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A HISTÓRIA DA COSTURA

A costura é, e sempre foi, uma prática tão presente na humanidade que é um pouco
difícil definir, exatamente, quando teve seu início entre nós. Os primeiros registros de
instrumentos usados como agulhas (que, na época, eram feitos de ossos e marfim) foi
há mais de 30 mil anos. A tecelagem ( técnica de entrelaçar fios transversalmente e
longitudinalmente, de forma a se obter tecidos) também remete a tempos longínquos:
mais de cinco mil anos atrás, sendo que a tecelagem da época era feita com pelos e,
principalmente, couro de animais de caça ou cultivados.

Com o passar do tempo, e o aperfeiçoamento das técnicas de costura, nasceu a


profissão de costureiro. Todo o início dessa história mostra que, em seu princípio, ela
tinha um uso específico: as roupas eram necessárias pra que ninguém andasse nu pelas
ruas e em regiões como a Europa, que tem invernos bem rigorosos, para ser proteger
do frio e assim por diante. Até que na recém-descoberta cidade de Çatal Hüyük, uma espécie de comunidade do
período neolítico, foi possível encontrar um povo que já preocupava com a estética das vestimentas, algo
semelhante em civilizações que existiriam futuramente, como os egípcios e os sumérios. Essas sociedades
elevaram o cargo de costureiro a ser um profissional de mais importância. Essa valorização aconteceu
principalmente, na sociedade persa, onde se têm registros de peças com mais conforto e mais personalizadas.

Outra época importante para a história da profissão foi a Idade Média, principalmente na Europa, onde teve
início a confecção de túnicas de algodão, que protegia do forte frio europeu. Além disso, esse ramo começou a
movimentar mais dinheiro, principalmente pelo fato de que, naquele momento, as roupas eram costuradas com
detalhes de joias ou pedras preciosas e pela sua melhoria, fruto da crescente habilidade dos artesãos. Assim, como
era no início, não havia cursos profissionalizantes pra essa profissão. Com isso, o conhecimento era passado do
mestre para o aprendiz. O mestre ( alfaiate) escolhia alguém (aprendiz) para herdar seus conhecimentos. Algumas
vezes, esse aprendiz era o próprio filho do mestre; outras vezes, algum outro garoto. A Idade Média fez com que a
costura passasse a ser uma atividade lucrativa e concorrida.

A costura teve um caráter artesanal até a Revolução Industrial. Entre as várias mudanças que essa época trouxe,
a costura em escala industrial foi uma delas. É nítida essa mudança em países como a Inglaterra, em que a área
dos tecidos foi uma das mais atingidas pela Revolução Industrial. Nessa época, começaram a ser feitas máquinas
que realizassem mais costuras que os alfaiates faziam, de forma mais rápida e com uma padronização na
produção que não podia ser repetida pelos artesãos.

Máquina de Costura
A primeira máquina de costura a ser feita e patenteada foi idealizada para trabalhar com couro e o detentor da
invenção foi Thomas Saint, em 1790. Essa máquina, na verdade, era usada para costurar calçados. A primeira
máquina de costura em nível industrial e que se dedicasse ao vestuário foi a do alfaiate francês Barthelemy
Thimmonier, em 1830. Isso deu início à costura industrial, o que incomodou bastante os artesãos, que não
poderiam acompanhar o ritmo das empresas. O fato levou esses artesãos a manifestos constantes contra as
indústrias de roupas, a ponto de atear fogo nas máquinas de Barthelemy. O inventor, aliás, teve de se retirar da
França, pois foi, várias vezes, ameaçado de morte pela classe dos costureiros. Mesmo com a revolta dos
artesãos, a indústria têxtil teve um forte início, produzindo roupa em massa para a população. Apesar de ser o
grande trunfo da empresa têxtil, a produção em massa foi justamente o fator que possibilitou a continuidade da
confecção de roupa artesanal. Enquanto a comunidade em geral usava roupa padronizada, a burguesia queria se
distanciar das classes inferiores em relação ao poder aquisitivo, o que levou a burguesia a procurar alfaiates, em
busca de exclusividade no vestuário. Isso fez com que os artesãos continuassem com seu ofício, mas, agora, tendo
uma classe mais abastada como cliente. A mudança de clientela fez algumas modificações na mentalidade de
produção desses alfaiates e provavelmente esse movimento em busca de exclusividade foi um dos marcos para o
início da alta-costura. Já a costura industrial continuou tendo melhorias nas máquinas, aumentando a produção,
diminuindo seu tempo de execução e aumentando a variedade de roupas produzidas. Em 1850, o norte americano
Isaac Merrit Singer fez mudanças ( principalmente no modo como a agulha se movia e no pedal) na máquina de
costura da época. A patente dessa nova máquina foi feita em 1851, o que deu início à empresa “Singer”, que teve
um grande começo desde seu início com a venda dessa máquina de costura. Outras empresas foram criadas e a
empresa têxtil usando cada vez mais tecnologia. Hoje, existem máquinas específicas para cada tipo de costura (
máquinas de zig-zag, interloque, elastiqueira e outras) e que consomem menos energia do que as “tradicionais”,
produzem mais rápido e com padronização. A costura, apesar da industrialização, não perdeu seu valor artístico
e criativo. O mercado da moda, intimamente ligado à costura, movimenta milhões, baseado na criatividade dos
seus criadores. Além do mais, máquinas de costura pessoais são fáceis de ser adquiridas, dando condições de
criação de roupas e outras peças sem sair de casa.A costura é, e sempre foi, uma
prática tão presente na humanidade que é um pouco difícil definir, exatamente,
quando teve seu início entre nós. Os primeiros registros de instrumentos usados
como agulhas (que, na época, eram feitos de ossos e marfim) foi há mais de 30 mil
anos. A tecelagem ( técnica de entrelaçar fios transversalmente e longitudinalmente,
de forma a se obter tecidos) também remete a tempos longínquos: mais de cinco mil
anos atrás, sendo que a tecelagem da época era feita com pelos e, principalmente,
couro de animais de caça ou cultivados.
Com o passar do tempo, e o aperfeiçoamento das técnicas de costura, nasceu a
profissão de costureiro. Todo o início dessa história mostra que, em seu princípio,
ela tinha um uso específico: as roupas eram necessárias pra que ninguém andasse
nu pelas ruas e em regiões como a Europa, que tem invernos bem rigorosos, para
ser proteger do frio e assim por diante. Até que na recém-descoberta cidade de Çatal Hüyük, uma espécie de
comunidade do período neolítico, foi possível encontrar um povo que já preocupava com a estética das
vestimentas, algo semelhante em civilizações que existiriam futuramente, como os egípcios e os sumérios. Essas
sociedades elevaram o cargo de costureiro a ser um profissional de mais importância. Essa valorização aconteceu
principalmente, na sociedade persa, onde se têm registros de peças com mais conforto e mais personalizadas.

Outra época importante para a história da profissão foi a Idade Média, principalmente na Europa, onde teve
início a confecção de túnicas de algodão, que protegia do forte frio europeu. Além disso, esse ramo começou a
movimentar mais dinheiro, principalmente pelo fato de que, naquele momento, as roupas eram costuradas com
detalhes de joias ou pedras preciosas e pela sua melhoria, fruto da crescente habilidade dos artesãos. Assim, como
era no início, não havia cursos profissionalizantes pra essa profissão. Com isso, o conhecimento era passado do
mestre para o aprendiz. O mestre ( alfaiate) escolhia alguém (aprendiz) para herdar seus conhecimentos. Algumas
vezes, esse aprendiz era o próprio filho do mestre; outras vezes, algum outro garoto. A Idade Média fez com que a
costura passasse a ser uma atividade lucrativa e concorrida.

A costura teve um caráter artesanal até a Revolução Industrial. Entre as várias mudanças que essa época trouxe,
a costura em escala industrial foi uma delas. É nítida essa mudança em países como a Inglaterra, em que a área
dos tecidos foi uma das mais atingidas pela Revolução Industrial. Nessa época, começaram a ser feitas máquinas
que realizassem mais costuras que os alfaiates faziam, de forma mais rápida e com uma padronização na
produção que não podia ser repetida pelos artesãos.

Máquina de Costura
A primeira máquina de costura a ser feita e patenteada foi idealizada para trabalhar com couro e o detentor da
invenção foi Thomas Saint, em 1790. Essa máquina, na verdade, era usada para costurar calçados. A primeira
máquina de costura em nível industrial e que se dedicasse ao vestuário foi a do alfaiate francês Barthelemy
Thimmonier, em 1830. Isso deu início à costura industrial, o que incomodou bastante os artesãos, que não
poderiam acompanhar o ritmo das empresas. O fato levou esses artesãos a manifestos constantes contra as
indústrias de roupas, a ponto de atear fogo nas máquinas de Barthelemy. O inventor, aliás, teve de se retirar da
França, pois foi, várias vezes, ameaçado de morte pela classe dos costureiros. Mesmo com a revolta dos
artesãos, a indústria têxtil teve um forte início, produzindo roupa em massa para a população. Apesar de ser o
grande trunfo da empresa têxtil, a produção em massa foi justamente o fator que possibilitou a continuidade da
confecção de roupa artesanal. Enquanto a comunidade em geral usava roupa padronizada, a burguesia queria se
distanciar das classes inferiores em relação ao poder aquisitivo, o que levou a burguesia a procurar alfaiates, em
busca de exclusividade no vestuário. Isso fez com que os artesãos continuassem com seu ofício, mas, agora, tendo
uma classe mais abastada como cliente. A mudança de clientela fez algumas modificações na mentalidade de
produção desses alfaiates e provavelmente esse movimento em busca de exclusividade foi um dos marcos para o
início da alta-costura. Já a costura industrial continuou tendo melhorias nas máquinas, aumentando a produção,
diminuindo seu tempo de execução e aumentando a variedade de roupas produzidas. Em 1850, o norte americano
Isaac Merrit Singer fez mudanças ( principalmente no modo como a agulha se movia e no pedal) na máquina de
costura da época. A patente dessa nova máquina foi feita em 1851, o que deu início à empresa “Singer”, que teve
um grande começo desde seu início com a venda dessa máquina de costura. Outras empresas foram criadas e a
empresa têxtil usando cada vez mais tecnologia. Hoje, existem máquinas específicas para cada tipo de costura (
máquinas de zig-zag, interloque, elastiqueira e outras) e que consomem menos energia do que as “tradicionais”,
produzem mais rápido e com padronização. A costura, apesar da industrialização, não perdeu seu valor artístico
e criativo. O mercado da moda, intimamente ligado à costura, movimenta milhões, baseado na criatividade dos
seus criadores. Além do mais, máquinas de costura pessoais são fáceis de ser adquiridas, dando condições de
criação de roupas e outras peças sem sair de casa.

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