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Impactos da revisão da

NR 13 e do
PAC do INMETRO
para os fabricantes de
equipamentos
pressurizados

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Histórico
Inspeção em Serviço
• 1919 – Criação do National Board (USA)

• 1943 – CLT

• 1977 – Lei 6.514, altera o Título II, Capítulo V, Seção XII


da CLT – Caldeiras, Fornos e Recipientes sob Pressão

• 1978 – 1ª Edição da NR 13

• 1994 – 2ª Edição da NR 13

• 2008 – Revisão pontual da 2ª Edição da NR 13

• 2013 – Criação da Comissão Nacional Tripartite


Temática (CNTT) da NR 13 para propor alterações na
norma

• 2013 – Consulta Pública para a 3ª Edição da NR 13

• 2014 – 3ª Edição da NR 13 2
Histórico
Certificação de Fabricação
• 1884 – ASME Boiler Testing Code

• 1908 – 1ª Legislação Americana sobre Caldeiras

• 1915 – 1ª Edição do ASME Code, Section I

• 1924 – 1ª Edição do ASME Code, Section VIII, Division 1

• 1963 – 1ª Edição do ASME Code, Section III (vasos de


pressão para a área nuclear)

• 1972 – A certificação ASME é expandida para restante


do Mundo.

• 2008 – ABNT NBR ISO 16528-1:2008

• 2012 – ABNT NBR 16035

• 2014 – Texto final do RAC e do RTQ para Caldeiras e


Vasos de Pressão de Produção Seriada 3
NR 13 – Implicações para os
Fabricantes
A Norma Regulamentadora Nº 13 é aplicada
nas relações entre o empregador e o
trabalhador.

O foco da NR 13 é a segurança do
trabalhador que opera caldeiras, vasos de
pressão e tubulações (a partir de 2014).

A NR 13 regulamenta basicamente a
inspeção em serviço destes equipamentos

Os fabricantes de vasos de pressão estão


sujeitos aos requisitos da NR 13, como
usuários de equipamentos pressurizados.
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NR 13 – Implicações para os
Fabricantes
A NR 13 não regulamenta a fabricação de
vasos de pressão, entretanto são
obrigações do fabricante:

a) fornecer prontuário de acordo com o


item 13.5.1.6 (novo texto);

b) testar os vasos de pressão durante a


fase de fabricação de acordo com o
código de projeto, conforme item
13.5.4.3.

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NR 13 – Implicações para os
Fabricantes
13.5.1.6. Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento
onde estiver instalado, a seguinte documentação devidamente
atualizada:
a) Prontuário do vaso de pressão a ser fornecido pelo fabricante,
contendo as seguintes informações:
• código de projeto e ano de edição;
• especificação dos materiais;
• procedimentos utilizados na fabricação, montagem e
inspeção final;
• metodologia para estabelecimento da PMTA;
• conjunto de desenhos e demais dados necessários para o
monitoramento da sua vida útil;
• pressão máxima de operação;
• registros documentais do teste hidrostático;
• características funcionais, atualizadas pelo empregador
sempre que alteradas as originais;
• dados dos dispositivos de segurança, atualizados pelo
empregador sempre que alterados os originais;
• ano de fabricação;
• categoria do vaso, atualizada pelo empregador sempre
que alterada a original;

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NR 13 – Implicações para os
Fabricantes
13.5.4.3. Os vasos de pressão devem obrigatoriamente ser
submetidos a Teste Hidrostático - TH em sua fase de
fabricação, com comprovação por meio de laudo assinado
por PH, e ter o valor da pressão de teste afixado em sua
placa de identificação.

13.5.4.3.1. Na falta de comprovação documental de que o


Teste Hidrostático - TH - tenha sido realizado na fase de
fabricação, se aplicará o disposto a seguir:
a) para equipamentos fabricados ou importados a
partir da vigência desta NR, o TH deve ser feito
durante a inspeção de segurança inicial;
b) para equipamentos em operação antes da vigência
desta NR, a critério do PH, o TH deve ser realizado
na próxima inspeção de segurança periódica.

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NR 13 – Implicações para os
Fabricantes
Após diversas deliberações, a CNTT
chegou à conclusão que uma parte
considerável dos vasos de pressão
fabricados no Brasil e importados não
atende aos códigos de construção.

Devido ao carácter legal da NR 13, não é


possível obrigar os fabricantes a possuírem
certificação e qualificação para construção
destes equipamentos.

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NR 13 – Implicações para os
Fabricantes
Reconhecendo que a certificação de
fabricantes nacionais e a obrigação de
aquisição de vasos importados de
fabricantes certificados é fundamental para
a segurança dos empregadores, o Grupo
do Governo da CNTT propôs a inclusão do
seguinte texto:

13.5.4.4. Os vasos de pressão categorias IV ou V de


fabricação em série, certificados pelo Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, que
possuam válvula de segurança calibrada de fábrica ficam
dispensados da inspeção inicial e da documentação
referida no item 13.5.1.6 c), desde que instalados de
acordo com as recomendações do fabricante.

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NR 13 – Implicações para os
Fabricantes
O novo texto da NR 13 alterou de forma
significativa o tratamento dos
equipamentos que estão desobrigados de
atender aos requisitos da norma.

Para estes equipamentos, o empregador


deverá ter um sistema de inspeção e
manutenção, baseado em norma ou
códigos nacionais e internacionais.

Caso o empregador não disponha de tal


sistema, os equipamentos deverão ser
enquadrados nos requisitos da norma.

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NR 13 – Implicações para os
Fabricantes
13.2.2. Os equipamentos abaixo referenciados devem ser
submetidos às inspeções previstas em códigos e normas
nacionais ou internacionais a eles relacionados, ficando
dispensados do cumprimento dos demais requisitos desta
NR:
a) recipientes transportáveis, vasos de pressão
destinados ao transporte de produtos, reservatórios
portáteis de fluido comprimido e extintores de
incêndio;
b) vasos de pressão destinados à ocupação humana;
c) vasos de pressão que façam parte integrante de pacote
de máquinas de fluido rotativas ou alternativas;
d) dutos;
e) fornos e serpentinas para troca térmica;
f) tanques e recipientes para armazenamento e
estocagem de fluidos não enquadrados em normas e
códigos de projeto relativos a vasos de pressão;

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NR 13 – Implicações para os
Fabricantes
g) vasos de pressão com diâmetro interno inferior a 150
mm (cento e cinquenta milímetros) para fluidos das
classes B, C e D, conforme especificado no item
13.5.1.2 (a);
h) trocadores de calor por placas corrugadas gaxetadas;
i) geradores de vapor não enquadrados em códigos de
vasos de pressão;
j) tubos de sistemas de instrumentação com diâmetro
nominal ≤ 12,7 mm (doze milímetros e sete décimos);
k) tubulações de redes públicas de tratamento e
distribuição de água e gás, e coleta de esgoto.

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NR 13 – Implicações para os
Fabricantes
O item 13.2.2 poderá fazer com que os
usuários dos equipamentos, cada vez mais,
cobrem dos fabricantes procedimentos para
a manutenção e a inspeção em serviço.

Certamente haverá uma demanda de


solicitações sobre melhorias nos manuais
de instalação e manutenção, principalmente
em equipamentos de fabricação seriada,
onde o fabricante é o principal responsável
por definir as características funcionais do
processo (exemplo: sistemas de ar
comprimido, tratamento de água etc..)

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
A certificação de fabricantes de caldeiras e
vasos de pressão é uma realidade na
maioria dos países industrializados.

Países como Austrália, Canadá, EUA,


Comunidade Europeia, Japão e China
exigem que as caldeiras e os vasos de
pressão a serem instalados nestes países
sejam fabricados por fabricantes
certificados de acordo com normas
nacionais para a construção destes
equipamentos.

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
O INMETRO , através do Programa
Brasileiro de Avaliação da Conformidade –
PBAC, priorizou a necessidade do Brasil
possuir um sistema de certificação para a
construção de caldeiras e vasos de
pressão.

Em 2007, Os vasos de pressão e caldeiras


entraram no Plano de Ação Quadrienal do
PBAC dos produtos que terão um
programa de avaliação da conformidade
certificado.
http://www.inmetro.gov.br/qualidade/pdf/agenda-regulatoria-RT-PAC.pdf

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
Esta certificação seria obrigatória para
todos os fabricantes nacionais e para os
fabricantes internacionais que quisessem
atender ao mercado brasileiro.

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
Em 2009, iniciaram-se os trabalhos de um
comitê técnico para elaborar o Programa
de Avaliação da Conformidade para
Caldeiras e Vasos de Pressão (PAC).

Em 2012, o PBAC decidiu iniciar o PAC


com as Caldeiras e Vasos de Pressão
fabricados de forma seriada.

O programa de certificação de Caldeiras e


Vasos fabricados de forma não seriada
será elaborado na sequencia da
implantação do seriado.

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos

A base normativa para o PAC foi fornecida


pela ABNT através das normas:

a) ABNT NBR ISO 16528:2008, Partes 1 e 2

b) ABNT NBR 16035, Partes 1 a 5

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
ISO 16528:2008 foi elaborada pelo TC-11 da
ISO em 2007 e foi aprovada como norma
brasileira (ABNT NBR ISO) pela
CE:04:11.07 em 2008, com a publicação
das seguintes normas:
a) ABNT NBR ISO 16528-1:2008, Caldeiras
e vasos de pressão – Parte 1:
Requisitos de desempenho
b) ABNT NBR ISO 16528-2:2008, Caldeiras
e vasos de pressão – Parte 2:
Procedimentos para atendimento
integral da ABNT NBR ISO 16528-1

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
Após discussões entre a CE:04:11.07 e o
INMETRO, foi proposta a elaboração de um
conjunto de normas nacionais que fariam
um “ponte” entre os requisitos da ABNT
NBR ISO 16528 e os principais códigos e
normas de construção de caldeiras e
vasos de pressão utilizados no Brasil.

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
Baseando-se nas tabelas de conformidade
emitidas pelos principais organismos
normativos (ASME, CE, JIS, AS, AD), a
CE:04:11.07 elaborou o conjunto de
normas ABNT NBR 16035, Caldeiras e
vasos de pressão — Requisitos mínimos
para a construção.

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
a) ABNT NBR 16035-1:2012 Ed 2, Parte 1:
Geral
b) ABNT NBR 16035-2:2012 Ed 2, Parte 2:
Conforme ASME Code, Section I
c) ABNT NBR 16035-3:2012 Ed 2, Parte 3:
Conforme ASME Code, Section VIII,
Division 1
d) ABNT NBR 16035-4:2013 ,Parte 4:
Conforme ASME Code, Section VIII,
Division 2
e) ABNT NBR 16035-5:2013 , Parte 5: Vasos
de pressão não sujeitos a chama –
Padrão europeu

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
Este trabalho continua com a elaboração da
Parte 6:

PN 04.011.07-010-6: Vasos de pressão não


sujeitos a chama – Padrão alemão

que é baseada na norma AD 2000 Merkblatt,

e com a revisão das partes já publicadas


para atender às novas edições dos códigos
ASME e para aumentar o acoplamento entre
ABNT NBR ISO 16528 e ABNT NBR 16035.

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
O modelo adotado pelo INMETRO para a
certificação dos fabricantes foi o Modelo 5,
baseado no Ensaio de Tipo, avaliação e
aprovação do Sistema de Gestão da
Qualidade do fabricante, acompanhamento
através de auditorias no fabricante e
ensaios em amostras retiradas no comércio
e/ou no fabricante.

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
O fabricante deverá contratar um
Organismo de Certificação de Produto
(OCP), que deverá atender aos requisitos
do Regulamento de Avaliação da
Conformidade para Caldeiras e Vasos de
Pressão de Produção Seriada (RAC):
12 RESPONSABILIDADES E OBRIGAÇÕES

12.1 O OCP deve utilizar especialistas em inspeção de


solda e em ensaios não destrutivos para auditoria em
soldas de equipamentos, em processos, em ensaios e
documentação de soldagem.

12.2 O OCP deve utilizar especialistas qualificados e com


experiência reconhecida de pelo menos 05 (cinco) anos
em Códigos de Construção de caldeiras e vasos de
pressão adotados pelo fabricante.
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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
De acordo com o Regulamento Técnico da
Qualidade para Caldeiras e Vasos de
Pressão de Produção Seriada (RTQ), o
fabricante deverá:
a) adotar um Código de Construção em
conformidade com a ABNT NBR ISO
16528-1;
b) qualificar o pessoal de inspeção de
acordo como Código de Construção
adotado, podendo ser por uma terceira
parte reconhecida competente, de
acordo com os critérios contidos na
norma técnica ABNT NBR NM ISO 9712,
ou pelo programa de qualidade do
fabricante; 26
INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
c) qualificar o pessoal para ensaios não
destrutivos (END) por uma terceira
parte reconhecida competente
(exemplo: ABENDI);
d) elaborar um Manual de Controle da
Construção (MCC) de acordo com o
código de construção para nortear todo
o processo de projeto, fabricação e
inspeção e teste dos equipamentos
fabricados (exemplo: ver Apêndice X do
ASME Code, Section VIII, Division 1).

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
− O início do PAC será com a publicação
dos Requisitos de Avaliação da
Conformidade (RAC) o qual está previsto
para o primeiro trimestre 2014.

− A RAC entrará em vigor na data de sua


publicação no Diário Oficial da União.

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INMETRO – PAC para
Caldeiras e Vasos
− A obrigatoriedade do cumprimento da
RAC será conforme a seguir:
1. Fabricação e importação - 24 (vinte e
quatro) meses, contados da data de
publicação da RAC.
2. Comercialização por parte dos
fabricantes e importadores – 06 (seis)
meses, contados do término do prazo
estabelecido no item 1.
3. Comercialização no mercado
nacional - a partir de 42 (quarenta e
dois) meses, contados da data de
publicação da RAC.

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Conclusão

Obrigado!

Perguntas?

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