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CAPÍTULO 14

TRANSCENDENDO LIMITES: O DESPERTAR PARA A TRANSFORMAÇÃO

Nós somos responsáveis por nós mesmos, por


nossas escolhas, por isso devemos parar de
contar mentiras para nós mesmos para nos
justificar. Nosso sucesso depende do nosso
autoconhecimento, dos resultados e da
transformação.

Aos 13 dias do mês de outubro de 1984, na cidade de Palmeira das


Missões-RS, nasce uma linda menina de olhos azuis, Jaqueline Schirmer
Antunes, uma criança desejada por seus pais, Luiz Carlos Doneles Antunes e
Marlene Heloi Schirmer Antunes.
1.1 Minha infância
Jaqueline já chegou fazendo alvoroço. Sua mãe, ao preparar um
conjunto de saída de maternidade para protegê-la do frio, percebeu que a
pequena estava toda empolada ao chegar em casa, sendo preciso ligar para o
pediatra. O médico apontou alergia e que provavelmente ela desenvolveria
bronquite asmática. Não passou muito tempo, as crises começaram, e
precisaram interná-la diversas vezes.
Jaqueline, uma menina dada, falante, fazia amizades com facilidade.
Vivia pulando o muro escondida para brincar na casa da vizinha, e quando
davam falta do seu sumiço, bastava gritar e lá estava ela. O tempo foi passando,
quando seus pais decidiram se mudar de cidade. Foi quando sua história de vida
tinha acabado de começar.
1.2 Novos desafios
Lembro que fomos para Erval Seco-RS. Mudar para alguns é um desafio,
mas para mim, que sempre fui muito falante, não demorei muito e já fiz amizade
com a vizinha. Quando fiz 13 anos, comecei meu primeiro trabalho como babá
para minha madrinha, Taiana. Depois, consegui um emprego temporário em
uma loja de roupas até completar 16 anos, quando surgiu uma oportunidade de
trabalho na fábrica de pepinos dos meus tios. Nessa trajetória, também trabalhei
na prefeitura do município como telefonista e fiz parte da Secretaria de Saúde,
onde atuei como agente epidemiológico.
Terminei o Segundo Grau e fiz o curso técnico em mecatrônica. Um
semestre depois, percebi que não era o que eu queria. Até que concluí o curso
técnico em radiologia, mas, começava mais uma luta, arrumar um emprego.
Naquela época, era difícil conseguir uma vaga. Entrei em contato com uma
amiga que morava em uma cidade chamada Aripuanã-MT, que me ajudou a
conseguir uma vaga no Hospital Municipal Santo Antônio.
Conversei com meu pai sobre trabalhar, ter meu próprio dinheiro e
começar minha vida. Ele apoiou minha decisão. A parte mais difícil foi conversar
com minha mãe, que surtou! Disse que eu não deveria ir, mas eu estava
determinada. Falei: “pai, me dá o dinheiro que preciso ir, o hospital está sem
técnico em raio-x”. Ele disse: “pode ir minha filha”. Peguei minhas malas, meu
aparelho de nebulização que ia comigo em todo lugar, e embarquei em Frederico
Westphalen-RS, com destino a Aripuanã.
Foram dois dias para chegar até Juína, cidade vizinha de onde seria meu
novo lar. Até hoje, o trajeto é por estrada de terra. Não consegui dormir em 11
horas de viagem; estava apavorada. Os ônibus são altos do chão por causa dos
atoleiros, e o que eu estava balançava de um lado para o outro. Descia toda vez
para verificar se minhas malas ainda estavam lá. A sensação era que podiam
sair voando toda vez que o ônibus ia para o canto da estrada.
Era madrugada quando finalmente cheguei na tal Aripuanã. Minha
amiga, Angela Schimite, estava me esperando. Fomos para sua casa e dois dias
depois já comecei a trabalhar. Fui muito bem recepcionada por todos no hospital.
Lindieli, minha colega de trabalho, me acolheu como uma irmã e sua família me
tratou como uma filha. Sou grata a vocês. E ali começava um novo ciclo em
minha vida.
1.3 Em busca do autoconhecimento
E que comecem os trabalhos. Muitas radiografias agendadas e mais
plantões. Eu era a única técnica disponível no município. Tive que conciliar meus
horários no hospital para trabalhar na nova clínica que abriu, Prevênia -
Diagnósticos por Imagem.
Em setembro de 2007, o rodeio da cidade, dia em que conheci Agnaldo
Coelho. Uma semana depois, fiz jantar em casa para algumas pessoas
próximas. Quando meu amigo me falou: “meu patrão quer te conhecer”. Eu só vi
Agnaldo no rodeio; era sério, na dele. Falei: “mas ele é comprometido”; disseram
que não e foi feito o convite para ele vir jantar. Não podia duvidar que meus
amigos fossem embora e escondessem a chave da sua moto. E assim o fizeram,
deixaram nós dois sozinhos conversando e se conhecendo melhor.
Alguns dias e, sem saber, já estava gestante, mesmo utilizando métodos
contraceptivos. Comecei a passar mal, tive sono em excesso, estava pálida. Até
que a Dra. me disse: “Jaque, você está grávida!”. Fiz o exame e fiquei
desesperada. Estava recém-conhecendo Agnaldo e começando minha vida
profissional. Foi um misto de medo e incertezas. Tudo era muito novo para mim.
Contar isso para o Agnaldo, pensar que poderia ter que cuidar dela sozinha...,
mas precisava. Conversamos e juntos resolvemos formar uma família.
O começo sempre é difícil. Eu estava com anemia severa e precisei
receber vários soros. Moramos em um quarto na loja do Agnaldo e ficamos lá
até o dia em que dei à luz a minha linda Milena Coelho. Foram dias difíceis; os
médicos ficaram muito preocupados porque recebi radiação nos três primeiros
meses de gravidez. Mas eu e Agnaldo entregamos nas mãos de Deus, confiando
que se Ele permitiu que tivéssemos nossa filha mesmo usando contraceptivos,
era porque era para ser assim.
O Agnaldo precisou vender a moto para comprar um terreno ao lado da
loja; construiu a casa e no dia 26 de junho de 2008 nasceu nossa Milena. Nessa
época, meu irmão mais velho veio morar com a gente em uma casa que
dividimos. Alguns meses e finalmente nos mudamos para a nossa própria casa,
onde resolvemos ter mais um filho, Luiz Fernando Antunes Coelho.
Luiz tinha refluxo, eu precisava amamentá-lo em pé, porque ele acabava
se afogando. Eu estava sem saber o que fazer, e isso desencadeou em mim
crises de ansiedade e depressão. Iniciei o tratamento, mas meu organismo não
aceita medicamentos controlados, e minha pressão continuava subindo. Resolvi
ir ao médico, que me alertou: “Jaque, trate o problema, senão nunca vai
melhorar. Você tem uma filha pequena e um bebê para cuidar, o que vai fazer?
Vai se deixar abater ou cuidar deles?”. Naquele momento, falei para mim mesma:
“sou apenas eu quem posso me curar e farei isso”. Decidi que eu era mais forte
do que o meu medo.
Tomei o remédio natural que o Dr. receitou, voltei à academia e com 2
meses já estava curada. Foi nesse ínterim que sofri uma grande perda; um
aborto após uma cirurgia de retirada de vesícula sem saber que estava gestante.
Tudo isso me despertou para a busca do meu autoconhecimento. Fiz faculdades
de Tecnologia em Marketing e de Administração. Enquanto isso, continuava
trabalhando na loja com meu esposo, vendo nossos filhos crescerem. Ainda
assim, sentia que algo estava me faltando, e resolvi fazer formação em
Coaching, Análise Comportamental, com extensão em Psicologia. Me tornei uma
treinadora comportamental. Atualmente, estou concluindo o curso de
Constelação Familiar e me aprimorando em Programação Neuro-sistêmica
(PNS), assim como outros cursos na área de desenvolvimento humano.
Sou grata a Deus pelas oportunidades em ser uma pessoa melhor.
Quero dizer aos meus pais que honro a vida e história deles, que eu os vejo.
Gratidão ao meu esposo e aos meus filhos por estarem comigo nos bons e maus
momentos, me amparando e apoiando; eu vejo vocês. A todos do meu sistema
familiar que vieram antes de mim, eu vejo vocês. Reconheço a ajuda da Editora
Saphi e família, que me convidaram para participar como coautora no livro “Faça
sua Felicidade”, e agora, no livro “Histórias de Sucesso 2”. Também agradeço à
família IFT, onde faço todas minhas formações e à minha mentoria cujas iniciais
são L. V. R.
Faça uma análise:

1. “A caverna que você tem medo de entrar guarda o tesouro que você
procura”, Joseph Campbell. Faz sentido você analisar sua vida e sua
história e perceber quais foram as cavernas onde você tinha medo de
adentrar e lá encontrar o tesouro?
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2. Faça uma autoanálise, questione a si mesmo e descreva o quanto você


já evoluiu e se desenvolveu em cada área da sua vida.
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3. Perceba que no processo de desenvolvimento pessoal, é importante


aprender a dizer “não” quando algo não for congruente com sua verdade.
Diante disso, identifique quais são seus valores nas diferentes áreas da
sua vida.
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AUTORA

Jaqueline Schirmer A. Coelho

Eu sou Jaqueline, residente em Aripuanã-MT, formada em Tecnologia em


Marketing pelo Centro Universitário de Araras (Unar EaD), com certificação na
instituição Estelar (Reiki) e obtenção do Bacharelado em Administração pela
Faculdade Invest de Ciências e Tecnologia. Atuo na área de Profissional e
Master Coach e sou Treinadora Comportamental e Palestrante. Meu objetivo é
me desenvolver profissionalmente, poder ajudar as pessoas a buscarem seu
autoconhecimento para que, através disso, possam chegar ao seu estado
desejado, a encontrarem sua missão de vida.

Contato
Telefones: (66) 98422.1163
Instagram: Jaquelineschirmer.oficial
Email: jaqueschirmer.mentora@hotmail.com

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