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‘TRIBUNAL PROVINCIAL DE LU: SALA DO TRABALHO 2 2" SECCAO Ge << DESPACHO pas Nos presentes autos, tendo por titulo executivo, o acérdo proferido na PROCESSO N° 52/06-D acgao declarativa, dos autos registados sob 0 n° 247/05-D, que condenou a entao Requerida PORTO DE LUANDA-EP no seguinte: a) Pogar aos Requerentes os seus saldrios em divida até a presente data (7/12/2005 - data do acérdéo) b) Bem como proporcionar-Ihes os subsidios de USD. 200,00 mensais por cada requerente; c) Devendo reintegrar-thes nos seus postos de trabalho, ou, em alternativa, proceder d devida indemnizagao pelo despedimento colectivo, conforme estatuido na Lei Geral do Trabalho; Estes sao os fins e os limites fixados no titulo executivo que devem ser observados nesta acclio executiva em cumprimento do que dispée 0 n° 1 do art. 45° do Cédigo de Processo Civil, subsidiariamente aplicavel, com base no art. 59° do Decreto Executivo Conjunto n° 3/82, de 11 de Janeiro; Por outras palavras, na accéio executiva para pagamento de quantia certa, dado o fim que se pretende, s6 pode ser exigivel: - 0 pagamento dos salérios em divida até a data da sentenga (7/12/2005); - os subsidios de USD. 200,00 mensais por cada requerente; e a alternativa de ser indemnizado com base nas disposigées legais aplicaveis @’indemnizagdo pelo despedimento colectivo; A reintegragao, ¢ um facto que. ndo pode ser exigivel na accdo de execugao para pi.gamento de quantia certa. Esta, se fosse a opedo, teria de em acgao de execugao para prestagdo de facto, regulada pelos artigos 933° e seguintes do Cédigo de Processo Civil, subsidiariamente aplicavel; ~ oS a Em 17 de Margo de 2006, os Exequentes vieram intentar esta aceao de cecucéo para pagamento de quantia certa, registada sob o n° 52/06-D, que, epois de fazerem os calculos aritméticos necessérios, fixaram a divida no - quivalente em moeda nacional a USD.2.607.505,26 (DOIS MILHOES, ;EISCENTOS E SETE MIL E QUINHENTOS E CINCO DOLARES .MERICANOS E VINTE E SEIS CENTIMOS). Fixada a divida nos termos requeridos pelos Exequentes, no dia 11 de bri de 2006, foi proferido despacho a ordenar a citagdo da executada para, 0 pr Is. 45); > de 10 dias pagar a divida exequenda, ou nomear bens & penhora Para este efeito a Executada Porto de Luanda E.P foi citada em 12 de bril de 2006. Nao se opés A execugdo por nenhum meio legalmente previsto e nem ayeu a divida exequenda dentro do prazo fixado no despacho de citacao. Em 9 de Maio de 2006, os Exequentes indicaram a penhora as contas ancarias abertas em nome da Executada nos Bancos: Totta & Acores, Sol e Al. (fls. 48 € 49); oH Em 17 de Maio de 2006, foi ordenada a penhora da conta bancaria berta em nome da Executada no Banco Sol e a transferéncia do montante juivalente a divida exequenda para a conta titulada pela Sala do Trabalho, o Banco de Poupanga e Crédito. (fis. 58). Foram feitas as diligéncias necessdrias para o cumprimento do espacho determinativo da penhora e, no dia 13 de Junho de 2006, deu atrada na Secretaria deste Tribunal uma comunicagdo proveniente do anco Sol a informar que 0 montante em causa foi transferido para a conta 0 Tribunal (fls. 67, 69 e 70). No dia 4 de Julho de 2006, foi proferido despacho a ordenar a emisséo > cheque precatério a favor dos exequentes. (fls. 100 ¢ 173). Nota-se que no dia 7 de Julho de 2006, os Exequentes receberam o fota-se ne precatorio e foram pagos. (is. 169 ¢ 178). posteriormente, POF Tequerimento que dev entrada no dia 9 de Fjovembro de 2007, (1S: 179 a 185), vieram novamente pedir a penhora de ‘ys. 7.504.944,77 (Sete Milhées, Quinhentos e Quatro Mil , Trezentos ¢ ouarenta ¢ Quatro Délares Americanos ¢ Setenta ¢ Sete Céntimos), com a alegacdo de que se trat@ de valor em divida liquidado até 31 de Dezembro de 2007 F no aig 30 de Novembro deram entrada do requerimento de fls. 356 a 359 no quéfliquidam a divida em USD. 17.324.923,45 (DEZASSETE MILHOES, TiizENTOS E VINTE E QUATRO MIL, NOVECENTOS E VINTE E TRES DOLAgpS AMERICANOS E QUARENTA E CINCO CENTIMOS), trata de divida actualizada e pedem a citagdo da Executada nomear bens A penhora, ou, em alternativa, negociar um jal querendo. s requerimentos de actualizacéo constante da divida, lo executivo. i ser vistos como decorrentes, do acérdao proferido na acgaio 7/05-D, a fls. 162-166. ferimos antes, os limites do referido titulo séo os seguintes: saldrios em divida até 4 data da sentenga (7/12/2005); - 3D. 200,00 mensais por cada requerente; e a alternativa de base nas disposigées legais apliciveis a indemnizacdo jeolectivo. Mte se percebe, ndo se trata de um titulo executivo de 'M se pode falar de renovacdo de execugao. Tribunal que os mesmos requerimentos de actualizacdo ter por fundamento o despacho proferido a fis. 254 € 284 verso da acgdo declarativa registada sob o n® 247/05-D, porque tal despacho, néo constitui titulo executive legalmente previsto. © mencionado despacho foi proferido depois de publicado 0 acérdao com o qual ficou imediatamente esgotado o poder jurisdicional do juiz quanto 4 matéria da causa. (n° 1, art. 666° do C.P.C, subsidiariamente aplicavei). Na sequéncia do que acabamos de afirmar, 0 despacho em causa foi alvo de recurso de agravo pelos Exequentes, processo n° 693/07-F (em apenso), e por acérd’o do Venerando Supremo Tribunal Supremo, foi revogado porque julgado ilegal. (fls. 49 a 52 verso do processo de recurso de agravo, n° 693/07-F, em separado). Ainda sobre 0 mesmo despacho, em sede de recurso de apelagéo na acgao declarativa, 0 Venerando Tribunal Supremo, no 3° parégrafo de fls. 360, do acérdao proferido no processo n° 247/05-D, refere-se a cle ¢ aos actos que a ele conduziram como sendo questdes meramente dilatorias que deveriam ser dirimidas na acco executiva. O mesmo acérdao, fis. 3560 a 364 da acco declarativa n° 2s7105-0, Yp negando provimento ao recurso interposto pela Requerida, confirmou a decisdo proferida em primeira instancia, deciséo esta que transitou em julgado. Assim, porque no foi alterado, mantém-se os fins € os limites do acérdao proferido a fls. 162 a 166 da accdo declarativa n° 247/05-D, que serve de titulo executivo nesta execucéo; ou seja: a) Pagar aos Requerentes os seus saldrios em divida até a presente data (7/12/2005 - data do acérdéo) b) Bem como proporcionar-thes os subsidios de USD. 200,00 mensais por cada requerente; ¢) Devendo reintegrar-thes nos seus postos de trabalho, ou, em altemativa, proceder 4 devida indemnizagdo pelo despedimento colectivo, conforme estatuido na Lei Geral do Trabalho; - 4 5 See 1 - Com vista regularizagao da tramitagéo processual, anulo os actos praticados a fls. 273 a 277; 2 - Indefiro os requerimentos de fls 179 - 185 e seguintes, referentes a pedidos dé novas citagées para pagamento ou nomeagao de bens a penhora pagamento de quantia certa. 3 - Porque, nesta acgao executiva, intentada por requerimento de fis. 2 a 5 com divida fixada em USD.2.607.505,26 (DOIS MILHOES, SEISCENTOS © SETE MIL £ QUINHENTOS E CINCO DOLARES AMERICANOS E VINTE E SEIS CENTIMOS), que os exequentes ANDRE GASPAR ADAO ANTONIO, PASCOAL AUGUSTO DOMINGOS, DOMINGOS JOSE MANUEL, MATEUS MAGALHAES E SINDICATATO DOS TRABALHADORES MARITIMOS, PORTUARIOS, FERROVIARIOS E AFINS DE LUANDA, em representagéo de um total de 154 Exequentes, com os demais sinais de identificacéo nos autos, moveram contra o PORTO DE LUANDA - E.P., mostra-se paga a quantia exequenda (fls. 169, 178, 264-270) e as custas igualmente pagas (fls. 269), julgo a mesma extinta nos termos do art. 916°, do C.P.C, subsidiariamente aplicavel, com base no art. 59°, do Decreto Executivo Conjunte n° 3/82, de 11 de Janeiro, Registe e notifique. Luanda, 7 de Abril de 2010

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