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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
MOSSORÓ
2021
ADILSON MARCOS SILVA LOPES
Mossoró
2021
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Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.
ADILSON MARCOS SILVA LOPES
BANCA EXAMINADORA
_COURAS:87794624304
Data: 2021.11.23 11:36:05-03'00'
Foxit Reader Versão: 10.1.0
Agradeço minha família e amigos por todo o carinho, amor e força. Sou grato,
especialmente, aos meus pais, Marizer de Jesus Silva Lopes e José Adailson Lopes,
que tanto lutaram pela minha educação e nunca me deixaram perder a fé.
Agradeço aos meus avós, Zé Lopes e Maria Laurinda, por me ensinarem
valores que moldaram quem eu sou.
Obrigado, Andréia Maria da Silva Lopes e Aldenizy Márcia Silva Lopes, minhas
irmãs queridas, por me ouvir nos momentos difíceis.
Obrigado, Lana Araújo de Medeiros, por aguentar tantas crises de estresse e
ansiedade. Sem você não poderia concluir este trabalho.
Sou grato a todos os professores que contribuíram com a minha trajetória
acadêmica no curso, e neste trabalho de conclusão, o Professor Daut Couras,
responsável pela orientação do meu projeto. Agradeço também, aos membros da
banca examinadora, Prof.ª Fernanda e Prof. Victor, pela compreensão e
disponibilidade.
À instituição UFERSA, que ao longo da minha formação me impulsionou a dar
o meu melhor.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 OBJETIVO ............................................................................................................. 14
2.1 Objetivo geral ................................................................................................. 14
2.2 Objetivo específico ........................................................................................ 14
3 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 14
3.1 Tipos de ventilação ........................................................................................ 14
3.1.1 Ventilação geral diluidora (VGD)................................................................ 15
3.1.1.1 Ar-condicionado tipo Split .................................................................... 16
3.1.2 Ventilação local exaustora ......................................................................... 17
3.2 Mistura de ar-água-vapor .............................................................................. 18
3.3 Psicrometria ................................................................................................... 19
3.3.1 Carta psicrométrica .................................................................................... 21
3.4 Carga térmica ................................................................................................. 22
3.5 Qualidade e conforto térmico ....................................................................... 22
3.5.1 ABNT NBR 16401-3:2008 – Qualidade do ar interior ................................ 23
3.5.2 Conforto térmico ........................................................................................ 23
3.5.3 ABNT NBR 16401-2:2008 – Parâmetros de conforto térmico .................... 24
3.6 Renovação de ar ............................................................................................ 25
3.7 Filtragem ......................................................................................................... 26
3.7.1 Localização da TAE e do exaustor ............................................................ 26
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 28
4.1 Geometria do auditório .................................................................................. 28
4.2 Cálculo da carga térmica ............................................................................... 29
4.2.1 Carga Térmica – Condução ....................................................................... 29
4.2.2 Carga Térmica – Insolação ........................................................................ 30
4.2.3 Carga Térmica – Pessoas ......................................................................... 30
4.2.4 Carga Térmica – Iluminação ...................................................................... 31
4.2.5 Carga Térmica de Equipamentos .............................................................. 32
4.2.6 Carga Térmica – Infiltração de ar............................................................... 32
4.3 Calculo da vazão de renovação .................................................................... 33
4.3.1 Carga efetiva de renovação ....................................................................... 34
4.4 Equipamentos e acessórios para renovação do ar ..................................... 35
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 36
5.1 Cálculo das cargas térmicas ......................................................................... 36
5.1.1 Carga Térmica – Condução ....................................................................... 36
5.1.1.1 Condução nas paredes, janelas e na porta ......................................... 38
5.1.1.2 Condução no teto ................................................................................ 41
5.1.2 Carga Térmica – Insolação ........................................................................ 42
5.1.3 Carga Térmica – Pessoas ......................................................................... 43
5.1.4 Carga Térmica – Iluminação ...................................................................... 43
5.1.5 Carga Térmica de Equipamentos .............................................................. 44
5.1.6 Carga Térmica – Infiltração de ar............................................................... 44
5.1.7 Carga térmica total..................................................................................... 47
5.2 Ventilação ....................................................................................................... 48
5.2.1 Carga efetiva de renovação ....................................................................... 49
5.3 Equipamentos de renovação ........................................................................ 50
5.3.1 Tomada de ar exterior ................................................................................ 50
5.3.2 Escolha do exaustor .................................................................................. 52
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 54
ANEXOS ................................................................................................................... 60
11
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.3 Psicrometria
𝑚𝑣 𝑃𝑣
𝜙= = (4)
𝑚𝑔 𝑃𝑔
ꞷ𝑃
𝜙= (5)
(0,622 + ꞷ)𝑃𝑔
𝑚𝑣 0,622𝑃𝑣
ꞷ= = (6)
𝑚𝑎 𝑃 − 𝑃𝑣
0,622𝜙𝑃𝑔
ꞷ= (7)
𝑃 − 𝜙𝑃𝑔
30 a 50
< 10 %
%
25
3.6 Renovação de ar
3.7 Filtragem
4 METODOLOGIA
A carga térmica obtida pela transmissão de calor por condução pode ser
calculada pela Equação 9 (CARRIER AIR CONDITIONING COMPANY, 1980).
Definida pelo ganho de energia térmica, em decorrência da diferença de temperatura,
a carga térmica de condução é transferida pelo piso, teto e paredes.
30
para este caso no ANEXO C.2. A Equação 11 representa a soma do calor latente,
Equação 11.1, e do calor sensível, Equação 11.2.
Ainda há outra forma de análise, para tal, é possível a determinação das cargas
de iluminação com a norma 5410 “em cômodo ou dependências com área superior a
6 m2, deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m 2, acrescida
de 60 VA para cada aumento de 4 m 2 inteiros” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2004, p. 183). Finalmente, ao comparar os métodos, aquele de
maior valor deve ser escolhido.
𝑉𝑒𝑓 = 𝑃𝑍 𝐹𝑃 + 𝐴𝑍 𝐹𝑎 (14)
𝑉𝑒𝑓
𝑉𝑧 = (15)
𝐸𝑧
[𝐷 ∗ ∑(𝑃𝑧 ∗ 𝐹𝑃 ) + ∑(𝐴𝑧 ∗ 𝐹𝑎 ) ]
𝑉𝑠 = (16)
𝐸𝑉
𝑃𝑠
𝐷= (17)
∑ 𝑃𝑧
𝑉𝑧
𝑍𝑎𝑒 = (18)
𝑉𝑡
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Mesmo com a disponibilidade dos dados, o uso das Tabelas de Carrier Air
Conditioning Company (1980), implica em algumas considerações; caso (𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 ) ≠
8 °𝐶 ou a amplitude diária de temperatura for ≠ 11 °𝐶, logo é necessário utilizar a
Equação 20, que corrige a temperatura analisada no problema.
𝑅𝑠
∆𝑇𝑒 = 𝑎 + ∆𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 (∆𝑇𝑒𝑚 − ∆𝑇𝑒𝑠 ) (20)
𝑅𝑚
Assim:
352 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ
∆𝑇𝑒 = 2,45 °𝐶 + 14,75 + 0,55 ∗ (8,05 °𝐶 − 14,75 °𝐶)
339 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ
∆𝑇𝑒 = 13,37 °𝐶
𝑅𝑚 = 339 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ
Assim:
352 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ
∆𝑇𝑒 = 2,45 °𝐶 + 14,75 + 0,55 ∗ (6,65 °𝐶 − 14,75 °𝐶)
339 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ
∆𝑇𝑒 = 12,57 °𝐶
Assim, pelo ANEXO D.1, por aproximação 𝑎 = 2,45°𝐶. No ANEXO D.2, para
100 kgf/m2 e 15:00h:
∆𝑇𝑒𝑠 = 7,2 °𝐶
Assim:
678 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ
∆𝑇𝑒 = 2,45 °𝐶 + 7,2 °𝐶 + 0,55 ∗ (20 °𝐶 − 7,2 °𝐶)
631 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄ℎ
∆𝑇𝑒 = 17,21 °𝐶
42
Existem duas janelas idênticas nas paredes NE e SO, são janelas de vidro
simples, 6mm de espessura e com persiana de cor clara. Assim, pelo ANEXO D.4, o
𝐶𝑆 = 0,56. A área da janela é 4,62 m2.
Como não foi disponibilizada a potência total de iluminação, foi utilizado os dois
métodos indicados, assim o 1° método utiliza a norma 16401-1 e o 2° método utiliza
a norma 5410:
São duas portas e duas janelas no ambiente (Figura 8), assim, considerando a
norma 6401 (ANEXO C.1), é possível alimentar as equações 13, 13.1 e 13.2, para tal
foi considerado que as portas e janelas são bem ajustadas, com vedação,
respectivamente. Como a porta é considerada bem ajustada, então só deve haver
infiltração por baixo da porta, semelhante a janela, que por sua vez é vedada, então,
como é corrediça, só deve haver infiltração nas interseções entre as janelas.
Pelo ANEXO C.1, a janela foi considerada de guilhotina com caixilho metálico,
pois é a mais próxima a real entre as opções, assim 𝑄 = 1,8 𝑚3 ⁄ℎ. Já para a porta
𝑄 = 6,5 𝑚3 ⁄ℎ. A Tabela 3 demonstra a obtenção das vazões de infiltração.
45
5 x 1 m (altura da folha) =
2 janelas corrediças (J1) 2 x 5 x 1,8 m3/h = 18 m3/h
5m
1 Porta de giro (P1) 1 x 0,9 m = 0,9 m 0,9 x 6,5 m3/h = 5,85 m3/h
TOTAL 𝑽 = 𝟒𝟕, 𝟗 𝒎𝟑 ⁄𝒉
QTT 21256,81
Fonte: Autoria própria.
5.2 Ventilação
325,25
𝑉𝑧 = = 406,56 𝐿/𝑠
0,8
𝑽𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂−𝒓𝒆𝒏𝒐𝒗𝒂çã𝒐 = 𝟏𝟕𝟗𝟐, 𝟏 𝒎𝟑 ⁄𝒉
BTU/h ou 113229,5 BTU/h, logo, 113229,5 BTU/h < 120.000 BTU/h, indicando que os
aparelhos suprem a necessidade mesmo após acrescentar um sistema de renovação
de ar.
A norma 6401 recomenta que a tomada de ar tenha velocidade de 2,5 m/s, mas
admite velocidade máxima de até 4,5 m/s para um auditório (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1980). De forma preliminar realizou-se uma
busca nos catálogos de grelhas, e os modelos disponíveis na Tropical apresentam
maior proximidade em relação à vazão efetiva, justificando a escolha. Assim, de
acordo com os catálogos da Tropical (ANEXO F), foi considerado velocidade efetiva
do ar de 4 m/s, e a grelha para entrada de ar selecionada é a TAE – 750x200 –
MFP+RG (Figura 12).
O referido possui área efetiva 0,064 m2, vazão de 921 m3/h e suas dimensões
são 750X200 mm. Foram então escolhidas duas grelhas totalizando 1842 m 3/h.
Haviam outras possibilidades de escolha, porém, esse foi o que mais se aproximou
da vazão efetiva (1792,1m3/h), utilizando um único modelo, para garantir a facilidade
de aquisição.
O filtro selecionado é uma manta filtrante sintética da classe M5 que atende as
características pela norma 16401-3 (ANEXO B.3), desde 2012 a norma ABNT/EN779
alterou a nomenclatura F5 para M5. A norma ainda indica que deve haver uma pré-
filtrarem do ar exterior, quando esse for utilizado na mistura do condicionador (ABNT,
2008), e tratando-se de Split que circula o ar ambiente, se faz necessário essa adição,
junto a entrada da grelha.
51
6 CONCLUSÃO
O exaustor selecionado modelo EPC/30, possui vazão de 2500 m 3/h, que supre
a necessidade projetada 2160 m3/h. Quanto aos outros acessórios, grelhas para TAE
e filtros, buscou-se atender as normas vigentes visando confiabilidade no projeto. As
grelhas selecionadas do modelo TAE – 750x200 – MFP+RG, possuem vazão que se
adequa a necessidade, 921 m3/h cada uma, 1842 m3/h, no total. Para grelhas, e para
o exaustor foi escolhido o filtro M5, em consonância com a norma 16401-3.
De forma geral o trabalho atendeu as expectativas, pois possibilitou uma
análise prática dos problemas apresentados em sala de aula durante o curso de
Engenharia Mecânica. Para mais, o projeto de renovação de ar em ambientes
fechados é de suma importância, e no contexto pandêmico da atualidade faz-se
necessária a implantação desse sistema nos ambientes universitários, garantindo a
maior segurança dos estudantes.
56
REFERÊNCIAS
http://conama.mma.gov.br/?option=com_sisconama&task=arquivo.download&id=76.
Acesso em: 15 out. 2021.
ANEXOS
ANEXO D.4: Valores típicos para fatores de ganho solar através do vidro