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GABINETE DO MINISTRO
Art. 2° Determinar, conforme previsto nos art. 117 e 118 da Portaria MTP nº 672, de 8 de
novembro de 2021, que a NR-13 e seus anexos sejam interpretados conforme o disposto na tabela
abaixo:
Regulamento Tipificação
NR-13 NR Especial
Anexo I Tipo 1
Anexo II Tipo 1
Anexo III Tipo 1
Anexo IV Tipo 1
Art. 3° Estabelecer o prazo de quatro anos, após a publicação desta Portaria, para
aplicabilidade do disposto na alínea "f" do item 13.2.1, no que se refere a tanques metálicos de
armazenamento de produtos intermediários. (Retificado em 20/10/2022)
§ 1º A inspeção piloto deve ser sucedida de uma inspeção visual interna no prazo máximo
de dois anos para validação da efetividade da metodologia.
Art. 10. A data para a primeira inspeção de segurança periódica, de acordo o subitem
13.7.3.2, deve ser definida no programa de inspeção a ser elaborado conforme disposto no subitem
13.7.1.1.
Art. 11. Na data da entrada em vigor desta, ficam revogadas as seguintes Portarias:
I - Portaria SSMT nº 2, de 8 de maio de 1984;
II - Portaria SSST nº 23, de 27 de dezembro de 1994;
III - Portaria SIT nº 57, de 19 de junho de 2008;
IV - Portaria MTE nº 594, de 28 de abril de 2014;
V - Portaria MTb nº 1.084, de 28 de setembro de 2017; e
VI Portaria MTb nº 1.082, de 18 de dezembro de 2018.
ANEXO
NORMA REGULAMENTADORA Nº 13 - CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES
METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO
13.1 Objetivo
13.1.2 O empregador é o responsável pela adoção das medidas determinadas nesta NR.
13.1.3 O disposto no item anterior aplica-se também aos equipamentos pertencentes a terceiros,
circunscritos ao estabelecimento do empregador.
13.1.3.1 A responsabilidade do empregador não elide o dever do proprietário dos equipamentos de
cumprir as disposições legais e regulamentares acerca do tema.
13.2.3 O disposto no item 13.2.2 não exime o empregador do dever de inspecionar e executar a
manutenção dos referidos equipamentos e de outros sistemas pressurizados que ofereçam riscos
aos trabalhadores, acompanhadas ou executadas por um responsável técnico, e observadas as
recomendações do fabricante, bem como o disposto em códigos ou normas aplicáveis. (Retificado em
20/10/2022)
13.3.1.1 Por motivo de força maior e com justificativa formal do empregador, acompanhada por
análise técnica e respectivas medidas de contingência para mitigação dos riscos, elaborada por
Profissional Legalmente Habilitado - PLH ou por grupo multidisciplinar por ele coordenado, pode
ocorrer postergação de até seis meses do prazo previsto para a inspeção de segurança periódica
dos equipamentos abrangidos por esta NR.
13.3.2 Para efeito desta NR, considera-se PLH aquele que tem competência legal para o exercício da
profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento da
operação e da manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras, vasos de pressão,
tubulações e tanques metálicos de armazenamento, em conformidade com a regulamentação
profissional vigente no País.
13.3.2.1 O PLH pode obter voluntariamente a certificação de suas competências profissionais por
intermédio de um Organismo de Certificação de Pessoas - OPC acreditado pela Coordenação Geral
de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Cgcre/INMETRO,
conforme estabelece o Anexo III desta NR.
13.3.3 A inspeção de segurança dos equipamentos abrangidos por esta NR deve ser executada sob a
responsabilidade técnica de PLH.
13.3.4 A inspeção de segurança dos equipamentos abrangidos por esta NR deve ser respaldada por
exames e testes, a critério técnico do PLH, observado o disposto em códigos ou normas aplicáveis.
13.3.4.2 Os exames e testes devem ser realizados em condições de segurança para os executantes e
demais trabalhadores envolvidos.
13.3.5 É proibida a inibição dos instrumentos, controles e sistemas de segurança, exceto quando
prevista, de forma provisória, em procedimentos formais de operação e manutenção ou mediante
justificativa formalmente documentada elaborada por responsável técnico, com prévia análise de
risco e anuência do empregador ou de preposto por ele designado, desde que mantida a segurança
operacional.
13.3.6 Os instrumentos e sistemas de controle e segurança dos equipamentos abrangidos por esta
NR devem ser mantidos em condições adequadas de uso e devidamente inspecionados e testados
ou, quando aplicável, calibrados.
13.3.7.1 Quando não for conhecido o código de construção, deve ser respeitada a concepção
original da caldeira, vaso de pressão, tubulação ou tanque metálico de armazenamento,
empregando-se os procedimentos de controle prescritos pelos códigos aplicáveis a esses
equipamentos.
13.3.7.2 A critério técnico do PLH, podem ser utilizadas tecnologias de cálculo ou procedimentos
mais avançados, em substituição aos previstos pelos códigos de construção.
13.3.7.3 Projetos de alteração ou reparo devem ser concebidos previamente nas seguintes
situações:
13.3.7.5 Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes que operem sob
pressão devem ser objeto de exames ou testes para controle da qualidade com parâmetros
definidos por PLH, de acordo com códigos ou normas aplicáveis.
13.3.8 Os relatórios de inspeção de segurança dos equipamentos abrangidos por esta NR devem ser
elaborados em até 60 (sessenta) dias ou, no caso de parada geral de manutenção, em até 90
(noventa) dias.
13.3.9 Os relatórios, projetos, certificados e demais documentos previstos nesta NR podem ser
elaborados e armazenados em sistemas informatizados, com segurança da informação, ou
mantidos em mídia eletrônica com assinatura validada por uma Autoridade Certificadora - AC,
assegurados os requisitos de autenticidade, integridade, disponibilidade, rastreabilidade e
irretratabilidade das informações.
13.3.9.1 No caso de versão impressa de relatórios de inspeção de segurança, as páginas devem ser
numeradas.
13.3.10 A documentação dos equipamentos abrangidos por esta NR deve permanecer à disposição
para consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos
trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, devendo o
empregador assegurar pleno acesso a essa documentação, inclusive à representação sindical da
categoria profissional predominante do estabelecimento, quando formalmente solicitado.
13.3.11.1 A comunicação deve ser encaminhada até o segundo dia útil após a ocorrência e deve
conter:
a) razão social do empregador, endereço, local, data e hora da ocorrência;
b) descrição da ocorrência;
c) nome e função da(s) vítima(s);
d) procedimentos de investigação adotados;
e) cópia do último relatório de inspeção de segurança do equipamento envolvido; e
f) cópia da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT.
13.4 Caldeiras
13.4.1.1 Para os propósitos desta NR, as caldeiras devem ser categorizadas da seguinte forma:
a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1.960 kPa
(19,98 kgf/cm²); ou
b) caldeiras da categoria B são aquelas cuja pressão de operação seja superior a 60 kPa (0,61
kgf/cm²) e inferior a 1 960 kPa (19,98 kgf/cm2).
13.4.1.3 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e visível, placa de
identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) nome do fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) capacidade de produção de vapor;
f) área de superfície de aquecimento; e
g) código de construção e ano de edição.
13.4.1.4 Além da placa de identificação, deve constar, em local visível, a categoria da caldeira e seu
número ou código de identificação.
13.4.1.5 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte
documentação devidamente atualizada:
a) prontuário da caldeira, fornecido por seu fabricante, contendo as seguintes informações:
I - código de construção e ano de edição;
II - especificação dos materiais;
III - procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
IV - metodologia para estabelecimento da PMTA;
V - registros da execução do teste hidrostático de fabricação;
VI - conjunto de desenhos e demais dados necessários ao monitoramento da vida útil da caldeira;
VII - características funcionais;
VIII - dados dos dispositivos de segurança;
IX - ano de fabricação; e
X - categoria da caldeira;
b) registro de segurança;
c) projeto de instalação;
d) projeto de alteração ou reparo;
e) relatórios de inspeção de segurança; e
f) certificados de inspeção e teste dos dispositivos de segurança.
13.4.1.6 Quando inexistente ou extraviado, o prontuário da caldeira deve ser reconstituído pelo
empregador, com responsabilidade técnica do fabricante ou de PLH, sendo imprescindível a
reconstituição das características funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e da memória
de cálculo da PMTA.
13.4.1.8 O registro de segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas ou
sistema informatizado onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança da caldeira,
inclusive alterações nos prazos de inspeção; e
b) as ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, devendo constar a
condição operacional da caldeira, o nome legível e assinatura de PLH e do operador de caldeira
presente na ocasião da inspeção.
13.4.1.9 Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso, o registro de segurança deve
conter tal informação e receber encerramento formal.
13.4.2.2 As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em local específico para tal
fim, denominado casa de caldeiras ou área de caldeiras.
13.4.2.3 Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a área de caldeiras deve satisfazer os
seguintes requisitos:
a) estar afastada, no mínimo, três metros de outras instalações do estabelecimento, dos depósitos
de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até dois mil litros de capacidade,
do limite de propriedade de terceiros e do limite com as vias públicas;
b) dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e
dispostas em direções distintas;
c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo que,
para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da
combustão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes;
e) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes; e
f) ter sistema de iluminação de emergência caso opere à noite.
13.4.2.4 Quando a caldeira estiver instalada em ambiente fechado, a casa de caldeiras deve
satisfazer os seguintes requisitos:
a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas uma
parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes
afastadas de, no mínimo, três metros de outras instalações, do limite de propriedade de
terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se
reservatórios para partida com até dois mil litros de capacidade;
b) dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e
dispostas em direções distintas;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
d) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás, quando se tratar de caldeira a combustível
gasoso;
e) não ser utilizada para qualquer outra finalidade;
f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo que,
para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da
combustão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes; e
h) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema de iluminação de
emergência.
13.4.2.5 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto nos subitens 13.4.2.3 e 13.4.2.4,
deve ser elaborado projeto alternativo de instalação, com medidas complementares de segurança
que permitam a atenuação dos riscos, comunicando previamente à representação sindical da
categoria profissional predominante do estabelecimento.
13.4.2.6 As caldeiras classificadas na categoria A devem possuir painel de instrumentos instalados
em sala de controle, construída segundo o que estabelecem as normas regulamentadoras
aplicáveis.
13.4.3.1 Toda caldeira deve possuir manual de operação atualizado, em língua portuguesa, em local
de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência; e
d) procedimentos gerais de segurança, de saúde e de preservação do meio ambiente.
13.4.3.2 A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser implementados, quando
necessários, para compatibilizar suas propriedades físico-químicas com os parâmetros de operação
da caldeira definidos pelo fabricante.
13.4.3.3 Toda caldeira deve estar, obrigatoriamente, sob operação e controle de operador de
caldeira.
13.4.3.4 É considerado operador de caldeira aquele que cumprir o disposto no item 1.1 do Anexo I
desta NR.
13.4.4.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em
funcionamento, no local definitivo de instalação, devendo compreender exame interno, externo e
teste de pressão.
13.4.4.4 A inspeção de segurança periódica, constituída por exames interno e externo, deve ser
executada nos seguintes prazos máximos:
a) doze meses para caldeiras das categorias A e B;
b) dezoito meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer categoria;
c) vinte e quatro meses para caldeiras da categoria A, desde que aos doze meses sejam testadas as
pressões de abertura das válvulas de segurança; ou
d) trinta meses para caldeiras de categoria B com sistema de gerenciamento de combustão - SGC
que atendam ao disposto no Anexo IV desta NR.
13.4.4.5 Estabelecimentos que possuam SPIE, conforme estabelecido no Anexo II, podem estender
os períodos entre inspeções de segurança, respeitando os seguintes prazos máximos:
a) vinte e quatro meses para as caldeiras de recuperação de álcalis;
b) vinte e quatro meses para as caldeiras da categoria B;
c) trinta meses para caldeiras da categoria A; ou
d) quarenta e oito meses para caldeiras de categoria A com Sistema Instrumentado de Segurança -
SIS, que atendam ao disposto no Anexo IV desta NR.
13.4.4.6 No máximo, ao completar vinte e cinco anos de uso, na sua inspeção subsequente, as
caldeiras devem ser submetidas a uma avaliação de integridade com maior abrangência, de acordo
com códigos ou normas aplicáveis, para determinar a sua vida remanescente e novos prazos
máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso.
13.4.4.9 Adicionalmente aos testes prescritos nos subitens 13.4.4.7 e 13.4.4.8, as válvulas de
segurança instaladas em caldeiras podem ser submetidas a testes de acumulação, a critério técnico
do PLH.
13.4.4.10 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência capaz de comprometer
sua segurança;
b) quando a caldeira for submetida a alteração ou reparo importante capaz de alterar suas
condições de segurança;
c) antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por mais de
seis meses; ou
d) quando houver mudança de local de instalação da caldeira.
13.4.4.11 O empregador deve informar à representação sindical da categoria profissional
predominante do estabelecimento, quando demandado formalmente, num prazo máximo de 30
(trinta) dias após o término da inspeção de segurança periódica, a condição operacional da caldeira.
13.4.4.13 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados de projeto, a
placa de identificação e a documentação do prontuário devem ser atualizadas.
13.5.1.1 Para os efeitos desta NR, os vasos de pressão devem ser categorizados, com base na classe
do fluido e no grupo de potencial de risco, mediante a aplicação da Tabela 1.
13.5.1.1.1 Os fluidos contidos nos vasos de pressão devem ser classificados conforme descrito a
seguir:
a) classe A:
I - fluidos inflamáveis;
II - fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a duzentos graus Celsius (200 ºC);
III - fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a vinte partes por milhão (20 ppm);
IV - hidrogênio; e
V - acetileno.
b) classe B:
I - fluidos combustíveis com temperatura inferior a duzentos graus Celsius (200 ºC); e
II - fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a vinte partes por milhão (20 ppm).
c) classe C:
I - vapor de água;
II - gases asfixiantes simples; e
III - ar comprimido.
d) classe D:
I - outros fluidos não enquadrados nas classes anteriores.
13.5.1.1.2 Quando se tratar de mistura, deve ser considerado, para fins de classificação, o fluido
que apresentar maior risco aos trabalhadores e às instalações, considerando-se sua toxicidade,
inflamabilidade e concentração.
13.5.1.1.3 O grupo de potencial de risco do vaso de pressão deve ser estabelecido a partir do
produto P.V, onde P é a pressão máxima de operação em MPa, em módulo, e V o seu volume em m³
(metro cúbico), conforme segue:
a) Grupo 1 - P.V > 100; (Retificada em 20/10/2022)
b) Grupo 2 - P.V < 100 e P.V > 30; (Retificada em 20/10/2022)
c) Grupo 3 - P.V < 30 e P.V > 2,5; (Retificada em 20/10/2022)
d) Grupo 4 - P.V < 2,5 e P.V > 1; ou (Retificada em 20/10/2022)
e) Grupo 5 - P.V < 1.
13.5.1.3 Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil acesso e visível,
placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível; e
e) código de construção e ano de edição.
13.5.1.4 Além da placa de identificação, devem constar, em local visível, a categoria do vaso e seu
número ou código de identificação.
13.5.1.5 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a seguinte
documentação devidamente atualizada:
a) prontuário do vaso de pressão, fornecido pelo fabricante, contendo as seguintes informações:
I - código de construção e ano de edição;
II - especificação dos materiais;
III - procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
IV - metodologia para estabelecimento da PMTA;
V - conjunto de desenhos e demais dados necessários ao monitoramento da sua vida útil;
VI - pressão máxima de operação;
VII - registros da execução do teste hidrostático de fabricação;
VIII - características funcionais;
IX - dados dos dispositivos de segurança;
X - ano de fabricação; e
XI - categoria do vaso. (Retificado em 20/10/2022)
b) registro de segurança;
c) projeto de alteração ou reparo;
d) relatórios de inspeção de segurança; e
e) certificados de inspeção e teste dos dispositivos de segurança.
13.5.1.6 Quando inexistente ou extraviado, o prontuário do vaso de pressão deve ser reconstituído
pelo empregador, com responsabilidade técnica do fabricante ou de PLH, sendo imprescindível a
reconstituição das premissas de projeto, dos dados dos dispositivos de segurança e da memória de
cálculo da PMTA.
13.5.1.6.1 Vasos de pressão construídos sem códigos de construção, instalados antes da publicação
da Portaria MTb nº 1.082, de 18 de dezembro de 2018, D.O.U de 20/12/2018, para os quais não seja
possível a reconstituição da memória de cálculo por códigos reconhecidos, devem ter PMTA
atribuída por PLH, a partir dos dados operacionais e serem submetidos a inspeções periódicas,
conforme os prazos abaixo:
a) um ano, para inspeção de segurança periódica externa; e
b) três anos, para inspeção de segurança periódica interna.
13.5.1.6.2 A empresa deve elaborar um plano de ação para realização de inspeção extraordinária
especial de todos os vasos relacionados no subitem 13.5.1.6.1.
13.5.1.6.3 O prazo para implementação do projeto de alteração ou de reparo não deve ser superior
à vida remanescente calculada quando da execução da inspeção extraordinária especial.
13.5.1.7 O registro de segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas ou
sistema informatizado onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança dos vasos de
pressão, inclusive alterações nos prazos de inspeção; e
b) as ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, devendo constar a
condição operacional do vaso, o nome legível e assinatura do PLH.
13.5.1.7.1 O empregador deve fornecer cópias impressas ou em mídia eletrônica das páginas dos
registros de segurança selecionadas pela representação sindical da categoria profissional
predominante do estabelecimento, quando formalmente solicitadas.
13.5.2.1 Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, bocas de
visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, sejam acessados por meio
seguros.
13.5.2.2 Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes fechados, a instalação deve
satisfazer os seguintes requisitos:
a) pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dispostas em
direções distintas;
b) acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção, operação e inspeção, sendo que, para
guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
c) ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
d) iluminação nos termos da legislação vigente; e
e) sistema de iluminação de emergência, exceto para vasos de pressão móveis que não exijam a
presença de um operador para seu funcionamento.
13.5.2.3 Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto, a instalação deve satisfazer
os requisitos contidos nas alíneas “a”, “b”, “d” e “e” do subitem 13.5.2.2.
13.5.2.4 A instalação de vasos de pressão deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio
ambiente previstos nas normas regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis.
13.5.2.5 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto no subitem 13.5.2.2 ou 13.5.2.3,
o empregador deve adotar medidas complementares de segurança, constantes em relatório
elaborado por responsável técnico, que permitam a atenuação dos riscos.
13.5.3.1 Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias I ou II deve possuir manual de operação
próprio, manual de operação da unidade ou instruções de operação, em língua portuguesa, em
local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência; e
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.
13.5.4.1 Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial, periódica e
extraordinária.
13.5.4.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos de pressão novos, antes de sua
entrada em funcionamento, no local definitivo de instalação, devendo compreender exames
externo e interno.
13.5.4.5 A inspeção de segurança periódica, constituída por exames externo e interno, deve
obedecer aos prazos máximos indicados na Tabela 2, com base na categoria do vaso:
13.5.4.5.2 A metodologia a que alude o item anterior deve ser integrada ao Programa de
Gerenciamento de Riscos - PGR, nos termos da NR-01, com a definição dos critérios, das normas de
referência e dos responsáveis pela sua implementação e aprovação.
13.5.4.5.3 A inspeção periódica interna dos vasos de pressão poderá ser postergada, pela metade
do prazo fixado na Tabela 2, mediante o atendimento dos seguintes requisitos:
a) empresas que possuam SPIE, conforme Anexo II desta NR; (Retificada em 20/10/2022)
b) avaliação de risco aprovada por PLH, assegurada a participação dos responsáveis pela operação
do equipamento; (Retificada em 20/10/2022)
c) definição dos parâmetros operacionais e dos instrumentos de controle essenciais ao
monitoramento do equipamento;
d) implementação de metodologia documentada de Inspeção Não Intrusiva - INI, observado o
disposto na ABNT NBR 16455 ou alteração posterior;
e) emissão de relatório de inspeção, com a definição da data improrrogável da próxima inspeção
periódica interna; e
f) anuência do empregador ou de preposto por ele designado.
13.5.4.6 Vasos de pressão que não permitam acesso visual para o exame interno ou externo por
impossibilidade física devem ser submetidos a exames não destrutivos ou a outras metodologias de
avaliação de integridade definidas por PLH, considerados os mecanismos de danos previsíveis.
13.5.4.7 Vasos de pressão com enchimento interno ou com catalisador podem ter a periodicidade
de exame interno ampliada, de forma a coincidir com a época da substituição de enchimentos ou de
catalisador, desde que esta ampliação seja precedida de estudos conduzidos por PLH ou por grupo
multidisciplinar por ele coordenado, baseados em códigos ou normas aplicáveis, onde sejam
implementadas tecnologias alternativas para a avaliação da sua integridade estrutural.
13.5.4.8 Vasos de pressão com temperatura de operação inferior a zero grau Celsius (0 °C) e que
operem em condições nas quais a experiência mostre que não ocorre deterioração devem ser
submetidos a exame externo a cada 2 (dois) anos e a exame interno, quando exigido pelo código de
construção ou a critério do PLH.
13.5.4.9 As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser desmontadas, inspecionadas e
testadas com prazo adequado à sua manutenção, porém não superior ao previsto para a inspeção
de segurança periódica interna dos vasos de pressão por elas protegidos, de acordo com o subitem
13.5.4.5.
13.5.4.10 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
a) sempre que o vaso de pressão for danificado por acidente ou outra ocorrência que comprometa
sua segurança;
b) quando o vaso de pressão for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes de alterar
sua condição de segurança;
c) antes de o vaso de pressão ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por
mais de 12 (doze) meses; ou
d) quando houver alteração do local de instalação do vaso de pressão, exceto para vasos móveis.
13.6 Tubulações
13.6.1.4 Todo estabelecimento que possua tubulações deve ter a seguinte documentação
devidamente atualizada:
a) especificações aplicáveis às tubulações ou sistemas, necessárias ao planejamento e à execução
da inspeção;
b) fluxograma de engenharia com a identificação da linha e dos seus acessórios;
c) projeto de alteração ou reparo;
d) relatórios de inspeção de segurança; e
e) certificados de inspeção e teste dos dispositivos de segurança, se aplicável.
13.6.1.5 Os documentos referidos no subitem 13.6.1.4, alíneas “a” e “b”, quando inexistentes ou
extraviados, devem ser reconstituídos pelo empregador, sob a responsabilidade técnica de PLH.
13.6.2.1.1 Devem ser executados testes hidrostáticos de fabricação, antes da operação inicial, em
conformidade com o respectivo código de construção.
13.6.2.2.1 Desde que fundamentado tecnicamente, os prazos de inspeção podem ser duplicados, a
critério do PLH, observado o limite máximo de 10 (dez) anos.
13.6.2.3 O programa de inspeção pode ser elaborado por tubulação, por linha ou por sistema.
13.6.2.5 O relatório de inspeção de segurança, mencionado na alínea “d” do subitem 13.6.1.4, deve
conter, no mínimo:
a) identificação da(s) linha(s) ou sistema de tubulação;
b) fluidos de serviço da tubulação, e respectivas temperatura e pressão de operação;
c) tipo de inspeção executada;
d) data de início e de término da inspeção;
e) descrição das inspeções, exames e testes executados;
f) registro fotográfico ou registro da localização das anomalias significativas detectadas no exame
externo da tubulação;
g) resultado das inspeções e intervenções executadas;
h) recomendações e providências necessárias;
i) parecer conclusivo quanto à integridade da tubulação, do sistema de tubulação ou da linha até a
próxima inspeção;
j) data prevista para a próxima inspeção de segurança; e
k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PLH e nome legível e
assinatura de técnicos que participaram da inspeção.
13.6.2.6 As tubulações de vapor de água devem ser mantidas em boas condições operacionais, de
acordo com um plano de manutenção.
13.6.2.7 As tubulações devem ser identificadas conforme padronização formalmente instituída pelo
estabelecimento.
13.7.1.2 Todo estabelecimento que possua tanques enquadrados nesta NR deve ter a seguinte
documentação devidamente atualizada:
a) folhas de dados com as especificações dos tanques necessárias ao planejamento e execução da
sua inspeção;
b) projeto de alteração ou reparo;
c) relatórios de inspeção de segurança;
d) registro de segurança; e
e) certificados de inspeção e teste dos dispositivos de segurança, se aplicável.
13.7.1.3 O registro de segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas ou
sistema informatizado, onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança dos tanques; e
b) as ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, devendo constar a
condição operacional do tanque, o nome legível e assinatura de responsável técnico
formalmente designado pelo empregador.
13.7.2.3 Os tanques devem ser identificados conforme padronização instituída pelo empregador.
13.7.3.2 Os intervalos de inspeção de segurança periódica dos tanques devem atender aos prazos
estabelecidos no programa de inspeção elaborado por responsável técnico, de acordo com códigos
ou normas aplicáveis.
13.7.3.3 Deve ser executada inspeção extraordinária nas seguintes situações:
a) sempre que o tanque for danificado por acidente ou outra ocorrência que comprometa a
segurança dos trabalhadores;
b) quando o tanque for submetido a reparos ou alterações significativas, capazes de alterar sua
capacidade de contenção de fluído;
c) antes de o tanque ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por mais de
vinte e quatro meses; ou
d) quando houver alteração do local de instalação.
13.7.3.4 O relatório de inspeção de segurança, mencionado na alínea “c” do subitem 13.7.1.2 deve
conter no mínimo:
a) identificação do tanque;
b) fluidos armazenados no tanque, e respectiva temperatura de operação;
c) tipo de inspeção executada;
d) data de início e de término da inspeção;
e) descrição das inspeções, exames e testes executados;
f) registro fotográfico ou registro da localização das anomalias significativas detectadas nos exames
internos e externos do tanque;
g) resultado das inspeções e intervenções executadas;
h) recomendações e providências necessárias;
i) parecer conclusivo quanto à integridade do tanque até a próxima inspeção;
j) data prevista para a próxima inspeção de segurança;
k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional de responsável técnico e
nome legível e assinatura de técnicos que participaram da inspeção; e
l) certificados de inspeção e teste dos dispositivos de sobrepressão e vácuo.
ANEXO I DA NR-13
CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO
1. Caldeiras
1.1 Para efeito da NR-13, é considerado operador de caldeira aquele que cumprir uma das seguintes
condições:
a) possuir certificado de treinamento de segurança na operação de caldeiras expedido por
instituição competente e comprovação de prática profissional supervisionada, conforme item 1.5
deste Anexo; ou
b) possuir certificado de treinamento de segurança na operação de caldeiras previsto na NR-13
aprovada pela Portaria SSMT n° 02, de 08 de maio de 1984 ou na Portaria SSST n.º 23, de 27 de
dezembro de 1994.
1.3.1 O treinamento de segurança na operação de caldeiras pode ser realizado sob a forma de
Ensino a Distância - EaD.
1.3.2 A adoção do EaD não elide o disposto no item 1.3, alínea “d” deste Anexo.
1.5 Todo operador de caldeira deve ser submetido à prática profissional supervisionada na
operação da própria caldeira que irá operar, a qual deve ser documentada e possuir duração
mínima de:
a) caldeiras de categoria A - oitenta horas; ou
b) caldeiras de categoria B - sessenta horas.
1.6 O estabelecimento onde for realizada a prática profissional supervisionada prevista nesta NR
deve informar, quando requerido pela representação sindical da categoria profissional
predominante do estabelecimento:
a) período de realização da prática profissional supervisionada;
b) entidade, empregador ou profissional responsável pelo treinamento de segurança na operação
de caldeira; e
c) relação dos participantes desta prática profissional supervisionada.
1.7 Deve ser realizada a atualização dos conhecimentos dos operadores de caldeiras quando:
a) ocorrer modificação na caldeira;
b) ocorrer acidentes e/ou incidentes de alto potencial, que envolvam a operação da caldeira; ou
c) houver recorrência de incidentes.
1.8 A prática profissional supervisionada obrigatória deve ser realizada após a conclusão de todo o
conteúdo programático previsto no item 1.9 deste Anexo, inclusive nos casos de aproveitamento de
treinamentos entre organizações.
1.9 Currículo mínimo para treinamento de segurança na operação de Caldeiras: Noções de física
aplicada. Pressão. Pressão atmosférica. Pressão manométrica e pressão absoluta. Pressão interna
em caldeiras. Unidades de pressão. Transferência de calor. Noções gerais: o que é calor, o que é
temperatura. Modos de transferência de calor. Calor específico e calor sensível. Transferência de
calor a temperatura constante. Termodinâmica. Conceitos Vapor saturado e vapor superaquecido.
Mecânica dos Fluidos. Conceitos fundamentais. Pressão em escoamento. Escoamento de gases.
Noções de química aplicada. Densidade. Solubilidade. Difusão de gases e vapores. Caracterização de
ácido e base (Álcalis) - Definição de pH. Fundamentos básicos sobre corrosão. Considerações gerais
sobre caldeiras. Tipos de caldeiras e suas utilizações. Caldeiras flamotubulares. Caldeiras
aquatubulares. Caldeiras elétricas. Caldeiras a combustíveis sólidos. Caldeiras a combustíveis
líquidos. Caldeiras a gás. Acessórios de caldeiras. Instrumentos e dispositivos de controle de
caldeiras. Dispositivo de alimentação. Visor de nível. Sistema de controle de nível. Indicadores de
pressão. Dispositivos de segurança. Dispositivos auxiliares. Válvulas e tubulações. Tiragem de
fumaça. Sistema instrumentado de segurança. Operação de caldeiras. Partida e parada. Regulagem
e controle: de temperatura, de pressão, de fornecimento de energia, do nível de água, de poluentes
e de combustão. Falhas de operação, causas e providências. Roteiro de vistoria diária. Operação de
um sistema de várias caldeiras. Procedimentos para situações de emergência. Tratamento de água
de caldeiras. Impurezas da água e suas consequências. Tratamento de água de alimentação.
Controle de água de caldeira. Prevenção contra explosões e outros riscos. Riscos gerais de acidentes
e riscos à saúde. Riscos de explosão. Estudos de caso. Legislação e normalização. Norma
Regulamentadora nº 13 (NR-13). Categoria de caldeiras B. Tópicos de inspeção e manutenção de
equipamentos e registros. (Retificado em 20/10/2022)
2. Vasos de Pressão
2.1 A operação de unidades de processo que possuam vasos de pressão de categorias I ou II deve
ser feita por profissional com treinamento de segurança na operação de unidades de processos.
2.2 Para efeito desta NR é considerado profissional com treinamento de segurança na operação de
unidades de processo aquele que satisfizer uma das seguintes condições:
a) possuir certificado de treinamento de segurança na operação de unidades de processo expedido
por instituição competente para o treinamento e comprovação de prática profissional
supervisionada, conforme item 2.6 deste Anexo; ou
b) possuir experiência comprovada na operação de vasos de pressão das categorias I ou II de pelo
menos dois anos antes da vigência da NR-13, aprovada pela Portaria SSST nº 23, de 27 de
dezembro de 1994.
2.4.1 O treinamento de segurança na operação de unidades de processo pode ser realizado sob a
forma de EaD.
2.4.2 A adoção do EaD não elide o disposto no item 2.4, alínea “d” deste Anexo.
2.5 Os responsáveis pelo treinamento de segurança na operação de unidades de processo estão
sujeitos ao impedimento de ministrar novos cursos, bem como a outras sanções legais cabíveis, no
caso de inobservância do disposto no item 2.4.
2.6 Todo profissional com treinamento de segurança na operação de unidades de processo deve ser
submetido à prática profissional supervisionada com duração de trezentas horas na operação de
unidade de processo que possuam vasos de pressão de categorias I ou II.
2.7 O estabelecimento onde for realizada a prática profissional supervisionada prevista nesta NR
deve informar, quando requerido pela representação sindical da categoria profissional
predominante do estabelecimento:
a) período de realização da prática profissional supervisionada;
b) entidade, empregador ou profissional responsável pelo treinamento de segurança na operação
de unidades de processo; e
c) relação dos participantes desta prática profissional supervisionada.
2.8 Deve ser realizada a atualização dos conhecimentos dos operadores de unidades de processo
quando:
a) ocorrer modificação na unidade de processo;
b) ocorrer acidentes e/ou incidentes de alto potencial, que envolvam a operação de vasos de
pressão; ou
c) houver recorrência de incidentes.
2.9 A prática profissional supervisionada obrigatória deve ser realizada após a conclusão de todo o
conteúdo programático previsto no item 2.10, inclusive nos casos de aproveitamento de
treinamentos entre organizações, com carga horária definida pelo empregador.
2. Esta certificação voluntária deve ser feita por um Organismo de Certificação de Pessoas – OPC,
acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia - Cgcre/INMETRO.
3. O esquema de certificação a ser desenvolvido pelo OPC deve considerar, como pré-requisito, que
o candidato à certificação voluntária possua graduação de nível superior em Engenharia, com
reconhecimento pelo respectivo conselho para as atribuições de PLH.
4. O Programa de certificação voluntária de PLH, executado pelo OPC, deverá ter, no mínimo, as
seguintes fases:
a) avaliação - comprovação de formação acadêmica, cursos complementares, experiência
profissional e realização de exames teóricos e práticos;
b) análise e decisão - realização por pessoa(s) ou comitê formalmente designados para este fim,
não envolvidos nos processos (a);
c) formalização - emissão de certificado;
d) supervisão - manutenção da certificação, com reavaliação periódica; e
e) recertificação - realização a cada sessenta meses.
ANEXO IV DA NR-13
1.1 A ampliação dos prazos de inspeções de segurança das caldeiras de categoria A que operam de
forma contínua fica condicionada ao cumprimento integral das seguintes exigências:
a) instalação da caldeira em estabelecimentos que possuam certificação de SPIE, conforme Anexo II
desta NR;
b) plano e programa de inspeção aprovados por PLH, observado o limite máximo de quarenta e oito
meses entre inspeções internas;
c) sistema instrumentado de segurança, em conformidade com normas técnicas aplicáveis,
atestado por responsável técnico;
d) controle da deterioração dos materiais que compõem as principais partes da caldeira;
e) análise e controle periódico da qualidade da água;
f) testes da pressão de abertura das válvulas de segurança a cada doze meses; (Retificada em
20/10/2022)
1.3 As alterações nas funções instrumentadas de segurança do SIS, bem como em outros
componentes da malha de controle, provisórias ou definitivas, devem ser registradas e aprovadas
por responsável técnico, com anuência do empregador ou de preposto por ele designado.
2.1 A ampliação dos prazos de inspeções de segurança das caldeiras de categoria B que operam de
forma contínua fica condicionada ao cumprimento integral das seguintes exigências:
a) plano e programa de inspeção aprovados por PLH, observado o limite máximo de trinta meses
entre inspeções internas;
b) SGC com projeto de funções instrumentadas de segurança em conformidade com normas
técnicas aplicáveis, atestado por responsável técnico;
c) controle da deterioração dos materiais que compõem as partes importantes para integridade da
caldeira;
d) análise e controle periódico da qualidade da água, conforme prescrições do fabricante da
caldeira;
e) testes da pressão de abertura das válvulas de segurança a cada 12 meses;
f) acompanhamento periódico dos parâmetros operacionais que influenciam a integridade da
caldeira;
g) parecer técnico de PLH fundamentando a decisão de extensão de prazo; e
h) registro formal do cumprimento das alíneas anteriores.
c) ser mantido de acordo com procedimentos específicos definidos pelo fabricante ou por
responsável técnico.
2.2.1 Os procedimentos de inspeção, testes e manutenção devem ser executados e/ou aprovados
por responsável técnico.
2.3 As alterações nas funções instrumentadas de segurança, bem como em outros componentes da
malha de controle, provisórias ou definitivas, devem ser registradas e aprovadas por responsável
técnico, com anuência do empregador ou de preposto por ele designado.
Dispositivo Contra Bloqueio Inadvertido - DCBI: dispositivo utilizado para evitar o fechamento
inadvertido de válvulas instaladas à montante e à jusante de dispositivos de segurança.
Dispositivos de segurança: dispositivos ou componentes que protegem um equipamento contra
sobrepressão manométrica, independente da ação do operador e de acionamento por fonte
externa de energia. O dispositivo também pode ser projetado para evitar vácuo interno excessivo.
Exemplos: válvulas de segurança, válvulas de alívio, válvulas de segurança e alívio, válvulas piloto
operadas, discos de ruptura, quebra - vácuo.
Enchimento interno: materiais inseridos no interior dos vasos de pressão com finalidades
específicas e período de vida útil determinado, tipo catalisador, recheio, peneira molecular, e
carvão ativado. Bandejas e acessórios internos não configuram enchimento interno.
Equipamentos de terceiros: equipamentos abrangidos por esta NR, pertencentes a terceiros, e
instalados no estabelecimento do empregador.
Eventos de grande proporção: ocorrências de grande magnitude (emanações, vazamentos,
contaminações, incêndios ou explosões), classificadas como acidentes maiores ou ampliados, nos
termos da Convenção nº 174, da Organização Internacional do Trabalho - OIT.
Exame: atividade conduzida por PLH ou técnicos qualificados ou certificados, quando exigido por
códigos ou normas, para avaliar se determinados produtos, processos ou serviços estão em
conformidade com critérios especificados.
Exame externo: exame da superfície e de componentes externos de um equipamento, podendo ser
realizado em operação, visando avaliar a sua integridade estrutural.
Exame interno: exame da superfície interna e de componentes internos de um equipamento,
executado visualmente, para detecção de defeitos com relação a pontos de corrosão, trincas,
incrustações e depósitos ou qualquer descontinuidade nas regiões das soldas, com o emprego de
ensaios e testes apropriados para avaliar sua integridade estrutural.
Fluidos inflamáveis: líquidos que possuem ponto de fulgor menor ou igual a sessenta graus Celsius
(60 °C) ou gases que inflamam com o ar a vinte graus Celsius (20 °C) e a uma pressão padrão de
cento e um vírgula três quilopascal (101,3 kPa).
Fluidos combustíveis: fluidos com ponto de fulgor maior que 60ºC e menor ou igual a 93ºC.
(Retificada em 20/10/2022)
Fluidos tóxicos: fluidos nocivos à saúde dos trabalhadores, observado, quanto ao limite de
tolerância, o disposto na NR-15.
Fluxograma de engenharia (P&ID): diagrama mostrando o fluxo do processo com os equipamentos,
as tubulações e seus acessórios, e as malhas de controle de instrumentação.
Força maior: todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a
realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente. A imprevidência do empregador
exclui a razão de força maior.
Gerador de vapor: equipamento destinado a produzir vapor sob pressão superior à atmosférica,
sem acumulação e não enquadrados em códigos de vasos de pressão ou caldeira. (Retificada em
20/10/2022)