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‘Tada & caespondencin quer SCAN quer relive ® snincio © asinatns do eDiseio da Repiblicas, deve ser diigida & Imprensa en Laan, Rua Henvigques de Cidade Aka, Caiea Postal 1306, Astute ses AL see AD sae Quarta-feira, 16 de Maio de 2012 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste naimero - Kz: 220,00 ASSINATURA 1 Série-N.° 92 ‘prego de cada Inka publicada nos Dat Ane Ke: 4037500 Ke 26025000 Kz 13585000 ha Republi 16-2" sie € de K2: 75.00 e porn 13° sie Kz: 95.00, arscido do respective imposto do selo, depenendo a publicagao da sere de deposit prévioa efeeuarnatesourrin ‘wovwimprensanscinal 2ova0 End. teles cngeensay, A! série Ke 10570000 } da prensa Nacional EP SUMARIO ASSEMBLEIA NACIONAL Assembleia Nacional Lain 16/12 Leia 1612: Lei que aprova © Céigo de Bia e Devoro Partanent Lets 1712 Lei Onginica que sprova o Exatle do Depuindo, — Revoss, respect vapente, a ein" 693, de de Jub (Let Oranica do Fstatto do Deputido) n Leim® 26103, de 19 de Setembro (Let de Alteragio-dn [Lei 68, dd June), bam camo toda a eis 0 que conta: rie preven fei orinies Presidente da Repobl Deereto Presdenclal n° 85/12: Devinn Americe Marin de Mer Garcia, para © cago de Juiz do “Tiina Constitocon Deereto Presdenclal 86/2: Aprova © Plano Estrategico para Revitalizagso da Alfabetizaeto Revous toda a lexstagto que contra 0 dsposto no presente Alioroa Ministério das Finangas Decreto Executvon.* 17W/I2: Deterina que abelareferitanon”2, do Decrto Exeeuivon °97/12, de 26 de Margo, én que se ancxa no presente Decreto Executive, Ministério da Juventude e Desportos Despacho n. SOU 12: Cia» Comissto para arealizrao do etud lamento do despot, Ministério de Hotelaria e Turismo Despactio ns S022: termina que dortvante, os investdores interessados a consis instalagio de enpreendimentos hotelcios e sine, deverio apesentar junto deste Minstrio os projectos para construgto € insalado dos mesmos, bern come a propesta de clasts 0 pre tenids, para estos de emizsto do cotpetente parecer ténic, relative 98 instalgaese srsigon. — Revoga 0 Demacho de 20 de Margo de 2007 Jeo rir de fia de 16de Mato A Assembleia Nacional ¢ 0 Parlamento da Republica de Angola, representative de todos os angolanos, que exprime 1 vontade soberana do povo e exetce o poder legislative do Estado, composta por Deputados eleitos nos termos da ‘Constituigao da Repiiblica de Angola e da lei Eleitos. por suftagio universal, livre, igual, directo, secreto € periddico, os Deputados conferem voz aos cida- dios € deiberam sobre questdes que incidem sobre os mais, profindos anseios do povo. Por isso, dele, é exigida uma ‘condata especial, capaz de honrar o cargo ¢ uma responsabi- lidade singular citcunserita nos marcos do primado do bem ‘comum sobre © interesse privado. © respeito institucional, que € devide & Assemblein Nacional, ¢ garantia da integridade do Parlamento, assim ‘como das acgGes decorrentes das suas competéncias consti tucional e lezalmente plasmadas Deste modo, urge a criago de um Codigo de Btica e Decoro Parlamentar, como garante da coeréncia nas suas ‘ges, que retina mum tinieo Diploma as normas regulado- ras de conduta ¢ disciplina parlamentar: A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo, nos termos das disposicdes combinadas da alinea a) do artigo 160.°€ da alinea d) do n.* 2 do artigo 166, ambos da Constituigao da Republica de Angola, a seguinte: LEI QUE APROVA 0 CODIGO DE ETICA EDECORO PARLAMENTAR ARTIGO L CAprovagioy Eaprovado, pela presente lei, o Cédige de Biica e Decoro Paslamentar da qual é parte integrante. 1 SERIE —N° 92 — DE 16 DE MAIO DE 2012 nn PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n° 85/12 de 16 de Ma Por conveniéncia de servigo, (© Presidente da Repiblica decreta, nos termos da alinea ©) do artigo 119°, don. 3 do artigo 125. ¢ da alinea a) do nS 3 do artigo 180°, todos da Constituigao da Republica de Angola, conjugado com a alinea a) do n° 1 do artigo 1° da Lein. 24/10, de 3 de Dezembro, o seguinte: Designo Américo Maria de Morais Garcia, para o cargo de Juiz do Tribunal Constitucional Publique-se. Luanda, aos 10 de Maio de 2012. Presidente da Reptiblica, Jos Rovakno pas Santos, Decreto Presidencial n.* 86/12 de 16 de Maio Convindo redinamizar 0 processo de alfabetizagao & scala nacional ¢ elevar para patamares erescentes os niveis educativos de jovens ¢ adultos com maior envolvimento dos parceiros sociais; Convinds dar maior dinamismo a0 Programa de Alfabetizagio por forma a que se possa respeitar o prin- cipio da educacéo consagrado na Lei n® 13/01, de 31 de Dezembro, assim como os compromissos intemacionais, particularmente no que se refere aos objectivos do desen- volvimento do milénio, as metas do quadro de acgao de Dakar, do Decénio das NacSes Unidas de Alfabetizacao © das Resolucoes da VI Conferéncia Mundial da Educagao de Adaltos. Presidente da Republica decreta, nos termos da ali rca d) do artigo 120° ¢ do n° 1 do artigo 125°, ambos da Constituigao da Republica, o segninte ARTIGO L* (Aprovacae do Plano Estratégieo para a Revializagio da Alfa 20) EH aprovado o Plano Estratégico para a Revitalizagao da Alfabetizagio, anexo ao presente diploma e que dele é parte intearante. ‘ARTIGO 2° evogacto da leislag 0) Brevogada toda a legislagao que contraria o disposto no presente diploma, ARTIGO 4° (Davidse asses) AS dhividas ¢ omissoes suscitadas da interpretagto e apli cago do presente diploma so resolvidas pelo Presidente da Republic. ARTIGO4* Entrada om vison) © presente diploma entra em vigor na data da sua publicagao. Publique-se_ Luanda, aos 10 de Maio de 2012, (© Presidente da Reptblica, Jost Eouakpo Dos Santos. PLANO ESTRATEGICO DE REVITALIZACAO DAALFABETIZACAO 2012 - 2017 indice Perfil do Processo de Alfabetizagao Introdugtio 1, Objectives do Plano 2, Pablico-Alvo e Prioridades de Atendimento 3. Sintese Histériea do processo de Alfubetizagao em Angola 4, Caracterizagao sa sinuagao actual da Alfabetizagao 5. Medidas para Revitalizagao da Alfabetizagao 6 Mecanismos de Monitorizagie, Avaliagio ¢ Seguimento 7. Inpactos Esperados 8 Metas e Projeccoes 9, Orgamento € Custos Considerages Finais ANEXOS PERFILDO PROCESSO DE ALFABETIZACAO 1. Taxa estima de analfabetismo (1975). 88% 2, Taxa estimada de analfabetismo (2011): 33% 3. Orato reitor da alfabetizacao: MED 4 Coordenagto Insiticional:Minstro da Educaga0 5, Base legal do Sistema Educativo: Lei de Bases 6. Diploma legal reitor do Subsistema de Ed. Adultos: Estatutos do Subsistema da Educagio de Adultos 7. Inicio da Campanha Nacional Alfabetizagao: Novembro de 1976 8. Estrutura Reitora da Alfabetizae30: Direceaio Nacional da Educagio de Adultos 9. Tnstrumento Operacional ¢ Programético da Alfabetizagao: Plano Estratégico para a Revitalizagio da Alfabetizagao 10. Metodos de alfabetizacao vigentes: Sim Bu Posso Alfalit Express Dom Bosco Aplica Laubach Gostar de Ler e Eserever LL. Provincias com maior déficit de alfabetizaga: Bango Luna Norte Lama Sul Moxico ©. Cubango Cunene 22 de 272 DIARIO DA REPUBLICA 12. Principais parceiros sociais na alfabetizacto: Tarejas Fundagses ONG: FAA UNACA OMA, ar INTRODUCAO 1 0 Conselho de Ministros da Republica de Angola, através da Resolugdo n° 9/07, de 28 de Fevereiro, apro- vou 9 Estatégin de Relangsmento da Alabetizagio e a Recuperago Escolar pam o Periodo 2006 - 2015 com o objectivo de se promoverem medidas e acgdes socioedu- cativas visando a elevacao do nivel de escolarizagao geral dos jovens e adultos, tendo em vista o combate intezrado da pobreza 2. A avaliagao da execugao intermedia realizada fruto dessa Estratégin permitin constatar a urgente necessidade do processo de alfabetizagio adequado e actuslizado aos pro- cessos, transformag6es € mudangas que conformam a vida politica, econdmica € social do Pais. 3. O Executive da Repiblica de Angola assume 0 Processo de Alfbetizagio como imperativo para 0 desen- volvimento econémico-social do Pais na perspectiva da Educagiio para Todos liz dos objectivos de desenvolvi- mento domilénio, no Quadro da Accio de Dakar, do Decénio das Nag des Unidas da Alfabetizacao e das Resolugdes da VI Conferéncia Mundial da Educagao de Adultos. 4, OPlanoEstratégico paraRevitalizagao daAlfabetizagao: € um instrumento programatico de média durag4o (2012- 2017) de ambito nacional, levado a cabo em concertagao & coordenagao intersectorial numa dinémica amplamente par- ticipaiva einchusive, endo em conta as metas previstas na Agenda Angola 2025. 5. Este Plano constitu, na esséncia, um norteador das politicas piblicas do Processo de Alfabetizagao para os proximos anos, assegurando as acg6es fundamentais para garantir 0 acesso, a permanencia € a qualidade da forma- ¢80 dispensada que atendam as necessidades dos jovens e adultos, 1— OBJECTIVOS DO PLANO Com a adopgao do presente Plano, o Executive visa alcanar os seguintes objectivos gerais ¢ especificos: 11. Objectivos Gerais: ‘@ Reddinamizar o processo de alfabetizacao, por forma a introduzir mecanismes de intervengao socioe- ducativa susceptivels de provocar mudangas ¢ transformagies sociais em consontincia com os desafios dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio a inclusto social +b) Elevar para patamares creseentes os niveis edhica- tivos de jovens e adultos, potenciando-os para os desafios da reconstrugso nacional; ) Pesmitir maior envolvimento e responsabilizagao institucional dos parceiros sociaisnumadinamica de ampla participagao e inclusao socioeducativa tendo em vista maior mobilizagao social em tomo da alfabetizagao como imperativo ¢ desa- fios nacionais, 1.2. Objectivos Especificas: 4) Reduzir os indices actuais de analfabetismo literal e fimcional; 5) Intearar 0 processo de alfabetizagao em todos os programas de desenvolvimento rural integrade: ) Contribuir para o combate a fome ea pobreza bem como aumentar emelhorar a produc ea produ- tividade nos diferentes sectores da vida nacional; 4 Contribuir para a promogao e formagio de valores eticos, morais € civicos. IL — PUBLICO-ALVO E PRIORIDADES DE ATENDIMENTO TLL. Publico-Alvo A populagao angolana ¢ constituida maioritariamente por jovens © mulheres, muitos dos quais vivendo em zonas rurais, suburbanas e peri-urbanas, onde a mulher se destaea ‘com maior indice de analfabetismo e de baixo nivel de esco- larizagao, assim, o presente Plano tem como alvos princip ais eprioritarios as mulheres e os jovens 11.2. Prioridades de Atendimento 1, 0 Plano deve ser execttado 4 escala nacional mas, dada a heterogeneidade geosréfiea do fendmeno do anal- fabetismo, a8 intervengdes devem ser sectorizadas © por cbjectivos, permitindo assim que se comijam as assimetrias \da existentes a0 nivel das diferentes regides que cons ‘trem o nosso Pais 2. Nestes termos, sendo as Provincias das Lundas Norte € Sul, do Moxico, Kuando Kubango, Bengo € Cunene as mais criticas neste dominio, de acordo com os indicadores do Inquérito sobre © Bem-Estar da Populagio (IBEP-INE, 2011), a regio Nordeste, Leste e Sudeste constituem pr dades de atendimento, mas, especificamente, em relagao a0 meétodo especifico «sim en posso)> define-se como prioriti- rias as Provincias do Kwanza Norte e Huila, Til — SINTESE HISTORICA DA ALFABETI- ZACAO EM ANGOLA 1, A data da Proclamagao da Independéncia Nacional a 11 Novembro de 1975 a taxa de analfabetismo literal era esi ‘mada em 85% no seio da populagao economicamente activa, 2, Ciente da magnitude ¢ da incidéncia do fendmeno do analfabetismo, Conselho da Revolugio por via do Decreto 1° 60/76, de 19 de Junho publicado no Diario da Repiblica I 1 SERIE —N° 92 — DE 16 DE MAIO DE 2012 273 sérien° 14, de 19 de Junho decretou a eriagio do Ministério da Eucagao e Cultura inserindo no seu seio uma Direcgao Geral do Ensino que compreendia dentre outros, 0 Servigo de Alfabetizagao © Formagio Permanente com a compe- téncia institucional de implementar planos, programas projectos voltados para a irradicagao do analfabetismo. 3. A III Reumido Plenéria do Comité Central do MPLA, realizada de 23 a 29 de Outubro de 1976 ein Luanda, no Museu de Historia Natural constitui-se num marco hist6rico para o Processo delfabetizagio, em virtude da mesma haver produzido uma Resolugo que orientava o Governo a desen- cadear uma vasta Campanha Nacional de Alfabetizagao em que se declarava a Alfabctizagio como designio nacional ¢ imperativo para o nosso desenvolvimento politico, econd- ico e social 4, Assim, a 22 de Novembro de 1976 teve inicio a Campanha Nacional de Alfabetizac0 proclamada pelo primeiro Presidente da Republica, 0 Saudoso Dr. Antonio Agostinho Neto, na Fabrica Testang! em Luanda, 5. Foi criada a Comisstio Nacional de Alfabetizagao (Grga0 deliberative multi-sectorial) ¢ © Centro Nacional de Alfabetizagio (estrutura execntiva) com composigio € rrepresentaeao andlogas em todo o territério nacional. 6. A Comissto Nacional de Alfabetizagao era, do ponto de vista organico-institucional uma poderosa estrutura de ampla implantagao teritorial, com forte componente poli- tico-partidiria que mobilizava mithares de colaboradores quer em regime de dedicacio exclusiva quer em regime de voluntariado, que para além das éreas departamentais con- tava igualmente com uma Escola Nacional de Formagao de Quadtos para preparagao técnica € metodologica dos alfa- betizadores ¢ dos metodélogos/supervisores do processo ensinolaprendizagem. IV — CARACTERIZACAO DO PROCESSO DE ALFABETIZACAO IV. Pluralidade de Itervengves Metodologicas 1, Sendo. Aifabetizago um processo de inclusio social, massivo e prioritério, o mesmo é realizado maioritariamente or Parceiros Sociais, onde se destacam as Tareas, as orga- nizapées socisis comunitarias, as FAA, as ONG ¢ a OMA como maior organizagio feminina de maior penetragao unto das Mulheres. 2. Neste processo, 0 Ministerio da Eiheagao exerce fandamentaimente 0 papel reitor, regulador, fisealizador, ‘metodolozico e catificador de conhecimentos. 3, Fruto das suas caractersticas especificas, 0 processo de afabetizagao regista um conjunto diversificado de inter- vengées metodologicas, tais como: «Sim a possoy» da Cooperagio Cubana, Dom Bosco, da Consresagio dos Salesianos, Alfalit, da Alflit Intemocional; Aplice, da Associagio Angolana de Edueagio de Adults, Gostar de ler ¢ escrever, do Ministerio da Educagao. ‘Tabela 1 Alguns Métodos de Altabetizacio anda Angola Den rows do Mitody | Ot#™ Detentors ‘onde se Aplica Sims Pomo | Compersto Cuba | Lime Breda Hows Bax, Beg, BE cabin, Cum Danica [Selim C9 | Kamas Nate KS bata L Nee, Sa Nalin Mosieo bo, Lass Roan ati — | atticruaacioat | su tinast, Moo ot Ansa Angsana | Lama Bengo Kms Alice de Eduengao de Adultos | Sul Cor detere | Miniasioda Eaves | Toler se prove Bowe Fonte: Ministerio da eduaqio 2012) 1V.2. — PROGRESSOS REGISTADOSDESDE 2007 Desdeaaprovagioem 2007, pelo Executive, da Estrategia para o Relangamento da Alfabetizacio e Recuperagiio do Alaso Escolar, 0 Pais registou 2.475.294 alfabetizados, ‘enquadrados por 9,600 alfabetizadores que auferem subsi- dios do Estado. IV3. — PRINCIPAIS CONDICIONANTES AO PROGRAMA. 1, © Programa da Alfabetizagao continua a ser earac- terizado por uma insuficiéncia de verbas, particularmente para a impressao dos Manuais da Alfabetizagao ¢ da Pos- Alfabetizagio, bem como outros matetiais de apoio, o que tem comprometido seriamente os esforgos, visando a sua ‘expansio e generalizagao por todo o Pais, 2. Adicionalmente, resistam-se atiasos no pagamento dos incentivos aos alfabetizadores, © que igualmente tem criginado pouca entrega, dedicagao e mesmo desisténcias. 3. A orminica dos Governos Provineiais no dominio das Direcgdes Provinciais da Educagao no contempla uma cestrutura adequada as exigéncias da erradicagao do analfa- betismo ¢ da fimcionalidade da Educagao de Adultos. V — MEDIDAS PARA REVITALIZACAO DA ALEABETIZACAO ‘Tendo em linha de conta os capitulos precedentes, impoe-se com carter de urgéneia accionar um conjunto cde medidas © acgdes estrategicns conducentes a reversao do squado actual do processo de alfabetizacso. V.L. — MEDIDAS GLOBAIS 1. Revitalizar oancionamento da Comissae Nacional de Alfabetizagio, érgio consultivo multissectorial que se ocupa da coordenagao ¢ exccugao do Programa de Alfabetizagao a diferentes niveis ¢ escaldes, 2. Desencadear uma vasta Campanha de Divulzacao da Alfabetizagio vinculando os diferentes érgios de 2274 DIARIO DA REPUBLICA Comunicago Social como objective de manter informada a sociedade e obter maioresniveis de mobilizagao eaderencia, 3. Adequara organica dos Governos Provineiais de modo 1 que as Dircogoes Provinciais da Educagao sejam dotadas de estruturas que atendam com impacto a Alfabetizagao e a Ediucagtio de Adultos. 4, Reforgar o Sistema Estatistico Nacional e a criago de uma Base de Dados para alfabetizaeo; 5, Capacitar os alfabetizadores e formar um corpo de supervisores com a fingae de apoiar téenica ¢ metodolo- icamente 0 provesso de alfabetizagio, tendo em conta a pluralidade de métodos existentes, 6. Extabelecer 0 reforgo metodologico que permita a transigao do «sim eu posso» para a pos -alfabetizacao; 7. avolver os estudantes, os funcionarios piblicos teformados, com incidéncia os professores, para o programa de alfabetizasao; 8 Sensibilizar as empresas phblicas e privadas que no seu seio tenham trabalhadores analfabetos ou sub-escolari- zados no sentido de providenciarem condigdes humanas ¢ técnicas necessérias para aumentar, nos respectivos locais de trabalho, os niveis de escolarizaeao dos seus trabalhado- tes, ficando o MED com a responsabilidade de acompanhar © apoiar técnica e metodologicamente e que estas empresas se sintam obrigadas a encontrar incenfivos inteos para os alfabetizadores. V2. — MEDIDAS ESPECIFICAS PARA 0 METO- DO «SIM EU POSSO» PARA 0 ANO 2012-2013 1. Expandir 0 método «Sim eu posso» para mais cinco provincias: Bengo, Moxico, Kuanza Sul, Kuanza Notte e Huila, elevando assim para nove no periodo 2012 - 2013; 2 Criar 10.000 pontos de alfabetizagio; 3. Divulgar nos programas da'TPA aulas andiovisuais do ‘método «Sim eu posso». 4, Assegurar a base matetial de estudo do metodo «sim cu posso» (Monitores de televisdo,leitores de DVD e os DVDs) e as diferentes fontes de enerwia (placas solares & ‘grupos geradores) para o desenvolvimento do programa VI —MECANISMOS DE MONITORIZACAO 1. © Plano Estratésico para a Revitalizagio da Alfabetizago esta sujeito am rigcroso procesto de monitor rizagao, avaliagao € seguimento, ao nivel central, provincial © municipal, pela Comissio Nacional de Alfabetizagao © sens dros locas, respectivamente ‘2. Entre os varios mecanismos institucionais de monito- rizagao, destacam-se reunides regulares, analise de relatorios ¢ visitas de constalapo c de apoio tecnico metodlégico. 3. A Comissao Nacional de Alfabetizagao redne ordina- riamente de trés em trés meses 4. As Comissdes Provinciis de Alfabetizasao reanem ordinariamente de dois em dois meses. 5. As Comissdes Municipnis de Allabetizagio remem ‘mensalmente para avaliagdo da execucao do Plano estraté- sicoaoseunivel 6‘Trimestralmente,a Comissfo Nacional deAlfabetizacio devem reportar 0 Titular do Poder Exeentivo, dando canta, dda implementagio do presente Plano Estratégico, ‘VII — IMPACTO ESPERADO ‘No periodo a quesereporta o Plano, propoe-se atingir os Seguintes resultados: 4) Aleance da meta de alfabetizagio de 85,6, em. 2017, ») Reddo significativa da taxa do analfabetismo no seio das mulheres ¢ jovens; ©) Aleance dos abjectivos © metas de alfabetizagiio Uefinidos pelos objectivos de desenvolvimento do milénio, ne Quadro da Acgao de Dakar e do Decénio das Nagdes Unidas para Alfabetizago; ) Melharia dos indices de desenvolvimento humano, com particular incidéncia no combate a fome e 2 pobreza, promogao dos direitos humanos; &) Melhor participago dos cidados na vida politica, econdmica e social do Pais, P) Maicr mobilizagao e envolvimento da sociedade m tomo do programa de alfabetizagio, como designio nacional no processo de crescimento ¢ desenvolvimento do Pais ‘VIII — METAS EF PROJECCOES: 1, De acordo com as metas definidas na Agenda Angola 2025, a meta da alfabetizagto para 2025 deve oscilar entre ‘0s 85% ¢ 05 90% Em 2007 na Estratégia de Relangamento dda Alfbetizagio, Accleragao Recuperagio do Atraso Escolar foi claborada uma projeceao das metas a alcangar ‘com a implementagao dessa estrateaia, 2. A estrategia define uma taxa de crescimento anual de 2,5% para tum periodo de 12 anos com inicio em 2003, visando atingir em 2015 uma taxa de alfabetizagao de 85%. Isto pressupuma que em 2011 a taxa de alfabetizacao atin- sisse 08 75% e estariam alfabetizados 8,092,500 adultos, 3. Estas metas eram muito ambiciosas porque se propu- sha aleangar em 2015 a meta definida na Agenda Angola 2 4. Arealidade actual, face a virios constrangimentos é a ‘seguinte: taxa» de alfabetizagao 67%, perfazendo o nimero de 6.704.959 alfabetizados 5. Segundo o inquérito sobre o Bem-Estar da Populagio: (IBEP), levado a cabo pelo Instituto Nacional de Estatistca, taxa dealfabetizagto oscilava em temo de 66% am 2009.0 ‘que comesponde a uma populagto de 15 anos e mus de 5.904.000 alunos afabetizados 6. As medidas preconizadas no Plano Nacional de Educagao para Todos nao foram alcangadas por constran- ifos virios. Ein 2009, foram alfabetizados 5.904000 adultos contra o8 7.224.550 previstos no Plano acima refe- rencindo, Dai a necessidade de se proceder a revisio © actualizagao das metas € fixar uma nova meta a ser alcan- ‘ada em 2017 Assim, ama de alfabetizagioa atingir para 2017 éde 5,6, o que correspond a alfabetizarcerea de 10,000,000 1 SERIE —N° 92 — DE 16 DE MAIO DE 2012 278 de, adultos e nesta perspectiva, a populagio a alfabetizar até 2017 deve crescer 6.5% por ano, 0 que camesponde a uma, media anual 514.029 de adultos a alfabetizar até 2017. 8, Bite esforgo do Governo contribuir para o creseimento da taxa de alfabetizagao e consequentemente a redugao da taxa de analfabetismo no Pais e nesta conformidade a taxa de analfabetismo em 2017 deve ser um residual de 14,4% IX — ORCAMENTO E CUSTOS CONSIDERACOES FINAIS 1, © Plano Estratégico para a Revitalizagio da Alfabetizagio € um instrumento dindmico operacional fexi- vel ede cardcter indieativo sujeito 4 adequacho a realidade objectiva, endo em conta a situagao cencreta do Pais 2. Para a sua plena charmeniosa implementacao, o Plano exigir de todos os actores um forte engajamento, empenho € dedicagio numa perspectiva de converséncia de esforgos, por farma a que a exradicacao do analfabetismo nao possa registar, no periodo em referéncia, taxas desencorajadoras, tendo em vista os abjectivos fixadosna agenda Angola 2025, 3. O presente Plano por si nao esgota estruturalmente as solugGes para erradicagio do analfabetismo, mas deve-se continuar a trabalhar no refereo das medidas acces con- ducentes & maior eficacia do ensino geral, permitindo que as criangas em idade escolar beneficiem em tempo til da oferta publica educativa ANEXOS SIGLAS E ACRONIMOS DNEA. Direeeae Nacional da Educagao de Adultos EPT Educagio para Todo EIA Educagio de Jovens ¢ Adultos FAA Forgas Armadas Angolanas LBSE Lei de Bases do Sistema de Edueagiio MED Ministerio da Educagio ODM Objectivos do Desenvolvimento do Milenio UNESCO Orwanizagio das Nagdes Unidas para a Educagao, Cuttura ea Cigncia GLOSSARIO ACTIVIDADES DE POS-ALFABETIZACAO_ Programas de segnimento destinados a sustentar e ampliat as capacidades de leitura, escrita € ealeulo das pessoas recem-alfabetizadas atticuladas com actividades socialmente ites, ALFABETIZACAO Capacidade de ler e escrever com compreensio, assim ‘como de realizar operagbes aritméticas simples. ALFABETIZACAO FUNCIONAL ivel de alfabetizagio requerido para participar efectiva- mentena vida socialmente util, ALFABETIZADOR Pessoa com formagao especifica ou no, volunta- ia ou no que crienta o processo ensinovaprendizagem na alfabetizagao. ANALFABETO FUNCIONAL Individuo que, tendo aprendido a ler€ a escrever, apenas compreende, nian texto escrito, alguns elementos isolados, Em regra, nao € eapaz de preencher um formulétio adminis- trativo simple. ANALFABETO FUNCIONAL. Individuo que, tendo aprendido a lere a escrever, apenas compreende, mun texto escrito, alguns elementos isolados, Em reera, o analfabeto funcional néio € capaz de preencher um formulirio administrativo simples, ‘TAXA DE ALFABETIZACAO DE ADULTOS Percentage da populagio com 15 mos ou mais que pode, com comprecnsio, ler ¢ escrever um texto pequeno © simples sobre 0 seu quotidiano e nas instituigdes de um pais, O Presidente da Replica Jose EDUAKDo Dos Sastos MINISTERIO DAS FINANCAS Decreto Executivo n° 171/12 ie 16de Maio Em virtude de terem sido verficados erros na tabela referida no n.° 2, do Decreto Executive n° 97/12, de 26 de Marco, anexa ao mesmo, quanto a numeragie das colunas, Havendo necessidade de se proceder comecgao da refe- rida tabela Em confrmidade com os poderes delegados pelo Presidente da Replica, nos termos do artigo 137%, da Constituigio da Repablica de Angola e de acordo com © artigo 2°, do Deereto Presidencial n° 6/10, de 24 de Fevereiro, eda alinea d), do m1, do artigo 3°, do Estatuto Orgénico do Ministerio das Finangas, aprovado pelo Deereto Presidencial n° 93/10, de 7 de Junko, determino 1° —A tabela referida no n° 2, do Decreto Executive n° 97/12, de 26 de Margo, € a que se anexe ao presente Decteto Executivo, sendo parte intearante do mesino. 2° — Bate Decreto Executivo entra imediatamente em Publique-se. Luanda, a0s 8 de Maio de 2012 Ministzo, Carlas Alberto Lopes.

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