“Pix e Open Banking: desafios e oportunidades para o sistema financeiro no Brasil”
No romance “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é idealizada uma sociedade
justa e desprovida de conflitos. Entretanto, não é observada a concretização dessa obra fictícia no tocante ao Pix e Open Banking, problema relacionado aos desafios e oportunidades para o sistema financeiro no Brasil. Tal conjuntura ocorre não somente em razão da acentuação da desigualdade social, mas também pela ineficácia governamental em fornecer segurança dos dados pessoais dos clientes no espaço digital. Sob esse viés, destaca-se a disseminação da exclusão social. Segundo o Artigo 5 da Constituição Federal de 1988, são assegurados os direitos fundamentais da comunidade brasileira, como o da vida, igualdade e liberdade. Contudo, é visível a dificuldade de aplicação dessa legislação, visto que, de acordo com o site “G1”, menos de um terço da população brasileira tem acesso pleno à internet, uma vez que, as pessoas que não se enquadram em um padrão exigido socialmente são marginalizadas. Evidencia-se, então, que o indivíduo que não permanece em um alto nível hierárquico, associada à carência de leis mais equalitárias por parte do Poder Judiciário, arquiteta esse panorama deplorável. Ademais, é válido ressaltar a falta de eficácia por parte do Governo Federal em providenciar segurança das informações particulares dos consumidores na internet, como outra conduta propagadora do problema. Em conformidade com o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado pela sociedade. Tal afirmação não se manifesta de forma verídica no contexto atual, já que, pela negligência governamental várias pessoas são expostas nos âmbitos tecnológicos, e possuem suas informações pessoais compartilhadas sem consentimento. Logo, pressupõe que, apesar do Pix e Open banking abrirem oportunidades de transações mais rápidas e controladas pelo cliente, não fornecem segurança digital suficiente para protegerem a vida particular da população, contribuindo assim para a privação dos elementos primordiais para que os desafios do quadro sejam combatidos. Urge, portanto, que o Ministério da Justiça e Segurança Pública, órgão responsável pela preservação da ordem populacional, ministre subsídios para o investimento em políticas públicas. Tal ação deverá ocorrer através da propagação de projetos que visem propiciar o acesso universal ao ambiente tecnológico, e legislações que protejam os dados particulares da população, desestimulando a marginalização e preconceito contra as pessoas que não se enquadram no parâmetro social vigente, a fim de mitigar os desafios e ampliar as oportunidades de um funcionamento mais eficiente do Pix e Open Banking no sistema financeiro do Brasil. Assim, será possível consolidar alguns aspectos da “Utopia” de More.
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