Moacir nasceu no interior do Paraná e migrou para São Paulo com sua família na década de 1970 em busca de melhores oportunidades. Ele sempre trabalhou duro em vários empregos para sustentar sua família. Após se formar como técnico de enfermagem, Moacir conseguiu um emprego no Hospital Sírio-Libanês, onde trabalha há 14 anos na UTI Cardio, continuando a lutar para dar uma vida melhor para sua família.
Moacir nasceu no interior do Paraná e migrou para São Paulo com sua família na década de 1970 em busca de melhores oportunidades. Ele sempre trabalhou duro em vários empregos para sustentar sua família. Após se formar como técnico de enfermagem, Moacir conseguiu um emprego no Hospital Sírio-Libanês, onde trabalha há 14 anos na UTI Cardio, continuando a lutar para dar uma vida melhor para sua família.
Moacir nasceu no interior do Paraná e migrou para São Paulo com sua família na década de 1970 em busca de melhores oportunidades. Ele sempre trabalhou duro em vários empregos para sustentar sua família. Após se formar como técnico de enfermagem, Moacir conseguiu um emprego no Hospital Sírio-Libanês, onde trabalha há 14 anos na UTI Cardio, continuando a lutar para dar uma vida melhor para sua família.
Eu Moacir, para alguns Moa, para outros Rogério, para toda família sou o 14° de uma
lista de 15 filhos. Nasci no interior do Paraná e na década de 70 toda família migrou
para São Paulo em busca de dias melhores, cresci na cidade de Osasco e aos 12 anos pedi ao meu pai dinheiro para pagar um ônibus para ir jogar bola, e o mesmo me disse: – Vai trabalhar vagabundo. Então fui em busca de trabalho. Sempre trabalhei de dia e estudei à noite, já fui ajudante de funileiro, office boy, arquivista, auxiliar de expedição. Quando já estava na fase do exército, não conseguia serviço e fui trabalhar de faxineiro numa empresa de ônibus até entrar na milícia onde fiquei por nove meses e fui liberado na primeira baixa. Foi quando trabalhei de cobrador até arrumar emprego numa transportadora de alimentos, neste período encontrei a mulher da minha vida e comecei a namorar, decorreu também nesta época numa missa do dia dos pais em que percebi a falta que um pai faz na vida de uma criança, pois o meu morreu quando eu tinha 13 anos. Mas a vida que segue. A distribuidora de alimentos que trabalhava fechou, então fui trabalhar de digitador à noite, durante o dia trabalhava de auxiliar de cobrança num escritório e nos finais de semana fazia bico como açougueiro. Em 1998 me casei e fui trabalhar na telefônica logo me destaquei devido minha dedicação e comprometimento. Fiz um curso de técnico em eletrônica e participei de curso de liderança logo me tornei líder da equipe, fui convidado para ser coordenador, mas na reunião as propostas iam contra meus princípios, portanto preferi não seguir em frente, fui em busca de um emprego à noite em tele atendimento. Foi quando minha esposa me aconselhou a fazer o curso de técnico em enfermagem, quando terminei a primeira faze do curso já consegui um serviço de cuidador como folguista que durou 18 meses, em que o paciente veio a óbito, logo me encontrei na procura de um emprego fixo em hospital neste meio tempo continuei fazendo bico de cuidador e trabalhando a noite em tele atendimento. Mas precisava de alguma coisa estável com garantias, já que estava casado. Foi quando consegui meu primeiro trabalho em um hospital também de folguista chegava no hospital, ia para a UTI, aguardava fazer a chamada e era encaminhado para o setor que estava precisando de funcionário, nesta época trabalhei em todos os setores: pronto socorro, centro cirúrgico, clinica médica, maternidade [...], mas uma vez me destaquei e fui fixado na UTI e consegui outro serviço à noite em outro hospital, também passei pelo mesmo processo de setores, isso na cidade de Osasco. Por um tempo estava tudo bem, após algum tempo nasceu minha filha então tinha que estar em casa à noite para ajudar minha esposa. Comecei a trabalhar em um emprego noturno e em outro matinal, com a redução no salário voltamos a ficar financeiramente apertados, decidi arrumar emprego em hospitais maiores em São Paulo. Enfim entrei em um hospital na Lapa e passei a trabalhar de manhã e tarde, depois arrumei emprego em outro hospital no Morumbi, e segui na busca de dias melhores pra minha família, era muito corrido porque trabalhava das 6h ás 19h em dois hospitais. Achei que estava tranquilo nesta luta recebi uma ligação do departamento de pessoal do Sírio, pelo fato de que há muito tempo havia deixado um currículo com eles nem acreditei, achei que fosse um trote. No fim fui realizar a prova no dia marcado sem compromisso, pois já tinha dois empregos e pensei: ´´Quem sou eu par trabalhar no sírio libanês?´´. Quando a moça me chamou perguntou se tinha achado a prova difícil e em seguida disse que eu tinha tirado 9,75 e que era uma vaga para UTI que estava sendo expandida e me ligaria para realizar a dinâmica de grupo com a coordenadora que na época era a dona Simone. Na dinâmica tinha varias pessoas todas mais novas que eu e no decorrer todos diziam que queriam fazer faculdade e crescer na instituição, quando chegou a minha vez, disse que ia trabalhar em dois empregos, pois tinha que dar uma vida melhor para minha família, e se não fosse no Sírio seria em outro hospital então ela me perguntou: – Você não acha que essa vida é cansativa? E eu disse: ´´Quem corre porque gosta não se cansa´´. Fui pra casa na certeza que não seria aprovado, após dois dias recebi uma ligação do RH marcando o exame admissional e aqui estou até hoje. Já se foram 14 anos de luta, sempre na UTI CARDIO. O hospital cresceu muito já passaram por mim várias coordenadoras, enfermeiros, técnicos... E muitas coisas mudaram algumas para melhor outras para pior, mas a vida e assim mesmo nada e perfeito, porém temos que valorizar aquilo que temos e nos dedicar a cada dia para fazer o nosso melhor sempre na prática do altruísmo e em busca da equidade. Somente assim teremos uma sociedade mais justa para todos e até hoje continuo correndo porque gosta para prover a minha família que e a coisa mais importante na minha vida.