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1. (Enem 2011) Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo
jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos
esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e
pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa
organização econômica rural.
O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas
principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania.
Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social
a) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda.
b) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes.
c) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica.
d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia.
e) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional.
A 1ª República brasileira, nos seus primórdios, precisava constituir uma figura heroica capaz de
congregar diferenças e sustentar simbolicamente o novo regime.
Optando pela figura de Tiradentes, deixou de lado figuras como Frei Caneca ou Bento
Gonçalves. A transformação do inconfidente em herói nacional evidencia que o esforço de
construção de um simbolismo por parte da República estava relacionado
a) ao caráter nacionalista e republicano da Inconfidência, evidenciado nas ideias e na atuação
de Tiradentes.
b) à identificação da Conjuração Mineira como o movimento precursor do positivismo brasileiro.
c) ao fato de a proclamação da República ter sido um movimento de poucas raízes populares,
que precisava de legitimação.
d) à semelhança física entre Tiradentes e Jesus, que proporcionaria, a um povo católico como
o brasileiro, uma fácil identificação.
e) ao fato de Frei Caneca e Bento Gonçalves terem liderado movimentos separatistas no
Nordeste e no Sul do país.
3. (Enem 2011) Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias
paulista e mineira dominaram a cena política nacional na Primeira República? A união de
ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita
com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as
discussões e um grande desacerto final.
A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de
alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma idealização de um
processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-
nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[E]
Durante a Primeira República, também denominada de República Velha, o país manteve sua
estrutura agrária tradicional, em diversas regiões, tendo substituído a escravidão por um
modelo assalariado precário. A estrutura exportadora e de concentração de terras permaneceu
e, a adoção de novo modelo eleitoral, no qual o homem pobre poderia votar – desde que
alfabetizado – exigiu que os latifundiários se preocupassem em estabelecer controle sobre o
voto de seus trabalhadores. Os grandes latifundiários, os “coronéis” eram aqueles que
possuíam poder econômico, dada a concentração de terras, poder político local – dominando
as prefeituras e, na prática, o poder de polícia e de justiça, uma vez que delegados e juízes
eram normalmente indicados por eles.
Resposta da questão 2:
[C]
É muito comum que aqueles que chegam ao poder busquem a figura de um herói, que de
alguma forma simbolize o novo poder e possa congregar a maior parte da sociedade. Nesse
sentido percebemos a escolha de Tiradentes como herói republicano. Um herói que não pegou
em armas – diferentemente de Frei Caneca e Bento Gonçalves – e que pode ser associado a
uma maior dimensão e não apenas a uma região.
Resposta da questão 3:
[C]
Apesar de apelido dado “café com leite”, vale a pena lembrar que parte da elite mineira estava
ligada à produção de café, enquanto a importância da pecuária leiteira crescia. Os cafeicultores
mineiros tinham maiores vínculos com os paulistas, enquanto que os pecuaristas, que
produziam para o mercado interno, possuíam maiores contradições. Além disso, a aliança
procurava garantir o controle sobre a Presidência da República e necessitava do apoio das
oligarquias estaduais – e, portanto dos coronéis – para que tivessem o apoio do Congresso
Nacional.
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Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®
1.............108550.....Elevada.........História..........Enem/2011...........................Múltipla escolha
2.............100435.....Elevada.........História..........Enem/2010...........................Múltipla escolha
3.............108555.....Elevada.........História..........Enem/2011...........................Múltipla escolha
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1..............................108550..........azul.................................2011...................59%
2..............................100435..........azul.................................2010...................17%
3..............................108555..........azul.................................2011...................55%
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