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Corte e Costura

Módulo I

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sucesso em sua carreira.

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Sumário

Introdução................................................................................................................... 1
Unidade 1 – Conhecendo a Moda............................................................................... 2
1.1 – História da Moda .............................................................................................. 3
1.2 – O que é uma confecção?.................................................................................... 7
1.3 – Etapas para montagem da roupa ........................................................................ 8
1.4 – Sistemas automatizados para costura................................................................. 9
Unidade 2 – Equipamentos ....................................................................................... 11
2.1 – Equipamentos de medida................................................................................. 12
2.2 – Tesouras.......................................................................................................... 14
2.3 – Utensílios auxiliares para costurar ................................................................... 16
2.4 – Linhas ............................................................................................................. 20
2.5 – Agulhas........................................................................................................... 21
2.6 – Zíperes............................................................................................................ 27
2.7 – Botões e colchetes........................................................................................... 30
2.8 – Artigos de armarinhos ..................................................................................... 33
2.9 – Tecidos ........................................................................................................... 35
Introdução
Olá,

É possível ver a moda em todos os lugares e em todas as pessoas, porém ela


muda com muita velocidade e para se adaptar às constantes evoluções e mudanças das
pessoas, foram criados cursos para qualificar profissionais na área de corte e costura.

Com isso, o mercado consumidor fica cada vez mais aquecido, aumentando a
procura por profissionais de corte e costura qualificados, que possam acompanhar tal
evolução e atender a demanda.

Assim, temos por objetivo abordar em nosso curso, informações úteis para
pessoas que queiram se adequar a esse mercado, com conteúdos teóricos e práticos
sobre a origem das roupas e a evolução da moda.

Passaremos informações que os ajudem a conhecer as confecções e etapas para


se criar roupas, além de ver alguns sistemas que podem auxiliar na produção de forma
rápida e eficaz.

Mostraremos também as informações sobre os equipamentos usados no trabalho


e suas características fundamentais para que se possa escolher a melhor opção no
momento da elaboração das peças.

Veremos os tipos de máquinas de costuras usados para confeccionar as roupas,


conhecendo as partes de uma máquina de costura, além de aprender a montá-la e deixá-
la pronta para uso.

Por fim, mostraremos os tipos de moldes que são usados para formar as
estruturas das peças. Aprenderemos a tirar as medidas para se realizar a produção das
roupas. Conheceremos também os tipos de pontos e cortes usados nas confecções.

Bom Curso!

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Unidade 1 – Conhecendo a Moda

Olá,

Nesta unidade, vamos conhecer um pouco sobre a história e a evolução das


roupas desde seu uso apenas como forma de se manter aquecido até os diferentes tipos
de vestes que fazem parte da moda.

Iremos estudar também sobre conceito de confecção, explicando o que é e as


formas existentes de confecções, além de aprendermos como montar esse tipo de
empresa.

Aprenderemos as etapas para construção das roupas, com destaque para o


aprendizado sobre as características de cada parte, com suas nomenclaturas e itens
necessários para o conhecimento do profissional de corte e costura.

Conheceremos alguns sistemas automatizados usados para a costura, esses


sistemas auxiliam o profissional, deixando a linha de produção mais rápida e ajustada,
contribuindo para a redução de desperdícios.

Bom estudo!

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1.1 – História da Moda

A história da moda nos mostra que o


ser humano, desde a época das cavernas,
usava roupas para proteção contra o frio e,
em razão disso, buscava formas de prender
as vestes ao redor do corpo.

As primeiras roupas eram feitas de


peles de animais e amarradas com tripas ou
fibras vegetais.

Com o tempo, passou-se a usar as


roupas não só para proteção contra o frio,
mas também como algo para deixar a
pessoa mais bela. Como parte da evolução
do homem, ocorreu a procura por detalhes
que pudessem deixar as vestes mais
confortáveis e agradáveis.

Durante a Antiguidade, os Egípcios, os Hebreus e os Gregos se destacaram com


vestes mais precisas e ricas em detalhes, com tecidos bem cortados, mostrando a beleza
do corpo.

(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

A fabricação das roupas, durante esta época, era bastante demorada, pois por
mais simples que fossem os modelos produzidos, elas eram feitas manualmente, o que
ocupava mais tempo para a confecção.

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As roupas produzidas eram basicamente feitas com diferentes formas de prender
o tecido, pois ainda não havia muitas formas de costurar e cortar os tecidos como temos
atualmente.

As roupas serviam também para diferenciar as pessoas quanto ao seu status


financeiro, diferenciando, assim, os ricos dos pobres.

A diferença entre as roupas era visivelmente percebida, pois os esforços para


realizar a costura tornavam o vestuário do rico
mais complexo do que o do pobre.

As costuras na época eram realizadas pelas


mulheres, por possuírem a delicadeza para essa
execução. Porém, a partir do século XII, a
profissão de cortador passou a ser realizada pelos
homens.

Durante o século XIII, os alfaiates


franceses criaram, na Europa, moldes de madeira
fina para realizar rapidamente a produção das
roupas.

Os moldes eram feitos através da prática


dos alfaiates, que riscavam o desenho da roupa na
madeira de maneira precisa, além do
conhecimento de matemática e geometria, que
auxiliava na exatidão das vestes, e, depois de prontos, os desenhos eram cortados para
servir na produção.

Estes moldes só podiam ser usados por homens, pois, na época, só eles possuíam
o privilégio de serem cortadores de roupas.

Depois de criados os moldes, o corte passou a ficar mais fácil, surgindo assim
modelos de roupa mais elaborados e a própria moda.

Com o aprimoramento do vestuário, trajes mais elaborados passaram a ser


exigidos por pessoas com mais dinheiro.

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(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

Os alfaiates, mesmo com o conhecimento de geometria, faziam seus moldes


através das medidas da pessoa a quem a roupa se destinava.

No século XVIII, em Milão, foram criados os teares mecânicos, fazendo com


que a produção de tecidos aumentasse significativamente.

Durante o mesmo período, a produção de roupas femininas passou a ter seu foco
principal em Paris, e os masculinos em Londres.

(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

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Conforme o tempo passa, os costureiros mudam a moda, adaptando-a ao
momento e às pessoas. Conforme podemos ver nas imagens abaixo:

(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

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(fonte: http://www.fundosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/81.pdf)

Nos dias atuais, tanto os homens quanto as mulheres podem trabalhar na


produção de roupas, usando a arte e as tendências para criarem vestuários cada vez mais
estilosos, agradando todas as pessoas.

1.2 – O que é uma confecção?

Confecção é o nome dado ao local ou fábrica onde são produzidas as roupas,


podendo ser feitas em pequenas ou grandes quantidades.

As confecções necessitam de costureiros(as), que são responsáveis por produzir


as roupas, podendo haver um ou mais trabalhadores na função, isso dependerá das
necessidades da empresa.

Formas de confecção

Há dois tipos de confecções: por encomenda e por criação própria, sendo que
cada um desses tipos tem suas características, como podemos ver a seguir:

• Encomenda – esta opção é a mais usada, pois como ocorrem muitas mudanças
nos modelos, é necessário aguardar para confeccionar as peças nas formas e nas
quantidades solicitadas. Normalmente, este tipo de confecção é usado por
pessoas que trabalham com grandes quantidades, como é o caso de lojas,
empresas, estilistas, entre outros. Este tipo trabalha com prazos determinados no
momento da solicitação;

• Criação própria – esta opção é usada em casos de criação e vendas da mesma


pessoa ou empresa, são os casos de confecção e lojas próprias, que criam apenas
para seus consumidores. Este caso é bastante comum em lojas e boutiques, que
trabalham com roupas de grife.

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1.3 – Etapas para montagem da roupa

Para todos os tipos de produção, é preciso adotar alguns cuidados para que não
corra o risco de esquecer as etapas da produção. Por esse motivo, vamos apresentar
todas as etapas e suas características.

Croqui – É o desenho da ideia que servirá de base para se chegar ao modelo a ser
produzido. Normalmente, realizado por um estilista, pois ele conhece as tendências e
estuda a moda para que a peça se adeque ao gosto das pessoas, além de possuir o
conhecimento de design e dos tipos de tecidos;

Tirar medidas – São as medições do tamanho de cada parte do corpo da pessoa a quem
a roupa se destina;

Modelagem – São os moldes criados a partir das medidas da pessoa e usados para que o
profissional de corte possa seguir os tamanhos e modelos para a criação das peças;

Risco – É o desenho do modelo no tecido para que possa ser cortado corretamente;

Corte – É o ato de cortar o tecido para deixá-lo em partes iguais ao molde, que por mais
que pareça um ato simples, é algo que necessita de atenção e de alguns cuidados;

Montagem ou costura – É o ato de unir as partes do tecido para criar as peças. Esta
união pode ser realizada manualmente ou à máquina;

Primeira prova – É o ato de vestir a roupa pela primeira vez para que se confirme se o
tamanho está correto, isto ocorre antes de realizar o acabamento da peça;

Acabamento – São as ações realizadas para deixar a peça finalizada e bonita para o
consumidor, ou seja, atos para retirar imperfeições, como linhas penduradas, excesso de
fitas, adição de botões etc;
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Segunda prova – É o ato de vestir a roupa pronta para confirmar se não tem nenhum
item a ser alterado. Em casos de produção em massa, a segunda prova é realizada para
confirmar se a peça está perfeita e se serve para ser a matriz para as demais peças a
serem produzidas com base na peça piloto;

Piloto – É a roupa que será copiada na produção, ou seja, a roupa sem defeitos que sirva
de modelo ou protótipo. Este trabalho pode ser realizado manualmente ou através de
programas de computador como é o caso do AutoCad;

Ficha técnica – Item no qual estará o desenho da peça com as informações técnicas, tais
como, tipo de tecido, tamanho, entre outras. Os tamanhos das roupas são marcados de
forma padronizada onde, para a maioria dos tecidos, são usados os tamanhos numéricos,
como por exemplo, 36, 38, 40, e assim por diante, e as malharias são marcadas por
letras, como: PP, P, M, G e GG ou pelo padrão internacional, que são marcados pelas
letras, S, M, L, XL;

Passadoria – É o ato de passar as roupas a ferro para que crie marcas e dobras para
facilitar a visualização da peças, como também para ajudar no corte e costura;

Controle de qualidade – É uma inspeção realizada para conferir a qualidade do


produto e evitar a comercialização de peças com defeito;

Redução e ampliação – Quando um produto é comercializado em massa, é necessário


que seja criado em diferentes tamanhos para que possa se adequar a diversos tipos de
consumidores. Para isso, é necessário que o profissional realize a ampliação ou a
redução da peça de modo proporcional para que não deforme a roupa.

1.4 – Sistemas automatizados para costura

Há alguns sistemas que auxiliam o profissional de corte e costura a facilitar seus


trabalhos, ajudando-o na produção. Estes sistemas podem reduzir o tempo de produção,
uma vez que eliminam o processo de elaboração dos croquis.

Esses sistemas nos permitem a visualização da peça, antes mesmo de ficar


pronta, pois criam uma imagem 3D com proporções reais.

O CAD, sigla corresponde a “Computer Aided Design”, significa Projeto


Assistido por Computador e é um dos sistemas mais usados na elaboração de desenhos
técnicos criados por computadores para visualizar os modelos das roupas.

O sistema auxilia também na produção de moldes de tamanhos diferentes,


calculando automaticamente peças com medidas maiores e menores, mantendo sempre
a proporção ideal para a peça.

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Quando as confecções fazem uso de sistemas automatizados, a quantidade de
desperdícios se reduz significativamente. Pois o computador consegue calcular
exatamente as formas de usar a área do tecido.

Outro sistema de confecção muito usado é o CAM, sigla de “Computer Aided


Manufacturing”, que significa Fabricação Assistida por Computador.

A tecnologia CAD/CAM juntou as técnicas CAD e CAM em um único sistema.


Além disso, também uniu as qualidades dos dois sistemas e se tornou ainda melhor.

Vantagens do CAD/CAM:

O CAD/CAM traz várias vantagens, como podemos observar:

• O desperdício é diminuído significativamente, pois permite a utilização de


pequenos pedaços de tecidos;

• A aceitação do cliente é maior, pois ele pode ver o resultado final, mesmo antes
de iniciar o serviço, contribuindo para reduzir arrependimentos e desistências;

• Reduz o tempo para a produção, pois o computador realiza cálculos muito mais
rápidos e exatos do que o ser humano;

• O sistema auxilia não só na criação dos croquis como também ajuda na


organização e nos cálculos para a criação de peças em vários tamanhos.

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Unidade 2 – Equipamentos

Olá,

Nesta unidade, vamos conhecer um pouco sobre os equipamentos usados para a


criação e confecção de roupas e trajes da moda.

Conheceremos todos os equipamentos usados para tirar as medidas,


indispensáveis para que seja possível produzir uma roupa no tamanho adequado à
pessoa a quem ela se destina, além de aprender sobre as tesouras usadas para cada
situação da costura.

Veremos que há itens que auxiliam o profissional da costura para acelerar o


processo de produção e organizar o espaço reservado para a tarefa.

Iremos conhecer os tipos e características das linhas e agulhas e em quais


situações devemos usar cada uma delas.

Aprenderemos sobre as características dos zíperes, botões e colchetes que são


usados para fechar, prender e enfeitar as roupas. Há também itens de armarinhos que
possuem fitas e outros materiais que ajudam a deixar as peças mais personalizadas.

Bom estudo!

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2.1 – Equipamentos de medida

Em todas as profissões é indispensável a utilização de equipamentos de


qualidade para que o profissional consiga realizar atividades de maneira precisa.

Para trabalhar com corte e costura o profissional necessita de diversos


equipamentos, e para começarmos iremos conhecer os equipamentos de medida, são
eles:

• Fita métrica – é uma fita de borracha sintética de 1,5 m de comprimento com as


pontas revestidas em metal, possuindo marcações de centímetros e milímetros
para medir os itens, tais como: o tecido, medidas do corpo para o qual será feita
a roupa, entre outros;

• Esquadro – é um item parecido com uma régua. O que os diferencia é o fato dos
esquadros serem apresentados em três lados, como um triângulo, e,
normalmente, elaborado em plástico transparente. Eles são usados para traçar
linhas perpendiculares e diagonais;

• Régua – trata-se de um retângulo com marcações de centímetros e milímetros,


as mais usadas pelos profissionais de corte e costura são as de 80 cm de
comprimento. A régua é usada para realizar marcações de linhas retas, medir
tecidos retos, marcar bainhas, entre outros;

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• Pistolet - Usado para desenhar curvas de decotes e cavas;

• Marcador de Bainhas - é um equipamento que possui uma base metálica, com


uma régua de madeira e um reservatório plástico, onde fica armazenado o pó de
giz, que é lançado para marcar o local exato para a bainha.

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2.2 – Tesouras

A tesoura é um item indispensável para o profissional que deseja realizar cortes,


mas há vários modelos disponíveis, sendo que cada situação necessita de uma tesoura
específica.

Como acontece com todos os equipamentos, é necessário um cuidado para evitar


danos na sua estrutura, que prejudicam a qualidade de corte. Para isso, deve-se evitar
quedas e armazenamento em locais indevidos, que possam entortar a superficie.

Devemos lembrar sempre que uma tesoura de corte de tecido não deve ser usada
para cortar outros materiais, como, por exemplo, o papel, pois pode deixá-la cega,
prejudicando seu corte. Quando dizemos que a tesoura está cega, queremos dizer que
ele não está mais cortando de maneira precisa.

Há tesouras de diversos formatos e tamanhos. Como podemos ver nos exemplos


a seguir:

• Tesoura de picotar – Este modelo é usado para acabamentos decorativos e para


evitar que o tecido desfie, pois corta em formato zigue-zague. Podendo ser
encontrada nos tamanhos de 4, 6 e 8 polegadas, com um dos anéis com
dimensão maior, para que possa encaixar mais do que um dos dedos para
auxiliar na firmeza do corte;

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• Tesouras de cortar com anéis revestidos em plástico – Este é um dos
modelos mais modernos e rápidos que as tradicionais, usado para corte, sendo
que os revestimentos dos anéis auxiliam no conforto dos dedos;

• Tesoura de cortar com anéis em ângulos – Este modelo possui a base reta,
possibilitando o apoio na superfície para dar firmeza no momento do corte. Pode
ser encontrada nos tamanhos de 7 e 9 polegadas;

• Tesouras para bordar – Este modelo é usado para vários tipos de corte, mas
por possuir uma ponta mais fina, é usada, preferencialmente, para realizar
descosturas e para cortar casas de botão. Pode ser encontrada no tamanho de 2.5,
3 e 3.5 polegadas;

• Tesoura de costureira para cortar – Este modelo é muito usado por


costureiras para corte, pois possui as lâminas mais compridas, podendo ser de 15
ou 18 cm, e um dos anéis maiores;

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• Tesoura de costura com dois anéis iguais – Este modelo é muito usado para
realizar pequenos reparos, tais como, aparar costuras, consertos, alterações de
roupas já confeccionadas, entre outros. Pode ser encontrada no tamanho de 4.5 a
8 polegadas;

• Tesoura de tecelão – Este modelo é muito usado para realizar aparas em roupas
confeccionadas, para retirar os excessos de fios. Possui uma mola que deixa a
tesoura aberta, agilizando assim o trabalho. O tamanho mais comum para este
modelo é o de 4,5 polegadas.

2.3 – Utensílios auxiliares para costurar

Alguns utensílios são usados para facilitar e agilizar as tarefas para os


profissionais de corte e costura.

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Nos armarinhos, vemos inúmeros itens à venda que ajudam o profissional a
trabalhar de forma mais rápida e precisa, como, por exemplo, marcadores e acessórios
de costura.

Marcadores

Marcadores são itens usados para realizar marcações de forma a facilitar o


trabalho do costureiro. Assim, ele não realiza os reparos de forma torta.

• Giz de alfaiate – Usado para desenhar no tecido o formato do molde, para que o
profissional possa realizar o corte ou reparo de forma precisa, e para que não
corra o risco de o molde sair do lugar. Podendo ser encontrado nas cores: branca,
amarela, rosa e cinza;

• Giz em lápis – Usado para desenhar no tecido, possui os traços finos, o que
facilita a precisão no desenho. Muito usado para desenhar locais dos bolsos,
casas dos botões e pequenos detalhes;

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• Carretilha – Usada para desenhar o formato do molde no lado avesso do tecido,
o profissional deve contornar todo o molde, utilizando também papel carbono,
de forma a fixar o desenho no tecido;

• Papel carbono – Usado para realizar marcação e passar o desenho do molde


para o lado avesso do tecido. Podem ser encontradas folhas do tamanho de 44 e
56 cm.

Acessórios de costura

Os acessórios de costura são usados para agilizar e organizar o trabalho do


profissional, pois facilita a realização de tarefas que poderiam ser realizadas sem eles,
mas de forma mais lenta.

Quando falamos que pode ser


realizado sem a utilização destes acessórios,
estamos nos referindo às pessoas que querem
trabalhar com corte e costura, mas não
possuem recurso financeiro para comprar
estes itens, pois com estes equipamentos
poderá diminuir o tempo para a realização do
trabalho.

• Almofada de alfinetes – Usada para guardar os alfinetes, organizando o


ambiente, sem correr o risco de machucar alguém, além de facilitar no momento
em que for reutilizado;
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• Dedal – Usado para proteger o dedo médio do
profissional em momentos que estiver
realizando costuras, pois como é de alumínio,
evita que o dedo seja ferido por uma agulha ou
alfinete, por exemplo;

• Enfiador de agulhas – Usado para auxiliar na


colocação de linha na agulha, pois como é de alumínio,
entra mais fácil no pequeno espaço da agulha, deixando
um maior lugar para colocar a linha e depois puxá-la
deixando-a dentro da agulha;

• Furador de costura – Como o próprio nome diz, é usado


para realizar pequenos furos no tecido, para abrir espaço
para ilhoses, iniciar a abertura para casas de botões, entre
outros. Podendo ser encontrado de diversos materiais,
como por exemplo, metal, plástico, madeira e até osso;

• Abre-casas ou descosturador – Usado para descoser


costuras ou até mesmo para abrir as casas para botões.
O equipamento possui uma lâmina arredondada na
ponta e dentro desta lâmina possui uma ponta que serve
para puxar a ponta da linha que será cortada pela
lâmina;

• Enfiador de elástico ou cordão – Usado para colocar


elásticos ou cordões e até mesmo para virar tecidos que
estejam costurados em tubo para o lado inverso, ou seja,
como é costurado do avesso, é invertido para o lado correto
de uso. Este equipamento parece uma grande agulha sem
ponta.

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2.4 – Linhas

As linhas devem ser escolhidas de acordo com o tipo e cor dos tecidos a serem
costurados.

Para cada tecido devemos nos atentar ao tipo de material para determinarmos a
melhor linha a ser usada. Esta escolha deve variar quanto ao tipo, espessura e até
mesmo a cor.

A cor da linha deve ser parecida com a cor do tecido, apenas um tom mais
escuro, porém para casos de tecidos estampados, deve-se escolher a cor que mais
predominar.

A seguir mostraremos alguns tipos de linhas:

• Linha de cerzir – Usada para cerzir, são confeccionadas em algodão, nas cores
brancas, pretas, escalas de cinza, bege e marrom. Cerzir é o ato de costurar
disfarçando defeito;

• Linha de alinhavar – Usada para alinhavar. São confeccionadas em algodão de


baixa resistência, facilitando sua retirada, mesmo depois de aplicadas ao tecido.
Encontrada nas cores branca e crua. Alinhavar é costurar com pontos largos algo
que será costurado futuramente em ponto miúdo;

• Linha (glacê – lustrosa) – Usadas para itens que necessitem de maior


resistência, como no caso de calçados, malas, entre outros, principalmente para

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costuras externas. Estas linhas são confeccionadas em algodão com uma
espessura grande para maior resistência;

• Linha de casear e pespontar (torçal) – Usadas, principalmente, em pequenos


reparos domésticos. Estes tipos de linha, normalmente são mais finas e
brilhosas. Pesponto é um ponto da costura em que a agulha volta um pouco atrás
do lugar onde saiu a linha, passando por cima do ponto novamente;

• Linhas de costura – Esta linha pode ser comercializada em dois tipos: algodão e
poliéster. Ambas são usadas em muitas costuras, tanto para trabalhos à mão
quanto à máquina.

Em algodão: é utilizada em costuras domésticas, em reparos para bordados à


máquina, em lençóis, toalhas, entre outros.

Em poliéster: principalmente usada em tecidos sintéticos e malhas.

Estas linhas são as mais vendidas principalmente nas cores brancas e pretas,
além de serem mercerizadas, ou seja, são tratadas para que se evitem os resíduos
da fibra da linha, tornando-as mais lisas, aumentando a solidez da cor, evitando
que possam desbotar com lavagens frequentes.

2.5 – Agulhas

Todas as costuras necessitam do uso de agulhas, tanto para trabalhos à mão


como para trabalhos à máquina.

Para decidir qual é a melhor, é preciso saber o que será realizado, ou seja, desde
reparos até bordados.

As agulhas se diferenciam quanto à forma da abertura onde entrará a linha, o


comprimento da superfície e o tipo de ponta.

A forma da abertura pode ser redonda ou alongada, o comprimento, pode medir


vários tamanhos e a ponta tem opções pontiagudas, redondas, facetadas ou rombudas.

O tamanho das agulhas é determinado por números, ou seja, quanto maior o


número da agulha, menor e mais fina ela será.

As agulhas com a abertura mais alongada são ideais para uso de linhas grossas
ou para casos em que seja necessário o uso de mais de um fio ao mesmo tempo.

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Costuras à mão

Como o próprio nome sugere, costuras à mão são todos os trabalhos realizados
pelo costureiro de forma manual, ou seja, sem o uso de máquinas de costura. A seguir,
mostraremos alguns modelos e suas características.

• Agulhas de ponta normal – As agulhas de ponta pontiagudas, com abertura


redonda e comprimento médio são as mais utilizadas, pois penetram com
facilidade em qualquer tipo de tecido;

• Agulhas para acolchoar – Usadas para pequenos pontos e principalmente em


tecidos pesados e com grande volume;

• Agulhas longas – Usadas para alinhavar, estas agulhas possuem o comprimento


elevado, comparado às demais;

• Agulhas de ponta redonda – Usadas, principalmente, para tecidos de malha,


pois sua ponta facilita a penetração entre os vão do tecido;

• Agulhas de fácil manuseio – Estas agulhas possuem ranhuras na parte superior


da abertura onde entrará a linha.

Trabalhos de agulha

Agulhas de trabalho podem ser encontradas para diversas finalidades, como, por
exemplo, para bordar, para artesanato, entre outras.

• Agulhas de Bordar – As agulhas para bordar necessitam de diversos fios, por


isso, a abertura é mais alongada, porém, seu tamanho é médio e ponta normal,
pois precisa de precisão em seus traços;

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• Agulhas para lã – As agulhas para lã são pontiagudas, com comprimento médio
e a abertura alongada, pois a lã é mais grossa. Estas agulhas são mais grossas e
resistentes;

• Agulhas para colocar pérolas – Estas agulhas são finas e compridas para
facilitar o encaixe das pérolas, lantejoulas, entre outros itens de artesanato no
local do tecido onde o costureiro desejar;

• Agulhas para tapeçaria – Estas agulhas possuem o orifício alongado para a


inserção de linhas mais grossas ou com mais de um fio, comprimento médio e a
superfície grossa. Por possuir esta estrutura podem ser usadas para superfícies
plásticas.

Cerzir

Seu uso é exclusivamente para cerzir. Pode possuir diversos tamanhos e


diâmetros.

• Agulhas para cerzir algodão – usadas para realizar cerziduras em tecidos de


algodão ou lã;

• Agulhas longas para cerzir – usadas para realizar cerziduras em tecidos de


algodão ou lã, porém por ser mais longa, é ideal para situações em que precisa
passar por buracos com dimensões maiores;

• Agulhas para cerzir com lã – usadas para realizar cerziduras em tecidos de lã.
Estas agulhas são mais grossas, compridas e resistentes.

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Trabalhos Especiais

No caso de costuras em lonas, luvas, entre outros é necessário agulhas especiais


e mais resistentes, pois são tecidos sensíveis, que podem rasgar se o furo não for bem
feito.

• Agulhas para luvas – Usadas para costurar couro, plástico ou material vinílico.
Estas agulhas possuem o comprimento pequeno, com abertura redonda, sendo
que a ponta oferece um diferencial, sendo triangular para evitar danos nos
materiais, reduzindo a chance de rasgá-los;

• Agulhas para lona – Esta agulha possui a ponta e o comprimento triangular,


além de um orifício alongado. Usada para costurar materiais mais resistentes,
como o couro, lona, entre outros;

• Agulhas curvas – Esta agulha é semelhante às demais, porém sua superfície é


arredondada para facilitar a costura em casos de materiais fixos, como, por
exemplo, abajures, sofás, entre outros.

Costura a máquina

As máquinas de costura usam vários tipos de agulhas, diferenciando assim a


forma que os pontos serão criados.

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Partes da agulha de uma máquina de costura

Para conhecermos a estrutura das agulhas, vamos descrevê-las a seguir:

• Ponta (point) – como o próprio nome já diz, é a parte do bico da agulha, sendo
uma das principais formas de diferenciar o tipo da agulha e o ponto que irá
produzir;

• Entrada/Fundo (eye) – é a abertura pela qual a linha ou fio irá passar;

• Tronco (shank) – área pela qual a agulha será presa à máquina de costura. Esta
estrutura possui dois lados, sendo um plano e seu oposto arredondado;

• Concavidade (scarf) - Reentrância na parte traseira da agulha, onde é


encontrada a entrada.

Tipos de agulhas

A agulha usada nas máquinas é mais complexa do que as para uso à mão. E para
melhor entendermos suas características e funções, vamos detalhá-las a seguir:

• Agulhas de ponta normal ou fina (sharp points, regular ou microtex) – Estas


agulhas possuem a ponta levemente afilada. Usadas em tecidos planos, pois,
dessa forma, não criam aberturas grandes que possam agredir o tecido;

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• Agulhas de ponta universal (universal point) - Estas agulhas possuem a ponta
levemente arredondada. Usadas para tecidos planos e malhas, pois não agridem
os tecidos por terem a ponta um pouco afiada, facilitando a penetração e como a
ponta é levemente arredondada, não puxa partes da linha;

• Agulhas de ponta arredondada (ball point ou stretch) - Estas agulhas possuem


a ponta totalmente arredondada. Usadas para malhas e tecidos stretch, a ponta
arredondada não puxa partes da linha;

• Agulhas de bordado (Embroidery needles) - Estas agulhas possuem a abertura


mais longa por onde passa o fio. Usadas para fios mais grossos, como, por
exemplo, para bordados;

• Agulhas de quilting (Betweens) - Estas agulhas possuem a abertura menor por


onde passa o fio, e a ponto mais resistente, para que possa passar por tecidos
mais grossos ou com várias camadas;

• Agulhas de pesponto (Topstitching) - Estas agulhas possuem a abertura maior


que os demais por onde passa o fio. Usadas para realizar acabamentos
pespontados com mais de um fio;

• Agulhas para jeans (denim) - Estas agulhas possuem a concavidade mais funda
e a ponta afiada. Usada para tecidos grossos e pesados, como por exemplo,
jeans, couro, lona, entre outros;

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• Agulhas de ponta facetada (Wedge point ou Leather) - Estas agulhas possuem
a ponta fina com bordas facetadas. Usadas para tecidos sensíveis que possam
rasgar.

Abaixo segue desenho que mostra os tipos de ponta. Compare as pontas finas,
arredondadas e facetadas:

Ponta fina

Ponta arredondada

Ponta Facetada

2.6 – Zíperes
Os zíperes são estruturas costuradas nas roupas para
facilitar o abrir e fechar das peças e também, é muito
utilizado como decoração.

Para decidir qual o melhor zíper a ser usado, é ideal


que o profissional saiba o que vai produzir e ter escolhido o
tecido ao qual será aplicado.

Existem zíperes com duas alças e com dois cursores,


ou seja, podem ser abertos e fechados para os dois lados,
muito usados em mochilas, barracas de camping, entre
outros.

Outro tipo muito visto são os chamados invisíveis,


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pois não deixa a corrente aparente na parte externa da roupa, mostrando por fora apenas
o tecido ao qual é afixado, e a alça usada para abrir e fechá-lo.

Os zíperes podem ser produzidos em dois tipos de materiais, são eles metal e
náilon.

• Zíper de Metal – Os zíperes de metal são presos individualmente, em tiras de


algodão, com os dentes formando uma corrente intercalada.

Estes zíperes de metal, embora estejam sendo usados cada vez menos, é
muito procurado em casos de peças que necessitem de maior resistência do
produto;

• Zíper de Nylon - Os zíperes de nylon (ou náilon) são de material sintético,


podendo ser de náilon ou poliéster, possuindo uma espiral contínua, sendo
afixado em tiras de tecido ao qual será aplicado à roupa.

Estes zíperes são muito usados em todos os tipos de roupas, devido ao


pouco peso do material, à flexibilidade e à resistência do produto;

Há diversos tipos de zíperes, podendo ser normais ou divisíveis.

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• Zíper Padrão – Este modelo pode ser encontrado tanto em metal, quanto em
náilon, ambos são presos na parte inferior da corrente, podendo ser aberto
apenas por um lado do produto. É usado em todos os tipos de roupas.

Estes zíperes são comercializados nos tamanhos de 10, 12, 15, 18, 20, 25
cm, entre outros tamanhos, que aumentam de cinco em cinco centímetros.
Quanto à largura, pode ser 4, 5, 6 e 8,8 mm;

• Zíper divisível – Este modelo pode ser aberto pelas duas extremidades, ou seja,
por cima e por baixo. Podendo ser aplicado em qualquer superfície que tenha a
frente toda aberta, como, por exemplo, blusões, saias, colete, entre outros.

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2.7 – Botões e colchetes

Os botões são usados tanto para


prender a roupa quanto como forma
decorativa. Há diversos modelos de botões,
encontrados em vários materiais. Mas os
principais tipos são aqueles com pés ou com
furos.

Os botões podem ser encontrados


com dois ou quatro furos, como mostrado na
imagem ao lado.

Há também os botões com pé, veja na imagem a seguir:

Os botões podem ser forrados com o mesmo tecido da roupa, ou com outros para
que fiquem personalizados.

Há casos que usa-se botões que não são costurados na peça com linhas e
agulhas, eles são pregados com auxílio de máquinas próprias para isso.

Colchetes de pressão

Os colchetes de pressão, também conhecidos como botões de pressão, são


formados por duas partes, macho e fêmea.

As duas partes do colchete devem se encaixar de modo a ficarem presas,


fechando a veste.

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Os colchetes podem ser de metal, feitos de latão niquelado. Como na imagem
abaixo:

Colchetes de pressão para embutir

Estes colchetes são usados da mesma forma que os acima citados, porém
possuem uma parte a mais, que é usada para prender na roupa, usados principalmente
em blusões.

Colchetes de pressão de plástico

Estes colchetes são usados com a mesma finalidade dos demais, porém por não
ser muito resistente, é usado para tecidos leves e que não exijam muita resistência do
produto.

Ilhoses

São peças metálicas usadas para revestir a superfície do tecido que foi aberta,
encontrados em vestuários que são fechados com fivelas ou cordões.

Estes ilhoses são facilmente pregados com o auxilio de alicates especializados


nesta função.

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Colchetes de gancho

Os colchetes de gancho substituem os botões nas peças, usados com a mesma


finalidade que é fechar e decorar as roupas.

Colchetes de gancho são divididos em duas partes: macho e fêmea. Como vemos
na imagem abaixo:

Os colchetes podem ser encontrados de metal niquelado, preto ou até mesmo


revestido com tecidos.

Há colchetes de ganchos usados para prender cós de saias, calças, entre outros.
Como no exemplo abaixo:

Outro modelo comum em roupas íntimas é o colchete de ganchos personalizado,


dando um bonito acabamento ao produto. Como mostrado no modelo abaixo:

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2.8 – Artigos de armarinhos

Nos armarinhos, encontramos diversos produtos que estão diretamente ligados à


confecção de roupas e artigos de corte e costura, como é o caso das fitas, rendas,
elásticos, bordados, entre outros.

(Fonte: www.tdb.com.br)

Os artigos encontrados nos armarinhos podem ser usados para casos decorativos
e também funcionais. Como é o caso das rendas, que podem ser usadas para fazer uma
barra personalizada na saia, blusa, entre outros.

Há peças de roupas que usam esses itens para criar partes das roupas, por
exemplo, as peças íntimas, que usam elásticos para confeccionar as laterais da peça ou
para criar a parte principal.

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(Fonte: zankyou.terra.com.br)

As fitas, na maioria das vezes, são usadas para decorar. Elas estão disponíveis
em diversas cores, lisas, estampadas, entre outros.

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2.9 – Tecidos

O tecido é um dos principais itens usados pelos costureiros para a produção das
roupas e outras peças. Há diversos tipos e modelos de tecidos, com cores e estampas
diferentes.

Para produzir uma roupa, o profissional necessita conhecer o tecido para ter a
facilidade no manuseio, aprendendo assim sobre qual o melhor para escolher para
determinadas situações e quais materiais usar nele.

Estrutura do tecido

Os tecidos são produzidos e nomeados de acordo com o fio, recebendo o nome


de tecelagem em casos que os fios são entrelaçamentos de urdume e de trama. E de
malharia quando formam colunas e carreiras.

A seguir, mostraremos os tipos de fios:

• Fio de urdume – É um fio vertical, ou seja, aquele no sentido do comprimento


do tecido. As roupas confeccionadas no sentido do fio possuem um aspecto sem
volume. A malha é um exemplo de tecido com este tipo de fio;

• Fio de trama – É um fio horizontal, ou seja, aquele no sentido da largura do


tecido. As roupas confeccionadas no sentido contrário do fio possuem um
aspecto volumoso. Dificilmente encontramos roupas cortadas na trama. Tafetá,
sarja e cetim são exemplos de tecido com este tipo de fio;

• Fio no sentido do viés – É um fio na diagonal, ou seja, aquele no sentido


transversal do tecido. As roupas confeccionadas no sentido do fio possuem mais
elasticidade, fazendo com que caiam melhor no corpo;

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• Colunas – São malhas que sobrepõem às colunas, umas às outras, no sentido
vertical;

• Carreiras – São malhas que sobrepõem às linhas, umas às outras, no sentido


horizontal;

• Ourela – É o arremate nas bordas laterais dos tecidos;

• Tecido sem sentido determinado – As partes do molde podem ser posicionadas


em qualquer sentido, ou seja, mantendo o fio da forma em que estiver cortada;

• Tecido com sentido determinado – As partes do molde devem ser posicionadas


em um único sentido, ou seja, mantendo todos os fios para o mesmo lado.

Tipos de estrutura

Todos os tecidos são formados com o entrelaçamento dos fios, separando-se por
fios no sentido do comprimento, chamados de tipos da teia, e os no sentido da largura,
que recebem o nome de tipos da trama.

Os principais tipos de estrutura dos tecidos são: tafetá, sarja e cetim. Já os


demais tipos, são formados pela variação desses três principais.

Os tecidos possuem estruturas distintas, o que pode torná-los mais finos e


delicados, precisando escolher os acabamentos e equipamentos ideais para cada tipo.

Estrutura tafetá – esta é a mais comum e simples, são criadas de modo a entrelaçar os
fios da trama com os da teia;

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Estrutura sarja – esta estrutura é formada com o entrelaçamento da teia com a trama,
de modo que a trama passa sobre no mínimo dois e no máximo quatro fios da teia. O
entrelaçamento avança a cada nova passagem uma unidade à direita ou à esquerda,
formando uma estria na diagonal;

Estrutura cetim – os fios da teia passam sobre os fios da trama, de modo que a teia
passa sobre quatro a oito fios, fazendo um zigue-zague;

Estrutura jacquard – esta estrutura é diferente das demais, não sendo produzidas pelo
entrelaçamento da teia com a trama. É produzida de forma mecanizada, podendo separar
os fios e disponibilizá-los de modo a formar qualquer tipo de desenho elaborado na
superfície do tecido;

Estrutura com pelo – nesta estrutura é acrescentado um fio laçado de trama na


estrutura de tafetá ou sarja de forma a se parecer com pelos;

Estrutura de brocado – nesta estrutura um fio de trama cria um desenho na estrutura


de base;

Enredamento – nesta estrutura são formadas teias, criadas através de nós, nos pontos
em que os fios se encontram. Sendo comum em rendas;

Estrutura cesto – os fios são cruzados aos pares ou mais fios sendo intercalados lado a
lado;
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Estrutura Gaze – os fios da teia se alternam formando um oito em torno dos fios da
trama.

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