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MINISTÉRIO EBENÉZER OBRA EM RESTAURAÇÃO

PREPARANDO-SE PARA A DOUTRINA


E VIDA CRISTÃ

Pr. Adilson Aparecido Serafim Rodrigues

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MINISTÉRIO EBENÉZER OBRA EM RESTAURAÇÃO

PREPARANDO-SE PARA A DOUTRINA


E VIDA CRISTÃ

“Também vos notifico, irmãos, o evangelho


que já vos tenho anunciado; o qual também
recebestes, e no qual também permaneceis.
Pelo qual também sois salvos se o retiverdes
tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que
crestes em vão.” (I Coríntios 15:1,2)

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SUMÁRIO

Introdução .......................................................................................................................... 4
1. O que é Salvação? Qual é a Doutrina Cristã da Salvação? ..........................................7
1.1 Céu ou Inferno? ......................................................................................................... 10
2. Como posso ser salvo? ................................................................................................ 14
3. Arrependimento e Conversão ...................................................................................... 22
4.Unicidade ..................................................................................................................... 25
5.Batismo ........................................................................................................................ 32
5.1 O Significado da palavra Batismo .............................................................................. 32
5.2 O Batismo Bíblico ....................................................................................................... 33
5.3 O Batismo de João aos pecadores confessos ........................................................... 35
5.4 O Batismo de João a Jesus ....................................................................................... 36
5.5 O Batismo administrado pela igreja primitiva ............................................................. 37
5.6 O Batismo de Jesus ................................................................................................... 37
5.7 Porque Batizar em Nome de Jesus Cristo ................................................................. 38
5.8 O Candidato ao Batismo ............................................................................................ 47
6. A Doutrina do uso do Véu pela Mulher Cristã .............................................................. 50
7. As vestes cristãs .......................................................................................................... 61
8. O uso de jóias e pinturas ............................................................................................. 65
9.Abstinências ................................................................................................................. 70
10. Carne Sufocada ......................................................................................................... 71
11.Idolatria ...................................................................................................................... 74
11.1 O fascínio da idolatria .............................................................................................. 79
11.2 A natureza real da idolatria ...................................................................................... 80
11.3 Deus não tolerará nenhuma forma de idolatria ........................................................ 81
12. Os vícios .................................................................................................................... 84
13. Ósculo Santo .............................................................................................................. 87
14. Páscoa e Ceia do Senhor .......................................................................................... 90
14.1 Pão Asmo ................................................................................................................. 93
14.2 Lava pés ................................................................................................................... 98
15. Os deveres e a conduta do Cristão .......................................................................... 103
15.1 Exortações práticas ................................................................................................ 106
15.2 Princípios acerca de questões duvidosas .............................................................. 115
16. Algumas questões que a Bíblia responde ................................................................ 119
17. Palavra final ............................................................................................................. 129

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INTRODUÇÃO

Atualmente, muitos se opõem a qualquer coisa que tenha aspecto


institucional. Rejeitam a igreja e o nome de Jesus.

Alguns cresceram aprendendo sobre Jesus e as verdades do


cristianismo. Mas, quando adquirem senso crítico, preferem descartar a religião
recebida na infância a investigar sua veracidade.

O Antigo Testamento nos ensina muitas coisas importantes. Dos


livros mais antigos da Bíblia aprendemos quem é Deus, quem somos nós, e como
o pecado nos separa do Criador.

O Velho Testamento preparou o caminho para a vinda do


Messias. Nestes livros percebemos bem o problema do pecado e a incapacidade
do homem de resolvê-lo. Ao mesmo tempo, várias profecias do Velho Testamento
falaram do Ungido que viria para salvar e reinar sobre os homens.

Mas é necessário chegar ao Novo Testamento para realmente


conhecer o Salvador e para entender como servir ao Senhor hoje. Vamos
considerar melhor o nosso relacionamento com Jesus nestes dois papéis
importantes dele.

Na nossa sociedade pluralista, a mensagem da cruz se torna


cada vez menos aceitável. Para muitos, a fé exclusiva em Jesus não é
politicamente correta. O ecumenismo domina o pensamento de um povo que
tolera tudo, menos a verdade! Mas a Bíblia não deixa margem neste ponto:
“Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem
a vida” (1 João 5:12).

Jesus apresentou três elementos fundamentais do discipulado


(Marcos 8:34): 1) Negar a si mesmo. Mas o mundo diz: “Seja realizado e agrade a
si mesmo!” 2) Tomar a sua cruz. Mas o mundo diz: “Fuja do sofrimento!” 3) Seguir
Jesus. Mas o mundo diz: “Siga o caminho que você acha melhor.”

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Até no mundo religioso, entre os que se chamam cristãos, o apelo
de Jesus tem sido totalmente distorcido. Considere as mensagens pregadas em
muitas igrejas hoje – curas, prosperidade, “pare de sofrer” – e compare estas
ideias às palavras de Jesus. As pessoas que pregam estas mensagens não estão
nos chamando a sermos seguidores verdadeiros de Jesus.

Seguir Jesus como Salvador é um desafio que mudará


radicalmente a nossa vida. Jesus ensinou uma lição prática sobre a humildade e
serviço e disse: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais
vós também” (João 13:15).

Seguir nosso único e suficiente Salvador até significa sofrer por


ele: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu
em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos” (1 Pedro
2:21).

Seguir a Jesus quer dizer que precisamos aprender falar como ele
falava, agir como ele agia, amar como ele amava e pensar como ele pensava. É
um desafio e tanto!

Muitos querem Jesus como Salvador, mas não o querem como


Senhor. Querem a bênção da salvação, mas não o compromisso da submissão.
Aceitar Jesus como Senhor exige uma transformação radical.

Jesus afirmou sua própria soberania. Ele disse que a obediência a


ele é necessária para ter comunhão com Deus (João 14:23). Também afirmou
que toda a autoridade foi dada a ele (Mateus 28:18-20). Uma vez que Jesus tem
toda a autoridade, nós devemos guardar tudo que ele ordena. Esta obediência faz
parte da definição do verdadeiro discípulo.

O relato de Mateus 16 trata de momentos de crise na vida dos


apóstolos. Eles enfrentavam as ameaças de falsas doutrinas (16:1-12). Pedro
confessou a sua fé, mas logo em seguida vacilou e foi repreendido por Jesus
(16:13-23). Jesus aproveitou o momento para ensinar sobre o sacrifício e
compromisso necessários para ser discípulos (16:24-28).

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Pedir compromisso total num ambiente de dúvida e contradição
requer uma base sólida para estabelecer a fé. Deus sabia disso!

Agir sem permissão é a mesma coisa de mudar ou remover a lei.

Agora nós vivemos sob a Nova Aliança dada por Jesus. E nós
não temos autoridade para mudar ou remover sua palavra. Se agirmos sem a
autorização do Novo Testamento, estaríamos mudando a palavra de Jesus.
Percebemos a importância de agir somente conforme a permissão dada por
Jesus, nunca indo além da sua palavra.

Este ponto é fundamental para entender a confusão religiosa atual


e como sair dela. Devemos deixar de lado as tradições humanas, pois invalidam a
palavra de Deus (Marcos 7:13). Precisamos rejeitar doutrinas humanas, pois o
ensinamento delas torna vã a adoração a Deus (Marcos 7:6-9). Quando olhamos
para as diversas denominações fundadas por homens para divulgar doutrinas
humanas, devemos lembrar das palavras de Jesus: “Toda planta que meu Pai
celestial não plantou será arrancada” (Mateus 15:13).

Aqueles que realmente querem servir a Jesus como Senhor


precisam ficar dentro dos limites da sua palavra, não ultrapassando o que está
escrito na Bíblia (1 Coríntios 4:6). Jamais devemos brincar com a palavra de
Deus, pois “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não
permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai
como o Filho” (2 João 9).

Onde os homens pregam diversos caminhos, Jesus oferece um


só. Onde os homens pregam doutrinas próprias, Jesus oferece a única
verdadeira. Os caminhos dos homens levam à morte, mas Jesus oferece a vida
eterna (Jeremias 10:23; Provérbios 14:12).

Considerando tais fundamentos, o presente trabalho é


desenvolvido com o único objetivo de auxiliar os queridos irmãos acerca das
premissas do único e verdadeiro caminho para salvação das almas com base na
doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo.

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1. O QUE É SALVAÇÃO? QUAL É A DOUTRINA CRISTÃ
DA SALVAÇÃO?

Muitas pessoas não entendem o que é salvação e nem sabem do


que devem ser salvas. Para entendermos com clareza a salvação é preciso olhar
para o plano de Deus para a humanidade.

Antes que o mundo existisse Deus criou os anjos e todos os


exércitos do céu que foram chamados de seus filhos. O Senhor criou os anjos
perfeitos, e deles Deus recebia louvor e gloria. Verdadeiramente o Senhor era
amado e adorado por seus anjos, mas esse amor e adoração seriam bem
maiores se os seres angelicais tivessem direito de escolha.

Sendo assim Deus criou o homem, uma criatura com livre arbítrio,
que tinha o direito de optar em amar a Deus, segui-lo ou não.

O primeiro homem, Adão, desprezou os ensinos de Deus e


pecou, por isso foi separado de Deus. Desse momento em diante os homens
sofreram terríveis consequências, como a morte que veio ao mundo por causa do
pecado, as doenças, dores e a tristeza de não ouvir mais a voz de Deus.

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no


mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porquanto todos pecaram” (Romanos 5.12).

Muito tempo se passou até que o Senhor decidiu enviar seu filho
ao mundo para morrer por nossos pecados. Jesus veio ao mundo para pagar
pelos nossos erros, para restaurar a nossa comunhão com Deus e para nos dar o
direito de vida eterna.

“No dia seguinte, viu João a Jesus que vinha para ele, e disse: Eis
o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1.29).

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A salvação é a obra de Jesus Cristo, o filho de Deus. Ele tomou
sobre si o pecado do mundo sofrendo na cruz o castigo por ele. Ele entregou sua
vida derramando seu sangue em expiação pelos nossos pecados.

“Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado


sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas: porquanto é o sangue que
fará expiação em virtude da vida” (Levítico 17.11).

“Sabendo que não foi mediante cousas corruptíveis, como prata


ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos
legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem macula,
o sangue de Cristo” (1 Pedro 1.18-19).

“No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos


pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Efésios 3.16).

Você precisa se arrepender por seus pecados, de ter vivido sem


se importar com a vontade de Deus! O arrependimento também o conduz a uma
decisão firme de não querer mais voltar à vida de pecado e de desobediência. A
pessoa que aceita pela fé que Jesus Cristo sofreu a morte na cruz por ela, recebe
naquele mesmo instante o perdão dos seus pecados, a paz com Deus e uma
nova vida, a vida eterna. Salvação então seria o resgate pago por Jesus, quando
morreu na cruz por todos os homens.

Ele tomou nossa divida para Ele mesmo e pagou o preço com seu
próprio sangue, a palavra de Deus diz:

“Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e


as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e
oprimido”. “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniquidades; o castigo que nos trás a paz estava sobre ele, e pelo seu sofrimento
fomos sarados”. (Isaías 53:4, 5).

A salvação foi um presente dado por Deus aos homens porque


Ele ama a humanidade e não quer que os homens vivam separados Dele. Deus é
o inventor do homem, foi Ele que pensou em todas as partes do nosso corpo, foi
Ele que inventou todas as nossas expressões e sentimentos, tudo o que Deus fez

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em nós foi com amor profundo, Ele criou um ser com o qual Ele queria conviver,
mas o pecado separou o homem de Deus.

A Bíblia diz que ao cair à tarde no jardim do Éden Deus vinha


conversar com Adão, mas quando Adão pecou o Espírito de Deus se entristeceu
com ele e não mais o procurava no cair da tarde. Todas estas coisas são prova
do amor do Senhor para com o homem, mas Deus não pode conviver com o
pecado, foi por isso que Ele mandou o seu único filho para dar a sua vida em
favor do homem.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”
(João 3.16).

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de


Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6.23).

Portanto, Salvação é a libertação do perigo ou sofrimento. Salvar


é libertar ou proteger. A palavra carrega a ideia de vitória, saúde, ou preservação.

Às vezes, a Bíblia usa palavras como salvo ou salvação para se


referir à libertação temporária e física, tal como a libertação de Paulo da prisão
(Filipenses 1:19).

O uso mais frequente da palavra salvação tem a ver com


libertação eterna e espiritual. Quando Paulo disse ao carcereiro de Filipo o que
ele precisava fazer para ser salvo, Paulo estava se referindo ao destino eterno do
carcereiro (Atos 16:30-31). Jesus igualou ser salvo com entrar no reino de Deus
(Mateus 19:24-25).

Somos salvos de quê? Na doutrina Cristã da salvação, somos


salvos da “ira”; quer dizer, do julgamento de Deus sobre o pecado (Romanos 5:9;
1 Tessalonicenses 5:9). Nosso pecado nos separou de Deus, e a consequência
do pecado é morte (Romanos 6:23). Salvação bíblica se refere à libertação da
consequência do pecado e envolve, portanto, remoção do pecado.

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Quem pode salvar? Só Deus pode remover pecado e nos livrar da
penalidade do pecado (2 Timóteo 1:9; Tito 3:5).

Como Deus salva? Na doutrina Cristã da salvação, Deus nos


resgatou através de Cristo (João 3:17). Especificamente, foi a morte de Jesus na
cruz e subsequente ressurreição que alcançou nossa salvação (Romanos 5:10;
Efésios 1:7). A Bíblia é clara que salvação é um gracioso dom de Deus que não
merecemos (Efésios 2:5,8), e é disponível apenas através de fé em Jesus Cristo
(Atos 4:12).

Como recebemos salvação? Somos salvos por fé. Primeiro,


precisamos escutar o evangelho – a boa nova da morte e ressurreição de Cristo
(Efésios 1:13). Então, precisamos acreditar – confiar completamente no Senhor
Jesus (Romanos 1:16). Isso envolve arrependimento, uma mudança de
mentalidade sobre pecado e Cristo (Atos 3:19) e invocar o nome do Senhor
(Romanos 10:9-10, 13).

Uma definição da doutrina Cristã da salvação seria: “A libertação


espiritual e eterna que Deus concede imediatamente a aqueles que aceitam Suas
condições de arrependimento e fé no Senhor Jesus”. Salvação só é possível
através de Jesus Cristo (João 14:6; Atos 4:12), e dele depende para a sua
provisão, garantia e segurança.

1.1 CÉU OU INFERNO?

E quem não está salvo vai para o inferno? Infelizmente a resposta


para esta pergunta é sim!

Muitas pessoas ficam revoltadas quando afirmamos isto, pois


dizem que ninguém sabe quem irá para o inferno ou não, que não podemos
afirmar quem terá o direito de salvação ou não, mas a Bíblia fala totalmente o
contrario se lermos a Bíblia e conhecermos a palavra de Deus, saberemos
exatamente quem vai para o inferno e quem não vai.

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Quando lemos na Bíblia que devemos praticar uma serie de
coisas para poder ter direito ao reino dos céus, também vemos uma série de
coisas que levam o homem ao inferno, e o mundo está cheio de pessoas
praticando tais coisas, por isso ao olharmos as obras de uma pessoa do ponto de
vista bíblico sabemos que destino ela terá.

As pessoas nutrem suas esperanças ao falarem que Deus é amor


e que não vai lançá-las no inferno, mas esquecem que também não poderão
entrar no céu se estiveram praticando o pecado durante toda a sua vida.

Ora! A Bíblia não fala sobre um outro local além do céu e do


inferno, então eu pergunto para onde Deus irá mandar tais pessoas? O Senhor
Jesus falou em sua palavra que só existiam dois caminhos e que o homem teria
que escolher entre um dos dois. A ideia de um purgatório não está em nenhum
lugar da Bíblia, e se estivesse, o que é impossível, mesmo assim seria contraria a
todos os ensinamentos de Deus.

Pois se existisse, não seria necessário Jesus ter vindo morrer na


cruz, os homens seriam salvos depois de serem purificados os seus pecados no
purgatório. Também não haveria necessidade de ninguém ser ensinado por Jesus
a se arrepender de seus pecados, e obedecer à palavra de Deus, pelo contrario,
todos poderiam pecar á vontade e depois passariam pelo purgatório e os pecados
seriam queimados.

Ora podemos afirmar sem medo nenhum, que esta maldita ideia
de um purgatório só pode ter surgido da mente do Diabo e tem sido um dos
principais veículos para levar o homem ao inferno.

Que tipo de pessoa vai para o inferno?

Infelizmente a maioria das pessoas vai para o inferno, pois como


já falamos antes e mostramos nas próprias palavras de Jesus poucos são os que
escolhem o caminho estreito que leva á vida eterna.

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Mas Bíblia fala também das características dos que vão para o
inferno.

Um dia o Senhor Jesus anunciou o evangelho na cidade de


Cafarnaum e fez milagres, mas as pessoas desprezaram e não deram muito
credito, antes preferindo ficar amarradas aos seus pecados.

Então Jesus revoltou-se com a incredulidade do povo e disse que


eles seriam condenados ao inferno, pois não deixaram o pecado mesmo vendo
muitos milagres.

“E tu, Cafarnaum, porventura serás elevada até o céu? até o


inferno descerás; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que
em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.” (Mateus 11.23).

Podemos ver por este versículo que aqueles que desprezam a


palavra de Deus vão para o inferno. Muitas pessoas hoje têm desprezando a
palavra de Deus preferindo continuar a praticar o pecado. Sobre estas o próprio
Jesus falou, serão lançadas no inferno. A Bíblia nos diz em muitos textos que tipo
de pessoas vão para o inferno.

Veja nos versículos abaixo que tipo de pessoas vão ser lançadas
no inferno.

“Mas, quanto aos covardes, e aos incrédulos, e aos abomináveis,


e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os
mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda
morte.” (Apocalipse 21.8).

“Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a


prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as
contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas,
as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos
previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão
o reino de Deus.” (Gálatas 5.19, 20, 21).

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Para provarmos que mesmo Deus amando os pecadores, se eles
não obedecerem a sua palavra serão lançados no inferno, deixamos as palavras
abaixo que foram escritas pelo apostolo Pedro e estão contidas na Bíblia sagrada.

“Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas


lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os
para o juízo; se não poupou ao mundo antigo, embora preservasse a Noé,
pregador da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo
dos ímpios; se, reduzindo a cinza as cidades de Sodoma e Gomorra, condenou-
as à destruição, havendo-as posto para exemplo aos que vivessem impiamente.”
(II Pedro 2.4, 5, 6).

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2. COMO POSSO SER SALVO?

Segundo as escrituras, todos nós somos pecadores, e um homem


pecador jamais poderia viver em comunhão com um Deus santo.

Por causa disto Deus exige algumas coisas para que nós sejamos
aceitos por Ele, uma delas é que primeiramente venhamos a crer e o
confessemos publicamente perante os homens, é por isso que os crentes sempre
perguntam quem gostaria de aceitar a Jesus.

“Pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se


faz confissão para a salvação”. (Romanos 10.10)

“Peleja a boa peleja da fé, apodera-te da vida eterna, para a qual


foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas” (I
Timoteo 6.12)

“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens,


também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus”. “Mas qualquer
que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que
está nos céus” (Mateus 10. 32, 33).

Deus exige de nós tal coisa para saber se verdadeiramente nós


estamos dispostos a nos comprometer com Ele publicamente, se não nos
envergonharemos de levar uma vida diferente. Há muitas pessoas que dizem ter
aceitado a Jesus desde que nasceram, mas, no entanto não estão dispostas a
confessar isso perante o publico.

“Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e


pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também dele se
envergonhará o Filho do homem quando vier na glória de seu Pai com os santos
anjos” (Marcos 8.38).

Servir a Deus e aceitar a Cristo significa mudar de vida, viver de


uma forma contraria ao mundo, nascer de novo, por isso as pessoas têm

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vergonha de se declararem crentes, pois serão mal vistos pelos demais. Cristo
disse em sua palavra, que os crentes seriam desprezados, perseguidos e
amaldiçoados por quase todos.

“Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do


que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se
guardaram a minha palavra, guardarão também a vossa” (João 15.20).

“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem


e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa”. “Alegrai-vos e
exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram
aos profetas que foram antes de vós” (Mateus 5.11, 12).

“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me


odiou a mim”. “Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque
não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos
odeia” (João 15.18, 19).

“Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No


mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16.33)

A ideia que as pessoas têm quando dizem que amam a Deus e


que não vão para o inferno é que Deus é bom e que não as vai castigar com
tamanho castigo.

Uma coisa que elas se esquecem é que Deus não pode conviver
com o pecado, por causa disso Adão foi lançado para fora da presença de Deus
no jardim do Éden.

No entanto Deus ama todas as pessoas e por isso fez um enorme


sacrifício ao mandar o seu filho para morrer, para dar ao homem uma
oportunidade de voltar aos braços de Dele.

Mas isso também significa que o homem terá que tomar uma
decisão, se irá amar a Deus e seguir a Jesus, ou se vai continuar a praticar o
pecado. A Bíblia não nos deixa opções, ela nos mostra que devemos fazer uma
escolha entre Cristo ou o mundo.

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Eu não posso dizer que estou servido a Deus e continuar a ter
comunhão com o mundo, continuar frequentando festas mundanas ou ambientes
onde tenham por finalidade a pratica do pecado.

Não podemos ser amigos de Deus e do mundo ao mesmo tempo.

“Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra


Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de
Deus” (Tiago 4.4)

“Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o


mundo, o amor do Pai não está nele”.

Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a


concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do
mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a
vontade de Deus permanece para sempre. (I João 2. 15, 16 17).

Outra coisa essencial para se obter à salvação é viver uma vida


semelhante a Cristo. Ou seja, tornar-se um com o Senhor. Isso acontece quando
o homem nega-se a si mesmo, e começa a ver o mundo da mesma forma que
Cristo vê. Quando o homem deixa de perseguir os prazeres terrenos e de pensar
unicamente em seus próprios interesses e satisfação.

Tal coisa é muito difícil de acontecer com as pessoas no mundo


de hoje, pois a nossa sociedade a cada dia mais ensina que devemos aproveitar
o máximo das nossas vidas, pois o nosso tempo é curto, mas isso tem produzido
uma geração totalmente escravizada pelo pecado, que tem a cada dia se
distanciado de Deus e por essa falta de Deus e essa busca por satisfação própria,
o mundo tem mergulhado em mortes, crimes absurdos, doenças e muitos outros
males que são a conseqüência do pecado.

“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também
santos em todo o vosso procedimento”; “Porquanto está escrito: Sereis santos,
porque eu sou santo” (I Pedro 1.15, 16).

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“Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa
espiritual para serdes sacerdócio [santo], a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo” (I Pedro 2.5).

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo,


para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;” (Efésios 1.4).

“A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados


para serdes santos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo” (Romanos 1.7).

“Mas a prostituição, e toda sorte de impureza ou cobiça, nem


sequer se nomeie entre vós, como convém a santos”, (Efésios 5.3).

“À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo


Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:” (I Coríntios 1.2).

“Agora, contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela


morte, a fim de perante ele vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis”,
(Colossenses 1.22).

Jesus em todas as suas palavras, deixou bem claro que queria


homens e mulheres separados do mundo, pessoas que tivessem um
compromisso com o reino de Deus e não com as coisas desta terra, pessoas com
coragem para abandonar todas as comodidades de uma vida de pecados por
amor a Deus.

Quando servimos a Deus e buscamos a salvação não podemos


mentir, pois a mentira leva ao inferno, por isso se torna difícil escapar de algumas
situações que seria necessário uma mentira. Mas se queremos ser salvos temos
que negar essa pratica mundana.

“Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os


homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira” (Apocalipse 22.15).

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“Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de
vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque
nele não há verdade; quando ele profere [mentira], fala do que lhe é próprio;
porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8.44).

“Pelo que deixai a [mentira], e falai a verdade cada um com o seu


próximo, pois somos membros uns dos outros” (Efésios 4.25).

Se de igual modo estamos servindo a Deus e queremos entrar no


céu devemos abandonar todos os vícios, pois a Palavra afirma que nenhum
viciado vai herdar o reino de Deus.

“as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a


estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais
coisas praticam não herdarão o reino de Deus”. (Gálatas 5.21).

O reino dos céus é algo extraordinário, algo realmente incrível,


por isso nem todas as pessoas poderão alcançá-lo, ele foi edificado para todos os
homens, mas nem todos herdarão a vida eterna neste reino.

Sabemos que Deus em sua santidade, mesmo amando os


homens não poderá permitir que entre pecado no reino dos céus, por causa disso
reservou este reino apenas para aqueles que tiverem ousadia de adentrar nesse
reino pela porta, pela única porta e essa porta é seu próprio filho Jesus Cristo.

Muitas pessoas se revoltam quando ouvem esse tipo de


expressão que nem todos poderão entrar no reino, muitos odeiam os crentes por
que eles afirmam com convicção que vão entrar nesse reino e que todo o resto do
mundo que não aceitar a Jesus como salvador não terá direito a provar das
maravilhas do reino dos céus.

É impossível para as pessoas aceitarem que multidões que não


são crentes em Jesus, serão lançadas no inferno, mas, no entanto a Bíblia afirma
exatamente isso:

“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o


caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque

18
estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que
a encontram “(Mateus 7.13, 14)”.

Jesus é a porta estreita que multidões rejeitam e não querem


passar por ela. Para passar por essa porta é necessário negar os prazeres do
mundo e poucos estão dispostos a fazer tal coisa. Então são poucos, como a
Bíblia afirma que entrarão por esta porta.

Todavia a porta larga que conduz para a perdição na qual estão


entrando multidões, como o versículo diz é bem espaçosa, as pessoas podem
entrar bem á vontade, praticando todo o tipo de pecados, festejando e vivendo
suas vidas sem ter que dar nenhuma satisfação a um Deus, pois não quiseram
compromisso com Ele.

Essas palavras são reais e estão acontecendo hoje neste exato


momento, multidões em todo o mundo estão morrendo sem aceitar Jesus e por
isso estão indo para o inferno, e poucos estão vivendo uma fé de obediência e
estão entrando no reino de Deus. Se o homem não aceitar a Jesus da maneira
que descrevemos neste estudo e não somos nós que criamos estas regras, mais
sim o próprio Deus, que deixou escrito em sua Palavra, que se tal homem não
fizer exatamente como Jesus falou, jamais poderá entrar no reino de Deus. Só
existe este meio, só existe esta porta, só existe um caminho, que é Jesus.

“Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos


digo: eu sou a porta das ovelhas” (João 10.7).

“E para onde eu vou vós conheceis o caminho”. Disse-lhe Tomé:


Senhor, não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao
Pai, senão por mim “(João 14.4, 5,6)”.

É preciso salientar também, que a salvação da alma não é algo


que conseguimos através de ritos religiosos e nem através de nossa própria
bondade, as pessoas podem ser boas e mesmo assim estarem amarradas em
pecados, que certamente as levarão para o inferno. Temos que ter consciência
que a salvação é um favor imerecido que recebemos de Deus, não foi nós que a

19
conquistamos, mas Deus que por meio de seu amor nos entregou, e sua única
exigência é que aceitemos o seu filho como senhor sobre nossas vidas.

Não estou falando para o aceitarmos apenas de nome como


fazem certas pessoas que dizem “eu já aceitei a Jesus desde que nasci”, mas
aceita-lo para praticarmos sua palavra. Jesus em suas palavras criticou estas
pessoas que o chamavam de Senhor e não praticam seus ensinamentos.

E por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos


digo? (Lucas 6.46).

Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está


longe de mim. (Mateus 15.8).

É importante que o leitor entenda também que a vida sem Cristo


não oferece nenhuma segurança, quando temos Jesus, temos certeza que
seremos abençoados e podemos também responder varias questões filosóficas
das quais a filosofia e a ciência ainda não conseguiram responder como: “De
onde eu vim? Por que estou aqui? Para onde vou?”.

Quem aceita a Jesus entende pela mais viva fé que Deus o criou,
para servi-lo e que vai morar no céu. Também entende muitos outros mistérios
espirituais.

“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após
mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; Pois, quem quiser salvar
a sua vida por amor de mim perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de
mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder
a sua vida? ou que dará o homem em troca da sua vida? Porque o Filho do
homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a
cada um segundo as suas obras.” (Mateus 16.24, 25, 26, 27).

Ao proferir estas palavras Jesus estava mostrando aos homens


que a segurança da sua vida devia estar na salvação de suas almas, na sua
obediência a Deus e não no mundo e nas riquezas que promoviam conforto Ele
sempre deixou isto bem claro falando sobre a importância de se estar preparado
espiritualmente, como nos versículos a baixo:

20
“Propôs-lhes então uma parábola, dizendo: O campo de um
homem rico produzira com abundância; e ele arrazoava consigo, dizendo: Que
farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos. Disse então: Farei isto:
derribarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os
meus cereais e os meus bens; e direi à minha alma: Alma tens em depósito
muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus lhe
disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para
quem será?” (Lucas 12.16, 17, 18, 19, 20).

As pessoas andam sempre preocupadas com este mundo e


nunca tem tempo para buscar a salvação de suas almas, vivem correndo atrás de
construir suas vidas na terra, mas não sabem que não vão viver nela, pois se na
verdade consultassem a palavra de Deus que é a Bíblia certamente parariam de
correr como loucas atrás de realizarem seus planos materiais é por causa desta
ignorância do mundo em relação à Palavra de Deus que muitos estão morrendo,
sem saber nem ao menos o que é a vida eterna. Um dos principais requisitos para
se obter a salvação é conhecer as escrituras.

“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e


são elas que dão testemunho de mim.” (João 5.39).

Ainda praticando todas as coisas que são exigências para a


nossa salvação não podemos esquecer que a salvação não é conquistada por
bondade ou qualidades humanas, mas pela fé na graça de Deus, que nos deu
este presente, pois por nossas obras nunca poderíamos chegar ao céu.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, isso não vem de
vós é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie. Porque
somos feitura sua, criados em Cristo para as boas obras, as quais Deus preparou
que andássemos nelas”. (Efésios 2.8, 9 10).

Por conseguinte, o primeiro passo para a verdadeira Salvação em


Cristo Jesus, é o Arrependimento e Conversão.

21
3. ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO

A princípio, questiona-se: "O que significa aceitar Jesus como seu


Salvador pessoal?"

Você alguma vez já aceitou Jesus Cristo como seu Salvador


pessoal? Antes de você responder, permita-me explicar a questão. Para entender,
você deve primeiro compreender adequadamente “Jesus Cristo”, “pessoal” e
“Salvador.”

Quem é Jesus Cristo? Muitas pessoas reconhecem Jesus Cristo


como um bom homem, grande mestre, ou mesmo como um profeta de Deus.

Essas coisas são definitivamente verdadeiras sobre Jesus, mas


elas não definem quem Ele realmente é. A Bíblia nos diz que Jesus é Deus em
carne, Deus tornou-se um ser humano (leia João 1:1,14). Deus veio à terra para
nos ensinar, curar, corrigir, perdoar – e morrer por nós! Jesus Cristo é Deus, o
Criador, o Senhor supremo. Você aceitou este Jesus?

O que é um Salvador e por que nós precisamos de um Salvador?


A Bíblia nos diz que todos pecamos, todos cometemos atos maus (Romanos
3:10-18). Como resultado do nosso pecado, nós merecemos a ira e o julgamento
de Deus.

A única punição justa para pecados cometidos contra um Deus


infinito e eterno é uma punição infinita (Romanos 6:23; Apocalipse 20:11-15). É
por isso que nós precisamos de um Salvador!

Jesus Cristo veio à terra e morreu em nosso lugar. A morte de


Jesus, como Deus em carne, foi um pagamento infinito por nossos pecados (II
Coríntios 5:21).

Jesus morreu para pagar a pena pelos nossos pecados


(Romanos 5:8). Jesus pagou o preço para que nós não tivéssemos que pagar nós
mesmos.

22
A ressurreição de Jesus dentre os mortos provou que Sua morte
foi suficiente para pagar a pena pelos nossos pecados. É por isso que Jesus é o
único Salvador (João 14:6; Atos 4:12)! Você está confiando em Jesus como seu
Salvador?

Jesus é o seu Salvador “pessoal”? Muitas pessoas veem o


Cristianismo como ir à igreja, realizar rituais, não cometer certos pecados. Isso
não é Cristianismo. O verdadeiro Cristianismo é uma relação pessoal com Jesus
Cristo. Aceitar Jesus como seu Salvador pessoal significa colocar a própria fé
pessoal e confiança Nele, arrependendo-se de seus pecados e convertendo-se a
Jesus.

O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão (Atos


2:38; 17:30), envolve morte ao pecado (Romanos 6).

A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que


haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa termos como matar o
velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças
exatas que precisam ser feitas (examine Efésios 4:17-32; Colossenses 3).

Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância,


orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser
acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade. Este é o
resultado do arrependimento.

Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem


arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício.
Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco
sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa.
Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação.

Aquele que creu e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito
numa igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se
arrependeu, não é salvo. O arrependimento é um compromisso sério,
determinado, para mudar sua própria vida.

23
Ninguém é salvo pela fé dos outros. Ninguém é perdoado por
realizar certas obras. A única forma de ser salvo é pessoalmente aceitar Jesus
como seu Salvador, confiando na Sua morte como pagamento pelos seus
pecados, e na Sua ressurreição como a sua garantia de vida eterna (João 3:16).
Jesus é pessoalmente o seu Salvador?

Se você quer aceitar Jesus como seu Salvador, diga as seguintes


palavras a Deus. Lembre-se que fazer esta oração ou qualquer outra não irá
salvar você. Apenas confiando em Cristo você pode ser salvo do seu pecado.
Esta oração é simplesmente uma forma de expressar a Deus a sua fé Nele e
agradecer por lhe dar a salvação.

"Deus, eu sei que pequei contra Ti e mereço punição. Mas Jesus


Cristo tomou sobre Si a punição que eu mereço para que através da fé Nele eu
pudesse ser perdoado. Eu recebo Tua oferta de perdão e coloco minha fé em Ti
para Salvação. Eu aceito Jesus como meu Salvador pessoal! Obrigado por Tua
graça e perdão maravilhosos, o dom da vida eterna! Amém!”

É sabido que pecado é a transgressão da Lei ou mandamento de


Deus (I João 3:4). A culpa do pecado tem caído sobre todos os homens desde o
pecado de Adão até o presente momento.

Os salários e os resultados do pecado, terminaram na morte


eterna (Romanos 6:23, Apocalipse 20:14) para todos aqueles que recusarem a
aceitar a Salvação, como está escrita na palavra de Deus.

A Salvação consiste na libertação de todo pecado e injustiça pelo


sangue de Cristo, por arrependimento, batismo em água em nome do Senhor
Jesus Cristo para remissão dos pecados, recebendo o batismo do Espirito Santo
e a continuação de uma vida vitoriosa em Cristo (Atos 2:36, 41).

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam


apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela
presença do Senhor.” (Atos 3:19).

24
4. UNICIDADE

A Unicidade é a convicção de que Deus Supremo é Uno, Único,


Ímpar e Eterno, e que Ele é o Criador deste Universo e ninguém se lhe associa,
isto é, não tem parceiro, nem outro igual, como não tem pai, nem mãe, nem
esposa, pois Ele é a procedência da criação, a razão das dores e a motivação dos
princípios.

Em Suas mãos está o bem e tudo Ele pode, Ele é o Único e é o


Supremo que cria e dispõe, faz viver e faz morrer e destina os mortos às moradas
merecidas e ninguém possui a capacidade de efetivar as Suas realizações ou se
associar às Suas decisões e não existe divindade além d'Ele, e a evidência disto,
é o que nos rodeia em pistas e vestígios sobre a Sua Magnitude, e minuciosidade
de Sua constituição universal.

Aliás, tudo que existe no Universo, lembra Deus Supremo


Glorificado! Enfim, se o ser humano olhar para sí mesmo, já lhe bastaria crer na
Unicidade de Deus!

A Bíblia é a palavra inspirada por Deus. Ela nos dá a verdadeira


história da criação dos céus, da terra e da humanidade. Contém as profecias
corretas para observarmos os céus, a terra e o destino do homem.

Além do mais, não há salvação para a humanidade fora daquilo


que não está em suas páginas.

Seguindo seus ensinamentos, constata-se que há um só Deus: o


criador dos céus e da terra e de toda a humanidade. Manifestado aos homens
como Pai (criador), Filho (salvador) e como Espírito Santo (consolador) (João
14:16, 26).

Deus é um Espírito (João 5:24) o Único Eterno Criador de todas


as coisas e do gênero humano, fazendo-nos, portando, seus filhos.

25
Ele é o princípio e o fim, e ao seu lado não há outro Deus (Isaías
44:6) “E que antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum
haverá” (Isaías 43:10).

Jesus é filho de Deus segundo a carne (Romanos 1:3) sendo ele


próprio Deus segundo o Espírito (Mateus 1:23). Jesus é o Cristo (Mateus 16:16).

O criador de todas as coisas (Colossenses 1:16, 17). Deus


conosco (Mateus 1:23). Deus feito carne (Jo. 1:1, 14). Deus manifesto em carne (I
Timóteo 3:16). O que foi, o que é e o que virá, o todo poderoso (Apocalipse 1:8,
Isaías 9:6).

Por isso testificou Jesus de Si mesmo: ver e ler (João 10:30 e


14:7, 11). Desde que foi necessário derramamento de sangue, para remissão dos
pecados do mundo (Hebreus 9:22), Deus como Pai, sendo espírito, não tinha
sangue para derramar; então Ele preparou um corpo de carne e sangue (Hebreus
10:5) para cumprir a profecia de Isaías 43:11. “Ao meu lado não há salvador”, e
fez com que os anjos cantassem: Tem nascido neste dia na cidade de Davi o
Salvador, o qual é Cristo Senhor (Lucas 2:11).

O Espírito Santo não é a 3ª pessoa da divindade, mas sim a


manifestação do Espírito de Deus (o criador) e de Cristo ressuscitado. Vindo para
habitar nos corações e vidas de todos os homens.

A quem for obediente ao evangelho, Ele virá como consolador,


sustentador e como guarda (João 14:16, 29 e Romanos 8:11).

Como vemos, não há três Deuses, mas três manifestações de um


só Deus. Estas três são um (I João 5:7).

O Deus do velho testamento é o Jesus do novo testamento.


Vejamos:

DEUS. “Quem é o rei da glória? O Senhor dos Exércitos; Ele é o


rei da glória”. (Salmo 24:10).

JESUS. “Por que se conhecessem, nunca crucificariam ao senhor


da glória” (I Coríntios 2:8).

26
DEUS. “Assim diz o Senhor ... Eu sou o primeiro e o último e fora
de mim não há Deus” (Isaías 44:6).

JESUS. “Quando o vi caí a seus pés como morto, e Ele pôs sobre
mim a sua destra dizendo-me: Eu sou o primeiro e último – Apocalipse 1:17. Eu
sou o alfa e o ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro” (Apocalipse
22:13).

DEUS. “E disse Deus a Moisés: Eu sou o que sou. Disse mais:


Assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou me enviou a vós” (Êxodo 3:14).

JESUS. “Disse-lhe Jesus: em verdade, em verdade vos digo que


antes que Abraão existisse Eu Sou” (João 8:58).

DEUS. “Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro:
este será o seu nome com que o nomearão: Senhor Justiça Nossa” (Jeremias
23:6).

JESUS. “Mas vos sois dele em Jesus Cristo, o qual foi feito para
nós por Deus sabedoria, justiça, santificação e redenção” (I Coríntios 1:30).

DEUS. “Então disse-lhe Jesus: Vai-te Satanás, porque está


escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás” (Mateus 4:10). “Ao
Senhor te Deus temerás, e a Ele servirás e pelo seu nome jurarás” (Deuteronômio
6:13).

JESUS. “E Elas chegando abraçaram a seus pés e o adoraram”


(Mateus 28:9). “Disse: Creio Senhor. E o adorou” (João 9:38).

DEUS. “Amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz e


te achegando a Ele, pois Ele é a tua vida, e a longura de teus dias”
(Deuteronômio 30:20).

JESUS. “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (João
1:4).

DEUS. “O Senhor é meu pastor, nada me faltará” (Salmo 23:1).

27
JESUS. “Eu sou o bom pastor, o bom pastor dá a sua vida pelas
ovelhas” (João 10:11).

DEUS. “O Senhor é a minha luz e a minha salvação” (Salmo


27:11).

JESUS. “Falou-lhe Jesus dizendo: Eu sou a luz do mundo” (João


8:12).

DEUS. “Vede agora que eu sou, e mais nenhum Deus comigo”


(Deuteronômio 32:39).

JESUS. “... e negaram a Deus único dominador e senhor nosso,


Jesus Cristo” (Judas 4).

DEUS. “Não terás outros Deuses diante de mim” (Êxodo 20:3).

JESUS. “Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu e Deus meu”


(João 20:28).

DEUS. “O Senhor tem o seu caminho na tormenta ... Ele


repreende o mar” (Naum 1:3, 4).

JESUS. “Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar e


seguiu-se grande bonança” (Mateus 8:26).

As escrituras afirmam que:

Deus é invisível (I Timóteo 6:16, I Timóteo 1:17);

Deus é Espírito (João 4:24);

Deus é infinito (Jeremias 23:24).

Que:

Jesus Cristo é a revelação de Deus (João 1:18);

28
Jesus é a imagem de Deus (Colossenses 1:15, II Coríntios 4:4, 6);

Jesus é Deus conosco (Mateus 1:23).

Que:

Deus estava em Cristo (II Coríntios 5:19);

Deus habita em Cristo (Colossenses 2:9);

Deus é salvador em Cristo (Judas 25).

Portanto, Jesus Cristo é a revelação de Deus. Ele é o Deus


encarnado (João 1:14).

Quem vê a Jesus vê a Deus; que conhece a Jesus, conhece a


Deus (João 8:19).

Ninguém vê ao Pai senão em Jesus (João 14:6, 10).

Não que alguém viesse ao Pai a não ser aquele que é de Deus,
este tem visto ao Pai (João 6:46).

Quem vê a mim vê ao Pai (João 14:9), pois Eu e o Pai somos um


(João 10:30).

Foi por esta que Tomé exclamou: “Senhor meu e Deus meu”
(João 20:28); que Pedro disse: “Nosso Deus e salvador Jesus Cristo” (II Pedro
1:1) e Paulo escreveu “... Cristo ... Deus eternamente” (Romanos 9:5).

Os apóstolos tendo a revelação (Lucas 24:45, Gálatas 1:12) em


cumprimento a Mateus 28:19 batizaram usando o Nome do Pai, do Filho e do
Espirito Santo, conforme vemos em Atos 2:38, 8:14-16, 10:47-48, 19:1-5.

Conclui-se então que Jesus veio manifestar o nome de Deus aos


homens: “Manifestei o Teu Nome” (João 17:6); “Eu lhes fiz conhecer o Teu Nome”

29
(João 17:26) “Eu vim em Nome de meu Pai” (João 5:43), “O Espírito Santo que o
Pai enviará em meu nome” (João 14:26), “O que nos basta” (João 14:8).

Desta forma, se Jesus é Senhor e Cristo, então Ele (Jesus) é e


não pode ser outra coisa menos que “Pai, Filho e Espírito Santo”, em uma pessoa
manifesta em carne. E não três pessoas, mas um único Deus manifesto em três
títulos maiores.

Ademais, a própria Escritura nos ensina que quando confessamos


o Filho temos tanto o Pai quanto o Filho. Esse é um dos motivos porque
invocamos o nome que o Filho recebeu no batismo.

Vejamos o que nos diz 1 João 2:22,23: "Quem é o mentiroso,


senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que
nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho, também não tem o Paz; e aquele
que confessa o Filho, tem também o Pai", e também II João 9: "...quem persevera
na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho".

Portanto, ao confessarmos Jesus, confessamos o Filho e também


o Pai. Ele mesmo disse em João 14:11: "Crede-me que estou no Pai, e o Pai em
mim...” e também em João 10:30:“Eu e o Pai somos um”.

Nós temos a revelação de Jesus conforme disse em Mateus


11:27: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai: e ninguém conhece o
Filho, senão o Pai: e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o
Filho o quiser revelar ".

Nós não negamos o Filho em nada e principalmente no batismo.


Nós confessamos e invocamos o seu nome. Pois herdou um nome que é sobre
todo o nome, e é somente neste nome que há remissão de pecados conforme
Lucas 14:47 que diz: "E em seu nome se pregasse o arrependimento e a
remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém " e
também I João 2:12 que diz: "Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos
são perdoados os pecados ".

Nós honramos tanto o Filho que não negamos o nome nem no


batismo. Pois sabemos que ao invocar o nome do Filho no batismo, estamos

30
honrando tanto o Filho quan o Pai, pois o Filho recebeu o nome do Pai (Jo5:23;
17:6, 26 Filp 2:9; Col 3:17; Heb 1:4).

Nós cremos no Filho, pois crer no Filho é crer no Pai, e quem vê o


Filho vê não o Filho mais vê o Pai e ainda quem recebe o Filho recebe o Pai
(João 12:44,45; 13:20).

Por esta razão, a palavra de Deus nos ensina o Batismo em água


em nome do Senhor Jesus Cristo, para remissão dos pecados.

“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja


batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom
do Espírito Santo” (Atos 2:38).

31
5. BATISMO

5.1 O SIGNIFICADO DA PALAVRA BATISMO

Existem muitas definições sobre o significado da palavra batismo.


Alguns dicionários da língua portuguesa chegam ao absurdo de dizerem que a
palavra significa "dar nome a alguém".

Esse absurdo é um reflexo de como a nossa sociedade chamada


de "cristã" está tão errada e sendo conduzida ao erro em respeito ao significado
desta palavra. Abaixo daremos várias opiniões a respeito do significado da
palavra "batismo".

A palavra batizar, propriamente falando, é um termo grego


(baptizo), adaptado para o idioma português por uma alteração em sua
terminação, significa propriamente mergulhar, imergir, imergir em água.

É o termo sempre empregado por Cristo e seus apóstolos para


expressar e definir a ordenança.

Pelas palavras de João 3,23; pode-se inferir que o batismo era


administrado por João e por Cristo, mediante mergulho do corpo inteiro sob a
água.

O primeiro batismo de que se tem noticia no Novo Testamento é o


praticado por João Batista. Este batismo foi chamado de o batismo do
arrependimento pelo apóstolo Paulo.

Por ele passou todos os apóstolos de Jesus. Jesus foi batizado


por João, mas o batismo de Jesus tem um desígnio totalmente diferente do
administrado por João aos pecadores confessos.

32
Finalmente temos o batismo administrado pela Igreja de Jesus,
primeiramente pelos apóstolos antes de sua morte, depois, pela Igreja organizada
de Jerusalém.

5.2 O BATISMO BÍBLICO

Existem pelo menos três formas de batismo. A primeira delas é a


aspersão, a qual é usada nas igrejas Católicas Romanas, Presbiterianas,
Luteranas, Metodistas, Congregacionais, entre outras.

Depois vem pela afusão, ou derramamento, sendo que algumas


igrejas protestantes praticam essa forma.

Por fim, o batismo por imersão, dado pelas escrituras sagradas


como o modo correto, ou seja, o mergulho do indivíduo crente sob a água.

Atos 19:1-7 mostra que nem todo “batismo” é aceitável pelo


Senhor; aqueles que tinham sido imersos com o batismo de João tiveram que ser
batizados novamente, porque o batismo anterior não era válido.

É verdade que só há um único batismo bíblico, mas pode haver


muitas outras coisas chamadas batismo, que Deus não aceita. Se a pessoa não
foi batizada corretamente, então não recebeu o batismo das Escrituras, e tem que
ser imersa novamente.

Mas agora, para que o batismo seja correto, ele precisa envolver
a pessoa certa, que realiza o ato certo, pelo motivo certo. A pessoa tem que ser
um crente que se arrependeu (Marcos 16:16; Atos 2:38). O ato tem que ser o
sepultamento na água (Colossenses 2:12; Romanos 6:3-4). O motivo tem que ser
o perdão dos pecados (Atos 2:38; 22:16).

Muitos "batismos" não incluem estes pontos. Quando recém-


nascidos, ou adultos que nunca realmente se arrependeram, são batizados, o

33
batismo é inválido. Quando alguém é aspergido e não é imerso, isso não é
batismo verdadeiro. Quando alguém é batizado por outros motivos que não para
receber a remissão dos pecados, seu batismo é inútil.

É importante analisar cuidadosamente este último ponto, em vista


dos falsos ensinamentos prevalecentes, no que dizem respeito ao propósito do
batismo. É ensinado comumente que se é salvo pela fé somente, por aceitar
Jesus no coração, ou simplesmente por levantar a mão, em resposta a um apelo
a identificar-se com Cristo.

Aqueles que assim ensinam dizem que o batismo é um sinal


exterior de que já se foi salvo.

Eles ensinam que o batismo é uma maneira de identificar-se


visualmente com a congregação de crentes, mas que isso nada tem a ver com
Deus perdoar os pecados de alguém.

Assim, muitas pessoas são batizadas com a noção errada de que


Deus já os tinha perdoado.

Quando examinamos a linguagem original da Bíblia, encontramos


que a palavra batismo significa, literalmente, “afundar, mergulhar, imergir”. Isso
apoia a ideia de que o batismo no qual se é completamente submerso sob a água
representa o verdadeiro significado da palavra batismo.

Um argumento ainda mais forte para o batismo por imersão é


encontrado nos exemplos bíblicos:

Mateus 3:16 diz-nos que Jesus “batizado, saiu logo da água”,


concluindo-se que Ele tinha entrado na água.

João 3:23 nos diz que João batizou em Enom “porque havia ali
muitas águas”. Se ele estivesse apenas borrifando ou derramando para batizar,
por que teria sido necessária muita água?

34
Em Atos 8:38-39, encontramos Filipe e o eunuco entrando na
água. Novamente, isso reforça o fato de que o batismo por imersão é exigido do
crente.

Paulo compara o batismo a um sepultamento (Colossenses 2:12,


Romanos 6:3-6). Não sepultamos um corpo atirando apenas uma pá de terra
sobre ele nem tentaríamos sepultar o velho homem do pecado simplesmente com
umas poucas gotas de água.

A imersão está no plano de Deus para o batismo do crente. Você


não vai encontrar nenhuma passagem na Bíblia que sustente outro tipo de
batismo.

Biblicamente, o batismo é essencial para se receber a salvação


(Marcos 16:16; Atos 2:38; 22:16; Romanos 6:3-4; 1 Pedro 3:21). O batismo bíblico
precisa ser por imersão para a remissão dos pecados.

Portanto, aquele que cria que já estava salvo quando foi batizado,
não foi batizado para a remissão dos pecados, e ainda precisa receber o batismo
bíblico, para ser salvo pelo Senhor.

5.3 O BATISMO DE JOÃO AOS PECADORES CONFESSOS

Esse batismo era por imersão. Seu desígnio era totalmente


diferente do administrado pela Igreja. Simbolizava que Jesus iria morrer, iria ser
sepultado e iria ressuscitar dentre os mortos.

Era uma crença "Naquele que há de vir", como dizia o próprio


João.

João podia administrá-lo porque como ele confirmou, e não


negou: "aquele que me mandou batizar", referindo-se ao próprio Deus, dera-lhe
tal autoridade. Importante lembrar que João só batizava pecadores confessos, ou
seja, pessoas que estavam conscientes de que eram pecadores.

35
Grande número de pessoas participaram desse batismo
administrado por João. Inclusive os doze apóstolos do Senhor Jesus. Foi um
ministério tão grande que muitos anos depois Paulo encontrou alguns de seus
discípulos na longínqua cidade de Éfeso.

Apolo, grande pregador e cooperador de Paulo, foi um de seus


discípulos. Este batismo terminou quando João foi encerrado na prisão,
coincidindo com o início do ministério de Jesus.

Aquele que havia de vir chegou, e por isso, não necessitavam


mais ser batizados para aquele fim.

Quando Jesus iniciou seu ministério João foi preso, e da prisão foi
decapitado. Findou-se assim o batismo de João aos pecadores confessos.

5.4 O BATISMO DE JOÃO A JESUS

O batismo de Jesus também foi por imersão.

Seu desígnio também era diferente do administrado por João aos


pecadores confessos e dos administrado pela Igreja aos crentes arrependidos.

Simbolizava que Ele daria sua vida nossos pecados, seria


sepultado e depois ressuscitaria em Glória.

Não era uma crença, era o cumprimento da vontade do Pai, ou


como o próprio Senhor Jesus disse: "Para que se cumpra toda a justiça". Nesta
passagem vemos a importância da pessoa que administra o batismo, pois, o
Senhor Jesus podia ter batizado a si próprio, mas não o fez.

Andou mais de cem quilômetros e foi até onde João estava


batizando, e lá, recebeu o batismo da pessoa que o próprio Deus tinha ordenado
para o ato.

36
5.5 O BATISMO ADMINISTRADO PELA IGREJA
PRIMITIVA

Esse batismo também foi por imersão. Seu desígnio inaugurava


um propósito todo novo. Simbolizava que Jesus morreu pelos nossos pecados,
que foi sepultado e que ressuscitou dentre os mortos.

Só era batizado aquele que tinha feito profissão sincera de sua fé


no Senhor Jesus.

Nunca, em momento algum, temos a notícia de que pelo menos


um dos batizados pela igreja fosse pessoas não convertidas, ou forçadas para o
ato, ou qualquer recém-nascido.

Consideremos o que disse Filipe para o Eunuco: "Você pode ser


batizado, se creres de todo o seu coração"; e após a pregação de Pedro em Atos
2 vemos a Bíblia esclarecendo que "foram batizados todos os que
voluntariamente... ", portanto, eram batizados após terem a certeza de salvação e
de livre e espontânea vontade.

Também não era qualquer um que podia batizar. Não vemos dizer
que os membros excluídos batizaram alguém, que também os facciosos
batizaram alguém e fosse aceito, e não há nenhuma menção de que alguém
tenha sido batizada por si mesma.

Do membro excluído a Bíblia ensina a se afastar dele, e do


faccioso a evitá-lo. Assim temos que A IGREJA ESTAVA COM A ORDENANÇA
DO BATISMO, e só podia realizar o batismo ou um pastor ou um membro que
estivesse em plena comunhão com a igreja biblicamente correta.

5.6 O BATISMO DE JESUS

37
O batismo de Jesus no rio Jordão é assim descrito: "Batizado
Jesus, saiu logo da água" (Mat. 3,16). E novamente é registrado que Jesus "por
João foi batizado no rio Jordão" (Mar 1,9).

Certamente ele não desceria ao Jordão para que O aspergissem


com água. Foi batizado no Jordão, e não com o Jordão. Além disso, foi batizado,
ou seja, imerso, e não "rantizado" isto é, aspergido.

A frase bíblica é muito clara nesse assunto: "saiu logo da água", e


se saiu é por que estava dentro, e se estava dentro é porque havia a necessidade
de estar dentro da água para receber o batismo do modo certo, ou seja,
mergulhar o candidato na água.

Fosse o batismo por aspersão ou afusão não havia a necessidade


nem de Jesus (o candidato) nem de João batista (o administrante) estarem dentro
da água. Seria muito mais simples batizá-lo fora de um rio.

5.7 POR QUE BATIZAR EM NOME DE JESUS CRISTO

"E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja


batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom
do Espírito Santo." (Atos 2:38)

"E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos


pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém." Lucas 24:47

Paulo diz: Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros,


mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; edificados sobre o
fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra
da esquina. (Efésios 2:19 – 20)

Se somos então edificados neste fundamento, não deverá ser o


nosso Evangelho o mesmo Evangelho que eles pregaram? Não ensinaremos

38
como os apóstolos ensinaram? Não faremos como eles fizeram concernente à
inteira doutrina da salvação? Certamente, pois Paulo disse em Gálatas 1:8: Mas
ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue o evangelho que vá
além do que vos tenho pregado, seja anátema.

Examinaremos os relatos dos serviços batismais registrados na


Santa Palavra de Deus.

O Espírito Santo descendo sobre os 120 no cenáculo. A multidão


se aproximou bruscamente e foi convencida do fato de que este grupo de
pessoas tinha recebido algo real de Deus, algo que eles também necessitavam. A
resposta de Pedro aos corações sinceros e famintos quando perguntaram: "Que
faremos?” Foi a seguinte:

"Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado no nome de


Jesus Cristo para a remissão dos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo."
"Então os que aceitaram a Palavra foram batizados, havendo um acréscimo
naquele dia de quase três mil pessoas". (Atos 1:15; 2:1-8, 38,41).

Há quem diz que a razão pela qual Pedro lhes ordenou que
fossem batizados no Nome do Senhor Jesus Cristo, é porque eram juDeus e o
batismo serviria para que confessassem a Jesus Cristo. Vejamos, porém, a casa
de Cornélio e os membros de sua família, e aqui novamente encontramos a Pedro
ordenando que se batizassem no Nome do Senhor (Atos 10:47-48).

Se Pedro tivesse errado no dia de Pentecostes, certamente


haveria tido bastante tempo para se corrigir antes que fosse à casa de Cornélio.
Estava Pedro errado no dia de Pentecostes?

Quando eles ficaram comovidos, "eles disseram a Pedro e ao


resto dos apóstolos..."

Atos 2:37. Isto inclui a Mateus quem escreveu o livro de Mateus


(Mateus 28:19). Também Atos 2: 14 vemos Pedro levantando-se com os onze.
Mateus estava Iá, porém não encontramos palavras de correção da parte dele.
Porquê? Jesus disse em João 17: 6: Manifestei o teu nome aos homens que do
mundo me deste; eram teus e Tu nos deste.

39
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de
que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina” (Efésios 2:20).

EM LUGAR NENHUM ENCONTRAMOS QUE ELES BATIZARAM


REPETINDO AS PALAVRAS: "EM NOME DO PAI, E DO FILHO E DO ESPÍRITO
SANTO."

Pelo contrário, eles apenas batizaram em nome do Senhor Jesus


Cristo; eles cumpriram a ordem do Senhor em Mateus 28:19. Pois ali Jesus não
indicou aos apóstolos que usassem estas palavras como uma fórmula. Ele
ordenou o batismo usando o Nome.

Filipe foi a Samaria e pregou-lhes Cristo (Este povo não era


judeu, mas samaritano).

Eles prestaram atenção à mensagem que ele entregou. "Ouvindo


os apóstolos que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a Palavra de
Deus, enviaram-lhe Pedro e João; os quais descendo para lá oravam para que
recebessem o Espírito Santo; porquanto não havia descido ainda sobre nenhum
deles, mas só haviam sido batizados em Nome do Senhor Jesus. (Atos 8:14-16).

Cornélio era um homem justo e temia a Deus com toda a sua


casa. Ele viu em uma visão um anjo que lhe disse para mandar chamar a Pedro
em Jope, o qual lhes diria as palavras pelas quais poderiam ser salvos. Quando
ele declarou a grande verdade, que "Por meio do Nome de Jesus todo que Nele
crê recebe remissão de pecados", o Espírito Santo caiu sobre todos que ouviram
a palavra e eles falaram em línguas como fizeram os apóstolos no dia de
Pentecostes. Então Pedro respondeu:

“Porventura pode alguém recusar água para que não sejam


batizados estes que, assim como nós, receberam o Espírito Santo? E ordenou-
lhes que fossem batizados em Nome do Senhor” (Atos 10:47).

A seguir observaremos um ato batismal dirigido por Paulo:

40
“. . .e achando ali alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vos já
o Espírito Santo quando crestes? Eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que
haja Espírito Santo.”

Perguntou-lhes então: Em que sois batizados então? E eles


disseram: No batismo de João.

Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do


arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é,
em Jesus Cristo.

E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.

E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo;


e falavam em línguas e profetizavam. (Atos 19: 1 – 6).

Não cremos que Paulo alterou a fórmula ou modo do batismo


quando batizou Lídia e sua gente de casa e nem ao carcereiro de Filipo. Agora,
note bem: Paulo não estava junto com os apóstolos quando Jesus deu suas
instruções finais a eles em Mateus 28:19 e Lucas 24:47, contudo encontramos
Paulo batizando em Nome do Senhor Jesus Cristo. De quem recebeu esta
revelação? Cumpre mencionar que o Evangelho de Paulo não uma cópia ou
imitação de outros apóstolos, mas é uma revelação.

Mas faço-vos saber irmãos, que o Evangelho que por mim foi
anunciado não aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
(Gálatas 1:11 -12)

Ele escreveu: E quanto fizerdes por palavras ou obras, fazei tudo


em nome do Senhor Jesus Cristo, dando por Ele graças a Deus Pai.
(Colossenses 3:17).

Paulo reclamou ter autoridade divina: Se alguém cuida ser


profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são
mandamentos do Senhor. (I Cor. 14:37).

41
Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome.
(Efésios 3:14 – 15).

Devemos ler os Atos dos Apóstolos e as epístolas de Paulo para


saber o que os apóstolos ensinaram o praticaram após a vinda do Espírito Santo.

Se Jesus quisesse que nos batizássemos em seu nome, então,


por que Ele não nos disse? "Ele o disse. Note que Ele falou: "no Nome."

Qual é nome do Pai? Jesus dá a resposta em João 5:43. "Eu vim


em nome de meu Pai."

E qual e o nome do Filho? A resposta é dada por um anjo em


Mateus 1:21. "...e chamará o seu nome Jesus."

E em qual nome o Espírito Santo é revelado? A resposta é


encontrada em João 14: 26. “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai
enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas”.

É citado nos versículos encontrados em Lucas 24:45-47, que


Jesus abriu o entendimento dos discípulos.

Foi necessário que o entendimento lhes fosse aberto e muitos


hoje em dia necessitam desta mesma operação para que possam entender as
escrituras.

Em Lucas 24:47 encontramos: E em seu nome se pregasse o


arrependimento e a remissão dos pecados em todas as nações, começando por
Jerusalém.

Foi Pedro um daqueles a quem Jesus havia falado e cujo


entendimento também tinha sido aberto. Após ter escutado estas instruções,
poucos dias depois começou a pregar inspirado pelo Espírito Santo, e continuou
até que os corações dos ouvintes ficaram comovidos e sentido-se condenados
perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos:

42
'Que faremos varões irmãos?” Pedro não hesitou e firmemente
deu a prescrição: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome do
Senhor Jesus Cristo para perdão dos pecados e recebereis o dom do Espírito
Santo. (Atos 2:38).

Alguns dizem que aceitarão as palavras de Jesus em Mateus


28:19, porém não as de Pedro em Atos 2:38.

Mas, foi Pedro quem falou no dia de Pentecostes ou foi o Espírito


Santo? Pedro disse que era o Espírito Santo mandado dos céus. 1 Pedro 1:12.

Pedro foi um apóstolo e a ele foram dadas as chaves do reino


(Mateus 16:17 -18) e não temos o direito de desacreditá-lo em suas palavras.

Para que lembreis das palavras que primeiramente foram ditas


pelos santos profetas, e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante vossos
apóstolos. (ll Pedro 3:2)

Aqui somos animados a considerar as palavras dos santos


profetas e o mandamento dos apóstolos, e o apóstolo Pedro ordenou que o
batismo fosse em Nome do Senhor Jesus Cristo.

O senso comum lhe dirá que o livro dos Atos é a Igreja em ação;
e se assim balizaram, então assim é como se deve batizar.

De coração aberto, consulte as escrituras, seja batizado no nome


do Senhor Jesus Cristo, e Deus lhe encherá com seu Espírito.

Em complemento, seguem alguns textos bíblicos sobre o


Batismo em Nome de Jesus.

1) ATOS 2:38

"E disse-lhes Pedro: arrependei-vos e cada um de vós seja


batizado em nome de "Jesus Cristo", para perdão dos pecados; e recebereis o
dom do espírito santo."

43
A "ordem" que os discípulos receberam em Mat.28:19, foi
cumprida, e exatamente 10 dias após, no dia de PENTECOSTES, os "juDeus"
foram batizados em NOME DE JESUS, e 3 mil almas se converteram.

2) ATOS 8:12-16

"Mas, como cressem em Filipe que lhes pregava do reino de Deus


e do nome de "Jesus Cristo" se batizavam, tanto homens como
mulheres...(porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram
batizados "em nome de Jesus")."

Aqui Filipe (o diácono) vai à cidade de Samaria por ocasião da


perseguição de Saulo aos cristãos, e ali começa fazer maravilhas e prodígios que
atraiu toda a cidade e os samaritanos foram batizados EM NOME DE JESUS.

3) ATOS 10:42-48

"E nos mandou (Jesus) pregar ao povo e testificar que "Ele" é o


que por Deus foi constituído, juiz dos vivos e dos mortos. A este dão testemunho
todos os profetas, de que todos os que "Nele" crêem receberão o perdão dos
pecados "pelo Seu nome"...e mandou que fossem batizados em "nome do
Senhor".

Nesta passagem, é relatado a conversão e batismo de "Cornélio"


o primeiro gentil de Cesaréia, homem da corte Italiana. No versículo 43, Pedro faz
referência aos seus ouvintes que seus PECADOS SERIAM PERDOADOS, PELA
INVOCAÇÃO DO NOME DE JESUS.

4) ATOS 19:1-7

"E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo tendo


passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns
discípulos...mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do
arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é,
em "Jesus Cristo". E os que ouviram, foram batizados "em nome de Jesus".

44
Aqui se faz referência ao batismo de Apolo e da igreja que está
em Éfeso. Apolo de Alexandria era varão eloqüente e poderoso nas escrituras,
conhecendo somente o batismo de João.

Quando Apolo falava com ousadia na Sinagoga, ouviram-no


"Priscila e Áquila", que o levando consigo lhe declarou com mais pontualidade o
caminho do Senhor; ver Atos 18:26.

Em I Cor. 1:12 faz-se menção de Apolo entre outros, dando


preferência para certos pregadores, e Paulo faz uma referência ao BATISMO, ver
I Cor 1:15. Paulo trabalhou com Apolo em Éfeso, ver I Cor. 16:12.

A última menção que se faz a Apolo é em Tito 3:13, onde Paulo


pede cuidados especiais aos doutores da lei (Zenas e Apolo). Apolo e os da igreja
de Éfeso foram batizados EM NOME DE JESUS CRISTO.

5) ATOS 22:16 E ATOS 9:1 a 18

"E agora por que te deténs? Levanta-te e batiza-te e lava os teus


pecados, invocando o nome do Senhor."

A conversão de Saulo (Paulo) está registrada em Atos 9:1 a 18.


Nesta passagem Lucas relata que Paulo se converteu e foi batizado, porém nela
não está explícito "O NOME DE JESUS", mas em Atos 22:1 a 21, Paulo faz sua
defesa perante o Tribuno de Roma, e sua conversão é contada em detalhes, e ao
chegar o momento do batismo, ele diz que LAVOU OS SEUS PECADOS
INVOCANDO O NOME DE JESUS.

6) ROMANOS 6:3

"Ou não sabeis que "todos quantos fomos" (Paulo também se


incluiu) batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?"

Paulo está em Roma e faz uma explanação da graça redentora de


Jesus, falando da importância de manter a fé de JESUS, crendo na justificação
pelo seu "SANGUE", para lavar nossos pecados e cita que ele e os da igreja de

45
Roma foram lavados e purificados quando "INVOCARAM" o nome de Jesus pela
ocasião do Batismo.

7) GÁLATAS 3:27

"Porque "todos quantos fostes batizados" em Cristo já vos


revestistes de Cristo."

Paulo faz uma comparação entre a "LEI E A GRAÇA", dizendo


que a lei é impotente para salvar, porém ela tem a função de conduzir o HOMEM
aos pés de Jesus mostrando a sujidade do pecado, e que através da GRAÇA
MARAVILHOSA todos os da igreja dos Gálatas foram batizados EM NOME DE
JESUS.

8) COLOSSENSES 2:12

"Sepultados com "Ele" no "batismo", "Nele" também


ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos."

Ao fazer uma comparação Paulo diz que os da igreja de Colossos


foram "circuncidados" não com o corte da carne, mas com o corte feito no
coração, quando aceitaram Jesus e lavaram os seus pecados mencionando o
nome de Jesus no batismo.

9) I CORÍNTIOS 1:12-13 e 6:11

"Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: eu sou de Paulo,
eu sou de Apolo, eu de Cefas e eu de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo
crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo? Para que
ninguém diga que fostes batizados em meu nome" (vers. 15) Em I Cor 6:11. "Mas
haveis sido lavados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e
pelo espírito do nosso Deus."

Paulo fala à igreja de Corinto, e faz menção que alguns irmãos


estão fazendo distinções entre pregadores (ver. 13). Qual a razão de Paulo ter
feito a menção do Batismo em seu nome?

46
Ele está justamente comparando que quando você segue os
ensinamentos de alguém, você obrigatoriamente LEVA O NOME DO SEU
REDENTOR. Este é o motivo pelo qual disse no versículo 13: Está Cristo
dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Fostes batizados em nome de Paulo?

Ele encerra o assunto lembrando aos membros da igreja de


Corinto, que eles foram "LAVADOS, SANTIFICADOS E JUSTIFICADOS,
QUANDO FORAM BATIZADOS EM NOME DE JESUS" (I Cor 6:11).

5.8 O CANDIDATO AO BATISMO

Preocupados em ter um número cada vez maior de fiéis em sua


igreja, muitos pastores se esquecem de uma grande exigência bíblica para o
batismo, que é o do candidato ser uma pessoa apropriada.

Assim agindo, nem pensam que o candidato precisa ser uma


pessoa que tenha feito uma sincera profissão de fé, e que como a Bíblia ensina,
tenha se tornado uma nova criatura, deixando a velha vida de pecados para trás,
procurando viver uma nova vida (dada por Jesus) voltada para Cristo e para sua
Igreja. Não pode ser um candidato apropriado aquele que professa Cristo como
Senhor, e no entanto, o mundo ainda continua a mandar em sua vida.

Este aceitou Jesus de boca mas seu coração está longe. Aceitou
Jesus de palavras mas ainda é escravo de vícios, por exemplo. Diz que é filho de
Deus mas sua única preocupação são as coisas terrenas.

É comum numa igreja que realmente professa o nome de Jesus


Cristo o candidato passar por uma avaliação de conhecimentos e bom
testemunho. A igreja, representada pelo pastor e seus membros, certamente
podem interrogar o candidato (como fez Filipe a Eunuco quando este lhe pediu
batismo). São perguntas básicas como: "Por que você quer ser batizado? Que
significa o batismo? Para que serve o batismo? Tem certeza de sua salvação
eterna? Entre outras de acordo com a exigência de cada igreja local.

47
Certas perguntas são básicas. Precisam ser perguntadas e
necessitam de respostas certas. Filipe fez uma pergunta básica: "Podes, se crer
de todo o coração", e a resposta foi certa: "Eu creio que Jesus é o Filho de
Deus...". Algumas pessoas, muito espertas, sabem decor as perguntas, mas suas
vidas dão um testemunho contrário à sua fé.

Por exemplo: Se o candidato aceitou Jesus, e era católico


praticante, certamente foi um idólatra; Caso ele continue a adorar ídolos e
imagens, ou pelo menos guardá-las a escondido, é uma prova de que Cristo
ainda não é o Senhor absoluto de sua vida. O mesmo se dá com vícios, costumes
errados e prazeres indignos, que, orientados pela igreja local, deve o candidato
ter abandonado a tudo que lhe atrapalha de servir o seu novo dono, Jesus.

Toda Igreja que não faz avaliações sinceras dos candidatos à


batismo estará correndo sérios riscos. O mais grave é de colocar na mesa do
Senhor pessoas indignas, ou seja, encher a casa do Senhor de incrédulos e
chamá-los de irmãos.

Após essa tragédia vem as futuras consequências, ou seja, o


testemunho deles irá falhar, e quem passará a vergonha pública é a própria igreja
que o aceitou sem ter feito as prévias avaliações. Se, fazendo as prévias
avaliações já corre o risco da pessoa se desviar, imagine ir aceitando qualquer
um. Existem pessoas que só querem pertencer a uma religião.

Por isso, com a aplicação de um estudo bíblico e numa entrevista


sincera com ele, a igreja saberá de suas intenções. A prévia entrevista e
ministração de estudo é uma arma contra futuros problemas com a membresia,
sempre expondo a doutrina do arrependimento e batismo para remissão dos
pecados com base da vida cristã.

Por fim, temos que o recém-nascido não pode ser batizado.


Acabou de chegar ao mundo. Não sabe falar, não sabe pedir, e não sabe
distinguir o certo do errado. Ela é inocente de pecados cometidos - ainda que não
é inocente do pecado original.

48
Batizar um recém nascido é usar de um método não bíblico para
fazer a igreja crescer numericamente. É lhe impor uma fé que ela nunca
professou com sua boca.

Cometer o erro de batizar um recém nascido é um dos mais


perniciosos erros que uma igreja pode ter. Ao batizar um recém-nascido o mesmo
passa a ser membro de uma igreja denominada cristã. Algumas até aceitam
Jesus posteriormente. Mas a grande maioria acaba-se tornando um cristão sem
Cristo. É membro da igreja tal, mas não da igreja de Jesus.

Sem contar que é prejudicial para a própria criança, pois,


pensando que por já ter uma religião, e por ser chamada de cristã, não vê
necessidade de fazer uma profissão de fé e de ser realmente batizada em nome
de Jesus.

“Sabemos, irmãos, amados de Deus, que ele os escolheu porque


o nosso evangelho não chegou a vocês somente em palavra, mas também em
poder, no Espírito Santo e em plena convicção. Vocês sabem como procedemos
entre vocês, em seu favor.” (I Tessalonicenses 1:4-5).

“Antes, renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos;


não usamos de engano nem torcemos a palavra de Deus. Ao contrário, mediante
a clara exposição da verdade, recomendamo-nos à consciência de todos, diante
de Deus.” (II Coríntios 4:2).

49
6. A DOUTRINA DO USO DO VÉU PELA MULHER
CRISTÃ1

A doutrina relacionada ao uso do véu pelas mulheres cristãs nas


reuniões de oração e nos cultos de adoração e louvores a Deus possui base
bíblica no Novo Testamento, na primeira carta de Paulo à Igreja em Corinto, no
capítulo 11, versos 1 a 16:

"... Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça


descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada.
Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a
mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu...".

Infelizmente, existem muitas pessoas que não estão interessadas


na obediência dos mandamentos do Senhor conforme exara os textos bíblicos, e
suscitam explicações das mais escabrosas possíveis para contradizer a palavra
de Deus.

Em relação ao mandamento do uso véu pelas mulheres cristãs, a


mais frequente é dizer que a cidade de Corinto era uma região portuária e
habitavam ali muitas prostitutas que, ao se converterem, usavam o véu por
obediência ao Apóstolo Paulo.

Isso porque, conforme a tradição, as prostitutas traziam consigo


um sinal notório – tinham a cabeça raspada, e assim, o uso do véu cobriria sua
vergonha até que seus cabelos crescessem novamente.

Seria isso uma verdade?

Preliminarmente, sugere-se que não. Vejamos:

1
Adaptado do livro: “O QUE É OBRA EM RESTAURAÇÃO?”, Pastor Samuel Alves de
Arruda, Editora Manaim, 1995, 1ª ed.

50
Não se encontra na Bíblia citação desta fábula de prostitutas
calvas.

Ao contrário, existe algo - no muito - parecido, na passagem


bíblica do velho testamento, no livro de Números, no capítulo 5 e verso 18 que
trata da mulher suspeita de adultério:

"Então, o sacerdote apresentará a mulher perante o Senhor e


descobrirá a cabeça da mulher...".

Ademais, observa-se nitidamente que o mandamento de uso do


véu não é porque os cabelos estão rapados. O texto bíblico demonstra que, se a
mulher não usar o véu é como se estivesse rapada, e conclui determinando que,
se a mulher não se cobre com véu, que raspe então os cabelos, mas, se para
mulher é indecente ou vergonhoso raspar o cabelo, cumpre-lhe tão somente usar
o véu.

Nessa mesma conduta, mas afirmando o motivo do uso do véu, o


Apóstolo Paulo por meio do verso 10 do mesmo texto bíblico externa:

"Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por


causa dos anjos.”

Destarte, há de se concluir inequivocadamente que o


mandamento de Paulo em relação ao uso do véu não está ligado às prostitutas,
mas as mulheres cristãs obedientes à palavra de Deus.

De outra forma, mas na mesma intenção de colocar em dúvida a


doutrina de uso do véu, existem ensinamentos dando conta de que o texto bíblico
em referência tão somente afirma que o cabelo é dado em lugar do véu, e por
isso, inexiste qualquer sentença de Paulo no sentido de usar propriamente o véu.

Da maneira como os argumentos de Paulo estão dispostos no


texto bíblico, no mínimo acreditamos que o Apóstolo não teria redigido uma carta
para a Igreja tratando do uso de véu, e depois concluir que nada disso tem valor
ou nada disso é preciso. Nunca se lê uma carta do fim para o começo.

51
Mas, infelizmente, têm aqueles que lêem a Bíblia do final para o
começo, e neste caso, lêem I Coríntios, capítulo 11 do verso 16 para o verso 01.

Isso porque, é evidente que o Apóstolo não iria ordenar tão


enfaticamente por meio dos versos 5 e 6, que as mulheres cristãs devem usar o
véu, e depois concluir no verso 15 que o cabelo já é véu.

Além de contrariar a sua própria argumentação em relação ao uso


de véu, colocaria em crise o verso 04, que diz que “todo homem que ora ou
profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra sua própria cabeça”, pois se cabelo é
véu, os homens também estão de véu.

Na tradução original do grego não é utilizada a palavra véu e sim


mantilha. E tudo o que é dado em lugar de alguma coisa, não é a coisa em si.

Ora, se o apóstolo escreve: 'cobrir a cabeça', e se cabelos são o


próprio véu, não precisaria cobrir, já estaria coberto; mas como cabelo é cabelo e,
véu é véu, não há de se contrariar: '...que ponha o véu..' (verso 6).

Não existe contrariedade bíblica e Paulo, sendo inspirado pelo


Espírito Santo, foi enfático em seus ensinamentos.

Por tais motivos, deve ser preservada pela verdaeira Igreja do


Senhor Jesus a doutrina do uso do véu pela mulher cristã.

Sendo a Igreja em Corinto o tipo de Igreja, deveras carnal, houve


ali muitos desvios dos princípios ensinados pelo Apóstolo Paulo. É nítido que os
dons de línguas e profecia eram os mais abusados, existindo até mulheres que
oravam e profetizavam sem o uso do véu e passaram a ter uma participação no
culto, a qual não lhes fora ensinada, e com isso o estado emocional tomava o
lugar da espiritualidade.

Foi em função desses desvios, que Paulo teve necessidade de


escrever-lhes uma carta tratando da autoridade, da ordem no culto, da Ceia do
Senhor, do espírito mundano e, da unidade do corpo de Cristo. Isso para que os
Coríntios voltassem a lembrar daquilo que verbalmente já se havia ensinado
inclusive o uso do véu pelas mulheres.

52
O texto bíblico em nossas mãos requer de forma expressa o uso
do véu. Qualquer outra interpretação contrária é forçada, mal informada,
resultante de uma erudição superficial e até desonesta.

A orientação do Apóstolo é usar um véu com propósito de cobrir


os cabelos, fazendo-os desaparecer da vista, logo, um lenço de cabeça ou uma
cobertura de filó (tipo de tecido que não veda) não é um véu.

Quando alguém deixa de crer somente em partes, mas recebe no


todo as Sagradas Escrituras, está absolutamente convidado a aceitar que, às
mulheres cristãs é ordenado não somente o uso do véu quando oram ou
profetizam, mas também o uso de cabelos longos. Tal véu deve cobrir realmente
os cabelos.

Por outras razões o véu era uma parte importante dos costumes
antigos, sendo usado também socialmente. Todavia, à Igreja não foi dado um
costume social - este se acabou. Ao contrário, a Palavra de Deus continua, e por
ela, não se recomenda o uso social do véu, mas sim, o uso religioso, isto é, para
a mulher orar e profetizar.

A mulher não é espiritualmente inferior ao homem, mas está


subordinada a ele nesta esfera terrena, especialmente ao seu próprio marido. Não
pode imitar as sacerdotisas pagãs, frenéticas descabeladas que não praticavam o
uso do véu. Cabe-lhes, portanto, trazer os cabelos longos que lhe é natural
(símbolo da autoridade de seu marido sobre ela) e usar um véu sobre a cabeça,
em determinadas ocasiões, o que lhe serve de símbolo de sua sujeição.

Nos versos 5, 6, 9, 10, 12, 13 e 15, temos um ensino muito claro


de que a mulher deve usar o véu quando ora ou profetiza. Portanto é uma
interpretação suicida (espiritualmente) fazer os versos 15 e 16 contradizer o
ensino “geral” desta passagem, supondo que os cabelos das mulheres (se longos,
conforme o texto requer) lhes foram dado em lugar de véu, ou como substituição
ao véu, tornando desnecessário o uso do mesmo.

Igualmente incoerente e contrário à ética do texto bíblico, seria


àquela interpretação que supõe por meio do verso 16 que Paulo teria afirmado

53
estar disposto a esquivar-se do assunto, permitindo que as mulheres fizessem
como bem entendessem, caso algum homem desejasse levantar objeção acerca
dessa questão.

Não é isso que Paulo através do verso 16 ensina. Se acreditamos


que a totalidade das escrituras, a despeito das modificações sociais, devem ser
seguidas à risca, então o uso do véu é algo obrigatório para a mulher orar e
profetizar. Se a mulher cristã fosse usar o véu por costume, observando o
contexto histórico, tal uso seria ininterrupto e não somente para orar e profetizar.

As mulheres decorosas, participantes da Igreja nos dias


apostólicos usavam duas modalidades de véu. O primeiro que era natural,
consistia em seus cabelos longos - era a sua beleza e a sua glória criada por
Deus. O segundo, era o véu sobre os cabelos, cuja utilização é sinal de poderio
diante dos anjos nos momentos especiais de oração e adoração a Deus.

O primeiro véu distingue do segundo, mediante o uso da palavra


'mantilha'' (no grego 'peribolaion'), que conforme o verso 15, fora dado a mulher
em função da sua própria natureza. O segundo véu era de pano e cobria a
cabeça e consequentemente os cabelos, e era usado pela mulher cristã quando
fosse orar ou profetizar.

Esse segundo véu não era natural, pois Paulo ao ensinar sobre o
seu uso, recorre ao verbo “trazer” e ao verbo “por”, ora, se existisse somente o
véu natural (cabelos longos), não se poderia “por’ e nem “tirar”, nem tampouco,
Paulo tinha a necessidade de lembrar às irmãs de que trouxessem o véu.

Citamos a seguir alguns argumentos nesse assunto, utilizados por


estudiosos da Palavra de Deus:

“Se uma mulher se recusa a usar o véu, que ela, corretamente, se


faça masculina, cortando bem baixo os seus cabelos: se não quiser usar véu, que
use cortados rente os cabelos". (Robertson e Planner, in loc.).

"Se ela despreza a cobertura provida pela ordenança divina, que


também desfaça a cobertura provida pela natureza" (Crisóstomo, in loc.).

54
"Se uma mulher insiste em seu direito de orar e de falar em uma
assembleia, de cabeça descoberta, então, que leve esse princípio as suas
consequências lógicas, que ela insista sobre o direito de usar os cabelos cortados
curtos, a fim de mostrar a sua igualdade com o homem, e o que seria pensado
dela então? Nenhuma mulher com uma fagulha de pejo em si pensaria em fazer
isso." (John Short, in loc.).

'...Que rape o cabelo...' Essas palavras não foram ditas como uma
permissão, mas expressar um mandamento que estabelece a conseqüência
legítima de quão impróprio é uma mulher não velar-se... se ela se dispõe a fazer
uma das coisas, que faça igualmente a outra” (Kling, in loc.).

Não obstante aos fatos já expostos, julgamos pertinente em


continuidade ao assunto, analisar e detalhar alguns aspectos relacionados aos
textos bíblicos em tela (I Coríntios, 11.1-16):

Verso 8: 'Porque o homem não proveio da mulher, mas a mulher


do homem.'

Paulo aqui faz referencia ao texto de Gênesis, 2.22 extraindo da


criação a inferência da prioridade do homem e, por essa razão, também, é que há
instruções não testamentárias no sentido da mulher aprender em silêncio, com
toda a sujeição (I Timóteo, 2.11-13).

É lembrado ainda que, foi a mulher e não o homem que foi


enganada pelo diabo (I Timóteo, 2.14), e a narrativa de Gênesis deixa claro que a
mulher foi criada para o benefício do homem, e não ao contrário.

Esses fatos bíblicos evidenciam a ordem hierárquica de poderes e


autoridades, bem como a propriedade da sujeição da mulher ao homem, e, por
conseguinte, quão apropriado é que a mulher use véu ao orar ou profetizar em
sinal de sujeição absoluta e autoridade relativa ao próprio Deus presente nestas
ocasiões.

Verso 10: 'Portanto, a mulher deve trazer sobre a cabeça um sinal


de poderio, por causa dos anjos'.

55
Diante do que foi exposto, Paulo agora estabelece ainda mais
firmemente a sua afirmativa de que a mulher cristã deve usar o véu
(naturalmente, quando ora ou profetiza, segundo se lê no verso 4).

A mulher é subordinada ao homem desde a criação, tendo sido


feita 'do” homem e 'para' o homem. E compete-lhe usar o véu a fim de mostrar
essa posição de subordinação e ao mesmo tempo de autoridade relativa que lhe
compete nas reuniões de oração e adoração a Deus.

Não usar, uma mulher o véu, era sinal de desrespeito ao homem,


na tentativa de ser igual a ele quanto às vestes e aos costumes na sociedade
antiga. Os costumes e a sociedade podem mudar, mas a Palavra de Deus
mudou? Com certeza não!

Nesse ponto Paulo diz '... por causa dos anjos...'. Os anjos aqui
referidos são os anjos santos presentes quando da reunião de adoração do povo,
agindo como guardiões da ordem estabelecida por Deus, e guardiões da Igreja.

Seria uma ofensa certas mulheres exageradamente emancipadas,


não mais usarem seus véus. Tal afronta não seria somente contra os homens
pela falta de submissão, mas também contra os anjos pelo sinal de autoridade,
pois quebraria a hierarquia estabelecida por Deus.

'A casa de oração é uma corte adornada com a presença de


poderes celestiais: ali estamos nós, cantando e entoando hinos a Deus, cantando
com os anjos entre nós como nossos associados; e foi com alusão à eles que o
apóstolo requereu tão grande cuidado, com relação à decência, por causa da
presença dos anjos'. (Hooker, in loc).

“Trazer véu na cabeça”. Essa afirmação não é uma tradução do


texto bíblico, mas antes uma interpretação. O original grego diz, literalmente,
'...essa é a razão porque uma mulher deve ter poder (ou autoridade) sobre a sua
cabeça...'.

O vocábulo grego 'eksousia' obviamente se refere ao véu: mas


alguns eruditos sentem dificuldades em compreender como o véu poderia ser

56
chamado 'poder' quando o resto inteiro da passagem se refere ao véu como
símbolo da ideia oposta, isto é, da 'sujeição'.

Mas o véu se torna símbolo da autoridade que o marido exerce


sobre sua mulher, como também é símbolo de sua própria sujeição a ele. E esse
duplo simbolismo não é difícil de ser compreendido.

Verso 13: 'Julgai entre vós mesmos: é conveniente que uma


mulher ore a Deus descoberta?'.

A partir desta interrogação o Apóstolo Paulo abre oportunidade


para um julgamento pessoal, considerando todo o seu ensino. Há que se
considerar que esse juízo particular sempre leva em conta a natureza, os
costumes sociais e religiosos.

Na cidade antiga de Corinto, tal influencia só poderia dar como


resultado uma única resposta: “as mulheres precisam usar véu, se é que são
mulheres de respeito”.

Não era recomendável ali uma mulher imitar as prostitutas ou


adoradoras de ritos pagãos, desfazendo-se do véu na tentativa de emancipar-se e
obter igualdade social com os homens.

Sabemos que as sacerdotisas pagãs também não usavam véu; e,


em suas contorções, seus cabelos ficavam despenteados e desgrenhados. Ora,
nenhuma mulher cristã desejaria imitar essa forma de conduta feminina.

Paulo apela para a lei impressa nas mentes humanas porque


sabia que o homem natural muitas vezes consegue formar juízo correto baseado
na sua intuição. O Apóstolo esperava que o povo em Corinto se deixasse ensinar
pelo seu próprio testemunho íntimo e pela natureza, a propósito de reconhecerem
o único costume aceitável para a igreja cristã, a saber, o uso do véu pelas
mulheres nos momentos de oração e adoração a Deus.

'Ao rejeitar o emblema da sujeição (o véu), a mulher de um único


salto ao orar em público, ultrapassa tanto aos homens como os anjos'. (Bengel, in
loc).

57
O apóstolo dos gentios não era um insensato e indouto a ponto de
se contradizer quando escreveu que o cabelo fora dado em lugar de véu (o que
no original diz: mantilha).

Nesse sentido também se manifestou Findley: 'e não como


substituto do véu, porquanto isso faria das palavras de Paulo uma estultícia; mas
sim, na natureza de uma cobertura, algo que equivalha ao véu”.

'E fato indiscutível que os cabelos longos, em um homem o torna


desprezível; mas, em uma mulher, os cabelos compridos a torna mais amigável. A
natureza e o apóstolo falam o mesmo idioma: podemos tentar explicar isso como
bem quisermos fazê-lo'.(Adam Clarke, in loc.).

Verso 16: 'Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos
tal costume, nem as igrejas de Deus'.

Muitos intérpretes modernos e sem erudição tem torcido esta


escritura afirmando que se os cristãos em Corinto não concordassem com a
doutrina expressa, estaria o apóstolo Paulo pronto a esquecer todos os seus
argumentos deixando que cada igreja local decidisse como convinha agir.

Tal interpretação choca-se com todo o contexto, jamais seria


sensato afirmar que Paulo expôs o ensino com muitas argumentações e
exemplos em favor do uso dos cabelos longos e do véu, somente para determinar
ao final que se encontrasse oposição, tudo seria desconsiderado.

Esse tipo de interpretação moderna que se tem desenvolvido


existe por causa de uma 'necessidade moderna' que tenta fazer o Apóstolo dizer
o que se quer ouvir, mas que ignora o que realmente ele ensinou.

Tratando disso, satisfatoriamente se pronunciou Robertson e


Plummer (in loc):”O que Paulo estabelece aqui é: Se alguém se inclina para o
debate, nós não reconhecemos qualquer outra prática, e nem as igrejas de Deus,
porém se alguém parece ser contencioso, nós não temos tal costume (como esse
alguém propõe), e nem as igrejas de Deus.'

58
Dessa maneira, Paulo cortou “pela raiz” qualquer tentativa de
disputa sobre a questão, apelando para o uso universal entre os cristãos; e a fim
de tornar esse apelo mais solene dá ênfase ao afirmar que as igrejas de Deus por
todo o mundo adotam o uso do véu.

No Novo Testamento pela edição ilustrada 'O mais importante é o


amor', publicado pela Liga Bíblica Mundial baseado na famosa Bíblia em inglês
'Thé Living Bible' é dada uma explanação a respeitos dos versos 4 a 7 bem fácil
de entender.

'Eis porque, se um homem recusar-se a tirar o chapéu enquanto


está orando ou pregando, desrespeita a Cristo, eis porque uma mulher que ora ou
profetiza publicamente sem que sua cabeça esteja coberta, desrespeita o esposo
(pois cobrir a cabeça é um sinal de sua sujeição a ele). Se ela se recusa a cobrir a
cabeça neste caso deve cortar o cabelo todo. E se é vergonhoso para mulher ter
a cabeça raspada, então deve cobri-la. Um homem, porém, não deve usar nada
na cabeça quando esta no culto, pois o chapéu é um sinal de sujeição aos
homens”.

Nesta linha, nos é ensinado em I Coríntios 11:

“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. E louvo-vos,


irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-
los entreguei. Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o
homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. Todo o homem que ora
ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a
mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria
cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre
com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-
se ou rapar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça,
porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque
o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o
homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.
Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos
anjos.” (I Coríntios 11:1-10).

59
Por fim, podemos então concluir que estes assuntos bíblicos são
mandamentos do Senhor e só o recebem aqueles a quem são revelados.

No livro da criação – Gênesis, 24.64-65, vê-se em Rebeca um tipo


da Igreja (que foi chamada a Virgem Noiva de Cristo), e em Isaque, o tipo do
noivo (Cristo) que sai ao encontro de sua noiva para recebê-la. A igreja – a noiva -
que aguarda o noivo com ansiedade para aquele grande dia do arrebatamento.

Esta revelação é para aquele grande dia do arrebatamento. Esta


revelação é para aqueles que estão junto à cisterna (BeerLaai-Roi), o poço ou
cisterna daquela que vive e me vê, mas aos que estão à cisterna (Eseque), que
significa contenda, Paulo apóstolo diz que se alguém quiser ser contencioso nós
temos tal costume, nem as Igrejas de Deus.

Soofield diz a respeito do véu no rodapé comparando com


Gêneses 3.16: 'O véu da mulher ou cobertura para sua cabeça é um símbolo de
sua subordinação. De acordo com o verso 5 de I Coríntios 11, a cobertura parece
estar definitivamente relacionada com mulheres orando ou profetizando nas
reuniões da Igreja'.

Os contradizentes, logo citam o texto de II Coríntios, 3.16:


“Quando, porém, alguns deles se convertem ao Senhor, o véu lhe é retirado”.

Mas ali se refere ao véu da face de Moisés, e não o véu de uso da


mulher (leia o verso 13).

O apóstolo Paulo ainda escreve em sua segunda carta a Igreja de


Corinto no capítulo 3, versos 5 e 6: “porque a letra mata e o Espírito vivifica”. O
ministério da morte gravado com letras em pedra, é o que foi glória, porém já não
resplandece diante da atual glória de Jesus Cristo.

A letra da Lei mata, mas a graça do Evangelho nos vivifica!

60
7. AS VESTES CRISTÃS

Na Bíblia a palavra nudez, não significa apenas a ausência de


vestimenta, mas traz a ideia de expor partes do corpo que atraem a atenção do
sexo oposto.

Podemos dizer que, a parte do corpo que atraem a atenção no


sexo oposto, principalmente devido à vulgarização do corpo do homem e
principalmente da mulher como objeto sexual, é dos ombros para baixo até abaixo
os joelhos. Podemos dizer que a nudez ou exposição dessa área do corpo é
pecado, pois não cumpre com o objetivo com a qual Deus criou a vestimenta.

“Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto,


com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos
preciosos, Mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus)
com boas obras.” (I Timóteo 2:9-11).

Você sabia que um judeu mesmo usando uma túnica, se ele não
estivesse com a capa também ele era classificado com nu. Veja o caso de Pedro:

E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a


capa (porque estava nu) e lançou-se ao mar JO 21.7. Diante do exposto o que
dizer das roupas de hoje: saias curtas, minissaia. Bermudas, camisetas...

Mas a Bíblia esclarece por que devemos nos vestir com pudor:
POR QUE LASCIVIA É OBRA DA CARNE (Gálatas 5.19)

No grego denota excesso, licenciosidade, ausência de restrição,


indecência, libertinagem sexual, sensualidade. E de acordo com GL 5.19-21, as
pessoas sensuais não herdarão o reino de Deus.

Infelizmente é comum vermos em algumas igrejas a manifestação


deste pecado sem muitas reservas. A lascívia apresenta-se nas pessoas que
levadas por sentimentos diversos deixam-se moldar pelos costumes comuns aos
ímpios e lançam mão de roupas inadequadas aos servos do Eterno.

61
É a moda que obriga as mulheres a usarem saias curtíssimas;
calças justíssimas; fazerem uso de vestidos curtos e decotes que expõe os seios
e costas. É a sensualidade que se manifesta com grande intensidade.

E VOCE NÃO PODE DESPERTAR COBIÇA EM NINGUÉM.

“Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e


escondi-me” (Gênesis 3,10).

Esse temor devia ser sentido pelo menos dentro da igreja, mas
não é o que esta acontecendo hoje.

Será que muitos cristãos, em sua maneira de vestir, realmente


refletem a Cristo? As nossas vestes despertam no sexo oposto atração sexual ou
servem para impor respeito e a devida distância? A nossa maneira de vestir é
respeitosa ou provocativa?

Estas são as perguntas que um verdadeiro cristão deveria de se


fazer, quando se olhasse no espelho ao vestir alguma vestimenta.

Roupas cavadas, transparentes, decotadas, curtas, apertadas,


abertas, saias com fendas fora do limite de decência, tudo isso faz parte do
arsenal dos estilistas para destacar a sensualidade do corpo. São artifícios, por
essa razão, condenáveis e inaceitáveis em um cristão vitorioso, que
verdadeiramente ama o Senhor e a sua vinda.

Com certeza Jesus seria menos ofendido e as pessoas teriam


mais respeito dentro da Casa de Deus.

O homem é estimulado visualmente; a visão masculina é o início


de sua excitação sexual.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de


Chicago indica que mesmo a conversa mais inocente com uma mulher usando
roupas sensuais é capaz de ativar os hormônios masculinos.

62
Os pesquisadores pagaram estudantes para que fossem ao
laboratório da faculdade com o pretexto de medir os elementos químicos de suas
salivas. Na sala, os estudantes conversaram com uma jovem auxiliar da pesquisa.

Os testes de saliva mostraram que mesmo uma rápida interação


foi suficiente para aumentar os níveis de testosterona nos homens em até 30%.

A disparada dos hormônios foi proporcional à medida que os


jovens se disseram atraído pela mulher. Os que depois disseram ter se sentido
mais atraído foi os que tiveram as maiores mudanças hormonais.

O caso de Davi demonstra isso. “E aconteceu que numa tarde


Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu
do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à
vista. E mandou Davi indagar quem era aquela mulher; e disseram: Porventura
não é esta Bate-Seba, filha de Eliã, mulher de Urias, o heteu? Então enviou Davi
mensageiro, e mandou trazê-la; e ela veio, e ele se deitou com ela; então voltou
ela para sua casa”. (II Samuel 1.2-4).

Mostrar suas curvas, coxas, nádegas e genitália e as calças


compridas, as minissaias, vestidos decotados, apertados, curtos e transparentes
satisfazem perfeitamente a finalidade de despertar o desejo na pessoa do sexo
oposto.

Então você mulher, não pense que sendo sexy você está sendo
bela; ao contrário, você está sendo observada como um objeto. Na verdade, sair
para excitar homens é o trabalho de prostitutas, por mais que esse argumento
seja duro. Elas, as prostitutas, precisam expor o corpo ao máximo para excitar o
homem o bastante, o bastante para fazê-los desejá-las, custe o que custar.

Alguns também dizem: “A maldade está nos olhos de quem vê”. E


eu digo: ela também está nas mãos de quem atira. A arma só dispara se você
aperta o gatilho. Geralmente, quem atira não se fere, mas quem recebe o tiro às
vezes é ferido de morte. A roupa imodesta é o gatilho para o pecado. Você vestiu
você contribuiu... E no pior dos casos, você matou.

E POR ISSO QUE JESUS DISSE AOS HOMENS:

63
“Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para
cobiçá-la já em seu coração cometeu adultério com ela”. MT 5.28.

PORTANTO, MULHERES, NÃO SEJA UM FOGO EM MEIO A


POLVORA.

Portanto, a vontade de Deus é que os homens e as mulheres


cuidem de se vestir com modéstia e discrição. A palavra pudor subentende
vergonha em exibir o corpo.

Envolve a recusa de vestir-se de tal maneira que atraia atenção


para o seu corpo e ultrapasse os limites da devida moderação. A fonte originária
da modéstia acha-se no coração da pessoa, no seu âmago, noutras palavras,
modéstia é a manifestação externa da pureza interior.

Vestir-se de modo imodesto par despertar desejos impuros nos


outros é tão errado como o desejo imoral que isso provoca. Nenhuma atividade
ou condição justifica o uso de roupas imodestas ou exponham o corpo de tal
maneira que provoquem desejo imoral ou concupiscência em alguém.

Jesus disse aos seus discípulos:

“Sempre vão acontecer coisas que fazem com que as pessoas


caiam em pecado, mas ai do culpado! Seria melhor para essa pessoa que ela
fosse jogada no mar com uma grande pedra de moinho amarrada no pescoço do
que fazer com que um destes pequeninos peque” (Lucas 17.1-3).

Assim, é dever do cristão vestir-se com pudor e decência.

64
8. USO DE JÓIAS E PINTURAS

As jóias no principio eram usadas com o intuito de distinguir


posições dentro de uma mesma tribo. Por exemplo, um colar feito de dentes ou
ossos identificava um caçador. Esses ornamentos eram feitos com materiais raros
ou muito vistosos.

Foi ainda nesta época que se passou a associar certas pedras e


outros itens com poderes místicos, surgindo assim os amuletos.

Estes amuletos eram confeccionados quando as estrelas se


alinhavam em posições favoráveis. Com a evolução do homem e o
aprimoramento da manipulação do metal, as jóias passaram a ser mais refinadas.

Na época medieval a paixão por jóias era tamanha, que eram


necessárias regras e normas para se proibirem monges e freiras, os quais tinham
feito votos de pobreza, de as usarem.

Embora o uso de maquiagem tenha se iniciado numa era um


tanto remota, foi no século 20 que obteve seu maior auge, começou como algo
“discreto” nos anos 30, ganhando ousadia com o tempo sobretudo nos anos 60
quando além da maquiagem houve grandes transformações no modo de vestir.

No contexto histórico sabe-se que o uso de maquiagem teve o


inicio de seu desenvolvimento dentre os egípcios, pois nesta cultura a beleza
física, tanto de homens como de mulheres, os faraós fazia uso de maquiagem
também em cadáveres acreditando que um dia ressuscitariam.

Determinados assuntos devem ser estudados e discutidos para


que possamos ter uma posição frente a eles. Muitas vezes, o uso de jóias e
pinturas tem sido defendido por indivíduos e comunidades religiosas por
considerarem que o assunto talvez não mereça certa atenção.

Este posicionamento pode dever-se, em grande parte, ao desejo


de não incomodar grupos e pessoas.

65
Este é sim um assunto importante, envolvendo mais do que
opiniões de um grupo em particular, não devendo ser tratado com soluções
apaziguadoras ou diplomáticas construídas através de opiniões pessoais sem
fundamentos bíblicos ou proféticos.

Toda e qualquer questão que envolva a nossa vida cristã precisa


estar construída sobre alicerces seguros e claros vindos da palavra divina. “Saber
o que esta escrito” e “fazer o que esta escrito”, é coisas que nem sempre é
compreendido nos dias atuais; há grande diferença em “saber o que esta escrito”
e “entender o que esta escrito".

Mas, se amamos a Deus, nada será difícil demais ou caro demais


para ser abandonado, tendo-se certeza que essa é sua vontade. Em Ezequiel
capítulo 16 uma cena curiosa: Jerusalém é retratada como uma jovem mulher
(verso 2) que Deus toma como esposa e a veste com o melhor padrão dentro dos
costumes orientais daqueles tempos.

“Te ataviei com adornos e pus braceletes em teus braços e colar


em teu pescoço. Pus jóias em teu nariz e pendente em tuas orelhas e um formoso
diadema em tua cabeça. Assim foste adornada de ouro e prata e teu vestido era
de linho fino, seda e bordados”. (Ezequiel 16:11-13). “Tomastes, assim mesmo,
tuas formosas jóias de ouro e prata que eu te havia dado e fizestes imagens de
homens e fornicastes com elas”. (Ezequiel 16:17).

Isto significa que as mulheres podem se adornar assim hoje? Não


foi Deus mesmo quem adornou com tanta coisa a jovem? Não! Em primeiro lugar,
trata-se de um caso figurado cujas imagens são tomadas dos costumes da época.

I Timóteo 2:9-10 e I Pedro 3:3-4 fala-se contra o uso de jóias e


contra que as mulheres cristãs se adornem com elas e vestimentas custosas.
Trata-se, portanto, de um relato simbólico, onde é usada a língua local. A relação
adorno-apostasia é freqüente na Bíblia.

Em Ezequiel 23:38-43 – Também um relato simbólico, o povo de


Deus aparece como duas mulheres que profanaram o Sábado, idolatraram,

66
chamaram amantes e por eles pintaram os olhos e colocaram enfeites; os
beberrões do deserto lhes deram braceletes e diademas e elas adulteraram.

Em Isaías 3:16 a 26 – se encontra uma descrição tão detalhada


da corrupção feminina. Se descreve as mulheres do tempo de Isaías tais quais
eram: vãs, arrogantes, altivas, orgulhosas, mais interessadas em si mesmas do
que no Senhor ou nas necessidades dos que estavam ao redor.

O capítulo é dedicado a advertir a apostasia de Judá e Jerusalém.


Não se pode ler o capítulo sem entender a ligação simbólica dos adornos vãos
com a apostasia. O Senhor iria ferir o ponto mais forte do pecado.

Oséias 2:13 – Deus diz a origem dos enfeites para o seu povo
apóstata: “Pendentes de Baal e suas gargantilhas”.

II Reis 9:30 – Jezabel, a apóstata, pintou os olhos e se adornou


para seduzir.

Gênesis 35: 1 a 5 – encontramos um exemplo literal de como o


abandono dos enfeites e da idolatria se relaciona com a reconsagrarão a Deus. A
atitude dos filhos de Jacó deixando os ídolos e as argolas: “Então deram a Jacó
todos os Deuses estranhos, que tinham em suas mãos e as arrecadas que
estavam em suas orelhas" – Versículo 4.

I Timóteo 2:9-10 – Faz recomendação direta de modéstia e


simplicidade:

“Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto,


com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestido
preciosos, mas (como convém as mulheres que fazem profissão de servir a Deus)
com boas obras.”

O apóstolo Pedro (I Pedro 3:1-5) diz que o comportamento


simples das mulheres cristãs concorre para a conversão de maridos descrentes.
O apóstolo prossegue com clareza:

67
“O enfeite deles não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no
uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos.” (verso 3)

Paulo fala de pudor (I Tim. 2:9, 10) uma referência às roupas


decentes, advertências aliás, muito apropriada para as roupas curtas, justas,
transparentes e decotadas que infelizmente alguns (mas) exibem até na igreja.

A igreja cristã primitiva abominava as modas e as vaidades. Em


seu livro história da Civilização, Will Durant registra a oposição da igreja cristã às
práticas pagãs:

As mulheres evitavam cosméticos e jóias e sobretudo cabelos


postiços.” Op. Cit. P. 74 tomo I.

“A igreja proibiu aos seus fiéis a frequência aos teatros e circos e


também que tomassem parte nas atividades pagãs.”

Eram condenados a avareza, a desonestidade, o rouge, os


cabelos tingidos, as pálpebras pintadas, a bebedeira, o adultério, etc. Idem tomo II
págs. 200, 270, 277.

Em nossas igrejas, espera-se que não se faça o uso de jóias,


brincos, colares, pulseiras, pinturas diversas e batons, e outros adereços
mundanos.

Portanto, ao considerar os textos bíblicos vemos que o uso de


jóias era um costume no Antigo Testamento, mas que não refletia a vontade de
Deus para seu povo no que se refere à simplicidade e modéstia, da mesma forma
que a tolerância de Deus com o divórcio e a poligamia não significam a aprovação
de Deus a tais práticas.

A igreja primitiva também mantinha essa posição de modéstia


evitando jóias e pinturas, como demonstrado pelas referências históricas acima.

O testemunho cristão é parte integrante da vida espiritual e


qualquer jóia ou pintura, ou qualquer outra coisa que dê aparência do mal ou

68
cause escândalo precisa ser evitado pelos que, sem reservas, querem servir a
Deus. (I Tess. 5:22 e Rom 14:13, 21).

Os enfeites exteriores tipo jóias, enfeites, argolas, colares,


pinturas etc., devem ser evitados e abandonados, uma vez que tiveram suas
origens e influencia no “mundo”; afastam-se da simplicidade do evangelho - I
Timóteo 2:9, 10; é uma demonstração visível duma “vaidade pessoal” que vai
contra o que nos é ensinado II Pedro 3:1-5.

Em I Timóteo 2:9-10 – “Que do mesmo modo as mulheres se


ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro,
ou pérolas, ou vestido preciosos, mas (como convém as mulheres que fazem
profissão de servir a Deus) com boas obras.”

“com pudor e modéstia" haveria algo de errado nesta frase?


Alguém exageradamente diria que uma irmã se condenaria de usasse um xampu,
seguido dum condicionar e creme para pentear?

A palavra "PUDOR" vem do Lat. Pudore s. m., sentimento de


vergonha ou timidez, resultante do que pode ferir a decência, a honestidade ou a
modéstia; castidade; vergonha; pejo; seriedade; pundonor.

A palavra "MODESTIA" vem do Lat. Modéstia s. f., qualidade de


modesto; ausência de vaidade, de ostentação, de luxo; simplicidade e
moderação.

A igreja primitiva mantinha essa posição de modéstia evitando


enfeites pessoais como jóias e pinturas pessoais. Devemos entender do texto a
futilidade da vaidade, não dos cuidados pessoais.

"Vaidade do Lat. vanitate s. f., qualidade do que é vão, instável ou


de pouca duração; inanidade; presunção ridícula; ostentação; fatuidade; jactância;
vanglória; futilidade.

Porém sabemos todos, que as escrituras, não proíbem homens e


mulheres cuidarem de seus corpos e aparências, resumidamente, é "mudá-lo"
que não devemos.

69
9. ABSTINÊNCIAS

Muitos questionam se o cristão deve abster-se de comer certos


alimentos como carne nos dias da Semana Santa.

A vida do crente deve ser toda santificada. Assim, se comer carne


fosse pecado, ele teria de abster-se de comê-la durante todos os dias da sua
vida.

A palavra de Deus nos ensina que o Reino de Deus não é comida


nem bebida, mas gozo, paz e alegria no Espírito Santo.

A única abstinência que a Bíblia nos recomenda com maior


ênfase é abstermos do pecado.

Todavia, há uma recomendação Bíblica que devemos obedecer: é


de não comermos carnes sufocadas e sacrificadas aos ídolos; tais como o crente
não deve mesmo comer.

70
10. CARNE SUFOCADA

Desde o dia da criação o Senhor tem sido zeloso para com seu
povo, estabelecendo leis que lhes eram favoráveis e cuidando de sua
alimentação.

A carne sufocada é a carne de um animal que foi morto por


asfixia, por exemplo: matar uma galinha apenas destroncando-lhe o pescoço sem
deixar sair o sangue, isso é carne sufocada.

Vemos que a partir do dilúvio foi permitido o homem comer carne


(Gênesis 9:1-6). Porém de forma condicional, o sangue lhes foi proibido.

Assim, quando Deus fez o pacto com o homem, depois do dilúvio,


representado por Noé, e que ordenou a inclusão da carne como alimento para o
homem, fez-lhe a seguinte recomendação: “A carne, porém, com sua vida, isto é,
com seu sangue, não comereis” (Gênesis 9:4).

Por conseguinte, temos em Levítico 17:13-14: “Também qualquer


homem dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que
caçar animal ou ave que se come, derramará o seu sangue, e o cobrirá com pó;
Porquanto a vida de toda a carne é o seu sangue; por isso tenho dito aos filhos de
Israel: Não comereis o sangue de nenhuma carne, porque a vida de toda a carne
é o seu sangue; qualquer que o comer será extirpado”.

Veja que esta lei começou antes das leis de ordenanças e é


argumentada e regulamentada dentro das leis cerimoniais (Levítico 17:10-12). No
novo testamento como é usado, vemos que continua em vigor, e mais
esclarecida:

"Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do


sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se
vos guardardes. Bem vos vá" (Atos 15:29).

71
Essas recomendações foram enfaticamente ratificadas pelo
concílio apostólico.

Analisando o versículo 28 de Atos 15, Vemos que é o Espírito do


Senhor que estabeleceu e não os homens; portanto é mandamento abster se de
sangue e carnes sufocada e da prostituição dentro da nova aliança.

Para entender melhor é preciso saber o que é oxigênio, sangue e


quais as suas funções.

O homem foi criado do pó da terra, pois lhes faltava o fôlego de


vida = oxigênio = espírito (Gênesis 2:7).

O fôlego é a força essencial para todo o ser, pois ele mantém em


funcionamento todo o corpo, tanto de homens como animais.

As ações dos órgãos como o cérebro o sistema nervoso central,


só é possível funcionar através do fôlego da vida, oxigênio que respira; tornando-
se indispensável para manter em vida todo o ser.

Sem o oxigênio é impossível existir vida, ele é necessário, pois


entra nas narinas e através dos pulmões entra na corrente sanguínea que através
do coração bombeia o sangue pelas veias, que é levado a todo o corpo, assim
chega o oxigênio para alimentar todas as células do organismo, tanto de homem
como de animais.

Fôlego de vida é, portanto, espírito (Gênesis 7:21,22), tanto de


homem quanto do animal (Eclesiastes 3:19-21).

Vemos que o sangue é vida. (Gênesis 9:2-4; Levítico 17:11-12,14)


É o veiculo do oxigênio, não havendo circulação de sangue nas veias as células
não serão alimentadas e o seres viventes morrem por falta do oxigênio. Causa
das mortes: Asfixia, ou parada respiratória que é o mesmo que sufocado.

Na morte o coração para de bater, automaticamente o sangue


não é mais puncionado para os vasos sanguíneos circulatórios, os pulmões se
fecham e não entra mais o oxigênio no organismo que é o fôlego da vida; o

72
cérebro juntamente com o sistema nervoso cessam todas as atividades, ficam
sem os sentidos, assim o homem ou animal está morto. Vemos, sangue é vida,
portanto todo ser vivente possui.

Qual o conselho de como não comer sangue e carnes sufocadas?

Os animais devem ser degolados e deixar sair o sangue.


Cuidados ao comprar! Deve o servo de Deus ser prudente, pesquisar as origens e
fontes, por existirem várias indústrias e diferentes abates.

73
11. IDOLATRIA

DEFINIÇÃO E TERMOS RELACIONADOS A IDOLATRIA:

Ídolo: Estátua, figura, ou imagem que representa uma divindade


e que é objeto de adoração; Objeto de grande amou, ou de extraordinário
respeito.

Idolatria: Adoração de ídolos. Ato de prestar culto divino a


criaturas.

Idólatra: Que diz respeito à idolatria. Que presta culto ou


adoração aos ídolos.

Idolatrar: Praticar a idolatria; adorar ídolos

Adorar:Reverencia, venerar, Prestar culto a alguém ou algum


objeto, Se curvar, reverenciar o ser adorado.

DIZ A BÍBLIA QUE OS ÍDOLOS NÃO PODEM SALVAR


NINGUÉM, POIS SÃO APENAS PEDAÇO DE PAU, E QUEM INVOCA SEU
FAVOR SE TORNA SEMELHANTE A ELAS E ESTÃO ENGANADOS:

• (SALMOS 115.1-8)

São feitos pelas mãos de homens(v.4)

Tem boca, mas não fala, tem olhos mais não vê(v.5)

Tem ouvidos, mas não ouvem. Tem nariz, mas não cheiram(v.6)

Tem mãos, mas não apalpam, tem pés, mas não andam, não
podem emitir som de sua garganta(v.7)

E a todas as pessoas que fabricam os ídolos e confiam neles, se


tornam semelhantes a eles, como foi apresentado acima.

• (ISAÍAS 44. 9-20)

74
As imagens de escultura são nada(v.9)

Não tem nenhum préstimo as imagens de escultura(v.10)

Os que criam a imagem de escultura é feita pelo homem e seus


seguidores ficaram confundidos.(v.11)

As esculturas são de fabricação dos homens, por isso se tornam


impotentes(vs 12-16)

Os homens que se ajoelham diante de uma imagem e escultura


feita pelo homem e se curva diante dela e faz sua oração pedindo livramento,
nada sabe, nem entende, estar fora de si e não tem conhecimento. Pois estar
comentando abominação ao Senhor(vs. 17-19)

Tal homem que se curva diante de uma imagem de escultura


estar com seu coração iludido, pois tal escultura não ode salvá-lo, pois nela não
existe esse poder(v.20)

• ( JEREMIAS 10.1-5)

Deus diz que os costumes dos homens de buscar ajuda junto aos
ídolos é um costume espantoso(v.2)

Espanto porque buscam ajuda a um ídolo criado pela mão do


homem(v.3)

Enfeitado com prata e fixado para que não caiam(v.4)

Deus diz que tais ídolos são como espantalho em pipinal. Eles é
quem precisam da ajuda do homem para se mover e não o homem deles, pois
neles não estar fazer o bem, nem mal.(v.5)

• (ISAÍAS 45.20)

Buscar a ajuda dos ídolos é loucura, nada sabem os que buscam


ajuda dos ídolos e andam em procissão, fazendo suplica a um Deus que não
podem salvar.

75
A IDOLATRIA É PROIBIDA NA BÍBLIA POR DEUS, TANTO NO
ANTIGO COMO NO VELHO TESTAMENTO:

• NO ANTIGO TESTAMENTO:

ÊXODO 20.1-5:

Não terás outros Deuses diante de mim(v.3)

Não faras para ti imagem de escultura, nem figura alguma do que


há no céu ou debaixo da terra(v.4)

Não te curvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o


Senhor teu Deus, Sou Deus zeloso (v.5)

LEVÍTICOS 19.4:

Não vos virareis para os ídolos,(v.4ª)

Nem vos fareis Deuses de fundação.(v.4b)

Eu sou o Senhor vosso Deus(v.4c)

LEVÍTICOS 26.1

Não fareis para vós outros ídolos(v.1ª)

Nem vos levantareis imagem de escultura nem coluna(v.1b)

Nem poreis pedra com figuras na vossa terra(v.1c)

Para vos inclinardes a ela(v.1d)

Porque eu sou o Senhor vosso Deus(v.1e)

NO NOVO TESTAMENTO:

ICORÍNTIOS 10.14, 19-22

Portanto, meu amados, fugi da idolatria(v.14)

76
Tudo que é sacrificado aos ídolos não são oferecidos a Deus,
mais aos demônios(v.19-20)

Não podemos ser de Deus e dos demônios, como se diz: oferecer


uma vela a Deus e outro ao Diabo(v.21)

Quem sacrifica aos ídolos, estar lutando contra Deus(v.22)

JOÃO 5.21

Filhinhos, guardai-vos dos ídolos(v.21)

O QUE ACONTERÁ COM OS IDOLATRAS QUE ADORAM OS


ÍDOLOS E AS IMAGENS DE ESCULTURA, OS QUE PRESTAM CULTO A ELAS
E AS INVOCAM ATRAZ DE SOCORRO?

Vejamos o que diz a Bíblia em várias passagens:

I CORÍNTIOS 6.9: (“ou não sabeis que os injustos não herdarão o


reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros,
nem efeminados(àqueles que se deixam usar de modo antinatural, confira
Romanos 1.24-28), nem sodomitas(aos homossexuais ativos), nem ladrões, nem
avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de
Deus.”)

Deus cita uma lista de praticas desenvolvidas pelos homens, nas


os impossibilitam de herdar o reino de Deus(céu)

Entre essas praticas a IDOLATRIA se faz presente.

EFÉSIOS 5.5: (“Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro,


ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.”)

Novamente a idolatria estar relacionada com outras atitudes que


impedem a entrada no reino de Deus e de Cristo.

Isso deixa claro que aqueles que praticam idolatria, não irão para
o céu.

77
APOCALIPSE 21.7-8: (“Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o
Alfa e o Omega, o princípio e o fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte
da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus e ele me
será filho. Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos
assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a
parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a
segunda morte.”)

No versículo 6 é dito por Deus que ele dará de graça da fonte da


vida . No versículo 7 Ele diz que o vencedor herdará as coisas que são alistadas
no versículos no versículo 4 a 7.

No versículo 8 Ele mostra uma classe de pessoas que não


desfrutaram das coisas mencionadas nos versículos 4 a 7 do capítulo 21. Entre
elas estão os idolatras, os que terão como herança o lago de fogo e enxofre, no
lugar do reino de Deus.

APOCALIPSE 22.15: (“Fora ficam os cães, os feiticeiros, os


impuros, os assassinos, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica mentira.”)

Leia com atenção todos os versículos que antecedem o versículo


15, verás que Deus estar falando de céu e de suas maravilhas.

Mas no versículo 15 ele cita uma relação de pessoas que ficarão


fora do céu e não desfrutarão das maravilhas da cidade santa. Entre os grupos
citados estão os idólatras, os que adoram, veneram, prestam culto a estatua ou
imagem de escultura. Os que fazem oração a ídolos que não podem responder e
confiam a sua confiança em objetos criados por homens e não em Deus.

“Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos
desvieis de seguir ao SENHOR, mas servi ao SENHOR com todo o vosso
coração. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e
tampouco vos livrarão, porque vaidades são.” (I Samuel 12.20,21).

A idolatria é um pecado que o povo de Deus, através da sua


história no AT, cometia repetidamente. O primeiro caso registrado ocorreu na
família de Jacó (Israel).

78
Pouco antes de chegar a Betel, Jacó ordenou a remoção de
imagens de Deuses estranhos (Gn 35.1-4). O primeiro caso registrado na Bíblia
em que Israel, de modo global, envolveu-se com idolatria foi na adoração do
bezerro de ouro, enquanto Moisés estava no monte Sinai (Êx 32.1-6).

Durante o período dos juízes, o povo de Deus freqüentemente se


voltava para os ídolos. Embora não haja evidência de idolatria nos tempos de
Saul ou de Davi, o final do reinado de Salomão foi marcado por freqüente idolatria
em Israel (1Rs 11.1-10). Na história do reino dividido, todos os reis do Reino do
Norte (Israel) foram idólatras, bem como muitos dos reis do Reino do Sul (Judá).
Somente depois do exílio, é que cessou o culto idólatra entre os juDeus.

11.1 O FASCÍNIO DA IDOLATRIA

Por que a idolatria era tão fascinante aos israelitas? Há vários


fatores implícitos.

As nações pagãs que circundavam Israel criam que a adoração a


vários Deuses era superior à adoração a um único Deus. Noutras palavras:
quanto mais Deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência dessas nações e
constantemente as imitava, ao invés de obedecer ao mandamento de Deus, no
sentido de se manter santo e separado delas.

Os Deuses pagãos das nações vizinhas de Israel não requeriam o


tipo de obediência que o Deus de Israel requeria. Por exemplo, muitas das
religiões pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa no seu culto, tendo para isso
prostitutas cultuais. Essa prática, sem dúvida, atraía muitos em Israel. Deus, por
sua vez, requeria que o seu povo obedecesse aos altos padrões morais da sua
lei, sem o que, não haveria comunhão com Ele.

Por causa do elemento demoníaco da idolatria ela, às vezes,


oferecia, em bases limitadas, benefícios materiais e físicos temporários. Os
Deuses da fertilidade prometiam o nascimento de filhos; os Deuses do tempo (sol,

79
lua, chuva etc.) prometiam as condições apropriadas para colheitas abundantes e
os Deuses da guerra prometiam proteção dos inimigos e vitória nas batalhas.

A promessa de tais benefícios fascinava os israelitas; daí, muitos


se dispunham a servir aos ídolos.

11.2 A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA

Não se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre


o povo, a menos que compreendamos sua verdadeira natureza.

A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2.11; 16.20). O
ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos
humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de
“vaidades” (12.21), e Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é
no mundo” (1Co 8.4; cf. 10.19,20). Por essa razão, os salmistas (e.g., Sl 115.4-8;
135.15-18) e os profetas (e.g. 1Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5)
freqüentemente zombavam dos ídolos.

Por trás de toda idolatria, há demônios, que são seres


sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto Moisés (ver Dt 32.17 nota) quanto o
salmista (Sl 106.36,37) associam os falsos Deuses com demônios.

Note, também, o que Paulo diz na sua primeira carta aos coríntios
a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos: “as coisas que os gentios
sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus” (1Co 10.20). Noutras
palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios, os quais têm
muito poder sobre o mundo e os que são deles.

O cristão sabe com certeza que o poder de Jesus Cristo é maior


do que o dos demônios. Satanás, como “o Deus deste século” (2Co 4.4), exerce
vasto poder nesta presente era iníqua (ver 1Jo 5.19 nota; cf. Lc 13.16; Gl 1.4; Ef
6.12; Hb 2.14).

80
Ele tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas
de mentira (2Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13-14; 19.20) e de proporcionar às pessoas
benefícios físicos e materiais. Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a
prosperidade dos ímpios (Sl 10.2-6; 37.16, 35; 49.6; 73.3-12).

A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais


claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas
pagãs e o espiritismo, a magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a
necromancia e coisas semelhantes (cf. 2Rs 21.3-6; Is 8.19; ver Dt 18.9-11 notas;
Ap 9.21 nota).

Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem


submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de
Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito
subindo da terra, representando Samuel (28.8-14), i.e., ela viu um demônio
subindo do inferno.

O Novo Testamento declara que a cobiça é uma forma de idolatria


(Cl 3.5). A conexão é óbvia: pois os demônios são capazes de proporcionar
benefícios materiais. Uma pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre
cobiça mais, não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres
sobrenaturais que conseguem para tais pessoas aquilo que desejam.

Embora tais pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de


pedra, entretanto adoram os demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos
maus; logo, tais pessoas são idólatras. Dessa maneira, a declaração de Jesus:
“Não podeis servir a Deus e a Mamom [as riquezas]” (Mt 6.24), é basicamente a
mesma que a admoestação de Paulo: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o
cálice dos demônios” (1Co 10.21).

11.3 DEUS NÃO TOLERARÁ NENHUMA FORMA DE


IDOLATRIA

81
Deus advertia freqüentemente contra a idolatria no Antigo
Testamento. Nos dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são
contrários diretamente à adoração a qualquer Deus que não seja o Senhor Deus
de Israel (ver Êxodo 20.3,4 notas).

Esta ordem foi repetida por Deus noutras ocasiões (e.g., Êx


23.13, 24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2Rs 17.35,37,38).
Vinculada à proibição de servir outros Deuses, havia a ordem de destruir todos os
ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã (Êx 23.24;
34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).

A história dos israelitas foi, em grande parte, a história da


idolatria. Deus muito se irou com o seu povo por não destruir todos os ídolos na
Terra Prometida. Ao contrário, passou a adorar os falsos Deuses. Daí, Deus
castigar os israelitas, permitindo que seus inimigos tivessem domínio sobre eles.

O livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em


que os israelitas começavam a adorar Deuses-ídolos das nações que eles
deixaram de conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o povo
clamava ao Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-lo.

A idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade por quase


dois séculos. Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e Ele permitiu que os
assírios destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (II Reis 17.6-
18).

O Reino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a


Deus, como Ezequias e Josias, mas por causa dos reis ímpios como Manassés, a
idolatria se arraigou na nação de Judá (II Reis 21.1-11).

Como resultado, Deus disse, através dos profetas, que Ele


deixaria Jerusalém ser destruída (II Reis 21.10-16). A despeito dessas
advertências, a idolatria continuou (Is 48.4,5; Jr 2.4-30; 16.18-21; Ez8), e,
finalmente, Deus cumpriu a sua palavra profética por meio do rei Nabucodonosor
de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o templo e saqueou a cidade (II
Reis 25).

82
O Novo Testamento também adverte todos os crentes contra a
idolatria.

A idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia. Aparece


abertamente nas falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo
e noutras formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que as pessoas
dão lugar à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus somente.

Finalmente, ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros


acreditam que, a um só tempo, poderão servir a Deus, desfrutar da experiência da
salvação e as bênçãos divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias
do mundo. (b) Daí, o Novo Testamento nos admoestar a não sermos cobiçosos,
avarentos, nem imorais (Cl 3.5; cf. Mt 6.19-24; Rm 7.7; Hb 13.5,6) e, sim, a
fugirmos de todas as formas de idolatria (1Co 10.14; 1Jo 5.21). Deus reforça suas
advertências com a declaração de que aqueles que praticam qualquer forma de
idolatria não herdarão o seu reino (1Co 6.9,10; Gl 5.20,21; Ap 22.15).

Devemos tomar uma decisão com que vamos ficar, se com a


Bíblia ou com as tradições que recebemos dos nossos pais e da nossa religião.
Aconselho que você fique com a Bíblia, pois ela é a Palavra de Deus e devemos
ter as nossas crenças baseadas nela e não nas tradições adquiridas por nossos
familiares. Veja o que diz Mc 7. 1-13, os fariseus invalidavam a Palavra de Deus
seguindo a tradição e Jesus condenou isso. Cabe a você observar o que diz a
Bíblia e obedece-la, não interessa se a tradição fala diferente da Bíblia, o que
importa pra você é o que diz a Bíblia e não a tradição.

Devemos pedir que Deus nos ajude, a tomar a decisão certa,


mesmo quando esta venha ferir tudo aquilo que julgávamos certo.

Talvez você queira argumentar que não é um idolatria e que não


pratica idolatria, mas porque você tem imagens de escultura na sua casa? Uma
vez que a Bíblia como você viu neste estudo, proibi totalmente a fabricação delas.
Como você faz oração ajoelhado ou mesmo em pé diante delas? Isso segundo a
Bíblia é idolatria e não é agradável diante de Deus. Esteja consciente das
implicações ou das consequências que sobrevirão a você caso não der ouvidos a
Palavra de Deus.

83
12. OS VÍCIOS

Vencer um vício às vezes parece tão difícil quanto parar um trem.


A pessoa se sente fraca diante da grandeza de uma ‘locomotiva’ de ansiedades
que a dominam.

Isso mesmo, sente-se dominada pela prática viciosa tão pesada


quanto uma enorme carga que descarrila sobre si.

A Bíblia diz que quando o ser humano foi criado, “Deus os


abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a;
dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que
rasteja pela terra” ou seja, o ser humano não foi criado para ser dominado e sim
para dominar.

Isso significa que tem capacidade para controlar o ambiente ao


seu redor bem como sua própria existência.

Se formos enumerar os tipos de vícios existentes hoje em dia


veremos que há uma grande variedade de coisas desde as mais inofensivas até
às ilícitas como o vício em trabalho, dinheiro, televisão, futebol, chocolate,
refrigerante, jogos como cartas ou videogame, internet, sexo, pornografia, álcool,
cigarro, drogas, etc.

Para começar um vício basta uma primeira experiência que se


torna algo repetitivo até se tornar incontrolável. Já para deixar o vício é preciso
ajuda com muita força de vontade.

A Palavra de Deus nos ensina: “Não sabeis que os injustos não


hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras,
nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem
os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão
o reino de Deus.” (I Coríntios 6:9-10).

Como resistir ao vício?

84
1) Desejo de ser livre: Gálatas 5.13 “Porque vós, irmãos, fostes
chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne;
sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor”

O primeiro passo para se levantar é reconhecer que caiu e querer


ser erguido aceitando ajuda para isso.

A carne é fraca (Marcos 14.38), por isso precisamos tomar todo


cuidado com ela para não nos enfraquecer mais ainda.

O vício começa como uma primeira experiência e depois se torna


algo que ocupa seu tempo, gasta seu dinheiro e limita seus relacionamentos e
condição física. Ou seja, tira sua liberdade e a liberdade das pessoas ao seu
redor.

Você seria capaz, por amor a sua vida e família, de deixar o vício?

Jesus Cristo quer que você seja livre!

2) Buscar prazer em Deus: Salmos 1.1,2 “Bem-aventurado o


homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores, antes, o seu prazer está
na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite”

O vício proporciona prazer. Para suprir isso é necessário procurar


um ambiente de alegria na presença do Senhor. Isso satisfaz a vida plenamente
não deixando carências. Nunca diga que deixou o vício por que sua religião
proíbe e sim que você está satisfeito com Jesus a Água da Vida que te sacia para
sempre (João 4.11).

O Espírito Santo te encherá de uma alegria que não sentirá falta


de nada!

3) Não negociar com o pecado: Romanos 6.13,14 “nem ofereçais


cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade;
mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos

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membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá
domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça”.

A determinação em vencer o vício deve ser firme e inegociável.

Todas as pessoas que sofrem com vícios, dizem que têm


autocontrole de quanto podem fazer, mas não é isso que acontece na prática.
Sempre tem um dia que o vício supera as forças da pessoa.

Por isso, precisamos ser radicais contra o pecado para não


sermos vencidos por ele. É como estar à beira de um abismo (Salmos 42.7). O
lugar mais seguro é bem longe dele.

Você está disposto a lutar contra os desejos da carne?

Pela Graça de Deus somos fortalecidos para resistir os vícios!

Você pode vencer o vício!

Concluindo, I Coríntios 6.12 “Todas as coisas me são lícitas, mas


nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma delas”

Você não nasceu com vício e não deve morrer por causa disso.
Tudo que tenta te dominar pode se tornar algo vicioso. Tome muito cuidado com
práticas que podem se tornar algo incontrolável.

Se você tem um vício, lembre-se que é importante desejar ser


livre até que a vontade de sair seja maior que o próprio vício. Procure encontrar
prazer em Deus de maneira que a alegria espiritual seja compensatória das
carências que o vício tanta satisfazer de maneira ilusória. Seja determinado a
vencer o pecado, não negociando ou protelando a decisão para depois.

86
13. ÓSCULO SANTO

O ósculo santo ou osculumpacis foi uma forma de saudação


usada por Jesus Cristo e seus discípulos, pela ação de beijar a face mutuamente,
não somente em regiões onde esse era um costume habitual, mas também entre
os cristãos de Roma.

Embora algumas denominações ensinem que ósculo santo era


um toque terno e rápido dos lábios cerrados, praticado entre o sexo oposto na fé
em Cristo, pelo que se observa atualmente entre a população do Oriente, o ósculo
santo consistia em um beijo na face.

A saudação cristã só pode ser com a Paz do Senhor Jesus Cristo,


pois em Isaias 9.6 está escrito: Ele é o príncipe da Paz.

João 14.27 – A minha Paz, vos, dou.

Lucas 24.36 – Paz seja convosco. Paz de quem?

II Tess. 2.15 – Paulo instrui-nos a guardarmos a tradição como a


recebemos.

“Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo. As igrejas de Cristo


vos saúdam.” (Romanos 16:16).

Cumprimentar como o mundo cumprimenta: Bom dia, boa tarde,


boa noite, olá, oi e etc... não combina com a saudação de Jesus.

Saudar somente dizendo a Paz, fica muito vago, faltando


complemento, afinal de contas a Paz de quem?

Saudar dizendo a Paz do Senhor ou a Paz de Deus, pode


parecer-nos melhor que simplesmente dizer a Paz, porém continua incompleto,
pois há de se perguntar qual Senhor ou qual Deus?

87
Cumprimentar saudando com a Paz do Senhor Jesus Cristo ou
apenas a Paz do Senhor Jesus é correto, pois, deixa claro quem é o Senhor e
que Ele é dono da Paz. Já saudar dizendo apenas a Paz de Jesus, é melhor que
Paz de Deus ou do Senhor, porque temos um nome próprio.

Melhor é termos apenas um padrão, ainda que com sua variação:


Senhor Jesus e/ou Senhor Jesus Cristo.

Há aqueles que saúdam dizendo: Paz seja convosco, mesmo que


o outro esteja só. Deus em suas manifestações no A.T. se expressou dizendo Paz
seja contigo, mas Ele é o dono da Paz. (Juízes 6.23).

Quando os irmãos se aproximam e dão as mãos para


cumprimentar saudando com a Paz do Senhor Jesus deve-se praticar o ósculo
santo. Este mandamento havia sido esquecido e Deus traz novamente à prática
nos tempos da restauração.

Observamos que está doutrina e não costume local como


pretendem alguns, tem fundamento bíblico em:

Romanos 16.16 – O verbo está no imperativo. Diz-se da Igreja de


Cristo.

I Tess. 5.26 – O verbo está no imperativo e a ordem é para todos


os irmãos.

I Coríntios 16.20 – Saudai-vos com ósculo santo. Todos os


irmãos...

II Coríntios 13.12 – Manda saudar uns aos outros, com ósculo


santo. Todos vos saúdam

I Pedro 5.14 – Verbo no imperativo: Saudai-vos, uns aos outros,


com ósculo da caridade.

Lucas 7.45 - Tal saudação foi reclamada por Cristo na casa de


Simão.

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RESTRIÇÃO - Não se verifica nenhuma restrição para a prática
doutrinária, não há acepção de pessoas em razão de sexo, posição espiritual, cor,
idade, posição social. A separação entre os sexos: onde irmãos só saúdam
irmãos e as irmãs somente saúdam irmãs, torna numa manifestação de malícia e
ciúmes e, destarte não será ósculo santo.

Ósculo é beijo, portanto ósculo santo é beijo santo, sem malícia;


praticado com o verdadeiro amor Cristão, por uma família unida na verdade do
Evangelho, debaixo da unção, graça e do temor do Senhor.

No rosto ou na mão? Como a Bíblia deixou claro que devemos


praticar o ósculo santo, mas não deixou claro se deve ser no rosto ou na mão, os
irmãos no inicio da Obra de Restauração buscaram a Deus, com oração e jejuns,
para que Ele tirasse a dúvida, pois se praticada a saudação no rosto com
acepção de pessoas está em desacordo com a Palavra e se não fizer a acepção
de pessoas em razão do sexo, poderá haver problemas e escândalos.

Foi então que Deus usando um vaso profético lançou a sua


Palavra indagando: Qual a diferença entre a pele do rosto e a pela da mão?
Rapidamente buscaram a confirmação na Palavra, como costumavam fazer, e
tirando um texto por fé leram em “Saudação da minha própria mão...” I Coríntios
16.21.

Assim, o ministério da Igreja julgou a questão abraçando a prática


de mais esta doutrina que por muito tempo ficara no esquecimento.

89
14. PÁSCOA e CEIA DO SENHOR

Mesmo sendo uma data muito popular, a Páscoa ainda deixa


muitas pessoas em dúvida. Muitos ainda não compreendem de onde ela surgiu e
o seu real significado. Com a forte apelação do comércio as pessoas confundem-
se mais ainda. Não é raro vermos pessoas respondendo que Páscoa são ovos de
chocolate ou um feriado católico.

A Páscoa tem o seu início no Antigo Testamento. O povo de Israel


vivia como escravo do povo egípcio já há 400 anos. A Bíblia diz que Deus ouviu a
oração daquele povo que vivia oprimido: “… os filhos de Israel gemiam sob a
servidão e por causa dela clamaram, e o seu clamor subiu a Deus. Ouvindo Deus
o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó.”
(Êxodo 2. 23-24).

Deus resolveu libertá-los e para isso convocou Moisés para liderar


esse movimento. O Faraó, líder máximo do Egito, não quis deixar o povo de Israel
sair em liberdade, por isso, Deus enviou inicialmente nove pragas. Mesmo sendo
castigado por essas pragas o faraó se recusou deixar o povo israelita ir embora
rumo à liberdade. Foi então que Deus preparou a décima praga. Essa praga era a
morte dos primogênitos (filho mais velho). Só não morreriam aqueles que
cumprissem algumas ordens dadas por Deus.

Dentre as várias exigências de Deus, a principal era separar um


cordeiro ou um cabrito de um ano e sem defeito (Êxodo 12. 3, 5). Esse animal
deveria ser morto num dia determinado e o seu sangue passado nos batentes das
portas (Êxodo 12. 3, 5). Quando Deus viesse para matar os primogênitos, vendo o
sangue nos batentes, não mataria ninguém daquela casa. Onde não tivesse o
sangue do animal, o primogênito morreria. Aquele sangue (e a obediência à voz
de Deus, é claro) era a garantia de vida e libertação daquelas pessoas.

A décima praga acontece e todos os primogênitos do Egito


morrem inclusive o filho do faraó. Ele, então, deixa o povo ir embora. É aqui que
começa a Páscoa. O povo foi liberto da escravidão pela mão poderosa de Deus!

90
O ritual realizado na primeira Páscoa, que é descrito em Êxodo 12.1-20, deveria,
então, a partir daquele momento, ser observado todos os anos pelas próximas
gerações. E foi assim que aconteceu.

Em Êxodo 12. 27 está a explicação que deveria ser dada quando


os filhos daquelas pessoas perguntassem o que eram aqueles rituais simbólicos
feitos na Páscoa. Veja: “Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que
passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios
e livrou as nossas casas.” (Êxodo 12. 27)

Essa comemoração seguiu até os tempos de Jesus Cristo, que


deu a ela um significado ainda mais marcante e profundo.

Após Jesus, a Páscoa mudou sua forma, mas não seu significado.
Jesus, através de Seu sangue, nos libertou da escravidão do pecado. E esse
sangue foi derramado na Sua morte lá na cruz em sacrifício. Jesus é como aquele
cordeiro que ofereceu o seu sangue para que aquele povo, que vivia como
escravo vivesse e fosse totalmente livre. Pelo sangue de Jesus vivemos a
liberdade. Ele foi o sacrifício que nos trouxe vida e libertação da condenação e da
escravidão do pecado.

A Páscoa cristã comemora, então, o sacrifício e a ressurreição de


Jesus Cristo. Jesus é o nosso Cordeiro pascal (I Coríntios 5. 7). Ele nos propiciou
a liberdade através de Seu sangue e da Sua vitória na cruz.

Para tanto, o Senhor Jesus nos deixou a Santa Ceia.

A Ceia do Senhor foi instituída por Jesus Cristo na noite em que


Ele foi traído. Essa noite era o dia da páscoa judaica. “E, tomando um pão, tendo
dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós;
fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice,
dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de
vós.” (Lucas 22. 19-20).

A Ceia for ordenada por Jesus para que acontecesse por toda a
posteridade como uma lembrança viva de Sua morte e sacrifício na cruz pelos

91
nossos pecados. Por isso, até hoje a realizamos como um memorial, lembrando
da obra de amor de Jesus por nós.

Além de ser um memorial, a Ceia é um momento de comunhão da


igreja e fortalecimento espiritual de cada membro do corpo de Cristo. Um
momento único e especial.

Alguns acreditam que os elementos da Ceia (pão e vinho) se


transformam no próprio corpo e sangue de Cristo no momento da Ceia, quando
consagrados pelo sacerdote (doutrina chamada de transubstanciação). Nós
cristãos, rejeitamos esse pensamento, pois não tem embasamento bíblico. Os
elementos permanecem da mesma substância que são, pão e vinho. O fiel recebe
fisicamente apenas o pão e vinho, mas espiritualmente e pela fé, recebe os
benefícios da comunhão com Jesus Cristo.

Assim, é certo que a CEIA DO SENHOR que toda a Igreja


participa, tem como componentes: “PÃO E VINHO”. É por ordenança do Senhor,
com pão ázimo (sem fermento); jamais com pão levedado (de padaria), pois tal
pão fermentado nunca foi usado pelos juDeus na celebração da páscoa. (Êxodo
23:18 - Levítico 23:6 a 11 - II Crônicas 35:17). Não oferecerás o sangue do meu
sacrifício com pão levedado... (fermentado).

Malaquias 1:6 e7 - O filho honrará o pai, e o servo a seu senhor; e


se Eu sou o Pai, onde está a minha honra ? Diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó
sacerdotes, que desprezais o meu nome e disseste: em que desprezamos nós o
teu nome ? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: em que te havemos
profanado? Nisto que dizeis: a mesa do Senhor é desprezível.

I Coríntios 5:6, 7 e 8 - Não é boa a vossa jactância (vanglória).


Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos
pois do fermento velho para que sejais uma nova massa, assim estais sem
fermento. Porque Cristo, “Nossa Páscoa”, foi sacrificado por nós. Pelo que
façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da
malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade.

92
Jesus mandou seus discípulos prepararem o pão da ceia, não
mandou comprá-lo. O pão da padaria é útil para nossa alimentação, mas para
comparar com o corpo de Cristo, é imundo, preparado por mãos imundas
(fumantes, etc.), de pessoas ímpias, e ainda fermentado! (II Crônicas 35:17 -
Esdras 6:22), (Mateus 26:17, Lucas 22:1 ao 8).

Quanto mais obediência, mais bênção receberemos. Deus dá


graça aos humildes, mas resiste aos soberbos.

A Ceia não deve ser tomada de qualquer forma. A Bíblia nos


orienta a examinarmos o nosso coração antes de participar. E é nesse exame que
nos colocamos diante de Deus, reconhecendo o valor de Cristo e Sua obra, bem
como, avaliando nossa vida, confessando nossos pecados e tomando decisões
de mudanças.

Assim ficamos prontos para participar. “Examine-se, pois, o


homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e
bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si.” (I Coríntios 11. 28-29)

14.1 PÃO ASMO

Como deve ser o pão da Ceia que representa o Corpo Santo de


Nosso Senhor Jesus, com fermento ou sem fermento (asmo)?

O assunto em foco tem como objetivo, desmascarar (e ao mesmo


tempo ensinar) a ideia enganosa de muitos que dizem que o pão da Ceia não
precisa ser necessariamente sem fermento.

Porém, vamos provar ao contrário, por fundamentos bíblicos,


como também de forma lógica e coerente que, a Ceia deve ser com pão asmo.

Na verdade, o uso sobre o tipo de pão que dever ser comido na


Ceia, não tem sido a preocupação da maioria dos cristãos atuais.

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Entretanto, é bom ressaltar que, por causa dessa ignorância, a
Igreja perde aos poucos a sua identidade. Para àqueles que não sabem; dizemos,
há uma mui grande diferença entre uma Ceia celebrada com pão fermentado e a
outra celebrada com pão sem fermento.

A questão sobre o tipo de pão da Ceia do Senhor Jesus, somente


terá um resultado concreto, após respondemos as quatro perguntas essenciais,
que são relativas aos princípios bíblicos, conforme relacionadas abaixo:

1. Que o tipo de pão que os juDeus comiam nas Ceias pascais.


Memorizando: Como já tivemos oportunidade de ver em ocasião anterior, as
Festas da Páscoa e a dos Pães Asmos, como o próprio nome já diz, era proibido
o uso do fermento. Qualquer substância semelhante à levedura, capaz de
produzir fermentação em massa de pão ou líquido e qualquer coisa fermentada
tinha que ser removida dos lares dos israelitas, fora do alcance dos seus olhos
(Êx 12.18-20; 13.6,7). Portanto, fica bem claro, que a Ceia pascal dos juDeus, era
servida com pães asmos.

2. Que tipo de pão Jesus instituiu como Símbolo de Seu Corpo.


Diz a Bíblia, que enquanto comiam o cordeiro pascal, Jesus tomou o pão, deu
graças, partiu-o e deu aos discípulos dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é
dado; fazei isso em memória de mim (Luc 22.19). O pão que Jesus instituiu como
o símbolo de Seu Corpo, era um dos pães asmos que fazia parte da Ceia pascal.
Jesus usou este tipo de pão (asmo) para instituir a Sua Ceia, não porque não
houvesse disponível na ocasião, um outro tipo de pão, mas, é porque Seu Corpo
Santo, somente seria bem representado, por um pão asmo. Outrossim, de
mostrar que a Ceia, ou a Páscoa Cristã, é a continuação da Páscoa judaica,
porém, é claro, com um caráter muito mais relevante (Col 2.16,17; Heb 10.1).

3. Por que será que o Novo Testamento nada diz sobre o pão da
Ceia? Alguns dizem que não celebram a Ceia do Senhor com pão asmo é porque
não há nenhuma ordem expressa para pão asmo no Novo Testamento.

Aparentemente, isso parece ser uma resposta convincente,


principalmente, para aqueles que procuram achar um respaldo bíblico para o pão

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fermentado. Este tipo de resposta, faz com que muitos se acomodarem com o
tradicional pão com fermento, como símbolo do Corpo Santo de Jesus Cristo.

Todavia, tais pessoas não dizem, talvez por esquecimento, que


também não há no Novo Testamento, nenhuma ordem expressa para pão
fermentado na Ceia do Senhor Jesus Cristo.

Pelo fato do Novo Testamento nada falar ou ordenar a respeito do


tipo de pão que devia ser preparado para a Ceia, isto não significa que Jesus
tenha deixado o pão como sendo uma opção de escolha, ou seja, que podemos
escolher o tipo de pão da Ceia como assim o desejarmos, se é com fermento ou
sem fermento.

Os que assim pensam, estão muito equivocados. Ao contrário do


que se pensa, existe sim, uma norma na Bíblia para o pão asmo na Ceia.
Embora, não haja no Novo Testamento alguma ordem direta sobre o tipo de pão
da Ceia, porém, não podemos classificar isso como uma omissão dos escritores.

Porque se o Novo Testamento se cala sobre isso, é porque tem


motivos, ou melhor, é porque não houve necessidade para tal. E, Isto é explicado
pelos seguintes quesitos:

Primeiro: É preciso considerar que, os primeiros cristãos, eram


pessoas (os apóstolos, etc.) que recentemente haviam saídas do judaísmo
(judeu-cristãos), e, com isso estavam habituadas com o preparo dos elementos
da Páscoa, no qual incluía o preparo dos pães asmos (Luc 22.8-13).

Pois, isso era uma tarefa a qual faziam todos os anos. Este é o
primeiro fato, que dispensou os escritores do Novo Testamento de escrever sobre
o tipo de pão que deveria ser comido na Ceia do Senhor Jesus. Tendo em vista
que o mesmo tipo que era comido na Ceia da Páscoa, deveria ser comido na
Ceia. Então, é obvio que não precisavam falar sobre isso.

Segundo: Os novos cristãos, que recentemente haviam deixado o


judaísmo, tinham em mente, o que significava para eles o fermento e que seu uso
na Páscoa e na Festa dos Pães Asmos era extremamente proibido sob pena de
punição (Êxodo 12.20; 13.6,7).

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Por isso, permitir a mudança de pão sem fermento para pão com
fermento, mesmo em se tratando da Páscoa da Nova Aliança, era algo que eles
não fariam de maneira alguma e também não aceitariam tal coisa (I Coríntios 5.7).

Além disso, seria um ato de afronta para com a Palavra do


Senhor; sendo assim, acabariam prontamente rejeitando a Ceia do Senhor Jesus,
por causa do fermento.

Terceiro: O que pão da Páscoa realmente ganhou, na ocasião da


instituição da Ceia do Senhor Jesus, foi uma nova significação; Isto é o meu
corpo..., enquanto, que a substância do pão deveria (e deve) permanecer a
mesma para a Ceia.

Portanto, caso houvesse qualquer mudança neste sentido, é


óbvio que tanto Jesus com os escritores do Novo Testamento, falariam a respeito.

A refeição comum (ou Ceia ágape) era realizada com pão asmo
(Atos 2.42).

O Simbolismo do fermento na Bíblia. Fermento hebseor, pão


levedado (Deuteronômio 16.4).

O Fermento nas Escrituras é usado frequentemente para


simbolizar o pecado, a impureza, o mal, a corrupção, a hipocrisia, a falsa doutrina
e por fim, tudo o que o contamina e corrompe o homem (Mateus 16.6,11 e
referências).

Os escritores rabínicos, frequentemente usavam o fermento como


símbolo do mal e da corrupção hereditária do homem (Êxodo 12.8,15-20). O
Talmude judaico diz: A levedura representa o impulso maldoso do coração.

O fermento era associado com corrupção, mesmo na mente de


povos da antiguidade que não eram hebreus. Por exemplo, Plutarco, escritor e
filósofo grego (46-126 a.C.), descreveu o fermento como a própria descendência
da corrupção, que corrompe a massa com a qual é misturada.

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Por conseguinte, o uso do fermento e do mel eram proibidos nas
ofertas de manjares (cereais), bem como nas Festas da Páscoa e dos Pães
Asmos, também todas as ofertas de bolos ou pães, postas sobre o altar, tinham
que ser feitos com farinha sem fermento (Levítico 2.1-16; 10.12,13).

Os usos figurados do fermento, no Novo Testamento, refletem


muito do ponto de vista antigo sobre o mesmo como corrupto e corruptor.

Jesus fez advertências contra o fermento dos fariseus, dos


saduceus e dos herodianos (Mat 16.6; Marc 8.15). O fermento dos fariseus era; a
hipocrisia e sua preocupação com o exibicionismo (Mat 23.14,16; Lc 12.1); o dos
saduceus; o cetismo e a ignorância culpável (Mat 22.23,29); e dos herodianos: a
malícia e a sua astúcia política (Mat 22.16-21; Marc 3.6). As duas passagens
paulinas onde ocorre a palavra fermento, sustentam esse ponto de vista (1 Cor
5.6-13, Gál 5.9), sendo que a primeira delas faz o contraste entre o fermento da
maldade e da malícia e os asmos da sinceridade e da verdade; quando Paulo
relembra a nova significação da Antiga Festa Judaica, e diz: Cristo nosso cordeiro
pascal foi imolado por nós (vs.7).

Assim, alguns dizem que celebrar a Ceia, com pão asmo não é
necessário, porque a Ceia é uma comemoração espiritual (1 Cor 11.24). Na
verdade, a Ceia, é uma comemoração espiritual, uma das Festas mais espirituais
da Igreja de Jesus Cristo. Porém, é bom lembrarmos que, ela é representada por
elementos literais, no caso, o pão e o cálice (Mat 26.26-28).

Todavia, por ser uma comemoração espiritual, isto não significa


que podemos desprezar os elementos que representam os ideais deste ato
sagrado, isto é, misturando o «santo» com o «profano», 1 Cor 10.21.

Celebrar a Ceia com pão fermentado é não discernir o corpo de


Cristo, ou considerá-lo como um corpo manchado pelo pecado.

Comer um pão fermentado com símbolo do Corpo Santo de Jesus


é algo completamente inadmissível, isto pode ser chamado de violação da
santidade do Corpo de Jesus, Nosso Salvador (Sal 16.10).

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Em suma, como o Corpo de Jesus não pode ser violado por
ninguém, ainda que haja tentativas, conscientes ou não. Quando a ceia é
celebrada com este tipo de pão (fermentado), não pode (e não é) de maneira
alguma ser considerada como a Ceia do Senhor Jesus, pois, não tem nenhuma
relação com o Corpo Santo de Jesus.

14.2 LAVA PÉS

O ato conhecido como lava-pés ou lavar os pés é realizado com


base no exemplo deixado pelo Senhor Jesus Cristo e seus discípulos, conforme
consta no Evangelho de João capítulo 13.

Além do capítulo 13 do Evangelho de João, serão considerados


outros textos bíblicos para interpretação, propondo confirmar se o ritual do lava-
pés pertence à única doutrina existente para o povo de Deus, que é a de Cristo, a
mesma doutrina dos Apóstolos do Cordeiro.

Antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a


sua hora de passar deste mundo, como havia amado os seus, que estavam no
mundo, amou-os até o fim.

Após a ceia, o Senhor Jesus, levantando-se, tira as vestes, cinge-


se com uma toalha, coloca água em uma bacia e começa a lavar os pés dos seus
discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.

Lavar os pés era um ato de costume do povo hebreu - O povo que


Deus separou para si.

Até nesses atos Deus fala e traz verdades espirituais firmes e


eternas.

O texto básico se encontra em João 13:1 ao 17.

Praticado pelo Senhor Jesus Cristo e ordenado por Ele.

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Vamos decorrer o texto para melhor entendermos:

Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada


a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que
estavam no mundo, amou-os até o fim.

E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas


Iscariotes, filho de Simão, que o traísse, Jesus, sabendo que o Pai tinha
depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para
Deus, Levantou-se da ceia, tirou as vestimentas superiores, e, tomando uma
toalha, cingiu-se.

Depois deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos


discípulos e a enxuga-los com a toalha com que estava cingido.

Aproximou-se de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-


me os pés a mim?

Respondeu lhe Jesus: O que eu faço, tu não o sabes agora; mas


depois o entenderás.

Tornou lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Replicou lhe Jesus:


Se eu não te lavar, não tens parte comigo.

Disse lhe Simão Pedro: Senhor, não somente os meus pés, mas
também as mãos e a cabeça.

Respondeu lhe Jesus: Aquele que se banhou não necessita de


lavar senão os pés, pois no mais está todo limpo; e vós estais limpos, mas não
todos.

Pois ele sabia quem o estava traindo; por isso disse: Nem todos
estais limpos.

Ora, depois de lhes ter lavado os pés, tomou o manto, tornou a


reclinar se à mesa e perguntou lhes: Entendeis o que vos tenho feito?

Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou.

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Ora, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós
deveis lavar os pés uns aos outros.

Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós
também.

Em verdade, em verdade vos digo: Não é o servo maior do que o


seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.

Se sabeis estas coisas, bem aventurados sois se as praticardes.

Quando Pedro replicou a ação do Mestre, Jesus lhe disse: “- O


que faço não sabes tu agora, mas tu o saberás depois.” Se fosse um costume ou
uma tradição judaica, sendo Pedro um judeu não entenderia ou saberia o que o
Senhor Jesus estava fazendo? Certamente que sim! Porém vemos que Jesus iria
ainda explicar, como o fez na seqüência no texto, e deixou claro que é um dever
para a sua Igreja lavar os pés uns aos outros. (Todo dever deve ser cumprido).
Além do que, há uma bem aventurança para quem pratica.

Podemos entender quando lemos em I Timóteo 5:9 e 10 que a


Igreja continuou com a prática do Lava Pés.

Este é um mandamento muito claro e, se é para ter parte, qual


será a parte daquele que não pratica? É uma doutrina obedecida nos TEMPOS
DE RESTAURAÇÃO.

O LAVA PÉS aconteceu na mesma noite da Santa Ceia, portanto,


é também MEMORÁVEL A HUMILDADE DO SENHOR. Lc. 22:19.

O LAVA PÉS não é costume dos israelitas, mas MANDAMENTO


DE CRISTO PARA A IGREJA. Jo. 13:15 e 17.

CINCO RAZÕES BÍBLICAS, PORQUE JESUS NÃO LAVOU OS


PÉS DE JUDAS:

1) Jesus lavou os pés, somente dos 11 discípulos, QUE TINHA


PARTE COM ELE.

100
"Levantou-se da ceia, tirou os vestidos, e, tomando a toalha,
cingiu-se.

Depois deitou água numa bacia, E COMEÇOU A LAVAR OS PÉS


AOS DISCÍPULOS, e enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido."Jo.
13:4-5.

"Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás: SE EU TE NÃO LAVAR,


"NÃO TENS PARTE COMIGO." Jo. 13:8

Por esta razão, Jesus não lavou os pés de Judas, POIS ESTE
NÃO TINHA PARTE COM ELE.

Se isto acontecesse, ele TERIA PARTE TAMBÉM NA


SALVAÇÃO, como os demais discípulos.

Seria JUSTIFICADO também do seu pecado, como os demais


discípulos.

Ele também seria filho de Deus, como os demais discípulos;

Judas não teria se perdido, e portanto, também não se cumpriria a


Escritura, abaixo:

"...Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se


perdeu, SENÃO O FILHO DA PERDIÇÃO, para que A ESCRITURA SE
CUMPRISSE". Jo. 17:12

2) Jesus, ao lavar os pés dos (11) discípulos; somente completou


a obra, sobre OS QUE JÁ HAVIAM SIDOS "LAVADOS ANTES".

"Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os pés, mas também as


mãos e a cabeça.

Disse-lhe Jesus: AQUELE QUE ESTÁ LAVADO não necessita de


lavar SENÃO OS PÉS, pois no mais todo está limpo, ORA VÓS ESTAIS LIMPOS
(os 11), mas (não todos)."Jo. 13:9-10.

101
3) JUDAS ERA O ÚNICO DISCÍPULO, QUE NÃO ESTAVA
LIMPO

Ao contrário dos demais discípulos, JUDAS NÃO TINHA


LIMPADO SEU CORPO (ANTES). Portanto, LAVAR SOMENTE SEUS PÉS, seria
inútil, não LIMPARIA SEU CORPO ESPIRITUAL SUJO.

"Porque BEM SABIA ELE QUEM O HAVIA DE TRAIR; por isso


disse: (NEM TODOS ESTAIS LIMPOS). Jo. 13:11.

4) JUDAS NÃO FOI ESCOLHIDO NEM PARA A SALVAÇÃO, E


NEM PARA O LAVA PÉS

"Não falo de todos vós; EU BEM SEI OS QUE TENHO


ESCOLHIDO (os 11); mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão
comigo, levantou contra mim o seu calcanhar". Jo. 13:18

5) Se Jesus lavasse os pés de Judas, Ele estaria aceitando a


proposta anterior de Satanás, que lhe disse: "...SE PROSTADO ME
ADORARDES." Mt. 4:9.

Se o fizesse, automaticamente se DOBRARIA também aos pés


do diabo, pois Judas era um. "...E um de vós É UM DIABO". Jo. 6:70.

102
15. OS DEVERES E A CONDUTA DO CRISTÃO

Uma vez que o crente recebe a justificação por meio de Jesus


Cristo, deve andar “de modo digno da vocação a que fostes chamados”. Isso será
demonstrado através de sua conduta, o seu viver diário.

A Palavra de Deus nos fornece inúmeros modelos para


aplicarmos em nossa vida. Devemos ser cidadãos dignos. A conduta do crente
deve refletir a de uma pessoa transformada, que foi lapidada pelo poder do
Espírito Santo. Somente por meio da Palavra de Deus é que iremos saber se o
comportamento do crente é correto ou não.

Baseados nisso, iremos verificar alguns princípios que, se forem


seguidos, com toda certeza farão uma grande diferença na vida daquele que
praticar, bem como na vida das pessoas que estão a sua volta. Há uma grande
necessidade de mantermos uma conduta exemplar.

Para tanto, é mister grande empenho para atingir tal objetivo.


Somos exortados, pela Palavra de Deus, como deve ser a nossa conduta “para
que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de
uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no
mundo” (Fp 2.15).

O serviço cristão.

Paulo instrui princípios sadios de como deve ser o comportamento


do cristão em várias áreas. O crente deve manter um padrão exemplar de
conduta, para que em tudo, Cristo venha a ser glorificado. Primeiramente, somos
instruídos de que o “Eu” (aquilo que realmente eu sou) deve ser sacrificado.
Sacrifício é algo que por natureza, nós não estamos acostumados a fazer. Custa
muito sacrificar. Mas é necessário.

a) Em Relação a Deus

103
A conduta cristã está baseada em ter-se uma atitude certa para
com Nosso Deus. A atitude com que fazemos, realizamos, recebemos as coisas
demonstra como está o nosso nível para com Deus.

O crente fora justificado, no entanto, deve procurar viver uma vida


de santidade. A primeira cláusula de importância nessa etapa da conduta cristã é
“Apresentar-se a Si mesmo a Deus”.

Isso significa que por meio de nossas próprias forças não somos
capazes de realizar algo ou alguma coisa (Rm 12.1,2; comparação 1Co 6.19,20).
“Como por um ato de rendição nossa, alcançamos o poder da cruz, para uma vida
separada, assim agora, por um ato semelhante, entramos numa vida de serviço.
Isto feito segue-se a atitude de prontidão para qualquer serviço que Ele requeira
de nós. Assim o ato torna uma atitude constante, de toda a vida, sempre se
rendendo, desejando e esperando fazer a vontade dELe”.

As implicações de se apresentar a Deus são várias, notemos:

1) é voluntária: Deus deseja que apresentemos nossos corpos,


isso cabe a cada um de nós. Não é uma obrigação, mas isso implica
necessariamente em viver de acordo com a Vontade de Deus. Se não se
apresenta o corpo voluntariamente o resultado é derrota e falta de fruto.

2) é pessoal: cada um deve apresentar o seu próprio corpo, não o


de seu amigo, não de sua amiga, namorada, esposa, pai ou mãe, mas, sim, o seu
próprio corpo.

3) é sacrificial: sem sacrifício não há recompensas, sem um


sacrifício vivo não existe conquistas e vitórias espirituais.

4) é racional: não é uma entrega insensata, mas uma entrega da


razão, a pessoa sabe exatamente o que está fazendo. É um culto prestado pela
mente e pelo coração.

Com toda certeza o maior exemplo desta entrega total do corpo,


sem reservas, fora a do Senhor Jesus Cristo, que quando estava nesta terra, não
procurou fazer a Sua vontade.

104
b) Em Relação a Nós Mesmos

O crente não deve procurar estimar-se mais do que lhe é próprio.


“Não pense de si mesmo, além do que convém” (Rm 12.3). É uma ordem! Caso
uma pessoa pense de si mesma, além do lhe convém, com toda certeza,
começará a causar problemas e atritos entre os irmãos e entre o corpo de Cristo,
a Igreja. Pessoas assim se tornam orgulhosas, cheias de ambição e justiça
própria, logo entrarão em desacordo com a liderança.

Ao contrário, o crente que se submete ao poderio do Espírito


Santo, sabe de suas forças e das suas limitações. Este procura sempre buscar o
auxílio de Deus para exercer o seu dom e nunca o usará fora daquilo que lhe
cabível ou concernente. “Nunca ficamos mais úteis por servirmos em trabalhos
para os quais não somos idôneos”.

c) Em Relação à Igreja

A Igreja é um organismo e não uma organização. Aqui verificamos


que os crentes prestam seus serviços na Igreja de Deus por meio de seus dons
espirituais.

Uma analogia feito com o corpo humano, que tendo muitos


membros, cada um diferente do outro, no entanto é um, cada membro opera em
conjunto para o perfeito funcionamento do todo (1Co 12).

Assim, deste modo, deve ser o Corpo de Cristo, muitos membros,


muitas pessoas com diferentes qualidades, dons, personalidades, mas todas
devem agir para um só benefício, para um só bem comum, que é o
aperfeiçoamento dos santos e a glorificação de Nosso Deus.

Nenhum membro desse corpo deve procurar o que lhe é do


agrado, mas, sim, aquilo que beneficia aos outros.

“A marca das obras das mãos de Deus é a diversidade, não a


uniformidade. Assim é com a natureza; é assim também com a graça, e em
nenhum lugar mais do que na comunidade cristã. Nesta há muitos homens e
mulheres das mais diversas espécies de origem, ambiente, temperamento e

105
capacidade. E não só isso, mas, desde que se tornaram cristãos, são também
dotados por Deus de uma grande variedade de dons espirituais. Entretanto,
graças a essa diversidade e por meio dela, todos podem cooperar para o bem do
todo”.

Cada crente em Cristo Jesus possui um ou vários dons


espirituais. Estes dons foram concedidos com o propósito de edificarmos a cada
um, para fazermos com que o corpo funcione. Assim, desta forma, com a união
de cada um em torno de Cristo, corpo funciona.

Paulo nos apresenta neste trecho (Romanos 12.4-8) sete destes


dons, indicando assim uma perfeição.

É claro que o número de dons concedidos pelo Espírito não é


somente sete, mas estes são os que o apóstolo considerou na Epístola:

1) dom de profecia, a ministração das verdades espirituais.

2) dom do ministério se refere ao serviço prestado ao Mestre.

3) dom de ensino, explicação da Palavra para o povo.

4) dom de exortação, encorajamento para se fazer o que é certo,


chamar a atenção para faltas.

5) dom de contribuição deveria exercer com liberalidade, sem


interesses próprios. 6) dom de presidir, aquele que governa, chefia ou guia o povo
de Deus.

7) dom de misericórdia, cuidar dos necessitados, com o intuito de


confortar.

15.1 EXORTAÇÕES PRÁTICAS

106
Paulo apresenta uma série de exortações para os crentes. Esse
modo de viver deve marcar a conduta do crente.

Este é exortado a praticar o amor para com todos sem


discriminação, somente assim, será capaz de ter uma conduta adequada perante
as pessoas (Rm 12.9). Temos então uma oportunidade de servir na sociedade
que vemos a nossa frente.

1. Conduta em Relação à Sociedade

O crente tem um dever de viver uma vida digna perante os


demais. “Vivei, acima de tudo, por modo digno do Evangelho de Cristo” (Fp 1.27).
O Amor deve ser o elemento que governa as nossas atitudes (Rm 12.9) para com
o nosso próximo. “Se não tiver amor, nada serei” (1Co 13.2). Esse amor em
nossos corações deve fazer com amemos uns aos outros com amor fraternal (Rm
12.10), não buscando honras para si mesmo, mas sim honrando aos demais (Fp
2.3-5). “A razão por que é o amor de tão alta importância reside no fato de que o
amor é o cumprimento de toda lei e a lei é o próprio fundamento do Estado.
Nenhum crente está isento da lealdade; ... quem ama ao próximo não fará coisa
alguma em detrimento do próximo, ao contrário, para com ele cumprirá tudo que a
lei exige”.

Sendo zelosos (Rm 12.11), ou diligentes, em seus serviços, quer


sejam espirituais, quer sejam materiais. O crente será fervoroso se praticar isso
em sua vida (At 18.25). Uma vida frutífera leva a uma vida de esperança, a
esperança da Vinda de Cristo (Rm 12.12). Trará um cultivo a paciência, seja em
tribulações, seja em qualquer outra área da vida, pois uma vida direta com o
Senhor em comunhão com Cristo na oração fará crentes mais maduros. O cristão
não vacila, ao invés de dar lugar à aflição, ele descarrega suas preocupações em
Deus por meio da oração (Fp 4.6).

Compartilhar as necessidades (Rm 12.13) é muito mais do que


simplesmente dar algo para nosso irmão, mas é, também, sentirmos o que ele
sente, é sentirmos as suas necessidades (At 4.32). Devemos também demonstrar
hospitalidade para com todos, indiscriminadamente de quem quer que seja. Uma
exortação difícil de ser feita é a de abençoar os perseguidores (Rm 12.14). Não é

107
qualquer que pode fazer isso, e não somente abençoar, mas também não
amaldiçoar (Mt 5.44,45; Lc 6.28). Alegria deve andar com o crente (Rm 12.15).
Ele se alegra com seus irmãos em Cristo, mas também chora com eles, participa
com eles de seus sofrimentos.

Deve-se ter o mesmo sentimento (Rm 12.16; comp. Fp 2.2-8), ou


seja, ninguém é superior a ninguém, deve-se procurar viver em harmonia com
todos, não ser orgulhoso, mas sim humilde, um contraste notável. Sabedoria deve
ser aplicada a cada situação e não se engrandecer ou achar que pode alguma
coisa por si mesmo, não ser sábio aos próprios olhos. Não praticar mal por mal
(Rm 12.17; comp. Mt 5.44; 1Pe 3.9), é seguir o exemplo de Cristo que não
revidava com ultraje e nem injuriava a ninguém (1Pe 2.21-23).

O crente deve ter uma vida exemplar, quer em costumes,


vestimentas, negócios, palavras, por está sendo observado por outros. As
pessoas do mundo podem não ler a Bíblia, mas certamente lerão a vida do
crente, que deve ser uma carta viva a testemunhar de seu Criador. Em relação ao
convívio do crente com aqueles que lhe são inimigos (Rm 12.18-20), o crente
deve procurar viver em paz, se possível com todos. Caso não seja possível, não
deve se vingar de ultrajes sofridos, mas sim, depender de Deus (Dt 32.35; Pv
25.21-22; Hb 10.30). Pelo amor, o crente vence o mal com o bem, ele não se
deixa influenciar pelas artimanhas. O filho de Deus deve mostrar sempre o seu
amor e a sua graça para com todos.

2. Conduta em Relação às Autoridades

Para com as autoridades civis, o dever do cristão é obedecer. O


crente não está isenta para com as suas responsabilidades perante o seu País.
Somos exortados pelas Escrituras a nos submetermos as autoridades legalmente
constituídas, pois a pessoa que resiste a tais autoridades está resistindo a Deus
(Rm 13.1-2). “Os crentes cheios do Espírito, descritos em Romanos 13, vivem
pela lei do amor e da fé. Portanto, o que vão dizer e fazer muitas vezes será
superior à sociedade que os rodeia.

Mas muitas vezes serão incompreendidos pela sociedade.


Quando a humanidade é corrupta e os governos são injustos e egoísticos, a

108
cristandade pode ser perseguida. É aqui que se concretiza a cruz diária do crente.
A única solução para este problema é a eterna dívida de amor do homem para
com Deus e o próximo”. O cristão tem por consciência ser submisso a autoridade
constituída (Rm 13.5).

O governo humano é fundamental para a convivência do homem


na sociedade e é perfeitamente aprovado por Deus. O cristão tem como
obrigação garantir o cumprindo das leis. O cristão deve se submeter às
autoridades, não somente por encargo de consciência, mas também devido ao
castigo que é imposto àqueles que são infratores das leis estabelecidas pelo
governo.

É óbvio que não se torna um bom testemunho para o cristão que


é achado em falta ou em estado de insubmissão para com o governo, pois
primeiramente não está sendo insubmisso para com o governo, e sim, para com
Deus, que foi Quem o constituiu (Rm 12.1; 13.1,2; Dn 4.25-35; 5.21; Tt 3.1).

Nem toda autoridade é cristã. Há e certamente haverá muitos que


são ímpios, tiramos, estes responderão pessoalmente a Deus (Ap 20.12). Agora,
está também claro na Palavra de Deus que se a autoridade civil, legalmente
constituída, for contra o que a Bíblia ensina, o cristão deve antes, obedecer a
Deus do que aos homens (At 5.29).

Podemos ver, então, que a submissão do crente às autoridades


manifesta-se de quatro maneiras:

a) a obediência às leis do país (ou do município).

b) o civismo: ‘fazendo bem’ como cidadãos, respeitando os


direitos dos outros, não sendo desordeiros nem estragando os jardins, os parques
e as outras propriedades públicas (Rm 13.3).

c) o pagamento de impostos e taxas legais; a pessoa que rouba o


governo está roubando o ‘ministro de Deus’ (Rm 13.4-7).

d) a honra (ou respeito) para com os oficiais do governo,


conforme a sua posição (Rm 13.7)”. Para que uma pessoa tenha uma vida bem

109
sucedida nos dias de hoje, é fator importante verificar qual é a sua capacidade em
verificar a mão de Deus nas atitudes, nas ações, bem como nas reações
daqueles que estão investidos de autoridade sobre a nossa vida.

Verdades absolutas a reconhecer em autoridade:

1) a autoridade dos pais exerce o mais forte impacto na vida de


uma pessoa, quer seja positiva, quer seja negativa. A atitude do filho para com a
autoridade dos pais no presente, ou quando este os deixa, influenciará fortemente
o seu futuro (Pv 6.20-23).

2) é nosso dever reconhecer na autoridade a mão de Deus,


quando esta está de acordo com os padrões do Mestre. Rebelar-se contra as
autoridades que Deus colocou na vida trará frustrações intensas. A pessoa,
portanto, tem que saber receber ordens, para então, depois poder vir a guiar e dar
orientação também (Pv 30.17).

3) muitos pensam que a liberdade está em escapar da autoridade


quando antes melhor. Porém, aprendemos de Deus que o segredo está em se
estabelecer um relacionamento correto e procurar reagir positivamente para com
a autoridade que Ele colocou sobre a nossa vida. Um princípio claro, portanto é:
Resistir a autoridade é resistir a Deus. “O grande erro consiste em que o indivíduo
não aceitar a verdade de que o próprio Deus está por trás da autoridade”.

4) a autoridade dos pais advém de Deus. Ele é responsável pelos


pais que lhe concedeu, e Deus é maior que seus pais (Pv 21.1). A autoridade dos
pais é para obediência dos filhos, para que este venha a ter maturidade por meio
dela (Cl 3.20). Quando os pais verificam que seu filho se submete à sua
autoridade, sendo-lhes obediente, eles passam a verificar que já podem ter
confiança em seu filho para deixar que este venha a tomar as suas próprias
decisões. Por causa da maturidade que muitos jovens aceitam a autoridade de
seus pais, como colocada por Deus, estes conquistam sua liberdade muito antes
de casarem.

5) em todos os nossos relacionamentos existe a figura da


autoridade, esta é claramente enfatizada pelas Escrituras Sagradas: Deus exerce

110
autoridade sobre o homem (1Co 11.3); o homem sobre a mulher (1Co 11.3; 1Pe
3.1-5); os pais exercem sua autoridade sobre os filhos (Ex 20.12; Ef 6.1-3); Deus
exerce autoridade sobre os senhores empregadores (Ef 6.9); os servos devem
obedecer a autoridade de seus patrões (Ef 6.5); os cidadãos devem obedecer a
autoridade do Governo (Rm 13.1-7; Mt 22.21; 1Pe 2.13-18).

3. Conduta em Relação aos Cidadãos

Como cidadãos, os cristãos também têm deveres em sua conduta


para com todos aqueles com quem tem contato em sua vida diária. Ele deve,
portanto, cumprir bem o seu papel de cidadão. A única dívida que o cristão pode
ter é o amor para com todos (Rm 13.8). Muitas vezes, o emprestar dinheiro traz
profundas mágoas, pode estragar amizades, arruinar a vida de uma pessoa.
Deve-se tomar cuidado com essa prática.

O amor do cristão para com seus semelhantes deve ser o mesmo,


sem favoritismo ou exclusividade. “Se é verdade que esse amor cristão deve
caracterizar nossa atitude para com os demais crentes, não menos o é o fato de
que temos de mostrar essa mesma disposição para com todos os homens”. A
Parábola do Bom Samaritano é uma ilustração belíssima do exemplo de amor
para com o nosso próximo (Lc 10.30-37).

A lei está resumida no amor para com Deus: “Amarás o Senhor


teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento” e no amor para com o próximo: “Amarás o teu próximo como a ti
mesmo” (Mt 22.37; Lc 10.27; Rm 13.9; Lv 19.18). Obviamente que quem ama a
Deus amará a seu próximo (1Jo 2.10,11; 4.11,12).

Além do amor, um outro motivo para sermos bons cidadãos é que


a Vinda do Senhor está próxima (Rm 13.11; Lc 21.28). Com isso, a grande
esperança do cristão está cada vez mais próxima, isto traz responsabilidade por
parte do cristão, de viver uma vida digna e de acordo com os padrões divinos.

Na sua vinda, seremos então tirados da atual conjuntura do


pecado e das condições atuais, bem como do derramamento da ira vindoura

111
(Rm8.23,24; 1Ts 1.10; 4.13-17; 5.9). Por isso não devemos estar andando nas
obras das trevas e sim, “revestindo-nos das armas da luz.

Quando Ele voltar, como nos achará? Andando nas trevas do


pecado, ou como bons cidadãos dos céus, amando a Deus e ao nosso próximo?

4. Conduta em Relação aos Fracos na Fé

Em se tratando da matéria moral, as suas dúvidas, o apóstolo


Paulo estabelece três grandes princípios de grande valia:

1) não devemos julgar os outros (14.1-12);

2) não devemos tentar uns aos outros (14.13-23);

3) seguir o amor de condescendência e amor de Cristo (15.1-13).


No capítulo 14 de Romanos, Paulo trata de questões duvidosas. Fala das
responsabilidades do forte para com o irmão fraco, bem como do irmão fraco,
para com o irmão forte. No entanto, deixa claro que cada um comparecerá
perante Deus (v.12). “No idólatra Império Romano, faziam-se sacrifícios de
animais aos Deuses pagãos. Depois, a carne era vendida nos mercados e
açougues (1Co 10.25).

Sendo essa carne associada à ideia de culto pagão, alguns dos


novos convertidos não conseguiam comê-la, sem sentirem profunda perturbação
interior. Outros, porém, já criam que todas as coisas pertencem a Deus, e, assim
sendo, comiam-na sem nenhum problema. Afinal, ‘ao Senhor pertence toda a
terra’.

Aqui, o irmão “débil na fé” estava escandalizado pela liberdade


que o mais forte tinha. O problema é a falta de sabedoria quanto a liberdade que
temos em Cristo.

Essas pessoas não tinham convicção na aplicação de sua


liberdade em Cristo. Nos dias de hoje seria o fato de alguém que se converteu do
catolicismo para o cristianismo e não sabe com certeza se pode ou não comer

112
carne da “sexta-feira santa”, pelo simples fato de ainda não entender muito bem a
sua liberdade em Cristo.

O erro do irmão fraco consiste em julgar e condenar aos irmãos


‘fortes’, isto é, os que reconhecem que são livres dessas proibições ritualísticas
acerca de dias e comidas; e os fortes podem errar também, em desprezarem a
seus irmãos fracos, ofendendo-os desnecessariamente na ostentação da
liberdade.

O apóstolo Paulo faz uma alusão muito importante aqui, um


princípio que deve ser seguido, o princípio do amor, ele fala que amar ao próximo
é muito mais importante do que a nossa liberdade nestas coisas. “Também, é
mais importante ser ‘conhecido’ por Deus do que ‘conhecer’ o que se refere a
ídolos! Se não estamos interessados na maneira como nossa ‘sabedoria’ afeta a
nosso irmão, então nosso conhecimento nos encheu de soberba. Se não nos
preocupamos com os sentimentos de nosso irmão, provamos que, em vez de
sermos sábios, realmente nada sabemos”.

Cabe aqui notar que os crentes de romanos eram oriundos do


paganismo, estavam envoltos com uma cultura pagã. Por isso, tinham suas
dificuldades em relação a estes assuntos controvertidos. Paulo fala da comida e
da observância religiosa de certos dias. Para Paulo, e também outros irmãos, o
comer qualquer alimento não havia problema algum, ao passo que para outros, os
irmãos mais fracos na fé, isso era escândalo.

Da mesma sorte, com relação aos dias, alguns consideravam que


cada dia era igual ao outro, não faziam distinção entre os dias que eram mais ou
menos sagrados, consideravam cada dia como sendo “santo ao Senhor”, ainda
outros achavam que certos dias eram mais santos do que outros. O que é que
deve ser feito, visto que na mesma comunidade havia cristãos com tão diferente
pontos de vista? Cada qual deveria resolver em sua mente e em sua consciência.
Aquele que desfruta maior liberdade não deve menosprezar o outro julgando-o
espiritualmente imaturo.

Quem tem escrúpulos de consciência não deve criticar o seu


irmão na fé por praticar o que aquele não pratica. Paulo “nos fornece o verdadeiro

113
meio de decidir todas aquelas questões casuais que tão frequentemente
aparecem na vida cristã, e que levam tantos crentes a ficarem embaraçados.
Posso admitir a mim mesmo esta ou aquela diversão?

Sim, caso possa desfrutá-la para o Senhor, ao mesmo tempo que


possa agradecer-Lhe pela mesma. Não, se não puder recebê-la como presente
de Suas mãos e bendizê-lo por causa da mesma. Essa maneira de solucionar tais
problemas respeita tanto os direitos do Senhor como a liberdade do indivíduo.

5. Conduta em relação à Família

A conduta do cristão deve exibir qualidades muito mais altas que


as que se observam na sociedade em geral, e ter em alta estima, amor e cuidado
o lar que é a instituição mais poderosa da Terra.

Dar bom exemplo; cultivar bons hábitos; ser asseado e ordenado


com suas próprias coisas.

Procurar manter em sua casa o altar do culto familiar.

Dar graças em orações a Deus pelos alimentos cada vez que


sente a mesa para comer (I Timóteo 4:4-5).

Observar o devido respeito aos pais, filhos, esposo ou esposa,


todos os seus familiares e achegados a casa. (Efésios 6:1 – Colossenses 3:18).

Orar pela salvação de todos os membros de sua família (Atos


16:31).

6. Conduta em relação a sua vida privada

O Cristão tem responsabilidade em casa, na Igreja, no trabalho e


consigo mesmo.

Deve procurar viver piedosamente, em santidade (I Pedro 1:16,


Hebreus 12:14, II Coríntios 7:1, I Tessalonicenses 3:12).

114
Desenvolver diária leitura e meditação constante nas Sagradas
Escrituras, bem como, oração diária e perseverante (II Timóteo 3:14, Salmo 1:1,
119:97, Mateus 26:41, Lucas 18:1, Efésios 6:18, I Tessalonicenses 5:17).

Procurar receber e ser cheio do Espírito Santo (Efésios 5:18,


Lucas 11:13).

15.2 PRINCÍPIOS ACERCA DE QUESTÕES DUVIDOSAS

Decisões Acertadas A Palavra de Deus é rica para com todas as


questões, verificaremos, a seguir alguns princípios que cabem em situações
duvidosas. Quando Deus dá um mandamento específico, torna-se fácil saber o
que Ele quer de nós. Mas há muitos aspectos em que não existem mandamentos
específicos. Deixar de agir coerentemente nesses assuntos duvidosos pode
facilmente minar a dedicação da pessoa a Deus. As seguintes indagações podem
ser usadas como teste ao fazer decisões difíceis:

1.1 Entrega Total Como primeiro e principal requisito deve-se


perguntar a si mesmo: “Entreguei todos os aspectos da minha vida a Deus?” Para
seguir nosso caminho diante de Deus, torna-se como fator essencial uma entrega
total de nossa vida, de todos os aspectos, de todo o ser a Deus.

“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu


próprio entendimento. RECONHECE-O EM TODOS OS TEUS CAMINHOS, e Ele
endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus próprios olhos: teme ao
Senhor e aparta-te do mal” (Provérbios 3.5-7 ).

1.2 Sacrificar Meus Desejos Será que eu estou pronto a sacrificar


meus desejos em favor da vontade de Deus? Uma das condições básicas do
discipulado é o sacrifício.

Quando se tem uma escolha entre duas oportunidades é


essencial verificar estes princípios já citados. Qual deve ser a escolha certa?

115
Escolher entre uma atividade que irá oferecer oportunidade para a pessoa servir a
Deus ou entre uma atividade pelo qual não lhe será permitido fazê-lo? “Se alguém
quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por
amor de mim, perder a sua vida, a salvará” (Lucas 9.23,24).

2.1 Será Deus Louvado?

TUDO QUE EU FIZER DEVE GLORIFICAR A DEUS Glória


significa “uma opinião, uma estimativa”. Podemos colocar como sendo uma
opinião ou uma estimativa que as pessoas têm acerca de Deus, por causa da
nossa atitude, da nossa vida exemplar ou não. Se formos servos fiéis a Deus, isso
resultará na glorificação do nome de Nosso Grandioso Deus.

“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra cousa


qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Coríntios 10.31).

2.2 Posso Agradecer a Deus por esta Atividade?

O PRÓPRIO JESUS APROVARIA MINHA DECISÃO? Quando


faço algo devo verificar se isto agradaria ou não ao nosso Mestre. “E tudo o que
fizerdes, seja em palavras, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus,
dando por ele graças a Deus Pai” (Colossenses 3.17). 2.3 Será que Pode me
Advir Algum Resultado Espiritual desta Atividade?

ELA DEVE MELHORAR MEU CARÁTER CRISTÃO? Posso


crescer espiritualmente com esta atividade ou ela resultará em perdas para a
minha pessoa, deve ser o nosso pensamento. “Tudo me é permitido, mas nem
tudo me convém (é proveitoso, vantajoso). Sim, tudo me é permitido, mas nem
tudo é edificante. (Contribui para o caráter espiritual e o crescimento)” (I Coríntios
10.23) 2.4 Eu Ficaria Aborrecido se não o Fizesse? “Tudo me é permitido, o que
não significa que tudo seja bom.

Tudo me é permitido, mas não devo ser escravo, seja do que for”
(I Co 6.12). 2.5 Levarei um Crente mais Fraco a Pecar?

116
SOU RESPONSÁVEL A DEUS POR CRENTES MAIS FRACOS
O apóstolo Paulo declara que se o simples fato de eu vir a comer uma carne que
o novo convertido em Cristo costumava oferecer aos ídolos, antes da sua
conversão, irá levá-lo a se escandalizar com minha atitude, então eu devo abrir
mão desse privilégio de comer aquele carne. A vida espiritual de meu irmão deve
ser muito mais importante do que qualquer comida ou atividade que eu venha a
desempenhar para o meu próprio benefício.

Algo que deve ficar em nossa mente é que quando eu, por meus
modos, ou por minhas atitudes, ou palavras, enfraqueço o meu irmão mais novo
na fé, estou pecando contra Deus, por não estar edificando a este irmão. “Mas
vede que essa liberdade não seja DALGUMA maneira escândalo para os fracos...
pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra
Cristo.

PELO QUE, SE O MANJAR ESCANDALIZAR a meu irmão, nunca


mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize” (I Coríntios 8.9-13)
2.6 Estou em Dúvida? Não Devo Fazê-lo!

PRECISO TER A CONVICÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NAQUILO


QUE ESTOU FAZENDO É claro que o que não provém da fé é pecado,
relacionado a isso está a dúvida, se ela existe não faça. “As vossas convicções
pessoais são assunto de fé, entre vós e Deus, e podeis dar-vos por felizes se não
tiverdes escrúpulos acerca daquilo que vos é permitido comer. Se não se come
carne com a consciência tranqüila, não é bom sinal, porque tal procedimento não
provém da fé, e o que é feito à parte da fé é pecado” (Rm 14.22,23). 2.7 Terei eu
a Aprovação Final de Deus?

PRECISO DAR CONTAS A DEUS DE TODAS AS MINHAS


AÇÕES Cada ato que pratico, um dia prestarei contas a Deus por eles, por isso,
devo procurar fazer o máximo possível para agradar a Ele. “Pela minha vida, diz o
Senhor; que todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a
Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”
(Romanos 14.11,12). Podemos sempre provar que estamos certos, mas estará o
senhor convencido? (Pv 16.2). 2.8 O que os Outros Pensam é Importante?

117
MEU COMPORTAMENTO DEVE EVITAR TODA A APARÊNCIA
DO MAL “Abstende-vos de toda aparência do mal” (I Tessalonicenses 5.22).
Raramente pensamos no que os demais pensam a respeito de tal coisa ou
assunto, mais isso deve ser relevante da mesma forma. “Portanto, vede
prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o
tempo; porquanto os dias são maus” (Efésios 5.15,16).

Em conclusão, a maneira de se comportar, a conduta do crente, é


um fator de muita importância. Ela pode ou edificar ao irmão que nos rodeia ou
até mesmo enfraquecê-lo.

Portanto, torna-se necessário vigiarmos nossas atitudes para que


possamos viver de vidas dignas. A conduta ideal é aquela que está permeada
pelos princípios bíblicos. Uma vida que honra a Cristo e onde o Seu amor é
derramado em nosso coração. O princípio do amor deve andar lado a lado
conosco, para que com isso possamos edificar a nosso irmão.

A conduta certa, o modo de viver certo, o comportamento correto,


tudo isso depende única e exclusivamente de uma submissão de nosso próprio
ser ao senhorio de Jesus Cristo. Só assim, seremos capazes de praticar os
princípios contidos em Sua Palavra.

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16. ALGUMAS QUESTÕES QUE A BÍBLIA RESPONDE

Abaixo, seguem descritas algumas situações onde o cristão pode


encontrar dúvidas e que são devidamente esclarecidas pela Palavra de Deus.

Condena-se o benzimento e as “consultas de sorte” ?

O preceito bíblico é bem claro: “Quando vos disserem: consultai


os que tem espíritos familiares e os adivinhos e os que chilreiam e murmuram
entre dentes – não recorrerá um povo a seu Deus? A favor dos vivos interrogar-
se-ão aos mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo essa
palavra nunca verão a alva.”

O crente não pode dar lugar para que superstições e crendices


venham perturbar sua vida espiritual.

Não temos que temer o mundo, nem o diabo, nem seus anjos,
pois que “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Podemos sim, orar pelos
enfermos e com os enfermos, pedindo a Deus restabelecimento para os mesmos,
segundo sua vontade.

Este é um dever salutar do cristão, mas a benzedura é tolice.

Fica bem para uma pessoa crente surrar um filho nas


dependências da igreja?

A disciplina é bíblica, mas a violência não o é. Tratando-se de um


jovem, a situação torna-se mais delicada.

O ensino bíblico pode ser simplificado pela leitura simples de


Efésios 6:4 – Paulo adverte os pais a criarem os filhos na doutrina e
conhecimento do Senhor.

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Na palavra está incluída a ideia de alguém que vai nortear outrem
no caminho seguro da moral. A correção e instrução aqui contidas devem
proceder do Senhor, isto é, de Deus mesmo.

Na segunda parte da sua pergunta aparece algo que não se


justifica: uma punição violenta na casa do culto. Como seria bom que todos os
pais acreditassem na imensa força do amor, que constrói para eternidade! Sua
reprimenda sem ira, a exemplo do Senhor Jesus, que expulsou os vilões do
templo, mas amando-os na sua fuga.

Um crente pode ser velhaco e mentiroso?

Claro que não. Se o senhor tem sido ludibriado, como menciona


em sua carta, não o é por crentes, mas por aventureiros que se dizem crentes.

O melhor sempre é tratar negócio como negócio: aliás, julgamos


inteiramente errada a noção que alguns tem de que o negócio com crente só dá
resultado quando consegue desconto. O negócio deve ser feito como negócio.

O senhor não perdeu, portanto, nada com crentes, mas com


pessoas que dizem ser crentes, o que é bem diferente.

“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos
ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.” (Romanos
13:8). “O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá.”
(Salmos 37:21).

Fica bem um crente vender bebidas alcoólicas?

Primeiramente, há duas perguntar no capítulo 6 de Provérbios


que devem ser citadas: “Tomará alguém fogo em seu seio sem que os seus
vestidos se queimem? Andará alguém sobre as brasas sem que se queimem os
pés?” Estas duas perguntas cabem perfeitamente no problema do álcool.

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E o retrato do álcool e dos que bebem pertence também ao livro
de Provérbios, capítulo 23: “Quem é aquele de coração cheio de angústia e
tristeza? Quem é aquele que esta sempre lutando e querelando? Quem é o
homem que tem os olhos marcados com sangue e muitas feridas? É aquele que
gasta horas na taverna, tentando as batidas.” Não deixe o atrativo do álcool e do
vinho pelo seu gosto trai-lo, porque no fim ele morde como uma serpente
venenosa e fere como escorpião. Tu verás alucinações, terás delírio, tremerás,
dirás coisas loucas, coisas sem sentido que o embaraçariam se não estivesse
bêbado.

Tu te tornarás como o marinheiro que dorme no meio do mar ou


que sobe por sobre os seus mastros e depois haverias de dizer: “Eu não sei quem
foi que me bateu. Deixa-me ir e beber uma vez mais!”

Neste relato tão pitoresco e tão vívido, e também tão humano e


tão claro nos nossos dias, o autor esta deixando toda a sua palavra a respeito do
vinho.

É por isto que lemos em Habacuque capítulo 2 a declaração:


“Maldito todo aquele que der de beber ao seu companheiro”.

Hodiernamente, a maioria da população se encontra sob domínio


do álcool. E os milhões vem aumentando com todos os efeitos terríveis sobre
vidas inúmeras, sobre lares que perdem seu sustendo por causo do álcool.

Uma pessoa que ama Jesus naturalmente vai evitar de divulgar e


comercializar o álcool, por que este realmente mata.

Pode uma jovem membro da igreja, namorar um moço que


não seja da igreja?

Na vida do casal, nada vai mais profundo que o amor que une e
transfigura: o amor forte como a morte (Cant. 8:6); o amor que constrói e dignifica!

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As relações mais profundas de um casal são no terreno do
espírito, do diálogo, da compreensão mútua, do relacionamento dos familiares e
na perfeita congenialidade.

Cremos, portanto, que as uniões mistas, do ponto de vista bíblico,


são condenáveis e condenadas.

As exceções de casais que se ajustam e de cônjuges que se


convertem depois do casamento não devem encorajar a prática.

Cremos que um casamento feliz começa na vida de oração,a


dependência de Deus para orientação do par.

Os dois últimos capítulos de Esdras são dos mais tristes da


historia bíblica, quando uniões mistas foram desfeitas por ordem de Deus.

Sansão se arruinou completamente pelo casamento misto. Vemos


assim, que o melhor será evitar o começo a entrar no erro.

Qual a explicação para a resposta que alguns católicos


obtém por intermédio dos santos, uma vez que tais santos não existem?

Na linguagem e ensino da palavra de Deus, o crente em Jesus


Cristo é chamado santo e deve viver como um santo.

Não há possibilidade de uma resposta divina senão por meio de


Jesus Cristo. Uma verdade inconteste é a de que Deus vê os corações e motivos
dos homens e os trata sempre segundo suas misericórdias, numa relação de
graça, sendo assim, a resposta vem pela graça divina e cumprimento da
promessa de Deus, não pela intermediação de santos ou entidades.

Como deve ser o comportamento moral e qual deve ser a


atitude de uma pessoa crente perante a família que não é crente?

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O Corpo humano é santo. E quando o homem decide aceitar e
seguir a Jesus Cristo, o corto toma uma significação ainda maior.

A mente do crente deve ser protegida dos quadros pornográficos


e das leituras que prejudicam e empobrecem a mente humana.

O texto constante em Filipenses 4:8 deve estar presente em seus


pensamentos como defesa permanente: “portanto, meus irmãos, encham suas
mentes com tudo que é bom e merece elogios; o que é verdadeiro, digno, justo,
puro, amável e honesto.”

Ainda, consta em I Pedro 3:15 “Antes, santificai ao Senhor Deus


em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e
temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.”

“Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os


vossos ouvidos, porque ouvem.” (Mateus 13:16)

Por outro lado, viver a Cisto é realmente muito importante e


essencial, mas faz-se necessário também útil e valioso proclamarmos a Jesus.
“Fala e não te cales” não é norma para o tempo do passado, mas para os nossos
dias.

O apóstolo Pedro nos ensina em sua primeira epístola a respeito


daqueles que são ganhos sem palavra, mas é o mesmo Pedro que nos conclama
a sermos preparados de tal forma que nos tornemos criaturas sempre prontas
para responder aos que pedirem a razão de nossa esperança.

É licito a um crente deixar de ir à igreja aos domingos para


ver televisão e acompanhar os comentários dos jogos de futebol?

Não, não é licito. Em Hebreus 10:25, lemos uma das mais fortes
exortações de toda Bíblia e esta aparece em conexão à ausência dos cultos por
parte de alguns.

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Eis o que diz o texto: “Não deixando a nossa congregação, como
é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais,
quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. Porque, se pecarmos
voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não
resta mais sacrifício pelos pecados.”

Domingo é dia do Senhor. Nele consagramos a Deus nosso


templo, dando-lhe nossos louvores e adoração.

Portanto, negar a Deus aquilo que lhe pertence, por mero prazer
carnal, como é o caso da televisão e futebol, é pecado e desagrada a Deus.

Sobre a televisão.

A televisão é como rádio, o dinheiro, e muitas outras coisas. Em


si, não é mal nem bem; é apenas, televisão.

Do discernimento que for dado a seu uso, advirão resultados bons


ou maus. Espera-se que os crentes possuidores deste aparelho possam moderar
o seu uso, segundo a norma de Paulo: “Quer comais, quer bebais, quer façais,
outra coisa qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus”.

Fica bem ao crente jogar na loteria, não por vaidade, mas


para sair de situação financeira difícil?

De todas as desgraças que penetram no homem pela alma, e


arruínam o caráter pela fortuna, a mais grave é, sem dúvida nenhuma, essa: o
jogo na sua expressão mãe, o jogo na sua acepção usual, o jogo propriamente
dito; em uma palavra, o jogo: os naipes, os dados, a mesa verde.

Permanente como as grandes endemias que devastam a


humanidade, universal como o vício, furtivo como o crime, solapado no seu
contágio como as invasões purulentas, corruptor de todos os estímulos morais
como o álcool, ele zomba da decência, das leis e da polícia, abarca no domínio

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das suas emanações a sociedade inteira, nivela sob a sua deprimente igualdade
todas as classes, mergulha na sua promiscuidade indiferente até os mais baixos
volutabros do lixo social, alcança no requinte das suas seduções as alturas mais
aristocráticas da inteligência, da riqueza, da autoridade: inutiliza gênios; degrada
príncipes; emudece oradores; atira à luta política almas azedas pelo calástismo
habitual das paradas infelizes, à família corações degenerados pelo contato
cotidiano de todas as impurezas, à concorrência do trabalho diurno os náufragos
das noites tempestuosas do azar; e não raro a violência das indignações furiosas,
que vêm estuar no recinto dos parlamentos, é apenas a ressaca das agitações e
dos destroços das longas madrugadas do cassino.

Portanto, não é licito ao cristão valer-se do jogo.

Por que a igreja não aceita o espiritismo?

A princípio, por que a Bíblia o condena: “Entre ti, não se achará ...
quem consulte os mortos, porque aquele que faz tal coisa abomina o Senhor”
(Deuteronômio 18:10). Ainda, porque o espiritismo nega a divindade de Jesus,
não obstante reconhecer que tenha sito um espírito evoluído.

O espiritismo nega a salvação pela graça mediante a féensina a


salvação pela reencarnação, ensino absolutamente estanho à Bíblia.

Por fim, o espiritismo nega a doutrina do inferno, que foi ensinada


e ilustrada por Cristo; nega a doutrina da imortalidade da alma, que é fundamental
ao cristão, nega a doutrina do céu e muitas outras que são absolutamente
fundamentais na doutrina de Cristo.

É licito consultar a sorte?

A resposta está no livro do profeta Isaías, no capítulo 8, versículo


19 e 20: “Quando vos disserem: Consultai os que tem espíritos familiares e
adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes – não recorrerá um povo ao

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seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À Lei e ao Testemunho!
Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva”.

Nossa vida está nas mãos de Deus e não no domínio de ciganos


e feiticeiros. Deus jamais poderia se agradar de uma pessoa que professa amá-lo
e que busca tais interesses.

Um exame revelará que tal pessoa não está lendo a sua Bíblia,
nem orando, nem ativo na igreja. Cuidado, pois. Vale voltar ao Senhor agora, em
arrependimento e fé.

Nossa Senhora é mãe dos cristãos?

Maria, mãe de Jesus, segundo a carne. Nada mais que isso.


Ninguém pode fazer de Maria sua mãe, sua medianeira, sua intercessora e muita
coisa mais sem negar a Jesus o seu lugar de poderio e de direção que ele
merece na vida de tantos quantos desejam realizar a obra de Deus em suas
vidas.

“Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo dos céus


nenhum outro nome há, dado entre homens, pelo qual devemos ser salvos” –
Atos 4:12; I Timóteo 2:4.

O Espírito Santo afasta-se do cristão?

O Espírito Santo leva o homem a Cristo. Por Ele, o homem


pecador sente-se convencido da justiça, do pecado e do juízo, segundo o ensino
de Cristo.

“Ninguém pode dizer que Jesus Cristo é o Senhor, senão pelo


poder do Espírito Santo” (I Coríntios 12:3). E é o Espírito Santo o agente
regenerador do homem. Jesus deixou bem claro em João 3 que a obra da
renovação do homem, pela conversão, é oriunda do Espírito.

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O Espírito é altamente sensível. Paulo é claro em I
Tessalonicenses 5, quando exorta os crentes dizendo: “Não apagueis o Espírito
Santo.” O crente verdadeiro tem sempre o Espírito Santo. Mas pode ficar vazio de
poder e cheio de si mesmo a ponto de impedir a atuação do Espírito Santo na sua
vida.

Lemos em Atos 6 duas declarações a respeito de Estevão. Na


primeira, aprendemos que ele era cheio de fé e do Espírito Santo; na segunda,
que ele era cheio de graça e de poder.

O homem cheio do Espírito Santo não pode ser cheio de si


mesmo, da sua vaidade, mas será cheio de graça, de humildade encantadora e
serviçal!

Temos no Velho Testamento dois homens que servem de


paralelo. O primeiro, Saul, exerceu o reinado. Foi exaltado por Deus mesmo,
colocado numa posição de elevação. Mas, não se converteu. E a provada sua
incredulidade foi a atitude que tomou, quando desobedeceu a Deus. Ele não se
arrependeu, procurou justificar seu erro.

O segundo exemplo é o de Davi. O grande rei cometeu um dos


maiores pecados descritos na Bíblia. Por algum tempo escondeu seu pecado e o
Salmo 32 nos dá um retrato da experiência. No Salmo 51 ele descreve o estado
de tristeza de sua alma e clama a Deus, dizendo: “Não retires de mim o teu
Espírito Santo”.

Ora, a prova que o Espírito Santo não o havia deixado é sua


própria oração, sua convicção de que necessitava de Deus. O crente, diz-nos o
Salmo 37: “Ainda que caia não ficará prostrado, porque o Senhor o susterá”.

Se alguém disse ter sido crente em algum tempo e hoje vive a


vida de pecado e insensibilidade, podemos saber que não se converteu nunca.
Porque o Espírito que regenera o homem, vive no homem e como o homem.

Cumpre a este, o homem, se entregar mais e mais a Deus e à


atuação do Espírito, até que tenha a plenitude do seu poder e graça.

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Como se pode responder a alguém que insiste em dizer que
Deus é Pai de todos os homens?

A resposta já se encontra impressa na Bíblia. Lemos em João


1:10-13: “Ele, que é a Palavra, estava no mundo. Deus fez o mundo por meio
dele, mas o mundo não o conheceu. Ele veio para o seu próprio povo, mas a sua
gente não o recebeu. Alguns, porém, o receberam e creram nele. A estes, Deus
deu o direito de se tornarem seus filhos. Eles se tornaram filhos de Deus, não por
nascimento natural, nem pelo desejo de alguém, mas somente pela vontade de
Deus.”

Vemos assim que somente são considerados filhos de Deus os


que provam em experiência espiritual a própria vida de Deus.

Todos os homens são criaturas de Deus e recebemos benefícios


da chuva e do calor, do frio e do céu estrelado; todavia, só se tornam filhos de
Deus os que aceitam a Jesus Cristo para perdoar os seus pecados e capacitá-los
a uma nova vida de experiência em Cristo.

Se Jesus voltar hoje, vou ser arrebatado?

Se Jesus vier hoje, seu arrebatamento é certo. A Bíblia é bem


clara, quando afirma que todo aquele que crer em Jesus e o aceitar como único e
suficiente Salvador tem vida eterna, nunca há de perecer e ninguém poderá
arrebata-lo da mão de Jesus. Mas de Jesus não vier hoje, sua responsabilidade
cresce.

É seu dever e privilégio também tornar o nome de Jesus


conhecido a outros, que provem do seu amor, aceitem o perdão e se unam
formando uma congregação e futura igreja.

A semente que está sem seu coração deve germinar em muitas


outras vidas.

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17. PALAVRA FINAL

Em Mateus 18:1-5 Jesus usou uma criança para ensinar a lição


que temos que humilharmo-nos para entrarmos no reino de Deus.
Frequentemente, a humildade era a qualidade que distinguia os verdadeiros
discípulos (Marcos 2:13-17; Lucas 7:36-50; 18:9-14).

O primeiro passo em direção à bem-aventurança é ser pobre em


espírito, isto é, reconhecer o nosso próprio vazio espiritual e a indignidade
(Mateus 5:3). Os sermões do livro de Atos sempre destacaram a culpa do
homem. A verdadeira conversão nunca ocorre, a menos que a pessoa se tenha
humilhado primeiro.

A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos, em João 3, é


fascinante. Nicodemos era um chefe religioso. Ele veio a Jesus, louvando seus
ensinamentos e milagres. É difícil saber o que se passava na mente de
Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na
administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava
fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi:
"Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no reino de
Deus." Seja o que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto! A
resposta de Jesus significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua
atividade no ensino, toda a sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação
ao domínio de Deus.

Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa


própria grandeza nada valem. As realizações do passado nada representam.
Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num
relacionamento com Deus.

Jesus ensinou que é loucura começar um projeto sem entender


primeiro o que será exigido para terminá-lo.

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Ele ilustrou com a ideia de um homem que começou a construir
uma torre, mas loucamente esqueceu de fazer um orçamento para determinar se
teria fundos para completá-la, e assim teve que parar no meio do projeto.

A verdadeira conversão necessita de um cuidadoso exame do


estilo de vida que Deus espera do convertido.

Observe em Lucas 14:26, 27, 33: "Se alguém vem a mim, e não
aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua
própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e
vier após mim não pode ser meu discípulo. . . . Assim, pois, todo aquele que
dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo". Para
servir a Deus fielmente, ele precisa ter o primeiro lugar em minha vida. Preciso
servi-lo acima das considerações de família, do bem-estar material e de meus
próprios desejos.

Jesus ressaltou a necessidade de tomar-se a própria cruz. A cruz


daquele tempo era um instrumento de morte, e não um objeto ornamental. Jesus
estava dizendo que haveria dificuldades e lutas para quem o servisse (Hebreus
11; Mateus 10:24-25). Não seria fácil.

O conceito atual de uma religião confortável, socialmente correta,


é bem diferente do ensinamento de Cristo, que é preciso sacrificar os próprios
desejos, a si mesmo e até a própria vida para segui-lo. (Lucas 9:23-24; Mateus
10:34-39; 16:24).

A Paz do Senhor Jesus !!!

"Porque era assim que a humanidade devia ser


de acordo com o plano divino: como os músicos
de uma única orquestra, como os órgãos de um
único corpo." (C. S. Lewis)

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