas
Protocolo de Desgastes lnterproximais
Casos Clínicos 05 e 06

O§ Fios Utilizados no Sistema Autoligado - Alta Tecnologia 158


Caso Clinico 07

06 Atrito - Considerações Importantes 176

07 Stops nos Arcos 186

ocr Torques 196


Sua Importância na Individualização do Tratamento
Como Definir o Torque Correto
Comparando o Braquete Passivo com o Ativo
Caso Clinico 08
03 Como Usar os Elásticos no Sistema Autoligado 218

/O Ortodontia Plástica - Pacientes Padrão IV 228


Cirurgia Ortognática
Apneia do Sono (SAOS)
Casos Clínicos 09, 1O, 11 , 12, 13, 14 e 15

// Tratamento com Extrações - Ancoragem 284

/Jj Finalização e Contenção 294

/e? Uso de Botox na Finalização Ortodôntica 308


Caso Clinico 16

/q Como Negociar Nossos Honorários 322

/tff D. Gainer- Tratamento de 1ª Fase 328


Casos Clínicos 17 e 18

/G Estudo Comparativo entre o Sistema Damon e os Aparelhos


Convencionais 342

/7 Casos Clínicos 354


Casos Clínicos 19 a 35
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protocol o clínico

Um dos primeiros desafios que o ortodontista enfrenta ao iniciar um tratamento ortodônti-


co é d isponibilizar espaços suficientes nos arcos dentários para acomodar corretamente
todos os dentes. Na busca por esses espaços e pelo alinhamento dos dentes desali-
nhados, uma primeira manobra seria a colocação de fios ortodônticos diretamente nos
slots dos braquetes. Ao inserir esses fios sem a prévia obtenção de espaço, criam-se
deslocamentos indesejáveis desses dentes, provocando alguns efeitos colaterais, tais
como protrusão, alterações nas angulações e inclinações, chegando até a uma mordida
aberta. Esta biomecânica, que podemos chamá-la de convencional, é recheada de arti-
fícios para controlar esses efeitos colaterais, com uma mecanoterapia que exige controle
extremo da ancoragem, nem sempre sufic iente, consumindo muito tempo do paciente na
cadeira e retornos frequentes para controle, fazendo o dia a dia do ortodontista de ex-
celência bastante desgastante. Nos dias atuais, onde nossos pacientes enfrentam uma
quantidade enorme de compromissos desde tenra idade, eles procuram e necessitam de
atendimento clínico mais rápido e consultas em intervalos mais espaçados.

Esta nova postura é sentida não somente no dia a dia clínico, mas principalmente nas
pesquisas científicas onde os estudiosos da Ortodontia passaram a inovar todos os
itens da biomecânica, privilegiando o menor tempo de cadeira, consultas em intervalos
mais espaçados e tempo de tratamento diminuído.

O atrito entre fio e braquete é alvo de preocupação e muitas pesquisas sobre este
assunto foram e estão sendo realizadas, surgindo nova visão da Ortodontia. O mundo
mudou e a Ortodontia convencional, inexoravelmente , terá que mudar.

Segundo Moraes I.N. 29, perante a lei e responsabilidade civil, "acredita-se que o tempo
médio de vida da verdade em Medicina seja de oito anos. O conhecimento científico tem
um valor temporário, pois descobertas científicas ou noções recentes podem abalar ou-
tras que perduram durante séculos. Transitoriedade é uma de suas caracterfsticas". (Ler
mais no capítulo sobre "Responsabilidade Civil e suas implicações para o Ortodontista").
0$3

Dentro desta nova postura clínica e científica, podemos incluir os braquetes autoliga-
dos como um dos maiores avanços tecnológicos da Ortodontia moderna, principal-
mente quando se utiliza todo o "Sistema Autoligado", mostrando algumas vantagens
quando comparado com a Ortodontia Convencional.

Os braquetes autoligados, tanto conceitualmente como na prática, surgiram na década


de 30, com Russel (Figura 01A,B). Em virtude da dificuldade de fabricação, os mes-
mos não se desenvolveram e caíram no esquecimento. Desta forma, a complexidade
mecânica e o refiname·nto da técnica só foram possíveis na década de 70, quando os
processos de manufatura foram mais elaborados, reaparecendo através de Wildman,
em 1971 , com o braquete Edgelock (Figura 02A,B). Os fabricantes começaram a se
interessar pelo tema e novo impulso aconteceu , surgindo novos produtos. Então, em
1973, foram lançados os braquetes Móbil-Lock, da Forestadent (Figura 03A,B), e o
Speed, da Strite Ltda. (Figura 04A,B), com Hanson. De fato este foi o primeiro braquete
com êxito comercial pois tinha um clipe ativo, com uma conformação muito estreita,
porém este clipe se rompia e provocava muito atrito. Na sequência outros tantos fo-
ram lançados como o braquete Activa, da AC, lançado em '1986 por Pletcher (Figura
OSA,8). Em 1995, a comunidade ortodôntica teve conhecimento de outro braquete mui-
to semelhante ao Speed, o Time, da Adenta, que possuía o clipe rígido de fechamento
(Figura 06A,B). Em 1986 foi a vez do Damon SL 1 (Figura 07A,B); em 1998, do Damon lf
(Figura 08A,B) e do Twin Lock (Figura 09A,B). Em 2000 Voudouris lançou o ln-Ovation,
da GAC, com clipe de Elgiloy (Figura 10A,B). Na sequência uma infinidade de bra-
quetes autoligados foi lançada. Em 2003, Oyster e Evolution (Adenta). Em 2004 foram
lançados mais braquetes tais como Damon 3 estético. Damon 3 MX de metal, romboide
e slot vertical e o Smart-Clip, da 3M. Posteriormente surgiram outros, tais como: Time
2, Opa/, Carriere SLB, Quick-ativo. Em 2009, surgiram o Damon Clear (estético) (Figura
11A,B) e o Damon O (Figura 12A,B); em 2012, o Prodigy, com Ayala (Figura 13A,B) e,
em 2013, o da Morelli (f igura 14A,B) e da Orthometric (Figura 15A,B).
c7w~~t$~
protocolo clínico

01 A,B - Russell aberto (A). fechado (B).


02 A,B - Edgetock 1971 aberto (A), fechado (B).
03 A,B - Móbil-fock 1973 aberto (A), fechado (B).
04 A,B - Speed 1973 aberto (A), fechado (B).
0$/

05 A,B-Activa 1986 aberto (A). fechado (8).


06 A,B-Adenta 1995 aberto (A), fechado (8).
07 A,B - Damon SU 1986 aberto (A), fechado (B).
08 A,B- Damon li aberto (A), fechado (B).
cflh/~~$~
protocolo clínico

10A

098

11A

09 A,B · Twin Lock 1998 aberto (A), fechado (8).


1oA,B - ln-Ovation 2000 aberto {A). fechado (8).
11 A,B - Damon C/ear 2009 aberto (A), fechado (8).
12 A,B - Damon "Q" vista lateral aberto (A), fechado (8).
13 A,B - Prodigy 2012 aberto (A), fechado (8).
14 A,B - More/li 2013 aberto (A), fechado (8) .
15 A,B - Orthometric 2013 aberto (A), fechado (B).
cnef~ep1,z,;f~
protocolo c lín i co

QUEBRANDO PARADIGMAS

Existem pessoas que possuem uma rara intuição e são capazes de formular novas ideias
e novos conceitos, influenciando as pessoas a mudarem aquilo que já fazem há anos. Na
Ortodontia isto é muito presente pois os Grandes Mestres indicam novas descobertas,
tanto científicas como de novos materiais. A evolução das novas ideias é eminente. Para
aceitarmos essas novas ideias temos que quebrar nossos paradigmas.

Quebrar os paradigmas existentes involuntariamente em todos nós é uma tarefa difícil.


Temos que mudar regras e regulamentos, pois os limites impostos pelos paradigmas
podem levar a continuar a fazer aquilo que sempre foi feito, sem conseguir vislumbrar a
evolução das coisas.

Os paradigmas acabam filtrando em nossa mente as novas informações. Estamos vendo


o mundo através de nossos paradigmas o tempo todo. Constantemente selecionamos
do mundo aqueles dados que se adaptam melhor às nossas regras e regulamentos e
tentamos ignorar todo o resto.

Os paradigmas sempre nos colocam frente a frente com alguns desafios que, quan-
do analisados à luz da c iência tornam mais fáceis sua compreensão. Podemos citar
uma recente publicação, através de Maltagliati et al.24, que descreve sobre as alterações
transversais das arcadas dentárias de pacientes tratados sem extração com braquetes
autoligados tipo Damon li e fios CuNiTi da Ormco, concluíram que o resultado da pre-
sente pesquisa desafia a Ortodontia convencional ao propor que a propriedade passiva
dos braquetes do sistema, permitindo que todos os braquetes colados funcionem como
tubos, e a aplicação de forças extremamente suaves, devido ao uso de fios de baixo
calibre e superelásticos, possibilitam uma expansão lenta das arcadas dentárias, elimi-
nando, em muitos casos, a necessidade de expansão rápida, principalmente a expansão
cirúrgica da maxila.
De acordo com os res1Ultados da presente pesquisa, parece claro que ocorre, de fato,
uma expansão lateral e transversal, com movimento vestibular de pré-molares e molares
e caninos em menor extensão, proporcionando espaço na arcada para nivelamento dos
dentes inicialmente apinhados.

Podemos considerar que esses, resultados, de alguma forma, quebram os paradigmas


da Ortodontia convencional.

Cuidado com seus paradigmas; eles podem tirar-lhe a chance de evolução.

EVOLUÇÃO DO "SISTEMA AUTOLIGADO"

Na década de 80, o desenvolvimento de novas ligas de memória produziu arcos com eleva-
da resiliência para suportar maiores deflexões, com módulos de força mais baixos, compa-
tíveis com os níveis de força necessários e utilizados no Sistema de braquetes autoligados.

Naquela época a troca do braquete convencional pelo autoligado tinha suas vantagens ergo-
nómicas pois, quando o professor Voudouris (Toronto - Canadá), no Encontro do Grupo Strai-
ght Wire, em setembro do ano 2000, em São Pedro-SP, nos apresentou cientificamente o uso
do Braquete Autoligado, relatou sobre o tempo gasto para amarrar e desamarrar os arcos, ou
seja, em média gasta-se 10 minutos para este trabalho (com amarrilho metálico). Se atender
30 pacientes por dia, gasta-se 300 minutos, que equivalem a 5 horas por dia amarrando e de-
samarrando arcos. É uma perda de tempo desnecessária. ObseNe o diagrama da Figura 16.

-- - -- - --- . - -

30 pacientes X 1 O minutos = 300 m·inutos


- - - - ---- --- - - -

300 minutos = 5 horas por dia


16 - Diagrama mostrando o tempo gasto para amarrar e desamarrar arcos na Ortodontia convencional.
did~~$~
protocolo clíni c o

Os clipes de fechamento inseridos nos braquetes autoligados passivos não sofrem de-
formação, possibilitando que o dente se movimente até alcançar a total expressão da
deflexão contida no arco, principalmente nos fios CuNiTi , que possuem, no mínimo, 6%
de cobre em sua constituição.

Segundo Rohit Sachdeva46, as novas ligas voltadas para gerar forças biologicamente
compatíveis proporcionam um movimento controlado e previsível do dente. A adição de
cobre às ligas aumenta a propriedade termo-reativa do fio, tornando-o mais resistente à
deformação permanente e exibindo uma menor queda da força de desativação quando
comparado com outros fios NiTi.

A força de inserção é a força que o paciente experimenta quando o arco é colocado e


é diretamente proporcional à elasticidade do arco, sendo que a força de trabalho ou a
recuperação da forma original é que proporcionam o estímulo para o movimento.

A deflexão do fio nos três planos do espaço que movimentam o dente e essa transmissão
direta de energia do arco para o braquete no sistema de braquetes autoligados pode ser
allcançada sem modificação permanente do arco.

Com os fios de CuNiTi, observamos que o movimento do dente através da desativação


é praticamente de 100%, pois o mesmo retorna à sua posição original sem deformação
permanente. Isto possibilita uma troca de fios em intervalos mais longos (a cada 60 dias
ou mais). Com fios que não tenham esta composição, observamos deformação perma-
nente na maioria deles, necessitando de troca de fios em intervalos mais curtos (a cada
30 dias no máximo) (Figuras 18A,B e 19A-C).
18 A-B- Simulação de uma maloclusão e colocação de fio .014 CuNiTi para nivelamento (A). Notamos a correção, sem neces-
sidade de troca de fios, pois ele desativou e retornou à sua posição original em 100% (8).

19 A-C - Mesma simulação da Hgura 18A (A). Notamos que o movimento foi parcial, pois o fio NiTi convencional desativoLJ
uma quantidade insuficiente e será necessário fazer a troca do fio (B). Correção compl,etada, porém com o dobro do tempo
e com intervalo de troca de fio (C).

Através de análise semi-quantitativa de cobre em vários fios ortodõnticos termoativados,


Assis2 encontrou no fio Copper NiTi (CuNiTi), da Ormco, a presença de 6,61 %, levando-o
a um comportamento mais eficaz durante a aplicação do "Sistema Autoligado". Os outros
fios estudados apresentaram em torno de insignificantes 0,6 % de cobre, que é conside-
rado como natural nos metais.
~~,u&,e#i,$~
protocolo clínico

Em artigo publicado pelo Journal of Orthodontics, da Dental Press. Gravina et a1. 1~ descrevem
em um estudo de ensaios de tração que entre os fios de Niti e CuNiTí superelásticos ensaia-
dos. os de CuNiTi 27°C apresentaram propriedades mecânicas superiores às do demais.

A força efetiva que podemos obter nesse sistema é quase que integralmente transmitida ao
dente e muito pouco vai ser dissipado pelo atrito na interface braquete/fio.

Na movimentação ortodôntica o mais importante é a força efetiva que podemos utilizar sobre
o dente ou conjunto de dentes. A ligadura metálica ou elastomérica altera profundamente a
direção das forças resultantes e a força aplicada sobre os dentes pela complexidade de inte-
rações que ocorrem na interface braquete/arco quando da utilização das ligaduras metálicas
ou elastoméricas. Essas ligaduras produzem forças na interface braquete/fio, mascarando as
propriedades superelásticas dos arcos, absorvendo parte da energia transmitida, e restrin-
gindo a movimentação. Quando as forças oclusais intermitentes e vibratórias da mastigação
afrouxam as ligaduras ou ocorre deterioração das forças, no caso das ligaduras elastomé-
ricas. a energia contida na deflexão do arco que é transmitida ao dente ou ao conjunto de
dentes é liberada em um curto espaço de tempo com elevados níveis de força.

Essa é a principal razão porque os arcos utilizados com o sistema autoligado apresentam um
módulo de força consideravelmente mais baixo do que os arcos de memória superelásticos
que estamos acostumados a utilizar com os braquetes convencionais.

A dissipação da força provocada pelo atrito é aditiva e pode representar uma perda de até
26% em movimentos de 1ª ordem e de até 48% em movimentos de 2" ordem uma vez que o
atrito é reativo e pode acontecer em qualquer parede do s/otou no contato com o mecanismo
ou clipe de fechamento do slot do braquete autoligado. Clinicamente, é aconselhável evitar
grandes deflexões para a manutenção dos níveis de força adequados a fim de se obter uma
movimentação efetiva.
O braquete autoligado se diferencia do braquete convencionai em seu desenho, onde foi
acoplado um clipe que substitui os amarrilhos metálicos ou elastoméricos. Até aí a única
novidade seria a facilidade de incorporar o fio ao slot. Mas essa visão é equivocada pois, se
assim o fosse, estaríamos trocando um braquete convencional por um braquete com "tam-
pinha". Muitos ainda pensam assim e não desfrutam dos benefícios que este Sistema Auto-
ligado pode oferecer.

Falar que está "usando" braquete autoligado pode soar como uma vantagem, mas a grande
vantagem está no uso do "SISTEMA", que vai muito além da simples troca de braquetes.

A baixa fricção proporcionada pelo desenho dos braquetes autoligados, associada aos fios
superelásticos que possuem no mínimo 6% de cobre em sua constituição, que possibilitam
de fato forças extremamente leves, possibilita resultados de adaptação transversal, ganhan-
do espaços para aqueles dentes desalinhados, sem provocar protrusão, pois respeita a au-
tocinese muscular, trabalhando com dentes, ossos e músculos em equilíbrio.

O Dr. Damon, idealizador do Sistema Autoligado, pergunta: "Como as forças leves do "Siste-
ma" causam adaptação tão dramática do osso alveolar?". Ao observar processos corriquei-
ros e naturais do corpo humano, cita os cistos de crescimento que exercem uma fração da
força usada na Ortodontia convencional, e ainda assim pode mover os dentes muito mais
rapidamente, como mostra a Figura 20.

20 A,B - Presença de terceiro molar (A). Movimento do 3° molar com a presença de um cisto (B).
cftef~~$~
proto c olo c línica

Segundo Maltagliati22, foi comprovado, cientificamente, que com o sistema autoligado há


um aumento significativo das dimensões transversais dos arcos dentários. Este compor-
tamento diferencial do sistema autoligado em relação à mecânica convencional parece
estar relacionado ao baixo atrito, mas não sem considerar o fio de cobre/níquel/titânio de
baixo calibre como coadjuvante no resultado.

Esta redução do atrito, que a princípio pode parecer simples, ou que não provoca gran-
des mudanças na mecânica ortodôntica, se for analisada mais de perto, cria perspecti-
vas nunca antes imagináveis na Ortodontia.

É fácil entender que, ao proporcionar baixo atrito, tornamos o deslize do fio pelo braquete
e vice-versa, melhorado. Com o melhor deslize, consequentemente, a resistência do den-
te à movimentação diminui. Além disso, se o fio desliza facilmente, ocorre uma liberdade
de movimentação dentária uma vez que os dentes não estão amarrados ao fio, mas ape-
nas o fio passa pelas canaletas de seus braquetes e assim a autocinese se estabelece.

Quando conseguimos estabelecer liberdade entre fio e canaleta, o dente deslizará sobre
o mesmo e, mesmo que esteja em fio de baixo calibre, a deflexão do fio somente ocorrerá
quando a angulação do dente em d ireção ao movimento ocorrer e tocar o fio em ângu-
los opostos, fazendo com que os efeitos colaterais sejam menos sentidos. Em fios mais
calibrosos, apesar de aumentar o atrito, o deslize estará facilitado, não necessitando do
aumento excessivo da força para produzir movimento, o que protege os dentes de anco-
ragem. E é exatamente isso o que ocorre com a utilização de braquetes autoligados23·25 .

Srinivas56 demonstrou que aparelhos autoligados passivos utilizam menos ancoragem


que os aparelhos convencionais. Isso é confirmado pela afirmação de profissionais que
usam o sistema autoligado, utilizando menos d ispositivos de ancoragem .

Nos estágios iniciais do tratamento é onde encontramos as maiores diferenças entre o


sistema convencional e o autoligado, principalmente em casos de apinhamento, pois a
liberdade do fio na canaleta permite que haja certa independência entre o movimento
dentário e a retificação do fio. A deflexão do mesmo induz à movimentação do dente.
Este, porém, inicia o seu movimento e, tão logo encontre uma posição mais favorável de
nivelamento, ele tem liberdade de não mais movimentar porque não está amarrado ao
fio e este fio, então, deslizará pelas canaletas até que obtenha retificação. Desta forma o
nivelamento e o alinhamento ocorrem de forma mais natural, sem forçar o movimento, e
os dentes buscam as áreas de menor resistência para a sua movimentação, buscando
sempre o equilíbrio muscular, sem forçá-lo. Em apinhamentos severos é necessário que
se obtenha espaço para os dentes que estão fora da arcada, através do uso de molas,
antes de inseri-las no arco e, às vezes, amarrando à distância, inicialmente (Figura 21).

É importante observar que este resultado só será obtido se as consultas de avaliação


forem marcadas, no mínimo, a cada 8 semanas, e a troca de fios somente quando não
tenha mais deflexão.

É importante dizer que o braquete, sozinho, não fará este trabalho simplesmente porque
reduz o atrito. Para que o "Sistema" funcione adequadamente e que esses efeitos men-
cionados ocorram no tratamento, é fundamental associar aos braquetes autoligados fios
de pequeno calibre (para permitir deslize), que liberem forças extremamente leves (para
melhorar a relação momento versus força, principalmente nos casos de apinhamento)
e que sejam altamente flexíveis (para serem introduzidos em dentes mal posicionados
sem aumentar a força de forma expressiva), e que retornem totalmente à posição original
através da força de desativação.

Obviamente que em casos onde o espaço não foi previamente obtido e que provoque
uma grande deflexão do fio, o alinhamento será excessivamente forçado e provocará
movimentações dentárias indesejadas.

21 A,B - Vista do lado direito com mola no início (A). Vista após a abertura do espaço (B).
-----

f
r1
J
cflh/~~$~
pro t ocolo clínico

A literatura ainda nos informa que, com o passar dos anos, algumas modificações vão
acontecendo na face do ser humano, independentemente de ter feito algum tipo de cor-
reção ortodôntica, e que são:

1. O nariz tem uma tendência a crescer e cair;


2. Os lábios a retraírem;
3. O mento a protruir.

01 - Configuração do envelhecimento da face.


0-tf?

Mattos et al. 27 avaliaram as mudanças no perfil facial de indivíduos adolescentes brasilei-


ros com maloclusão Classe I biprotrusão, tratados com extração de quatro pré-molares
e concluíram que o ângulo nasolabial apresentou aumento significante ao final do trata-
mento ortodõntico e a retrusão do perfil (mais côncavo), observada ao final do tratamen-
to, se deu mais devido ao crescimento do nariz do que à retração dos lábios.

Esses fatores vão solid ificando um sorriso côncavo, que não é agradável, principalmente
quando passou por tratamento ortodlõntico. com extrações de dentes e movimentos radi-
cais de retração, como era indicado na Ortodontia convencional (Figura 02A-C).

02 A-C - Evolução do perfil com a idade após 35 amos de tratamento.

03 A-D - Evolução do perfil com a idade após 25 anos de tratamento.


r:PW~~$~
protocolo clinico

Alguns autores23 dizem que a forma dos arcos dentários é, em parte, determinada pelo
equilíbrio harmonioso entre os tecidos moles que os circundam. O equilíbrio natural dos
dentes é dado pelo jogo de interatividade de forças antagônicas nas três dimensões do
espaço, onde o posicionamento natural dos dentes em suas respectivas arcadas é re-
sultante de muitos fatores, como saúde periodontal, forças oriundas das movimentações
lateroprotrusivas mandibulares, presença ou ausência de dentes, morfologia dentária,
inclinação das cúspides e também pela interatividade antagônica muscular. O equilíbrio
vertical é determinado, principalmente, pelo antagonismo oclusal entre os dentes supe-
riores e inferiores, fenômeno que ocorre durante as paradas em cêntrica.

A compreensão das forças musculares que proporcionam o equilíbrio vestíbulo-lingual


dos dentes anteriores se torna imprescindível ao estudo do efeito conhecido por auto-
cinese anteroposterior, que é explicado pelo sistema de forças existente entre grupos
m usculares que se contrapõem, de forma a atuar constantemente sobre as coroas den-
tais determinando seu posicionamento vestíbulo-lingual. Assim, a pressão homeostática
gerada pela tonicidade de lábios e língua se torna fator fundamental no que diz respeito
ao equilíbrio de posicionamento dos incisivos superiores e inferiores, muitas vezes deter-
minando o grau de severidade de determinados tipos de maloclusão dentária.

Em alguns casos em que os caninos se encontram em infra-vestíbulo-versão, alguns


autores, como Martim Epstein, preconizam a exodontia dos primeiros pré-molares pre-
viamente à etapa de alinhamento e nivelamento antes mesmo da montagem do aparelho
ortodôntico fixo. Após este período, que pode variar entre dois a três meses ou mais,
inicia-se o tratamento ortodôntico.

Nesse intervalo de tempo, a força gerada pela musculatura perioral é suficientemente


potente para impor um posicionamento mais adequado dos caninos, cuja posição inicial
dificultaria a etapa de nivelamento pela possibilidade de projeção dos incisivos.
Nas figuras 04A-E. 05A-E e 06A-E apresentamos um caso clínico gentilmente cedido pelo
Prof. Dr. Roberto Alves Torres, de São José dos Campos, onde havia falta de espaços para os
caninos superiores, posicionados por vestibular. Foi indicada a exodontia dos primeiros pré-
-molares superiores para que a musculatura perioral pudesse exercer pressão e, após apro-
ximadamente 9 meses, os caninos estavam em uma posição bastante favorável. Podemos

afirmar que o equilíbrio muscular existente (autocinese) permitiu este resultado espontâneo.

04 A-E - Frontal inicial {A). Lateral direita inicial (B). Lateral esquerda inicial (C}. Oclusal superior inicial (D}. Oclusal inferior inicial (E}.
df.r/~~$~
protocolo clínico

05 A-E - Frontal após extração dos 14 e 24 com 11 anos e 11 meses (A). Lateral direita após extração do 14 (B). Lateral
esquerda após extração do 24 (C). Oclusal superior após extração dos 14! e 24 (D). Oclusal inferior (E).
OtffJ'

06 A-E . Frontal 9 meses após extração (A). Lateral direita 9 meses após extração (B). Lateral esquerda 9 meses após
extração (C). Oclusal superior 9 meses após extração (D). Oclusal inferior 9 meses após extração (E).
cifttl~atht,$~
p r otocolo c línico

Nóbrega30 diz que, ao utilizar um sistema convencional de braquetes, principalmente se os


arcos estiverem presos com amarrilhos compostos por elastômeros, o ortodontista depara
com uma dificuldade adicional nos casos em que há a necessidade de alta deflexão dos
arcos iniciais de nivelamento: no sentido sagital a arquitetura óssea oferece pouca resis-
tência anterior, local onde a espessura óssea disponível é mínima (entre 1 e 2 mm) e maior
resistência óssea na região posterior. Estes dois fatores negativos (a utilização de ligaduras
elastoméricas que criam fricção, mais o diferencial da resistência óssea no sentido sagital)
potencializam a tendência de projeção vestibular dos incisivos (Figuras 08 e 09).

Esse fenômeno pode fazer com que o ortodontista perça completamente o controle sobre
a biomecânica durante o alinhamento e nivelamento, pois fatalmente haverá um grande
incremento sobre a sobressaliência, que no futuro deverá ser reduzida, prolongando o
tempo de tratamento e abrindo as portas para a infeliz experiência de reabsorção radicular
externa. Acrescentamos a fatal perda da ancoragem.

O comportamento espacial das ligas utilizadas para a composição dos arcos de nivela-
mento é inerente às suas propriedades físicas. Assim como estas apresentam excelente
memória de forma, além da inserção de cobre (6 %), no plano sagital haverá geração de
forças diametralmente opostas: uma que tende ao espalhamento para distal e outra para
vestibular. Embora existam ambas as tendências, a resistência óssea posterior (mais ex-
pressiva que a anterior) forma uma barreira que impede o deslizamento distal das coroas
quando é utilizado o sistema convencional (pela fricção exercida há impedimento do des-
lize distal do arco de nivelamento).

Portanto, a consequência física é representada pela expressão única da tendência de des-


locamento vestibular, conforme se observa na figura ao lado, onde a alta resistência óssea
posterior e a zona de alto coeficiente de atrito posterior impedem o deslizamento distal do
arco de nivelamento. Como o canino superior é um dente incomum, por estar implantado
no pilar canino da maxila, onde existe maior condensação óssea, o resultado será de pro-
trusão dos dentes anteriores.
08 - Ilustração mostrando
áreas de atrito com a amarra-
ção dos dentes com a/astik.

BAIXA
RESISTÊNCIA
ÓSSEA

09 - Ilustração mostrando o
resultado do nivelamento com
protrusão anterior produzido
pelo atrito da amarração com
alastik.
cilcc/~~$~
protoco l o clinico

IMPORTÂNCIA DA RESISTÊNCIA MUSCULAR


NO EQUILÍBRIO FUNCIONAL

AUTOLIGADO: fio desliza para distal


CONVENCIONAL: fio desliza para frente

POR QUE?

O equilíbrio funcional do sistema. além da


resistência óssea, é composto também
pela resistência muscular. que talvez seja a
mais importante dentro do "Sistema Autoli-
gado" visto que acompanha uma variedade
muito grande de comportamento de indi-
víduo para indivíduo. A força de resistência
causada pelas fibras musculares. que se aglo-
meram em feixes contidos por fáscias fibrosas.
constituindo os músculos da face. O músculo
orbicular dos lábios pode originar forças mui-
to expressivas e essa resistência muscular
vai dar equilíbrio muscular na região, além de
servir também como anteparo, evitando protru-
são dos dentes anteriores (Figura 1OA-0). Quan-
do este equilíbrio não existe, tais como lábios en-
treabertos, não terá resistência muscular e existe
uma tendência de protrusão dos dentes.

Para ilustrar essas afirmações, selecionamos dois


casos distintos, sendo um COM competência labial
e equilíbrio muscular, e outro SEM competência la-
bial e total desequilíbrio muscular.

1OA-D- Cinta muscular perioral e da face em equi-


líbrio (A). Equilíbrio entre língua, dente e lábios (B).
Á,r...ri no ,v,11rn "ltl"itn /~iclom-, .0.utnlin!>rln\ ,:) rint.:1:
0§7
v7hl~~$~
p rotoc olo c l í n i co

PACIENTE
B.T.M., gênero feminino, 11 anos e 9 meses de idade, com malo-
clusão Classe 1 (Figuras 11 a 15).

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Canino para fora.

DIAGNÓSTICO
Torque Individualizado - iEasy clip
Padrão I com desvio da linha média; mesofacial; competência (ler capítulo 08)
labial e perfil harmonioso.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Aparelho superior e nivelamento.
2. Aparelho inferior e nivelamento.
3. Sequência normal de fios (ler capítulo 05).
4. Finalização.
5. Contenção superior com Hawley e inferior fixo 33/43.

TEMPO DE TRATAMENTO
21 meses.

COMENTÁRIO
Paciente com perfil harmonioso, com competência labial e uma maloclusão de Classe 1,
com apinhamento superior e inferior e falta de espaço, principalmente para o elemento 23,
com grande desvio da linha média superior para a esquerda.

Pela análise facial, este tratamento não deve contemplar extrações para não comprometer o
perfil, e assim foi decidido pela não extração e colocação de aparelho autoligado. Após todas
as manobras de nivelamento e finalização, notamos que foi conseguido espaço para o dente
23 e uma intercuspidação perfeita e, principalmente, a manutenção do belo perfil.

Na atualidade, fazemos a abertura de espaço para o dente 23 com a utilização de mola.


11 A-D - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (C). Sorrindo (D).
c?h/~tWrvi§~
proto c o l o c línico

12 A-L - lateral direjta- início de nivelamento com fio .014 CuNiTi (A). Lateral esquerda - início de nivelamento {B). Oclusal superior- início de
nivelamento (C). Frontal - nivelamento (D). Lado direito - nivelamento (E). Lado esquerdo - nivelamento (F). Oclusal superior- nivelamento (G).
Oclusal inferior- nivelamento (H). Frontal -finalízação - fio braided (1). Trespasse- finalização - fio braided (J). Lateral direita -finalização -fio
braided (K). Lateral esquerda - finalização - fio braided (L).
06.l

13 A-E - Oclusal superior com fio braided (A). Oclusal inferior com fio braided (B). Frontal final (C). Frontal final sorrindo (D).
Perfil final (E).
ci{d~atJ,i,$~
protocolo clínico

14 A-J - Frontal inicial (A). Frontal final (B). Lado direito inicial (C). Lado direito final (D). Lado esquerdo inicial (E). Lado
esquerdo final (F). Oclusal superior final (G). Oclusal inferior final (H). Telerradiografia fase final (1). Panorâmica fase final (J).
OGrfi'

15 A·I . Dois anos pós-contenção, vista frontal (A). perfil (B), sorrindo (C), frontal (O), trespasse (E), lateral dire~a (F), lateral esquerda (G), oclusal superior (H),
oclusal inferior (1).
cFh/~~$~
protocolo c l í nico

PACIENTE
B.B., 12 anos, gênero feminino, Classe li, Div. 1. (Figuras 16 a 18).

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Dentes tortos e lábios para frente.

DIAGNÓSTICO Torque Individualizado - Damon MX


Padrão li; dolicofacial; biprotrusão dentária; lábios abertos; (ler capítulo 08)

incompetência labial; deglutição atípica; respiração bucal e


perfil comprometido.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Oamon MX.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Aparelho superior e inferior, exceto aqueles que faltam espaço.
2. Nivelamento superior e inferior com molas para abrir espaços (ler capítulo 04).
3. Uso de elásticos precoce (ler capítulo 09).
4. Final de nivelamento.
5. Voltar ao planejamento inicial, ou seja, remover dentes para corrigir a biprotrusão.

TEMPO DE TRATAMENTO
10 meses.

COMENTÁRIO
Paciente tratada no Curso de Especialização da ACDC (Associação dos Cirurgiões-Dentistas
de Campinas) e que nos levou a fazer uma experiência para comprovar que, em paciente
que não tem competência labial, não deve ser indicado o uso de molas para ganhar espaço
para alinhar dentes apinhados SEM extrações, pois o resultado será uma maior protrusão dos
dentes pela falta de resistência do lábio, com comprometimento dentário e facial ainda maior.
Após comprovar isto, seguiu-se o planejamento regular, COM extrações de dentes e correção
da biprotrusão através de retração da bateria anterior.
06§

16 A-1- Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (C). Frontal inicial (D). Trespasse inicial (E). Lateral direita inicial (F). Lateral
esquerda inicial (G). Oclusal superior inicial (H). Oclusal inferior inicial (1).
ciW~~$~
proto c olo clínica

17 A-H · Frontal - Início de nivelamento (A). Trespasse - Início de nivelamento (B}. Lateral direita - Mola para abrir espaço e elástico precoce (C}.
Lateral esquerda - Nivelamento com elástico precoce (D). Frontal - Final de nivelamento (E). Trespasse- Final de nivelamento com protrusão anterior (F}.
Lateral direita - Final de nivelamento (G}. Lateral esquerda - Final de nivelamento (H).
OG7

18 A·G • Oclusal superior- Final de nivelamento (A}. Oclusal inferior - Esporões anteriores por causa de deglutição atípica (B). Frontal pós·
-nivelamento (C). Perfil pós-nivelamento-Aumento da protrusão (D). Sorrindo pós-nivelamento-Aumento da protrusão (E). Telerradiografia
inicial (F). Telerradiografia final de nivelamento - Aumento da protrusão pela falta de competência labial (G).
~~~$~
protocolo clíni c o

Com os fatores associados: resistência muscular. coeficiente de atrito e resistência óssea,


cria-se uma tríade de fatores favoráveis ao deslizamento dos arcos de nivelamento em sen-
tido distal (e não vestibular). A potência gerada pelo orbicular dos lábios é tão expressiva
que, além de ancorar os incisivos impedindo a sua projeção vestibular, incrivelmente atua
na distalização dos caninos que se encontram em infra-vestíbulo-versão. Este fenômeno
determina a biomecânica de deslize proporcionada pelo fenômeno da "autocinese antero-
posterior". Clinicamente, o que se pode observar em decorrência destes fatores que levam
ao deslocamento distal dos arcos de nivelamento é que ocorre. simultaneamente, o contro-
le sobre a sobressaliência e a distalização livre e controlada dos caninos.

O atrito do sistema de acessórios convencionais gera uma resistência friccionai elevada a pon-
to de fazer com que a musculatura envolvida no processo de autocinese gere força insuficiente
para promover a ancoragem dos dentes anteriores, com consequente protrusão dos mesmos.

Entretanto, ao optar pelo sistema de acessórios autoligado, o ortodontista poderá contar


com o livre deslizamento distal dos arcos de nivelamento pois a musculatura relativa à au-
tocinese entrará em ação (Figuras 19 e 20A,B).

19 - Ilustração de uma maloclusão einício


de nivelamento com molas para abrir es-
paço para os dentes 12 e 22.
OG!!l

20 A,B • Ilustração após ganhar espaços


suficiente e colocar aparelho nos dentes
12 e 22. Observar que o fio, desloca para
distal (A). Ilustração do final do nivela-
mento com grande deslocamento do fio
para distal sem protrusão anterior (8).

e
c7hl~ar-1rv$~
protocolo clínico

Comparativamente mostramos a mesma oclusão através do método convencional , obser-


vando dobra por distal e deslize do fio para frente, em função do atrito da amarração. com
consequente protrusão anterior (Figura 21 A,B).

21 A,B- Braquetes convencionais, com


amarração de borrachinhas coloridas e
o fio dobrado no distal (A). Nivelamento
mostrando protrusão anterior. causado
pelo atrito (B).

B
O?J'

Se recordarmos e compararmos o uso do aparelho convencional com o Sistema autoligado


Damon, temos uma diferença clássica, que é:

• No convencional é necessário fazer dobra distal porque o fio desloca para frente.
• No Sistema autoligado o fio desloca para distal.

ATENÇÃO:

Vale lembrar que usamos fios que passaram por testes minuciosos de temperatura para
permitir o melhor desempenho biomec~nico. No convencional, leva-se a extremidade do
fio à chama (+/- 300 graus ) para destemperar e facilitar a dobra distal. Com esta mano-
bra, estamos alterando toda a composição química e as propriedades deste fio e, claro,
alterando seu desempenho durante os movimentos.

No "Sistema autoligado" que proporciona pouco atrito, o fio se desloca para distal. Para
que o fio não transite de um lado para outro, é indicada a colocação de stops no fio. Nos
fíos da Ormco esses stops já estão acoplados a eles (ler capítulo 07).

Todo este equilíbrio do "Sistema Autoligado" vem acompanhado por algo muito importan-
te, que é o fio CuNiTi; pois ao inserir o cobre no fio NiTi, este fio ficou com menos força.
Ele se adapta melhor ao dente já que tem maior deflexão. O arco vai recuperando lenta-
mente a sua forma inicial, voltando completamente à sua forma original.

Este fio tem menor temperatura, é calibrado para o "Sistema", desempenha forças mais cons-
tantes, tem maior flexibilidade, é totalmente superelástico e tem um polimento diferenciado.
Podemos afirmar que é um fio de alta tecnologia.

Hoje o raciocínio é pensar em uma sequência de FIOS DE PEQUENO CALIBRE que apli-
que força suave, e NÃO ir direto ao fio de maior calibre, só por que ele se adapta ao slot.

É necessário aguardar o tempo necessário (no mínimo 60 dias) para que o fio, mesmo
com pouca força, possa provocar os movimentos e assim sucessivamente na troca por
fios de maior calibre. NÃO TENHA PRESSA para trocar fios.
cif:d'~~;;~
protocolo cl i nico

A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO DO ORTODONTISTA COM: OTORRINO, FONOAUDIÓ·


LOGA E A CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Pelo descrito até agora, admitimos a grande importância do equilíbrio muscular. Portanto,
qualquer desvio deve ser analisado em detalhes já que outros fatores não odontológicos
poderão estar associados ao problema.

Existe hoje um grande número de pessoas com problemas respiratórios, que na maio-
ria das vezes alteram o desenvolvimento dos maxilares com consequente alteração
no posicionamento dos dentes. Esse desequilíbrio pode estar associado a desvio de
septo, pólipos, hipertrofia de amígdalas, adenoide, rinite e outros fatores que alteram
a respiração do indivíduo, estando quase sempre associada a uma deglutição atípica,
que vem aumentar o problema.

Vale lembrar que uma respiração pela boca não é feio, assim como uma deglutição
atípica, porém esses fatores alteram a posição dos dentes, aparecendo os problemas
estéticos, e é aí quando o indivíduo procura o ortodontista. Este, por sua vez. se não
perceber aqueles dois problemas, respiratório e deglutição atípica. pode in iciar um
tratamento ortodôntico para devolver oclusão funcional e estética ao paciente, tendo
dificuldade para concluí-lo e, com certeza, irão acontecer recidivas ao longo do tempo
pois a causa do dente torto está diretamente associada com a respiração pela boca e
a deglutição atípica.

Para melhor diagnosticar as causas que originaram a maloclusão de seu paciente, aconselho
a todos que tenham relacionamento mais próximo com otorrinos e fonoaudiólogos (as) para
poder compartilhar os problemas respiratórios antes de iniciar o tratamento ortodôntico.

No dia a dia clínico não é raro detectarmos problemas respiratórios e, ao indicarmos o


otorrino e/ou o fonoaudiólogo, os mesmos indicam tratamentos em suas respectivas áreas.
O tratamento ortodôntico às vezes é liberado imediatamente pelo fano; às vezes é neces-
sário alguma terapia pré-ortodôntica ou um tratamento em conjunto. Necessitamos deste
parecer tanto do tono como do otorrino.

Paciente: Recentemente recebi a indicação de um paciente do sexo masculino com 42


anos de idade, que iria fazer uma reabilitação oral extensa, porém tinha uma mordida cru-
zada e o profissional me pediu para avaliar a possibilidade de descruzar esta mordida.
No exame inicial, ainda conversando com o paciente, percebi uma atresia importante da
maxila, e perguntei:

"Você respira pela boca?". A resposta veio imediata, dizendo que nunca respirou pelo nariz..

"Você tem ronco noturno?". A resposta foi dada pela esposa que o acompanhava. Ronca
muito, muito.

"Você tem apneia do sono?" A resposta foi surpreendente. Tenho apneia até andando na rua.

Ao exame clínico notamos (Figura 23A-E):

Mordida aberta lateral; mordida cruzada posterior; deglutição atípica e uma enorme
atresia superior.

Conclusão rápida: Este paciente precisa de um tratamento complexo, com prioridade pre-
mente na área de Otorrilílo, e não na área odontológica.

Desta forma indiquei imediatamente que fosse fazer uma polissonografia a qual apresen-
tamos o resultado.
dfd~~;j~
pro t ocolo clínico

Instituto do Sono
Rua Marselhesa, 500 - VI. Clementina
São Paulo - SP - CEP 04020-060
INSITT\JTO 00 SONO Tel.: (11) 5908-7095

Nome: M AURICIO CAIRES


Idade: 42 anos Numero: F132617
Sexo: M Data: 6/5/2014
Médico solicitante: Dr(a). Renata de A. M arcondes.

Laudo de Polissonografia: Resultado

O exame foi iniciado as 22:17:06 horas e finalizado as 05:55:06. A latência para o início
do sono foi de 10.0 min e a latência para o início sono REM de 178.0 min. O tempo total de
sono (TIS) foi de 377.5 min, com eficiência do sono de 82.4%. A distribuição dos estágios do
sono mostrou 32.7% de estágio Nl, 49.8% de estágio NZ, 1.2% de estágio N3 e 16.3% de sono
REM. O tempo acordado após o adormecer foi de 69.5 min. Ocorreram 587 despertares, sendo
o índice de 93.3 (nº/h).
O índi,e de movimentos periódicos de membros inferiores foi de o.o (nº/h), sendo(n!!/ h)
associados a despertares.
O número total de eventos respiratórios foi de 618, sendo 388 apneias obstrutivas, 3
apneias centrais, 15 apneias mistas, 208 hipopneias ,e 4 "RERAs". O índice de distúrbio
respiratório (!DR) foi de 98.2 (nº/ h). O índice de apneias/hipopneias {IAH) foi de 97.6 (nº/h),
sendo 64.5 apneias/h e 33.1 hipopneias/h. A saturação da oxi-hemoglobina (Sp0 2) basal foi de
96%, a média 90% e a mínima de 58%. O índice de dessaturação foi de 96.6 (nº/h) durante o
sono REM e de 113.2 (nº/h) durante o sono NREM. Permaneceu 34.0% do tempo tot al de sono
com Sp02 abai xo de 90%.
Não apresentou respiração de Cheyne-Stokes.
IDR(fridlce de Dlstt1rblo Respiratório)= Índice de Apnelas+ Hlpopnelas + RERAs

Conclusão:
Aumento acentuado do índice de apneia e hipopneia, às custas de eventos obstrutivas.
Dessaturação acentuada da oxihemoglobina.
Registro de ronco moderado.
Aumento de despertares.
Redução da eficiência do sono, às custas de aumento do tempo em vigília após o adormecer.
Redução do sono de ondas lentas e do sono REM.

Ora. Márcia Pradella-Hallinan Dra. Cristiane F. Santos Ora. An~arla Smit h


CRM 78.579 CRM 115.792 CR~ 842

22 - Laudo da polissonografia.
07§

O tempo total de sono foi de 377 .5 minutos, quando ocorreram 587 despertares, sendo
o índice de 93.3 por hora. Apresentou ainda 388 Ws obstrutivas.

23 A-E • Frontal com atresia maxilar e presença de corredor bucal (A). Vista frontal (B). Lado direito (C). Lado esquerdo (D).
Trespasse (E).
dw~~$~
protocolo c línico

Os problemas respiratórios mais comuns e que dificultam o tratamento ortodôntico


podem ser vistos nos dois casos que se seguem.

Paciente: Magioto, V. , 14 anos e 11 meses de idade, gênero masculino, mordida aberta,


deglutição atípica e com habito de sucção de dedos (Figura 24A-D).

Indicamos inicialmente para Otorrino e Fonoaudiologia para sabermos do envolvimento


do desequilíbrio muscular com estas especialidades. Colocou-se um recordatório fixo
para que pudesse ajudá-lo a parar com a sucção de dedo. Houve interrupção do hábito.

24 A-D - Telenadiografia inicial (A). Frontal inicial, grande mordida aberta (8). Lado direito inicial (C). Lado esquerdo inicial (O).
077

O otorrino indicou cirurgia de adenoide e amígdalas, complementando com trabalho mio-


terápico com Fonoaudio logia. Após 2 anos observa-se na telerradiografia que houve uma
abertura das vias aéreas posteriores e uma melh0ira geral na oclusão (Figura 25A-D).

Paciente pouco comprometido com o tratamento de Fono, retornou após 1 ano (3 anos
do início), mostrando ainda uma deglutição atípica e para piorar todo o quadro, retornou
a succionar o polegar.

Desta forma. suspendemos qualquer atividade ortodôntica no momento e só retornare-


mos quand o, de fato, ele eliminar o vício e estiver com deglutição normal pois qualquer
movimento dentário neste momento acarretará, com certeza, em recidiva do tratamento.

25 A-O . Telerradiografia de acompanhamento após cirurgia de adenoide e amígdalas e tratamento fonoaudiólogo, continuando com mordida aberta (A).
Frontal de acompanhamento (B). Lado direito (C). Lado esquerdo (D).
cf!d~~$~
protoco l o clínico

Paciente: Soto, J.S.O. , 16 anos de idade, gênero feminino, com maloclusão Classe 1, do-
licofacial, mordida aberta anterior até pré-molares, deglutição atípica e respiração bucal
(Figura 26A-E).

26 A-E - Telerradiografia mostrando mordida aberta - Dolicofacial (A). Frontal inicial (B). Trespasse inicial (C). Lado direito inicial (D). Lado
esquerdo inicial (E).
07fl

Orientada para fazer tratamento com Fono e Otorrino. Foi feita cirurgia de amígdala e
adenoide e retornou após 11 meses, quando observamos uma pequena melhora. porém
ainda com deglutição atípica. pois não tem feito os exercícios regularmente. É importante
que tenha comprometimento com o tratamento mioterápico pois só assim podemos ini-
ciar o tratamento ortodôntico, combinado com mini-implantes. para intruir os posteriores
superiores e provocar uma rotação anti-horária da mandíbula e consequente fechamento
da mordida. Tudo isto está na dependência da correção da deg lutição atípica, pois neste
retorno observamos uma interposição lingual ainda maior (Figura 27A-D).

27 A-O - Frontal de controle com interposição de língua (A}. Trespasse de controle com interposição de língua (B}. Lado direito de controle
com interposição de língua (C). Lado esquerdo de controle com interposição de língua i(D).
v7h/~~$~
p r o t o co l o cl í n ico

PACIENTE
Luiz Henrique Madjarof. gênero masculino. 13 anos e 4 meses
de idade, Classe 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Dente aberto na lateral.

DIAGNÓSTICO
Padrão I com deficiência maxilar. principalmente na pré-maxila; Torque Individualizado - Damon MX
amígdalas com hipertrofia; respirador bucal e deglutição atípica. (ler capítulo 08)

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Damon MX.

DESENVOLVIMENT0 CLÍNICO 1

1. Indicado para tratamento com fonoaudióloga e otorrino para avaliar as amígdalas.

2. Montagem superior e inferior.


3. Nivelamento superior e inferior.
4. Fechamento dos espaços e intercuspidação.
5. Finalização e contenção: Hawley e 3/3 inferior fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
24 meses.

COMENTÁRIO
Paciente apresentou uma maloclusão dentária considerada leve, porem com componentes de
deglutição atípica e presença de amígdalas hipertrófica. Fez tratamento fonoaudiólogo, porem
não manteve regularmente os exercícios, levando a uma recidiva da mordida aberta, e desta
forma foi colocado aparelho novamente. Foi orientado a retornar a fazer tratamento fonoau-
diólogo. Durante o tratamento ortodôntico, sem que soubéssemos, não foi relatado que não
estava fazendo o referido tratamento mioterápico. Foi removido o aparelho com uma oclusão
perfeita. Após 3 meses de contenção notamos novamente inicio de recidiva, causado ainda
pela deglutição atípica, só aí que nos confidenciou que só retornou a Fono após a remoção
do aparelho.

Isso tudo vem reforçar nossa preocupação com o equilíbrio muscular, pois quando isto esta
ausente, é difícil manter a função mastigatória, causando invariavelmente uma recidiva.
OcfJ'

inicial (F).
28 A-J - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (C). Frontal inicial (D). Lateral direita inicial (E). Lateral esquerda
Frontal - inicio de nivelamento (1). Trespasse - inicio de nivelamento (J).
Oclusal superior inicial (G). Oclusal inferior inicial (H).
c?w~~~~
protocolo c l ínico

29 A-D - Lado direito - inicio de nivelamento (A). Lado esquerdo - inicio de nivelamento (B). Frontal - fio retangular e fechamento de
diastema (C). Trespasse - fio retangular e fechamento de espaço (D).
30 A·G · Lado direito - fio retangular e fechamento de espaço (A). Lado esquerdo - fio retangular e fechamento de espaço (B).
Frontal - fio b1aided para intercuspidação (C). Lado direito - Fio braided para intercuspidaçâo (D). Lado esquerdo - fio braided para
intercuspidação (E). Frontal final (F). Trespasse final (G).
cflhl~~,$~
pratacala cl ínica

31 A·D · Lado direito final (A). Lado esquerdo final (B). Oclusal superior final (C). Oclusal inferior final (D).
32 A-D - Frontal final (A). Frontal final sorrindo (B). Perfil final (C). Final sorrindo (D).
cfM~Wht,$~
protocolo c l ínico

33 A-F - Frontal - retratamento - inicio de nivelamento - recidiva da mordida aberta - deglutição atípica {A). Trespasse - retratamento - re-
cidiva (B). Lado direito - retramento - recidiva (C). Lado esquerdo - retratamento - recidiva {D). Frontal - correção da mordida aberta {E).
Trespasse - correção da mordida aberta (F).
06'7

li
mordida
34 A·F • Lado diretto - correção da mordida aberta (A). Lado esquerdo - correção da mordida aberta (B). Frontal após 5 meses - recidiva da
es-
aberta causada pela permanência da deglutição atípica (C). Trespasse após 5 meses - recidiva (D). Lado direito após 5 meses - recidiva (E). Lado
querdo após 3 meses - recidiva (F).
c7hi~ew>v$~
protocolo clíni c o

Com relação à Cirurgia Ortognática, é importante que tenhamos relação próxima com
este profissional (ler capítu lo 10).

PACIENTE
Luciana F. Ribeiro, gênero feminino, 23 anos e 8 meses de idade, Classe li, Div. 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Já havia feito tratamento ortodôntico e que a mordida aberta anterior persistia.

DIAGNÓSTICO
Dolicofacial; sucção de dedos; mordida aberta anterior; deficiê-ncia mandibular e protrusão dos
incisivos inferiores. Caso cirúrgico.

TIPO DE APARELHO
DamonMX.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Colocado inicialmente um recordatório para eliminar a sucção de dedos.
2. Indicada para tratamento da deglutição atfpica.
3. Aparelho superior e nivelamento segmentado.
4. Extração dos 34 e 44.
5. Aparelho inferior e nivelamento.
6. Retração anterior inferior para corrigir a inclinação exagerada dos incisivos.
7. Coordenação inter arcos.
8. Liberação para cirurgia ortognática
9. Finalização pós-cirurgia.

TEMPO DE TRATAMENTO
24 meses.

COMENTÁRIO
Paciente apresentou para primeira consulta informando que já havia feito tratamento com extração
dos 14 e 24 e que tem hábito de sucção de dedos. Ao exame inicial e avaliação radiográfica nota-
mos uma deficiência mandibular que levou os incisivos inferiores para uma inclinação exagerada,
além de uma relevante mordida aberta anterior. Necessidade inicial em motivar a paciente a parar
com a sucção dos dedos e tratar a deglutição atípica com fonoaudióloga. A discrepância esquelé-
tica nos levou a propor um tratamento combinado de ortodontia com cirurgia ortognática.

O tratamento foi realizado e controlado após 5 anos onde notamos que a correção não só cirúrgica,
más também a eliminação do hábito e deglutição atípica, mantem a oclusão e face equilibradas.
- ft

35 A-1 - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (C). Frontal inicial - mordida aberta - deglutição atípica (D).
Trespasse inicial (E). Lado direito inicial (F). Lado esquerdo inicial (G). Oclusal superior inicial - extração do 14 e 24 (H). Oclusal
inferior inicial (1).
c7h/~~$~
protocolo clínico

36 A-D - Telerradiografia inicial (A). Perfil final pós cirurgia ortognática (B). Frontal final pós-cirurgia ortognática (C). Frontal
final sorrindo (D).
Ofl.í

37 A·F - Frontal final pós-cirurgia ortognática (A). Trespasse final (B). Lado direito final (C). Lado esquerdo final (O). Oclusal superior final (E). Oclusal
inferior final (F).
cfh/~~$~
protoc 01 l o clínico

38 A-D· Telerradiografia final pós-cirurgia ortognática (A}. Perfil 5 anos pós-contenção (B). Frontal 5 anos pós-contenção (C).
Frontal sorrindo 5 anos pós-contenção (D).
39 A-G - Sorrindo 5 anos pós-contenção (A). Frontal 5 anos pós-contenção (B). Trespasse 5 anos pós-contenção (C). Lado
direito 5 anos pós-contenção (D). Lado esquerdo 5 anos pós-contenção (E). Oclusal superior 5 anos pós-contenção (F).
Oclusal inferior 5 anos pós-contenção (G).
.."...
cfW~a,kt,$~
protocolo c l ínico

Esta pressão fez com que a procura por estes


tratamentos aumentasse e af as exigências
passam também pelo tratamento ortodôn-
tico. Acompanhando essas mudanças da
sociedade como um todo, nossa especiali-
dade também sofreu mudanças substanciais
durante os últimos anos e muitos conceitos
foram revistos para que pudessem evoluir. A
geração atual de pacientes é mais exigen-
te, buscando não só um posicionamento
adequado de seus dentes, mas mostrando
também uma preocupação maior com a es-
tética facial e o sorriso marcante. Criou-se
então um "novo paradigma estético" onde o
ortodontista deve se preocupar em fazer uma
análise extremamente detalhada da estética
facial e do sorriso. dando mais ênfase à pro-
porcionalidade da face.

EVOLUÇÃO

Segundo Sarver47·48•49 , esse paradigma esté-


tico deve ser ampliado de modo a incluir três
divisões principais:

• Macro Estética, que é representada pela


aparência facial e pelas proporções faciais
(Figura 01A).

• Mini Estética. que abrange a estrutura


do sorriso. incluindo a apresentação dos
dentes e das gengivas, do arco do sorriso
e da largura do sorriso (Figura 018).

• Micro Estética, que inclui as proporções e


alturas dentárias (Figura 01C).

01 A·C · Macro-estética (A). Mini-estética (B). Micro-estética (C).


Of!l7

Esse novo modelo de análise mantém as metas funcionais de oclusão, mas estas são
avaliadas dentro do contexto de uma análise dentofacial muito mais abrangente. O
profissional deve examinar o paciente, com a posição dos lábios em repouso e ao
sorrir, e em todas as três dimensões físicas. Uma quarta dimensão, o tempo, ou o
envelhecimento do ser humano, também deve ser levada em consideração pois a
literatura nos informa que, com o passar dos anos, mesmo os indivíduos que nunca
sofreram nenhum tipo de tratamento ortodôntico terão o nariz aumentado , os lábios
retruídos e o mento protruído. levando assim a um perfil mais côncavo.

Muitas vezes tratamos os pacientes muito jovens e nossas decisões, no que tange ao
diagnóstico e à mecânica, podem afetá-los esteticamente para o resto de suas vidas
(Figura 02A). Na figura 028,C mostramos um paciente que passou por tratamento
ortodôntico , em épocas passadas, mostrando que o tempo passou e o efeito da bio-
mecânica em seu perfil ficou evidente, com um perfil extremamente côncavo, que não
é considerado belo pela sociedade como um todo.

...J
<
u
~
e:
w
>

TEMPO

02 A-C - As quatro dimensões em que devemos


avaliar nossos pacientes (A). Início (B) e vinte e
cinco anos pós-tratamento (C).
c?w~~$~
protocolo clínica

O planejamento do tratamento deve levar em consideração o reconhecimento de fatores


positivos do paciente, fazendo o que se define por "otimização do tratamento" pois, quando
nos preocupamos somente em corrigir problemas, temos a tendência de, algumas vezes, es-
quecer fatores estéticos positivos do mesmo, correndo assim o risco de afetar adversamente
atributos estéticos já presentes.

OTIMIZAÇÃO DO TRATAMENTO

Planejamento além dos problemas:

• Observação clínica, medidas e dados quantitativos, obtidos nos 3 planos do espaço;


• Menor ênfase a registros estáticos:
• Identificação de atributos do paciente;
• Atributos positivos devem ser mantidos;
• Atributos negativos devem ser corrigidos.

Os conceitos de um belo sorriso são discutidos há muito tempo na Odontologia , mas na


Ortodontia observamos que a prática não condiz com a teoria.

Sabemos que em todas as especialidades que tratam da estética a definição do Arco do


Sorriso se dá quando existe uma relação de paralelismo ou consonância entre a curvatu-
ra do plano oclusal superior e a curvatura do lábio inferior ao sorrir (Figura 03).

Esta definição é um conceito muito utilizado pelos profissionais que tratam da estética na
Odontologia, porém, quando se trata de um tratamento ortodôntico, onde um dos objeti-
vos é a estética dental e facial, esse fato não acontece pois sempre nos focamos apenas
nos arcos dentários e no posicionamento dos dentes, não avaliando o relacionamento
destes com a face.

Uma das maneiras de conseguir ou manter um Arco do Sorriso na Ortodontia é mudar o


posicionamento dos braquetes na arcada superior.

03 - Definição do Arco do Sorriso ou


Smile Are. O paralelismo ou conso-
nância do plano oclusal superior com
o lábio inferior.
Oflff
aJ~;u&,~;$~
prot oco lo clínica

Desde o advento do Straight-Wire de Andrews1 , há 40 anos, a colocação dos acessórios tem


como orientação básica serem colados no meio da coroa clínica dos dentes.

A Ortodontia brasileira teve uma forte influência dos conceitos do professor Roth45, que
modificou a colagem de Andrews com a intenção de proporcionar uma guia anterior mais
ampla; ele propôs que nos incisivos centrais superiores fosse feita uma diminuição de
aproximadamente 0,5 mm, ficando na mesma altura dos laterais e alinhando dessa forma
todos os dentes anteriores. Durante a evolução do tratamento esses dentes muitas vezes
se posicionarão através de um arco reto e, ao final , iremos terminar com um sorriso tam-
bém reto ou aplainado, onde a arcada superior não coincide com a curvatura do lábio
inferior (Figura 04).

04 - Colagem tradicional dos braquetes,


onde muitas vezes o sorriso se encontra
reto ou aplainado.
J'OJ'

Uma alteração, mesmo não sendo intencional, da estética do sorriso, decorrente da co-
locação dos braquetes e/ou de mecânicas inadequadas, sem levar em conta o arco do
sorriso já presente antes do tratamento, resultará no achatamento do arco (Figura 05A-E).

nfi A-E - r.01:inP.m r.onVFmcional leva a falta da curva do sorriso (A.8\. A oresenca de um sorriso reto não é agradável {C-E).
dfef~~;j~
protocolo cl í nico

Os pacientes agora querem lábios volumosos e arcos dentários mais amplos. Um plano
de tratamento baseado na face. com o intuito de proteger ou melhorar o arco do sorriso.
anda de mãos dadas com os objetivos oclusais (Figura 06A-D).

06 A-D - Presença do Arco do Sorriso (A).


Ausência do Arco do Sorriso (B). Atributos
estéticos e oclusais presentes em pacien-
tes tratados. ortodonticamente (C,D).
v7hl4~~$~
protoco l o cl ini co

Alguns estudos50·51 mostram que o tratamento A


ortodôntico altera desfavoravelmente o arco
do sorriso em 1/3 dos casos.

Hulsey17 , em 1970, estudou fotografias de 40


indivíduos, 20 tratados ortodonticamente e 20
com oclusão normal. Ele notou que a curvatura
das bordas incisais dos incisivos superiores era
achatada naqueles tratados ortodonticamente.

A posição dos incisivos superiores tem gran-


de importância não somente para obter o arco
B
do sorriso, mas também pelo processo de en-
velhecimento das pessoas já que, ao longo
dos anos, haverá uma tendência de menor
exposição dos incisivos superiores, tanto em
repouso quanto ao sorrir, e devemos ter o cui-
dado de não reduzir a exposição dos incisi-
vos em adolescentes com nossas mecânicas
para evitar uma aceleração do processo de
envelhecimento em termos de aparência do
sorriso (Figura 07A-C).
e
A precisão na colagem dos braquetes é, pro-
vavelmente, o principal item para alcançar-
mos um belo arco do sorriso e uma correta
finalização ortodôntica levando em conta o
contorno dos tecidos moles e duros, além de
ser de fundamental importância uma escolha
correta dos torques nos braquetes para cada
caso individualmente.

07 A·C - Tendência à menor exposição


dos incisivos tanto em repouso quanto
ao sorrir com o passar dos anos em to-
dos os indivíduos.
dh/~~$~
pro it ocolo clínico

O posicionamento dos braquetes, tradicionalmente, tem sido diagramado para seguir


fórmulas definidas. A prática mais comum é que a ranhura (s/ot) do braquete no incisivo
central esteja 4 mm acima do bordo incisai, a 3,5 mm nos incisivos laterais e a 4,5 mm
nos caninos (Figura 09A,B). Esta regra seria aplicada a todos os pacientes, o que é
totalmente contrário a um dos princípios do paradigma estético, que é o planejamento
individualizado do tratamento.

09 A,8 - Posicionamento tradicional


dos braquetes.
J'07

A colagem preconizada pelo saudoso prof. Roth 45 tinha algumas modificações pois sua
filosofia adotava que a guia anterior deveria desocluir no mínimo pelos quatro incisivos.
Desta forma ele idealizou que a colagem deveria ser 0,5 mm menor nos centrais e cani-
nos. ficando praticamente no mesmo alinhamento dos laterais. De fato havia uma deso-
clusão pelos anteriores. porém o sorriso ficava mais aplainado. Sua influência foi incrível
dentro da comunidade ortodôntica mundial, inclusive para mim. Para aqueles que ainda
seguem esta forma de colagem. sugiro que revejam seus conceitos (Figura 10A,B).

1O A,B - Posicionamento preconizado


pelo professor Roth.
tYW~~$~
protocolo c l í nico

Segundo o Dr. Tom Pitts37·38, para a obtenção de um Arco do Sorriso ideal a colagem dos
braquetes deve sofrer algumas mudanças no posicionamento, tendo os pontos de con-
tato como referências para o posicionamento dos acessórios para os dentes posteriores;
nos dentes anteriores os biraquetes são posicionados para a obtenção do Arco do Sorriso
analisando individualmente cada caso. Os caninos são a transição do segmento poste-
rior para o anterior e são essenciais para a obtenção da estética e oclusão funcional. A
colagem vai de posterior para anterior e alinhados a partir da parte inferior dos braque-
tes. ficando o slot mais alto que o tradicional (Figura 11A,B).

~ .\-. • • • r• rw •••• ri••

11 A,B - Colagem progressiva de bra-


quetes (A). Resultado final mostrando o
Smile Are (B).
í'O!J

SUGESTÃO, DO PROF. JURANDIR:

1) Fizemos algumas modificações e suge-


rimos colar em primeiro lugar (quando pos-
sível) o primeiro pré-molar alinhando o slot
com o meio da coroa (diferente de Tom Pitts)
(Figura 12A).

2) Supondo que o "X" atingiu 4 mm de altura,


vamos ao segundo molar e diminuímos apro-
ximadamente 0 ,5 mm, ficando com 3,5 mm
(Figura 128).

3) A seguir definimos a altura do primeiro mo-


lar e segundo pré-molar, imaginando sempre
uma linha ascendente de posterior para ante-
rior. Com este posicionamento teremos o ali-
nhamento das cristas marginais (Figura 12C).

4) Em seguida definimos a altura do canino,


colocando-o 0,5 mm maior que o pré-molar,
ou seja, neste exemplo ficará com 4,5 mm
(Figura 120).

5) A partir deste, começamos a construir a


linha do sorriso e, por ser mais prático para
medir, iremos direto ao incisivo central, que
será 0,5 mm maior que o canino, portanto
com 5 ,0 mm (Figura 12E).

6) O incisivo lateral ficará no meio do caminho,


com diferença de 0,25 mm maior que o canino
e menor que o central, ficando com 4,75 mm
(Figura 12F).

7) Desta forma construímos, a partir do dente


mais posterior. uma linha ascendente para an-
terior até o incisivo central.
5,0

12 A-F - Observar a linha ascendente


que se forma desde os molares até os
incisivos formando ou mantendo o Arco
do Sorriso. Notar a divergência entre as
linhas dos stots com o plano oclusal.
4,75
dW~~t$~
proto c o l o clínico

Como auxiliar da colagem, podemos visua-


lizar o correto posicionamento dos braque-
tes desenhando uma linha no modelo de
gesso do paciente, passando pelos pon-
tos de contato dos dentes posteriores até 15 - Modelo de gesso com marcações nos pontos de contato dos dentes
posteriores.
os caninos; para os laterais aumentamos
0,25 mm e para os incisivos centrais mais
0,25 mm, mantendo a cuNa ascendente,
obtendo assim a individualização das altu-
ras nos dentes anteriores (Figura 15).

RECONTORNO DO CANINO

É comum encontrarmos maloclusões


onde os caninos estão fora da posição
e nunca participaram da oclusão. Des-
ta forma não sofreram desgastes natu-
rais e, ao entrarem em oclusão através
do nivelamento. ficam mais salientes
que os outros dentes, comprometen-
do a estética e a curvatura do Arco do
Sorriso. Para esses dentes, sugerimos
um leve recontorno incisai , simulando
o desgaste natural antes da colocação
do aparelho, como indica Zachrison 64
{Figuras 16A-C e 17A-C).

16 A-C - ll11stracão demonstrando o recontorno incisai dos caninos


17 A-C - Caso clínico demonstrando o recontorno incisai dos caninos logo após a colagem dos braquetes.
cild~a,ht,$~
p r otoco l o c lín ico

No sentido mésio-distal a colocação dos acessórios segue as regras convencionais, ou


seja, devemos posicioná-los na porção mais saliente da face vestibular. coincidindo quase
sempre com o centro da coroa clínica. Cabe aqui um alerta com relação aos caninos pois a
parte mais saliente deste dente fica mais para a mesial; desta forma os acessórios devem
ser desviados para mesial em relação ao centro da coroa.

A altura dos acessórios dos incisivos inferiores está relacionada com alguns fatores. Suge-
rimos sempre que se faça um levante de mordida, anterior ou posterior, para a colagem do
arco inferior (ler no capítulo 04) (Figuras 18 e 19A,B). Em casos com sobremordida profunda
e com presença de curva de Spee, os acessórios dos incisivos inferiores devem ser colo-
cados mais para incisai e, em casos de mordida aberta. mais para gengival (Figura 19C,D).

Em resumo. o posicionamento dos braquetes no arco superior segue uma linha ascen-
dente do molar até os incisivos centrais e no arco inferior vai depender da sobiremordida
do paciente.
.!.!ti

19 A-D - Levante de mordida ante-


rior (Byte Turbo) (A,B). Ilustração
mostrando colagem diierencial dos
braquetes dos incisivos inferiores
em casos de mordida aberta (C) e
mordida profunda (O).

e D
cJM~~$~
protocolo clínico

20 A·C · Paciente antes edepois da mudança de posicionamento dos braquetes para o Arco do Sorriso.
///

21 A-F - Paciente antes e depois da recolagem para o Arco do Sorriso com destaque para o recontorno incisai do canino.
cJlh/~~$~
protoc:olo c:l íni c:o

22 A-E - Paciente antes e depois da recolagem para o Arco do Sorriso.


J'J'!l

23 A-f - Paciente antes e depois da recolagem para o Arco do Sorriso.


d7h/~~$~
pro t o c olo c l ín i co

CONCLUSÃO

Este protocolo de colagem ainda é muito recente em nossa especialidade e com certeza
iremos evoluir bastante nesse sentido, mas devemos nos lembrar que se estamos sem-
pre querendo a excelência em nossa profissão, devemos iniciar nossos casos com o final
ideal do tratamento em mente.

Muitas vezes, infelizmente, não conseguimos obter a estética do sorriso ideal em todos
os casos. Naqueles casos onde só o tratamento ortodôntico não é capaz de devolver um
belo sorriso, devemos lançar mão da integração entre as especialidades para concluir o
tratamento e obter um "Sorriso Perfeito".

O conceito de Smile Are ou Arco do Sorriso não é uma novidade na Odontologia, mas
apenas recentemente os ortodontistas estão avaliando este conceito e, sem sombra de
dúvida, o resultado final na face e no sorriso são impactantes. Isso demanda uma mu-
dança em nossa filosofia de tratamento e na mecânica ortodóntica, tendo esse fator de
diagnóstico sempre presente em nossos tratamentos.

DICAS PARA COLAGEM

1. Procure deixar um tempo razoável para a cola-


gem. Sem pressa e com calma posicionamos me-
lhor os braquetes;
2. O ideal é estar com a radiografia panorâmica
do paciente em mãos para observarmos a posição
das raízes dentárias;
3. Começar a colagem de posterior para anterior;
4. Se possível , com a ajuda de uma auxiliar;
5. Nos caninos superiores e inferiores os braque-
tes devem ser posicionados mais para mesial; isso
faz diferença na finalização;
6. Sempre observar os braquetes durante a cola-
gem de frente e por oclusal;
7. Para termos uma visão mais abrangente de todos
os dentes por oclusal, é indicado o uso de um espe-
lho maior do que o espelho clínico. Para aqueles que
não o possuem, podem observar através do espelho
que utilizamos para fotos oclusais. É importante a vi-
sualização de toda a arcada ao mesmo tempo pois 24 A,B- Espelhos clínicos de tamanho normal e de diâmetro
nos mostrará pequenos erros que, com espelho clíni- maior e espelho para fotos oclusais, para auxiliar na colagem
co comum, serão mais difíceis de serem observados dos braquetes.
(Figura 24A,B).
I

J
J 1

,
1

/
,, /'
c7h/~~$~
p roto c ol o c l ínico

PACIENTE
Russi F., 30 anos e 5 meses de idade, gênero feminino, com ma-
loclusão Classe li , Div. 1, Sub-divisão LO, desvio da linha média
e presença de corredor bucal.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Dentes tortos e lábio para frente.
Torque Individualizado - ln Ovation
(só regular Iorque, ler capítulo 08)
DIAGNÓSTICO
Padrão li com biprotrusão dentária, lábio sem competência.

TIPO DE APARELHO
Autoligado ativo ln Ovation estético (Só regular torque).

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Aparelho superior e inferior e nivelamento;

2. Retração superior e inferior;


3. Finalização;
4. Contenção Hawley superior e 33/43 fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
24 meses de 2008/2010.

COMENTÁRIO
Como a paciente não tem competência labial, como mostra os lábios abertos e uma biprotru-
são dentária, decidimos pela extração de quatro pré-molares e retração da bateria anterior,
diminuindo a protrusão, com consequente fecihamento dos lábios, devolvendo harmonia
e competência labial. Paciente ficou ansiosa no final do tratamento pois ia se casar, o que
provocou uma retirada dos aparelhos antes do previsto. Com o uso do braquete ativo, temos
mais dificuldades de controlar o torque e, quando, se remove antes do tempo, isso fica mais
evidente, como mostra o final do tratamento, com uma relação deficiente nos posteriores,
pois os incisivos estão verticalizados, impedindo uma boa relação anteroposterior. O resul-
tado estético foi excelente (Figuras 01 a 07).
01 A-1- Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (G). Frontal inicial (D). Trespasse inicial (E). Lado direito
inicial (F). Lado esquerdo inicial (G). Oclusal superior inicial (H). Oclusal inferior inicial (1).
~~~$~
protocolo cl í nico

02 A-G - Frontal início de nivelamento (A}. Trespasse início de nivelamento (B}. Lado direito início de nivelamento (C).
Lado esquerdo início de nivelamento (O). Frontal - retração anterior (E}. Lado direito - retração anterior com OKL Versátil (F).
Lado esquerdo - retração anterior com OKL Versátil (G}.
03 A·H - Frontal - consolidar torques (A). Trespasse - consolidar torques (B). Lado direito - consolidar torques (C). Lado esquerdo - consolidar torques (D).
Frontal com elásticos (E). Trespasse com elásticos (F). Lado direito - elásticos de intercuspidaçáo (G). Lado esquerdo - elásticos de intercuspidaçáo (H).
cnef~epkt,$~
protocolo clínico

04 A-O - Frontal final sorrindo (A). Perfil final (B). Perfil final sorrindo (C,O)
05 A-H. Frontal final (A). Lado direito final - falta de Iorque anterior (8). Lado esquerdo final - falta de Iorque anterior (C). Oclusal superior
final (D). Oclusal inferior final (E). Closed dos dentes (F). Telerradiografia inicial (G). Telerradiografia final (H).
ciict/~a!kvt$~
protocolo clín i co

06 A-D - Controle após 5 anos: frontal (A}, frontal sorrindo (B), perfil (C) e sorrindo (D).
07 A-F - Controle após 5 anos: vista frontal (A), trespasse (B), lateral direita (C), lateral esquerda (D), oclusal superior (E)
e oclusal inferior (F).
dlw~wkv$~
protocolo clínico

PACIENTE
Perroni H., 18 anos e 10 meses de idade, gênero feminino, com
maloclusão Classe li, Div. li , Sub-divisão LD, presença de corre-
dor bucal (Figuras 08 a 16).

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Dentes tortos.

DIAGNÓSTICO
Padrão face curta; perfil côncavo; enorme falta de espaço.
Torque Individualizado - ln Ovation
TIPO DE APARELHO (Só regular Iorque, ler capítulo 08)

Autoligado ativo ln Ovation estético.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Aparelho superior e inferior exceto nos dentes com falta de espaço.
2. Levante de mordida e nivelamento.
3. Ganho de espaço.
4. Aparelho total superior e inferior e nivelamento.
5. Consolidação de torques.
6. Finalização.
7. Contenção com Hawley superior e 33/43 fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
Torque Individualizado - Damon
33 meses de 2010/2013 (Tratamento ativo de 24 meses). (ler capítulo 08)

COMENTÁRIO
O tratamento estava se desenvolvendo normalmente durante os primeiros 10 meses. Neste
momento estávamos usando uma mola para abrir espaço para os caninos, portanto, ativada
(Figuras 08 a 10). Abandono temporário do tratamento: A paciente ficou 9 meses sem retornar
pois estava com problemas financeiros e a mesma dizia por telefone que, enquanto o pai não
pagasse, ela não voltaria. Retornou após nove meses (Figuras 11 a 14) e continuamos o trata-
mento normalmente, porém, no período de ausência, perdeu-se o controle da protrusão e dos
torques. Um dos agravantes foi a utilização do braquete ln Ovation, que tem dificuldade para
controlar torques. O tratamento ativo foi de 24 meses.

Apesar deste contratempo, a finalização foi excelente, mantendo o perfil côncavo, mas
harmonioso. Esta mecânica vai manter este perfil e não contribuirá para piorar a concavi-
dade, esperada pelo crescimento natural dos indivíduos com o passar dos anos. Nota-se
que a distância bicanina superior era maior no início, e não houve expansão; no entanto
na tomografia observa-se que o canino não tem osso vestibular, o que não tinha desde o
início. A falta de torque está vinculada ao pouco controle que o ativo nos fornece. Na região
de pré-molares e molares houve ganho transverso significativo de 5 mm e, apesar disso,
notamos a presença de osso vestibular.
08 A-J - Frontal inicial (A). Frontal sorrindo inicial (8). Periil inicial (C). Frontal inicial (D). Lado direito inicial (E). Lado esquerdo inicial (F).
Oclusal superior inicial (G). Oclusal inferior inicial (H). Frontal inicio de nivelamento (1). Trespasse inicio de nivelamento (J).
c7h/~~$~
protocolo c l í n i ca

09 A-H - Lado direito início de nivelamento (A). Lado esquerdo início de nivelamento (B). Oclusal superior - início de nive-
lamento (C). Frontal - molas abrindo espaço (D). Lado direito - molas abrindo espaço (E). Lado esquerdo - mola abrindo
espaço (F). Oclusal superior - molas abrindo espaço (G). Oclusal inferior - mola abrindo espaço (H).
10 A·E - Frontal - amarração à distância (A). Lateral direita - amarração à distância (B). Lateral esquerda - amarração à distância (C).
Oclusal superior- amarração à distância (O). Oclusal inferior- amarração à distância (E).
c?w~a,ht,$~
proto c o l o c lín i ca

11 A-D - Momento em que a paciente se ausentou do consultório, retornando após 9 meses. Frontal- segue nivelamento
após retorno (A). Trespasse - molas e abertura de diastema inferior, maior que o necessário, pois se perdeu o controle
em função da ausência (8). Lado direito - amarração à distância, notando perda de controle da protrusão dos incisivos
superiores (C). Lado esquerdo - nítida protrusão (D).
12 A-D - Oclusal superior - amarração â distância (A). Oclusal inferior- diastema desnecessârio (B). Frontal final (C).
Trespasse final (D).
cfw~~$~
protocolo c l ínico

13 A-E - Smile are final (A). Lado direito final (B). Lado esquerdo final (C). Oclusal superior final (D). Oclusal inferior final (E).
14 A-D - Frontal final (A). Frontal final sorrindo (B). Perfil final (C). Sorrindo (D).
cYh/~atkv$~
protoco l o clín ic o

15 A-D - Telerradiografia inicial (A). Telerradiografia finall (8). Panorâmica inicial (C). Panorâmica final (O). Nota-se protrusão superior, causada
pela ausência de 9 meses e pela dificuldade de controle de torques com este braquete. Com relação à manutenção de um perfil harmonioso,
esta protrusão foi benéfica.
16 A-H - Distância entre pré-molares no início - 24 mm (A). Distância entre pré-molares no final - 29 mm. Ganho transverso de 5 mm (B).
Distância entre caninos no início - 37 mm (C). Distância entre caninos no final - 34 mm. Houve contração de 3 mm (D). Tomografia
região de pré-molares com presença de osso na vestibular (E). Tomografia região de molares com presença de osso na vestibular (F). To-
mografia oclusal mostrando presença de osso vestibular em todos os dentes, exceto nos caninos (G). Tomografia do canino, mostrando
a falta de osso vestibular, apesar da contração em 3 mm. Isto mostra que, no início, já não existia osso (H).
dw~a,hz,,'$~
protoco lo c li n ico

Toda e qualquer novidade tecnológica que venha facilitar o


dia a dia clfnico do ortodontista será sempre muito bem vinda.

Enquanto na Ortodontia convencional existem conceitos que


são discutidos e aplicados separadamente, no "Sistema Au-
toligado" esses concejtos são agrupados e condensados
em um único protocolo Desta forma ele oferece ferramentas
modernas que, quando bem aplicadas, proporcionarão solu-
ções que até então eram difíceis de serem conseguidas.

Neste Sistema até o posicionamento dos braquetes foi muda-


do a partir dos estudos de Tom Pitts38 (ler o capítulo 03).

DEFINIÇÃO DA MORFOLOGIA DOS ARCOS

O uso dos fios CuNiTi possibilita a reorganização do pro-


cesso alveolar através da bio-adaptação transversal das ar-
cadas e da autocinese muscular. Após o uso do 018 x 025
CuNiTi, quando a morfologia dos arcos já está definida, ela
deve ser mantida nos arcos subsequentes. Desta forma, to-
mamos a impressão da arcada inferior com uma cera, tendo
60 ,t!, ,UI' l5 $0 ,s ~ 16 \O 5 O ~ 10 tS ,-r., n, 30 l!- 40 -'" !t-0
cuidado de marcar nela também as aletas dos braquetes e
º-
6
aí fazemos coincidir o fio inferior. Em seguida coordenamos 10
15
o arco superior aumentando mais ou menos 2 mm. Se deci- '°
dirmos tirar a impressão no superior, coordenamos o inferior '°
diminuindo mais ou menos 2 mm. Desenhamos esta morfo- '°
,s
logia em um papel milimetrado e mantemos essa coordena- 50

ção para os fios de aço e TMA (Figura 17A-C).


70
71

17 A-C - Impressão em cera da arcada inferior (A). Arco in-


ferior coincidente com as marcas dos braquetes (B). Diagra-
ma onde o arco superior fica 2 mm por fora do inferior (C).
FIOS AUXILIARES

O braquete Damon O é de últi-


ma geração, onde observa-se
bordas arredondadas, polimento
diferenciado, abertura do clipe
com um sistema que não gera
força sobre a base do braque-
te, evitando assim a sua soltura;
apresenta ainda um tubo hori-
zontal acoplado à sua base (Fi-
gura 18A, B) que pode ser utili-
zado para inserir fios auxiliares
em casos onde um determinado
dente coloca-se em condição de
colagem durante o tratamento.

18 A,B - Braquete Damon ª Q" visto lateral-


mente (A) e com fio auxiliar (B).
c?w~~$~
protocolo clínico

Para não ter que retornar fios, mantemos o fio principal e passamos pelo tubo auxiliar um
fio de início de nivelamento (.013 ou .014) como pode ser visto na figura 19A-G.

19 A-G - Fio auxiliar para correção do canino (A-C) e fio auxiliar para correção do segundo molar (D-G).
LEVANTE DE MORDIDA. POR QUE?
• Evitar interferências oclusais.
• Evitar interferências com braquetes e tubos.
• Facilita a adaptação transversal.
• Facilita a adaptação anteroposterior.

EVITAR INTERFERÊNCIAS OCLUSAIS E EM BRAOUETES E TUBOS

Dentro do protocolo autoligado, o levante de mordida é usado em praticamente todos os ca-


sos e tem como objetivo principal desocluir os dentes, liberando desta forma qualquer con-
tato dentário, prevenindo que a mastigação venha interferir com os movimentos ortodônticos.

Por muitos anos acreditou-se que só era necessário levantar a mordida em casos de
sobremordida, que provocava contato prematuro dos dentes superiores com os bra-
quetes e tubos inferiores.

Segundo Silva Filho e colaboradores55, a sobremordida profunda inspira inquietação entre os


profissionais nas etapas de diagnóstico, tratamento e comportamento pós-tratamento, nessa
ordem de enfrentamento clínico. Muitas são as ações mecânicas para esta correção. O moti-
vo para ações distintas para o mesmo problema está relacionado à morfologia facial, onde se
adapta a maloclusão, bem como a estética do sorriso. Concluíram que uma mecânica com
acessórios palatinos stop e guia para a desoclusão posterior e o uso de elásticos é eficiente
para a correção da sobremordida profunda.

ADAPTAÇÃO TRANSVERSAL

º
Falando do seu "Sistema Autoligado", Oamorf3·1 diz que o levantamento da mordida faz
parte do protocolo de tratamento pois não só é necessário nos casos já descritos, como
também, e principalmente, para liberar o contato oclusal normal em qualquer tipo de
maloclusão. Desta forma, o estímulo para a reorganização do processo alveolar no sen-
tido transverso é conseguido com mais eficiência. A força oclusal é maior que a força
exercida pelos fios CuNiTi, que têm em sua composição química 6,0 % de cobre, o que
favorece o ganho transversal através da autocinese individual.
ciw~~t$~
protocolo clínico

ADAPTAÇÃO ANTEROPOSTERIOR

O uso de elásticos precoce é protocolo comum no Sistema


Autoligado, assim como os elásticos de Classe li e Classe Ili.
O levante de mordida maximiza essas correções.

ONDE INSTALAR:

REGIÃO ANTERIOR

Chamados de Bite plane, Bite turbo e Bite rump.

Para facilitar sua colocação temos moldes com o desenho anatômico dos
levantes (Figura 21A,B).

Pode ser instalado inserindo resina diretamente na palatina dos centrais supe-
riores ou através de mini-moldes de silicone, onde temos até 4 opções de tama-
nho e cabo ajustável (Figura 21C).

Deve-se escolher qual o tamanho adequado, inserir resina fotopolimerizável dire-


tamente no molde de silicone, posicionar na região palatina do incisivo central
e aplicar o fotopol imerizador (Figura 21 D).

É importante que este levante (Figura 21E) tenha uma face com forma
reta e polida, onde irá incidir o toque do dente inferior, evitando qual-
quer deslize da mandíbula (Figura 20).

REGIÃO POSTERIOR

Chamado de Build up (Figura 21F).

Inserir resina fotopolimerizável diretamente na oclusal dos


molares. Para facilitar sua remoção deve-se tingir a resina
com qualquer ponta de caneta de retroprojetor. O levante
deve ser plano para evitar deslize mandibular.

20 - Ilustração da forma do levante


anterior que deve ter um plano reto.
J'§J'

21 A-F - Mini-moldes com quatro medidas (A,B). Aplicação da resina (C,D). Levante de mordida anterior (E) e posterior (F).
ciw~~$~
protocolo clínico

USO DEMOtAS

A abertura de espaços para dentes apinhados é


feita através de molas. É importante controlar a
força exercida pela mola, por isso, sua indicação

é bastante especifica, para que libere força leve.

Tipo de mola:

Mola de secção aberta de NiTi, open coil sprin-


gs medium .012x.030., onde .012 e a espessura
do fio e .030 é a sua luz. Nunca usar mola com
fio mais espesso e/ou com luz menor que .030
(Cuidado, pois a mola é NiTi e não de aço).

Ativação: O tamanho da mola deverá preencher


o espaço existente entre a mesial do braquete do
dente por distal ao espaço a ser aberto e a distal
do braquete do dente por mesial ao espaço a ser
aberto (Figura 22A), acrescentando mais uma vez
o tamanho de um braquete (Figura 228). A reati-
vação deverá ser feita após 8 a 1Osemanas. Para
reativar coloca-se um stop (como cursor) para
diminuir o espaço entre os dentes e comprimir a
mola, sem necessidade de trocá-la. Após a ativa·
ção e passadas 8 semanas. notamos no exemplo
da figura 22C que a mola está praticamente sem
ativação, e na figura 220 a mola reativada.

O tempo para obtenção do espaço suficiente está


na dependência da quantidade de espaço a ser
obtido. Na maioria dos casos, após 5 meses o es-
paço é conseguido e podemos remover a mola.

22 A-D - Mola ativada preenchendo o espaço a ser aumentado (A). Ilustração


da mola ativada (B). Após ação de movimento a mola está desativada (C). Mola
reativada com stop (D).
ABERTURA DE ESPAÇO PARA CANINOS

EFEITO TRANSVERSAL E ANTERIOR

Colocar a mola entre os incisivos laterais e os pré-molares. Durante a abertura do espaço para
o canino, teremos também um resultado no sentido transversal devido à energia da mola na
região dos prés e os dentes anteriores tendem a protruir, se não houver competência labial.

Segue um caso clínico mostrando o uso de molas para abrir espaço para os caninos su-
periores. Paciente Santana, A. , com maloclusão Classe 1, com competência labial e pre-
sença de supranumerário entre os dentes 11 e 12. Após a extração do supranumerário,
colocação do aparelho e mola para abrir espaço para os dentes 13 e 23.

Verifique a sequência clínica através das figuras 23 a 25.

23 A-C - Vista frontal (A}. Lateral direita com supranumerário na região dos laterais (8). Lateral esquerda (C}.
cfW,~~$~
protocolo clínica

PROTOCOLO DE DESGASTE INTERPROXIMAL

Indicação: Casos clínicos que apresentem apinhamento


suave e que não justifique extrações e nem necessidade
de protrusão. Dentes que apresentem nos pontos de con-
26 -Arco lingual eseparação dos dentes posteriores.
tato, uma distância maior que a cervical do dente e que
mesmo com o desgaste interproximal, ainda ficará com a
região dos contatos, maior que a cervical, tendo certeza
que não irá comprimir as papilas gengivais.

INSTRUMENTAL USADO

PARA DENl ES POSTERIORES (ATÉ DISTAL DOS CANINOS)

1. Arco lingual inferior para manter o perímetro do arco.

2. Separar com alastik os prés (Figura 26).

3. Após um dia de separação, remover o arco lingual e o se-


parador e fazer o desgaste com broca 2200FF da Sorensen,
a qual será usada nos espaços e com movimento de baixo
para cima, para evitar que se crie degrau (Figura 27A-D).

4. Criou-se uma superfície de contato, portanto é necessário


arredondar esta faceta, no mesial e distal tanto por vestibular
como no lingual e oclusal, devolvendo uma forma arredonda-
da e ponto de contato. Importante que se use a broca correta,
ou seja, referencia 3138 da Komet (Figura 28A-F).

5. Apesar das brocas terem pigmentação fina, será necessá-


rio um fino acabamento com lixa de polimento (Figura 29A-C).

6. Aplicação de flúor (Figura 290).

7. Recimentação do arco lingual, colagem dos prés e ca-


ninos. iniciando a retração individual. Deve terminar essa
fase com diastema no mesial dos caninos, aliviando as-
sim, o alinhamento dos anteriores (Figura 30A-E).

PARA DENTES ANTERIORES


1. Desgastar com lixa comum, podendo usar artifícios
que facilitem o manuseio da lixa (Figura 31 ).

2. Colagem anterior, nivelamento e sequência mecânica.

Obs: As figuras das ilustrações correspondem a 2 pacientes. 27 A-D - Remoção dos separadores e do arco lingual.
Desgastes com movimentos de cervical para oclusal.
28 A·f - Broca especial para arredondamento da face mesial, distal e oclusal de todos os dentes.

29 A-D - Espaços conseguido com desgaste. Lixa de polimento nas faces desgastadas. Aplicação de flúor.

30 A-E - Recimentação do arco lingual para manter espaço enquan1o faz-se a 31 - Desgaste com lixa nos dentes anteriores.
retração a partir dos caninos (A-C). Vista oclusal final (D,E).
citd~~;ft~
protocolo c linica

A propriedade termoelástica significa que ele possui um efeito


de memória de forma através de transformação induzida pela
temperatura. Em temperatura ambiente, a liga martensítica ativa
pode fazer com que o fio seja inserido facilmente no s/ot do bra-
quete mesmo em área de grandes apinhamentos; depois, graças
à transição de fase em direção à estrutura austenítica causada
pela temperatura bucal. a liga recupera a forma original e exerce
contínua e suave força ortodôntica por um longo período, como
pode ser visto na figura 01A,B.

Uma maior quantidade de cobre faz com que o a lcance da


transformação de temperatura (TIR) diminua o desvio padrão
para mais ou menos 2°, comparado a outro fio NiTi, que é de
mais ou menos 5°. Esta é a chave para se produzir uma força
estável e previsível19 . O fio de cobre Ni-Ti. principalmente, pode
exercer continuamente uma força estável. sem súbita alteração
das fases. Isso possibilita encurtar o perfodo de tempo neces-
sário para preenchimento total do fio no slot.

Esses fios estão disponíveis em vários calibres, mas para iniciar


o tratamento e explorar ao máximo as propriedades é importan-
te que o fio seja de pequeno calibre, principalmente nos casos
com apinhamentos. O importante nesta fase é buscar o alinha-
mento e o nivelamento com a menor força possível . compatí-
vel com a fisiologia do movimento dentário, buscando a maior
rapidez através da menor iatrogenia no ligamento periodontal,
e permitindo a maior liberdade possível de movimento para as
áreas de menor resistência, criando uma independência parcial
entre o nivelamento dentário e a retificação do fio.

01 A,B- Fio na fase martensítíca (A).


Fio na fase austenítica (B).
Proffit41 diz: "O maior desafio do ortodontista é aplicar pressão suficiente para estimular a
atividade celular sem bloquear o suprimento sanguíneo no periodonto. Obviamente que
os dentes se movem com maior eficiência individualmente do que em grupo. Começar o
tratamento com força leve, baixa fricção e arcos de pequenos diâmetros permite o movi-
mento individual dos dentes, mesmo que estejam conectados em grupos".

Iniciar o tratamento com fios de alto calibre, ainda que aceitem maior deflexão e exer-
çam força leve, devido à propriedade da liga, não é interessante pois o fio preencherá a
canaleta do braquete e isto aumenta o atrito, diminuindo a liberdade de movimentação.

TRATAMENTO MAIS RÁPIDO? POR QUE?

Muitos são os autores5·9 ·1º·22·23 que dizem que casos tratados com os braquetes autoliga-
dos provaram, desde o início, ser mais rápidos do que os casos tratados com braquetes
convencionais, e a facilidade do manejo clínico, juntamente com o desenvolvimento do
"Sistema", trouxe a popularização da técnica.

O que, de fato, vem colaborar para que seja mais rápido.

• Pouco atrito entre fio/braquete.


• Braquetes com cantos arredondados e polimento diferenciado.
• Fios su perelásticos;
• Ausência de amarrilho com borrachinhas coloridas;
• Maximização da mecânica com:
• Levante de mordida;
• Elásticos precoce;
• Utilização de stops;
• Torques individualizados desde o início.
• Respeito ao equilíbrio muscular (autocinese);
• Atendimento a cada 60 dias.
c7W~,uh,~t$~
protocolo clínico

Segundo o Dr. Tagawa57 , podemos considerar que o tratamento com autoligado é 25%
mais rápido.

Mesmo não considerando esses 25% mais rápido, existe outro cálculo que é de relevância.

No tratamento convencional atendemos nossos pacientes a cada 30 dias e no autoligado


a cada 60 dias, portanto, ao final do tratamento teremos consumido 50% menos de tem-
po de cadeira com consequente 50% menos visita, e isso deve ser considerado como
menor tempo de tratamento.

Este fato nos leva a uma economia de tempo e a um aumento financeiro significativo por con-
siderar que gastamos a metade do tempo e o valor hora de nosso trabalho aumenta em 100%.

A evolução científica e tecnológica da Ortodontia é evidente nos últimos anos, mas ao lon-
go do tempo podemos afirmar que os indivíduos que nos procuram para tratamento, com
as mais variadas necessidades, exigem cada vez mais do profissional pois o acúmulo de
informação disponível para o leigo é cada vez maior, tornando-o mais conhecedor sobre
seu problema, levando-o a encontrar e propor algumas soluções. Sendo assim o profissional
tem que conhecer as novidades científicas e saber apontá-las, com seus benefícios ou não,
transmitindo ao paciente confiança e convicção na proposta mais adequada para seu caso.
Somos sabedores de que existe apenas um diagnóstico correto, porém temos várias manei-
ras e formas de tratar. Independente da técnica usada continuamos a nos deparar com 70%
de indivíduos que apresentam maloclusões padrão até certo ponto fáceis de serem corrigi-
das; outros 25% apresentam casos moderadamente difíceis e 5% apresentam casos que não
seguem os padrões, tornando esses casos difíceis ou excepcionais.

Esses são os chamados casos desafiadores e a ciência ortodôntica, através dos pes-
quisadores, está sempre atenta em proporcionar ferramentas para encontrar a melhor
solução. Desta forma é fundamental que estejamos sempre em evolução, quebrando de
tempos em tempos nossos próprios paradigmas.
O avanço da Odontologia enquanto ciência tem colocado as especialidades em uma
situação de evolução. Cada vez mais os profissionais são requeridos a proporcionar res-
postas às necessidades clínicas do paciente, assim como ter conhecimento das ferra-
mentas que proporcionem estas respostas. Na Ortodontia não é diferente.

O profissional do novo milênio tem por obrigação conhecer as diversas possibilida-


des terapêuticas, sabendo com discernimento e inteligência associar as vantagens
de cada filosofia para poder individualizar os tratamentos. Não existem técnicas má-
gicas, fórmulas prontas, arcos ou braquetes inteligentes; existem, sim, Cirurgiões-
-dentistas inteligentes.

O fácil acesso às informações e novidades no campo da estética facial faz com que as
pessoas se interessem e sejam exigidas muito mais pela sociedade do que em tempos
passados em relação à correção de qualquer desvio da estética. A pressão da socie-
dade faz com que a procura por estes tratamentos aumente as exigências, que passam
também pelo tratamento ortodôntico, o qual, sob a nossa ótica, podemos chamar de
plástica do sorriso visto que a comunicação e a percepção visual do que é belo ou não,
invariavelmente têm que passar pelo sorriso. Esta pode ser considerada a grande mu-
dança de comportamento da sociedade moderna.

NOVO MODELO DE EXIGÊNCIAS DOS NOSSOS PACIENTES

• Atendimento mais rápido;


• Período de tratamento reduzido;
• Espaços maiores para cada retorno.

Estas exigências nos fazem refletir sobre tudo o que fizemos, o que estamos fazendo, e
como nos preparar para o futuro; enfim, observar as tendências, sem perder a excelência.

Na vida moderna o tempo é fundamental.


c?h!~~t$~
pr otoco lo cl í n i co

PACIENTE
Liz Müller Azzoni, gênero feminino, 16 anos e 3 meses, Classe
Ili incipiente.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupada com dente torto.

DIAGNÓSTICO
Torque Individualizado - Damon MX
Padrão Ili com deficiência maxilar; Mesofacial. (ler capítulo 08)

TIPO DE APAREILHO
Autoligado passivo Damon MX. com colagem progressiva para obter Smile Are e 11 e 21
invertidos para torquear.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO

1. Desgaste interproximal inferior, retração dos prés e caninos para aliviar o nivelamento
anterior, sem provocar protrusão.

2. Montagem total.

3. Nivelamento e alinhamento com elásticos sentido Classe Ili.

4. Torques.

5. Finalização.

6. Contenção: Essix superior e 3/3 fixo inferior.

TEMPO DE TRATAMENTO
14 meses.

COMENTÁRIO
Neste capítulo comentamos sobre tempo de tratamento mais rápido. Este caso clínico
é um bom exemplo, pois tratamos em 14 meses com 09 atendimentos. O resultado foi
considerado bom e a paciente melhorou muito seu aspecto estético dentário e facial com
a obtenção da curva do sorriso (Smi/e Are). Feito uma tentativa com relação a torque,
colocando os braquetes do 11 e 21 com regular torque invertidos com intenção de obter
hight torque.
02 A-1 - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil (C). Frontal inicial (D). Trespasse inicial (E). Lado direito inicial (F). Lado
esquerdo inicial (G). Oclusal superior inicial (H}. Oclusal inferior inicial (1).
cflw~~;j~
protocolo clínico

03 A-F - Inicio de nivelamento - colagem progressiva para obter Smile Are (A). Lateral direita - inicio de nivela-
mento (B). Lateral esquerda- início de nivelamento (C) . Frontal- nivelamento (D). Lateral direita- nivelamento (E).
Lateral esquerda - nivelamento (F).
J'Gl'

04 A-D - Consolidação de torques, vista frontal (A), trespasse (B), lateral direita (C) e lateral esquerda (D).
c7h!4,u4,,~$~
pratacala clínica

05 A-D - Frontal final (A). Frontal sorrindo (B). Perfil (C). Sorrindo (D).
06 A-F - Frontal final (A). Trespasse final (B). Lateral direita final (C). Lateral esquerda final (D). Oclusal superior final (E). Oclusal inferior final (F).
cflhl~aJhi,$~
protocolo clínico

07 A-G - Telerradiografia inicial (A) e final (B). Tomografia final região de molar LO (C) . Tomografia final região de molar LE (O). Tomografia final região de
pré LO (E). Tomografia final região de pré LE (F). Tomografia final região anterior (G).
/7/

08 A,B • Distância inicial inter pré-molares (A). Distância final inter pré-molares (B).
d2h/~~$~
p r otocolo cl í nico

09 A·D · Frontal - 5 anos após (A}. Frontal sorrindo 5 anos após (B). Perfil 5 anos após (C). Sorrindo 5 anos após (D).
10 A-F - Frontal 5 anos após (A). Trespasse 5 anos após (B). Lateral direita 5 anos após (C). Lateral esquerda 5 anos após (D). Oclusal superior 5 anos
após (E). Oclusal inferior 5 anos após (F).
c?h/~~$~
protocolo clínico

SEQUÊNCIA DE FIOS

SEQUÊNCIA MAIS USUAL DE FIOS

SUPERIOR E INFERIOR

....
<C
G>
:::,.
~
u e:,
z "O
e: .013 ou .014 CuNiTi
e:,
w "O Início de nivelamento/Início do formato da arcada
CI) ~
<C e:,
u.. ü:

.014 x .025 CuNiTi

.....
.018 x .025 CuNiTi
Continuando a preparação da arcada
....
PEDIR RADIOGRAFIA PANORÂMICA PARA FASE DE RECOLAGEM
(se necessário, voltar arcos)
....
DEFINIDA A MORFOLOGIA DAS ARCADAS
Registro em Cera
....
.019 X .025 TMA
Quando necessita de dobras
....
.019 X .025 AÇO
Expressão final dos torques / Fechamento de espaços

.019 x .025 BRAIDED


Para intercuspidação e pequenas dobras

Observações:
Quando estiver em dúvida, usar .016x025 CuNiTi antes do .018x025. Sequência de fios para apinhamento muito severo: Inicio
com fio .013 CuNiTi e depois seguir a sequência mais usual.
O primeiro arco de nivelamento .013"ou .014" CuNi-
Ti deverá ir até o primeiro molar. Esta manobra é
preventiva já que estes fios, por serem superelásti-
cos, se desde o início forem até o segundo molar,
na maioria das vezes durante a mastigação irão se
soltar do tubo e criar incômodo ao paciente ou até
causar movimentos inadequados (Figura 11A,B). A
partir do fio .014 x .025 CuNiTi, devemos levar o fio
até o segundo molar pois a partir deste fio retangular
ele dificilmente irá se soltar do tubo.

EXCEÇÃO: Se o caso apresenta uma maloclusão


onde o segundo molar está fora do alinhamento do
primeiro molar, onde não será possível inserir o fio
retangular, deve-se, desde o início, levar o fio re-
dondo .013 ou .014 até o segundo molar e, para
evitar que se solte, deixamos um excesso de mais
ou menos 2 mm por distal do tubo, destempera-
mos e dobramos por distal, impedindo que o mes-
mo possa se soltar, conseguindo seu nivelamento
e permitindo dar sequência aos fios. O ato de des-
temperar o fio CuNiTi altera sua composição, por-
tanto esta manobra poderá ser feita com fios NiTi. 11 A,B - Fio .014 no segundo molar (A). Fio .014x.025 até o segundo molar
sem soltas (8).
- -- - -
d7k/~~~t$~
proto c olo c línico

Dentre os fatores que podem afetar


essa relação de atrito pode-se citar
o tipo de braquete, o tipo de amarra-
ção, a angulação, as dimensões dos
fios e as dobras de primeira, segun-
da e terceira ordem. Quanto aos tipos
de braquetes, autores como Loh 19,
Voudouris63, Pizzoni et al.39, Thorsten-
son e Kusy60, Vanzin et al.61 , Tecco et
al. 59 , Picchioni36, Fernandes et al. 11,
Maltagliati22·23 e Barbosa5 afirmam
que os autoligados apresentam me-
nores forças de atrito quando compa-
rados aos convencionais.

Pellan, em 200634, descreveu a im-


portância de trabalhar com um Sis-
tema de braquetes autoligados. Re-
latou que o atrito é o "inimigo número
um" dos aparelhos fixos por aumen-
01 - Amarrilho metálico provocando pressão do fio no fundo do s/ot.
tar a resistência da força necessá-
ria para alcançar o movimento do
dente, levando à perda potencial de ancoragem, prolongando o tempo de tratamento,
aumentando o número de visitas ao consultório, resultando na necessidade de forças
maiores para mover os dentes, o que pode gerar mais dor ou, ainda, mais reabsorção da
raiz. Devido à sua natureza, as ligaduras elastoméricas criam uma variação significativa
dos níveis de força, aumentam a fricção e deformam permanentemente devido à hidrólise
e ao calor úmido, alterando o grau de resistência da força. Todas essas propriedades ini-
bem o progresso do tratamento. A ligadura elástica cria o ambiente de maior fricção, se-
guido pela ligadura de aço , pelo autoligado ativo e, finalmente, pelo autoligado passivo.
Com o intuito de mostrar um sistema de braque-
te de baixa fricção, Loh, em 2007 19, comentou que
casos de extrações ortodônticas geralmente levam
cerca de 24 meses para serem concluídos. Des-
creve que, usando um sistema de baixa força e
braquete de baixa fricção, concluiu casos com 4
extrações em menos de um ano.

Fernandes e colaboradores, em 2008 11 , realiza-


ram uma revisão de literatura sobre o atrito nos
braquetes autoligados e concluíram que este sis-
tema de ôraquetes que permite o aprisionamento
do fio de forma passiva, sem a participação de
nenhum agente externo de ligação, promovendo
a permanência do atrito superficial reduzido, pro-
porciona um tratamento mais rápido e confortável
para o paciente.

Hascova e colaboradores, em 2008 15 , testaram 90


braquetes que possibilitavam 3 formas de amar-
02 A,B - Borrachinhas coloridas provocando auto atrito.
rações (mínima, média e máxima fricção de amar-
ração). O método de amarração mostrou ter uma
influência altamente significativa na resistência
de fricção do sistema de braquetes, apoiando as
afirmações dos fabricantes de que a fricção pode
ser variada selecionando um modo apropriado de
amarração. Existe uma tendência de aumentar a
resistência de fricção com angulações crescentes
entre o braquete e o fio.
cflw~Wkv;ft~
p r oto c o l o cli ni co

Franchi e colaboradores, em 2008 12, fizeram um trabalho com o objetivo de avaliar as for-
ças de atrito geradas por quatro tipos de braquetes passivos auto ligados de aço inoxidá-
vel utilizando ligaduras de metal, ligaduras elastoméricas não convencionais e ligaduras
elastoméricas convencionais durante a mecânica de deslize. Concluíram que tanto as
ligaduras de aço quanto as elastoméricas não convencionais produzem significantemen-
te menores forças friccionais (em torno de 2g) quando comparadas às ligaduras elasto-
méricas convencionais (maior que 500 g).

Em 2011, Sathler et al. 53 descrevem sobre o tftulo "Desmistificando os braquetes au-


toligáveis" dizendo que, ao contrário dos braquetes trad icionais, os autoligáveis não
necessitam de ligaduras, sejam elas e lásticas ou metálicas. A literatura é farta em
concluir que essa característica diminui ostensivamente a resistência do atrito duran-
te a mecânica de deslize.

As ligaduras elastoméricas multicoloridas, indiscrimiMdamente usadas nas amarrações dos


fios ortodônticos na Ortodontia convencional, são motivo de muitos estudos. Macedo et al.20
analisaram a influência do p igmento na elasticidade em longo prazo de ligaduras elásticas
e concluíram que as ligaduras da marca Morel/í foram submetidas à tração em 4 mm e não
apresentaram comportamento estável; as que são
produzidas com diferentes cores se comportam de
forma distinta entre si (Figura 03).

Mesmo com todas estas afirmações, contrárias


ao uso indiscriminado das borrachinhas coloridas
para amarração dos fios, pois causam maior atrito
e dificultam o movimento dos dentes, Rampon et
al.44 fizeram um estudo interessante onde avalia-
ram o perfil do ortodontista que atua no Estado de
São Paulo através de 2414 questionários enviados

03 - Borrachinhas coloridas provocando auto atrito.


para ortodontistas cadastrados no Conselho Regional de Odontologia. Concluíram que
a ligadura elástica foi a forma mais empregada ( 92,9%) para fixar o arco ortodôntico ao
braquete e que recursos recentes na Ortodontia brasileira. como os braquetes autoliga-
dos e os mini-implantes, não apresentaram uso significativo.

Queiroz42 fez um estudo comparando o atrito clássico entre diferentes métodos de


ligação do arco ortodôntico com o objetivo de descrever e comparar três alternativas
para o controle do atrito clássico - braquetes autoligados. braquete especial (Synergy) ,
braquetes convencionais e ligadura elástica especial. Concluiu que no fio 0,014" todos
os métodos de ligação exibiram forças de atrito clássico próximas de zero, exceto os
braquetes More/li com ligaduras elásticas novas e usadas. Também concluiu que os
braquetes Damon MX, Easy C/ip, Smart Clip, Synergy e o amarrilho "em oito" são alter-
nativas eficazes e equivalentes para o controle do atrito clássico nos fios NiTi 0,014"
e 0,019" x 0,025". O braquete Jn-Ovation é eficaz na redução do atrito clássico no fio
0,014", enquanto que no fio 0,019" x 0,025" apresenta a mesma magnitude de atrito
clássico que a ligadura elástica convencional usada.

A baixa fricção está sendo a preocupação principal dos profissionais de Ortodontia e


também de companhias comerciais e palestrantes. que têm mostrado as vantagens dos
braquetes autoligados de baixa fricção; com isso muitos clínicos estão mudando seus
protocolos para estes braquetes. A pouca fricção não deve ser analisada somente pelo
desenho do braquete autoligado, mas por meio de uma filosofia completa de tratamento
pois usando apenas o braquete de baixa fricção tal conduta não assegurará ao clínico o
desempenho mecânico de baixa fricção.

Com o intuito de analisar a quantidade de fricção provocada por vários tipos de amarra-
ções, Perera e Espejo35 concluíram que as amarrações elastoméricas geram forças em
torno de 125 a 152 g; as amarrações metálicas em torno de 97 g; o braquete autoligado
ativo em torno de 54 g e o braquete autoligado passivo em torno de 0,25 g.
cJM~~;§~
protocolo clinico

Para medir a força exercida sobre os dentes durante um tratamento ortodôntiico, Bada-
wi (2007) na University Alberta, Canadá, demonstrou através de um sofisticado sistema
computadorizado, que consegue captar a força em cada dente que é convertida em
impulsos e registrados pelo mecanismo do aparelho OSIM. Os dados são capturados
em todos os eixos, processando e visualizando a força individual, através de um vetor
de setas. As setas representam os vetores de força e o comprimento das setas repre-
sentam a quantidade das forças. O software pode iluminar os dentes em cores, quando

04 - Uso de alasük como amarração,


notamos força excessiva nos dentes
coloridos.
a força aplicada excede o limiar de fricção, binding ou força. Quando as imagens dos
dentes estão na cor vermelha, significa força excessiva. Seguem figuras mostrando a
ação deste sistema.

As figuras 04 e 05 representam o movimento dos caninos em infravestibuloversão.


Com uso de alastik observou uma força 94, 1% maior do que quando utilizou o bra-
quete Oamon SL.

05 • Uso de Braquete Damon, notamos


força leve.
v7h/~tWrv$~
protocolo clinico

Exemplo de um lateral cruzado


(Figura 06A,B). Quando o teste
foi feito com amarrilho alastik
colorido, foi detectado atrito sig-
nificante, produção de binding e
protrusão dos incisivos centrais,
enquanto que com o braquete
Damon SL (Figura 078) a fricção
foi insignificante.

06 A,B- Descruzamento de laterais com


alastik mostrando força excessiva (A) e
com o Damon força leve (B).
Na figura 07 A,B em uma vista
oclusal podemos observar a
presença dos dentes coloridos
em vermelho, quando do uso
de alastík, representando força
excessiva e no uso do Damon
da figura 78 não tem presença
de dentes coloridos.

07 A,B - Correção de canino alto com


B alastik mostrando força excessiva nos
dentes coloridos (A). A mesma corre-
ção com Braquete Damon vertficamos
nenhum atrito (B).
c7h/~C!Pkv$~
protocolo clínico

ALÇAÔMEGA

Na Ortodontia convencional costumava-se usar a alça ômega na mesial do último molar im-
pedindo que o fio deslizasse entre os braquetes. Esta manobra, durante a fase de nivela-
mento e alinhamento, provocava expansões dos arcos, principalmente com protrusões dos
dentes anteriores pois eram utilizadas multialças e o fio era impedido de deslizar para distal.

DOBRAS DISTAIS

Com o advento da técnica Straight-Wire, no início da década de 70, caracterizada pela


Mecânica de Deslize, com os aparelhos totalmente programados, há uma ocorrência co-
mum durante a fase de nivelamento e alinhamento dos dentes. Se o sistema ou a técnica
utilizada provocam atrito na interface braquete/fio, mesmo não tendo alças, existe uma ten-
dência de expansão do arco com consequente deslize deste fio. Para evitá-lo é necessário
deixar um excesso de fio por distal do último dente, destemperá-lo, e fazer uma dobra para
impedir o deslize para frente.

Para suprir essas dificuldades. o Dr. Damon, idealizador deste "Sistema Autoligado", indica
a utilização de stops, que são pequenos tubos telescópicos, adaptados ao fio, para evitar
possíveis deslizamentos que possam ferir a mucosa.

É importante observar que, no Straight-Wire convencional , nos preocupamos em NÃO


deixar o fio deslizar para frente, com consequente p rotrusão dos dentes, enquanto no
"Sistema autoligado" nos preocupamos com o DESLIZE para distal dos fios.

No "Sistema Autoligado", que utiliza uma interação braquete/fio com baixo atrito, o deslize
é favorecido. Por se tratar de um "Sistema" que utiliza fios termoativados, o ideal é que
esses não sejam dobrados nas extremidades pois necessitariam ser destemperados, le-
vando a um superaquecimento, o que provocaria alterações na propriedade dos mesmos.
POSIÇÃO DOS STOPS

Na maioria das vezes esses stops são posicionados mesialmente ao apinhamento pois
desta forma possibilitam o deslize do fio para distal com consequente bioadaptação
transversal das arcadas, respeitando a autocinese de cada indivíduo.

Quando colocado por distal ao apinhamento e encostado na mesial de algum dente, o


deslize deste fio será para frente, provocando expansão e protrusão anterior.

Esses stops devem ser colocados bem apertados ao fio, com um alicate que não possua
ranhuras, e que tenha extremidade plana para evitar a deformação do arco (Figura 01A).

Nos primeiros fios redondos de nivelamento os stops devem ser colocados com uma peque-
na folga entre eles e o braquete para possibilitar que o fio transite pelos braquetes. Quando o
nivelamento vai sendo definido e passamos para os arcos retangulares, os stops deverão ser
colocados o mais próximo possível dos braquetes já que neste momento os segundos mola-
res já devem estar inseridos no arco e um deslize mínimo poderá ferir o paciente na porção
distal. Em resumo, não devemos deixar possibilidade de deslizamento quando estamos com
os fios até os segundos molares (Figura 01 B).

Maltagliati 22 diz que é importante salientar que,


se posicionado fora da linha média, ele pode-
rá atrapalhar, mas em algumas circunstâncias
poderá facil itar algumas manobras durante a
biomecânica uma vez que, ao impedir que o
fio deslize, ele pode funcionar como uma alça
ómega ou uma dobra distal, ou mesmo facilitar
que o fio provoque protrusão e expansão maior
em deter minada região.

Assim, de fato, podemos sugerir algumas pos-


sibilidades terapêuticas, escolhendo diferentes
regiões para a colocação dos stops.
01 A,B - Posição do alicate sobre o stop e coincidindo com o maior
perfil do arco (A). Posicionamento dos stops na linha média (B).
dw~a,kt,$~
protocolo clínico

STOPS NA LINHA MÉDIA

Quando utilizado na linha média, o stop tem a função de evitar o deslocamento do fio e,
como consequência, qualquer tipo de ferimento. Permite o deslize do fio para distal dan-
do liberdade para que haja expressão transversal em equilíbrio com a musculatura. Isso
faz com que alguns ortodontistas afirmem que o stop na linha média evita protrusão dos
incisivos pois, ao permitir o deslize posterior, a sobra de comprimento de fio corre para
distal e não força o movimento vestibular dos dentes. O que determina a protrusão ou não
dos incisivos é a quantidade de apinhamento e extrusão dos mesmos (curva de Spee)22·

Além desses fatores, temos que levar em consideração a autocinese individual. Se existir
competência muscular e, principalmente labial, esta cinta muscular provoca resistência
à protrusão, mesmo em casos com apinhamento, pois os fios usados até se conseguir a
morfologia dos arcos têm força menor que a própria musculatura. Por outro lado, se não
houver competência labial , teremos a protrusão dos incisivos.

Desta forma, a observação de pequenos mas importantes detalhes a serem levados em


conta no momento de propor uma correta biomecânica passa, invariavelmente, por um
diagnóstico consistente a fim de se avaliar individualmente toda a morfologia e que tipo
de movimento será indicado.

STOPS NA LATERAL DAS ARCADAS DENTÁRIAS

Segundo Maltagliati22, quando utilizado unilateralmente, o stop vai permitir que o fio desli-
ze apenas de um lado, perdendo comprimento. Porém, do outro lado, o deslize posterior
fica impedido. Se houver apinhamento do lado onde o deslize está impedido, o excesso
de fio provocará maior vestibularização dos dentes apinhados, que têm uma resultante
anterior, provocando um aumento transversal e de profundidade da arcada nesse lado,
enquanto do outro o fio desliza livremente.
Os casos beneficiados com essa
mecânica são aqueles em que o
apinhamento é maior de um dos
lados da arcada e apresenta des-
vio de linha média para esse lado,
mostrando, claramente, o aspecto
de constrição da arcada no lado
apinhado e normalidade no lado
oposto. Se colocarmos o stop atrás
da região do apinhamento, no lado
do desvio da linha média, o efeito
clínico observado é a expansão
dos dentes apinhados, com pro-
trusão dos incisivos desse lado.
provocando melhora no desvio da
linha média.

Assim utilizamos o stop necessá-


rio para evitar deslocamento do fio
e aproveitamos o seu posiciona-
mento de iorma a obter movimen-
tações dentárias que corrigem si-
multaneamente o apinhamento e a
linha média, facilitando o trabalho
do ortodontista e economizando
tempo de cadeira e de tratamento
(Figura 02A,B).

02 A,B - Stop na mesial do molar


e na distal do pré-molar do lado
direito para contribuir na correção
da linha média (A). Stops na mesial
dos molares vão provocar protrusão
anterior (B).
cflh/~~$~
p r otocolo clínico

Quando utilizado de forma bilateral, o efeito de expansão e protrusão ocorrerá em am-


bos os lados. Isso é benéfico para casos em que a protrusão anterior é desejada pois o
fio ficará impossibilitado de deslizar para posterior. Utiliza-se, portanto, o comprimento
de fio aumentado para forçar maior vestibularização dentária. É o caso de biretrusões,
tratamento compensatório do padrão face curta e, principalmente, casos de sobre-
mordida acentuada onde a reversão da curva de Spee está indicada. Para obter esse
efeito é importante que os stops sejam posicionados bilateralmente. atrás da reg ião de
apinhamento: na mesial dos segundos pré-molares ou dos primeiros molares. Assim
posicionados, esses stops têm o mesmo efeito de um fio de aço com ômegas, deixando
sobrar comprimento de fio anterior para protrusão. Mas com a vantagem de ser um fio
de níquel-titânio, com forças mais suaves. e que aproveita o próprio apinhamento para
gerar protrusão, o que acontecerá simultaneamente ao alinhamento e ao nivelamento.
facilitando o tratamento e reduzindo também o tempo de cadeira e de tratamento.

Concordamos com a otimização da mecânica através do posicionamento adequado dos


stops, porém o idealizador do Sistema Damon otimiza a mecânica utilizada nas maloclusões
assimétricas, com consequente desvio da linha média, através da utilização precoce de elás-
ticos leves e curtos (2 oz - aproximadamente 50 g) desde o primeiro fio. O posicionamento do
elástico está na dependência da quantidade de malocl usão, porém sempre com ativação de
2 oz, que poderá variar desde o primeiro pré-molar superior até o primeiro molar inferior, ou
canino superior e segundo pré-molar inferior, ou tantas outras variações, desde que a força
seja de 2 oz (Figura 03A,B).

Outra forma de dificultar a protrusão dos dentes anteriores é selecionar os braquetes com tor-
ques adequados, de acordo com as indicações de Damon (ler sobre torques - Capítulo 08).
03 A,B - Utilização precoce de elástico no lado direito sentido Classe li (A). Ilustração mostrando o elástico precoce desde
o primeiro fio (8).
cflhl~~t$~
protocolo clínico

OUTRAS FORMAS DE APLICAÇÃO DOS STOPS

Pensando que o posic ionamento dos stops de cada lado do arco delimita seu períme-
tro, ou seja, o comprimento do fio compreendido entre os dois stops não muda, pode-
mos pensar em utilizá-los de forma a manter um comprimento determinado de fio. Por
exemplo: se temos um espaço edêntulo que desejamos manter durante o alinhamento e
nivelamento dos dentes adjacentes, caso haja alterações de angulação ou apinhamento
desses dentes, eles tenderão a ocupar o espaço edêntulo disponível. Assim , se posi-
cionarmos dois stops - um na mesial do dente posterior ao espaço e outro na distal do
dente anterior ao espaço - faremos o efeito de mantenedor de espaço, com o objetivo de
impedir sua migração para o espaço disponível (Figura 04).

04 - Stop mantendo espaço.


Da mesma maneira, quando temos um dente muito deslocado do rebordo alveolar devido a
um grande apinhamento, porém desejamos preservar o espaço para posteriormente trazê-lo
à arcada. Os stops posicionados justos nos dentes adjacentes, voltados para o espaço, pro-
vocam a manutenção desse espaço. Se podemos pensar em manter um espaço na arcada
com stops, podemos pensar também em manter espaços fechados, de dentes recentemen-
te movimentados, como nos diastemas ou nos casos de extrações e/ou desgastes. Nesses
casos os stops são colocados na distal dos dentes que foram movimentados.

Posicionados dessa forma, eles têm o mesmo efeito de um amarrilho conjugado, com
a vantagem de deixar o aparelho mais limpo, livre de fios por cima ou por baixo dos
braquetes, facilitando a higienização. Também itêm a vantagem de não "afrouxarem"
ou apresentarem diferenças de pressão dependendo da torção do amarrilho. Algumas
vezes, em fios redondos, se torcidos de forma intensa, pode-se inclusive provocar pe-
quenas rotações nos dentes posicionados na extremidade do conjugado, fato que não
acontece com os stops (Figura OSA,B).

05 A,B - Fechamento do diastema (A) e manutenção com stops na distal dos incisivos centrais (B).
ci'W~~;ft~
protocolo clínico

No "Sistema Autoligado Passivo", que tem braquetes com slot .022 x .028, indica-se a
utilização dos fios ortodônticos até .019 x .025. Dest a forma o conjunto slot/fio tem uma
folga de aproximadamente 1O graus (Figura 01 ).

Esta situação requer que o profissional, após ter feito o diagnóstico e definido o planeja-
mento. visualize os movimentos necessários, escolhendo qual é a melhor receita de bra-
quetes para conseguir os movimentos biomecânicos desejados. Este planejamento passa
por uma visualização de onde estão as raízes dos dentes anteriores e caninos e onde elas
deverão ficar ao final do tratamento para definir qual torque está indicado.

O "Sistema" apresenta 3 tipos de Iorque. ou seja, Hight, Low


e Regular, para que possamos escolher qual deles está
mais indicado para o movimento individual de
cada dente. Como exemplo, existem ca-
sos que requerem braquetes Hight
torque para os incisivos centrais.
Low torque para os laterais e Re-
guiar para os caninos.

01 - Folga de aproximadamente 1Ograus


entre o s/ot e fio.
COMPARAÇÃO ENTRE OS BRAQUETES AUTOLIGADOS PASSIVO E ATIVO

Temos seguidores nas duas situações e poderíamos dizer que, desde que sejam utili-
zados com excelência, reconhecendo suas vantagens e limites, tanto o passivo como o
ativo têm suas indicações.

CONTROLE DE TOROUE

Muito tem sido comentado sobre o controle de torques nos dois braquetes. Anteriormente ,
o Sistema Passivo Damon tem braquetes com Hight, Low e Regular torque, sendo que no
Ativo temos os braquetes com torque regular. A interatividade do clipe do ativo tem suas
vantagens já reconhecidas porém, clinicamente, notamos que. quando de fato, necessita-
mos da expressão do torque, já com fios de aço .019 x .025, este clipe já entrou em fadiga,
não tendo mais energia suficiente para levar aquele fio ao fundo do s/ot. Muitas são as
situações dínicas ao final do tratamento onde é necessário colocar amarrilho metálico para
conseguir o movimento desejado; mesmo em dobras de segunda ordem. notamos que o
clipe não se mantém fechado, como o dente 41 e 43 da figura 02.

02 - Amarrilho metálico nos dentes que receberam dobras de segunda ordem, pois afadiga do clip não segurou o fio no slot.
ciid~C'fferv$~
protocolo c l ínico

DATA:
SÍMBOLOS PACIENTE:
IDADE:
Para definirmos qual o torque que iremos PADRÃO:

usar e termos ergonomia durante a colagem


do aparelho e durante o tratamento, definimos
alguns símbolos.

-t Seta para cima: significa Hight torque .


..a, Seta para baixo: significa Low torque.

• Círculo: significa Regular torque.

1. Escolha o torque durante o planejamento


do caso. Anote os símbolos na ficha clínica
onde é anotado o planejamento e que pos-
sua um desenho especial dos dentes ante-
riores superiores e inferiores (Figura 03A,B).

2. Iniciar a montagem tendo em mente quais


serão os movimentos necessários para cada
dente individualmente e em grupo.

3. Avalie qual a mecânica será utilizada e


qual sua influência no posicionamento es-
pacial de cada dente anterior.

4. Analise a cefalometria para avaliar a po-


sição dos incisivos.

5. Avaliar o perfil do paciente e definir a


melhor mecânica.

03 A,B - Ficha clínica de planejamento


com desenho para anotação dos tor-
ques (A). Anotação dos torques (B).
A/
EFEITOS DA MECÂNICA SOBRE OS TORQUES

Várias são as situações da biomecânica que irão


exigir movimentos individuais e em grupo para fi-
nalizar o tratamento com torque corretos.

A escolha desses torques será em função de qual


mecânica será usada e que resultado de inclina-
ção acontecerá com os dentes anteriores.

• Efeito durante a retração anterior.


• Efeito da mecânica com elástico de Classe 11.
• Efeito da mecânica com elástico de Classe 11 1.
• Efeito da mecânica de compensação.
• Torques individuais.

04 A·C • Início da retração anterior com molas.


Dentes anteriores com regular torque (A). Final
da retração mostrando mudança na inclinação
dos anteriores (B). Correção da inclinação com
hight torque nos anteriores (C).
c7h/~~$~
protocolo clín i co

EFEITO DURANTE A RETRAÇÃO ANTERIOR

Nos casos com exodontias, durante o


movimento de retração anterior para
fechamento dos espaços , os incisi-
vos, tanto superiores como inferiores,
terão uma tendência em verticalizar,
levando-os a uma posição de Low
torque em função da folga entre fio e
slot. Portanto, nesses dentes será pru-
dente, desde o início, que se coloque
Hight torque.

O caso clínico da Figura 5A-E mostra


a falta de controle de torque anterior,
pois ficaram verticalizados, dificultan-
do a relação de caninos, ficando em
Classe li (Figura 05A-E).

05 A-E - Vista frontal final (A). Ctosed (B). Closed


sorrindo (C). Lado direito (D) e lado esquerdo (E)
mostrando falta de torque anterior.
EFEITO FUNCIONAL DOS ELÁSTICOS DE
CLASSE li: QUAL TORQUE USAR?

Quando o paciente apresenta uma


maloclusão de Classe li e a bio-
mecânica exige o uso de elásticos
naquele sentido, o resultado será
uma verticalização dos incisivos
superiores (Low torque) e uma pro-
trusão dos incisivos inferiores (Hight
torque) já que existe uma folga de
aproximadamente 1O graus entre o
fio e o slot (Figura 06A-C).

Quando no planejamento não estão


indicados os movimentos descritos
acima, para evitá-los será necessá-
rio inverter aquela situação indican-
do Hight torque nos superiores e
Low torque nos inferior,es, terminan-
do desta forma com as inclinações
mais próximas dos torques ideais.

06 A-C- Uso de elástico de Classe li (A). Re-


sultado do uso do elástico de Classe li (B).
Resultado final (C).
dfef~Whvt$~
protocolo clín i co

EFEITO FUNCIONAL DOS ELÁSTICOS DE


CLASSE Ili: QUAL TORQUE USAR?

Quando a mal oclusão requer o uso


de elásticos de Classe Ili, o resul-
tado nos dentes anteriores será a
protrusão dos incisivos superiores
(Hight torque) e a verticalização
dos incisivos inferiores (Low tor-
que). Para evitar este movimento
deverão ser colocados, desde o
início, braquetes com Low torque
nos superiores e Hight torque nos
inferiores, eliminando aquela com-
pensação, terminando assim com
as inclinações mais próximas dos
torques ideais (Figura 07A-C).

07 A-C - Elásticos de Classe Ili (A). Resul-


tado do uso de elástico de Classe Ili (B).
Resultado final (C).
COMPENSAÇÕES EM CASOS PADRÃO li OU 111: QUAL TORQUE USAR?

Muitos são os pacientes que apresentam Padrão li ou Padrão 11 15 , ou seja, discrepância


esquelética que requer a correção da maloclusão através de compensação dentária. Em
casos com essas discrepâncias, a própria natureza nos mostra a direção das correções,
como na figura 08A com compensações de Padrão 11 e na figura 08B com compensa-
ções de Padrão 111.

PADRÃO li SEM USO DE ELÁSTICOS

Em casos de Padrão 11, onde a maxila está mais protrufda que a mandíbula, ou a
mandíbula mais posterior em relação à maxila, a natureza faz as compensações de
inclinação dos dentes anteriores para que haja uma camuflagem oclusal , onde os su-
periores ficam mais verticalizados (Low torque) e os inferiores mais vestibularizados
(Hight torque) (Figura 08A,B).

08 A,B - Compensação no Padrão li (A). Compensação no Padrão Ili (B).


d7hl~~$~
protocolo clínico

Se o diagnóstico e o planejamento mostram as características discutidas acima e está


indicado um tratamento ortodôntico que deva manter as características iniciais , este de-
verá ser executado através de compensações similares àquelas da própria natureza.
No "Sistema Autoligado", desde o início escolhemos os torques individualmente e, neste
caso, não inv,ertemos a situação, mas sim montamos o aparelho de acordo com aquelas
compensações, ou seja, Low torque nos superiores e Hight torque nos inferiores, tendo
sua posição final semelhante ao que a própria natureza faria.

PADRÃO Ili SEM USO DE ELÁSTICOS

No caso de Padrão Ili, onde a camuflagem levará os dentes anteriores superiores para uma
posição mais protruída (hight torque) e os inferiores mais verticalizados (/ow torque). para
compensar a discrepância esquelética. a escolha dos braquetes será Highttorque para os
superiores e Lowtorque para os inferiores, mantendo as compensações (Figura 08).

IUSO DE ELÁSTICOS EM CASOS DE COMPENSAÇÃO: QUAL TORQUE USAR'?

Quando a correção da Classe li ou Ili requer movimentos de camuflagem, ou seja, irão ter-
minar com compensações devido à discrepância esquelética e com necessidade de uso
de elásticos de Classe li ou Ili, a decisão de quais torques devem ser usados é a seguinte:

A folga entre o slot e o fio de aproximadamente 1O graus é decisiva nestes casos.

Usando os braquetes regulares, em função desta folga, os elásticos farão o trabalho de


compensação, verticalizando os superiores, criando Low torque e inclinando para vesti-
bular os inferiores, criando Hight torque quando da utilização de elástico de Classe li, e
posicionamento contrário quando usar elástico de Classe Ili (Figuras 06 e 07).
ESCOLHAS DE TORQUE PARA DENTES INDIVIDUAIS

ESCOLHAS DE TOROUE !PARA DENTES INDIVIDUAIS

Nos casos d iscutidos anteriormente, a escolha dos torques se refere a


todos os dentes anteriores. Porém é comum encontrarmos casos com
apinhamento com cada dente em posição distinta, requerendo torques
individuais para cada dente. Como exemplo citamos um caso com api-
nhamento onde os incisivos centrais superiores estão em uma posição
considerada normal, os incisivos laterais estão por palatina e os caninos
em vestíbulo-infra-versão, assim como suas raízes. Neste caso a escolha
dos torques seria: Regulartorque para os incisivos centrais pois ao final do
tratamento as raízes permanecerão com a mesma inclinação.

Low Iorque para os laterais pois, estando por palatina, durante o nive-
lamento a coroa virá para vestibular, porém a raiz ficará por palatina e,
dessa forma, será necessário colocar braquete com Low torque para
trazê-la para vestibular, finalizando em posição regular.

Hight torque para os caninos visto que, ao terminar o nivelamento, a coroa


terá se movimentado para dentro, ficando a raiz por vestibular, sendo neces-
sário levá-la para palatina, finalizando em posição regular.

Em resumo podemos dizer que a escolha do torque está em função


da mecânica e aonde a raiz vai se posicionar; após esta visualização,
escolhe-se o torque correto.
cflh/~~;ft~
p r o tocolo c l í nico

PACIENTE
Daniele Rodrigues. gênero feminino, 14 anos e 7 meses. Malo-
clusão Classe 11, Div. 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Já fez tratamento com aparelho removível e a 2 anos esta com apa-
relho fixo e tem falta de espaço para caninos.

DIAGNÓSTICO
Padrão li; dolicofacial; osso nasal aumentado comprometendo o perfil;
atresia maxilar; contato íntimo entre os laterais e caninos por vestibular.
Torque Individualizado • ln Ovation
TIPO DE APARELHO
Autoligado ativo ln Ovation regular torque com colagem progressiva
para obter Smile Are. Durante o tratamento foi colocado braquete
Damon MX nos caninos superiores (Hight} e laterais (Low) torque.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Indicada para otorrino e extrações dos pré-molares.
2. Liberar os 13 e 23 do contato íntimo com os 12 e 22.
3. Colocação de HAAS para aumentar a dimensão da maxila.
4. Após disjunção, montar aparelho total.
5. Nivelamento e alinhamento. Retrações, controlar torques, inter-
cuspidação.
Durante o tratamento trocou os
6. Finalização. braquetes dos caninos e laterais
superiores - Damon MX
7. Contenção. Essix superior e 3/3 inferior fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
30 meses.

COMENTÁRIO
Paciente se apresentou inicialmente com aparelho convencional e com os caninos retidos.
localizados por vestibular na direção dos laterais.

Na decisão da melhor forma de tratamento, propomos a remoção total daquele aparelho, re-
moção dos 14 e 24, pois o ganho transverso com os próprios fios, corria-se risco em função do
íntimo contato entre os laterais e caninos. Fizemos a montagem parcial do aparelho autoligado
com intenção principal de distalizar por vestibular os caninos e tirá-los do contato com os late-
rais. Feito isto, fizemos a disjunção rápida da maxila colocando Haas. Logo em seguida, mon-
tamos totalmente o aparelho e fizemos o nivelamento e continuamos as trocas de fios. Quando
chegamos aos fios retangulares, notamos que os torques dos '12, 22, 13 e 23 estavam incorre-
tos, em função da receita de braquetes serem apenas regular torque e era necessário colocar
low torque nos laterais e hight torque nos caninos. Decidimos por trocar esse braquetes por
Damon MX com os respectivos torques. Tivemos a partir desta decisão a expressão total dos
torques e uma finalização excelente. O tempo de tratamento foi interferido por esses episódios.
09 A-K - Frontal inicial (A). Perfil inicial (B). Frontal inicial sorrindo (C). Frontal inicial (D). Lateral direita inicial (E). Lateral esquerda
inicial (F}. Oclusal superior inicial (G). Oclusal inferior inicial (H}. Frontal - Início da retração do canino (1). Lado direito - Início da
retração do canino (J). Lado esquerdo - Início da retração do canino (K). Comentário: Este movimento dos caninos tem como objetivo
eliminar a proximidade com os laterais.
ciw~~t$~
protocolo c l ínico

10 A-H - Início de nivelamento - frontal (A), trespasse (B). lado direito (C) , lado esquerdo (D). Frontal- Sequência do nivelamento- Colagem
prngressiva para obter Smile Are (E). Sequência do nivelamento - trespasse (F), lado direito (G) e lado esquerdo (H).
11 A-E - Frontal - Lateral invertido e canino com braquete Damon highttorque (A). Trespasse - Lateral invertido e canino com
highttorque (B). Oclusal superior mostrando a necessidade de torque nos caninos (C). Laterais invertidos e canino com hight
torque (D.E). Em função da deficiência no torque dos laterais, invertemos a posição dos mesmo, buscando controlar o torque.
v7hl~a<kt,$~
prot oco l o c l í nico

12 A·C- Trespasse inicial com caninos e laterais em contato intimo (A). Oclusal mostrando necessidade de high Iorque nos caninos e /ow Iorque nos
laterais (B). Necessidade de troca dos braquetes dos caninos e laterais (C).
13 A-C - Braquete Damon MX-LoW'torque no lateral lado direito (A). Braquete Damon MX-Low torque no lateral lado esquerdo (B).
Frontal - Damon MX-Low torque nos laterais (C). Comentário: Mesmo com a inversão na colagem dos laterais com braquetes
ln Ovation, notamos ineficiência no controle do torque. Trocamos pelos braquetes MX Damon Low torque.
dw~~t%~
protoco l o cli n ico

14 A-D - Frontal final (A). Frontal final sorrindo (B). Perfil final (C). Sorrindo (D).
15 A-1 - Frontal final (A). Trespasse final (B). Smile Are final (C). Lado direito final (O). Lado esquerdo final (E). Oclusal com falta de !arques
nos laterais e caninos (F). Oclusal final mostrando a correção dos torques. Comparar com a figura 14F (G). Oclusal inferior final (H). Correção
dos torques (1).
dfef~~$~
protocolo clínico

16 A·D · 1Omeses pós-contenção - Cirurgia plástica do nariz. Frontal (A). Frontal sorrindo (B). Perfil (C). Sorrindo (D).
17 A-F - 10 meses pós-contenção. Frontal (A). Trespasse (B). Lado direito (C). Lado esquerdo (D). Oclusal superior (E). Oclusal inferior (F).
-
ci7h;!~~t$~
protocolo clíni co

Esses elásticos precoces são inseridos d iretamente


nos braquetes superior e inferior e, ás vezes, tam-
bém nos ganchos dos tubos molares desde que se-
jam curtos e exerçam força de apenas 2 oz, como
mostra a Figura 01.

USO DE ELÁSTICOS LONGOS 01 • Uso precoce de elásticos sentido Classe li.

Os elásticos longos são usados somente a partir do primeiro fio retangular, geralmente
.014x.025, no sentido da correção desejada.

Esses elásticos, na maioria das vezes, são inseridos desde os ganchos bola colocados
na mesial ou na distal dos caninos de uma das arcadas até os molares da outra arcada.
O elástico utilizado é o 5/16 ou 114 pesado que exerça uma força entre 4 Y2 oz a 6 oz. que
representa aproximadamente 130g a 170g.

ELÁSTICO DE CLASSE li

Objetivo: Correção da relação anteroposterior de Classe li.

Usar elásticos W' ou 5/16 no sentido de Classe 11 e que exerçam força de 4 Y2 a 6 oz.

Quando a correção da Classe li sugere movimentos dos dentes superiores para trás e
também dos inferiores para frente, a melhor opção será cortar o fio inferior na distal dos pri-
meiros molares e instalar os elásticos no gancho mesial dos mesmos. Quando a correção
for pequena, o fio deverá ser instalado até o segundo molar (Figura 02A).

Na Figura 028,C vemos elástico de Classe l i com 6 oz com vetores de força diferentes
correspondente a gancho bola para cima e para baixo.
02 A-C - Elástico de Classe li lado direito (A). Elástico de Classe li com gancho para cima (8) e elástico de Classe li com gancho para baixo, mudando o
vetor de força (C).
tYW~~$~
protocolo cl í nico

ELÁSTICO DE CLASSE Ili

Objetivo: Correção da relação anteropos-


terior de Classe Ili (Figuras 03A,B e 04).

Usar elásticos 1/.i'' ou 5/16 no sentido de


Classe 111e que exerçam força de 4 Y2 a 6 oz.

Quando a correção da Classe Ili suge-


re grandes movimentos, a melhor opção
será cortar o fio superior na distal dos
primeiros molares e instalar os elásticos
no gancho mesial dos mesmos (Figura
03A,B). Ouando a correção for pequena,
o fio deverá seguir até o segundo molar
superior (Figura 04).

IJ3 A,B - Ilustração com elástico Classe Ili até primeiro molar (A). Lado esquerdo com
elástico Classe Ili até o primeiro molar (B).
04 - Ilustração do elástico de Classe Ili até
o segundo molar.
ciw~~$~
protocolo c l í n i co

ELÁSTICO BILATERAL DE CLASSE li COM ELÁSTICO TRAPEZOIDAL ANTERIOR

Objetivo: Correção da relação anteroposterior de Classe 11 e com tendência para mordida


aberta anterior (Figura 05A,B).

IUsar elásticos 5/16" com 6 oz de força ( 150 g a 170 g), unindo os incisivos centrais su-
periores aos laterais inferiores e elástico bilateral que vai desde o gancho na mesial dos
caninos superiores até o gancho mesial dos primeiros molares inferiores. Nestes casos o
fio deve ir até o segundo molar.

05 A,B - Ilustração vista anterior (A). Caso clínico vista frontal boca aberta (B).
cite/~~~~
protocolo c:línic:o

ELÁSTICO EM BOX POSTERIOR

Objetivo: Correção de mordida aberta posterior


e intercuspidação (Figura 07 A-C).

Quando a mordida aberta é apenas nos mo-


lares , o arco deve ser inserido até o segundo
pré-molar (Figura 07 A).

Quando a mordida aberta atinge os molares


e pré-molares, o arco deve seguir até o se-
gundo molar (Figura 078).

Algumas exceções podem levar o fio até o


primeiro molar.

Usar elástico 3/16" com 4,5 oz {120 g a 130 g),


que une os primeiros e segundos molares supe-
riores com os inferiores.

07 A-C - Ilustração mostrando arco até o segundo pré-molar (A). Ilustração


mostrando arco até o segundo molar (B). Elástico em Box lado esquerdo (C).
ELÁSTICOS CRUZADOS

Objetivo: Correção de mordida cruzada (Figura 08A).

ELÁSTICO TRANSVERSAL

Objetivo: Correção da linha média (Figura 088).

ELÁSTICO DE FINALIZAÇÃO

Objetivo: lntercuspidação final. Usar elásticos no


sentido da maloclusão inicial desde o arco supe-
rior até o arco inferior. Para este movimento deve
estar inserido o fio 019x025 braided e o elástico
de melhor desempenho é o 1/8 pesado em seg-
mento curto (Figura OSC).

08 A-C - Elásticos posicionados para descruzamento da mordida (A). Elástico


desde o gancho superior do lado direito até o gancho inferior do lado esquerdo (B).
Elástico de intercuspidaçâo lado esquerdo (C}.
--
.. '

' \ t,
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J
i
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dltt/~~$~
protoco l o clínico

PACIENTE
Maria Cândida D'angieri, gênero feminino, 24 anos e 10 meses de idade, Classe 1, Div. 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupada com dentes tortos na região anterior inferior.

DIAGNÓSTICO
Padrão IV; Mesofacial com atresia maxilar e presença de corredor bucal.

TIPO DE APARELHO
Autoligado Damon Ili passivo.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO

1. Indicada para fono e otorrino.

2. Montagem total superior e inferior com levantamento de mordida.

3. Nivelamento superior e inferior.

4. Coordenação e ganho de espaço transverso.

5. Finalização.

6. Contenção: Essix e 3/3 fixo inferior

TEMPO DE TRATAMENTO
15 meses (2005/2006).

COMENTÁRIO
Tratamento conduzido para nivelar o apinhamento inferior e aumentar transversalmente a maxila.
Ao final vimos a correção total do corredor bucal , criando um sorriso marcante. Este é um tipo de
tratamento chamado de uma Ortodontia Plástica.
01 A-J - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (C). Frontal inicial (D). Lateral direito inicial (E). Lateral
esquerdo inicial (F). Oclusal superior inicial (G). Oclusal inferior inicial (H). Telerradiografias inicial (1) e final (J).
tftd4,uh, a,l,z, $ ~
protocolo cl í n i co

02 A·I · Frontal final (A). Frontal final sorrindo (8). Perfil final (C). Frontal final (D). Trespasse final (E). Lateral dire~a final (F). Lateral esquerda final (G).
Oclusal superior final (H). Oclusal inferior final (1).
24mm
111 111,11 11IIli! l l l l jl lll !llll jHJ1111111
O 1 2 3

03 A·F . Frontal 5 anos após (A). Frontal sorrindo 5 anos após (B). Perfil 5 anos após (C). Sorrindo 5 anos após (D). Modelo
inicial com medidas (E). Modelo final com medidas (F).
tYW+4~$~
protoco l o clínico

li

04 A-K - Frontal 5 anos após (A). Lateral direita 5 anos após (B). Lateral esquerda 5 anos após (C). Oclusal superior 5 anos
após (D). Oclusal inferior 5 anos após (E). Frontal inicial mostrando corredor bucal (F). Frontal final com a correção do conredor
bucal (G). Tomografias pré-molar (H,I). Tomografias molar (J.K).
d7hl~~t$~
protocolo c lí ni c o

PACIENTE
João Carlos Figueiredo, gênero masculino. 36 anos e 6 meses de
idade, Classe li, Div. 1, Sub-Divisão lado direito.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Esta entortando os incisivos inferiores

DIAGNÓSTICO
Padrão IV pois os problemas dentários são mínimos. Mesofacial, Torque lndividualizado-Damon Q

Apresenta um comprometimento estético em função da presença


de corredor bucal, que até o momento era ignorado pelo paciente.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Damon O. com colagem progressiva para obter o Smile Are.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Remoção dos terceiros molares.
2. Aparelho superior e inferior com levantamento de mordida.
3. Nivelamento e alinhamento.
4. Sequência de fios CuNiTi para ganho transverso.
5. Finalização.
6. Contenção: Essix superior e 3/3 fixo inferior.

TEMPO DE TRATAMENTO
17 meses ( 2012/2013).

COMENTÁRIO
Paciente procurou nossa clínica com a intenção de fazer clareamento e foi orientado para fazer
uma consulta sobre ortodontia. De fato, com relação ao relacionamento dentário a correção seria
fácil, mas o mesmo apresentava uma atresia maxilar, com presença de corredor bucal que com-
prometia sobremaneira seu sorriso. Foi proposto então, a colocação do aparelho com o objetivo
de alinhar os dentes, corrigir a pequena Classe li e principalmente, conseguir aumento transverso
e corrigir o corredor bucal, criando um sorriso harmônico e belo, o que foi conseguido. Orientamos
para que fizesse um clareamento dentário.
05 A-F - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (C). C/osed mostrando presença de corredor bucal (D).
Frontal inicial (E). Trespasse inicial (F).
ciftt/~~$~
protocolo c l í nic o

06 A-F - Lateral direita inicial (A). Lateral esquerda inicial (B). Oclusal superior inicial (C). Oclusal inferior inicial (D). Frontal - inicio do nivelamento
com .014 - colagem progressiva para obter Smile Are (E). Oclusat inferior - inicio do nivelamento (F).
07 A-D - Lateral direita - inicio do nivelamento (A). Lateral esquerda- inicio do nivelamento (B). Frontal - sequência do nivelamento com fio
.014x.025 e elásticos de Classe li (6oz) (C). Trespasse-sequência do nivelamento (D).
dl{d~w1,z,~~
protocCillo clínico

08 A·F· Lado direito - sequência do nivelamento (A). Lado esquerdo - sequência do nivelamento (B). Frontal-final de nivelamento com .018x.025 (C).
Trespasse- final do nivelamento (D). Lateral direita -final do nüvelamento (E). Lateral esquerda -final do nivelamento (F).
09 A-H - Frontal final (A). C/osedfinal mostrando a correção do corredor bucal (B). Lado direito final (C). Lado esquerdo final (D). Oclusal superior inicial (E).
Oclusal superior final (F). Oclusal inferior inicial (G). Oclusal inferior final (H).
cflh/~wh-$~
p r otocolo c l í n ico

10 A-G- Frontal final (A). Perfil final (B). Frontal final sorrindo (C). Sorrindo final (D,E). C/osedinicial mostrando corredor bucal (F).
Closed final mostrando a correção do corredor bucal (G).
11 A-E - Telerradiografias inicial (A) efinal (B). Panorâmica inicial (C). Panorâmica após exodontias de terceiros molares (D). Panorâmica final (E).
cJlh/~~$~
pro t ocolo c l i n ic o

PACIENITE
Ana Carolina Bardi, gênero feminino, 20 anos de idade, Classe li,
Div. 1.

RECLAMAÇÃO PRINICIPAL
Melhorar a estética.

DIAGNÓSTICO
Padrão li , dolicofacial, deficiência mandibular, problemas respiratórios.
Torque Individualizado - Easy Clip
TIPO DE APARELHO
Auto ligado passivo Easy Clip com colagem progressiva para obter
SmileArc.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Indicada para tono e otorrino.
2. Montagem superior e inferior.
3. Nivelamento e alinhamento provocando descompensação dentária.
4. Torques.
5. Liberar para cirurgia.
6. Acompanhamento após cirurgia.
7. Finalização.
8. Conte-nção: Essix superior e 3/3 fixo inferior.

TEMPO DE TRATAMENTO
27 meses (ficou 5 meses afastada em função da cirurgia).

COMENTÁRIO
Grande problema estético e sua recuperação só se daria com cirurgia ortognática. O resultado
foi espetacular no sentido estético, pois corrigiu seu perfil com avanço da mandíbula, rotação do
plano oclusal e a face como um todo ficou muito bom.
12 A·H - Frontal inicial ,(A). Perfil inicial (B). Frontal inicial sorrindo (C). Frontal inicial (D). Lateral diretta inicial (E). Lateral esquerda inicial (F).
Oclusal superior inicial (G). Oclusal inferior inicial (H).
~~~$~
pro toco l o cl i nico

13 A-K - Nivelamento pós-cirurgia (A-C). Lateral direita final (O). Lateral esquerda final (E). Closed frontal sorrindo final (F). Oclusal su-
perior final (G). Oclusal inferior final (H). Sorrindo final (l,J). Frontal sorrindo final (K).
14 A-D - Perfil inicial (A). Perfil final (B). Frontal inicial (C). Frontal final (D).
cfh,/~wh,$~
p rotocolo clínico

PACIENTE
Evelyn Ruas, gênero feminino, 37 anos de idade, Classe li, Div. 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Corrigir a oclusão.

DIAGNÓSTICO
Padrão li com deficiência mandibular, dolicofacial , respiração bucal
com episódios de SAOS.
Torque Individualizado - Damon Q
TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Oamon O, com colagem progressiva para obter Smile Are.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Indicada para consulta com cirurgião ortognático, fono e otorrino.
2. Montagem superior e inferior com levantamento de mordida
3. Exodontia dos 14, 24, 34 e 44.
4. Nivelamento superior e inferior.
5. Retração superior e inferior, possibilitando maior avanço dos maxilares durante a cirurgia.
6. Coordenação inter arcos.
7. Liberação para cirurgia.
8. Finalização após cirurgia.
9. Contenção: Essix e 3/3 fixo inferior.

TEMPO DE TRATAMENTO
27 meses, ficando 4 meses afastada em função da cirurgia.

COMENTÁRIO
Paciente nos procurou com objetivo apenas de corrigir a maloclusão. Notamos uma deficiência
mandibular que comprometia sua estética facial, pois a linha queixo pescoço era obliqua com
dobras do tecido mole, criando uma face envelhecida. Após alertarmos para este problema, a
paciente decidiu em fazer a cirurgia ortognática, para melhorar sua estética facial, rejuvenescer
e melhorar os episódios de SAOS. Tudo que foi proposto, foi conseguido ao final.
15 A-E - Perfil inicial (A). Frontal inicial (B,C). Lado direito inicial (D). Lado esquerdo inicial (E).
~~ et7 kvt $~
protocolo clínica

18 A·D. Fotos comparativas do início e pôs-cirurgia.


19 A-D · Frontal sorrindo pré-cirurgia {A) e pós-cirurgia (8). Sorrindo pré-cirurgia (C) e pós-cirurgia (D).
ci7 h/~ ~$ ~
p ro to colo c l i ni c o

20 A-G - Frontal pré-cirurgia (A), frontal pós-cirurgia (B). Nivelamento pós-cirurgia (C-G).
21 A·F • Frontal final sorrindo (A). Frontal final (B). Perfil final (C). Frontal 60 dias pós-remoção (D). Pertil 60 dias pós-remoção (E). Perfil aproximado 60
dias pós-remoção (F).
c1cJ~,u&,w1rt,$~
protocolo clí n ic o

22 A·E- Lado direito final (A). Lado esquerdo final (B). Trespasse final (C). Oclusal superior final (D). Oclusal inferior final (E).
23 A-F - Telerradiografia inicial (A). Panorâmica inicial (B). Telerradiografia final, mostrando abertura das vias aéreas posterior (C). Periapical
superior anterior final (D). Periapical inferior anterior final (E). Panorâmica final (F).
tyW',u&, ct<l,z, $ ~
p rot ocolo c l í n i co

PACIENTE
Rafael Azzoni, gênero masculino, 28 anos e 11 meses, Classe Ili.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Mandíbula para frente.

DIAGNÓSTICO
Padrão Ili esquelético. dolicofacial, Classe Ili com cruzamento total.
respirador bucal. Ronco noturno com alguns episódios de apneia do Torque Individualizado - Damon o
sono. Caso cirúrgico.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Damon Q, com colagem progressiva para obter Smile Are.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Indicado para equipe de cirurgia ortognática. fano e otorrino.
2. Aparelho superior e inferior.

3. Descompensações dentárias.
4. Liberar para cirurgia.
5. Finalização pós cirurgia.
6. Contenção: Essix superior e 3/3 fixo inferior.

TEMPO DE TRATAMENTO
24 meses (afastamento de 3 meses em função da cirurgia ortognática).

COMENTÁRIO
Caso tipico de cirurgia ortognática. Preparo ortodõntico de descompensações com ganho trans-
verso diminuindo assim o ato cirúrgico. O resultado foi muito bom, com relacionamento dentário
com oclusão funcional e estética com harmonia.
24 A-F - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Pertil inicial (C). C/osed anterior mostrando o corredor bucal (D).
Frontal inicial (E). Trespasse inicial (F).
~~~t$~
protocolo clínico

25 A-H - Lado direito inicial (A). Lado esquerdo inicial (8). Oclusal superior inicial (C). Oclusal inferior inicial (D). Frontal - preparo para a cirurgia
ortognática - colagem progressiva para obter Smile Are (E}. Trespasse - preparo para cirurgia ortognática (F}. Lado direito - preparo para cirurgia
ortognãtica (G). Lado esQuerdo-preparo para cirurgia ortognãtica (H).
26 A-G - Frontal pós-cirurgia imediato (A). Frontal sorrindo pós-cirurgia (B). Perfil pós-cirurgia (C). Frontal - renivelamento pós-cirurgia ortognática (D).
Trespasse - renivelamento pós-cirurgia ortognática (E). Lado direito - renivelamento pós-cirurgia ortognática (F). Lado esquerdo - renivelamento
pós-cirurgia ortognática (G).
cflh/~~$~
protocolo c l ínico

27 A-H - Frontal final (A). Trespasse final (B). Final lado direito (C). Final lado esquerdo (D). Oclusal superior final (E). Oclusal inferior final (F). Trespasse
inicial e final {G,H).
28 A-D - Frontal final (A). Perfil final (B). Final sorrindo (C). Perfil i11icial (D).
ci{d~cw1,z,$~
protocolo cl í n i co

OBSERVAÇÃO
Caso retirado do capítulo 16 do livro "Ortodontia com Excelência - Em Busca da Perfeição Clínica"
do prof. Jurandir A. Barbosa, escrito por Rafael S. Barbosa. Flavio Koisumi (in memoriam),
Fernando Davanzo e Douglas Manfrim (in memoriam).

PACIENTE
Ana Paula, 23 anos de idade, Classe li.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Estética.

DIAGNÓSTICO
Padrão li com deficiência mandibular; problemas de respiração com episódios de SAOS.

TIPO DE APARELHO
Não fornecido.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Tratamento ortodôntico preparatório para cirurgia com descompensações dentárias.

2. Cirurgia e término do tratamento.

TEMPO DE TRATAMENTO
Não fornecido.

COMENTÁRIO
Pelo resultado estético e funcional, com aumento das vias aéreas posteriores, observadas atra-
vés de reconstruções tritdimensionais obtidas por meio de renderização de imagens tomográfi-
cas multislices, e pelo depoimento pessoal da equipe da cirurgia ortognática, a paciente recu-
perou sua autoestima e não teve mais episódios de SAOS.
29 A-O - Fotos laterais: pré-operatória (A), pós-operatória (B). Telerradiografias laterais: pré-operatória (C), pós-operatória (O).
~~~$~
protocolo clínico

30 A,B- Reconstruç_ ões tridimensionais obtidas por meio de renderização de imagens tomográficas multislices: pré-operatória (A),
pós-operatória (B). Areas em vermelho ilustrando vias aéreas superiores.
31 A-O - Fotos pôs-cirurgia.
cih/~~$~
p r o t ocolo cl i n ico

PACIENTE
Marcelli Machado, gênero feminino, 30 anos de idade, Classe li Div. 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Já fez tratamento ortodôntico e não está satisfeita com a oclusão.

DIAGNÓSTICO
Padrão li, Dolicofacial , deficiência mandibular com rotação e au-
Torque Individualizado - Damon O
mento da altura facial inferior. Sugerido tratamento combinado de
orto e cirurgia ortognática.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Oamon O.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Montagem do aparelho superior e nivelamento com levantamento da mordida.
2. Montagem do aparelho inferior e nivelamento.

3. Sequência de fios para ganho transverso.


4. Coordenaçã o inter arcos e controle de torques.
5. Liberar para cirurgia.

6. Finalização pós-cirurgia.

TEMPO DE TRATAMEN TO
22 meses.

COMENTÁRIO
Pacienté já havia feito tratamento ortodôntico na adolescência e no momento da primeira con-
sulta reclamava de que não sabia exatamente onde morder. Veio com o objetivo de tratar or-
todônticamente. Observamos uma deficiência mandibular com rotação da mandíbula criando
uma face longa com linha queixo-pescoço deficiente. Propomos um tratamento combinado,
mostramos as possíveis mudanças principalmente em seu perfil e a mesma considerou e apro-
vou nosso planejamento. Desta forma transcorreu tudo muito bem e o resultado final foi bastante
satisfatório, observado pela mudança na face. Paciente ficou satisfeita.
32 A·G. Frontal inicial (A). Perfil inicial (B). Frontal inicial (C). Lado direito inicial (O). Lado esquerdo inicial (E). Telerradiografia inicial (F).
Panorâmica inicial (G).
ci'h/~ec<ht,$~
protocolo clínico

33 A·J . Início de nivelamento - vista frontal (A), lado direito (B), lado esquerdo (C) e oclusal superior (O). Fios .014x.025 CuNiTi - frontal (E). trespasse (F),
lado direito (G), lado esquerdo (H), oclusal superior (1) e oclusal inferior (J).
34 A-F . Fios retangulares de aço-vista frontal (A), trespasse (B), lado direito (C), lado esquerdo (D), oclusal superior (E) e oclusal inferior (F).
ciW~,wkz,$~
protocolo cl í nico

35 A·D · Frontal da face - antes e depois da cirurgia (A,B). Perfil da face - antes e depois da cirurgia (C,D).

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cfZw~ecckt,$~
protocolo clín i co

37 A-D - Frontal final (A). Pertil final (8). Sorrindo final (C,D).
38 A·H • Frontal final (A). Trespasse final (B). Lado direito final (C). Lado esquerdo final (D). Oclusal superior final (E). Oclusal inferior final (F).
Telerradiografia final (G). Panorâmica final (H).
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1
v7W~M/,z;$~
protocolo clínico

NA ORTODONTIA CONVENCIONAL EXISTEM QUATRO MOTIVOS PARA EXTRAÇÃO DE DENTES, SEGUINDO


SUZUKl 56:

• Obter espaços para corrigir os apinhamentos;

• Diminuir a protrusão, melhorando a estética facial e restabelecendo a função e a guia


anterior;

• Permitir compensação ou camuflagem das relações intermaxilares de Classe il ou


Classe Ili moderadas;

• Como preparo ortodôntico para cirurgia ortognática fazendo movimentos de descom-


pensação.

NO "SISTEMA AUTOLIGADO" EXISTEM OUTROS CONCEITOS PARA INDICAR EXTRAÇÕES:

• A decisão de extrações está na dependência da análise facial e de como a mecânica


com extrações irá afetar positiva ou negativamente a face, imediatamente ao tratamento
e principalmente após alguns anos.
• Em pacientes com competência labial (equilíbrio muscular-autocinese) na maioria das
vezes não está indicado fazer extrações, ao passo que em indivíduos sem competência
labial, causada por vários motivos, na maioria das vezes está indicado fazer as extrações.

• O apinhamento não é motivo para extrações. Com o Sistema Autoligado consegue-se


aumentos transversais com consequente aumento de espaços.
• Permitir compensação ou camuflagem das relações intermaxilares de Classe 11 ou
Classe Ili moderadas (semelhante ao convencional).

• Como preparo ortodôntico para cirurgia ortognática fazendo movimentos de descom-


pensação (semelhante ao convencional).
M7

COMO CONDUZIR A ANCORAGEM NO SISTEMA AUTOLIGADO

O Braquete Autoligado possui pouca fricção e, desta forma, os movimentos dentários


requerem pouca energia nos elementos de ancoragem. com consequente menor perda
de ancoragem.

Após analisar a biomecânica a ser utilizada, é necessário definir qual o tipo de ancora-
gem será exigida e assim definir qual será a melhor estratégia no sentido de controlar os
elementos de ancoragem. Dentro desta análise é necessário definir a área de implanta-
ção radicular pois ela atua como uma ancoragem passiva, mas existente, e pode tanto
ajudar quanto atrapalhar a biomecânica se não for bem definida.

ÁREA DE IMPLANTAÇÃO RADICULAR

A ancoragem passiva é constituída pelo próprio dente ancorado no osso alveolar por
intermédio do ligamento periodontal e sua resistência ao deslocamento é definida pelo
comprimento, número ou volume de suas raízes 18. Quanto maior for a área radicular,
maior será a resistência ao deslocamento.
~~~$~
protocolo cl í nico

COMO MONITORAR A ANCORAGEM


MÁXIMA

• O fio deve ser inserido até o segundo


molar, aumentando a área de implanta-
ção radicular.

• Conjugar o primeiro ao segundo molar.

• Exodontia do primeiro pré-molar. Des-


ta forma consegue-se aumentar a ener-
gia na área de ancoragem (Figura 01A).

• Para retração, instala-se uma mola


espiral ligada desde o gancho inserido
na região anterior do fio até o gancho
mesial do tubo molar. Neste sistema , por
existir o deslize do fio sobre os braque-
tes e tubos, encontramos um certo atrito
(Figura 01 B,C).

01 A·C - Implantação radicular com a presença do segundo molar. Aumento dos elemen-
tos de ancoragem (A}. Ilustração da retração com mola (B}. Caso clínico com retração
com mola (C).
COMO MONITORAR A ANCORAGEM MÍNIMA

• Corté ó fio entre o primeiro e segundo molar,


de forma que o segundo molar não seja inserido
na ancoragem.

• Não conjugar o primeiro com o segundo molar.

• Na maioria das vezes está indicada a extra-


ção do segundo pré-molar. diminuindo a ener-
gia dos dentes de ancoragem (Figura 02A).

• A extremidade da mola espiral de retração


é dobrada em 90 graus para ser encaixada na
extremidade do fio, por distal ao tubo do pri-
meiro molar, ativando-a até que o gancho entre
o canino e o incisivo lateral.

• Se ao final da retração ficar espaço entre o


primeiro e o segundo molar, colocar um conju-
gado para consolidar este espaço (Figura 028).

COMO MONITORAR A ANCORAGEM MÉDIA

Repetir as ações de como monitorar a anco-


ragem mínima, desta vez extraindo o primeiro
pré-molar (Figura 02C).

ANCORAGEM EM CASOS ASSIMÉTRICOS:


DESVIO DA LINHA MÉDIA

Nos casos ondé é necessário mais ancoragem


de um lado e invariavelmente com desvio da li-
nha média, aplicamos os conceitos de ancora-
gem máxima de um lado e ancoragem mínima
do outro, seguindo as orientações já descritas.

02 A·G · Ilustração mostrando maior implantação radicular anterior. Maior perda de


ancoragem (ancoragem mínima) (A). Mola do molar até o gancho (B). Ilustra-
ção mostrando a divisão de energia anterior e posterior, provocando uma força
recíproca (ancoragem média) (C).
c7k/~~$ ~
p r ot o c olo cl í n i co

COMO CONSOLIDAR OS ESPAÇOS

ESPAÇOS GENERALIZADOS

O perfil dos braquetes do "Sistema Auto-


ligado". prescrição Damon. que têm em
seu desenho uma base com in/out maior,
permite passar atastik em cadeia na base
do braquete, por baixo do fio ortodônti-
co e, desta forma, não haverá atrito entre
alastik e fio, pois este passa por cima e
sem tocar no a/astik (Figura 03A).

Se executarmos esta tarefa passando


o alastik de forma convencional, ou
seja, por cima dos braquetes, haverá
compressão do fio no fundo do s/ot,
com consequente atrito e maior difi-
culdade no fechamento dos espaços
(Figura 038,C).

03 A-C - Alastik por baixo do fio. Fechamento dos espaços sem atrito (A.B).
Alastik por cima do fio, provocando atrito {C).
c7kl~~$~
protocolo clínico

ESPAÇOS ANTERIORES

Quando os espaços estão restritos à bateria an-


terior, usamos alastik de canino a canino, mas
passando acima dos incisivos, sem inserí-los nos
braquetes. Nesta manobra teremos, além do fe-
chamento dos espaços, melhora na inclinação
dos incisivos (Figura 05A,B).

ESPAÇO POSTERIOR

FECHAMENTO COM TIE·BACK DE MÓDULO ALAST/K

Para fechar o espaço posterior, podemos usar


um tie-back de módulo a/astik desde o gancho
anterior até o gancho do tubo do molar. Esses
módulos chegam até 360g iniciais e diminuem
rapidamente (Figura 05C).

FECHAMENTO POR DESLIZE COM MOLA ESPIRAL FECHADA


DENITI

A forma mais usual é usar mola espiral de NiTi


closed cai/ springs .012 x .030 que, após ativa-

da, deve gerar uma força contínua em torno de


150 g (Figura 050).

Preferimos a mola porque ela exerce uma força


contínua de igual intensidade, enquanto que nos
módulos de alastik a força inicial é exagerada e
diminui rapidamente, além de provocar mais dor,
desconforto e dificuldade para higienizar.
05 A·D· Vista frontal com alastik passando acima dos braquetes anteriores (A}.
Vista frontal após fechamento dos espaços anteriores (B). Lado direito com
tie-back (C). Lado esquerdo com mola espiral fechada (D).
FECHAMENTO COM ALÇAS DKLVERSÁTIL

Para evitar qualquer tipo de atrito sobre a mecânica de deslize durante o fechamento
de espaço, podemos lançar mão dos arcos de retração tipo DKL Versátil, que possuem
alças as quais, quando ativadas (abertas com alicate) e mantidas com fio de amarrilho,
eliminam totalmente o atrito. O movimento de fechamento dos espaços se faz através
do fechamento das alças ativadas, e assim sucessivamente, até fechar totalmente os
espaços (Figura 06).

06 - Retração anterior superior e inferior com DKL Versátil.


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c7k/~~$~
protocolo clinico

Fio Braided: O fio braided retangu lar deve ser usado pois o mesmo tem flexibilidade
no sentido vertical , facilitando o arranjo da oclusão neste sentido, porém tem uma
certa rigidez para torção e, desta forma, mantém o torque até então já definido com
os fios de aço (Figura 01 ).

Elástico de lntercuspidação: Muitas são as formas de usar esses elásticos, desde os


leves até os pesados. Nossa preferência é por elásticos curtos e pesados (1 /8), distribu-
ídos e inclinados como o da maloclusão original, ou seja, em um triângulo para Classe I
original ; inclinado como Classe li , quando era esta a maloclusão inicial, e inclinado como
Classe Ili, quando era esta a maloclusão (Figura 01).

Ajuste e análise oclusal: Esta manobra é de fundamental importância pois dificilmen-


te conseguimos uma intercuspidação perfeita sem pequenos ajustes. Como exemplo,
podemos descrever que uma maloclusão inicial tem múltiplas posições dentárias, com
os dentes fora do plano oclusal, para cima, para baixo, giroversões, etc. Nesta posição
nunca receberam carga mastigatória e, portanto, nenhum desgaste fisiológico. Ao final
do tratamento eles estão colocados na posição ideal, porém, na maioria das vezes, estes
dentes têm alqum toque prematuro ou interferências, que necessitam de pequenos ajus-
tes para se acomodar perfeitamente (Figura 02A-I ).

01 - Fio Braided com elástico de intercuspidação.


02 A-1 - Frontal, lateral e sorrindo final (A-C). Lado direito e esquerdo (D,E). Guia pelo canino lado direito e esquerdo (F,G). Montagem no
articulador lado direito em oclusão cêntrica (H) e relação cêntrica mostrando falta de oclusão (1).
ciW41Uh-{f(lkt, ; f i ~
prot o col o clínico

03 E·F . Ponto prematuro nos pré-molares.


04 A-G - Ajuste oclusal com broca no ponto prematuro, antes e depois mostrando os pontos de oclusão normal.
d2w~~$~
p r oto c o l o c l í ni c o

05 A-G. Frontal inicial (A). Perfil inicial (8). C/osed lateral (C). Frontal inicial (D). Trespasse inicial (E). Lado direito inicial (F). Lado esquerdo inicial (G).

$00
06 A-H - Frontal final (A). Perfil final (B). Final sorrindo (C). Lado direito final (D) e esquerdo final (E). Guia pelo canino lado direito (F)
e esquerdo (G). Frontal final (H).
cfw~at1rv$~
protoco l o clínico

07 A-F - Protrusiva mostrando interferência (A,B). Após o ajuste oclusal protrusiva funcional (C,D). Vista por incisai superior e inferior (E.F).
08 A·D· Frontal (A), frontal sorrindo (B), perfil (C) e perfil sorrindo (D) 5 anos pós-contenção.
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protocolo clínico

09 A-H - Frontal (A), trespasse (B), lado direito (C) e esquerdo (D) com oclusão funcional no lado de trabalho e não trabalho, cinco anos pós-conteção (E-H).
DOBRAS DE PRIMEIRA E SEGUNDA ORDEM PARA PEQUENOS ACERTOS FINAIS

Na análise final da oclusão, desvios sutis deverão ser observados e corrigidos com
pequenas dobras, como nos casos que seguem (Figura 10A,B).

1OA,B - Dobras no arco superior.


dW~~;§~
p r otocolo clí n ico

UTILIZAÇÃO DE BOTOX NA FINALIZAÇÃO

Um dos recursos modernos para alterar setores faciais é a utilização do botox, principal-
mente em sorrisos gengivais. como mostramos no próximo capítulo (ler o capítulo 13).

CONTENÇÃO

Durante todo o tratamento, os dentes estiveram em constante movimentação, portanto. a


remodelação óssea acontece até o momento da remoção.

A partir do momento em que retiramos o aparelho, entende-se que na região da remodela-


ção existe um osso jovem e que necessita de alguma imobilidade para que passe pela ma-
turação necessária. Por isso sempre será necessária a utilização de contenção para que
haja imobilidade. Claro que isso está na dependência do uso do aparelho de contenção,
que no arco superior geralmente é removível.

Contenção Inferior: Na arcada inferior o mais usual é a con-


tenção fixa de canino ao canino (Figura 11 ).

Contenção Superior: Por muitos anos usamos a contenção


tipo Hawley e há algum tempo passamos a usar as placas
de acetato 0,35 mm de espessura, utilizadas para confec-
ção do aparelho Essix Clear Aligner. 11 - Contenção inferior.

Quando o apinhamento inicial anterior superior é grande, optamos por colocar uma con-
tenção fixa tipo Ribbond 2 mm (Figura 12A-C), além do uso noturno da placa Essix.

Fase Laboratorial: O objetivo principal da fase laboratorial é conseguir com que o aparelho
Essix esteja hermeticamente adaptado a todos os dentes, criando assim uma imobilidade
constante. Depois de fazer o acabamento do modelo com recortes do excesso de gesso . o
passo seguinte é encaminhá-lo à plastificadora a vácuo com o acetato Essix, fazer o acaba-
mento e adaptar na boca (Figura 120-1).
go7

CE
Rib bon d®
Bondable Reinforcement Ribbon

2m m

12 A·I • Contenção anterior com Ribbond (A-C). Plastificadora a vácuo (D), placa de acetato (E), modelo com acetato (F),
recorte do acetato no modelo (G) e adaptação na boca (H,I).
d7k/~~$~
protocolo c l inico

Nunes. L. e colaboradores3 , descrevem sobre o tratamento do sorriso gengival com toxina


botulínica tipo A, apresentam casos clínicos. e concluem que o sorriso gengival apresenta
etiologia ampla, portanto deve ser muito bem avaliado pelo profissional. O tratamento com
toxina botulínica tipo A pode apresentar-se como um tratamento possível para pacientes
com sorriso gengival.

Pascotto et al.33 disseram que a toxina botulínica tipo A (Botox) é uma proteína purificada,
com baixo potencial antigênico, comumente utilizada na correção de deformidades esté-
ticas faciais e que tem como mecanismo de ação o relaxamento de um determinado gru-
pamento muscular onde é injetada. Baseia-se no bloqueio da placa motora neuromuscular
ocupada por esta toxina. Na região facial, especificamente na dentofacial, a hiperfunção
muscular tem sido associada ao sorriso gengivalª 1316. Neste caso, a utilização desta subs-
tância possibilitará um resultado estético excelente sem o inconveniente trauma cirúrgico.

Macedo et al. 2 1 descrevem que a injeção de toxina botulínica tem sido sugerida para
tratamento de hipermobilidade do lábio superior39, porém esse método garante bene-
fícios provisórios. É amplamente usada na prevenção e correção de mudanças causa-
das pela contração muscular dos terços médio e inferior da face e pescoço 16 , incluindo
a exposição em excesso da gengiva7 .

Tratamentos por gengivoplastia, ortodontia, cirurgia ortognática e ressecção óssea são pro-
cedimentos recomendados e, mais recentemente, o uso de Botox. A toxina botulínica repre-
senta um método simples, rápido e efetivo para a correção estética do sorriso gengival.

Mazzuco et al. 28 citaram outros fatores que consideram a toxina como terapia de primei-
ra linha: facilidade e segurança durante a aplicação, rápida ação, baixo risco e efeito
reversível. Este último fator é particularmente interessante em casos onde o tratamento
ortodôntico ou procedimento cirúrgico são recomendados, permitindo efeito estético
previamente àqueles procedimentos.

Na finalização dos casos ortodônticos, o botox tem sido usado para melhorar a estética
facial, principalmente em sorrisos gengivais.
O sorriso gengival é definido21 pela exposição excessiva de gengiva maxilar durante o
sorriso. A etiologia é variada e sua correta identificação é fundamental para a confecção
de um plano de tratamento eficaz.

Para podermos diagnosticar corretamente o fator causador preponderante no caso, alguns


aspectos clínicos devem ser avaliados: saúde periodontal , exposição dentária durante re-
pouso, análise dimensional e funcional do lábio superior, mensuração da coroa clínica dos
incisivos e caninos e harmonia entre os planos oclusais anteriores e posteriores.

Como fatores etiológicos podemos citar extrusão dentoalveolar anterior, excesso vertical
da maxila, lábios superiores curtos ou hiperativos durante o sorriso e hiperplasia gengival.

Oliveira et al.32 afirmam que é fato que a exigência dos pacientes aumenta cada vez
mais. Torna-se imprescindível, portanto, que o planejamento leve em considera ção não
só aspectos pré-determinados e padronizados, mas também a estética do sorriso de
forma dinâmica, bem como sua relação com a face do paciente.

Ainda mais, é preciso percepçã o e bom senso para entender que, de acordo com os
padrões de beleza atuais, o paciente pode não estar buscando apenas dentes que
reproduzam as chaves de oclusão, cor e forma propostas na literatura. Mas também
uma face harmônic a e equilibrad a, exigindo, em vista disso, um diagnóstic o e um pla-
nejamento com entendimento multidisciplinar.

Assim sendo, de acordo com a literatura consultada a toxina botulínica , especialmente


a BTX (A). parece ser uma alternativa para os casos de sorriso gengival determinados
por etiologia exclusivamente muscular, destacando-se a hipercontração dos músculos
elevadores do lábio superior.

Na sequência apresentamos um caso clínico ortodôntico completo.


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pr ot o colo cl i ni co

PACIENTE
Juliana Buratti, gênero feminino, 33 anos de idade, com maloclusão
Classe 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Dentes não se encaixam.

DIAGNÓSTICO
Torque Individualizado - Damon Q
Face longa, dolicofacial, atresia maxilar. sorriso gengival e respi-
ração bucal.

TIPO DE APARELHO
Damon "O".

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Aparelho superior e inferior.
2. Levantamento da mordida.
3. Nivelamento e alinhamento.
4. Fechamento de diastemas, sendo que no dente 22 deverá ficar espaço para aumentar
a Coroa com resina estética.
5. Finalização.
6. Aplicação de Botox.

TEMPO DE TRATAMENTO
20 meses.

COMENTÁRIO
Primeira opção: Tratamento combinado: Ortodontia / Cirurgia Ortognática. Paciente não
concordou.

Segunda opção: Tratamento com exodontias, perder ancoragem para rotação mandibular
no sentido anti-horário e melhorar a biprotrusão. Paciente não concordou com exodontias.

Terceira opção: Tratamento ortodôntico e aplicação de toxina botulínica para reduzir o


sorriso gengival.
01 A-1 - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (C). Frontal inicial (D). Trespasse inicial (E). Lateral direita inicial (F).
Lateral esquerda inicial (G). Oclusal superior inicial (H). Oclusal inferior inicial (1).
c?h/~~;j~
protoc ol o c l í n ico

02 A-H · Frontal - início de nivelamento com colagem progressiva de braquetes para obter Smile Are (A). Trespasse - início de nivelamento (B). lateral
direita - início de nivelamento (C). lateral esquerda- início de nivelamento (D). Frontal -sequência do nivelamento (E). Trespasse - sequência do nivela-
mento (F). Lateral direita e esquerda - sequência do nivelamento (G,H).
fio retangular ((C,D). Frontal com fio
03 A·H - Frontal com fio retangular (A). Trespasse com fio retangular (B). Lado direito e esquerdo com
o 22 (E,F). Lateral direita - elástico em box (G). Lateral esquerda - elástico de Classe li para acertar
TMA e molas para abrir diastemas para
reanatomização de aumento da coroa (H).
relação oclusal e linha média. Molas para abrir diastema no 22 para fazer
cJlh/~~$~
protocolo clinico

04 A-F - Frontal inicial (A) e final (B). Trespasse inicial (C) e final (O). llado direito inicial (E) e final (F).
$17

05 A·F . Lado esquerdo ínicial (A) e final (B). Oclusal superior inicial (C) e final (D). Oclusal inferior inicial (E) e final (F).
óltt/~~$~
p rotoco l o clínico

06 A-H - Telerradiografia inicial (A). Panorâmica inicial (B). Telerradiografia final (C). Panorâmica final (D). Frontal final (E). Perfil final (F). Frontal final
sorrindo (G). Final sorrindo (H).
07 A-D - Frontal mostrando sorriso gengival (A). Após aplicação de botox, correção do sorriso gengival (8). C/osed com sorriso gengival (C). Closed após
aplicação de botox, correção do sorriso gengival (D).
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A
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cnd~~~,$~
protoco l o clinico

HONORÁRIOS COM PREÇO FECHADO. POR QUE?

Imagine-se indo a uma loja para comprar uma geladeira e ante a informação do preço,
você pergunta ao vendedor se é possível dividir, obtendo de pronto a resposta que sim,
em mais ou menos 24 meses.

Pergunta: Você vai comprar a geladeira nas condições oferecidas? Claro que não, pois
não parece ser boa oferta, não é honesta e totalmente sem crédito.

Então cabe outra pergunta: Por que o ortodontista oferece o tratamento nas mesmas con-
dições? A mim parece que a percepção humana sente algo errado com essa oferta. ou
seja, falta-lhe credibilidade.

Negocie com seu paciente a forma de preço fechado, pois isto mostra credibilidade.

SIMULAÇÃO DE UM DIÁLOGO

Após sua explicação científica em detalhes sobre o diagnóstico, planejamento e execu-


ção do tratamento, passa-se para a negociação.

Você com certeza já tem em mente as d ificuldades que este caso apresenta , os honorá-
rios já foram programados, e poderá negociar fracionando em determinado número de
parcelas (nesta simulação supomos que dividiríamos em até 20 parcelas mensais). Em
seguida o paciente ou responsável faz a seguinte pergunta.

- Doutor, quanto vai custar o tratamento?

- R$ 10.000,00. Responde o Doutor.

- O senhor divide?

-Sim.
- Em quantas vezes?

- O senhor d ispõe de alguma reserva para dar como entrada? (Nunca inic iar o tra-
tamento sem entrada).

O paciente responde:

- Sim. Pode ser R$ 1.500,00? E o restante o senhor pode dividir em quantas vezes?

Como já disse, a propensão é dividir em até 20 vezes. mas NUNCA diga imediatamente. Diga
o seguinte para o pacient,e:

- Sem afetar seu orçamento familiar, em quantas vezes o senhor pode dividir? (Você vai se
surpreender na maioria das vezes com a resposta).

- Posso dividir em 5, 1O meses, etc.

-Se estiver bem para o senhor(a), concordo.

O paciente fica satisfeito pois você aceitou a proposta sugerida por ele.

NUNCA diga a quantidade de parcelas porque o paciente irá negociar.

ATENÇÃO:

Exemplo de como não deve fazer, sobre o mesmo exemplo acima :

Quando o paciente lhe perguntou sobre, "em quantas vezes o senhor pode d ividir" e você
responde - Divido em 20 meses.

Paciente vai negociar contigo: - Pode ser em 25 meses? Você não aceita e o paciente fica
chateado, rotulando você de intransigente, etc. Da outra forma ele vai dividir só em 1Omeses.
fica muito feliz, e ainda diz que você foi acessível, pois aceitou a proposta dele.

De fato, preste atenção na negociação.


d7h/~d.,,~i§~
pratacala clínica

-
Hoje vendemos tempo, não vendemos
mais aparelhos. e o valor do tratamento
é fixo (sistema fechado) e dividido da
forma que for combinada.

A sociedade moderna está cada vez


mais ocupada, tem pouco tempo para
frequentar consultórios, e suas exigên-
cias são cada vez maiores. Tratamos
hoje da geração Y (Figura 01 ). cons-
tituída de jovens com conteúdos inte-
lectuais sólidos, com pensamentos e
decisões para o presente e futuro sem
conflitos. Esta geração chega ao con-
sultório ciente de como se conduz um
tratamento ortodôntico, cheia de direi-
tos e poucos deveres. Temos que dar o
máximo pois são pacientes exigentes.

I01 - Indivíduos da geração "Y".


Desde a década de 70, o mundo adotou o Straight-Wire de Andrews 1 provocando uma
mudança quase traumática visto que os conceitos de Edgewise eram mu ito fortes e
muitos demoraram vários anos para mudar. No início havia uma preocupação, quase
que insan a, no sentido de cobrar evidências científicas. Realmente isto é necessário,
mas devemos esperar pelo período de aplicabilidade, observância e maturidade,
chegando primeiro às evidências clinicas, para depois de algum tempo provar as evi-
dênc ias científicas. Pois bem , já se passaram 40 anos e todas as evidências clínicas
daquela época já foram comprovadas e se tornaram evidências científicas, porém
mudanças consistentes estão acontecendo e precisam ser analisadas , observadas e
adotadas sem heroísmo. Uma dessas mudanças está exatamente na adoção do "Sis-
tema Autoligado" com protocolo diferenciado. Vale salientar que este "Sistema" vai
muito além do que simplesmente usar um braquete autoligado e continuar aplicando
biomecânica convencional. As mudanças observadas através deste novo protocolo,
com excelentes resultados , estão vinculadas à utilização de todo o "Sistema Autoli-
gado". Assim como o Straight-Wire, o "Sistema Autoligado" também necessitará de
um tempo para termos evidências científicas visto que , no momento, muitas são as
evidências clínicas.

As mudanças acontecem e, às vezes, inesperadamente. Duas situações podem


acontecer quando nos depararmos com elas : uma é olhar com otimismo e outra
com pess imismo.
f

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r7/d ~a, 1rv t%~
pratacal a cli n ica

O D-Gainer se caracteriza pela colocação de braquetes nos incisivos, nivelamento des-


tes dentes e, em seguida, colocação de aparelho nos primeiros molares. fio .014 x .025
CuNiTi com mola de secção aberta desde a distal dos incisivos laterais até a mesial do
tubo dos primeiros molares. A mola tem as seguintes características: .012 x .030 de NiTi,
sendo que a espessura do fio é .012 e a luz da mola é .030.

A ativação da mola deve ser em torno do tamanho de um braquete (Figura 01 ). Esta mola,
além de ganho de espaço no sentido anteroposterior, tem também a capacidade de
ganho transverso da arcada. Este ganho transverso é explicado e entendido em função
da bochecha encostar na mola colocada lateralmente, sem encostar nos dentes. Sendo
assim, existirá apenas pressão interna através da língua na face palatina dos dentes,
provocando a expansão da arcada.

Após os primeiros movimentos, observa-se a necessidad e de ativação da mola, que


poderá ser feita de duas maneiras: uma será trocando a mola e outra será colocando
um stop retangular diretamente no fio, anterior ou posterior à mola, ativando-a sem ne-
cessidade de troca.

01 - Ativação da mola (uma vez


o tamanho do braquete).
ESCOLHA DO TORQUE PARA A MANOBRA D ·GAINER

A mola terá efeito anteroposterior e transverso. sendo que na maioria das vezes deve-se
evitar o efeito anterior provocando protrusão dos incisivos. Desta forma é necessário utili-
zar os braquetes Low torque nos anteriores para compensar o efeito protrusivo, mantendo
desta forma os incisivos com uma inclinação adequada.

Na maioria das vezes (70%) o resultado de ganho transverso na arcada superior provoca
o desenvolvimento da arcada inferior, acompanhando o resultado do superior, através do
equilíbrio muscular (biozone- autocinese).

CUIDADOS

Observar a íntima relação entre a raiz dos incisivos laterais e a coroa dos caninos já que,
durante o nivelamento dos laterais, podemos levar sua raiz para distal, indo de encontro
ao canino, podendo provocar reabsorções. Para prevenir este movimento pode-se colar
o braquete dos laterais com compensação de angulação evitando o contato com o cani-
no. Mesmo assim devemos colocar tal possibilidade no contrato de tratamento e avisar
aos pais do paciente que se corre certo risco nesta manobra.
c7h/~atkv$~
p r otocolo clí n ico

PACIENTE
Daniela Toscani, gênero feminino. 11 anos. apresentava uma
maloclusão dentária de Classe 11, Div. 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Torque Individualizado • Oamon MX
Dentes tortos e para frente.

DIAGNÓSTICO
Padrão li com deficiência mandibular. mesofacial, falta de espaços para dentes permanentes.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Damon MX.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Tratamento de 1ª fase (preventiva).
2. Aparelho anterior superior e nivelamento.
3. Aparelho nos 16 e 26, fio .014x.025 CuNiTi com molas abertas e ativadas entre os laterais
e primeiros molares.
4. Aparelho inferior da mesma torma que o superior.
5. Ganho de espaços generalizados.
6. Finalização e encaminhamento para tratamento de 2ª fase (corretivo).

TEMPO DE TRATAMENTO
12 meses.

COMENTÁRIO
Evolução bastante rápida, conseguindo os espaços para os dentes permanentes. como
seguem as fotos.
02 A-F - Vista frontal inicial (A). Vista frontal inicial sorrindo (B). Vista perfil inicial (C). Vista frontal inicial (D).Vista lado direito inicial (E).Vista
lado esquerdo inicial (F).
ci2h!~~~~
protocolo c l ínico

03 A-D. Vista lado direito após 6 meses de uso do D-Gainer (A).Vista lado esquerdo após 6 meses de uso do D-Gainer (8).
Radiografias panorâmicas inicial (C) e final (D).
04 A-C - Vista lado direito no final após 1Omeses de D-Gainer (A). Vista lado esquerdo no final após 1Omeses
de D-Gainer (B).Vista oclusal superior no final após 1Omeses de D-Gainer (C).
c7!d~tWrv$~
protocolo clín i co

PACIENTE
Gabriel lole, gênero masculino, 8 anos e 6 meses de idade.
fi tl ~;!
ViW~
Classe 1, com tendência para Classe 111.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupado com desenvolvimento da mandíbula, pois o pai teve
que tratar quando adolescente, usando aparelho e mentoneira. Torque Individualizado - Easy C/ip

DIAGNÓSTICO
Padrão 111 com atresia superior e inferior com presença de corredor bucal. Falta de espaço
para vários dentes.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Easy Clip.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. D Gainer - tratamento de 1ª fase.
2. Aparelho nos incisivos e alinhamento
3. Aparelho nos molares e início da mecânica D Gainer com o fio .014 x .025 CuNiTi com
mola de secção aberta entre os laterais e molares, ativada uma vez um braquete.
4. Ativações da mola, até conseguir espaço.
5. Finalização e indicado para tratamento de 2ª fase (corretivo).

TEMPO DE TRATAMENTO
12 meses (7 visitas).

COMENTÁRIO
Paciente com tendência para desenvolver uma mandíbula protruida, com bom selamento
labial que proporcionou as ativações das molas sem que houvesse protrusão anterior. Obtido
todos os espaços, como se obseNa nas figuras.
05 A-J - Frontal inicial sorrindo (A). Frontal inicial (B). Pérfil (C). Frontal inicial (D,E). Trespasse inicial (F). Lado direito inicial (G). Lado esquerdo
inicial (H). Oclusal superior inicial (1). Oclusal inferior inicial (J).
ow~~t$~
protocolo clinico

06 A-E - Frontal - nivelamento anterior (A,B). Frontal - fio .014x.025 CuNiTi e molas (C). Lateral direita com mola (D). Lateral esquerda com mola (E).
07 A-1 - Evolução do resultado, frontal (A), lado direito (B) e esquerdo (C). Oclusal superior - evolução do resultado (O). Oclusal inferior inicial (E). Frontal (F).
Trespasse (G). Evolução do resultado com ativação da mola, lado direito (H) e esquerdo (1).
tfh/~~$~
protocolo c lí nico

08 A·H • Oclusal superior - ganho dos espaços (A). Oclusal inferior com mola (8). Evolução do tratamento frontal (C),
trespasse (D), lado direito (E) e lado esquerdo (F). Oclusal com levante de mordida superior (G) e inferior (H).
09 A-F - Oclusal superior inicial (A) e final com ganho de espaço (B). Oclusal inferior inicial (C). Oclusal inferior com ganho de espaço (D). Panorâmica
inicial - mostrando a falta de espaços (E). Panorâmica final - mostrando o ganho de espaços (F).
J
ciW~Wkv$~
p r otoc ol o c l ínico

DIVIDINDO MEU ESTUDO E MINHA EXPERIÊNCIA

"Meu pessoal e eu completamos o estudo que comecei com o Sistema Damon e, bem
contentes com o resultado, o arquivamos. Então, ao revisar um estudo bianual de 2003
do Journal of Orthodontics (JCO) , fui buscar o estudo de novo (junto com minhas esta-
tísticas mais atualizadas) e fiquei surpreso como minha clínica tinha se saído comparada
com as clínicas "mais lucrativas do Estudo" no mesmo período de tempo. Enquanto a
pesquisa mostrava uma queda no crescimento, ou mesmo zero de crescimento, minha
clínica cresceu 14,2 % no mesmo período (em realidade, na pesquisa, afirmaram ser o
menor crescimento desde 1991 ). Além do crescimento maior que 14,2 %, nós acumula-
mos também uma redução na carga de trabalho da ordem de 38% (Tabela 01 ).

Embora os braquetes do Sistema Damon custem mais que os tradicionais, estes são
compensados pelo significante aumento de produtividade e pela significativa diminuição
da utilização de aparelhos acessórios (AEB, expansores, etc.). Com o Sistema Damon
nossa clínica se tornou muito mais lucrativa devido ao fato de que agora estamos termi-
nando casos, em média, 7 meses mais rápido, e com muito menos visita. Além do que
nosso número de faltas ou cancelamentos caiu em 44%.

O estudo da JCO também indicava que o número de casos iniciados tinha caído pela pri-
meira vez desde que o estudo começou a ser feito, em 1981 , com os clínicos também rela-
tando estarem menos otimistas com relação
['.~; ~ AUM~NTO DE PRODUTIVIDADE COM DAMDN ao crescimento futuro em comparação com
estudos feitos desde 1987. Meu pessoal
Antes de Damon 78
e eu temos, obviamente, uma experiência
Depois de Damon 48
PACIENTES bem diferente, e nos sentimos extremamen-
POR DIA
Diferença -38% te positivos com relação ao futuro. Eu co-

Cresci / da Clínica + 14,2% mentei este estudo com alguns colegas de

Tabela 01
meu grupo de estudos citando minha transição para o Sistema Damon como uma base de
comparação e mostrando algumas das minhas estatísticas que eu havia coletado alguns
anos antes. Uma coisa levou a outra e fui convidado para palestrar no encontro da Pacific
Coast Society of Orthodontics (PCSO) e depois no Oamon Fórum. E foi no Fórum que o Dr.
Larry White me pediu para escrever um artigo sobre o estudo para o Clinicai lmpressions.
Embora o estudo tenha alguns anos e tenha sido feito com os aparelhos Damon SL origi-
nais, os benefícios da transição do aparelho convencional para o Sistema Damon eram
evidentes. Em vista das melhoras no Sistema Damon nos últimos anos e da minha maior
adaptação ao Sistema, os resultados poderiam ser até melhores do que os mostrados".

METODOLOGIA DE ESTUDO

Os objetivos do estudo foram comparar certos indicadores chave de tratamento com o


Sistema Damon e o Sistema convencional. O estudo contou com 66 casos tratados con-
secutivamente com o Sistema Damon (meus primeiros 66) e 66 pacientes consecutivos
tratados com o Sistema convencional. Não fiz nenhuma distinção entre tipo de maloclusão,
classificação de Angle, se o caso foi planejado com ou sem exodontias ou qualquer outra
consideração, além do fato de que todos fossem tratados com braquetes colados em todos
os dentes. Os pacientes foram pesquisados e avaliados em cada consulta até o final do
tratamento. Os dados coletados
determinaram o tempo total de

Damon Sistem (66 casos) Média tratamento, o número de visitas, o


Braquetes Convencionais (66 casos) Damon
intervalo entre as visitas, o tempo
Tempo total de tratamento 27,5 20,3 -7,2 -26,2
(meses} de alinhamento, o desconforto do

Número de consultas 31 16,2 14,8 -47,7 paciente e a qualidade dos resul-


tados. A Tabela 02 mostra uma
Intervalo entre consultas 4-6 6-8
(semanas) visão geral do escopo do estudo
Tempo de Alinhamento (meses) 6 3,2 -2,8 -67,5 e dos resultados. Segue abaixo
Desconforto do Paciente 4 1,3 -2,7 -67,5 uma discussão de cada item.
(O=baixo, 10+ativo}
Tabela 02
c?k/~a,.ht,~~
protocolo c línico

TEMPO DE TRATAMENTO TOTAL: DEFINIDO COMO O TEMPO ENTRE A COLAGEM INICIAL ATÉ
O DIA DA REMOÇÃO DO APARELHO

O tempo total de tratamento com o Sistema Damon foi, em média, 7,2 meses mais curto
do que o tempo dos pacientes tratados com o Sistema convencional. O Sistema Damon
levou , em média, 20,3 meses versus 27,5 do Sistema convencional, uma diferença de
26,2% (Tabela 03). Oito anos depois, com maior confiança e conhecimento do Sistema
Damon, com melhorias no design e uma maior disponibilidade de ferramentas à minha
disposição, não apenas consegui melhorar ainda mais meu tempo de tratamento como
também a quantidade de casos com exodontias diminuiu ainda mais.

Por causa da adaptação transversal posterior alcançada com o Sistema Oamon, pacien-
tes que tinham arcos desalinhados e que eram tratados com exodontias agora têm maior
possibilidade de manter todos os dentes.

BRAQUETES INTERVALO (MÉDIA)

OAMON 20,3

CONVENCIONAL 27,5
Tabela 03
NÚMERO DE CONSULTAS: DEFINIDO COMO TODAS AS VISITAS A PARTIR DA COLAGEM ATÉ A
REMOÇÃO DO APARELHO, INCLUINDO EMERGÊNCIAS

Pacientes tratados com o Sistema Damon necessitam, em média, de 14,8 menos visitas
do que os tratados com o Sistema convencional. Os casos com o Sistema Damon reque-
rem, em média, 16,2 consultas versus 31 dos casos tratados com o Sistema convencional
ligado com amarrilho, dando uma diferença de 47,7% (Tabela 04).

Ao incorporar protocolos de tratamento específicos para o Sistema Autolig.ado passivo


e agendamento correto, estamos conseguindo reduzir ainda mais nosso número de vi-
sitas. sem sacrificar nossa qualidade de tratamento nem o serviço prestado aos nossos
pacientes. Um dos protocolos que achei mais importantes para ajudar na eliminação da
quantidade de consultas foi:

• Educar nossos pacientes a eliminar consultas que não sejam verdadeiras emergên-
cias (como arcos que incomodam na região posterior, por exemplo).
• Colagem dos segundos molares superiores e inferiores na consulta de colagem de
braquetes.
• Usar .013 ou .014 CuNiTi como primeiro arco de nivelamento.
• Tomar uma radiografia panorâmica depois do último arco CuNiTi para reposicionar os
braquetes, se for necessário, antes de ir para os arcos de aço inoxidável.

DAMON 16,2

CONVENCIONAL 31

Tabela 04
d'h/~~$~
p rotocolo c l in i co

INTERVALO ENTRE VISITAS: DEFINIDO COMO O NÚMERO DE SEMANAS ENTRE AS CONSULTAS


AGENDADAS REGULARMENTE

Quando comecei a conduzir o estudo, eu agendava as visitas a cada 4 a 6 semanas para


ambos os sistemas. Mas, conforme o estudo continuava, eu aumentava o inteNalo entre
as visitas dos casos com Sistema Damon para 6 a 8 semanas. Hoje, com a baixa fricção
inerente ao Sistema Oamon, que permite a contínua ativação dos arcos superelásticos,
podemos agendar visitas a cada 1O semanas rotineiramente. De fato, estou conside-
rando aumentar o intervalo para 12 semanas como vários dos meus colegas que usam
Oamon estão fazendo. Ao combinar o Sistema Damon com o agendamento correto, o
consultório se torna muito mais eficiente, administrável e produtivo, e com redução do
estresse de um modo geral.

Comparativamente com os anos que usei o Sistema Convencional de braquetes, meu


pessoal e eu:

• Vemos 38% menos paciente por dia, o que faz com que o agendamento seja muito
mais conveniente para todos.
• Ficamos dentro do horário mais facilmente, e ainda atingimos todas as nossas metas
de crescimento.
• Temos menos problema de falta de horário.
• Significativamente menos estresse.
• Temos oportunidade de conhecer melhor nossos pacientes.
• Podemos fazer reuniões de pessoal a qualquer momento do dia.
• Acomodamos melhor necessidades [ndividuais ao flexibilizar nossa agenda.
• Experimentamos um período de treinamento mais tranquilo, rápido e fácil das novas
auxiliares.
• Agora podemos acomodar novos pacientes e consultas longas em períodos fora do
horário escolar, ou quando apropriadas.
• Diminuímos significantemente o horário de rush depois da escola.
TEMPO DE ALINHAMENTO - DEFINIDO COMO QUANDO TODAS AS ROTAÇÕES TENHAM SIDO
CORRIGIDAS E O PRIMEIRO ARCO RETANGULAR ESTÁ PRONTO PARA SER COLOCADO

Levávamos uma média de 6 meses nos pacientes com o Sistema Convencional para atingir o
alinhamento enquanto que nos pacientes com o Sistema Damon demorava 3,2 meses (Tabela
05). De fato, 90% dos pacientes com o Sistema Damon estão comptetamente alinhados com 4
meses ou menos (Tabela 06). Reduzir o tempo de alinhamento e de correção das rotações em
mais de 40%, como fomos capazes de fazer com o Sistema Damon, é importante em vários
níveis. Do ponto de vista clínico, quanto mais cedo corrigimos a parte grosseira do caso, mais
tempo temos para as mecânicas de finalização e para o posicionamento ideal dos dentes.

Em termos de satisfação do paciente e do marketing via indicação de pacientes. as


vantagens da redução do tempo de alinhamento com grande conforto do paciente tam-
bém são incrivelmente significativas. Os consultores de administração de consultório vão
confirmar o fato de que os pacientes estão mais propensos a indicar amigos ou familiares
durante 2 períodos críticos: durante os primeiros meses do tratamento e por um período
curto após a remoção do aparelho. Quando os pacientes vêem seus dentes se alinharem
tão rapidamente com pouco ou nenhum desconforto, eles ficam mais animados a com-
partilhar suas experiências com seus amigos e familiares, o que resulta em um maior nú-
mero de indicações, o que para mim é o melhor tipo de indicação que existe. Pacientes
de outros ortodontistas que vêm para serem tratados em nosso consultório certamente
podem confirmar os benefícios de usarmos o Sistema Damon.

3,2
CONVENCIONAL 6
Tabela 05

TEMPO OE ALINHAMENTO COM OAMON

em 70% dos pacientes, alinhamento em 3 meses

em 90% dos pacientes, alinhamento em 4 meses

Tabela 06
cittf~a,1rz,~~
p rotocol o cliníc o

DESCONFORTO DO PACIENTE. OS PACIENTES FORAM GRADUADOS EM UMA ESCALA DE 10


PONTOS (O= ZERO DESCONFORTO; 10 = DOR COM NECESSIDADE DE MEDICAÇÃO COMO
ASPIRINA OU ADVIL)

A média do nível de resposta à dor dos pacientes tratados com o Sistema Convencional
era na faixa de 4, comparado com os pacientes com o Sistema Damon, que tiveram mé-
dia de 1,3, sendo que em nenhum dos pacientes o nível foi maior do que 4 (Tabela 07).
Além disso, os dados mostram que 80% dos pacientes tratados com o Sistema Oamon
tiveram muito pouca ou nenhuma reclamação de dor (nível O a 2). O baixo nível de dor
relatado pelos pacientes com o Sistema Damon é devido a:

• Uso de forças leves.


• Uso de arcos de Copper NiTi termoativado, que funciona por maior período de tempo
ainda que mantendo suas forças baixas.
• Excepcional redução da fricção entre o arco e o s/ot, o que distribui a pressão de
maneira mais uniforme no arco por inteiro, e não em cada dente individualmente.
• Facilidade de inserção do arco, o que requer menos força para colocar os arcos no
slot dos braquetes.

Ao contrário da face aberta de um braquete tradicional germinado (com amarrilhos de


aço quando necessário). pude perceber menos irritação por fricção nos lábios e nabo-
checha dos pacientes usando o Sistema Damon por causa do perfil confortável dos bra-
quetes. Embora eu não tenha medido essa variável em meu estudo, os pacientes com
o Sistema Oamon parecem ter uma melhora visível na hig iene em comparação com o
Sistema convencional.

1,3

CONVENCIONAL 4

Tabela 07
O SISTEMA DAMON PROPORCIONA QUALIDADE DE TRATAMENTO EXCEPCIONAL

Ao estar clinicando por mais de 30 anos, sinto que minha experiência de ter tratado
milhares de pacientes com os aparelhos convencionais ligados por amarrilhos servem
de forte base de comparação com os resultados obtidos nos pacientes tratados com o
Sistema Damon.

Eu classifico os resultados nos pacientes com o Sistema Oamon em uma escala de


4 notas (4 = excelente; 3 = bom; 2 = justo; 1 = pobre), levando em consideração os
seguintes fatores: oclusão. alinhamento, estética facial, estética dental, condições da
ATM e saúde periodontal. Eu não faço concessões por variáveis como cooperação do
paciente, complicações esqueléticas, severidade da maloclusão, idade do paciente,
recusa em aceitar o plano de tratamento ou finalização antes de terminar o tratamento ,
etc. Nesta escala, 90% dos meus pacientes com o Sistema Damon têm nota entre 3 e
4, média de 3,6 (Tabela 08).

Tenho tido uma experiência tão favorável com o Sistema Damon de forças leves para
terapias sem extração que muito mais pacientes são tratados hoje sem extração. apesar
da severidade dos apinhamentos.

POBRE JUSTO BOM EXCELENTE

o
Tabela 08
2 3 1 4
cJW~~~~
proto col o c línico

TRANSFORMANDO EMERGÊNCIAS EM UMA EXPERIÊNCIA POSITIVA

Várias das consultas de emergência que experimentamos durante o estágio inicial do


estudo com o Sistema Damon foram devido ao fato da nossa falta de experiência com o
sistema e à queda dos clipes dos braquetes originais Oamon SL. A nova versão do Sis-
tema Damon é muito mais confiável.

Atualmente nossa taxa de emergência se situa na faixa de 2,09% e a maior parte delas
é causada pelo fato do arco, ao ir para a distal durante o alinhamento, incomodar a mu-
cosa. Transformamos isso em uma experiência positiva. Parte da nossa consulta durante
a colocação dos braquetes inclui criar a expectativa de que o arco, ao incomodar a
mucosa, significa que os dentes estão se movendo de maneira rápida e bem sucedida.
Algumas vezes, em virtude desse fato, é necessário que o paciente venha em uma visita
extra ao consultório, e nós transformamos essas visitas não programadas em uma pe-
quena mini celebração destas movimentações bem sucedidas.

Podemos reduzir as visitas de emergência ao seguir as seguintes recomendações:

• Siga o protocolo do Sistema Oamon pois o Dr. Damon gastou um tempo considerável
para determinar as melhores práticas para o Sistema, e com os últimos aparatos auxilia-
res o tratamento será eficiente e previsível e o resultado consistente .
• Eduque seus pacientes sobre o fato de que o deslizamento do arco pode fazer com
que ele saia do tubo na região posterior, transformando este acontecimento em uma ex-
periência positiva.
• Use os arcos Damon com stops pré-colocados.
• Preste muita atenção na colocação dos stops no arco. Siga o protocolo.
SUPORTE CLÍNICO SEM PRECEDENTES PARA USUÁRIOS DO SISTEMA DAMON

Os ortodontistas que estejam pensando em mudar para o Sistema Damon vão encon-
trar um suporte sem precedentes em termos de aprendizado dos protocolos de maneira
simplificada e dicas exclusivas para este conceito de forças baixas. baixa fricção. Minha
experiência com o Sistema Damon tem sido incrivelmente positiva e vem do fato de que
não existem pequenos detalhes que não mereçam atenção da Ormco ou dos Grupos de
Estudo Damon que estão disponíveis para os praticantes desta filosofia de tratamento.

O Damon Fórum, que acontece em janeiro. em Palm Springs, cresceu muito para aco-
modar a todos os interessados na técnica, que se encontram informalmente para discutir
dificuldades e soluções entre as apresentações formais e. novamente. no final do dia em
algum dos eventos.

CONCLUSÕES
"O Sistema Oamon aumentou a eficiência, a efetividade e o conforto da minha terapia
ortodôntica. O tempo de tratamento diminuiu consideravelmente e o alinhamento inicial
ocorre com excepcional velocidade e conforto. Estas eficiências. combinadas com o
intervalo de 10 semanas entre as visitas, além da redução da necessidade de extrações.
facilitam aos pacientes viajar longas distâncias para serem tratados com os benefícios
do Sistema Oamon. Outra evidência adicional da aceitação do sistema pelos pacientes
é o aumento substancial na quantidade de indicações de pacientes. O Sistema Damon
tornou o treinamento de auxiliares mais fácil e reduziu a necessidade de habilidades es-
pecíficas que tinham de ser treinadas para serem bem sucedidas. Reduziu de maneira
dramática a quantidade de pacientes que vemos todos os dias ao mesmo tempo em que
aumentou a qualidade dos nossos resultados e a lucratividade de nosso consultório. Em
resumo, o Sistema Damon me proporcionou o necessário para elevar minha clínica de
boa para EXCELENTE".
' \
cFtr/~C'fferv~~
protocolo clinica

PACIENTE

Dylan Wisnicwski (EUA)

COMENTÁRIO

Paciente jovem, com Classe li , Div li e


falta de espaço nas arcadas.

A mecânica preventiva conseguiu es-


paços para todos os dentes como é
observado ao final do tratamento.

Cedido pelo Dr. Frost - EUA

01 A,B- Inicial sorrindo (A). Tomografia lateral inicial (B).


02 A-D - Frontal inicial (A). Lado direito inicial (B). Lado esquerdo inicial (C). Oclusal inferior inicial (D).
~~Mh,t»1,z,;ft~
protoco l o c l ín i co

03 A·H · Tomografia frontal inicial (A). Tomografia panorâmica inicial (B). Tomografia axial inicial (C). Tomografia lateral
inicial (D). Tomografia frontal intermediária (E). Tomografia panorâmica intermediária (F). Tomografia axial intermediária (G).
Tomografia lateral intermediária (H).
04 A-D - Frontal final (A). Frontal final sorrindo (8). Perfil final (C). Sorrindo (D).
ci 1h /~ ~$ ~
protoco l o c l ínico

05 A-E - Frontal final (A). Lado direito final (B). Lado esquerdo final (C). Oclusal superior final (D). Oclusal inferior final
(E).
06 A-0 - Tomografia lateral final (A). Tomografia frontal final (B). Tomografia panorâmica final (C).
Tomografia axial final (O).
cJlhl~~~~
p r otocolo clinic o

PACIENTE
John Arnett (EUA)

COMENTÁRIO

Paciente adulto com maloclusão Clas-


se 1, com sobremordida e dentes ante-
riores sup,eriores verticalizados; dias-
tema entre 12 e 13 e 22 e 23; caninos
verticalizados.

Ao final observa-se a correção dos


diastemas e sobremordida e torque
ideal nos caninos.

Cedido pelo Dr. Frost - EUA

07 A,B - Inicial sorrindo (A). Telerradiografia inicial (B}.


08 A-C - Frontal inicial (A). Lado direito inicial (B). Lado esquerdo inicial {C).
c;fd~~cwrv$~
protocolo c l ínico

09 A-H - Lado direito final (A). Lado esquerdo final (8). Oclusal superior final (C). Oclusal inferior final (D). Tomografia lateral final (E). Final
sorrindo (F). Tomografia panorâmica (G). Tomografia fronital (H).
10 A-H - Tomografia superior sequencial (A-D). Tomografia inferior s~quencial (E-H).
ow~~t%~
protocolo clí n i co

CASOS CLÍNICOS PADRÃO I

PACIENTE
Fernando Miguel, gênero masculino . 23 anos de idade, Classe 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Já fez tratamento ortodôntico e está voltando.

DIAGNÓSTICO
Padrão 1, com pequeno apinhamento e sobremordida.

TIPO DE APARELHO
Autoligado ativo Speed.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Montagem superior e nivelamento.

2. Montagem inferior e nivelamento.


3. Uso de elásticos e solidificação de torques.
4. Finalização e contenção com Hawley e 3/3 inferior fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
10 meses.

COMENTÁRIO
Paciente já havia feito tratamento ortodôntico na adolescência e estava preocupado com
algumas alterações, tais como, apinhamento e mordida profunda. Decidimos por colocar o
aparelho autoligado Speed, por ter um tamanho menor propiciando uma distância inter bra-
quetes maior. Durante o desenvolvimento do tratamento, notamos que o mesmo provocava
um grande atrito, pois seu clip era de aço. Desta forma abriu-·s e alguns diastemas, mas o
caso era bastante fácil e resolvemos de uma maneira rápida e eficiente.
11 A-H - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (8). Perfil (C). Frontal inicial (O). Lateral direita inicial (E). Lateral esquerda inicial (F). Oclusal
superior inicial (G). Oclusal inferior inicial (H).
c;fd~~t?~
protoco l o cl i n i co

12 A-H - Frontal - início de nivelamento (A). Trespasse - início de nivelamento (8). Lado diretto - início de nivelamento (C).
Lado esquerdo - início de nivelamento (O). Frontal - fio retangular (E). Trespasse - fio retangular (F). Lado direito - fio
retangular (G). Lado esquerdo - fio retangular (H).
13 A-F - Frontal final (A). Final sorrindo (B). Perfil final (C). Frontal final (O). Lado direito final (E). Lado esquerdo final (F).
c7h/~~$~
pr otoc o lo c lí n ico

PACIENTE
Thabata de Oliveira, gênero feminino, 11 anos de idade, Classe I com grande sobressaliência.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupada com dentes para frente.

DIAGNÓSTICO
Padrão 1, com grande sobressaliência; respiração pela boca; incompetência labial.

TIPO DE APARELHO
Autoligado ativo ln Ovation.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Aparelho superior e inferior e nivelar e alinhar.

2. Sistema versátil com cursor superior e estabilizador inferior, controlando a protrusão inferior
enquanto corrigia a sobressaliência.
3. Coordenação de arcos e torques.
4. Finalização e contenção com Hawley superior e 3/3 inferior fixa.

TEMPO DE TRATAMENTO
17 meses.

COMENTÁRIO
Apesar da relação molar ser de Classe 1, a paciente tinha uma enorme sobressaliência e
sobremordida, sendo que os dentes inferiores chegavam a tocar na papila superior. Pa-
ciente bastante cooperadora quanto ao uso de elásticos. mas com problemas de higiene.
Ao final notamos uma relação dentária com oclusão funcional e uma mudança facial e
principalmente em sua autoestima.

e?70
14 A-J - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Periil inicial (C). Inicial sorrindo (D). Frontal inicial (E). Trespasse inicial (F). Lado direito inicial (G).
Lado esquerdo inicial (H). Oclusal superior inicial (1). Oclusal inferior inicial (J).
d2tt/~~$~
protocolo c l ínico

15 A-H - Frontal mo início do nivelamento e sistema versátil com estabilizador e cursor (A). Trespasse (B). Lado direito com sistema
versátil (C). Lado esquerdo com sistema versátil (D). frontal - sequência de nivelamento e fechamento de diastemas (E). Trespasse -
sequência de nivelamento e fechamento de diastemas {F). Lado direíto - sequência de nivelamento e fechamento de diastemas (G). Lado
esquerdo - sequência de nivelamento e fechamento de diastemas (H).
16 A-D - Frontal - intercuspidação com braided e elástico 1/8 pesado (A). Trespasse - intercuspidação com braided e elástico 1/8 pesado (B).
Lado direito - intercuspidaçâo com braided e elástico 1/8 pesado (C). Lado esquerdo - intercuspidaçâo com braided e elástico 1/8 pesado (D).
r/h!~wh-$~
protocolo cl ínico

17 A-F - Frontal final (A). Perfil final (8). Sorrindo final (C). Frontal final (O). Trespasse inicial no modelo para compa-
ração (E). Trespasse final (F).
li
18 A-F - Lado direito final (A). Lado esquerdo final (B). Oclusal superior final (C). Oclusal inferior final (D). Telerradiografia inicial (lábio
forçado) (E). Telerradiografia final (lábio em repouso) (F).
cn. J~w ht,, $~
protocolo c l í nico

19 A-E- Frontal 1 ano pôs-contenção {A). Perfil 1 ano pôs-contenção (8). Sorrindo 1 ano pôs-contenção (C). Frontal 1 ano
pós-contenção (D). Trespasse 1 ano pôs-contenção (E).

rfl7G
20 A-E - Lado direito 1 ano pós-contenção (A). Lado esquerdo 1 ano pós-contenção (B). Lado de trabalho direito (C). Lado de trabalho esquerdo (D).
Protrusiva (E).
d1/d~lWhvt$~
protocolo clínico

21 A-O . Frontal 5 anos pós-contenção (A). Frontal sorrindo 5 anos pós-contenção (B). Perfil 5 anos pós-contenção (C).
Sorrindo 5 anos põs-contenção (D).
22 A-F - Frontal 5 anos pós-contenção (A). Trespasse 5 anos pós-contenção (B). Lado direito 5 anos pós-contenção (C). Lado esquerdo 5 anos
pós-contenção (D). Oclusal superior 5 anos pós-contenção (E). Oclusal inferior 5 anos pós-contenção (F).
~~e#z;$~
protocolo c l ínico

23 A-G - Frontal 9 anos pós-contenção (A). Perfil 9 anos pós-contenção (B). Sorrindo 9 anos pós-contenção (C). Sorrindo 9 anos pós-conterição (D).
Frontal 9 anos pós-contenção (E). Lado direito 9 anos pós-contenção (F). Lado esquerdo 9 anos pós-contenção (G).
24 A-F - Lado de trabalho direito 9 anos pós-contenção (A). Lado de trabalho esquerdo 9 anos pós-contenção (B). Oclusal superior 9 anos
pós-contenção (C). Oclusal inferior 9 anos pós-contenção (D). Closed sorrindo (E). C/osed sorrindo (F).
c7hl~wht,t$~
protoc ol o c l í ni c o

PACIENTE
Heloisa S. Godoi, gênero feminino, 8 anos de idade, Classe li, Div 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupada com a dentição em geral.
Torque Individualizado • Easy C/ip

DIAGNÓSTICO
Padrão face curta, braquifacial.

TIPO DE APARELHO
Easy Clip.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Paciente passou por tratamento preventivo até chegar neste momento para tratamento
corretivo.
2. Aparelho superior e inferior com levantamento da mordida.
3. Nivelamento e alinhamento superior e inferior com levantamento da mordida.
4. Sequência dos fios do Sistema. Ganho de espaço transverso.
5. Finalização e contenção com Hawley superior e 3/3 fixo inferior.

TEMPO DE TRATAMENTO
18 meses de tratamento corretivo.

COMENTÁRIO
Paciente passou por tratamento preventivo de 1ª fase, com utilização de Bilmler com equi-
plan, disjuntor de Haas, preparando a maloclusão para receber o tratamento corretivo que
foi efetuado através de aparelho autoligado. Houve melhora na oclusão e na estética da
face, apesar de permanecer com a face curta.
25 A-F - Frontal inicial (A). Perfil inicial (B). Frontal inicial sorrindo (C). Frontal inicial (O). Lateral direita inicial (E). Lateral esquerda inicial (F).
cn«/~Wkv$~
protocolo cl í ni c o

26 A-F - Oclusal superior inicial (A). Oclusal inferior (B). Telerradiografia inicial (C). Panorâmica inicial (D). Frontal inicial para tratamento corretivo,
após tratamento preventivo (E). Frontal inicial sorrindo, após tratamento preventivo (F).
27 A-G - Após tratamento preventivo - perfil inicial (A), frontal inicial (B), trespasse inicial (C), lado direito inicial (D), lado esquerdo inicial (E), oclusal
superior inicial (F), oclusal inferior inicial (G).
cfW~~:$~
proto c o l o c l í nico

28 A·H · Telerradiografia inicial após tratamento preventivo (A). Panorâmica inicial após tratamento preventivo {B). Frontal - início
do nivelamento (C). Trespasse - início do nivelamento (D). Lateral direita - início do nivelamento (E). Lateral esquerda - início do
nivelamento (F). Oclusal superior - início do nivelamento (G). Oclusal inferior - início do nivelamento (H).
29 A-D - Frontal- elástico de Classe li - 6 oz (A). Trespasse -elástico de Classe li (B). Lado direito - elástico de Classe li (C).
Lado esquerdo - elástico de Classe li (D).
cifd~~C(!hz,$~
protocalo clínico

30 A·I • Frontal - torques e fechamento de espaços (A). Trespasse - torques e fechamento de espaços (B). Lado direito - torques e fechamento
de espaços (C). Lado esquerdo - torques e fechamento de espaços (D). Oclusal superior - torques e fechamento de espaços (E). Oclusal
inferior - torques (F). Frontal - fio braided e intercuspidação {G). Lado direito - fio braided e intercuspidação (H). Lado esquerdo - fio braided
e intercuspidaçáo (1).
31 A-G - Frontal final (A}. Frontal final sorrindo (B). Perfil final (C}. Perfil sorrindo (D}. Sorrindo (E-G).
cfw4,i4t,e#i,$~
protocolo clinico

32 A-E- Frontal final (A). Lado direito final (B). Lado esquerdo final (C). Oclusal superior final (D). Oclusal inferior final (E).
33 A-F - Closed sorrindo (A). Closed sorrindo (8). Telerradiografia final (C). Panorâmica final (D). Periapicais superior e inferior final (E,F).
~~~$~
p r otoc ol o cl ín ic o

PACIENTE
Elizabeth Chechinato, gênero feminino, 35 anos e 1 mês de idade,
Classe li, Div. 1.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Torque Individualizado
Preocupada com dores nevrálgicas na região da ATM-LE. ln ovation estético

DIAGNÓSTICO
Padrão 1, mesofacial com apertamento dentário.

TIPO DE APARELHO
Autoligado ativo ln Ovation estético.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Montagem superior e nivelamento com levantamento de mordida.
2. Montagem inferior e nivelamento.
3. Sequência de fios para ganhar espaço transverso.
4. Finalização e contenção com HawJey superior e 3/3 inferior fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
20 meses.

COMENTÁRIO
Durante o tratamento a paciente foi relatando que as dores nevrálgicas foram diminuindo
até eliminar totalmente. Durante o movimento ortodôntico todos os dentes ficam com mo-
bilidade, desta forma, sugere que funcionou como um relaxante muscular, pois ao final do
tratamento não se referia mais sobre incômodo na ATM. Quanto aos dentes, melhoramos a
estética dentária e corrigimos o corredor bucal devolvendo um sorriso marcante.
34 A·H · Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (C). Frontal inicial (D). Lado direito inicial (E). Lado esquerdo
inicial (F). Oclusal superior inicial (G). Oclusal inferior inicial (H).
c7h!~C(JJ.t,$~
protocolo cl í nico

35 A-C - Frontal - início do nivelamento (A). Trespasse - início do nivelamento - levante da mordida anterior (B). Oclusal
superior com levante de mordida (C).
36 A·F ·Frontal - nivelamento (A). Lado direito - nivelamento (B). Lado esquerdo - nivelamento (C). Frontal- finalização com
braided (D). Lado direito - finalização com braided (E). Lado esquerdo - finalização com braided (F).
c7h/~ep1rt,t$~
protoco l o cl í nico

37 A-E. Frontal final (A). Frontal final sorrindo (B). Frontal final (C). Lado direito final (D). Lado esquerdo final (E).
38 A·E - Oclusal superior final (A). Oclusal inferior final (B). Closed sorrindo (C). Telerradiografia inicial (D). Telerradiografia final (E).
~~a,1,i,,;§~
protocolo cl ínico

39 A-D - Frontal 5 anos pós-contenção (A). Frontal sorrindo 5 anos pós-contenção (B). Perfil 5 anos pós-contenção (C).
Sorrindo (D).

~ºº
~O/

40 A-F - Frontal 5 anos pós-contenção (A). Trespasse 5 anos pós-contenção (B). Lado direito 5 anos pós-contenção (C). Lado esquerdo 5 anos
pós-contenção (D). Oclusal superior 5 anos pós-contenção (E). Oclusal inferior 5 anos pós-contenção (F).
r?h i~a lkv ;J~
p r o t ocolo c l ín i co

CASOS CLÍNICOS PADRÃO li

PACIENTE
Caroline Colepicolo, gênero feminino, 10 anos de idade, Classe li ,
Oiv. l.

RECLAMAÇ ÃO PRINCIPAL
.,....,,
Preocupada com dentes para frente.

DIAGNÓST ICO
Padrão li, dolicofacial com deficiência mandibular.
Torque Individualizado • éasy Clip
TIPO DE APARELHO
No início usou aparelho convenciona l, parcialment e. e na sequência
autoligado passivo Easy Clip com colagem progressiva para obter o Smile Are.

DESENVOL VIMENTO CLÍNICO

1. Tratamento preventivo.
2. Instalação de Haas para disjunção palatina e ganho de espaço transverso.
3. Instalação de PMW Versátil para protruir a mandíbula.
4. Sistema versátil com cursor superior e estabilizado r inferior para corrigir a Classe li
usando elásticos.
5. Montagem total do aparelho.
6. Nivelamento e alinhamento .
7. Arcos retangulares.
8. Finalização e contenção com Essix superior e 3/3 inferior fixo.

TEMPO OE TRATAMEN TO
Preventivo 14 meses e corretivo 17 meses.

COMENT ÁRIO
Apresentava uma Classe 11 completa e deficiência mandibular. Para que a estética facial não
ficasse comprometi da, sugerimos avanço da mandíbula com a instalação de PMW Versátil
para protruír a mandíbula. Paciente não se adaptou e nos restou a possibilidad e de utiliza-
ção do sistema versátil com cursor superior para uso de elástico de Classe li e estabilizado r
inferior para evitar protrusão inferior. Ao final foi obtido uma boa relação dentária, com oclu-
são funcional, porem a estética facial deixou a desejar, pois o perfil ficou côncavo e aumen-
tou o ângulo naso-labial. A paciente não fez a documentaç ão final, apesar de ter terminado
o tratamento à 2 anos.
41 A-K - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (8). Perfil (C). Trespasse inicial ([)). Lado direito irnicial (E). Lado esquerdo inicial (F).
Oclusal superior inicial (G). Oclusal inferior inicial (H). Disjuntor de Haas - tratamento de 1' fase (1). Lado direito· Sistema Versátil para
correção da Classe li com uso de elásticos, arco lingual estabilizador e cursor superior. Aparelho convencional (J). Elástico de Classe li
no Sistema Versátil (K).
d2h/~,u4,,epht, $ ~
protocolo clínico

42 A-H - Face frontal sorrindo (A). Face de perfil (B). Frontal - autoligado com nivelamento superior e estabilizador
inferior - Braquetes com colagem progressiva para obter Smi/e Are (C). Trespasse com autoligado (D). Lado direito (E).
Lado esquerdo (F). Oclusal superior com diastemas posterior após uso de cursor com elásticos de Classe li (G). Oclusal
inferior com estabilizador (H).

,fOG
~07

43 A·H • Frontal - início de nivelamento e elásticos precoce (A). Trespasse - inicio de nivelamento e elásticos precoce (8). Lado direito - início de
nivelamento e elástico precoce (C). Lado esquerdo - início de nivelamento e elástico precoce (D). Frontal com TMA (E). Trespasse com TMA (F). Lado
direito com lfMA e elástico para IC (G}. Lado esquerdo com TMA e elástico de Classe li para acertar linha média (H).
c::tct~~~~
protocolo c l ín i co

44 A·E- Frontal final (A). Frontal final sorrindo (B). Perfil final (C). Sorrindo (D,E).
45 A-D · Frontal final com diastemas (A). Lado direito final (B). Lado esquerdo final (C). Closed com diastemas (D).
citt!~~,$~
prot o colo c l ínico

46 A·O . Frontal com restaurações estéticas (A). Trespasse com restaurações estéticas (8). Lado direito (C). Lado esquerdo (D).

~/O
47 A·D• Oclusal superior final (A). Oclusal inferior final (B). C/osedlinal com restaurações estéticas (C). Telerradiografia
intermediária após uso do sistema versátil (D).
ci1h!+4~$~
protocolo cl í nico

PACIENTE
Fernanda Merson, gênero feminino, 22 anos de idade com Classe li,
Div. 1, Sub-Div. LD.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupada com os dentes em geral. Torque Individualizado • Damon Ili

DIAGNÓSTICO
Padrão li , com atresia maxilar e presença de corredor bucal , mesofacial.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Damon Ili (estético).

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Montagem superior, levantamento de mordida e nivelamento.

2. Montagem inferior e nivelamento.


3. Sequência de fios e torques.
4. Finalização e contenção com Haw/ey superior e 3/3 inferior fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
21 meses.

COMENTÁRIO
Usamos o braquete Damon 111, que nos deu muito trabalho, pois solta com facilidade e
uma certa dificuldade para abrir os clips de alguns dentes, principalmente os incisivos in-
feriores. Logo no início decidiu-se por colocar no 13 o Barbosa braquete versátil de metal,
para continuarmos com o nivelamento sem que houvesse soltura do braquete. O restante
transcorreu muito bem e terminamos com estética dentária com oclusão funcional e uma
estética facial marcante.
48 A·H • Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil (C). Frontal inicial (D). Lado direito inicial {E). Lado esquerdo inicial (F). Oclusal superior
inicial (G). Oclusal inferior inicial (H).
cfW,~aJkt,$~
protoc ol o cl ín ica

49 A-D - Frontal - início de nivelamento (A). Trespasse - início de nivelamento (B). Lado direito - início de nivelamento (C). Lado
esquerdo - início de nivelamento (D).
50 A-G - Frontal - sequência do nivelamento (A). Trespasse- sequência do nivelamento (B). Lado direito - sequência do nive-
lamento - trocado o braquete do canino pelo Barbosa Braquete Versátil, pois estava se soltando facilmente (C). Lado esquerdo
- sequência de nivelamento (D). Frontal - retangular (E). Lateral diretta - retangular (F). Lateral esquerda - retangular (G).
dfd~a,.ht,;ft~
protocolo clínico

51 A-O · Frontal final (A). Frontal final sorrindo (B). Perfil final (C). Sorrindo final (O).
52 A-G - Frontal final (A). Lateral direita final (B). Lateral esquerda final (C). Oclusal superior final (D). Oclusal inferior
final (E). Telerradiografia inicial (F). Telerradiografia final (G).
dw~~$~
protocolo clínico

53 A·D · Frontal 3 anos pós-contenção (A). Frontal sorrindo 3 anos pós-contenção (B). Perfil 3 anos pós-contenção (C).
Sorrindo 3 anos pós-contenção (D).
54 A·F • Frontal 3 anos pós-contenção (A). Trespasse 3 anos pós-contenção (8). Lateral direita 3 anos pós-contenção (C). Lateral esquerda 3 anos
pós-contenção (D). Oclusal superior 3 anos pós-contenção (E). Oclusal inferior 3 anos pós-contenção (F).
cn.J~ep.ht,$~
prot o c o l o c lí ni co

PACIENTE
Leticia G. Taralo, gênero feminino, 13 anos de idade, Classe 11, Div. 1,
Sub-Div. LO.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupada com dentes para frente e deglutição atípica (Está em
tratamento com Fonoaudiólogo).
Torque Individualizado - Damon MX

DIAGNÓSTICO
Padrão li, com protrusão dentária, respiração bucal e deglutição atípica.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Damon MX.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO

1. Montagem superior e inferior com levantamento da mordida e nivelamento superior e


inferior.
2. Elásticos precoce desde o primeiro fio (2 oz).
3. Elástico de Classe li (6 oz).
4. Arcos retangulares.

5. Na fase de intercuspidação, tivemos a chance de recolar os braquetes e forma progres-


siva para obter o Smile Are.
6. Finalização e contenção com Essix superior e 3/3/ inferior fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
20 meses (12 visitas).

COMENTÁRIO
Paciente bastante colaboradora, portanto a condução do tratamento não teve nenhuma inter-
corrência. Fizemos uso do Sistema Damon, com a sequência normal dos fios CuNiTi e assim
conseguimos uma estética dentária e facial bastante harmoniosa com melhora na curva do
sorriso (Smile Are).
55 A·I · Frontal inicial (A). Perfil inicial (B). Frontal inicial sorrindo (C). Frontal inicial (D). Trespasse inicial (E). Lado direito
inicial (F). Lado esquerdo inicial (G). Oclusal superior inicial (H). Oclusal inferior inicial (1).
ci7hl~~;j~
protoco l o clínico

56 A-H - Frontal - início de nivelamento (A). Trespasse - início de nivelamento (B). Lado direito - inicio de nivelamento (C). Lado
esquerdo - início de nivelamento (D). Frontal - sequência de nivelamento (E). Trespasse - sequência de nivelamento (F). Lado
direito - sequência de nivelamento (G). Lado esquerdo - sequência de nivelamento (H).
57 A-G - Frontal - sistema versátil com elástico de Classe li no cursor superior e estabilizador inferior, L.D. e E (A).
Trespasse - sistema versátil (B). Lado direito - sistema versátil (C). Lado esquerdo - sistema versátil (D). Frontal - feito
recolagem de braquetes progressiva para obter Smile Are - intercuspidaçáo (E). Lado direito - intercuspidaçáo (F). Lado
esquerdo - intercuspidação (G).
d7hi~aJkv$~
protoco l o c lín i co

58 A·I • Frontal final (A). Frontal sorrindo final (8). Perfil final (C). Frontal final (D). Trespasse final (E). Lado direito final (F). Lado esquerdo
final (G). Oclusal superior final (H). Oclusal inferior final (1).
59 A-H - Telerradiografia inicial (A). Telerradiografia final (B). Oclusal superior inicial - distância inter pré-molares (C). Oclusal superior final -
distância inter pré-molares (D). Tomografia molar superior direito - osso na vestibular (E). Tomografia molar superior esquerdo - osso naves-
tibular (F). Tomografia pré-molar superior direito - osso na vestibular (G). Tomografia pré-molar superior esquerdo - osso na vestibular (H).
oir/~c#t,$~
pro tocolo clínico

60 A·D - Frontal 5 anos pós-contenção (A). Frontal sorrindo 5 anos pós-contenção (B). Perfil 5 anos pós-contenção (C).
Sorrindo 5 anos pós-contençáo(D).
61 A-F - Frontal 5 anos pós-contenção (A). Trespasse 5 anos pós-contenção (8). Lado direito 5 anos pós-contenção (C). Lado esquerdo 5 anos
pós-contenção (D). Oclusal superior 5 anos pós-contenção (E). Oclusal inferior 5 anos pós-contenção (F).
ciw~~t$~
p ro t ocolo c lí nico

PACIENTE
Giovana Leopardi, gênero feminino. 14 anos de idade, Classe li.
Div 1, Sub. Div. LD.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Torque Individualizado • ln Ovation
Preocupada em fazer prevenção de possíveis problemas. Apinha-
mento inferior.

DIAGNÓSTICO
Padrão 11, com atresia maxilar e presença de corredor bucal.

TIPO DE APARELHO
Autoligado ativo ln Ovation.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Protocolo de desgastes interproximais inferior (ler capitulo 04).
2. Montagem inferior e superior.
3. Sequência de fios.

4. Uso de elásticos.
5. Finalização e contenção (Hawley e 3/3 inferior fixo).

TEMPO DE TRATAMENTO
27 meses (muitas faltas) - 15 visitas.

COMENTÁRIO
Houve correção do apinhamento anterior inferior e do corredor bucal, devolvendo uma oclusão
funcional e estética dentária e facial. Paciente faltou em muitas consultas, prejudicando o
tempo de tratamento.
62 A-J • Frontal inicial (A). Pelífil inicial (B). frontal inicial sorrindo (C). Lateral da face (D). Frontal inicial (E). Trespasse inicial (F). Lado direito inicial (G).
Lado esquerdo inicial (H). Oclusal superior inicial (1). Oclusal inferior inicial (J).
cifd~CWrv;§~
pro it ocolo clíni c o

63 A-E- Oclusal inferior com arco lingual para iniciar o protocolo de desgastes inter proximais posterior {A). Oclusal infe-
rior usando broca (2200 FF) para desgastes inter proximais após separação com a/astik dos pré-molares (a foto apenas
ilustra o desgaste, porém é de outro paciente) (8). Arredondamento para acabamento com broca 3138 da Komet {C).
Lado direito com espaços após desgaste (D). Lado esquerdo com espaços após desgaste (E). Observação: na figura B
a foto é de outro paciente.
64 A-E - Frontal - início do nivelamento (A). Trespasse - início de nivelamento (B). Lado direito - i nício de nivela-
mento (C). Lado esquerdo - início de nivelamento (D). Oclusal inferior após fechamento dos espaços levando os
prés para distal, mantido pelo arco lingual (E).
ci2h!~cwkv$~
protocolo c línico

65 A-G- Frontal final (A). Frontal sorrindo (B). Perfil final (C). Frontal final (D). Trespasse final (E). Lado direito final (F). Lado esquerdo final (G).
66 A-F - Oclusal superior final (A). Oclusal inferior final (B). Telerradiografia inicial (C). Telerradiografia final (D). Panorâ-
mica inicial (E). Panorâmica final (F).
d7hl~wht,t$~
protocolo clínico

67 A-D - Frontal 3 anos pós-contenção (A). Frontal sorrindo 3 anos pós-contenção (B). Perfil 3 anos pós-contenção (C).
Sorrindo 3 anos pós-contenção (D).
68 A-F - Frontal 3 anos pós-contenção (A). Trespasse 3 anos pós-contenção (B). Lado direito 3 anos pós-contenção (C). Lado esquerdo 3 anos
pós-contenção (O). Oclusal superior 3 anos pós-contenção (E)- Oclusal inferior 3 anos pós-contenção (F).
c?ht~~;§~
p ratoco l o c línic o

PACIENTE
Jaqueline Leme, gênero feminino, 19 anos de idade, Classe li, Div. li, Sub Div. LE.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupada com dentes tortos inferior.

DIAGNÓSTICO
Padrão li, face curta.

TIPO DE APARELHO
Autoligado ativo Speed.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO

1. Montagem superior e inferior com nivelamento e alinhamento.


2. Sequência de fios.
3. Coordenação e torques.
4. Finalização e contenção: Hawley e 3/3 inferior fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
26 meses.

COMENTÁRIO
Este foi o primeiro caso de uso de autoligado bem documentado. O braquete Speed é
pequeno, o que aumenta a distância inter braquetes, melhorando a biomecânica, porem
tem muito atrito, pois naquela época o clip era de aço. O tempo de tratamento longo foi
influenciado por este atrito. O resultado final foi bom. com coneção do apinhamento, da
sobremordida e manteve a face harmônica.
69 A-J • Frontal inicial (A). Perfil inicial (B). Frontal inicial sorrindo (C). Rosto em 45 graus (O). Frontal inicial (E). Trespasse inicial (F). Lado direito inicial (G).
Lado esquerdo inicial (H). Lado direito inicial no modelo (1). Lado esquerdo inicial no modelo (J).
tnef~~$~
protocolo clínico

70 A-F· Frontal - início do tratamento (A). Lado direito -início do tratamento (B). Lado esquerdo- início do tratamento (C).
Frontal - elástico de Classe li no sistema versátil com eursor superior e estabilizador inferior (D). Lado direito - elástico de
Classe li no sistema versátil (E). Lado esquerdo - elástico de Classe li no sistema versátil (F).
71 A-D - Frontal com fio braided para intercuspidação final {A). Trespasse com fio braided (8). Lado direito com fio
braided com algumas dobras para intercuspidação final {C). Lado esquerdo com fio braided com algumas dobras para
intercuspidação final (O).
c7h/~~$~
protocolo clínico

72 A-G - Frontal final (A). Frontal final sorrindo (B). Perfil final (C). Frontal final (D). Trespasse final (E). Lado direito final (F). Lado esquerdo final (G).
73 A·D • Oclusal superior final (A). Oclusal inferior final (B). Telerradiografia inicial (C). Telerradiografia final (D).
ó7h/~w1,z,~~
protocolo clínico

74 A-D - Frontal 6 anos pós-contenção (A). Frontal sorrindo 6 anos pós-contenção (8). Perfil 6 anos pós-contenção (C). Sorrindo 6 anos
pós-contenção (D).
75 A-1 - Frontal 6 anos pós-contenção (A). Trespasse 6 anos pós-contenção (B). Guia anterior 6 anos pós-contenção (C).
Lado direito 6 anos pós-contenção (D). Lado de trabalho direito 6 anos pós-contenção (E). Lado esquerdo 6 anos pós-
contenção (F). Lado de trabalho esquerdo 6 anos pós-contenção (G). Oclusal superior 6 anos pós-contenção (H). Oclusal
inferior 6 anos pós-contenção (1).
...
}

..
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cftef~aw,$~
protocolo c l i n ic o

PACIENTE
Karine de S. Botelho. gênero feminino, 34 anos e 2 meses de idade,
Classe 11, Div. li.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupada com a estética.

DIAGNÓSTICO
Padrão li , face curta, atresia maxilar, presença de corredor bucal. Torque Individualizado
Damon Clear
Teve problemas respiratórios na adolescência.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo estético Clear do sistema Damon de canino a canino superior; nos prés
superiores ln Ovation ativo estético; no inferior Damon O de metal. Colagem progressiva
para conseguir Smile Are.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO

1. Montagem superior, levantamento da mordida e nivelamento com fio .014 CuNiTi.


2. Montagem inferior e nivelamento e elásticos precoces (2 oz).
3. Sequência de fios com .014 x.025 CuNiTi e elásticos Classe li (6 oz).
4. Consofidação de torques.
5. Finalização e contenção com Essíx superior e 3/3 inferior fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
27 meses.

COMENTÁRIO

Paciente decidiu pelo aparelho estético. Naquele momento o braquete estético da Ormco (Da-
mon) só existia de canino a canino superior. Como tínhamos necessidade de controlar torques
anterior, decidimos por este braquete nos anteriores e ln Ovation estético nos posteriores su-
perior e no inferior o braquete Oamon Q de metal da Ormco. Conseguimos controlar os torques
e tivemos algum problema com a frequência no uso de elásticos d'e Classe 11, atrasando sobre-
maneira a finalização do tratamento. Por este motivo, propomos extrações de prés superiores
e a partir daí a paciente se conscientizou em usar corretamente os elásticos. Tivemos uma
correção da estética dentária com oclusão funcional e principalmente a estética facial com um
sorriso marcante em função da correção do corredor bucal e SmNe Are.
76 A-J - Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (8). Perfil inicial (C). Closed inicial mostrando corredor bucal (D). Frontal inicial (E).
Trespasse inicial (F). Lado direito inicial (G). Lado esquerdo inicial (H). Oclusal superior inicial (1). Oclusal inferior inicial (J).
p
dW~wkvt$~
r otocolo clínico

77 A·f . Frontal - início de nivelamento com colagem progressiva para obter Smile Are (A). Trespasse - início de nivelamento (B). Lado direito - início
de nivelamento (C). Lado esquerdo - início de nivelamento (D). Oclusal superior - início de nivelamento (E). Oclusal inferior- início de nivelamento (F).
78 A·F - Lado direito - elástico precoce · 2 oz (A). Lado esquerdo - elástico precoce - 2 oz (B). Frontal com elástico de Classe li • 6 oz (C). Trespasse
com elástico de Classe li - 6 oz (O). Lado direito com elástico de Classe li - 6 oz (E). Lado esquerdo com elástico de Classe li - 6 oz (F).
rflW~~t$~
pratacala cl í n i ca

79 A-E - Frontal final (A). Frontal final sorrindo (B). Perfil final (C). Final sorrindo (D,E).
80 A·J • Frontal final (A). Trespasse final (B). Lado direito final (C). Lado esquerdo final (D). Oclusal superior final (E). Oclu·
sal inferior final {F). C/osed final com correção do corredor bucal (G). Closed inicial com presença do corredor bucal (H).
Telerradiografla inicial (1). Telerradiografía final {J).
cik/~~$~
proto c ol o c l ínic o

CASOS CLÍNICOS PADRÃO Ili

PACIENTE
Julia F. Cerione, gênero feminino, 12 anos e 9 meses de idade.
Classe Ili.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Torque Individualizado - Damon MX
Preocupada com crescimento para frente da mandíbula. Está em
tratamento com Bimler composto Ili.

DIAGNÓSTICO
Padrão Ili, interferência nos movimentos funcionais, r,espiração bucal.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Oamon MX - Colagem progressiva para obter Smile Are.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO

1. Montagem superior e inferior com nivelamento inicial com fio .014 CuNiTi e uso de elástico
precoce (2 oz).
2. Sequência de fios CuNiTi e elástico Classe Ili (6 oz).
3. Coordenação dos fios retangulares .019x.025.
4. Finalização e contenção: Essix superior e 3/3 inferior fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
16 meses.

COMENTÁRIO
Tratamento bem conduzido pois a paciente foi colaboradora em todos os aspectos. O uso de
elásticos propiciou corrigir a tendência de Classe Ili. Resultado muito bom, com oclusão fun-
cional e estética facial com sorriso marcante com Smile Are.
81 A-H - Frontal inicial {A). Frontal inicial sorrindo {B). Perfil inicial {C). Frontal inicial {O). Lado direito inicial {E). Lado
esquerdo inicial (F). Oclusal superior inicial (G). Oclusal inferior inicial (H).
d2hl~{'ffert, ;;g~
p r otocolo c l i nico

82 A-F - Frontal- início de nivelamento com .014 CuNiTi, com colagem progressiva para obter Smile Are (A). Trespasse- início de nivelamento (B). Lado
direito - início do nivelamento (C). Lado esquerdo - início do nivelamento (D). Oclusal superior - início de nivelamento (E). Oclusal inferior - início do
nivelamento (F).
83 A-F . Continuação do nivelamento com .014x.025 CuNiTi- frontal (A). Continuação do nivelamento -trespasse (B), lado direito (C}, lado esquerdo (D),
oclusal superior (E) e oclusal inferior (F).
ci7hl~a;1rvt$~
protocolo cl í nico

84 A·D · Fechamento de diastemas com alastik corrente por baixo do fio no .018x.025 CuNiTi - frontal (A). Fechamento
de diastemas - trespasse (B), lado direito (C) e lado esquerdo (D).
85 A-E . Frontal final (A). Frontal final sorrindo (B). Perfil final (C). Frontal final (D). Trespasse final (E).
cflhl~~;j~
protocolo c l ínico

86 A-D - Lado direito final (A). Lado esquerdo final (B). Oclusal superior final (C). Oclusal inferior final (D).
87 A·F • Telerradúografia inicial (A). Telerradiografia final mostrando a compensação de Padrão Ili nos superiores (B).
Panorâmica inicial (C). Panorâmica final (D). Periapical final anterior superior (E). Periapical final anterior final (F).
c7h/~~t$~
proto colo clínico

88 A-D - 3 anos pós-contenção - frontal (A), frontal sorrindo (B), perfil (C) e sorrindo (D).
89 A·F • 3 anos pós-contenção - frontal (A). trespasse (B). lado direito (C). lado esquerdo (D). eclusa! superior (E) e oclusal inferior (F).
dd~~;§~
proto c olo c l í nico

PACIENTE
Amanda Müller Azzoni , gênero feminino, 27 anos e 5 meses,
Classe Ili, sub Div. LE.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupada com estética. Torque Individualizado· Damon Q

DIAGNÓSTICO
Padrão Ili com deficiência maxilar e presença de corredor bucal.

TIPO DE APARELHO
Autoligado Damon O com colagem progressiva para obter Smile Are.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Protocolo de desgaste interproximal posterior e anterior para ganhar espaço para alinhar
os dentes anteriores inferiores. sem que haja protrusão (ler capítulo 04).
2. Após retração dos posteriores, colagem total superior e inferior.
3. Nivelamento superior e inferior com uso de elástico precoce de Classe Ili (2 oz).
4. Sequência de fios com uso de elástico Classe Ili (4,5 oz).

5. lntercuspidação.
6. Finalização e contenção com Essix superior e 3/3 inferior fixo.

TEMPO DE TRATAMENTO
20 meses.

COMENTÁRIO
Tratamento bem sucedido, onde devolvemos oclusão funcional , aumento transversal cor-
rigindo o c orredor bucal e devolvendo estética dentária e principalmente facial , com belo
sorriso marcante, através da curva do sorriso (Smile Are).
90 A-1. Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (C). Frontal inicial (D). Trespasse inicial (E). Lado direito inicial (F). Lado
esquerdo inicial (G). Oclusal superior inicial (H). Oclusal inferior inicial (1).
d7h/~tWrv$~
protocolo clinico

91 A-G · Closed mostrando presença de corredor bucal (A). Frontal - após desgaste, retração inferior - colagem de bra-
quetes progressiva para obter Smile Are (B). Trespasse - .após desgaste, retração inferior (C). Lado direito - após desgaste,
retração inferior (D). Lado esquerdo - após desgaste, retração inferior (E). Oclusal superior - nivelamento (F). Oclusal
inferior - após desgaste, retração anterior (G).
92 A-F - Frontal - início do nivelamento (A). Trespasse - início do nivelamento (B). Lado direito - início do nivelamento (C). Lado
esquerdo - inicio do nivelamento (D). Oclusal superior - início do nivelamento (E). Oclusal inferior - início do nivelamento (F).
c?hl~e#z;;ft~
protoco l o cl í nic o

93 A-E - Frontal - fio TMA com algumas dobras para acabamento e intercuspidação (A). Trespasse - fio TMA com dobras (B). Lado direito -
fio TMA com a/astik para fechar diastemas e IC (C). Lado esquerdo - fio TMA com dobras, alastik para fechar diastemas e IC (D).
,~

94 A-F - Frontal final (A). Trespasse final (B). Lado,direito final (C). Lado esquerdo final (D). Oclusal superior final (E). Oclusal
inferior final (F).
c7/ef~~$~
protocolo clínico

95 A-D - Frontal final (A). Perfil final (18). Frontal final sorrindo (C). Sorrindo final (D).
96 A-F - Closed inicial com presença do corredor bucal (A). C/osedfinal com correção do corredor bucal (B). Telerradiografia inicial (C).
Telerradiografia final (D). Panorâmica inicial (E). Panorâmica final (F).
?k/~cw,i,$~
protoc olo c l i nic o

PACIENTE
Silvana Manzaro, gênero feminino, 47 anos e 5 meses, Classe Ili
dentária, Sud. Div. LO.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Dentes tortos na arcada inferior.

DIAGNÓSTICO
Torque Individualizado
Padrão I e Classe Ili dentária, presença de corredor bucal. Damon Clear

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Oamon Clear do 13 ao 23 e o restante Oamon Q de metal, com colagem
progressiva para obter Smile Are.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Montagem total superior, nivelamento e no inferior montagem parcial e obtenção de espaços
com molas para dentes inferiores.
2. Desgastes inter proximais inferior e quando possível, colagem inferior e nivelamento.
3. Uso de elásticos de Classe Ili.
4. Coordenação de arcos e finalização.
5. Contenção com Essix superior e 3/3 fixo inferior.
6. Enviar para clareamento dentário.

TEMPO DE TRATAMENTO
22 meses.

COMENTÁRIO
Vale a pena atentar pa:ra esses comentários, pois indiquei a mesma para tratamento clínico
e quando comentou com o dentista que iria colocar aparelho ortodôntico, o mesmo procurou
induzi-la a fazer um tratamento de reabilitação oral, corrigindo o apinhamento inferior. Fez o
enceramento mostrando a correção total. A mesma não ficou satisfeita e nos procurou para
fazer o tratamento ortodôntico. Podemos dizer que a concorrência perdeu o senso de limite.
Obtetivemos um resultado bastante significativo, com correção do apinhamento, sem provo-
car efeitos colaterais no periodonto, além de corrigir o corredor bucal.
97 A-J - Frontal inicial (A). Perfil inicial (8). Frontal inicial sorrindo (C). Closed inicial com presença de corredor bucal (D). Frontal inicial (E).
Trespasse inicial (F). Lado direito inicial (G). Lado esquerdo inicial (H). Oclusal superior inicial (1). Oclusal inferior inicial (J).
c7kl~~$~
protoco l o clínico

98 A·G - Enceramento para reabilitação (A). Frontal com nivelamento superior e ganho de espaço com mola inferior -
colagem progressiva de braquetes para obter Smile Are (B). Trespasse com nivelamento superior e ganho de espaço com
mola inferior (C). Lado direito com nivelamento superior e ganho de espaço com mola inferior (D). Lado esquerdo com
nivelamento superior e ganho de espaço com mola inferior (E). Oclusal superior com nivelamento (F). Oclusal inferior
com mola para ganhar espaço (G).
99 A-E - Frontal - acerto anteroposterior com alça e elástico de Classe Ili (A). Lado direito - acerto anteroposterior com alça e elástico de
Classe Ili (B). Lado esquerdo - acerto anteroposterior com alça e elástico de Classe Ili (C). Oclusal superior - fio retangular (D). Oclusal
inferior - fio redondo .016 de aço com alças (E).
cnvt/~a,1,z,$~
protoco lo clínico

100 A-D - Frontal final (A). Periil final (B). Frontal final sorrindo (C). Sorrindo (D).
101 A-F - Frontal final (A). Trespasse final (8). Lado direito final (C). Lado esquerdo final (D). Oclusal superior final (E). Oclusal inferior final (F).
c7h/~Mlrv$~
pratacala clínica

102 A-G - C/osed inicial com presença de corredor bucal (A). C/osed final com correção do corredor bucal (B). Telerradiografia
inicial {C). Telerradiografia final {D). Frontal 1 ano pós-contenção e ireabilitação estética (E). Frontal sorrindo 1 ano pós-contenção
e reabilitação estética (F). Perfil 1 ano pós-contenção com reabilitação estética (G).
103 A-G- Frontal 1 ano pós-contenção e reabilitação estética (A). Trespasse 1 ano pós-coratençâo e reabilitação estética (B). Lado
direito 1 ano pós-contenção e reabilitação estética (C). Lado esquerdo 1 ano pós-contenção e reabilitação estética (D). Oclusal
superior 1 ano pós-contenção e reabilitação estética (E). Oclusal inferior 1 ano pós-contenção e reabilitação estética (F). Closed 1
ano pós-contenção e reabilitação estética (G).
v7hl~a,kt,$~
p r o tocolo c l í ni c o

CASOS CLÍNICOS ATÍPICOS

PACIENTE
Leonice A. Pizato, gênero feminino, 55 anos e 3 meses, Classe Ili com
diastemas generalizados.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Tem proposta de tratamento com extrações de todos os dentes e
recuperar com prótese sobre implantes. Não quer e veio buscar
outra alternativa.

DIAGNÓSTICO
Torque Individualizado· Damon MX
Caso atípico com comprometimento periodontal e mutilada com falta
de vários dentes, mordida cruzada posterior lado direito.

TIPO DE APARELHO
Autoligado passivo Oamon MX, com colagem progressiva para obter curva do sorriso (Smi/e Are).

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Inicialmente indicamos para tratamento periodontal, para devolver saúde e evitar ao máximo
extrações de dentes.
2. Necessidade de levar anteriores inferiores para dentro, tentando criar sobressaliência para poder
retrair os anteriores superiores e fechar os diastemas, mas não tem elementos para ancoragem.
3. Indicado instalação de dois mini implantes na região posterior inferior lado esquerdo, fazer
um casquete de resina, colar tubo para poder usa-lo como ancoragem para retrair os anteriores.
4. Após criar sobressaliência, colocar aparelho superior, nivelar e fechar diastemas.
5. Elásticos para correção da mordida cruzada posterior lado direito.
6. Evitar fios pesados, intercuspidação.
7. Finalização e contenção removível superior e 3/3 inferior fixo.
8. Indicar para reabilitação geral.

TEMPO DE TRATAMENITO
24 meses.

COMENTÁRIO
Tratamento multidisciplinar com periodontia, mini implantes para ancoragem, tratamento or-
todõntico com forças leves, fios superelásticos, sistema de braquetes sem atrito e não usar
fios pesados. Conseguimos terminar o tratamento, sem a intenção de devolver a função com
guia perfeita pelos caninos, ficando bastante razoável. O mais importante foi manter todos os
dentes na boca, com saúde periodontal e possibilitando uma reabilitação futura. O que levou
mais tempo para corrigir foi a mordida cruzada, pois o tempo de uso ficou a desejar. Podemos
concluir que o tratamento foi um sucesso em função dos limites biológicos.
104 A·I · Frontal inicial (A). Perfil inicial (B}. Frontal inicial sorrindo (C}. Frontal inicial (D). Trespasse inicial (E). Lado direito inicial (F}. Lado
esquerdo inicial (G}. Oclusal superior inicial (H). Oclusal inferior inicial (1).
ci{d~a,1,i,$~
protocolo clínico

105 A-F - Frontal - nivelamento anterior inferior (A). Trespasse - nivelamento anterior inferior (8). Mini-implantes para suporte de retração (C). Outra
visão dos mini-implantes (D). Feito casquete de resino sobre os dois mini implantes, colado um tubo e iniciado a retração anterior com mola (E). Frontal
no inicio da retração (F).

§00
§0)'

106 A·F - Frontal - nivelamento superior e retração inferior criando sobressaliência (A). Trespasse - notar sobressaliência pela retração inferior apoiada nos
mini implantes (B). Lado direito - nivelamento superior e retração inferior (C). Lado esquerdo - nivelamento superior e retração inferior com mola para criar
sobressaliência (D). Oclusal superior - nivelamento e fechamento de diastema anterior (E). Oclusal inferior - retração com mola ealastik (F).
c7hl~whz;$~
protocolo clínico

107 A-H - Frontal- nivelamento com elástico para descruzar (Dificuldade na higienização) (A). Lado direijo-· nivelamento com elásticos para descruzar (B).
Lado direito boca aberta para mostrar os elásticos para descruzar (C). Lado esquerdo - nivelamento (D). Frontal com fio .014x.025 CuNiTi (E). Lado direito
com fio retarugular (F). Lado direito aberto mostrando os elásticos (G). Lado esquerdo com fio retangular até o casquete do mini implante (H).

§0§
108 A-F - Oclusal superior (A). Oclusal inferior - início de controle de torques (B). Frontal - retangular com correção da mordida cruzada e elástico para IC (C).
Trespasse (D). Lado direito- retangular (E). Lado esquerdo -elástico para IC (F).
~~~$~
protocolo c l ínico

109 A·C· Frontal com atastik para fechar diastemas (A). Lado direito com ar.astik para fechar diastemas (B). Lado esquerdo
com atastik para fechar diastemas (C).
110 A,B - Oclusal superior com alastik (A). Oclusal inferior com a/astik (B).
c?h/~~;,g~
p r otocolo clinico

111 A·f · Frontal inicial (A) e final (8). Trespasse inicial (C) e final (D). Lado direito inicial (E) e final (F).

âf06
§07

112 A·F • Lado esquerdo inicial (A) e final (B). Oclusal superior inicial (C) e final (D). Oclusal inferior inicial (E) e final (F).
cftc/~~$~
pratacola c l inica

113 A-Y - Frontal final (A). Frontal final sorrindo (8). Perfil final (C). Sorrindo (D). Penapicais iniciais (E-R). Periapicais anterior superior (S-U). Periapicais anterior
inferior 01-Y).
li
114 A-F · Telerradiografia inicial (A). Telerradiografia final (B). Panoràmica inicial {C). Panoràmica final (D). Periapical anterior superior (E).
Periapical anterior infertor (F).
c7h/~w1rv,'$~
p r o t oco l o clí n i c o

PACIENTE
Carlos Eduardo Terra. gênero masculino, 26 anos e 1 mês de idade, Classe I com pequena
sobressaliência.

RECLAMAÇÃO PRINCIPAL
Preocupado com geral, pois usou aparelho dos 8 aos 19 anos de idade e depois dos 21
aos 23 anos de idade. Notou que neste ultimo tratamento apareceram grandes recessões
gengivais.

DIAGNÓSTICO
Recessão gengival generalizada envolvendo de segundo pré ao segundo pré-molar do
outro lado, nas duas arcadas. Elemento 31 com grande mobilidade.

TIPO DE APARELHO
Autoligado Damon MX.

DESENVOLVIMENTO CLÍNICO
1. Indicamos para tratamento periodontal.
2. Dr. Glécio Vaz de Campos, fez 5 microcirurgias para recobrimento das raízes. Após dois
anos sob sua responsabilidade o paciente foi liberado para o tratamento ortodôntico.
3. Nosso trabalho foi apenas na arcada superior, no sentido de alinhar os dentes com fios
redondos. coordenados através da própria arcada desde o primeiro fio.
4. O resultado foi espetacular, como mostrado nas fotos a seguir. principalmente pelo
trabalho das microcirurgias.

TEMPO DE TRATAMENTO
10 meses.

COMENTÁRIO
Tratamento multidisciplinar. Foram feitas cinco microcirurgias para recobrimento das raízes,
conforme figuras na sequência. O tratamento ortodôntico foi apenas para alinhar alguns
dentes, usando apenas fios redondos e coordenados através da própria arcada, desta for-
ma, não tivemos intenção de ganho transverso, pois não havia osso, porem mantivemos eles
com boa saúde e uma estética muito boa.

,fj'J'(}
§J'J'

115 A-1 · Frontal inicial (A). Frontal inicial sorrindo (B). Perfil inicial (C). Frontal Inicial- recessao gengival generalizada (0). Trespasse
inicial {E). Lado
diretto inicial (F). Lado esquerdo inicial (G). Oclusal superior inicial (H). Oclusal superior in1erior (1).
c7h/~Mh-w1rvt$~
protocolo clínico

116 A-J - Radiografias periapicais mostrando perda óssea horizontal mais acentuada na arcada superior ereabsorção externa do
terço apical dos incisivos, caninos e pré-molares superiores. O31 apresenta grande mobilidade (grau 3), perda óssea periodontal
e periapical, além da exposição total da raiz, na face vestibular. Oprognóstico periodontal desse dente é desfavorável.
117 A-F - Pré-operatório da primeira microcirurgia na região dos dentes 11 a 15 (A). Microincisões iniciais. A precisão desse passo técnico cfeterminará o
adequado fechamento da ferida cirúrgica (B). Enxerto conjuntivo removido do palato e posicionado na mesa auxiliar para a remoção da camada epitelial.
A extensão do enxerto é de 36mm e a altura é de 4mm, suficient,es para o recobrimento das 5 raízes (C). Micro-sutura com fio 6-0 para estabilizaçáo do
enxerto e aproximação das bordas dos retalhos (O). Micro-sutura com fio 8-0 visando o íntimo fechamento da ferida cirúrgica e a definição d'o posiciona-
mento do enxerto sobre as raízes expostas (E). Micro-sutura continua da área doadora (fio 6-0) (F).
{YW~~w;.z,$~
protocolo clínico

118 A·C· Pós-operatório de 5 dias da área doadora, momentos antes da remoção da sutura (A); Pós-operatório de 5 dias
da área receptora. antes da remoção dos fios 6-0 e 8-0. A ausência da contração dos tecidos mostra que o padrão de cica-
trização foi por primeira intenção (B) e controle de 2 meses. Notar que o nível da gengiva marginal manteve-se estável (C).
119 A,B- Pré-operatório da segunda microcirurgia envolvendo as raízes dos dentes 21 a 26 (A) e Pós-operatório de 5 dias (B).
dw~w1rvt$~
protocolo clí n ico

120 A-D - Pré-operatório da terceira microcirurgia, região dos dentes 43 a 45. Como a área doadora foi a mesma da primeira
microcirurgia (palato direito), foi necessário aguardar 2,5 meses, tempo suficiente para a total regeneração do conjuntivo do
palato (A) e pós-operatório imediato. Notar o fechamento preciso da ferida cirúrgica proporcionado pelas micro-suturas (B).
Pré-operatório da quarta microcirurgia, região dos dentes 43 a 46, 2,5 meses após a segunda microcirurgia que removeu o
enxerto do palato esquerdo (C) e pós-operatório de 5 dias (D).

§J'G
t' 4

'
,

121 A-E- Pré-operatório da quinta microcirurgia, região dos dentes 32 a 42. O dente 31 foi esplintado por lingual devido à acentuada mobilidade. Logo
após, foi feita a apicectomia do terço apical que já estava exposto (A). Radiografia realizada após a apicectomia (B). Pós-operatório imediato(C). Vista
lateral evidenciando as recessões profundas dos incisivos ea exposição total da raiz do dente 31 (D) e pós-operatório de 3 meses. Apesar do prognóstico
desfavorável do dente 31 , a recuperação da faixa de gengiva da região favorecerá a futura reposição dental (E).
ól/d~~~~
pro t oc o lo clínico

122 A-D - Vista frontal pré-operatória


mostrando as recessões gengivais
generalizadas (A); Pós-operatório de
9 meses apôs a última microcirurgia
de recobrimento radicular (B). Sorri-
so evidenciando as recessões gen-
givais da arcada superior antes dos
tratamentos periodontal e ortodônti-
co (C) e sorriso após os recobrimen-
tos radiculares (controle de 4 anos) e
após o tratamento ortoàõntico (con-
trole de 3 anos) (D).
123 A·D - Frontal final (A). Frontal final sorrindo (B). Perfil final (C). Sorrindo (D).
citt/~~$~
protoco l o c líni co

124 A-D - Frontal finaJI (A). Lado direito final (B). Lado esquerdo final (C). Oclusal superior final (D).
125 A-H - Closed sorrindo (A). Telerradiografia inicial (B). Telerradiagrafia final (C). Panorâmica do primeiro tratamento (D).
Panorâmica pré do último tratamento (E). Panorâmica final (F). Periapical superior final (G). Periapical inferior final (H).
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