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Curso: Iniciação a Corte e Costura

Aluno: Cristina Socorro da Silva Amorim


Trabalho individual – História da Profissão (corte e costura)
O conceito de vestir-se é mais antigo do que podemos prever. A ideia das roupas
vem de mais de 30 mil anos atrás, quando, apenas com o intuito de se proteger, os tecidos
animais eram costurados usando ossos de animais e marfim como aparatos. Foi só no
século XIV, mais de 700 anos atrás, que a primeira agulha de ferro foi inventada. Até lá,
o uso de produtos animais já fazia a primeira caminhada da costura para a história, com
o enredamento de partes do corpo animal.
A necessidade de se aquecer no inverno deu início a profissão de costureiro e, na
Idade Média, as túnicas já se faziam muito necessárias. Foi por aí que as peças começaram
a ter algum tipo de personalização, ainda que muito primitiva, mas já mostrando um
pouco sobre as possibilidades de criatividade acerca da vestimenta e também com viés
luxuoso, já que os melhores bordados exigiam os melhores materiais.
Nascia a Profissão de Costureiro
Com o passar do tempo, e o aperfeiçoamento das técnicas de costura, nascia a
profissão de costureiro. Todo o início dessa história mostra que, em seu princípio, ela
tinha um uso específico: as roupas eram necessárias para que ninguém andasse nu pelas
ruas e em regiões como a Europa, que tem invernos bem rigorosos, para ser proteger do
frio e assim por diante.
Até que na recém-descoberta cidade de Çatal Hüyük, uma espécie de comunidade
do período neolítico, foi possível encontrar um povo que já preocupava com a estética
das vestimentas, algo semelhante em civilizações que existiriam futuramente, como os
egípcios e os sumérios. Essas sociedades elevaram o cargo de costureiro a ser um
profissional de mais importância. Essa valorização aconteceu principalmente, na
sociedade persa, onde se têm registros de peças com mais conforto e mais personalizadas.
A Costura se torna um Grande Negócio
Outra época importante para a história da profissão foi a Idade Média,
principalmente na Europa, onde teve início a confecção de túnicas de algodão, que
protegia do forte frio europeu. Além disso, a Costura se torna um grande negócio, esse
ramo começou a movimentar mais dinheiro, principalmente pelo fato de que, naquele
momento, as roupas eram costuradas com detalhes de joias ou pedras preciosas e pela sua
melhoria, fruto da crescente habilidade dos artesãos. Assim, como era no início, não havia
cursos profissionalizantes para essa profissão. Com isso, o conhecimento era passado do
mestre para o aprendiz. O mestre (alfaiate) escolhia alguém (aprendiz) para herdar seus
conhecimentos. Algumas vezes, esse aprendiz era o próprio filho do mestre; outras vezes,
algum outro garoto. A Idade Média fez com que a costura passasse a ser uma atividade
lucrativa e concorrida.
A Costura em Grande Escala
A costura teve um caráter artesanal até a Revolução Industrial. Entre as várias
mudanças que essa época trouxe, a costura em grande escala ou escala industrial. É nítida
essa mudança em países como a Inglaterra, em que a área dos tecidos foi uma das mais
atingidas pela Revolução Industrial. Nessa época, começaram a ser feitas máquinas que
realizassem mais costuras que os alfaiates faziam, de forma mais rápida e com uma
padronização na produção que não podia ser repetida pelos artesãos.
A Primeira Máquina de Costura
A primeira máquina de costura a ser feita e patenteada foi idealizada para trabalhar
com couro e o detentor da invenção foi Thomas Saint, em 1790. Essa máquina, na
verdade, era usada para costurar calçados. A primeira máquina de costura em nível
industrial e que se dedicasse ao vestuário foi a do alfaiate francês Barthelemy
Thimmonier, em 1830. Isso deu início à costura industrial, o que incomodou bastante os
artesãos, que não poderiam acompanhar o ritmo das empresas.
O fato levou esses artesãos a manifestos constantes contra as indústrias de roupas,
a ponto de atear fogo nas máquinas de Barthelemy. O inventor, aliás, teve de se retirar da
França, pois foi, várias vezes, ameaçado de morte pela classe dos costureiros. Mesmo
com a revolta dos artesãos, a indústria têxtil teve um forte início, produzindo roupa em
massa para a população. Apesar de ser o grande trunfo da empresa têxtil, a produção em
massa foi justamente o fator que possibilitou a continuidade da confecção de roupa
artesanal. Enquanto a comunidade em geral usava roupa padronizada, a burguesia queria
se distanciar das classes inferiores em relação ao poder aquisitivo, o que levou a burguesia
a procurar alfaiates, em busca de exclusividade no vestuário.
Isso fez com que os artesãos continuassem com seu ofício, mas, agora, tendo uma
classe mais abastada como cliente. A mudança de clientela fez algumas modificações na
mentalidade de produção desses alfaiates e provavelmente esse movimento em busca de
exclusividade foi um dos marcos para o início da alta-costura. Já a costura industrial
continuou tendo melhorias nas máquinas, aumentando a produção, diminuindo seu tempo
de execução e aumentando a variedade de roupas produzidas.
Em 1850, o norte americano Isaac Merrit Singer fez mudanças (principalmente no
modo como a agulha se movia e no pedal) na máquina de costura da época. A patente
dessa nova máquina foi feita em 1851, o que deu início à empresa “Singer”, que teve um
grande começo desde seu início com a venda dessa máquina de costura. Outras empresas
foram criadas e a empresa têxtil usando cada vez mais tecnologia.
Hoje, existem máquinas específicas para cada tipo de costura (máquinas de zig-
zag, interloque, elastiqueira e outras) e que consomem menos energia do que as
“tradicionais”, produzem mais rápido e com padronização. A costura, apesar da
industrialização, não perdeu seu valor artístico e criativo. O mercado da moda,
intimamente ligado à costura, movimenta milhões, baseado na criatividade dos seus
criadores. Além do mais, máquinas de costura pessoais são fáceis de serem adquiridas,
dando condições de criação de roupas e outras peças sem sair de casa.

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