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GARANTIA FÍSICA
DE ENERGIA
Usinas Hidrelétricas da
Eletrobras Despachadas
Centralizadamente
Alcançadas pela
Lei 14.182/2021
Agosto de 2021
g
CÁLCULO DE MONTANTE DE
GARANTIA FÍSICA DE ENERGIA
GOVERNO FEDERAL
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
MME/SPE
Secretária Executiva
Marisete Fátima Dadald Pereira
Secretário de Planejamento e
Desenvolvimento Energético
Paulo Cesar Magalhães Domingues
Escritório Central
Praça Pio X, 54 – 5º Andar
20091-040 - Rio de Janeiro – RJ
No EPE-DEE-RE-086/2021-r0
Data: 19 de agosto de 2021
Histórico de Revisões
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 9
1. Metodologia de cálculo de garantia física de Usinas Hidrelétricas .............. 10
2. Caso Base para o cálculo das garantias físicas das UHEs Eletrobras .......... 11
3. Caso de Cálculo das garantias físicas das UHEs Eletrobras ............................ 16
4. Cálculo da Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas ................... 19
5. Resumo dos Resultados ............................................................................................... 21
Anexo 1 – Configuração Hidrotérmica de Referência ............................................... 23
Anexo 2 – Dados Energéticos da UHE Furnas .............................................................. 27
Anexo 3 – Dados Energéticos da UHE Mascarenhas de Moraes ............................ 30
Anexo 4 – Dados Energéticos da UHE Estreito ............................................................ 34
Anexo 5 – Dados Energéticos da UHE Porto Colômbia ............................................. 37
Anexo 6 – Dados Energéticos da UHE Marimbondo .................................................. 40
Anexo 7 – Dados Energéticos da UHE Corumbá I ...................................................... 43
Anexo 8 – Dados Energéticos da UHE Itumbiara ....................................................... 46
Anexo 9 – Dados Energéticos da UHE Funil (Paraíba do Sul) ................................ 49
Anexo 10 – Dados Energéticos da UHE Sobradinho .................................................. 52
Anexo 11 – Dados Energéticos da UHE Itaparica ....................................................... 55
Anexo 12 – Dados Energéticos do Complexo Paulo Afonso Moxotó ................... 58
Anexo 13 – Dados Energéticos da UHE Xingó.............................................................. 61
Anexo 14 – Dados Energéticos da UHE Boa Esperança ............................................ 64
Anexo 15 – Dados Energéticos da UHE Curuá-Una.................................................... 67
Anexo 16 – Dados Energéticos da UHE Tucuruí .......................................................... 70
Anexo 17 – Dados Energéticos da UHE Coaracy Nunes ........................................... 73
Apêndice 1 – Resultados obtidos no cálculo dos parâmetros médios ................ 76
1 Ajustes das Curvas Colinas das Turbinas ........................................................................... 76
2 Cálculo do Rendimento Médio do Conjunto Turbina-Gerador ......................................... 77
3 Cálculo da Perda Hidráulica Média .................................................................................... 87
Apêndice 2 – Análise dos resultados ............................................................................... 88
1 Comparação dos resultados com as garantias físicas vigentes........................................... 88
1.1 Análise de energia firme ..........................................................................................................88
1.1.1 UHE Furnas ......................................................................................................................................... 90
1.1.2 UHE Mascarenhas de Moraes ............................................................................................................. 92
1.1.3 UHE Estreito ....................................................................................................................................... 93
1.1.4 UHE Porto Colômbia .......................................................................................................................... 94
1.1.5 UHE Marimbondo ............................................................................................................................... 95
A presente Nota Técnica registra os estudos efetuados pela Empresa de Pesquisa Energética
- EPE, em conformidade com a regulamentação vigente, para o cálculo da garantia física de
energia das usinas hidrelétricas despachadas centralizadamente das Centrais Elétricas
Brasileiras S.A. – Eletrobras alcançadas pela Lei 14.182, de 12 de julho de 2021, que dispõe
sobre a desestatização da empresa Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras).
A solicitação de cálculo de garantia física em questão foi encaminhada à EPE por meio do
Ofício nº 41/2021/DPE/SPE-MME, de 22 de março de 2021, no contexto do processo de
desestatização da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras, condicionada à outorga de
nova concessão de geração de energia elétrica. O Ofício faz referência às usinas Boa
Esperança, Apolônio Sales, Paulo Afonso I, Paulo Afonso II, Paulo Afonso III, Paulo Afonso IV,
Luiz Gonzaga (Itaparica), Xingó, Sobradinho, Coaracy Nunes, Tucuruí, Corumbá I, Estreito
(Luís Carlos B. de Carvalho), Funil (Paraíba do Sul), Furnas, Marimbondo, Porto Colômbia e
Itumbiara, relacionadas no Despacho ASSEC 0481195, de 05 de março de 2021. O Despacho
ASSEC 0505928, de 20 de maio de 2021, adicionou a UHE Mascarenhas de Moraes; e o Ofício-
Circular nº 8/2021/DPE/SPE-MME, de 05 de agosto de 2021, incluiu a UHE Curuá-Una no rol
de usinas.
Nesta Nota Técnica, será realizado o cálculo de garantia física para a parcela existente em
operação comercial da UHE Curuá-Una. O cálculo da parcela de ampliação, aprovada pelo
Despacho ANEEL nº 2.841, de 24 de julho de 2014, com redação alterada pelo Despacho n°
2.730, de 19 de agosto de 2015, será objeto de outra Nota Técnica.
Ressalta-se que o cálculo da garantia física dos empreendimentos foi efetuado segundo a
metodologia prevista na Portaria MME nº 101, de 22 de março de 2016, considerando as
premissas gerais dispostas na Portaria MME nº 74, de 02 de março de 20201.
1
Com alterações da Portaria MME nº 4, de 5 de março de 2021, e da Portaria MME nº 21, de 18 de agosto de 2021.
A garantia física de energia do Sistema Interligado Nacional – SIN pode ser definida como
aquela correspondente à máxima quantidade de energia que este sistema pode suprir a um
dado critério de garantia de suprimento. Esta quantidade de energia pode, então, ser rateada
entre todos os empreendimentos de geração que constituem o sistema. O valor assim atribuído
pelo rateio a cada empreendimento constitui-se em sua garantia física, que é o lastro físico
daqueles empreendimentos com vistas à comercialização de energia via contratos.
Consoante a Lei n° 10.848, de 15 de março de 2004, Art. 1°, §7°, “o CNPE proporá critérios
gerais de garantia de suprimento, a serem considerados no cálculo das garantias físicas e em
outros respaldos físicos para a contratação de energia elétrica, incluindo importação”. E,
segundo o Decreto 5.163 de 30 de junho de 2004, Art. 4°, §2°, “O MME, mediante critérios
de garantia de suprimento propostos pelo CNPE, disciplinará a forma de cálculo da garantia
física dos empreendimentos de geração, a ser efetuado pela Empresa de Pesquisa Energética
– EPE, mediante critérios gerais de garantia de suprimento”.
Esta nova redação do item 1.2 do Anexo se refere à adequação do processo de convergência
da carga crítica em virtude da definição pelo CNPE do novo critério de garantia de suprimento,
conforme Resolução CNPE nº 29/2019. Os limites máximos e níveis de confiança para cada
uma das métricas que devem ser utilizados na aplicação do critério de garantia de suprimento
foram definidos na Portaria MME nº 59/2020.
Cabe ressaltar que, segundo previsto na Portaria MME nº 101/2016, a garantia física é
determinada na barra de saída do gerador, não sendo considerados nesses montantes os
consumos internos das usinas hidrelétricas despachadas centralizadamente, nem as perdas
elétricas (na rede básica e até o centro de gravidade do submercado no qual a usina esteja
localizada).
A Portaria MME nº 74, de 2 de março de 20202, apresenta as premissas que devem ser
empregadas no cálculo da garantia física de energia de UHE e UTE despachadas
centralizadamente pelo ONS.
O detalhamento das premissas consideradas no Caso Base para o cálculo das garantias físicas
das UHEs da Eletrobras é apresentado a seguir.
o NEWAVE - Versão 27
Proporcionalidade da carga: prevista para o ano 2026, segundo Plano Decenal de Expansão
de Energia 2030 (PDE 2030), conforme tabela a seguir:
Sazonalidade da carga: prevista para o ano 2026, segundo o PDE 2030, conforme tabela
a seguir:
Sudeste 1.030554 1.046563 1.063688 1.001864 0.965339 0.950804 0.948782 0.971384 0.996303 1.016525 1.001948 1.006246
Sul 1.066290 1.047162 1.110631 0.974532 0.956649 0.960900 0.971380 0.971380 0.960460 0.976071 0.996372 1.008172
Nordeste 1.012918 1.013588 1.031905 1.016567 0.994081 0.968765 0.951565 0.962064 0.985518 1.012546 1.024534 1.025948
Norte 0.977742 0.987887 1.005506 1.007775 1.001769 0.967865 0.973738 1.020322 1.031535 1.018587 1.013248 0.994027
SIN 1.028788 1.035906 1.060979 1.000265 0.971925 0.956981 0.955275 0.974327 0.991794 1.009334 1.005750 1.008676
2
Com alterações da Portaria MME nº 4, de 5 de março de 2021, e da Portaria MME nº 21, de 18 de agosto de 2021. Esta última
atualizou os volumes mínimos operativos (VminOp) e incluiu a consideração das Regras de Operação do Rio São Francisco.
o Simulação da bacia do rio Paraíba do Sul com regras especiais, considerando a UHE
Simplício como usina de acoplamento hidráulico. Foi considerado o arquivo default
com os dados da bacia do rio Paraíba do Sul;
o Uso do reservatório a fio d’água da UHE Belo Monte para atendimento à vazão
mínima. Foi considerado o compartilhamento do reservatório com a UHE Belo
Monte Complementar;
Para as usinas hidrelétricas com mais de sessenta meses de operação comercial após
completa motorização4, foram considerados os valores de TEIF e IP apurados pelo ONS
(referência: PMO maio/2021). Para as demais usinas hidrelétricas, foram considerados os
seguintes índices, estabelecidos na Portaria MME nº 484, de 11 de setembro de 2014,
conforme redação da Portaria MME nº 248, de 02 de junho de 2015:
3
Estabelecidas na Resolução ANA nº 2021, de 04 de dezembro de 2017.
4
Data de referência: completa motorização em 31/12/2015.
Para as usinas que apresentam mais de um conjunto de máquinas com potências unitárias
em diferentes faixas da tabela acima, utilizou-se a média dos índices ponderada pela
potência total de cada conjunto.
CME: foi utilizado o Custo Marginal de Expansão definido em 187,46 R$/MWh na Nota
5
Conforme redação da Portaria nº 248, de 2 de junho de 2015.
6
De acordo com a Resolução ANEEL nº 614, de 03 de junho de 2014.
Penalidade por não atendimento ao desvio de água para outros usos: metodologia
estabelecida na Portaria nº 74/GM/2020.
(ii) Alteração da potência das UHEs Barra Bonita, A. Souza Lima, Ibitinga, Itaúba,
Candonga, Teles Pires, Ourinhos e Espora para os valores de potência outorgada
constantes do Sistema de Informações de Geração da ANEEL (SIGA), e vazões
7
O PDE 2030 foi aprovado por meio da Portaria MME nº 2/GM/2021, de 25 de fevereiro de 2021.
(iii) Além disso, de forma a viabilizar o cálculo de garantia física da UHE Curuá-Una
para a configuração existente em operação comercial, foi removida a ampliação
aprovada pelo Despacho ANEEL nº 2.841, de 24 de julho de 2014, com redação
alterada pelo Despacho n° 2.730, de 19 de agosto de 2015.
(ii) Atualização dos Custos Variáveis Unitários (CVU) conforme o PMO de julho de
2021.
A partir do Caso Base apresentado no capítulo 2, foi obtido o Caso de Cálculo das garantias
físicas das UHEs da Eletrobras, que incorpora as seguintes atualizações nas usinas que terão
suas garantias físicas calculadas nesta Nota Técnica:
8
Nas usinas cujo polinômio vazão nível de jusante ajustado pelo GTDP foi incorporado neste cálculo de garantia física, o flag de
influência do vertimento no canal de fuga foi alterado no arquivo HIDR.DAT para 1, visto que os polinômios ajustados no âmbito do
GTDP foram calculados levando-se em consideração a influência do vertimento no canal de fuga. O referido flag é lido pelo modelo
SUISHI para cálculo do canal de fuga.
9
A atualização dos dados cadastrais para o cálculo da produtibilidade de usinas hidrelétricas proposta no “Ciclo 1” do GTDP foi
autorizada no âmbito do planejamento e da programação da operação eletroenergética e formação do preço de curto prazo pelo
Despacho ANEEL nº 3.328, de 28 de novembro de 2019.
Sendo
Quni: vazão turbinada unitária (m3/s) no período.
Como resultado, foi obtido o valor de 90.710 MWmed para a carga crítica do SIN para o Caso
Base e 90.795 MWmed para o Caso de Cálculo. Com relação ao bloco térmico e ao bloco
hidráulico, os valores resultantes podem ser observados na tabela a seguir.
Os resultados do CVaR1% da energia não suprida, do CMO médio e do CVaR10% do CMO podem
ser encontrados nas tabelas abaixo.
CVaR10%CMO (R$/MWh)
Jan Fev Marc Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
SE/CO 650,21 682,03 691,34 647,13 646,32 674,14 696,32 717,52 723,95 761,91 783,68 685,72
S 650,22 682,04 691,35 647,13 646,33 674,14 696,33 717,52 723,95 761,91 783,68 685,72
NE 650,21 682,03 691,34 647,13 646,32 674,13 696,32 717,52 723,95 761,91 783,68 685,71
N 650,21 682,03 691,34 647,13 646,32 674,13 696,32 717,52 723,95 761,91 783,68 685,71
CVaR10%CMO (R$/MWh)
Jan Fev Marc Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
SE/CO 631,55 672,86 697,34 662,28 654,89 677,38 693,37 720,62 724,39 752,40 787,94 671,87
S 631,56 672,86 697,35 662,29 654,89 677,39 693,37 720,62 724,39 752,40 787,94 671,88
NE 631,55 672,86 697,34 662,28 654,88 677,38 693,37 720,61 724,38 752,40 787,93 671,87
N 631,55 672,85 697,34 662,28 654,88 677,38 693,37 720,62 724,39 752,40 787,93 671,87
As energias firmes das usinas hidrelétricas foram obtidas por simulação com o modelo SUISHI
em sua versão 15. A energia firme total do sistema hidráulico resultou em 53.952,086 MWmed
no Caso Base e em 54.003,352 MWmed no Caso de Cálculo.
A garantia física de cada usina é obtida - no Caso de Cálculo - pela repartição do bloco
hidráulico, proporcionalmente a sua energia firme, conforme tabela a seguir:
A seguir é apresentado um resumo dos resultados obtidos nos cálculos da garantia física de
energia:
Mascarenhas
UHE.PH.MG.002038-9.01 Grande MG 476,0 299,315 299,8 - 299,8
de Moraes
Estreito
(Luís Carlos
UHE.PH.SP.000917-2.01 Grande SP/MG 1.050,0 496,387 497,2 - 497,2
B. de
Carvalho)
Porto
UHE.PH.MG.002117-2.01 Grande MG/SP 320,0 205,057 205,4 - 205,4
Colômbia
Paraíba
UHE.PH.RJ.027118-7.01 Funil RJ 216,0 102,236 102,4 - 102,4
do Sul
São
UHE.PH.BA.002755-3.01 Sobradinho BA 1.050,3 456,708 457,5 - 457,5
Francisco
Luiz
São
UHE.PH.PE.001174-6.01 Gonzaga BA/PE 1.479,6 725,812 727,0 - 727,0
Francisco
(Itaparica)
Apolônio
UHE.PH.AL.001510-5.01 AL -
Sales
Paulo
UHE.PH.BA.002012-5.01 -
Afonso I
Paulo São
UHE.PH.BA.027048-2.01 4.279,6 1.656,082 1.658,8 - 1.658,8
Afonso II Francisco
BA
Paulo
UHE.PH.BA.027049-0.01 -
Afonso III
Paulo
UHE.PH.BA.027050-4.01 -
Afonso IV
São
UHE.PH.SE.027053-9.01 Xingó SE/AL 3.162,0 1.726,968 1.729,8 - 1.729,8
Francisco
Boa
UHE.PH.PI.000267-4.01 Parnaíba PI/MA 237,3 135,995 136,2 - 136,2
Esperança
Curuá-
UHE.PH.PA.027130-6.01 Curuá-Una11 PA 30,3 25,789 25,8 - 25,8
Una
Coaracy
UHE.PH.AP.000783-8.01 Araguari AP 78,0 62,139 62,2 - 62,2
Nunes
10
Potência outorgada, registrada no Sistema de Informações de Geração da ANEEL – SIGA, conforme entendimento da ANEEL
registrado no Ofício nº 1089/2021/DEE/EPE.
11
Este cálculo se refere apenas às três unidades geradoras em operação comecial, sem a ampliação aprovada pelo Despacho ANEEL
nº 2.841, de 24 de julho de 2014, com redação alterada pelo Despacho n° 2.730, de 19 de agosto de 2015.
Potência Disponibilidade
Fcmax TEIF IP Inflexibilidade CVU
Usina Subsistema Combustível Efetiva máxima
(%) (%) (%) (MWmed) (R$/MWh)
(MW) (MWmed)
12
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
13
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
Horizonte Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2026 -5,17 -4,99 -10,00 -15,52 -6,56 -17,43 -17,70 -14,46 -16,35 -5,15 -10,60 -5,01
14
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
15
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel,
16
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
17
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
A0 A1 A2 A3 A4
PVC 6,225000E+02 0,000000E+00 0,000000E+00 0,000000E+00 0,000000E+00
PCA 4,653000E+01 0,000000E+00 0,000000E+00 0,000000E+00 0,000000E+00
18
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
19
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
20
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
21
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
22
Vazão mínima defluente sazonal igual a 312 m³/s de março a outubro e 330 m³/s de novembro a fevereiro.
23
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
24
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
25
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
26
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
27
Queda líquida no ponto nominal de operação obtida da curva colina.
28
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
29
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
30
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
31
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
32
Conforme Resolução ANA nº 2.081/2017, a vazão mínima defluente varia de acordo com a faixa de operação em que o
reservatório da usina se encontra: 800 m³/s nas faixas normal e de atenção e 700 m³/s na faixa de restrição.
33
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
34
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
35
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
36
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
37
Foi utilizado como fator de conversão o valor de 0,00981.
38
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
39
Conforme Resolução ANA nº 2.081/2017, a vazão mínima defluente varia de acordo com a faixa de operação em que o
reservatório da UHE Sobradinho se encontra: 1.100 m³/s na faixa normal, 800 m³/s na faixa de atenção e 700 m³/s na faixa de
restrição.
40
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
41
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
Horizonte Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2026 -0,63 -0,73 -0,73 -1,77 -7,54 -9,69 -10,02 -11,46 -11,49 -7,23 -2,64 -1,17
42
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
43
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
Horizonte Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2026 -0,70 -0,70 -0,70 -0,70 -0,70 -0,70 -0,75 -0,81 -0,84 -0,84 -0,77 -0,71
44
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
45
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
46
Para a UHE Tucuruí, na simulação NEWAVE são considerados valores de canal de fuga médio mensais.
47
Foi utilizado como fator de conversão a aceleração da gravidade e a massa específica do local.
48
Canal de fuga médio obtido por simulação com o modelo SUISHI, conforme arquivo de saída CANFUG.rel.
Horizonte Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2026 -0,03 -0,03 -0,03 -0,03 -0,03 -0,03 -0,03 -0,03 -0,03 -0,03 -0,03 -0,03
O objetivo desta seção é subsidiar a análise das reduções e dos aumentos significativos da
garantia física obtida nesta Nota Técnica em relação ao valor vigente. A ideia não é reproduzir
com exatidão todas as alterações responsáveis pela variação da garantia física, até porque
desde a revisão ordinária houve mudança de versão tanto do modelo Newave quanto do
SUISHI e também mudança de configuração hidrotérmica, de sazonalidade e
51
Os montantes de garantia física vigentes destas usinas foram definidos em Revisão Ordinária de Garantia Física pela Portaria nº
178, de 3 de maio de 2017, à exceção do montante de Coaracy Nunes, definido pela Portaria nº 185, de 27 de dezembro de 2012.
Para grande parte das usinas, foi considerado o valor de energia firme (EF) de sua
configuração de cálculo de GF vigente: Configuração de Referência (CR) ou Configuração
Específica (CE) da Revisão Ordinária de Garantias Físicas (ROGF). Apenas para a UHE Coaracy
Nunes, foi utilizado o valor de EF referente ao cálculo de garantia física para o Sistema Isolado,
detalhado na nota técnica EPE-DEE-RE-098-2012_r0.
Foi necessário o uso de alguns casos intermediários de forma a ter uma maior sensibilidade
do impacto que cada atualização gerou na energia firme de cada usina. A seguir, estão
descritos os casos intermediários utilizados nessa avaliação:
Caso Base (CB): é o Caso Base descrito no item 2 desta Nota Técnica;
CB_PVNJ: é o Caso Base com os PVNJ obtidos pelo GTDP no Ciclo 2 e empregados no
Caso de Cálculo, descrito no item 3 desta Nota Técnica. A influência do vertimento no
canal de fuga foi considerada para as usinas Coaracy Nunes e Complexo Paulo Afonso-
Moxotó. As outras usinas da Eletrobras já estavam considerando esta influência do
vertimento no canal de fuga.
CB_UC ROGF: é o Caso Base com os valores de usos consuntivos da ROGF para as
seguintes usinas da bacia do Rio São Francisco: Retiro Baixo, Três Marias, Sobradinho,
Itaparica, Complexo Paulo Afonso-Moxotó e Xingó.
CB_semSF: é o Caso Base sem considerar as regras de operação do Rio São Francisco.
Os valores de vazão mínima para Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Complexo Paulo-
Afonso Moxotó e Xingó foram alterados para os valores pré Resolução ANA 2081/2017,
a saber, 420 m3/s para Três Marias e 1300 m3/s para as demais, exceto para o
Complexo, para o qual é considerado o valor mínimo do histórico.
52
Nesta Configuração Específica, foram consideradas as características técnicas pré- revisão extraordinária da UHE
Curuá-Una, isto é, só a parcela existente, sem a ampliação. Essa CR foi considerada por conter os valores de TEIF e
IP referentes à parcela existente da UHE Curuá-Una.
Para a UHE Furnas, observa-se ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo, conforme
Figura 25.
Figura 25 – UHE Furnas - Energia Firme: ROGF x Caso Base X Caso de Cálculo
O ganho de EF entre o Caso Base e o Caso de Cálculo pode ser explicado por: aumento de
RTGmed, redução da PHmed e atualização do PVNJ. O ganho da atualização do PVNJ é
marginal.
O ganho de EF entre a ROGF e o Caso Base pode ser explicado pelo aumento significativo de
disponibilidade da UHE Furnas, de 72,6% para 96,5% entre a ROGF e o Caso Base. Ao se
considerar no Caso Base os valores de disponibilidade utilizados na ROGF, observa-se, na Figura
26, que o valor de EF obtido é muito próximo do valor da ROGF.
Portanto, o ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo pode ser explicado pelo aumento
significativo de disponibilidade e de RTGmed, pela redução da PHmed e pela atualização do
PVNJ.
Figura 27 – UHE Mascarenhas de Moraes - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
O ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo pode ser explicado pelo aumento de RTGmed,
que compensa a redução de EF entre a ROGF e o Caso Base e a ligeira redução de EF
decorrente da atualização do PVNJ.
Portanto, o ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo pode ser explicado pelo aumento
de RTGmed.
Para a UHE Estreito, observa-se redução de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo, conforme
Figura 28.
Figura 28 – UHE Estreito - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
A atualização do PVNJ no Caso Base resultou em redução de EF. Por outro lado, o aumento
de RTGmed resultou em aumento de EF (do caso CB_PVNJ para o Caso de Cálculo), mas não
o suficiente para compensar a redução referente à atualização do PVNJ e as atualizações entre
a ROGF e o Caso Base.
Portanto, a redução de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo pode ser explicada pela
atualização do PVNJ e pela redução de EF entre a ROGF e o Caso Base.
Para a UHE Porto Colômbia, observa-se ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo,
conforme Figura 29.
Figura 29 – UHE Porto Colômbia - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
Parte da redução de EF da ROGF para o Caso Base se justifica pela redução de disponibilidade,
de 90,3% para 85,2%, conforme pode ser visto na Figura 30, pois ao se considerar o valor de
disponibilidade da ROGF no Caso Base, o valor de EF se aproxima do valor de EF da ROGF.
Portanto, o ganho de EF da ROGF para o Caso de Cálculo pode ser explicado pela atualização
do PVNJ, pelo aumento de RTGmed e pela redução da PHmed.
Para a UHE Marimbondo, observa-se ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo, conforme
Figura 31.
Figura 31 – UHE Marimbondo - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
Portanto, o ganho de EF da ROGF para o Caso de Cálculo pode ser explicado pelo aumento de
RTGmed, pela redução da PHmed e pela atualização do PVNJ.
Para a UHE Corumbá I, não se observa variação de EF significativa entre a ROGF e o Caso de
Cálculo, conforme Figura 32.
Figura 32 – UHE Corumbá I- Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
A redução de EF entre o Caso Base e o Caso de Cálculo pode ser explicada pela atualização
do PVNJ, que compensa o ganho de EF resultante da redução de PHmed.
O aumento de EF entre ROGF e Caso Base pode ser explicado pelo fato de a EF da ROGF de
Corumbá I ter sido obtida a partir de uma configuração específica (CE_10 - que consiste na
exlusão de Corumbá III e Corumbá IV da configuração de referência - CR) resultando num
valor de EF de 220,542 MWmed, menor que o obtido na CR, de 224,157 MWmed. Portanto,
se a comparação fosse realizada entre CR e Caso Base, identificar-se-ia redução significativa
de EF.
Para a UHE Itumbiara, observa-se ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo, conforme
Figura 33.
Figura 33 – UHE Itumbiara - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
O ganho de EF da ROGF para o Caso Base se deve à atualização dos dados de Itumbiara no
Caso Base, conforme cálculo realizado no contexto de novo instrumento contratual, registrado
na Nota Técnica EPE-DEE-RE-007/2021–r053. Não houve publicação da garantia física obtida
na referida Nota Técnica, entretanto, os dados mais atualizados foram mantidos no Caso Base.
53
A solicitação de cálculo de garantia física em questão foi encaminhada à EPE por meio do Ofício nº
311/2020/DPE/SPE-MME, de 11 de dezembro de 2020.
Portanto, o ganho de EF entre a ROGF e o Caso Base é explicado pelo aumento de RTGmed
(de 90% para 93,4%).
Para a UHE Funil, observa-se ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo, conforme Figura
34.
Figura 34 – UHE Funil - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
O aumento de RTGmed resulta em ganho de EF, que compensa a redução de EF entre a ROGF
e o Caso Base. A atualização do PVNJ no Caso Base praticamente não impacta a EF.
Portanto, o ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo pode ser explicado pelo aumento
de RTGmed e atualização de PVNJ.
Para a UHE Sobradinho, observa-se redução de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo, conforme
Figura 35.
Figura 35 – UHE Sobradinho - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
A redução de EF entre o Caso Base e o Caso de Cálculo pode ser explicada pela atualização
do PVNJ; as demais atualizações resultam em redução marginal da EF.
Da ROGF para o Caso Base destacam-se as seguintes alterações nas usinas do Rio São
Francisco:
Aumento significativo (cerca de 76% no valor médio anual, de 2016 para 2026) dos
A redução de EF entre a ROGF e o Caso Base pode ser explicada pelas alterações supracitadas,
conforme Figura 36. Destaca-se que o aumento significativo dos valores de usos consuntivos
é o principal responsável pela redução de EF.
O efeito isolado do aumento significativo dos usos consuntivos pode ser observado no caso
“CB_UC ROGF”. O efeito isolado da não-consideração das regras de operação do rio São
Francisco pode ser observado no caso “CB_semSF”. O efeito acumulado das duas alterações
pode ser observado no caso “CB_semSF UC ROGF”.
Portanto, a redução de EF da ROGF e o Caso de Cálculo pode ser explicada pelo aumento
significativo dos valores de usos consuntivos à montante do reservatório, pela consideração
das regras de operação do São Francisco, pela atualização do PVNJ e pela redução de RTGmed.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 100
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
1.1.10 UHE Itaparica
Para a UHE Itaparica, observa-se redução de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo, conforme
Figura 37.
Figura 37 – UHE Itaparica - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
A redução de EF entre o Caso Base e o Caso de Cálculo pode ser explicado pela redução do
RTGmed; a atualização do PVNJ resulta em ganho marginal de EF.
Da ROGF para o Caso Base destacam-se as seguintes alterações nas usinas do Rio São
Francisco:
Aumento significativo (cerca de 76% no valor médio anual, de 2016 para 2026) dos
valores de usos consuntivos à montante dos reservatórios de Retiro Baixo, Três Marias,
Sobradinho, Complexo Paulo Afonso-Moxotó e Xingó. A base de dados de usos
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 101
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
consuntivos utilizada é a mesma da revisão ordinária, porém foi necessária uma
extrapolação dos usos acumulados de 2020 a 2026, aplicando uma taxa de crescimento
com base nos dois últimos anos com informação (2019 e 2020). Esta metodologia de
extrapolação é a mesma que vem sendo utilizada nos decks de garantia física
publicados pela EPE.
A redução de EF entre a ROGF e o Caso Base pode ser explicada pelas alterações supracitadas,
conforme Figura 38.
O efeito isolado do aumento significativo dos usos consuntivos pode ser observado no caso
“CB_UC ROGF”. O efeito isolado da não-consideração das regras de operação do rio São
Francisco pode ser observado no caso “CB_semSF”. O efeito acumulado das duas alterações
pode ser observado no caso “CB_semSF UC ROGF”.
Portanto, a redução de EF da ROGF e o Caso de Cálculo pode ser explicada pelo aumento
significativo dos valores de usos consuntivos à montante do reservatório, incluindo a
transposição em Itaparica, pela consideração das regras de operação do São Francisco e pela
redução de RTGmed.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 102
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
conforme Figura 39.
Figura 39 – Complexo PAF-Moxotó - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
O ganho de EF entre o Caso Base e o Caso de Cálculo pode ser explicado pela atualização do
PVNJ, única alteração de dados realizado nesta usina.
Da ROGF para o Caso Base destacam-se as seguintes alterações nas usinas do Rio São
Francisco:
Aumento significativo (cerca de 76% no valor médio anual, de 2016 para 2026) dos
valores de usos consuntivos à montante dos reservatórios de Retiro Baixo, Três Marias,
Sobradinho, Complexo Paulo Afonso-Moxotó e Xingó. A base de dados de usos
consuntivos utilizada é a mesma da revisão ordinária, porém foi necessária uma
extrapolação dos usos acumulados de 2020 a 2026, aplicando uma taxa de crescimento
com base nos dois últimos anos com informação (2019 e 2020). Esta metodologia de
extrapolação é a mesma que vem sendo utilizada nos decks de garantia física
publicados pela EPE.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 103
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
de Itaparica (26,40 m3/s conforme Resolução ANA no 411, de 22 de setembro de 2005),
resultando num aumento de 108% no valor médio anual de 2016 para 2026.
A redução de EF entre a ROGF e o Caso Base pode ser explicada pelas alterações supracitadas,
conforme Figura 40.
O efeito isolado do aumento significativo dos usos consuntivos pode ser observado no caso
“CB_UC ROGF”. O efeito isolado da não-consideração das regras de operação do rio São
Francisco pode ser observado no caso “CB_semSF”. O efeito acumulado das duas alterações
pode ser observado no caso “CB_semSF UC ROGF”.
Portanto, a redução de EF da ROGF e o Caso de Cálculo pode ser explicada pelo aumento
significativo dos valores de usos consuntivos à montante do reservatório, incluindo a
transposição em Itaparica, e pela consideração das regras de operação do São Francisco.
Para a UHE Xingó, observa-se redução de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo, conforme
Figura 41.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 104
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
Figura 41 – Xingó - Energia Firme: ROGF x Caso Base X Caso de Cálculo
O ganho de EF entre o Caso Base e o Caso de Cálculo pode ser explicado pela redução da
PHmed e a nova operação da cascata, que compensam a redução de EF resultante da
atualização do PVNJ.
Da ROGF para o Caso Base destacam-se as seguintes alterações nas usinas do rio São
Francisco:
Aumento significativo (cerca de 76% no valor médio anual, de 2016 para 2026) dos
valores de usos consuntivos à montante dos reservatórios de Retiro Baixo, Três Marias,
Sobradinho, Complexo Paulo Afonso-Moxotó e Xingó. A base de dados de usos
consuntivos utilizada é a mesma da revisão ordinária, porém foi necessária uma
extrapolação dos usos acumulados de 2020 a 2026, aplicando uma taxa de crescimento
com base nos dois últimos anos com informação (2019 e 2020). Esta metodologia de
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 105
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
extrapolação é a mesma que vem sendo utilizada nos decks de garantia física
publicados pela EPE.
A redução de EF entre a ROGF e o Caso Base pode ser explicada pelas alterações supracitadas,
conforme Figura 42.
Figura 42 – UHE Xingó - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
O efeito isolado do aumento significativo dos usos consuntivos pode ser observado no caso
“CB_UC ROGF”. O efeito isolado da não-consideração das regras de operação do rio São
Francisco pode ser observado no caso “CB_semSF”. O efeito acumulado das duas alterações
pode ser observado no caso “CB_semSF UC ROGF”.
Portanto, a redução de EF da ROGF e o Caso de Cálculo pode ser explicada pelo aumento
significativo dos valores de usos consuntivos à montante do reservatório, incluindo a
transposição em Itaparica, pela consideração das regras de operação do São Francisco e pela
atualização do PVNJ.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 106
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
1.1.13 UHE Boa Esperança
Para a UHE Boa Esperança, observa-se ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo,
conforme Figura 43.
Figura 43 – UHE Boa Esperança - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
O aumento de EF entre ROGF e Caso Base pode ser explicado pelo aumento de disponibilidade
de quase 12%, de 86,4% para 98,1%. Ao se considerar no Caso Base os valores de
disponibilidade utilizados na ROGF, observa-se, na Figura 44, que o valor de EF obtido é muito
próximo do valor da ROGF.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 107
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
Figura 44 – UHE Boa Esperança - Energia Firme: ROGF x Caso Base
Portanto, o ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo pode ser explicado pelo aumento
de disponibilidade e pela atualização do PVNJ.
Para a UHE Curuá-Una, observa-se ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo, conforme
Figura 45.
Figura 45 – UHE Curuá-Una - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
O ganho de EF do Caso Base para o Caso de Cálculo pode ser explicado por: aumento de
RTGmed, redução da PHmed e atualização do PVNJ.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 108
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
Aumento de RTGmed: de 88% para 90,2%;
O ganho de EF da ROGF para o Caso Base pode ser explicado pelo aumento de disponibilidade,
cerca de 1,3% (de 92,9% para 94,2%) e pelo aumento de potência de 30 MW para 30,3 MW.
Ao combinar as duas alterações no Caso Base, observa-se, na Figura 46, que o valor de EF se
aproxima do valor de EF da ROGF.
Portanto, o ganho de EF da ROGF para o Caso de Cálculo pode ser explicado por aumento de
RTGmed, redução da PHmed, atualização do PVNJ e aumento de disponibilidade e potência.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 109
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
1.1.15 UHE Tucuruí
Para a UHE Tucuruí, observa-se redução de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo, conforme
Figura 47.
Figura 47 – UHE Tucuruí - Energia Firme: ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
A redução de EF do Caso Base para o Caso de Cálculo pode ser explicada pelo aumento da
PHmed, que é superior ao ganho de EF decorrente da atualização do PVNJ. A operação de
toda a cascata à montante, assim como das demais usinas do Sistema, também impacta na
operação desta usina.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 110
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
A redução de EF da ROGF para o Caso Base pode ser explicada pela redução de disponibilidade
(de 91,7% para 90,9%), pelo desligamento da segunda casa de força de Tucuruí e pelo efeito
sinérgico de operação das demais usinas do Sistema, neste caso, evidenciado quando não são
consideradas as regras de operação do São Francisco.
Portanto, a redução de EF da ROGF para o Caso de Cálculo pode ser explicado por aumento
da PHmed, redução da disponibilidade, pela consideração do desligamento da segunda casa
de força de Tucuruí, aplicação das regras de operação do São Francisco.
Para a UHE Coaracy Nunes, observa-se ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálculo,
conforme Figura 49.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 111
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
Figura 49 – UHE Coaracy Nunes - ROGF x Caso Base x Caso de Cálculo
O ganho de EF do Caso Base para o Caso de Cálculo pode ser explicado pela atualização do
PVNJ que compensa a redução de EF decorrente do aumento da PHmed.
O ganho de EF da ROGF para o Caso Base pode ser explicado pelo aumento da disponibilidade,
em torno de 5% (de 91,8% para 97%) e pode ser observado na Figura 50.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 112
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
Portanto, o ganho de EF entre a ROGF e o Caso de Cálulo pode ser explicado por: atualização
do PVNJ e aumento da disponibilidade.
Este item trata das usinas para as quais a variação observada em energia firme não justifica
o comportamento na garantia física.
A UHE Estreito apresentou um aumento na garantia física em relação à vigente, mas sua
energia firme reduziu ao comparar o caso da revisão ordinária com o caso de cálculo.
Ao avaliar a relação entre o bloco hidráulico (BH) e a energia firme do sistema (EF SIN),
observa-se que houve um aumento dessa relação. Como a garantia física é obtida pelo produto
da energia firme pela relação BH/EF SIN, mesmo com a redução da energia firme, há um
acréscimo no valor da garantia física devido ao aumento mais significativo desta relação BH/EF
SIN. Esta comparação está resumida no gráfico a seguir:
Outra usina que teve o mesmo comportamento foi a UHE Corumbá I, como pode ser
observado na figura a seguir:
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 113
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
Figura 52 – UHE Corumbá I - Garantia Física: ROGF x Caso de Cálculo
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 114
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
Decreto 2.655/1998. Portanto, estas usinas ainda possuem uma parcela a ser reduzida.
Isto pode ser observado na tabela a seguir, que apresenta a diferença da garantia física
calculada nesta nota técnica (GF Caso de Cálculo) com as garantias físicas calculadas na
revisão ordinária, tanto sem a aplicação da limitação do Decreto 2.655/1998 (GF ROGF pré-
limitação) quanto com a aplicação deste limite (GF ROGF Final).
GF GF GF Caso de cálculo –
GF ROGF GF Caso de cálculo -
Usina ROGF Caso de GF ROGF pré-
pré-limitação GF ROGF Final
Final cálculo limitação
Ao calcular a diferença entre a garantia desta nota técnica com a garantia física final da revisão
ordinária, realmente observa-se uma redução deste valor. No entanto, caso a diferença fosse
calculada com a garantia física da revisão ordinária sem a aplicação do limite de 5%, esta
diferença passaria a ser positiva, alinhada com o ganho de energia firme.
A tabela a seguir destaca as principais alterações que justificam as diferenças obtidas entre a
garantia física calculada em relação à vigente:
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 115
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
Garantia Física
Usina Calculada Principais atualizações
(MWmed)
GF vigente limitada em 5% na ROGF
Funil (no Rio Redução da potência instalada de 222 para 216 MW
102,4
Paraíba do Sul) GF vigente limitada em 5% na ROGF
Regras do São Francisco
Aumento significativo dos valores de usos consuntivos
Sobradinho 457,5
Atualização do PVNJ
Redução do rendimento médio do conjunto turbina-gerador
Regras do São Francisco
Luiz Gonzaga Transposição do São Francisco em Itaparica
727,0
(Itaparica) Aumento significativo dos valores de usos consuntivos
Redução do rendimento médio do conjunto turbina-gerador
Regras do São Francisco
Complexo Paulo
1 658,8 Transposição do São Francisco em Itaparica
Afonso Moxotó
Aumento significativo dos valores de usos consuntivos
Regras do São Francisco
Transposição do São Francisco em Itaparica
Xingó 1 729,8
Aumento significativo dos valores de usos consuntivos
Atualização do PVNJ
Boa Esperança Aumento de disponibilidade
136,2
(Castelo Branco) Atualização do PVNJ
Pequeno aumento de disponibilidade
Pequeno aumento de potência
Curuá-Una 25,8 Atualização do PVNJ
Aumento do rendimento médio do conjunto turbina-gerador
Redução da perda hidráulica média
Desligamento da 2ª casa de força
Regras do São Francisco
Tucuruí 3 995,5
Pequena redução de disponibilidade
Aumento da perda hidráulica média
Redução da proporção BH/EF SIN quando comparado ao deck de
Coaracy Nunes 62,2
cálculo da GF vigente54
54
Portaria nº 185, de 27 de dezembro de 2012
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 116
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021
2 Comparação entre resultados de cálculo e revisão
Na tabela a seguir, avaliam-se quais seriam os valores de garantia física caso os cálculos aqui
realizados fossem considerados como uma revisão de garantia física, ou seja, sujeitos aos
limites de redução estabelecidos pelo Decreto nº 2.655, de 2 de julho de 1998.
Observa-se, para as usinas Funil (no Paraíba do Sul), Sobradinho, Luiz Gonzaga (Itaparica),
Complexo Paulo Afonso Moxotó e Xingó, que a redução de GF neste novo cálculo para novo
instrumento contratual é mais expressiva que a redução máxima permitida se este cálculo
fosse realizado dentro do período de concessão das usinas.
Onde:
Garantia Física de Base: valor de garantia física vigente no ato da assinatura do contrato de concessão. Não pode ser
reduzido em mais de 10% durante a vigência do contrato de concessão, conforme Decreto 2.655/1998;
Garantia Física Vigente: valor de garantia física vigente na data de emissão desta Nota Técnica. Não poderia ser
reduzido em mais de 5% em caso de revisão, conforme Decreto 2.655/1998;
Garantia Física Calculada: valor do novo cálculo de garantia física registrado nesta Nota Técnica;
Garantia Física “Revisada”: valor de garantia física caso os cálculos registrados nesta Nota Técnica fossem tratados
como uma revisão de garantia física, estando sujeitos aos limites de redução estabelecidos no Decreto 2.655/1998;
Diferença: Garantia Física Calculada menos Garantia Física “Revisada”.
55
Os montantes de garantia física vigentes destas usinas foram definidos em Revisão Ordinária de Garantia Física pela Portaria nº
178, de 3 de maio de 2017, à exceção do montante de Coaracy Nunes, definido pela Portaria nº 185, de 27 de dezembro de 2012.
EPE-DEE-RE-086/2021-r0 – Cálculo de Montante de Garantia Física de Energia das Usinas Hidrelétricas 117
da Eletrobras Alcançadas pela Lei 14.182/2021