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CURSO BÁSICO DE CORTE E COSTURA | APOSTILA 1

Corte e Costura
MÓDULO BÁSICO I

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CURSO BÁSICO DE CORTE E COSTURA | APOSTILA 1

Sumário

Introdução................................................................................................................... 1
Unidade 1 – Conhecendo a Moda............................................................................... 2
1.1 – História da Moda .............................................................................................. 3
1.2 – O que é uma confecção?.................................................................................... 7
1.3 – Etapas para montagem da roupa ........................................................................ 8
1.4 – Sistemas automatizados para costura................................................................. 9
Unidade 2 – Equipamentos ....................................................................................... 11
2.1 – Equipamentos de medida................................................................................. 12
2.2 – Tesouras.......................................................................................................... 14
2.3 – Utensílios auxiliares para costurar ................................................................... 16
2.4 – Linhas ............................................................................................................. 20
2.5 – Agulhas........................................................................................................... 21
2.6 – Zíperes............................................................................................................ 27
2.7 – Botões e colchetes........................................................................................... 30
2.8 – Artigos de armarinhos ..................................................................................... 33
2.9 – Tecidos ........................................................................................................... 35

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Introdução
Olá,

É possível ver a moda em todos os lugares e em todas as pessoas, porém ela


muda com muita velocidade e para se adaptar às constantes evoluções e mudanças das
pessoas, foram criados cursos para qualificar profissionais na área de corte e costura.

Com isso, o mercado consumidor fica cada vez mais aquecido, aumentando a
procura por profissionais de corte e costura qualificados, que possam acompanhar tal
evolução e atender a demanda.

Assim, temos por objetivo abordar em nosso curso, informações úteis para
pessoas que queiram se adequar a esse mercado, com conteúdos teóricos e práticos
sobre a origem das roupas e a evolução da moda.

Passaremos informações que os ajudem a conhecer as confecções e etapas para


se criar roupas, além de ver alguns sistemas que podem auxiliar na produção de forma
rápida e eficaz.

Mostraremos também as informações sobre os equipamentos usados no trabalho


e suas características fundamentais para que se possa escolher a melhor opção no
momento da elaboração das peças.

Veremos os tipos de máquinas de costuras usados para confeccionar as roupas,


conhecendo as partes de uma máquina de costura, além de aprender a montá-la e deixá-
la pronta para uso.

Por fim, mostraremos os tipos de moldes que são usados para formar as
estruturas das peças. Aprenderemos a tirar as medidas para se realizar a produção das
roupas. Conheceremos também os tipos de pontos e cortes usados nas confecções.

Bom Curso!

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Unidade 1 – Conhecendo a Moda

Olá,

Nesta unidade, vamos conhecer um pouco sobre a história e a evolução das


roupas desde seu uso apenas como forma de se manter aquecido até os diferentes tipos
de vestes que fazem parte da moda.

Iremos estudar também sobre conceito de confecção, explicando o que é e as


formas existentes de confecções, além de aprendermos como montar esse tipo de
empresa.

Aprenderemos as etapas para construção das roupas, com destaque para o


aprendizado sobre as características de cada parte, com suas nomenclaturas e itens
necessários para o conhecimento do profissional de corte e costura.

Conheceremos alguns sistemas automatizados usados para a costura, esses


sistemas auxiliam o profissional, deixando a linha de produção mais rápida e ajustada,
contribuindo para a redução de desperdícios.

Bom estudo!

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1.1 – História da Moda

A história da moda nos mostra que o


ser humano, desde a época das cavernas,
usava roupas para proteção contra o frio e,
em razão disso, buscava formas de prender
as vestes ao redor do corpo.

As primeiras roupas eram feitas de


peles de animais e amarradas com tripas ou
fibras vegetais.

Com o tempo, passou-se a usar as


roupas não só para proteção contra o frio,
mas também como algo para deixar a
pessoa mais bela. Como parte da evolução
do homem, ocorreu a procura por detalhes
que pudessem deixar as vestes mais
confortáveis e agradáveis.

Durante a Antiguidade, os Egípcios, os Hebreus e os Gregos se destacaram com


vestes mais precisas e ricas em detalhes, com tecidos bem cortados, mostrando a beleza
do corpo.

(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

A fabricação das roupas, durante esta época, era bastante demorada, pois por
mais simples que fossem os modelos produzidos, elas eram feitas manualmente, o que
ocupava mais tempo para a confecção.

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As roupas produzidas eram basicamente feitas com diferentes formas de prender


o tecido, pois ainda não havia muitas formas de costurar e cortar os tecidos como temos
atualmente.

As roupas serviam também para diferenciar as pessoas quanto ao seu status


financeiro, diferenciando, assim, os ricos dos pobres.

A diferença entre as roupas era visivelmente percebida, pois os esforços para


realizar a costura tornavam o vestuário do rico
mais complexo do que o do pobre.

As costuras na época eram realizadas pelas


mulheres, por possuírem a delicadeza para essa
execução. Porém, a partir do século XII, a
profissão de cortador passou a ser realizada pelos
homens.

Durante o século XIII, os alfaiates


franceses criaram, na Europa, moldes de madeira
fina para realizar rapidamente a produção das
roupas.

Os moldes eram feitos através da prática


dos alfaiates, que riscavam o desenho da roupa na
madeira de maneira precisa, além do
conhecimento de matemática e geometria, que
auxiliava na exatidão das vestes, e, depois de prontos, os desenhos eram cortados para
servir na produção.

Estes moldes só podiam ser usados por homens, pois, na época, só eles possuíam
o privilégio de serem cortadores de roupas.

Depois de criados os moldes, o corte passou a ficar mais fácil, surgindo assim
modelos de roupa mais elaborados e a própria moda.

Com o aprimoramento do vestuário, trajes mais elaborados passaram a ser


exigidos por pessoas com mais dinheiro.

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(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

Os alfaiates, mesmo com o conhecimento de geometria, faziam seus moldes


através das medidas da pessoa a quem a roupa se destinava.

No século XVIII, em Milão, foram criados os teares mecânicos, fazendo com


que a produção de tecidos aumentasse significativamente.

Durante o mesmo período, a produção de roupas femininas passou a ter seu foco
principal em Paris, e os masculinos em Londres.

(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

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Conforme o tempo passa, os costureiros mudam a moda, adaptando-a ao


momento e às pessoas. Conforme podemos ver nas imagens abaixo:

(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

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ANOS 2000 2010 AOS DIAS ATUAIS


(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

Nos dias atuais, tanto os homens quanto as mulheres podem trabalhar na


produção de roupas, usando a arte e as tendências para criarem vestuários cada vez mais
estilosos, agradando todas as pessoas.

1.2 – O que é uma confecção?

Confecção é o nome dado ao local ou fábrica onde são produzidas as roupas,


podendo ser feitas em pequenas ou grandes quantidades.

As confecções necessitam de costureiros(as), que são responsáveis por produzir


as roupas, podendo haver um ou mais trabalhadores na função, isso dependerá das
necessidades da empresa.

Formas de confecção

Há dois tipos de confecções: por encomenda e por criação própria, sendo que
cada um desses tipos tem suas características, como podemos ver a seguir:

• Encomenda – esta opção é a mais usada, pois como ocorrem muitas mudanças
nos modelos, é necessário aguardar para confeccionar as peças nas formas e nas
quantidades solicitadas. Normalmente, este tipo de confecção é usado por
pessoas que trabalham com grandes quantidades, como é o caso de lojas,
empresas, estilistas, entre outros. Este tipo trabalha com prazos determinados no
momento da solicitação;

• Criação própria – esta opção é usada em casos de criação e vendas da mesma


pessoa ou empresa, são os casos de confecção e lojas próprias, que criam apenas
para seus consumidores. Este caso é bastante comum em lojas e boutiques, que
trabalham com roupas de grife.

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1.3 – Etapas para montagem da roupa

Para todos os tipos de produção, é preciso adotar alguns cuidados para que não
corra o risco de esquecer as etapas da produção. Por esse motivo, vamos apresentar
todas as etapas e suas características.

Croqui – É o desenho da ideia que servirá de base para se chegar ao modelo a ser
produzido. Normalmente, realizado por um estilista, pois ele conhece as tendências e
estuda a moda para que a peça se adeque ao gosto das pessoas, além de possuir o
conhecimento de design e dos tipos de tecidos;

Tirar medidas – São as medições do tamanho de cada parte do corpo da pessoa a quem
a roupa se destina;

Modelagem – São os moldes criados a partir das medidas da pessoa e usados para que o
profissional de corte possa seguir os tamanhos e modelos para a criação das peças;

Risco – É o desenho do modelo no tecido para que possa ser cortado corretamente;

Corte – É o ato de cortar o tecido para deixá-lo em partes iguais ao molde, que por mais
que pareça um ato simples, é algo que necessita de atenção e de alguns cuidados;

Montagem ou costura – É o ato de unir as partes do tecido para criar as peças. Esta
união pode ser realizada manualmente ou à máquina;

Primeira prova – É o ato de vestir a roupa pela primeira vez para que se confirme se o
tamanho está correto, isto ocorre antes de realizar o acabamento da peça;

Acabamento – São as ações realizadas para deixar a peça finalizada e bonita para o
consumidor, ou seja, atos para retirar imperfeições, como linhas penduradas, excesso de
fitas, adição de botões etc;

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Segunda prova – É o ato de vestir a roupa pronta para confirmar se não tem nenhum
item a ser alterado. Em casos de produção em massa, a segunda prova é realizada para
confirmar se a peça está perfeita e se serve para ser a matriz para as demais peças a
serem produzidas com base na peça piloto;

Piloto – É a roupa que será copiada na produção, ou seja, a roupa sem defeitos que sirva
de modelo ou protótipo. Este trabalho pode ser realizado manualmente ou através de
programas de computador como é o caso do AutoCad;

Ficha técnica – Item no qual estará o desenho da peça com as informações técnicas, tais
como, tipo de tecido, tamanho, entre outras. Os tamanhos das roupas são marcados de
forma padronizada onde, para a maioria dos tecidos, são usados os tamanhos numéricos,
como por exemplo, 36, 38, 40, e assim por diante, e as malharias são marcadas por
letras, como: PP, P, M, G e GG ou pelo padrão internacional, que são marcados pelas
letras, S, M, L, XL;

Passadoria – É o ato de passar as roupas a ferro para que crie marcas e dobras para
facilitar a visualização da peças, como também para ajudar no corte e costura;

Controle de qualidade – É uma inspeção realizada para conferir a qualidade do


produto e evitar a comercialização de peças com defeito;

Redução e ampliação – Quando um produto é comercializado em massa, é necessário


que seja criado em diferentes tamanhos para que possa se adequar a diversos tipos de
consumidores. Para isso, é necessário que o profissional realize a ampliação ou a
redução da peça de modo proporcional para que não deforme a roupa.

1.4 – Sistemas automatizados para costura

Há alguns sistemas que auxiliam o profissional de corte e costura a facilitar seus


trabalhos, ajudando-o na produção. Estes sistemas podem reduzir o tempo de produção,
uma vez que eliminam o processo de elaboração dos croquis.

Esses sistemas nos permitem a visualização da peça, antes mesmo de ficar


pronta, pois criam uma imagem 3D com proporções reais.

O CAD, sigla corresponde a “Computer Aided Design”, significa Projeto


Assistido por Computador e é um dos sistemas mais usados na elaboração de desenhos
técnicos criados por computadores para visualizar os modelos das roupas.

O sistema auxilia também na produção de moldes de tamanhos diferentes,


calculando automaticamente peças com medidas maiores e menores, mantendo sempre
a proporção ideal para a peça.

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Quando as confecções fazem uso de sistemas automatizados, a quantidade de


desperdícios se reduz significativamente. Pois o computador consegue calcular
exatamente as formas de usar a área do tecido.

Outro sistema de confecção muito usado é o CAM, sigla de “Computer Aided


Manufacturing”, que significa Fabricação Assistida por Computador.

A tecnologia CAD/CAM juntou as técnicas CAD e CAM em um único sistema.


Além disso, também uniu as qualidades dos dois sistemas e se tornou ainda melhor.

Vantagens do CAD/CAM:

O CAD/CAM traz várias vantagens, como podemos observar:

• O desperdício é diminuído significativamente, pois permite a utilização de


pequenos pedaços de tecidos;

• A aceitação do cliente é maior, pois ele pode ver o resultado final, mesmo antes
de iniciar o serviço, contribuindo para reduzir arrependimentos e desistências;

• Reduz o tempo para a produção, pois o computador realiza cálculos muito mais
rápidos e exatos do que o ser humano;

• O sistema auxilia não só na criação dos croquis como também ajuda na


organização e nos cálculos para a criação de peças em vários tamanhos.

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Unidade 2 – Equipamentos

Olá,

Nesta unidade, vamos conhecer um pouco sobre os equipamentos usados para a


criação e confecção de roupas e trajes da moda.

Conheceremos todos os equipamentos usados para tirar as medidas,


indispensáveis para que seja possível produzir uma roupa no tamanho adequado à
pessoa a quem ela se destina, além de aprender sobre as tesouras usadas para cada
situação da costura.

Veremos que há itens que auxiliam o profissional da costura para acelerar o


processo de produção e organizar o espaço reservado para a tarefa.

Iremos conhecer os tipos e características das linhas e agulhas e em quais


situações devemos usar cada uma delas.

Aprenderemos sobre as características dos zíperes, botões e colchetes que são


usados para fechar, prender e enfeitar as roupas. Há também itens de armarinhos que
possuem fitas e outros materiais que ajudam a deixar as peças mais personalizadas.

Bom estudo!

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2.1 – Equipamentos de medida

Em todas as profissões é indispensável a utilização de equipamentos de


qualidade para que o profissional consiga realizar atividades de maneira precisa.

Para trabalhar com corte e costura o profissional necessita de diversos


equipamentos, e para começarmos iremos conhecer os equipamentos de medida, são
eles:

• Fita métrica – é uma fita de borracha sintética de 1,5 m de comprimento com as


pontas revestidas em metal, possuindo marcações de centímetros e milímetros
para medir os itens, tais como: o tecido, medidas do corpo para o qual será feita
a roupa, entre outros;

• Esquadro – é um item parecido com uma régua. O que os diferencia é o fato dos
esquadros serem apresentados em três lados, como um triângulo, e,
normalmente, elaborado em plástico transparente. Eles são usados para traçar
linhas perpendiculares e diagonais;

• Régua – trata-se de um retângulo com marcações de centímetros e milímetros,


as mais usadas pelos profissionais de corte e costura são as de 80 cm de
comprimento. A régua é usada para realizar marcações de linhas retas, medir
tecidos retos, marcar bainhas, entre outros;

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• Pistolet - Usado para desenhar curvas de decotes e cavas;

• Marcador de Bainhas - é um equipamento que possui uma base metálica, com


uma régua de madeira e um reservatório plástico, onde fica armazenado o pó de
giz, que é lançado para marcar o local exato para a bainha.

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2.2 – Tesouras

A tesoura é um item indispensável para o profissional que deseja realizar cortes,


mas há vários modelos disponíveis, sendo que cada situação necessita de uma tesoura
específica.

Como acontece com todos os equipamentos, é necessário um cuidado para evitar


danos na sua estrutura, que prejudicam a qualidade de corte. Para isso, deve-se evitar
quedas e armazenamento em locais indevidos, que possam entortar a superficie.

Devemos lembrar sempre que uma tesoura de corte de tecido não deve ser usada
para cortar outros materiais, como, por exemplo, o papel, pois pode deixá-la cega,
prejudicando seu corte. Quando dizemos que a tesoura está cega, queremos dizer que
ele não está mais cortando de maneira precisa.

Há tesouras de diversos formatos e tamanhos. Como podemos ver nos exemplos


a seguir:

• Tesoura de picotar – Este modelo é usado para acabamentos decorativos e para


evitar que o tecido desfie, pois corta em formato zigue-zague. Podendo ser
encontrada nos tamanhos de 4, 6 e 8 polegadas, com um dos anéis com
dimensão maior, para que possa encaixar mais do que um dos dedos para
auxiliar na firmeza do corte;

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• Tesouras de cortar com anéis revestidos em plástico – Este é um dos


modelos mais modernos e rápidos que as tradicionais, usado para corte, sendo
que os revestimentos dos anéis auxiliam no conforto dos dedos;

• Tesoura de cortar com anéis em ângulos – Este modelo possui a base reta,
possibilitando o apoio na superfície para dar firmeza no momento do corte. Pode
ser encontrada nos tamanhos de 7 e 9 polegadas;

• Tesouras para bordar – Este modelo é usado para vários tipos de corte, mas
por possuir uma ponta mais fina, é usada, preferencialmente, para realizar
descosturas e para cortar casas de botão. Pode ser encontrada no tamanho de 2.5,
3 e 3.5 polegadas;

• Tesoura de costureira para cortar – Este modelo é muito usado por


costureiras para corte, pois possui as lâminas mais compridas, podendo ser de 15
ou 18 cm, e um dos anéis maiores;

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• Tesoura de costura com dois anéis iguais – Este modelo é muito usado para
realizar pequenos reparos, tais como, aparar costuras, consertos, alterações de
roupas já confeccionadas, entre outros. Pode ser encontrada no tamanho de 4.5 a
8 polegadas;

• Tesoura de tecelão – Este modelo é muito usado para realizar aparas em roupas
confeccionadas, para retirar os excessos de fios. Possui uma mola que deixa a
tesoura aberta, agilizando assim o trabalho. O tamanho mais comum para este
modelo é o de 4,5 polegadas.

2.3 – Utensílios auxiliares para costurar

Alguns utensílios são usados para facilitar e agilizar as tarefas para os


profissionais de corte e costura.

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Nos armarinhos, vemos inúmeros itens à venda que ajudam o profissional a


trabalhar de forma mais rápida e precisa, como, por exemplo, marcadores e acessórios
de costura.

Marcadores

Marcadores são itens usados para realizar marcações de forma a facilitar o


trabalho do costureiro. Assim, ele não realiza os reparos de forma torta.

• Giz de alfaiate – Usado para desenhar no tecido o formato do molde, para que o
profissional possa realizar o corte ou reparo de forma precisa, e para que não
corra o risco de o molde sair do lugar. Podendo ser encontrado nas cores: branca,
amarela, rosa e cinza;

• Giz em lápis – Usado para desenhar no tecido, possui os traços finos, o que
facilita a precisão no desenho. Muito usado para desenhar locais dos bolsos,
casas dos botões e pequenos detalhes;

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• Carretilha – Usada para desenhar o formato do molde no lado avesso do tecido,


o profissional deve contornar todo o molde, utilizando também papel carbono,
de forma a fixar o desenho no tecido;

• Papel carbono – Usado para realizar marcação e passar o desenho do molde


para o lado avesso do tecido. Podem ser encontradas folhas do tamanho de 44 e
56 cm.

Acessórios de costura

Os acessórios de costura são usados para agilizar e organizar o trabalho do


profissional, pois facilita a realização de tarefas que poderiam ser realizadas sem eles,
mas de forma mais lenta.

Quando falamos que pode ser


realizado sem a utilização destes acessórios,
estamos nos referindo às pessoas que querem
trabalhar com corte e costura, mas não
possuem recurso financeiro para comprar
estes itens, pois com estes equipamentos
poderá diminuir o tempo para a realização do
trabalho.

• Almofada de alfinetes – Usada para guardar os alfinetes, organizando o


ambiente, sem correr o risco de machucar alguém, além de facilitar no momento
em que for reutilizado;

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• Dedal – Usado para proteger o dedo médio do


profissional em momentos que estiver
realizando costuras, pois como é de alumínio,
evita que o dedo seja ferido por uma agulha ou
alfinete, por exemplo;

• Enfiador de agulhas – Usado para auxiliar na


colocação de linha na agulha, pois como é de alumínio,
entra mais fácil no pequeno espaço da agulha, deixando
um maior lugar para colocar a linha e depois puxá-la
deixando-a dentro da agulha;

• Furador de costura – Como o próprio nome diz, é usado


para realizar pequenos furos no tecido, para abrir espaço
para ilhoses, iniciar a abertura para casas de botões, entre
outros. Podendo ser encontrado de diversos materiais,
como por exemplo, metal, plástico, madeira e até osso;

• Abre-casas ou descosturador – Usado para descoser


costuras ou até mesmo para abrir as casas para botões.
O equipamento possui uma lâmina arredondada na
ponta e dentro desta lâmina possui uma ponta que serve
para puxar a ponta da linha que será cortada pela
lâmina;

• Enfiador de elástico ou cordão – Usado para colocar


elásticos ou cordões e até mesmo para virar tecidos que
estejam costurados em tubo para o lado inverso, ou seja,
como é costurado do avesso, é invertido para o lado correto
de uso. Este equipamento parece uma grande agulha sem
ponta.

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2.4 – Linhas

As linhas devem ser escolhidas de acordo com o tipo e cor dos tecidos a serem
costurados.

Para cada tecido devemos nos atentar ao tipo de material para determinarmos a
melhor linha a ser usada. Esta escolha deve variar quanto ao tipo, espessura e até
mesmo a cor.

A cor da linha deve ser parecida com a cor do tecido, apenas um tom mais
escuro, porém para casos de tecidos estampados, deve-se escolher a cor que mais
predominar.

A seguir mostraremos alguns tipos de linhas:

• Linha de cerzir – Usada para cerzir, são confeccionadas em algodão, nas cores
brancas, pretas, escalas de cinza, bege e marrom. Cerzir é o ato de costurar
disfarçando defeito;

• Linha de alinhavar – Usada para alinhavar. São confeccionadas em algodão de


baixa resistência, facilitando sua retirada, mesmo depois de aplicadas ao tecido.
Encontrada nas cores branca e crua. Alinhavar é costurar com pontos largos algo
que será costurado futuramente em ponto miúdo;

• Linha (glacê – lustrosa) – Usadas para itens que necessitem de maior


resistência, como no caso de calçados, malas, entre outros, principalmente para

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costuras externas. Estas linhas são confeccionadas em algodão com uma


espessura grande para maior resistência;

• Linha de casear e pespontar (torçal) – Usadas, principalmente, em pequenos


reparos domésticos. Estes tipos de linha, normalmente são mais finas e
brilhosas. Pesponto é um ponto da costura em que a agulha volta um pouco atrás
do lugar onde saiu a linha, passando por cima do ponto novamente;

• Linhas de costura – Esta linha pode ser comercializada em dois tipos: algodão e
poliéster. Ambas são usadas em muitas costuras, tanto para trabalhos à mão
quanto à máquina.

Em algodão: é utilizada em costuras domésticas, em reparos para bordados à


máquina, em lençóis, toalhas, entre outros.

Em poliéster: principalmente usada em tecidos sintéticos e malhas.

Estas linhas são as mais vendidas principalmente nas cores brancas e pretas,
além de serem mercerizadas, ou seja, são tratadas para que se evitem os resíduos
da fibra da linha, tornando-as mais lisas, aumentando a solidez da cor, evitando
que possam desbotar com lavagens frequentes.

2.5 – Agulhas

Todas as costuras necessitam do uso de agulhas, tanto para trabalhos à mão


como para trabalhos à máquina.

Para decidir qual é a melhor, é preciso saber o que será realizado, ou seja, desde
reparos até bordados.

As agulhas se diferenciam quanto à forma da abertura onde entrará a linha, o


comprimento da superfície e o tipo de ponta.

A forma da abertura pode ser redonda ou alongada, o comprimento, pode medir


vários tamanhos e a ponta tem opções pontiagudas, redondas, facetadas ou rombudas.

O tamanho das agulhas é determinado por números, ou seja, quanto maior o


número da agulha, menor e mais fina ela será.

As agulhas com a abertura mais alongada são ideais para uso de linhas grossas
ou para casos em que seja necessário o uso de mais de um fio ao mesmo tempo.

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Costuras à mão

Como o próprio nome sugere, costuras à mão são todos os trabalhos realizados
pelo costureiro de forma manual, ou seja, sem o uso de máquinas de costura. A seguir,
mostraremos alguns modelos e suas características.

• Agulhas de ponta normal – As agulhas de ponta pontiagudas, com abertura


redonda e comprimento médio são as mais utilizadas, pois penetram com
facilidade em qualquer tipo de tecido;

• Agulhas para acolchoar – Usadas para pequenos pontos e principalmente em


tecidos pesados e com grande volume;

• Agulhas longas – Usadas para alinhavar, estas agulhas possuem o comprimento


elevado, comparado às demais;

• Agulhas de ponta redonda – Usadas, principalmente, para tecidos de malha,


pois sua ponta facilita a penetração entre os vão do tecido;

• Agulhas de fácil manuseio – Estas agulhas possuem ranhuras na parte superior


da abertura onde entrará a linha.

Trabalhos de agulha

Agulhas de trabalho podem ser encontradas para diversas finalidades, como, por
exemplo, para bordar, para artesanato, entre outras.

• Agulhas de Bordar – As agulhas para bordar necessitam de diversos fios, por


isso, a abertura é mais alongada, porém, seu tamanho é médio e ponta normal,
pois precisa de precisão em seus traços;

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• Agulhas para lã – As agulhas para lã são pontiagudas, com comprimento médio


e a abertura alongada, pois a lã é mais grossa. Estas agulhas são mais grossas e
resistentes;

• Agulhas para colocar pérolas – Estas agulhas são finas e compridas para
facilitar o encaixe das pérolas, lantejoulas, entre outros itens de artesanato no
local do tecido onde o costureiro desejar;

• Agulhas para tapeçaria – Estas agulhas possuem o orifício alongado para a


inserção de linhas mais grossas ou com mais de um fio, comprimento médio e a
superfície grossa. Por possuir esta estrutura podem ser usadas para superfícies
plásticas.

Cerzir

Seu uso é exclusivamente para cerzir. Pode possuir diversos tamanhos e


diâmetros.

• Agulhas para cerzir algodão – usadas para realizar cerziduras em tecidos de


algodão ou lã;

• Agulhas longas para cerzir – usadas para realizar cerziduras em tecidos de


algodão ou lã, porém por ser mais longa, é ideal para situações em que precisa
passar por buracos com dimensões maiores;

• Agulhas para cerzir com lã – usadas para realizar cerziduras em tecidos de lã.
Estas agulhas são mais grossas, compridas e resistentes.

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Trabalhos Especiais

No caso de costuras em lonas, luvas, entre outros é necessário agulhas especiais


e mais resistentes, pois são tecidos sensíveis, que podem rasgar se o furo não for bem
feito.

• Agulhas para luvas – Usadas para costurar couro, plástico ou material vinílico.
Estas agulhas possuem o comprimento pequeno, com abertura redonda, sendo
que a ponta oferece um diferencial, sendo triangular para evitar danos nos
materiais, reduzindo a chance de rasgá-los;

• Agulhas para lona – Esta agulha possui a ponta e o comprimento triangular,


além de um orifício alongado. Usada para costurar materiais mais resistentes,
como o couro, lona, entre outros;

• Agulhas curvas – Esta agulha é semelhante às demais, porém sua superfície é


arredondada para facilitar a costura em casos de materiais fixos, como, por
exemplo, abajures, sofás, entre outros.

Costura a máquina

As máquinas de costura usam vários tipos de agulhas, diferenciando assim a


forma que os pontos serão criados.

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Partes da agulha de uma máquina de costura

Para conhecermos a estrutura das agulhas, vamos descrevê-las a seguir:

• Ponta (point) – como o próprio nome já diz, é a parte do bico da agulha, sendo
uma das principais formas de diferenciar o tipo da agulha e o ponto que irá
produzir;

• Entrada/Fundo (eye) – é a abertura pela qual a linha ou fio irá passar;

• Tronco (shank) – área pela qual a agulha será presa à máquina de costura. Esta
estrutura possui dois lados, sendo um plano e seu oposto arredondado;

• Concavidade (scarf) - Reentrância na parte traseira da agulha, onde é


encontrada a entrada.

Tipos de agulhas

A agulha usada nas máquinas é mais complexa do que as para uso à mão. E para
melhor entendermos suas características e funções, vamos detalhá-las a seguir:

• Agulhas de ponta normal ou fina (sharp points, regular ou microtex) – Estas


agulhas possuem a ponta levemente afilada. Usadas em tecidos planos, pois,
dessa forma, não criam aberturas grandes que possam agredir o tecido;

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• Agulhas de ponta universal (universal point) - Estas agulhas possuem a ponta


levemente arredondada. Usadas para tecidos planos e malhas, pois não agridem
os tecidos por terem a ponta um pouco afiada, facilitando a penetração e como a
ponta é levemente arredondada, não puxa partes da linha;

• Agulhas de ponta arredondada (ball point ou stretch) - Estas agulhas possuem


a ponta totalmente arredondada. Usadas para malhas e tecidos stretch, a ponta
arredondada não puxa partes da linha;

• Agulhas de bordado (Embroidery needles) - Estas agulhas possuem a abertura


mais longa por onde passa o fio. Usadas para fios mais grossos, como, por
exemplo, para bordados;

• Agulhas de quilting (Betweens) - Estas agulhas possuem a abertura menor por


onde passa o fio, e a ponto mais resistente, para que possa passar por tecidos
mais grossos ou com várias camadas;

• Agulhas de pesponto (Topstitching) - Estas agulhas possuem a abertura maior


que os demais por onde passa o fio. Usadas para realizar acabamentos
pespontados com mais de um fio;

• Agulhas para jeans (denim) - Estas agulhas possuem a concavidade mais funda
e a ponta afiada. Usada para tecidos grossos e pesados, como por exemplo,
jeans, couro, lona, entre outros;

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• Agulhas de ponta facetada (Wedge point ou Leather) - Estas agulhas possuem


a ponta fina com bordas facetadas. Usadas para tecidos sensíveis que possam
rasgar.

Abaixo segue desenho que mostra os tipos de ponta. Compare as pontas finas,
arredondadas e facetadas:

Ponta fina

Ponta arredondada

Ponta Facetada

2.6 – Zíperes
Os zíperes são estruturas costuradas nas roupas para
facilitar o abrir e fechar das peças e também, é muito
utilizado como decoração.

Para decidir qual o melhor zíper a ser usado, é ideal


que o profissional saiba o que vai produzir e ter escolhido o
tecido ao qual será aplicado.

Existem zíperes com duas alças e com dois cursores,


ou seja, podem ser abertos e fechados para os dois lados,
muito usados em mochilas, barracas de camping, entre
outros.

Outro tipo muito visto são os chamados invisíveis,

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pois não deixa a corrente aparente na parte externa da roupa, mostrando por fora apenas
o tecido ao qual é afixado, e a alça usada para abrir e fechá-lo.

Os zíperes podem ser produzidos em dois tipos de materiais, são eles metal e
náilon.

• Zíper de Metal – Os zíperes de metal são presos individualmente, em tiras de


algodão, com os dentes formando uma corrente intercalada.

Estes zíperes de metal, embora estejam sendo usados cada vez menos, é
muito procurado em casos de peças que necessitem de maior resistência do
produto;

• Zíper de Nylon - Os zíperes de nylon (ou náilon) são de material sintético,


podendo ser de náilon ou poliéster, possuindo uma espiral contínua, sendo
afixado em tiras de tecido ao qual será aplicado à roupa.

Estes zíperes são muito usados em todos os tipos de roupas, devido ao


pouco peso do material, à flexibilidade e à resistência do produto;

Há diversos tipos de zíperes, podendo ser normais ou divisíveis.

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• Zíper Padrão – Este modelo pode ser encontrado tanto em metal, quanto em
náilon, ambos são presos na parte inferior da corrente, podendo ser aberto
apenas por um lado do produto. É usado em todos os tipos de roupas.

Estes zíperes são comercializados nos tamanhos de 10, 12, 15, 18, 20, 25
cm, entre outros tamanhos, que aumentam de cinco em cinco centímetros.
Quanto à largura, pode ser 4, 5, 6 e 8,8 mm;

• Zíper divisível – Este modelo pode ser aberto pelas duas extremidades, ou seja,
por cima e por baixo. Podendo ser aplicado em qualquer superfície que tenha a
frente toda aberta, como, por exemplo, blusões, saias, colete, entre outros.

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2.7 – Botões e colchetes

Os botões são usados tanto para


prender a roupa quanto como forma
decorativa. Há diversos modelos de botões,
encontrados em vários materiais. Mas os
principais tipos são aqueles com pés ou com
furos.

Os botões podem ser encontrados


com dois ou quatro furos, como mostrado na
imagem ao lado.

Há também os botões com pé, veja na imagem a seguir:

Os botões podem ser forrados com o mesmo tecido da roupa, ou com outros para
que fiquem personalizados.

Há casos que usa-se botões que não são costurados na peça com linhas e
agulhas, eles são pregados com auxílio de máquinas próprias para isso.

Colchetes de pressão

Os colchetes de pressão, também conhecidos como botões de pressão, são


formados por duas partes, macho e fêmea.

As duas partes do colchete devem se encaixar de modo a ficarem presas,


fechando a veste.

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Os colchetes podem ser de metal, feitos de latão niquelado. Como na imagem


abaixo:

Colchetes de pressão para embutir

Estes colchetes são usados da mesma forma que os acima citados, porém
possuem uma parte a mais, que é usada para prender na roupa, usados principalmente
em blusões.

Colchetes de pressão de plástico

Estes colchetes são usados com a mesma finalidade dos demais, porém por não
ser muito resistente, é usado para tecidos leves e que não exijam muita resistência do
produto.

Ilhoses

São peças metálicas usadas para revestir a superfície do tecido que foi aberta,
encontrados em vestuários que são fechados com fivelas ou cordões.

Estes ilhoses são facilmente pregados com o auxilio de alicates especializados


nesta função.

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Colchetes de gancho

Os colchetes de gancho substituem os botões nas peças, usados com a mesma


finalidade que é fechar e decorar as roupas.

Colchetes de gancho são divididos em duas partes: macho e fêmea. Como vemos
na imagem abaixo:

Os colchetes podem ser encontrados de metal niquelado, preto ou até mesmo


revestido com tecidos.

Há colchetes de ganchos usados para prender cós de saias, calças, entre outros.
Como no exemplo abaixo:

Outro modelo comum em roupas íntimas é o colchete de ganchos personalizado,


dando um bonito acabamento ao produto. Como mostrado no modelo abaixo:

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2.8 – Artigos de armarinhos

Nos armarinhos, encontramos diversos produtos que estão diretamente ligados à


confecção de roupas e artigos de corte e costura, como é o caso das fitas, rendas,
elásticos, bordados, entre outros.

(Fonte: www.tdb.com.br)

Os artigos encontrados nos armarinhos podem ser usados para casos decorativos
e também funcionais. Como é o caso das rendas, que podem ser usadas para fazer uma
barra personalizada na saia, blusa, entre outros.

Há peças de roupas que usam esses itens para criar partes das roupas, por
exemplo, as peças íntimas, que usam elásticos para confeccionar as laterais da peça ou
para criar a parte principal.

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(Fonte: zankyou.terra.com.br)

As fitas, na maioria das vezes, são usadas para decorar. Elas estão disponíveis
em diversas cores, lisas, estampadas, entre outros.

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2.9 – Tecidos

O tecido é um dos principais itens usados pelos costureiros para a produção das
roupas e outras peças. Há diversos tipos e modelos de tecidos, com cores e estampas
diferentes.

Para produzir uma roupa, o profissional necessita conhecer o tecido para ter a
facilidade no manuseio, aprendendo assim sobre qual o melhor para escolher para
determinadas situações e quais materiais usar nele.

Estrutura do tecido

Os tecidos são produzidos e nomeados de acordo com o fio, recebendo o nome


de tecelagem em casos que os fios são entrelaçamentos de urdume e de trama. E de
malharia quando formam colunas e carreiras.

A seguir, mostraremos os tipos de fios:

• Fio de urdume – É um fio vertical, ou seja, aquele no sentido do comprimento


do tecido. As roupas confeccionadas no sentido do fio possuem um aspecto sem
volume. A malha é um exemplo de tecido com este tipo de fio;

• Fio de trama – É um fio horizontal, ou seja, aquele no sentido da largura do


tecido. As roupas confeccionadas no sentido contrário do fio possuem um
aspecto volumoso. Dificilmente encontramos roupas cortadas na trama. Tafetá,
sarja e cetim são exemplos de tecido com este tipo de fio;

• Fio no sentido do viés – É um fio na diagonal, ou seja, aquele no sentido


transversal do tecido. As roupas confeccionadas no sentido do fio possuem mais
elasticidade, fazendo com que caiam melhor no corpo;

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• Colunas – São malhas que sobrepõem às colunas, umas às outras, no sentido


vertical;

• Carreiras – São malhas que sobrepõem às linhas, umas às outras, no sentido


horizontal;

• Ourela – É o arremate nas bordas laterais dos tecidos;

• Tecido sem sentido determinado – As partes do molde podem ser posicionadas


em qualquer sentido, ou seja, mantendo o fio da forma em que estiver cortada;

• Tecido com sentido determinado – As partes do molde devem ser posicionadas


em um único sentido, ou seja, mantendo todos os fios para o mesmo lado.

Tipos de estrutura

Todos os tecidos são formados com o entrelaçamento dos fios, separando-se por
fios no sentido do comprimento, chamados de tipos da teia, e os no sentido da largura,
que recebem o nome de tipos da trama.

Os principais tipos de estrutura dos tecidos são: tafetá, sarja e cetim. Já os


demais tipos, são formados pela variação desses três principais.

Os tecidos possuem estruturas distintas, o que pode torná-los mais finos e


delicados, precisando escolher os acabamentos e equipamentos ideais para cada tipo.

Estrutura tafetá – esta é a mais comum e simples, são criadas de modo a entrelaçar os
fios da trama com os da teia;

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Estrutura sarja – esta estrutura é formada com o entrelaçamento da teia com a trama,
de modo que a trama passa sobre no mínimo dois e no máximo quatro fios da teia. O
entrelaçamento avança a cada nova passagem uma unidade à direita ou à esquerda,
formando uma estria na diagonal;

Estrutura cetim – os fios da teia passam sobre os fios da trama, de modo que a teia
passa sobre quatro a oito fios, fazendo um zigue-zague;

Estrutura jacquard – esta estrutura é diferente das demais, não sendo produzidas pelo
entrelaçamento da teia com a trama. É produzida de forma mecanizada, podendo separar
os fios e disponibilizá-los de modo a formar qualquer tipo de desenho elaborado na
superfície do tecido;

Estrutura com pelo – nesta estrutura é acrescentado um fio laçado de trama na


estrutura de tafetá ou sarja de forma a se parecer com pelos;

Estrutura de brocado – nesta estrutura um fio de trama cria um desenho na estrutura


de base;

Enredamento – nesta estrutura são formadas teias, criadas através de nós, nos pontos
em que os fios se encontram. Sendo comum em rendas;

Estrutura cesto – os fios são cruzados aos pares ou mais fios sendo intercalados lado a
lado;

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Estrutura Gaze – os fios da teia se alternam formando um oito em torno dos fios da
trama.

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Corte e Costura
MÓDULO BÁSICO II

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Sumário

Unidade 3 – Máquinas de Costura ............................................................................. 1


3.1 – Máquinas de costura.......................................................................................... 2
3.2 – Partes da máquina de costura............................................................................. 4
3.3 – Preparando a máquina para começar a costurar ................................................. 8
Unidade 4 – Corte e Costura .................................................................................... 16
4.1 – Medidas .......................................................................................................... 17
4.2 – Moldes............................................................................................................ 29
4.3 – Pontos ............................................................................................................. 36
4.4 – Corte............................................................................................................... 38
4.5 – Começando a costurar ..................................................................................... 39
4.6 – Trabalhando com tecidos delicados ................................................................. 44
Encerramento............................................................................................................ 48
Bibliografia................................................................................................................ 49

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Unidade 3 – Máquinas de Costura

Olá,

Nesta unidade, estudaremos sobre o surgimento das máquinas de costuras e os


tipos de equipamentos e suas características.

Conheceremos todas as partes e funções das máquinas de costura para que


possamos entender e realizar as manutenções básicas, assim, o trabalho não será
prejudicado por pequenos problemas.

Aprenderemos um pouco sobre as formas de preparar a máquina de costura,


vendo como devemos passar as linhas e encher a bobina de modo a não quebrar durante
o uso, além de aprender a trocar devidamente as agulhas, pois sem isso as costuras
podem ser prejudicadas, criando pontos tortos além de outros problemas.

Bom estudo!

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3.1 – Máquinas de costura

A primeira máquina de costura


conhecida foi criada por Weisenthal, por
volta de 1755, ao desenvolver um
equipamento que realizava costuras que se
assemelhavam com as realizadas à mão, com
o uso de agulhas de duas pontas.

Em 1830, foram desenvolvidas na


França as primeiras máquinas de costura
produzidas em série.

Com a evolução na produção, em


1900, já eram comercializados todos os
modelos existentes nos dias atuais. Desde
então, as máquinas apenas foram sendo aperfeiçoadas tecnicamente, mudando somente
quanto à qualidade, à velocidade, ao conforto, entre outros.

As máquinas de costuras podem ser simples, semi-automáticas, automáticas e


robotizadas. Podem apresentar incrementos a estes tipos, com dispositivos para corte de
linhas, arremate automático, posicionamento de agulhas, entre outros.

Tipos de máquinas de costura

Há diversos tipos de máquinas de costuras, sendo que cada uma delas é utilizada
para realizar tipos diferentes de pontos. Observe as principais características:

Doméstica – é usada, normalmente, em casa para pequenos reparos e produções;

Fonte: www.costurebem.com.br

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Reta industrial – utilizada para produção em nível industrial na confecção de costuras


em linha reta e de tecidos planos;

(Fonte: apucarana.olx.com.br)

Overloque – realiza a costura de tecidos retos para fechá-los ou para aparar suas
extremidades, esta máquina realiza a costura e ao mesmo tempo corta o tecido extra;

(fonte: carapicuiba.olx.com.br)

Galoneira – faz as barras dos tecidos para que não se rompam quando esticadas no
momento de se vestir;

(fonte: www.catapreco.com.br)

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Interloque – usada em tecidos planos realizando, ao mesmo tempo, a costura e a


chuleia, que é um tipo de ponto realizado na beira do tecido para que não desfie.

(fonte: maclen.com.br)

Zigue–zague – estas máquinas são usadas para todos os tipos de tecidos, realizando
uma costura em formato de zigue-zague apenas para formas de decoração das roupas.

(fonte: praiagrande-saopaulo.olx.com.br)

3.2 – Partes da máquina de costura

As máquinas de costura são formadas por várias partes, com as quais os


profissionais que trabalham com elas precisam conhecer para que possam usá-las e
realizar as manutenções preventivas e reparadoras.

Dentro das máquinas, existem várias peças que fazem com que seja possível
realizar as atividades para as quais foi destinada, como é o caso dos motores, válvulas,
correias, entre outros.

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Para cada modelo de máquina, há peças e itens próprios, porém há alguns itens
presentes em todos eles. Como podemos ver na imagem abaixo:

(fonte: www.fazfacil.com.br)

Disco de tensão – enche a bobina com a linha;

Guia-fios superior – organiza o fio para que fique sempre esticado de forma que saia
do carretel para a agulha sem embolar;

Alavanca de tensão de linha – regula a tensão da linha;

Seletor de tensão de linha – determina o tipo de tensão que deseja na linha, podendo
ser alterado para cada tipo de costura;

Placa da agulha – parte por onde a agulha passará para que penetre no tecido;

Tampa da caixa de bobina – tampa que protege a bobina;

Botão de ponto reverso – botão que, ao ser pressionado, faz com que a máquina
costure para o lado contrário. Ele é usado para realizar pontos mais firmes e
acabamentos, garantindo que o fio não se solte;

Seletor de pontos – item usado para selecionar os tipos de pontos, ou seja, permite
determinar pontos mais apertados, ou soltos;

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Parafuso da agulha – parafuso usado para prender a agulha;

Guia-fios da barra da agulha – auxiliam os fios a irem para a agulha e não permitem
que enrolem no caminho.

Agulha – equipamento usado para passar a linha entre o tecido;

Pé calcador – segura o tecido e cria um espaço entre ele, que permite a passagem da
agulha;

Parafuso de regulagem – parafuso usado para determinar a intensidade ao qual o pé é


afixado;

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Pino de encher bobina – pino onde é colocada a bobina que o costureiro deseja encher
com a linha;

Freio de encher bobina – usado para parar de encher a bobina;

Volante – item usado para guiar a costura;

Conector do pedal – liga o pedal à máquina de costura;

Conector da fonte – conecta a fonte da máquina à tomada, para que receba a energia
elétrica;

Alavanca do pé calcador – ergue o pé calcador para que possa colocar e tirar o tecido
sobre ele;

Pino do carretel – coloca o carretel de linha, rodando para descarregar a linha sem o
problema de prendê-la em algum lugar.

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3.3 – Preparando a máquina para começar a costurar

Para começarmos a realizar a costura, é necessário preparar a máquina, plugando


os cabos na tomada. A maioria dos modelos de máquinas de costura segue este padrão,
como podemos ver na imagem abaixo:

Primeiramente, devem ser plugados os conectores do conector do pedal e a fonte


na máquina, e então ligar a fonte na tomada. E, assim, a máquina está pronta para
trabalhar.

Colocando a linha na máquina

Para começarmos a costurar, devemos seguir


alguns passos e dicas, que nos permitirão aprender a
costurar qualquer peça de roupa.

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Inserir a Linha

Ainda que cada máquina tenha um sistema próprio


de passagem de linha e regulagem de tensão, o princípio é o
mesmo para todas. De qualquer forma, é preciso ler o
manual da sua máquina para ver exatamente como fazer.

Em algumas máquinas, o processo é marcado com


setas para não pular nenhuma parte.

Os carretéis de linhas devem sempre ser colocados nos pinos de suporte das
linhas, porém esses suportes variam entre horizontais ou verticais. Para encaixar os
carretéis, deve-se observar a imagem abaixo:

Depois de colocar os carretéis de linha, temos que passar a linha, puxando-a e


passando-a pela guia superior. Como mostrado na imagem abaixo:

Passe a linha pela canaleta que está sob a mola de tensão. Como na figura a
seguir:

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Leve a linha para a parte superior da máquina, passando pela segunda canaleta
até encaixá-la na alavanca, que deve ser levantada. Por fim, passe a linha pela alavanca
e desça-a para prendê-la. Como está na figura abaixo:

Agora deve passar a linha pela guia que se encontra sobre a agulha.

Finalmente, coloque a linha na agulha, partindo do lado direito para o esquerdo.

Enchendo a bobina

Todas as máquinas possuem uma bobina para colocarmos linha. Primeiramente,


precisamos saber onde ela está localizada. Como podemos ver na imagem abaixo, a
bobina está em um compartimento abaixo do lugar da linha, como mostrado na imagem
abaixo:

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Para realizar a troca da bobina, é simples, para isso devemos tirar a tampa da
caixa, como mostrado na figura abaixo:

Depois de abrir a caixa, puxe a bobina. Como na figura abaixo:

Depois de retirada, devemos encher a bobina, e esta é uma função que todas as
máquinas possuem. Para isso, na maioria das máquinas, devemos girar o volante para
começar a tarefa de encher a bobina.

Devemos encaixar a bobina vazia no suporte, prendendo-a no gancho do suporte


até que ela fique travada pelo gancho. Como mostrado na imagem abaixo:

Depois, passe a linha ao redor do pino guia do rebobinador, fixando a linha

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inserindo-a no orifício da bobina. Depois de encaixada, empurre-a para a direita a fim


de aproximá-la da guia de enchimento. Segure a linha de forma a guiá-la de forma reta
para a bobina e pise no acelerador para que a máquina comece a realizar o trabalho.

Então, corte o fio que sobrou saindo do orifício.

Para finalizar, a maioria das máquinas necessita mover o volante para a posição
normal. Como podemos ver na imagem abaixo:

Agora é só colocar a bobina de volta a seu lugar, atentando-se sempre para


encaixá-la, deixando a linha para a esquerda e o furo da bobina para cima.

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Depois de encaixado, deve-se passar a linha pelas ranhuras da bobina. Há duas


ranhuras, precisando passar, no sentido anti-horário, pela primeira ranhura, como vemos
na imagem abaixo:

Como segundo passo, passe o fio pela segunda ranhura. Como mostrado na
imagem.

Puxe o fio pela segunda ranhura.

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E então, segure o fio, deixando 10 cm, feche a tampa. E ficará como mostrado na
imagem abaixo:

A linha colocada na bobina servirá para criar os pontos, unindo-se à linha da


agulha. Para que isso ocorra, é necessário seguir os seguintes passos:

• Levante o pé calcador, passando a linha por entre o pé e puxando-a para trás;

• Gire o volante, para que as linhas se unam e formem pontos;

• Sairá um pedaço de linha na parte traseira da máquina;

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Depois desses passos, a sua máquina estará pronta para começar a costurar.

Trocando a agulha

Trocar a agulha pode parecer algo simples, porém, quando não realizado
corretamente, pode não criar pontos perfeitos, ou até mesmo quebrar a agulha no meio
do trabalho.

Para começar a trocar a agulha, devemos seguir alguns passos, como


mostraremos a seguir:

Levante a agulha girando o volante lentamente e baixe o pé calcador.

Como próximo passo, é necessário desparafusar o parafuso que prende a agulha,


ele encontra-se na lateral. Então, retire a agulha e coloque a outra que irá substituí-la,
lembrando que a parte lisa deve ficar para trás e a ovalada para frente. Então, aperte o
parafuso novamente.

Agora que a agulha já está colocada, poderá continuar o trabalho.

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Unidade 4 – Corte e Costura

Olá,

Nesta unidade, vamos aprender a tirar as medidas do corpo dos clientes que
desejam comprar roupas sob medida. Todas as etapas para esta atividade serão descritas,
bem como os materiais a serem utilizados e a forma especifica para cada tipo de corpo.

Iremos estudar também sobre o que são os moldes, os tipos e características de


cada um, além de obter a demonstração prática de alguns moldes básicos.

Aprenderemos os tipos de pontos, suas características comuns e como são


formados, vendo também quais são os mais resistentes e os ideais para a sua costura.

Conheceremos também como devem ser realizados os cortes, além de dicas


essenciais aos profissionais que irão trabalhar com esse tipo de atividade.

Faremos um pequeno projeto para que possamos começar a costurar, e ver como
é simples para criar peças, para acostumarmos a trabalhar com todas as informações que
recebemos até aqui.

Aprenderemos algumas informações importantes no manuseio de alguns tipos de


tecidos delicados, para que possamos trabalhar com eles da forma correta.

Bom estudo!

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4.1 – Medidas

Para confeccionar as roupas, o profissional deve obter as medidas da pessoa para


que a peça fique no tamanho apropriado.

Devemos sempre lembrar que há uma média de medidas a qual


as roupas são confeccionadas, porém quando queremos um tamanho
próprio devemos buscar um costureiro que criará os moldes.

Materiais necessários para medidas, molde e costura

Há itens indispensáveis para começar a trabalhar, como podemos ver abaixo:

• Caderno para anotações – onde o profissional anotará as informações de


medidas e dados sobre a pessoa e a roupa que ela deseja;

• Lápis – usado para marcar as medidas no caderno e para anotar no papel onde
ficará o desenho do molde;

• Régua (no mínimo, 60 cm) – usada para medir e marcar o tecido e molde;

• Fita métrica – usada para tirar as medidas da pessoa para realizar o molde;

• Tesoura – item usado para cortar o tecido e molde;

• Esquadro para costura – item usado para realizar os ângulos para a criação de
moldes;

• Alfinetes – são itens usados para marcar o tecido e prendê-los, facilitando a


visualização da forma que ficará o tamanho da peça;

• Agulha – usada para realizar as costuras;

• Linha – item usado para fixar os tecidos, ou partes deles de forma a criar as
peças;

• Papel para traçar o molde – papel próprio para realizar os desenhos no molde
da peça, que será usado para cortar o tecido da forma correta para confecção das
roupas;

• Giz de alfaiate – item essencial para realizar a marcação dos tecidos, usados
para realizar os desenhos do molde e no tecido;

• Carretilha – item também usado para realizar o desenho do molde no tecido;

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• Tecido – item fundamental para produção da peça.

Medidas femininas

Quando estamos produzindo uma roupa para mulheres, devemos nos atentar às
medidas e aos caimentos. Para isso, devemos seguir alguns passos para que fique
adequado para a costura:

• Ombro – A medida do ombro deve ser realizada desde a base do pescoço até a
parte da junção do braço;

• Circunferência do busto – A medida deve ser realizada entorno do busto e das


costas, na altura da parte mais saliente;

• Altura do busto – A medida deve ser realizada desde a base do pescoço até a
altura do mamilo;

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• Circunferência da cintura – A medida deve ser realizada ao entorno da cintura,


ou seja, ao redor da barriga e costas, na parte mais fina da mesma. Para
encontrar o local correto da cintura o ideal é solicitar que a pessoa coloque a
mão ao entorno ou amarre um cordão na mesma. Como mostrado na imagem
abaixo:

• Altura da cintura – A medida deve ser realizada desde a linha da cintura até a
base do pescoço pela parte da frente do corpo;

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• Altura das costas – A medida deve ser realizada desde a base do pescoço até a
linha da cintura pela parte das costas da pessoa. Conforme mostrado na imagem
abaixo.

Ou pode também ser medida pela parte de cima dos ombros, desde a linha da
cintura até a base do pescoço, passando sobre o busto. Como mostrado na imagem
abaixo:

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• Quadril – A medida deve ser realizada contornando as nádegas, pela parte mais
saliente da mesma.

• Cava da frente – A medida deve ser realizada para casos que a pessoa possua
um colo estreito ou largo, deve ser medido desde o centro entre os ombros até as
axilas;

• Cava das costas – A medida deve ser realizada para casos em que a pessoa
possua costas largas ou estreitas em demasias, para isso deve ser medido o

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tamanho entre as axilas, porém a pessoa deve estar com os braços cruzados em
frente ao corpo;

• Manga – A medida deve ser realizada desde o osso do ombro até o


comprimento desejado para as mangas, lembrando que para casos de mangas
compridas deve ser medida com os braços dobrados na altura da cintura,
passando a fita pelo cotovelo até o punho, para que não ocorra de ficar curta nos
momentos em que for necessário dobrar o braço;

• Circunferência do braço – A medida deve ser realizada em torno da parte mais


larga do braço para que não aperte;

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• Punho – A medida deve ser realizada no lugar onde ficará o comprimento da


manga, para casos de manga longa ficará próximo à mão, e em caso de manga
curta em algum lugar no braço;

• Seio a seio – A medida deve ser realizada de um mamilo até o outro.

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Medidas masculinas

As medidas são diferentes entre homens e mulheres, pois cada um deles possui
medidas e formatos diferentes. Para tirar as medidas dos homens, devemos seguir
alguns passos, como mostrado a seguir:

• Colarinho – A medida deve ser realizada entorno da base do pescoço, e ao final


deve-se acrescentar 1,5 cm para que seja possível o abotoamento;

• Tórax – A medida deve ser realizada medindo desde a parte inferior de um dos
braços até a parte de cima do outro, para que sobre o espaço para melhor
caimento;

• Ombro – A medida deve ser realizada desde o osso de um dos ombros até o
outro;

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• Comprimento de camisa – A medida deve ser realizada desde a parte mais alta
do pescoço, passando pelas costas até o comprimento desejado;

• Manga – A medida deve ser realizada desde o osso do ombro até o lugar onde é
o comprimento desejado, lembrando-se que para casos de mangas compridas
deve ser medido passando pelo cotovelo, com o braço dobrado;

• Punho - A medida deve ser realizada ao redor do pulso, e, depois de obter os


valores, deve ser acrescido 2 cm;

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• Cintura – A medida deve ser realizada ao redor da cintura, lembrando-se que


para casos de pessoas com barriga grande, deve ser medida a parte mais saliente;

• Quadril – A medida deve ser realizada ao redor do quadril;

• Altura do joelho – A medida deve ser realizada desde a cintura até a altura dos
joelhos;

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• Medir o comprimento da calça – A medida deve ser realizada desde a cintura


até o comprimento onde deseja que a calça fique;

• Altura do gancho – A medida deve ser realizada com a pessoa sentada,


medindo desde a cintura até o assento da cadeira.

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Medidas infantis

Para tirar as medidas de crianças, devem-se seguir os mesmos passos que os


realizados nos homens e mulheres como mostrado anteriormente.

• Para meninos

1 – Comprimento camisa;
2 – Colarinho;
3 – Tórax;
4 – Costas;
5 – Comprimento manga;
6 – Punho;
7 – Cintura;
8 – Quadril;
9 – Altura do Joelho;
10 – Comprimento calça.

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• Para meninas

1 – Busto;
2 – Costas;
3 – Corpo;
4 – Comprimento braço;
5 – Cintura;
6 – Quadril;
7 – Saia;
8 – Gancho.

4.2 – Moldes

Os moldes são itens indispensáveis para a confecção de roupas, pois eles


permitem que o profissional possa cortar mais de uma peça de forma igual e ainda
auxiliam na eliminação de erros.

Para elaborar roupas em maior escala de distribuição, é necessária a criação de


moldes.

Moldes podem ser criados em diversas superfícies, priorizando as matérias mais


rígidas, para que não entortem no momento que o profissional esteja riscando o tecido.
Porém há quem prefira moldes de papel, que são de fácil manuseio, contudo basta
prendê-los adequadamente no tecido.

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Tipos de moldes

Os moldes mais comuns seguem dois tipos principais, como podemos ver a
seguir:

• Moldes simétricos - São aqueles moldes que permitem a utilização para ambos
os lados, como na criação de uma calça, que possui os dois lados iguais, porém
devemos lembrar que para usar nos dois lados é necessário que altere o lado do
molde em formato de espelho;

• Moldes assimétricos - São aqueles moldes que não permitem a utilização do


mesmo para ambos os lados, ou seja, para casos que cada lado possui uma
medida e formato distintos, como, por exemplo, as camisas, que a frente possui
medidas diferentes da parte de trás.

Molde de saias

Agora para melhor conhecermos as formas de criar os moldes mostraremos


alguns modelos:

• Saia simples

Para criar o molde de uma saia simples, devemos realizá-lo em duas partes, a da
frente e a de trás, como descriminado a seguir:

Frente

Comprimento – O primeiro passo é determinar o comprimento desejado para a saia


desde a altura da cintura até a medida desejada;

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Cintura – O próximo passo é a medida da cintura, e para casos em que a pessoa


queira inserir pence, que são pregas em forma de triângulo que formam um bojo em
sua extremidade, deve-se acrescentar 2 cm a essa medida;

Quadril – Deve-se medir o diâmetro do quadril para que tenha um caimento mais
adequado;

Formato do comprimento – Forme um retângulo desde a marcação do quadril até


onde ficará a barra da saia.

A seguir, segue a imagem de como ficaria o molde, sendo que na parte superior
foram acrescidos dois centímetros para que seja criada uma pence, que deixamos ao
centro, e na barra acrescentamos 4 ou 10 cm para que a saia fique mais aberta, ou seja,
mais rodada.

Costas

Comprimento – O primeiro passo é determinar o comprimento desejado para a saia


desde a altura da cintura acrescentando 2 cm a essa medida;

Cintura – O próximo passo é a medida da cintura, e para casos em que a pessoa


queira inserir pence, deve-se acrescentar 2 cm a essa medida;

Quadril – Deve-se medir o diâmetro do quadril para que tenha um caimento mais
adequado, acrescentando 2 cm a esta medida;

Formato do comprimento – Forme um retângulo desde a marcação do quadril até


onde ficará a barra da saia.

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• Saia godê

Comprimento – O primeiro passo é determinar o comprimento desejado para a saia


desde a altura da cintura;

Cintura – O próximo passo é a medida da cintura, e como vamos inserir pences,


deve-se acrescentar 3 cm a essa medida, e então marque o comprimento do cós, em
ângulo reto;

Quadril – Deve-se medir o diâmetro do quadril para que tenha um caimento mais
adequado;

Formato do comprimento – Forme um retângulo desde a marcação do quadril até


onde ficará a barra da saia;

Meio círculo – Para determinarmos o formato da saia, devemos usar o esquadro de


forma a marcar um meio círculo, para que ela fique rodada e solta, então trace outra
linha reta em sua extremidade.

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Lembrando que este modelo de saia só terá uma costura, e os moldes da frente e
costas são iguais.

Molde de blusas

Há diversos tipos de blusas, sendo que cada uma delas segue um molde, porém
há modelos mais comuns que se baseiam para criar os demais.

A seguir, mostraremos como criar um deles:

• Blusa simples

Todas as pessoas usam blusas, porém há inúmeras mudanças que podemos fazer,
mas para isso precisamos conhecer o básico e usar um pouco da criatividade e bom
gosto.

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Frente

A parte da frente possui inúmeros detalhes devido aos decotes e às cavas. Para
isso, deve adotar os seguintes passos:

 Determine o tamanho do comprimento do corpo;

 Marque a medida das costas, e então divida-a por dois;

 Para a criação do espaço do decote, deve-se usar a medida das costas dividida
por três;

 Para obter a medida da altura do busto, devemos pegar a metade da medida das
costas e acrescentar 3 cm;

 Para o busto, devemos usar a quarta parte da medida e acrescentar 2 cm para a


parte da frente, para ter a altura do busto;

 Para a caída do ombro, faça uma marcação a 4 cm abaixo da linha das costas,
ligando ao decote;

 Para a caída do ombro até a linha do busto deve ser marcado o meio;

 Com a ajuda do esquadro, ligue o local onde será criada uma cava na frente,
ligue os pontos;

 Agora a medida da cintura deve ser dividida por quatro. Em casos que possua
pence, deve ser acrescido 2 cm;

 Trace uma linha ligando desde o busto até a cintura;

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 A medida da pence deve ser 2 cm abaixo da linha do mamilo até a altura da


cintura;

 Marque a altura do seio e ligue-o ao ponto da metade da medida de um seio até o


outro.

Depois de realizar esses passos, o molde estará da seguinte forma:

Costa

Para as costas há itens mais simples, como, por exemplo, não há espaços para o
busto e decotes nas golas. Para criá-lo, basta seguir os seguintes passos:

 Para o decote com golas e golinhas altas deve-se usar a medida das costas,
dividida por dois e depois por três. E, então, marque 2 cm na linha das costas e
na linha do comprimento;

 Para o busto, deve-se usar a quarta parte da medida;

 A cava deve ser marcada na linha do busto, com o auxílio do esquadro;

 As marcações principais são os mesmos da parte da frente do molde;

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4.3 – Pontos

A máquina de costura cria alguns tipos de pontos, sendo eles uma variação do
ponto em ziguezague.

Ziguezague

O ponto em ziguezague é um tipo simples de ser criado.


Pois até mesmo em máquinas que não o faça automaticamente,
é possível se obter realizando o movimento do conjunto da
agulha de um lado para outro.

As máquinas que possuem esta função fazem estes


movimentos através do came, que move o eixo de um lado para
o outro. Podendo também, optar por movimentos para frente e
para trás, sempre horizontalmente, visto que todas elas já o
fazem para cima e para baixo.

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Entrelaçado

Os pontos entrelaçados seguem o mesmo padrão que as


costuras feitas a mão, porém para a máquina realizar esta
costura é mais complexo do que quando realizado
manualmente.

A costura feita à máquina é realizada com a agulha


subindo e descendo entre o tecido, de forma que a linha seja
passada para dentro do tecido, unindo-os.

A máquina de costura tem um mecanismo que cria o


ponto realizando um laço pequeno, que quando a agulha desce,
ele se une a outra parte da linha, formando o ponto entrelaçado.

Há mais de um tipo de ponto entrelaçado. Como podemos ver a seguir:

• Cadeia – O ponto cadeia é o tipo de ponto entrelaçado mais simples. Para criá-
lo, a máquina entrelaça partes da linha. A agulha passa pelo tecido, trazendo
para cima um laço que se prende a outra parte da linha, e quando a linha volta a
entrar, outro laço prende ao primeiro e assim por diante, formando os pontos.

• Trança – O ponto trança é mais resistente do que o ponto cadeia. Para formá-lo
a agulha passa pelo tecido de forma a levar a linha até a bobina, criando uma
laçada que se prende a laçadeira e o gancho passa esta laçada por baixo da
bobina, que se solta deixando-a presa a linha que é puxada, prendendo ao tecido.
Como mostrado na imagem abaixo:

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4.4 – Corte

O corte é uma etapa muito importante, pois se for mal feito pode criar roupas
com péssimo caimento e tortas.

O cortador é o responsável por cortar todas as


peças da produção, e começa riscando o pano sob o molde,
de forma a aproveitar o máximo possível do tecido.

Qualquer erro realizado pelo profissional no


momento do corte pode prejudicar todo o seu trabalho
realizado até o momento, pois na maioria dos casos esses
erros são irreversíveis.

O cortador precisa entender o molde para que corte


nos lugares corretos, pois há lugares que devem ser
dobrados ou costurados e não cortados.

Para cortarmos os tecidos, devemos esticar o tecido


sobre uma superfície plana e fixar corretamente o molde no tecido, podendo fazê-lo com
a ajuda de alfinetes, no lado avesso do tecido.

Devemos sempre lembrar que quando realizamos os cortes, devemos deixar


folgas, pois ainda terá o espaço para a costura e em algumas partes haverá dobras. Por
esse motivo, deve sempre deixar sobras de 2 cm nas laterais, 1,5 cm nos decotes, cavas
e recortes e 2 cm na barra.

Quando estiver fazendo a marcação do molde no tecido, você deve realizar dois
riscos, sendo um rente ao molde e outro com as sobras, para que o costureiro possa se
orientar nos lugares onde terá que ficar a costura.

Dicas para o corte

Para um corte perfeito é importante seguir algumas dicas. Observe:

• Alguns tecidos precisam de atenção especial,


como é o caso da Lycra e tecidos com
elásticos, pois é necessário manter o cuidado
de não esticar para o corte, para que ao
soltar, não fique torto ou até mesmo
pequeno;

• Nunca misture tecidos de lotes diferentes,


pois pode apresentar diferenças na
tonalidade da cor e textura;

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• Utilize sempre facas, tesouras e outros equipamentos de corte bem afiados;

• Use sempre réguas e outros equipamentos para guiar o desenho dos moldes;

• Dê preferência a realização de cortes no sentido do fio do tecido;

• Marque todas as partes da peça, para que não sejam invertidas no momento da
montagem.

4.5 – Começando a costurar

Para começarmos a costurar, devemos realizar algumas costuras simples, para


praticar. Para ensinar, vamos criar uma pequena bolsinha para colocar papel.

• Para isso, precisaremos de dois tecidos retangulares com as medidas de 21 x


16 cm, como mostrado na imagem abaixo:

• Agora, devemos colocar os tecidos sendo que os dois devem estar com o
lado direito sobre direito.

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• Prenda os tecidos com alfinetes.

• Passe a costura por todas as laterais dos tecidos, deixando uma abertura de 5 cm
em uma dos maiores lados, para que possamos desvirar o trabalho.

• No começo da costura é importante reforçar o ponto, para que não solte, para
isso devemos pressionar o botão reverso. Ou, em algumas máquinas, gire o
volante para trás.

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• E a costura ficará da seguinte forma:

• Agora, desvire a costura, e com a ajuda de uma agulha de tricô acerte os cantos.

• É importante que passe os tecidos com um ferro de passar, para as costuras


ficarem perfeitas e não mostrando a abertura.

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• Nas duas laterais mais estreitas, dobre bainhas de um centímetro.

• Prenda com alfinetes para que a costura não fique torta.

• Passe uma costura rente ao final da bainha.

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• E ficará da seguinte forma:

• Marque o centro do trabalho, medindo da maior lateral, da parte do avesso,


encontrando as duas laterais com bainha. Então prenda com alfinetes.

• Agora costure as laterais.

• Desvire o trabalho acertando os cantos com a agulha de tricô, ou outra que possa
empurrar o tecido sem perfurá-lo. E então a bolsinha está pronta.

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• Agora é só colocar o papel dentro dela.

4.6 – Trabalhando com tecidos delicados

Para cada tipo de tecido, há uma forma diferente para trabalharmos. Para
entendermos melhor essas diferenças, iremos descrever alguns tipos, como podemos ver
a seguir:

Tecido com pelo

Há vários tipos de tecidos com pelos,


alguns com fibras naturais outros com fibras
artificiais e com diversos tamanhos. Como por
exemplo, veludos, pelúcia, peles, entre outros.

• Corte

Pelo curto – Para cortar os tecidos com


pelo curto, o ideal é realizá-lo no sentido do mesmo para que a cor fique mais opaca ou
em formato contrário do pelo, de forma a colocá-lo para cima, dando um efeito de cor
mais viva;

Pelo longo – Para cortar os tecidos com pelo longo, o ideal é seguir os pelos
para baixo e do lado avesso dos tecidos, para que não haja interferência do fio e não
deixe o corte torto.

• Risco

Risque sempre o tecido com pelos, pela parte do avesso do tecido com o giz
seguindo rigorosamente o formato do molde e depois desenhe uma margem de forma
simétrica para deixar o espaço correto da costura. Lembrando sempre de identificar cada
parte, realizando marcações no tecido.

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• Montagem

Para começarmos a montar a peça com o tecido com pelo, devemos prender
todas as partes com o auxílio de alfinetes de preferência em partes do tecido que não
ficarão visíveis, e atente-se à costura, de forma a realizá-la apenas uma vez, pois o
tecido é muito sensível deixando marcas irreparáveis.

Para costurar esse tipo de tecido, é indispensável a utilização de agulhas finas,


com ponta arredondada. A máquina deve ser regulada de forma a controlar a tensão e
aumentar o comprimento do ponto.

Este tipo de tecido exige alguns cuidados a mais, como é o caso de ter que aparar
os pelos das laterais. Quanto aos tecidos com pelos pequenos, é aconselhável realizar os
acabamentos fazendo uma bainha com debrum, que é o nome de um acabamento feito
entre duas costuras, que serve como reforço.

• Passar a ferro

Para passar este tipo de tecido é necessário colocar um pano do tipo flanela ou
sarja em cima para evitar que queime, por se tratar de um tecido muito sensível a calor.

Dê preferência a passar o tecido pelo lado avesso, sem realizar muita pressão,
para não amassar ou entortar os pelos.

Tecido liso e transparente

O tecido liso e transparente é muito delicado e necessita de cuidados próprios


para ele. Devemos sempre nos atentar para os detalhes que o difere dos demais.

• Risco e corte

Para riscar e cortar o tecido liso e transparente, o ideal é colocá-lo sobre uma
superfície plana e lisa para que ele não saia do lugar e que seja possível utilizar
equipamentos de marcação e corte, tais como o giz e a tesoura.

Como em todos os tecidos, é importante prender o molde ao tecido com o


auxílio de alfinetes, porém nos tecidos delicados devemos usar alfinetes finos.

Para casos de tecidos lisos, o ideal é a criação de moldes feitos em papel de seda,
que devem ser fixados junto ao tecido por alinhavos, para assim o tecido não soltar do
molde na hora do corte.

Para pessoas que prefiram riscar o tecido, deve fazê-lo pelo lado avesso.

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• Montagem

Para realizar a montagem, deve-se atentar para a forma e lugares corretos por
onde devem passar a costura, pois se for necessário retirar o ponto, ficarão marcas no
tecido.

Esse tipo de costura deve ser realizada com cautela e bem lentamente, pois este
tipo de tecido se amarrota facilmente, podendo criar costuras tortas.

Costure com agulhas finas com pontas arredondadas. Nos tecidos transparentes é
importante cuidar para realizar pontos perfeitos, pois qualquer excesso poderá ser
percebido na peça.

• Passar a ferro

Para passar esse tipo de tecido, é indispensável que o tecido esteja seco e que
seja coberto com um pano macio e o ferro esteja em baixa temperatura, pois a água
pode manchar e a alta temperatura pode queimar.

Tecido com elastano

Há roupas que utilizam o elastano, que é uma fibra sintética conhecida por sua
grande elasticidade para dar mais aderência aos confortos das roupas sofisticadas. Este
tipo de tecido é muito delicado, devendo então ser manuseado com muita suavidade
para que sejam evitadas deformidades.

• Risco e corte

Para riscar os tecidos e realizar os cortes, é preciso estendê-lo sobre uma


superfície plana e lisa, atentando-se para não esticá-lo.

Antes de riscar os tecidos, prenda o molde no tecido com o auxílio de alfinetes


finos para não deixar marcas. Dê preferencia a moldes feitos em papel de seda com
alinhavos de forma a prendê-lo. Para quem preferir riscar o tecido, o ideal é fazê-lo no
lado avesso.

• Montagem

Tecidos com elastano precisam que sejam usadas linhas adequadas para evitar
que a costura arrebente. A agulha utilizada na costura deve ser fina e com a ponta
arredondada.

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• Passar a ferro

Para passar as peças que usam tecidos confeccionados em elastano, é importante


salientar que não se pode usar temperaturas altas, pois pode derreter o tecido e/ou
costura, danificando-o seriamente.

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Encerramento

Caro Aluno,

Chegamos ao fim do nosso curso de Corte e Costura, com a certeza que


passamos a você um conhecimento indispensável, esperamos que você tenha gostado.

Acreditamos que você aprendeu um pouco sobre a história e evolução das


roupas e da moda, além de conhecimentos sobre as peças usadas para a produção de
roupas.

Esperamos que este contato com a confecção de roupas tenha deixado em você a
vontade de aprofundar seus conhecimentos em relação a este assunto.

É necessário ressaltar que este curso não capacita ou habilita seus alunos ao
exercício da profissão de alfaiate ou costureira, constituindo apenas um apanhado geral
sobre os principais aspectos, que envolvem o campo de atuação e estimulando-os a
continuar melhorando suas competências, buscando o maior número de informações a
respeito do tema.

Boa Sorte!

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Bibliografia
Site Escola de Qualificação Profissional - Moda – Disponível em <
http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf> Acesso em
14/02/2013

Livro ‘Acabamentos de Costura’ – Vera Sterblith – Disponível em 14/02/2013

Site Hakathi – Disponível em <


http://cantinhodahakathi.blogspot.com.br/2009/09/apostila-de-corte-e-costura.html>
Acesso em 14/02/2013

Livro ‘ O grande livro da costura’ – Seleções do Reader’s Digest – Disponível em


15/02/2013

Site Minha Primeira Costura – Disponível em <


http://minhaprimeiracostura.blogspot.com.br/> Acesso em 15/02/2013

Site Sou eu que faço – Disponível em < http://soueuquefaco.blogs.sapo.pt/> Acesso em


20/02/2013

Site Cortando e Costurando – Disponível em < http://cortandoecosturando.com/>


Acesso em 20/02/2013

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