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00 10/01/23 Aprovado - Revisão de equipamento GF DR CRR

0B 30/11/22 Revisão conforme comentários GF DR CRR


0A 14/10/22 Emissão inicial GF DR CRR
Rev. Data Descrição Criado Verif. Aprov.

ARINOS Sistema / System: GERAL


Rev.
Nr. Proprietário / Owner Number: CSARI-EN-PB-GE-GE-GE-MD-1001 00
Título / Title:

MEMORIAL DESCRITIVO DO EMPREENDIMENTO

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Verificado /
Checked: 10/01/23 Daniel Reinhardt Sem escala
Aprovado /
Approved: 10/01/232 Constantino Reis Rosa Massa / Mass:
Dept.: ENG
Pg. /
Nr. Fornecedor / Supplier Number: Rev.
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COMPLEXO SOLAR ARINOS
MEMORIAL DESCRITIVO DO
EMPREENDIMENTO

ÍNDICE
1 DO OBJETIVO ......................................................................................................... 6
2 DOCUMENTOS E NORMAS DE REFERÊNCIA ...................................................... 6
3 DESCRIÇÃO DO PROJETO .................................................................................. 10
4 LOCALIZAÇÃO DO PROJETO ............................................................................. 11
5 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO PROJETO ........................................................ 13
5.1 Conceito Geral .................................................................................................................... 15
5.2 Módulos Fotovoltaicos ....................................................................................................... 15
5.3 Inversores ........................................................................................................................... 17
5.4 Tracker ................................................................................................................................ 19
5.5 TS (Transformer Station)..................................................................................................... 20
5.6 Serviços Auxiliares para as Instalações Comuns ................................................................. 21
6 CRITÉRIOS BÁSICOS DO PROJETO ELETROMECÂNICO ................................ 22
6.1 Sistema de Supervisão, Comando e Controle (SCADA)....................................................... 22
6.2 Sistema Supervisório (SCADA) ............................................................................................ 22
6.3 Estação Solarimétrica ......................................................................................................... 23
6.4 Sistemas de Controle de Acesso e CFTV ............................................................................. 25
6.5 Rede de Média Tensão 34,5KV ........................................................................................... 27
6.6 Rede de Distribuição - Baixa Tensão (CC) ........................................................................... 27
6.7 Rede de Distribuição – Baixa Tensão (CA) .......................................................................... 28
Nos inversores, onde são conectadas as strings, após a conversão para CA, são encaminhados a rede
de distribuição ainda em baixa tensão até os TS. .................................................................................. 28
6.8 Critérios Gerais de Aterramento e SPDA ............................................................................ 28
7 CRITÉRIOS BÁSICOS DO PROJETO CIVIL ......................................................... 29
7.1 Estruturas de Concreto / Edificações.................................................................................. 29
Geral.................................................................................................................................... 29
Edificações .......................................................................................................................... 31
7.2 Investigação do Solo ........................................................................................................... 33
Furos de Sondagem ............................................................................................................ 33
Ensaios ................................................................................................................................ 34
7.3 Vias Internas e de Acesso ................................................................................................... 34
7.4 Geometria ........................................................................................................................... 35
7.5 Capacidade de Suporte a Cargas ........................................................................................ 36
7.6 Rede Viária Externa............................................................................................................. 40
7.7 Movimentação de Terras .................................................................................................... 41
7.8 Drenagem de Águas Pluviais ............................................................................................... 43
Valetas Laterais ................................................................................................................... 43

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Canais, Canaletas e Valetas ................................................................................................ 43


Bueiros ................................................................................................................................ 45
Passagens Molhadas ........................................................................................................... 50
Dissipadores ........................................................................................................................ 51
7.9 CERCAMENTOS E PORTÕES DE ACESSO ............................................................................. 53
Definição de Cercamento ................................................................................................... 53
Definição dos Portões de Acesso ........................................................................................ 55
8 CANTEIRO DE OBRAS ......................................................................................... 56
8.1 Localização do Canteiro de Obras ...................................................................................... 56
8.2 Premissas da Concepção..................................................................................................... 58
8.3 Dimensionamento das Áreas do Canteiro .......................................................................... 58
Almoxarifado ...................................................................................................................... 59
Refeitório ............................................................................................................................ 59
Parque Sanitário ................................................................................................................. 60
Oficina ................................................................................................................................. 61
Guarita ................................................................................................................................ 61
Área de Estocagem ............................................................................................................. 61
Área de descarte ................................................................................................................. 62
Área de Estacionamento..................................................................................................... 62
8.4 Energia Elétrica ................................................................................................................... 62
8.5 Ambulatório ........................................................................................................................ 62
8.6 Instalações Hidrossanitárias ............................................................................................... 63
8.7 Instalações Elétricas............................................................................................................ 63
8.8 Instalações de Combate a Incêndios .................................................................................. 64
8.9 Processos Construtivos ....................................................................................................... 64
9 MÉTODO BÁSICO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ................................................ 64
9.1 Objetivo .............................................................................................................................. 64
9.2 Critérios Ambientais Adotados ........................................................................................... 65
9.3 Normas Básicas de Higiene Adotadas................................................................................. 65
9.4 Manejo de Resíduos Sólidos ............................................................................................... 66
10 SUPRESSÃO VEGETAL........................................................................................ 67
11 ETAPAS CONSTRUTIVAS .................................................................................... 68
12 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO (O&M) ................................................................. 69

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EMPREENDIMENTO

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Acesso à UFV Arinos Solar ....................................................................................... 11


Figura 2 – Localização da Área de Implantação da UFV Arinos Solar ...................................... 12
Figura 3: Layout do Complexo Solar Arinos – 412,870MWp .................................................... 13
Figura 4: Módulo Fotovoltaico JAM72D30 ................................................................................ 17
Figura 5: Imagem de manipulador telescópico semelhante ao que será utilizado na descarga e
distribuição dos módulos fotovoltaicos ..................................................................................... 17
Figura 6: Inversor Huawei SUN2000-330KTL-H1 .................................................................... 18
Figura 7: Configuração do tracker STI-H250 para o projeto Arinos .......................................... 19
Figura 8: Vistas em corte e perspectiva dos perfis metálicos de fundação dos trackres ........... 20
Figura 9: Equipamentos de cravação de perfis metálicos ......................................................... 20
Figura 10: Base típica para Eletrocentros ................................................................................. 21
Figura 11: Estações Meteorológicas......................................................................................... 25
Figura 12: Fundação típica das Transformer Stations (TS) ...................................................... 30
Figura 13: Planta Baixa da edificação típica das Guaritas/Salas de Apoio ............................... 32
Figura 14: Planta Baixa da edificação do Almoxarifado ............................................................ 32
Figura 15: Planta Baixa da edificação da Casa de Controle ..................................................... 33
Figura 16: Detalhes típicos do projeto geométrico dos acessos ............................................... 36
Figura 17: Seção Transversal Típica da Rede Viária Interna - 4 m ........................................... 39
Figura 18: Seção Transversal Típica da Rede Viária Interna - 6 m ........................................... 40
Figura 19: Trator de esteira, moto niveladora e escavadeira hidráulica - equipamentos que
devem ser utilizados em caso de terraplanagem na UFV ......................................................... 42
Figura 20: Canaleta Tipo T ....................................................................................................... 44
Figura 21: Valetas .................................................................................................................... 45
Figura 22: Canal retangular ...................................................................................................... 45
Figura 23: Dissipadores de Saída de Bueiro - Planta (Fonte: DNIT) ......................................... 52
Figura 24: Dissipadores de Saída de Bueiro - Cortes (Fonte: DNIT) ........................................ 53
Figura 25: Exemplo do cercamento a ser executado na UFV ................................................... 55
Figura 26: Detalhe típico do portão de acesso ......................................................................... 56
Figura 27 – Localização do Canteiro de Obras ......................................................................... 57

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EMPREENDIMENTO

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Especificação Técnica Geral Complexo Arinos......................................................... 14


Tabela 2: Características Técnicas STC do Módulo Fotovoltaico P-Type JA 550Wp ............... 16
Tabela 3 - Características Técnicas STC do Módulo Fotovoltaico P-Type JA 555Wp .............. 16
Tabela 4 - Características Técnicas STC do Módulo Fotovoltaico N-Type JA 575Wp .............. 16
Tabela 5 – Distribuição de módulos por SPE ........................................................................... 16
Tabela 5: Características Técnicas do Inversor Huawei SUN2000-330KTL-H1 ........................ 18
Tabela 6: Bueiro operando como Canal – Condições Críticas .................................................. 46
Tabela 7: Bueiro operando como Orifício – Condições Críticas ................................................ 47
Tabela 8: Bueiro Celular operando como Canal – Condições Críticas...................................... 48
Tabela 9: Recobrimento dos tubos de concreto (DER-MG) ...................................................... 49
Tabela 10: Dimensionamento Hidráulico dos Bueiros Tubulares – TR=100 anos..................... 49
Tabela 11: Dimensionamento Hidráulico dos Bueiros Celulares – TR=100 anos ..................... 50
Tabela 12: Dimensionamento da Passagem Molhada .............................................................. 50

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1 DO OBJETIVO

O presente documento apresenta a caracterização do empreendimento do projeto de


geração de energia fotovoltaica do empreendimento UFV Arinos Solar, situado no interior
do estado de Minas Gerais/BR.

Neste memorial serão descritas as principais atividades a serem realizadas para a


implantação do empreendimento.

2 DOCUMENTOS E NORMAS DE REFERÊNCIA

ELÉTRICA

• IEC 60793.2 – Fibras Ópticas – Parte 2: Especificações do Produto – Geral;


• IEC 60794 – Cabos de Fibra Óptica;
• NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
• NBR 5419 – Proteção contra descargas atmosféricas;
• NBR 6251 - Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV a
35 kV - Requisitos construtivos;
• NBR 7117-1 - Medição da resistividade e determinação da estratificação do solo;
• NBR 8451-1 - Postes de concreto armado e protendido para redes de distribuição
e de transmissão de energia elétrica - Parte 1: Requisitos;
• NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1kV a 36,2 kV;
• NBR14103 - Cabo óptico dielétrico para aplicação enterrada — Especificação;
• NBR14160 - Cabo óptico aéreo dielétrico autossustentado — Especificação;
• NBR14566 - Cabo óptico dielétrico para aplicação subterrânea em duto e aérea
espinado — Especificação;
• NBR14773 - Cabo óptico dielétrico protegido contra o ataque de roedores para
aplicação subterrânea em duto ou aérea espinado — Especificação;
• NBR14774 - Cabo óptico dielétrico para aplicação enterrada, protegido contra
ataques de roedores – Especificação;
• NBR15108 - Cabo óptico com núcleo dielétrico e proteção metálica para aplicação
em linhas de dutos — Especificação;

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• NBR 15214 – Rede de Distribuição de Energia Elétrica – Compartilhamento de


postes infra estrutura com redes de telecomunicações;
• NBR15330 - Cabo óptico aéreo dielétrico autossustentado para longos vãos —
Especificação;
• NBR 15688 - Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus;
• NBR 15749 – Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície
do solo em sitemas de aterramento;

CIVIL/AMBIENTAL

• Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – Ministério da Justiça e segurança Pública –


2021;
• NBR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
• NBR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI;
• CONAMA - Resolução N° 307, de 05/07/2002 - MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS;
• DNIT – Manual de Pavimentação - 2006;
• DNIT - Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais - 1999;
• DNIT - Manual de Projeto de Interseções - 2005;
• DNIT – Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários -
2006;
• DNIT – Terraplanagem – Aterros – Especificação de Serviço;
• ASTM D3385-18: Standard Test Method for Infiltration Rate of Soils in Field Using
Double-Ring Infiltrometer.
• NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto – Procedimento;
• NBR 6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações – Procedimentos
- 2019;
• NBR 6122 - Projeto e execução de fundações;
• NBR 7212 - Execução de concreto dosado em central – Procedimento;
• NBR 7229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos –
Brasil,1997;
• NBR 7480 - Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado –
Especificações;
• NBR 8036 - Programação de sondagens de simples reconhecimento do solos
para fundações de edifícios - Procedimento
• NBR 8681 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento;

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• NBR 8890 – Tubo de concreto simples de seção circular para águas pluviais e
esgotos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio;
• NBR 8953 - Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica,
por grupos de resistência e consistência;
• NBR 9062 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado;
• NBR 10004 / 10005 / 10006 / 10007 / 12235 / 11174 - Manejo de resíduos Sólidos;
• NBR 12284 - Áreas de Vivência em Canteiro de Obras;
• NBR 12655 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e
aceitação – Procedimento;
• NBR 12693 - Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio.
• NBR 13969 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e
disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação – Brasil,
1997;
• NBR 14644 - Sinalização vertical viária - Películas;
• NBR 14890 - Sinalização vertical viária - Suportes metálicos em aço para placas;
• NBR 14891 - Sinalização vertical viária - Placas;
• NBR 14931 - Execução de estruturas de concreto – Procedimento;
• NBR 15402 - Sinalização horizontal viária - Termoplásticos;
• NBR 15405 - Sinalização horizontal viária – Tintas;
• NBR 16820 - Sistemas de sinalização de emergência — Projeto, requisitos e
métodos de ensaio;
• DNIT 104/2009-ES – Serviços preliminares;
• DNIT 105/2009-ES – Caminhos de serviços;
• DNIT 106/2009-ES – Cortes;
• DNIT 107/2009-ES – Empréstimos;
• DNIT 108/2009-ES – Aterros;
• DNIT 143/2010-ES – Base de solo-cimento;
• DNIT 147/2012-ES – Tratamento superficial duplo;
• DNIT IPR 724 – Manual de drenagem de rodovias;
• DNIT 015/2006-ES – Drenos subterrâneos;
• DNIT 016/2006-ES – Drenos subsuperficiais;
• DNIT 017/2006-ES – Drenos sub-horizontais;
• DNIT 018/2006-ES – Sarjetas e valetas;
• DNIT 019/2004-ES – Transposição de sarjetas e valetas;
• DNIT 020/2006-ES – Meios-fios e guias;

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• DNIT 021/2004-ES – Entradas e descidas d’água;


• DNIT 022/2006-ES – Dissipadores de energia;
• DNIT 023/2006-ES – Bueiros tubulares de concreto;
• DNIT 024/2004-ES – Bueiros metálicos sem interrupção do tráfego;
• DNIT 025/2004-ES – Bueiros celulares de concreto;
• DNIT 026/2004-ES – Caixas coletoras;
• DNIT 027/2004-ES – Demolição de dispositivos de concreto;
• DNIT 028/2004-ES – Limpeza e desobstrução de dispositivos de drenagem;
• DNIT 029/2004-ES – Restauração de dispositivos de drenagem danificados;
• DNIT 030/2004-ES – Dispositivos de drenagem pluvial urbana;
• DNIT 086/2006-ES – Recuperação do sistema de drenagem;
• DNIT 096/2006-ES – Bueiros de concreto tipo mini túnel sem interrupção do
tráfego;
• Manual de Sinalização Rodoviária – DNIT/2010;
• DNER-ME 035/98 – Agregados – Determinação da abrasão “Los Angeles”;
• DNER-ME 041/94 – Solos – Preparação de amostras para ensaios de
caracterização;
• DNER-ME 052/94 – Solos e agregados miúdos – Determinação da umidade com
emprego do “Speedy";
• DNER-ME 054/97 – Solos e agregados miúdos – Determinação do equivalente de
areia;
• DNER-ME 080/94 – Solos – Análise granulométrica por peneiramento;
• DNER-ME 082/94 – Solos – Determinação do limite de plasticidade;
• DNER-ME 088/94 – Solos – Determinação da umidade pelo método expedito do
álcool;
• DNER-ME 092/94 – Solos – Determinação da massa específica aparente “in situ”
com emprego do frasco de areia;
• DNER-ME 093/94 – Solos – Determinação da densidade real;
• DNER-ME 122/94 – Solos – Determinação do limite de liquidez – método de
referência;
• DNER-IE 004/94 – Solo – Determinação da compressão simples de amostras;
• DNER-IE 005/94 – Solos – Adensamento;
• DNER-IE 006/94 – Materiais rochosos usados em rodovia – Análise petrográfica;
• DNIT 160/2012-ME – Determinação da expansibilidade;
• DNIT 164/2013-ME – Solos – Compactação utilizando amostras não trabalhadas;

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• DNIT 172/2016-ME – Solos – Determinação do Índice de Suporte Califórnia


utilizando amostras não trabalhadas;

DOCUMENTOS

• CSARI-EN-PB-GE-GE-AR-DE-0002 – Layout Geral;


• CSARI-EN-PB-EL-GE-SS-ET-0001 - Especificação Técnica – SCADA PV;
• CSARI-EN-PB-EM-GE-SE-ET-0001 - Especificação Técnica – CFTV;
• CSARI-EN-PB-EL-GE-TL-DE-0001 - Arquitetura Básica de Comunicação – PV;
• CSARI-EN-PB-EL-GE-SE-DE-0001 - Arquitetura Básica do Sistema de CFTV;
• CSARI-EN-PB-EM-GE-AR-DE-0001 - Rota de Cabos de Fibra Ótica -
Comunicação e CFTV;
• CSARI-EN-PB-EM-TR-GE-FD-0001 – Folha de Dados – Tracker;
• CSARI-EN-PB-EM-GE-GE-LM-0001 - Lista de Materiais - Eletromecânicos –
Estimativa;
• CSARI-EN-PB-CI-GE-DR-RT-0001 – Estudo Hidrológico;
• CSARI-EN-PB-EL-GE-GE-DE-0001 – Diagrama Unifilar Geral;
• CSARI-EN-PB-GE-GE-SV-DE-0001 – Layout Geral – Supressão vegetal;
• CSARI-EN-PB-CI-GE-TE-DE-0001 – Terraplenagem – Planta;
• CSARI-EN-PB-CI-GE-DR-DE-0002 – Drenagem – Planta Geral e Cortes Típicos;
• CSARI-EN-PB-CI-GE-GE-LM-0001 – Lista de Materiais – Civil – Estimativa.

3 DESCRIÇÃO DO PROJETO

O Complexo Solar Arinos, localizado no município de Arinos, no Estado de Minas Gerais,


é composto por 7 parques fotovoltaicos (UFV Arinos 1, UFV Arinos 2, UFV Arinos 4, UFV
Arinos 8, UFV Arinos 9, UFV Arinos 10 e UFV Arinos 32) e terá uma potência total de
336,826 MW. O projeto visa a conexão ao Sistema Elétrico Nacional (SIN), na
Subestação Arinos 2 (500 kV), de propriedade da Veredas Transmissora. Para tanto,
será implementada uma Subestação Solar Arinos de 34,5/500 kV local e uma Linha de
Transmissão de 500 kV de aproximadamente 1,0 km.

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4 LOCALIZAÇÃO DO PROJETO

A região está localizada a cerca de 261 km da capital mais próxima, Brasília/DF. A


principal via de acesso ao local é a Rodovia Federal BR-479, que se apresenta em boas
condições de tráfego até a área do Complexo Solar, conforme observa-se na Figura 1,
abaixo.

Figura 1: Acesso à UFV Arinos Solar

A figura a seguir apresenta a localização da área do empreendimento.

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Figura 2 – Localização da Área de Implantação da UFV Arinos Solar

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5 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO PROJETO

O Complexo Solar Arinos é dividido em 7 parques, cada parque com potência de


48,118 Mwac e 58,981 MWp. O parque é construido com uso de módulos bifaciais,
inversores string, TS (Transformer Station) onde são conectados os inversores e de onde
partem as redes de média tensão até a subestação coletora.

Figura 3: Layout do Complexo Solar Arinos – 412,870MWp

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Na tabela a seguir é apresentado as especificações técnicas gerais para o complexo


solar.

Tabela 1: Especificação Técnica Geral Complexo Arinos

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5.1 Conceito Geral

O complexo é composto por conjuntos de módulos JA P-Type de 550 Wp e 555 Wp e


módulos JA N-Type de 575 Wp, conectados em séries de 29 módulos (strings) e estes,
conectados diretamente aos inversores de fabricação da Huawei, 330 kVA distribuídos
por todo o campo gerador fotovoltaico.

Os inversores estão instalados no campo conectados aos transformers station (TS) que
contém transformador elevador de dois enrolamentos. Cada TS contém:

• Painel de entrada CA de 1000 V


• Transformador elevador 0,80/34,5kV
• Painéis auxiliares de baixa tensão
• Painel de sistemas auxiliares
• Cubículo de Média
• UPS

A saída de cada transformador elevador seguirá através de RMT enterrada até os pontos
de transição, enterrada/aérea dentro do parque, de onde segue um trecho em rede de
forma aérea, onde temos outra transição aérea/enterrada até a SE.

O controle da planta e subestação estará centralizado em um sistema SCADA, que


integrará todas as instalações e contará com uma estação de operação local e uma porta
de comunicação para operação remota. O sistema SCADA integrará, ainda, o sistema
de detecção de presença e CFTV da planta, assim como os sistemas de controle dos
parâmetros elétricos.

5.2 Módulos Fotovoltaicos

O Complexo Solar Arinos foi projetado com módulos do fabricante JA, módelos P-Type
com potência de 550Wp e 550Wp, e modelos N-Type com potência de, totalizando
412,624 MWp.

Os módulos fotovoltaicos serão transportados até o local de instalação em caminhões


do tipo Container.

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Nas Tabelas a seguir são apresentadas as principais características elétricas dos


módulos adotados no projeto.

Tabela 2: Características Técnicas STC do Módulo Fotovoltaico P-Type JA 550Wp


PARÂMETROS ELÉTRICOS
PMAX Potência Nominal 550 Wp
Corrente de Curto-
ISC 14,00 A
Circuito
IMPP Corrente à PMAX 13,11 A
Tensão em Circuito
VOC 49,9 V
Aberto
VMPP Tensão à PMAX 41,92 V

Tabela 3 - Características Técnicas STC do Módulo Fotovoltaico P-Type JA 555Wp


PARÂMETROS ELÉTRICOS
PMAX Potência Nominal 555 Wp
Corrente de Curto-
ISC 14,07 A
Circuito
IMPP Corrente à PMAX 13,18 A
Tensão em Circuito
VOC 50,02 V
Aberto
VMPP Tensão à PMAX 42,11 V

Tabela 4 - Características Técnicas STC do Módulo Fotovoltaico N-Type JA 575Wp


PARÂMETROS ELÉTRICOS
PMAX Potência Nominal 575 Wp
Corrente de Curto-
ISC 14,30 A
Circuito
IMPP Corrente à PMAX 13,42 A
Tensão em Circuito
VOC 51,15 V
Aberto
VMPP Tensão à PMAX 42,85 V

Tabela 5 – Distribuição de módulos por SPE


SPE Modelo do Módulo Potência Tecnologia
ARI - C32 JAM72D30-575/GB 575 W N-type
ARI - C1 JAM72D30-550/GB 550 W P-type
ARI - C2 JAM72D30-550/GB 550 W P-type
ARI - C4 JAM72D30-555/GB 555 W P-type
ARI - C8 JAM72D30-555/GB 555 W P-type
ARI - C9 JAM72D30-555/GB 555 W P-type
ARI - C10 JAM72D30-555/GB 555 W P-type

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Figura 4: Módulo Fotovoltaico JAM72D30

A descarga dos containers/pallets e a distribuição pelos locais de montagem será feita


por meio de empilhadeira semelhante à mostrada na figura a seguir.

Figura 5: Imagem de manipulador telescópico semelhante ao que será utilizado na descarga e


distribuição dos módulos fotovoltaicos

5.3 Inversores

O complexo Solar Arinos foi projetado com inversores do fabricante Huawei w, modelo
SUN2000-330KTL-H1.

Os inversores selecionados são referência no mercado, cumprindo todos os padrões de


qualidade exigidos para este tipo de instalação.

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EMPREENDIMENTO

Figura 6: Inversor Huawei SUN2000-330KTL-H1

Na tabela a seguir são apresentadas as principais características do inversor Huawei


SUN2000-330KTL-H1.
Tabela 6: Características Técnicas do Inversor Huawei SUN2000-330KTL-H1
ENTRADA CC
Máxima tensão de entrada FV 1500V
Tensão de inicialização 550 V
Intervalo de tensão MPP 500 – 1500 V
N° de entradas MPPT independentes 4/5/5/4/5/5
N° de entradas CC 28
Máxima corrente de entrada FV 6*65
Máxima corrente CC de curto-circuito 115A
SAÍDA CA
Potência de saída CA 300 kVA a 40 °C
Corrente de saída CA máx. 238,2 A
Tensão CA nominal 3 / PE, 800V
Frequência nominal da rede/Faixa de frequência da rede 50Hz e 60Hz
Distorção Harmônica Total (TDH) < 1% (à potência nominal)
Fator de potência ajustável 0,8 adiantado – 0,8 atrasado
Fases de alimentação/Conexão CA 3/3-PE
EFICIÊNCIA
Eficiência máxima >= 99,0%
Eficiência europeia >= 98,80%
PROTEÇÃO
Proteção de entrada CC Sim
Proteção de saída CA
Dispositivo de proteção contra surtos (DPS) Tipo II CC/Tipo II CA
Monitoramento de isolação/falha de aterramento Sim/Sim
Monitoramento de corrente por entrada Sim
Proteção contra superaquecimento Sim

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5.4 Tracker

A estrutura proposta é composta por seguidores monolinha de fabricação da empresa


STI-H250, sendo que cada seguidor é instalado em 2 eixos.

O rastreamento solar máximo é de - 55º Leste a +55° Oeste. Os seguidores solares serão
instalados paralelamente ao azimute 0º Sul-Norte para maximizar o ganho no
rastreamento solar. Em cada eixo é possível instalar 58 módulos, totalizando 116, ou
seja, 4 strings por conjunto de tracker.

Figura 7: Configuração do tracker STI-H250 para o projeto Arinos

O tracker terá sua movimentação por um único motor, localizado no centro, com auto
alimentação e conexão por wireless, com recepção do sinal centralizada na subestação
unitária.

As fundações dos seguidores serão em perfis metálicos em C ou H, que serão definidos


pelo fabricante após os testes geotécnicos de pull-out. A instalação destes perfis
metálicos será feita com equipamento de cravação, que os introduzirá no solo por
vibração ou impacto com profundidade das estacas estimada entre 1,5 m e 2,5 m. O
equipamento que realizará a cravação dos perfis metálicos desloca-se sobre lagartas
para maior mobilidade e versatilidade no local da obra. O mecanismo de cravação
hidráulico, bem como o controle de movimentação do equipamento, é feito por um único
operador ou por nenhum a depender da máquina considerada.

Após os testes de pull-out, será possível confirmar os tipos de fundação para todas as
estacas do tracker. De forma geral as estacas são cravadas de forma direta (Figura 8),
feito com o equipamento devido (Figura 9), caso o solo não tenha a resistêcia ideal estas

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soluções variam, o que normalmente se concluem concretar a base da estaca, assim


garantindo que atenda a todas especificações do fabricante quanto aos esforços.

Figura 8: Vistas em corte e perspectiva dos perfis metálicos de fundação dos trackres

Figura 9: Equipamentos de cravação de perfis metálicos

5.5 TS (Transformer Station)

A UFV Arinos possuirá 49 TS da Huawei, destas 21 do modelo JUPITER-9000K-H1 e 28


do modelo JUPITER-6000K-H1, compostos com transformardores de 8,250 kVA @50℃1
e 6,059 kVA @50℃1, estes com tensão 0,8 - 0,8/20-34,5kV, painel de baixa tensão,

1
At Ambient temperature max./monthly (hottest month)/annual average (°C) 50 / 40 / 30

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painel de média tensão, painel de comunicação e transformador auxiliar 34,5/0,4kVac


10kVA.

Estes equipamentos serão instalados sobre em uma base de concreto com aberturas
para chegada e saída dos cabos ou, instalados sobre pilares de concreto, de acordo com
as características do equipamento, a qual deverá ser previamente construída. Segue
exemplo similar na figura abaixo.

Figura 10: Base típica para Eletrocentros

5.6 Serviços Auxiliares para as Instalações Comuns

Será instalado um sistema de alimentação em Corrente Alternada, comum a todo o


parque solar, para suprir:

• Sistema de CFTV;
• Guarita;
• Estação Solarimétrica;
• Iluminação externa.

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Este sistema será alimentado a partir de um transformador auxiliar trifásico de 34,5/0,38


kV com potência de 10kVA, instalado nas TS.

As fontes de energia alimentarão um quadro de distribuição geral (QSA) de 380/220V


que alimentará todas as cargas das instalações comuns.

6 CRITÉRIOS BÁSICOS DO PROJETO ELETROMECÂNICO

6.1 Sistema de Supervisão, Comando e Controle (SCADA)

O sistema de supervisão, comando e controle será projetado e implantado para a


supervisão, comando e controle local e remoto da planta UFV Arinos e será centralizado
na sala de controle.

O sistema integrará todos os equipamentos da planta, de forma que deverá ser capaz
de exercer todas as atividades de operação a partir de uma única estação de operação,
seja ela local ou remota.

Osistema instalado na sala de controle local será suportado por um no break (UPS)
dimensionado para manter todos os equipamentos e CFTV em operação por no mínimo
8 horas ininterruptas.

6.2 Sistema Supervisório (SCADA)

Com o objetivo de manter elevado nível de disponibilidade, o SCADA possuirá base de


dados redundante e, em caso de falha do servidor principal, o servidor redundante
deverá assumir as funcionalidades sem qualquer prejuízo da operação (hot stand by).

O sistema deverá integrar os dados de campo de todas as instalações, além de ser capaz
de enviar e receber comandos, incluindo sem se limitar a:

• Trackers;
• Inversores;
• Equipamentos das TS;
• Transformadores elevadores;
• Conexão à rede;

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• Estação Meteorológica;
• Medição de faturamento;
• Controle da Planta;
• CFTV.

Dentre as funções de comando, controle, supervisão e relatórios a serem


disponibilizadas pelo sistema, deverão existir:

• Sistema de acesso por senhas e com níveis de autoridade;


• Controle de nível de prioridade (local e remoto);
• Lista de alarmes;
• Lista de eventos;
• Relatórios configuráveis;
• Acesso a dados remotos (mínimo de 10 anos);
• Telas de tendência configuráveis;
• Dados da estação Solarimétrica com telas de tendência;
• Dados de status do tracker e outras configurações;
• Dados de status dos inversores com possibilidade de elaborar telas de tendência
específicas para o monitoramento da planta;
• Informações dos sistemas de proteção e auxiliares da planta;
• Informações dos transformadores;
• Controle de tensão, potência ativa, potência reativa e frequência;
• Telas (hardcopies) com indicação em tempo real das grandezas do sistema;
• Agrupamento de alarmes;
• Acesso à documentação (projeto) das plantas;
• Gestão da manutenção;
• Gestão de ativos;

Comunicação via protocolos DNP3.0, IEC 60870-5-104, IEC 61850, Modbus RTU,Modbus
TCP.

6.3 Estação Solarimétrica

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Está prevista a instalação de 7 (sete) estações meteorológicas e 7 (sete) subestações


solarimétricas, um conjunto em cada parque, equipadas com diferentes sensores de
irradiação, precipitação, temperatura e velocidade do vento, cujos dados também serão
transmitidos pelo datalogger ao sistema de controle da planta, de forma a se obterem
valores para controle mais precisos e registro no Sistema Supervisório SCADA.

A estação meteorológica típica será composta no mínimo pelos seguintes sensores e


equipamentos:

• Dois piranômetros Classe A (Secondary Standard) que permitirão um sistema


redundante para obtenção de níveis de radiação solar global no plano horizontal;
• Um albedometro Classe A, padrão secundário – ISO 9060;
• Um sensor de temperatura e um sensor de umidade (higrômetro) do ar;
• Um pluviômetro para medição do índice de pluviosidade;
• Datalogger;
• Um anemometro de copo;
• Um anemoscópio;
• Um switch ethernet para conectar o datalogger com o SCADA;
• Todos os cabos de interligação para o funcionamento da estação solarimétrica;
• Estrutura para montagem da estação, garantindo nenhum sombreamento nos
piranômetros;
• A estação deve atender a todas as normas e também atender aos requisitos da
EPE/ANEEL.

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Figura 11: Estações Meteorológicas

A subestação meteorológica típica será composta no mínimo pelos seguintes sensores


e equipamentos:

• Um piranômetro Classe A, padrão secundário – ISO 9060 para obtenção de níveis


de radiação solar global no plano horizontal;
• Dois sensores de temperatura (PT100 ou PT1000) de superfície do módulo;
• Um sistema de medição de sujidade DustIQ;
• Datalogger;
• Um switch ethernet para conectar o datalogger com o SCADA;
• Todos os cabos de interligação para o funcionamento da estação solarimétrica;
• Estrutura para montagem da estação, garantindo nenhum sombreamento nos
piranômetros.

6.4 Sistemas de Controle de Acesso e CFTV

O sistema de controle de acesso e anti-intrusão será composto basicamente por:

• Uma cerca perimetral em todo o perímetro da planta fotovoltaica.


• Um sistema de CFTV com capacidade de detecção de movimento por análise de
imagens.

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O Sistema CFTV permitirá acesso às câmeras em tempo real e dados gravados via web
browser e aplicativo conectado à internet.

O sistema CFTV compreenderá um servidor de CFTV com unidade de memória de


massa incorporada, a ser instalado na sala de controle local, câmeras PTZ com detecção
de movimento ao redor do perímetro do site oferecendo 100% de cobertura da área
cercada.

Câmeras PTZ serão posicionadas ao longo do perímetro da UFV, no lado interior do


parque solar. Atenção especial será dada às mudanças de direção do recinto e da
topografia do local para garantir 100% de cobertura. As Câmeras serão instaladas em
mastros a uma altura ideal para uma visão clara sobre todo o campo de visão para cada
câmera.

Além das câmeras de perímetro, uma câmera de cúpula (dome), anti-vandalismo, será
instalada no parque com vista para a estrada de acesso.

As câmeras PTZ serão equipadas com um projetor Infravermelho, para visão noturna,
para operação 24/7. A comutação entre os modos "dia" e "noite" será automática,
dependendo do nível de luz no campo de visão para cada câmera.

Todas as câmeras possuirão resolução real mínima 1080p.

Os sinais de vídeo das câmeras serão transportados para a sala de controle local, aonde
será implantado o gravador/servidor do sistema de CFTV.

O sistema será dimensionado para gravar continuamente o vídeo de todas as câmeras


durante um período mínimo de 45 dias no disco rígido.

Um monitor LCD ou TV LED de dimensão mínima de 42" será instalado na sala de


controle, de forma que possa exibir uma matriz com 4x4 câmeras ao vivo. O número de
telas será adaptado ao número de câmeras requeridas para cobrir toda a área da UFV
Arinos.

Se for detectado movimento pelo sistema, até que o alarme seja desligado, a seguinte
sequência é iniciada:

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• A saída para o alarme sonoro é ativada.


• É automaticamente exibida a imagem de vídeo da câmera em questão no monitor
LCD no modo 'tela cheia'.

6.5 Rede de Média Tensão 34,5KV

Neste capítulo serão descritas as principais características da rede de média tensão,


34,5 kV, da usina UFV Arinos.

A transformer station (TS) irá elevar a tensão de 800 Vca, que é convertida pelos
inversores, para 34,5 kV através de um transformador. A partir deste ponto, os cabos
serão direcionados por redes enterradas de média tensão até a SE, possuindo um trecho
de transição enterrada/aérea.

A rede de MT será instalada de forma subterrânea, com cabos de potência com isolação
sólida extrudada de polietileno reticulado (XLPE) com elevada rigidez dielétrica,
resistência a ionização e ao trilhamento e proteção contra roedores e cupim. Com
temperatura de operação em regime contínuo de 90 °C e 250 °C em regime emergencial.

Na mesma vala dos cabos condutores será instalado um cabo de aterramento em aço
cobreado nu de 70 mm² e cabos de fibra óptica possuindo 12 ou 36 fibras.

A proteção mecânica dos cabos condutores ao longo da rede subterrânea será feita por
placas de PVC e sinalizada com fitas de advertência no interior das valas.

O setor aéreo será feito com conjuntos de no máximo dois circuitos por poste, utilizando
de cabos de liga de alumínio nu, conforme a corrente do circuito e cabo de fibra óptica
autossustentado com 36 fibras.

6.6 Rede de Distribuição - Baixa Tensão (CC)

O arranjo da UFV Arinos prevê um total de 6.566 trackers. Cada tracker possui 96
módulos fotovoltaicos, totalizando 630.336 módulos.

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Cada String será formada por uma cadeia de 32 módulos em série, de forma a atingir a
tensão de trabalho (sistema próximo de 1500 Vcc max em Isc). Estas strings são
encaminhadas através de cabos solares até os inversores.

6.7 Rede de Distribuição – Baixa Tensão (CA)

Nos inversores, onde são conectadas as strings, após a conversão para CA, são
encaminhados a rede de distribuição ainda em baixa tensão até os TS.

6.8 Critérios Gerais de Aterramento e SPDA

Serão coletados os dados sobre a resistividade do solo em diversos pontos de medição


da UFV para os cálculos da malha de aterramento.

A resistência de aterramento do parque solar deverá ser medida em diversos pontos da


UFV e em todas as seções o valor não deverá exceder 10 ohms.

Se em um determinado ponto este valor de resistência não for atingido, a malha de


aterramento deverá ser estendida através da instalação de hastes de aterramento ou
cabos de aterramento adicionais até que a resistência seja menor do que 10 ohms.

A estrutura metálica do tracker será fabricada e montada de forma a garantir a


continuidade elétrica em todas as suas partes e deverá ser interligada diretamente à
malha de terra.

O sistema de proteção contra descargas atmosféricas, SPDA, será basicamente formado


pela malha de aterramento e por postes metálicos com para raio tipo Franklin distribuídos
em cada Estação de Transformação na área da UFV Arinos conforme dimensionamento
feito segundo as normas ABNT, respeitando o projeto básico.

Cabos de aço cobreado deverão ser instalados nas valas de cabos e interligados como
aterramento das estruturas e equipamentos, incluindo a cerca perimetral metálica
externa, postes das câmeras do sistema CFTV, estruturas dos trackers, estação
meteorológica, cubículos, quadros e neutro dos transformadores de BT/MT.

Na fase de projeto executivo deve ser realizado um estudo com simulações em software
específico para verificação das tensões de passo e toque na cerca perimetral,

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analisando-se a interferência da interligação dos aterramentos da cerca e da planta


fotovoltaica. Este resultado deve ser considerado para a decisão final de realizar a
equipotencialização ou manter as malhas isoladas.

A fim de eliminar a possibilidade de corrosão eletroquímica das peças enterradas de aço


galvanizado da estrutura dos seguidores, a ligação elétrica entre diferentes materiais
deve ser evitada para impedir a circulação de corrente do zinco para cobre através da
terra, o que resultaria em corrosão galvânica das estacas galvanizadas.

Considerando que todas as estruturas devem estar sob o mesmo potencial de terra, o
aterramento das estruturas não pode ser eliminado e, portanto, deve-se utilizar cabos de
aço cobreado para todas as conexões com os equipamentos do parque.

Serão aterrados o neutro do sistema de distribuição de baixa tensão de corrente


alternada e o neutro do sistema de média tensão (solidamente). O sistema de baixa
tensão de corrente alternada, entre a saída do inversor e o transformador elevador, será
flutuante.

A malha de terra da planta UFV deverá ser interligada à malha de terra da subestação.
Tal interligação deve ser feita utilizando do mesmo material utilizado, buscando a
equipotencialização de todo o empreendimento.

7 CRITÉRIOS BÁSICOS DO PROJETO CIVIL

7.1 Estruturas de Concreto / Edificações

Geral

Todas as estruturas de concreto armado e edificações serão executadas com os


materiais a seguir caracterizados:

• Concreto para estacas: fck ≥ 25 MPa;


• Concreto estrutural para estruturas moldadas “in situ” e fundações: fck ≥ 20 MPa;
• Concreto estrutural para estruturas pré-moldadas: fck ≥ 25 MPa;
• Concreto para lastros, camadas de regularização e peças sem função estrutural:
fck ≥ 10 MPa;

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• Aço CA-50.

Os tipos de fundação assim como a programação para sua execução dependerão de


uma campanha de investigação dos solos nas áreas das transformer stations e demais
edificações.

No âmbito deste projeto básico, após análise dos ensaios geotécnicos executados na
área de implantação do empreendimento, foram adotadas soluções com fundações em
radier, conforme a figura a seguir.

Figura 12: Fundação típica das Transformer Stations (TS)

As fundações deverão seguir as seguintes exigências básicas:

• Possuir segurança adequada contra a ruptura, tanto do elemento estrutural em


concreto armado, como do solo de fundação;
• Apresentar deformações compatíveis com a superestrutura, sob ação das
combinações mais desfavoráveis de carregamentos;
• Apresentar-se como a opção mais econômica dentre os tipos adequados para
fundações diretas e profundas.

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Para o correto dimensionamento das fundações, devem ser calculadas todas as cargas
atuantes, provenientes dos diversos carregamentos da superestrutura para obtenção da
situação mais desfavorável.

Todas as fundações deverão atender ao especificado na NBR 6122 - Projeto e execução


de fundações.

Edificações

O projeto da UFV Arinos prevê a implantação das seguintes edificações:

• 05 Guaritas/Salas de Apoio à Manutenção, localizadas na entrada dos sub-


parques da UFV Arinos;
• Almoxarifado e Casa de Controle, situados dentro da área da Subestação
Coletora.

As Guaritas/Salas de apoio foram dimensionadas de forma a prever, além das questões


de segurança e controle de acesso, uma estrutura com o objetivo de servir como base
de apoio técnico à manutenção periódica do respectivo sub-parque.

A distribuição interna de equipamentos, ferramentas e mobiliário, assim como as


atividades de manutenção a serem desenvolvidas na sala de apoio serão definidos
durante o projeto executivo, de acordo com as necessidades definidas pelo setor de
operação e manutenção (O&M).

Para a guarita prevê-se duas posições, sendo uma para o colaborador/segurança


durante o turno de trabalho, e outra para passagens de turnos ou possíveis treinamentos.

A seguir são apresentadas as figuras com as principais edificações previstas para a UFV
Arinos.

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Figura 13: Planta Baixa da edificação típica das Guaritas/Salas de Apoio

Figura 14: Planta Baixa da edificação do Almoxarifado

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Figura 15: Planta Baixa da edificação da Casa de Controle

A disposição final dos equipamentos e o “layout” das edificações serão definidos no


projeto executivo, em comum acordo com o empreendedor.

O sistema de condicionamento de ar dos edifícios deverá estar baseado no emprego de


aparelhos do tipo “split”, instalados em redundância.

7.2 Investigação do Solo

Devem ser realizados os ensaios de sondagem para a construção dos edifícios,


atendendo no mínimo aos seguintes requisitos:

Furos de Sondagem

No detalhamento do projeto deverão ser executadas, no mínimo, sondagens a percussão


(SPT) a partir de pontos selecionados, tais como, bases de transformadores, suportes
de barramentos, pórticos de ancoragem de linhas, disjuntores e edificações. Para tanto,
o posicionamento dos pontos a serem investigados constará de projeto próprio, com o
desenho indicativo da locação dos furos propostos, a ser elaborado no início do projeto
executivo.

As sondagens a percussão deverão ser executadas por firmas especializadas com


comprovada experiência e deverão atender, no mínimo, aso requisitos da NBR 8036 -

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Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de


edifícios - Procedimento.

Ensaios

Também pode ser necessária a execução de ensaios de amostras de solo, determinando


as características e as propriedades dos materiais encontrados (peso específico, teor de
umidade, resistência à compressão, ao cisalhamento, etc.) para avaliação do
comportamento dos solos quando submetidos às condições impostas pelas estruturas
projetadas. A necessidade ou não destes ensaios será definida a partir da análise dos
boletins de sondagens SPT a serem executados.

7.3 Vias Internas e de Acesso

A área da UFV Arinos abrange uma área da ordem de 900 ha, sendo necessário prover
vias de acesso ao longo das áreas internas do projeto.

As vias internas do empreendimento deverão ser projetadas e executadas de modo a


prover condições apropriadas à circulação de veículos de carga durante a fase de obras
e bem como durante a fase de operação da planta fotovoltaica.

Durante a fase de obras prevê-se que estarão circulando na obra diversos tipos de
maquinário, entre veículos pequenos, caminhões, escavadoras, rolos compressores,
cravadoras, perfuratrizes, etc. Além de ônibus utilizados para o transporte dos
trabalhadores no início e no final do dia.

Durante a fase de operação estima-se que estarão circulando no parque solar,


esporadicamente, caminhões-pipa e tratores para realização da limpeza dos módulos
solares e, diariamente, veículos de segurança/inspeção e veículos de transporte de
operadores e funcionários da usina.

Na UFV Arinos foram definidos dois tipos de acessos internos, quais sejam:

• as vias principais, que farão a conexão dos acessos externos às estruturas


permanentes do parque (Transformer Stations, String Inverters, trackers e
módulos) de forma a fornecer um acesso permanente e adequado à manutenção
do parque durante a sua vida útil; e,
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• as vias secundárias, perimetrais ao parque, com o objetivo de fornecer acesso


para manutenção e vigilância do perímetro externo do parque. Essa vias
apresentam dimensões menores em relação às vias principais.

As vias principais somam cerca de 26,3 km, enquanto que as vias secundárias somam
21,5 km, totalizando 47,8 km de extensão de acessos internos.

7.4 Geometria

A geometria das vias deverá seguir rigorosamente o projeto executivo, respeitando raio
mínimo da curva, limites de inclinação e sobre-elevações, dimensões mínimas e os
requisitos contidos nas especificações técnicas dos fabricantes de rastreadores e
módulos.

Prevê-se para os acessos internos do parque uma largura mínima de 6 m da faixa de


rolamento. No acesso perimetrais, a serem utilizados apenas para a manutenção da área
perimetral dos parques a faixa de rolamento foi prevista com 4 m de largura.

O terreno apresenta uma topografia relativamente plana, favorecendo a implantação de


acessos internos. Assim, não são esperados volumes significativos de movimentações
de terra.

No projeto da UFV Arinos foram adotados diferentes raios de curvatura, conforme figura
a seguir, utilizados conforme a restrição de espaço e a utilização planejada (veículos
padrão ou críticos).

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Figura 16: Detalhes típicos do projeto geométrico dos acessos

7.5 Capacidade de Suporte a Cargas

A capacidade de suporte a cargas das vias internas deve atender aos critérios da
metodologia prescrita pelo DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem),
bem como aos requisitos de capacidade de carga mínima definida nas especificações
dos trackers, painéis fotovoltaicos, inversores e outros equipamentos pesados a
adentrarem o empreendimento.

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Os testes de verificação da capacidade de carga e todos os demais testes de


pavimentação necessários para garantir a qualidade e a durabilidade exigidas no projeto
de acesso de acordo com os padrões da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) devem ser realizados durante a execução do pavimento.

De acordo com a metodologia DNER, o tráfego é dimensionado de acordo com o número


equivalente (N) das operações do eixo padrão durante as fases de construção, instalação
e operação do empreendimento. Corresponde à quantidade de repetições equivalentes
de um único eixo padrão cuja carga é igual a 8,2 toneladas.

Além do acesso interno, quaisquer estruturas de transposição e cruzamento, como


galerias, pontes, bueiros etc., devem cumprir rigorosamente os critérios estabelecidos
no projeto executivo.

A largura da pista de rolamento será de no mínimo 6,00 m no trecho entre o(s)


portão(ões) e as Edificações Permanentes, e de no mínimo 4,00 m (ou largura mínima
exigida pelo Corpo de Bombeiros local, o que for mais restritivo) nas demais vias de
acesso secundário (perimetrais). Deverá também garantir o adequado tráfego dos
veículos de construção, montagem e transporte, inclusive no que se refere às demandas
para a fase de O&M, prevendo-se ainda trechos para ultrapassagem e sobre larguras
em curvas para a adequada realização de manobras.

Os valores mínimos para os raios de curvas horizontais e parâmetros relacionados às


curvas verticais deverão ser especificados no projeto executivo em função das
recomendações dos manuais de projeto geométrico do DNIT, instruções de projeto
emitidas por órgãos estaduais com competência para a regulamentação sobre a
concepção de projetos para estradas de rodagem.

A seção transversal dos acessos internos deverá apresentar geometria abaulada com
declividade mínima de 2% para as laterais a partir do eixo do pavimento, onde devem
encontrar-se as cotas de maior elevação. O abaulamento deve ser tal que promova a
rápida remoção da água da chuva de sobre a superfície do leito carroçável, impedindo
que o fluxo adquira velocidade e energia capazes de causar danos erosivos sobre a
superfície de escoamento. Nos trechos de reta o eixo da seção transversal será dotado
das cotas de maiores elevações, ou seja, considera-se que a inclinação transversal deve

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fornecer direcionamento para ambos os lados da via. Nos trechos em curva, onde a
geometria do pavimento e arredores permitir, a cota de maior elevação poderá estar
localizada na extremidade da seção transversal, desde que o sistema de drenagem
conjugado esteja devidamente ajustado a essa característica do pavimento.

Para trechos em declive, onde a declividade longitudinal do pavimento igualar ou exceder


5% devido a implantação do acesso, deverá ser prevista a implantação de soluções
complementares para a drenagem dos acessos.

Geralmente, a seção de caminho deve ser projetada com pelo menos os seguintes
materiais e propriedades:

Camada de subleito

Propriedades geomecânicas:

• Material isento de matéria orgânica, matéria vegetal, detritos, lixo, pedras ou


peças cimentadas de tamanho especificado acima dos materiais;

• CBR ≥ 10

• Grau de compactação não inferior a 100% da massa específica aparente seca


máxima obtida em laboratório por ensaio Proctor Normal;

Propriedades do material:

• Diâmetro máximo do agregado de 150 mm;

• Material passante na peneira 200 ≤ 35%;

Camada de sub-base

Propriedades geomecânicas:

• Material isento de matéria orgânica, matéria vegetal, detritos, lixo, congelados,


pedras ou peças cimentadas de tamanho especificado acima dos materiais;

• CBR ≥ 20

• Grau de compactação não inferior a 100% da massa específica aparente seca


máxima obtida em laboratório por ensaio Proctor Intermediário;

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Propriedades do material:

• Diâmetro máximo do agregado de 40mm;

• Material passante na peneira 200 ≤ 20%;

• LL<25; IP<6; expansão < 1,0%.

Camada de base

Propriedades geomecânicas:

• Material isento de matéria orgânica, matéria vegetal, detritos, lixo, congelados,


pedras ou peças cimentadas de tamanho especificado acima dos materiais;

• CBR ≥ 60

• Expansão < 0,5%

• Grau de compactação não inferior a 100% da massa específica aparente seca


máxima obtida em laboratório por ensaio Proctor Modificado;

Compõem ainda a seção típica dos acessos o uso de sarjetas, geotêxtil, geomembrana
ou similar, quando necessários.

As figuras a seguir apresentam as seções transversais típicas para os acessos internos.

Figura 17: Seção Transversal Típica da Rede Viária Interna - 4 m

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Figura 18: Seção Transversal Típica da Rede Viária Interna - 6 m

7.6 Rede Viária Externa

O acesso, a partir da cidade de Arinos/MG, pode ser realizado pela BR-479, numa
distância da ordem de 25 a 30 km, em função da distância entre os sub-parques da UFV
Arinos. A BR-479 apresenta boas condições de tráfego, entretanto trata-se de uma
rodovia de mão dupla e raramente apresenta trechos com acostamento.

A BR-479 irá promover o acesso direto aos sub-parques UFV Arinos C9 e C10 e à área
do Canteiro de Obras principal, sendo necessária a execução de obras de melhorias
para entrada e saída de veículos na rodovia (faixas de aceleração e desaceleração).

O acesso aos sub-parques UFV Arinos C1, C2, C4, C32 e parte do C8, situados a norte
da área de implantação, será realizado pela rodovia BR-479 e pela estrada municipal
(em terra) denominada LMG-608.

O acesso aos sub-parques UFV Arinos C9 e parte do C8, situados a oeste da área de
implantação, será realizado pela rodovia BR-479 e por uma estrada vicinal de acesso às
propriedades rurais, num trajeto de cerca de 1 km.

O transporte de equipamentos e materiais até ao local da obra será realizado


majoritariamente por caminhões tipo Siders, capazes de abrir pela lateral, facilitando a
descarga. Existe também a possibilidade de se empregar caminhões do tipo container,
de 40 pés.

Os acessos externos à UFV já se encontram construídos e em condições de atender às


demandas de transporte de equipamentos e peças, devendo ser melhorados, onde
necessário, para atender aos veículos pesados e, ser executada a devida manutenção

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preventiva para evitar erosões causadas pelas chuvas e pelo tráfego normal da região,
permitindo assim a acessibilidade ao local do projeto.

7.7 Movimentação de Terras

A inclinação natural do terreno será minimamente modificada por ser parcialmente


adequada para a instalação dos seguidores (declividade < 10%), porém devem ser
analisados trabalhos de terraplanagem para que seja viável o escoamento natural das
águas da chuva.

Caso tenha ocorrência de qualquer trabalho de movimentação de terra nos


levantamentos e nos projetos posteriores, deverão ser adotadas as premissas descritas
abaixo e conforme as melhores práticas de engenharia.

A movimentação de terras ou terraplenagem é um conjunto de operações necessárias


para remover a terra dos locais em que se encontra em excesso para aqueles em que
há falta, tendo em vista o projeto a ser implantado.

A realização deste trabalho engloba cinco tipos de atividades:

• Escavação;
• Carregamento;
• Transporte;
• Espalhamento;
• Compactação.

As operações de aterro compreendem descarga, espalhamento em camadas,


homogeneização, conveniente umectação ou aeração, compactação dos materiais
selecionados procedentes de cortes ou empréstimos para a construção do corpo do
aterro até a cota correspondente do projeto de terraplenagem. O material para o aterro
deve ser devidamente caracterizado e selecionado, isento de matéria orgânica, micácea
e diatomácea, não deve ser constituído de turfas ou argila orgânica, e quando
proveniente de escavação de corte ou de área de empréstimo, estas devem atender à
disponibilidade, qualidade e destinação prévia indicada em projeto. As caixas de
empréstimo devem atender ao que for preconizado do PRAD da contratada.

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As operações de corte compreendem:

• Escavação, carga e transporte de material, quando houver necessidade de


remoção da camada vegetal em profundidades superiores a 20 cm;
• Escavação dos materiais constituintes do terreno natural até o greide da
terraplenagem indicado no projeto;
• Escavação dos materiais constituintes do terreno natural em espessuras abaixo
do greide da terraplenagem, quando se tratar de solos de elevada expansão,
baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, conforme indicação no projeto;
• Carga, transporte, descarga e espalhamento do material escavado para aterros
ou bota-foras e prévia preparação de praças de depósito, quando necessárias. As
áreas de bota-fora existentes estarão localizadas dentro da poligonal que
compreende a área do empreendimento;
• Retirada das camadas de solo mole, visando ao preparo das fundações de aterro.
O volume a ser retirado deve constar do projeto;
• Escavação, carga e transporte de material de área de empréstimos.

Figura 19: Trator de esteira, moto niveladora e escavadeira hidráulica - equipamentos que devem
ser utilizados em caso de terraplanagem na UFV

A orografia do local é caracterizada pela presença de inclinações baixas e como tal as


movimentações de terra concentram-se, sobretudo no nivelamento do terreno para
melhorar os perfis, de forma a facilitar a instalação das estruturas e a drenagem das
águas da chuva.

Neste projeto consideraram-se as seguintes atividades para a preparação do local:

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• Preparação da área e eliminação da vegetação presente no local, incluindo raízes


e demais elementos que se apresentem como interferências à cravação de
trackers ou qualquer outra atividade executiva da fase de implantação;
• Regularização do terreno;
• Selamento do terreno, consistindo em passagem de rolo, sem controle
tecnológico, com o intuito de evitar o carreamento de material solto proveniente
da supressão vegetal e, ao mesmo tempo, buscando evitar que o procedimento
venha a causar uma compactação que torne o solo impermeável.
7.8 Drenagem de Águas Pluviais

Valetas Laterais

Na premissa de que não serão criadas zonas impermeáveis na superfície do terreno da


UFV Arinos, tais como construções de edifícios ou estradas asfaltadas, e também
considerando que não existirá mudança significativa da topografia do terreno existente,
neste ponto descreve-se sumariamente o sistema da rede de drenagem de águas
pluviais no que se refere à rede viária interna da UFV Arinos.

A drenagem das águas pluviais será efetuada, na sua totalidade, por valetas em concreto
superficiais através da gravidade, evitando assim que elas atinjam o corpo dos acessos
internos e externos, sendo conduzidas até o sistema de drenagem do parque. Estas
valetas são caracterizadas por uma seção transversal triangular em concreto com 0,5 m
de largura e serão moldadas “in-situ”.

O tempo de recorrência ou período de retorno adotado na determinação da vazão de


projeto e, consequentemente, no dimensionamento dos dispositivos de drenagem, será
de 50 anos (com borda livre), devendo ser verificada para a recorrência de 100 anos (sem
borda livre).

A adaptação e consequente alteração dos acessos deverão ser seguidas da alteração e


avaliação destas valetas em campo, visto que elas devem atender ao propósito de
direcionar as águas pluviais para os sistemas de drenagem indicados.

Canais, Canaletas e Valetas

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Para a captação das águas escoantes naturalmente pelo terreno serão utilizados
inicialmente canais trapezoidais com revestimento em concreto. A escolha deste
revestimento se deve à ordem de grandeza das vazões encontradas nas sub-bacias,
internas ao parque, levando-se em conta os coeficientes de deflúvio adotados.

Os canais conduzirão o fluxo para outros canais condutores, bueiros e, quando


necessário, bacias de dissipação para descarga no terreno natural.

Neste projeto foram considerados três conjuntos de canais:

• Canais: canais retangulares em concreto;


• Canaletas tipo T: canaletas trapezoidais revestidas em concreto;
• Valetas tipo VPC: valetas de proteção revestidas em concreto.

Basicamente, a escolha entre canais retangulares, canaletas tipo T ou valetas tipo VPC
dependerá das vazões de projeto e do espaço disponível para a implantação do
dispositivo. As canaletas tipo T e as valetas VPC são construtivamente mais fáceis de
serem executadas em função do seu formato trapezoidal.

Por se tratar de um parque fotovoltaico os estudos de layout procuram aproveitar o


máximo espaço de campo disponível para geração, minimizando espaço para acessos,
cabos elétricos e drenagem.

As figuras seguintes apresentam as canaletas utilizadas.

Figura 20: Canaleta Tipo T

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Figura 21: Valetas

Figura 22: Canal retangular

A largura da base inferior dos canais, ou canaletas/valetas, será variante conforme a


capacidade hidráulica necessária, declividade média do trecho e velocidade limite.

A declividade média de implantação das canaletas seguirá a declividade do terreno, onde


possível, limitando-se, preferencialmente, a declividade mínima de 0,5%. Esta condição
objetiva reduzir a deposição de sedimentos finos ao longo da canaleta.

Bueiros

Afim de transpor acessos e outros obstáculos como linhas de média tensão são
propostos bueiros a jusante dos canais próximos aos limites da UFV e em local adequado
de deságue.

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Para o dimensionamento hidráulico dos bueiros admite-se que eles possam funcionar
como canais, vertedouros ou como orifícios. O DNIT apresenta em seu “Manual de
Drenagens de Rodovias - 2006” formulações bastante práticas para o dimensionamento.

O DNIT propõe condições que equivalem ao dimensionamento pelo "controle na


entrada", enquanto o bueiro funciona sem pressão. À proporção que a vazão aumenta
na entrada o bueiro passa a trabalhar a seção plena, sob carga, e a vazão passa a ser
condicionada então às condições de "controle na saída".

Conforme classificação do DNIT os bueiros são divididos em duas classes:

• Classe I: bueiros que trabalham com a entrada livre sem ser afogada, isto é, de
acordo com as seguintes condições: Hw<1,2D, onde: Hw é a altura da lâmina
d’água medida do fundo do bueiro até o nível da lâmina e D é a altura do bueiro
(Nos bueiros tubulares D equivale ao diâmetro).
• Classe II: bueiros que trabalham com a entrada afogada, isto é, de acordo com a
seguinte condição: Hw>1,2D.

Deve ser notado que a grande maioria dos bueiros são projetados com saídas
desafogadas como acontece comumente em regiões onduladas e montanhosas.

Reportando-se ao “Manual de Drenagem de Rodovias – DNIT”, temos para os bueiros


tubulares de concreto trabalhando como canal as seguintes condições críticas:

Tabela 7: Bueiro operando como Canal – Condições Críticas

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Já para o bueiro trabalhando como orifício os limites propostos pelo DNIT são
apresentados conforme tabela a seguir.

Tabela 8: Bueiro operando como Orifício – Condições Críticas

Entre as duas condições o bueiro trabalha num regime de transição.

Alternativamente, quando necessário, podem ser utilizados bueiros em seções


transversais retangulares, também conhecidos como bueiros celulares.

Do ponto de vista hidráulico os bueiros celulares funcionam de modo semelhante a um


bueiro tubular, podendo operar como canal, orifício ou em transição. A tabela seguinte,
de autoria do DNIT, apresenta os limites operacionais de algumas configurações comuns
para bueiros celulares trabalhando como canal.

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Tabela 9: Bueiro Celular operando como Canal – Condições Críticas

Os bueiros celulares são geralmente utilizados em condições de grandes vazões ou


quando as condições de recobrimento não podem ser atendidas. Aconselha-se que
neste caso os bueiros celulares tenham um concreto com resistência admissível para
velocidades próximas a 6,0 m/s.

Para a espessura de recobrimento dos bueiros será adotada a recomendação do


“Manual de Procedimentos para Elaboração de Estudos e Projetos de Engenharia
Rodoviária (2014)”, DER-MG, para tubos tipo PA-2. Esta classe de tubo foi verificada
pelo memorial estrutural de cálculo. A tabela seguinte, extraída do manual do DER,
apresenta os recobrimentos sugeridos pelo DER.

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Tabela 10: Recobrimento dos tubos de concreto (DER-MG)

Para o dimensionamento dos bueiros da UFV Arinos foi adotado o TR (tempo de


recorrência) de 100 anos e foi considerado os bueiros trabalhando com canal com
declividade variável conforme o trecho implantado. A Tabela 10 seguinte apresenta o
dimensionamento dos bueiros tubulares.

Tabela 11: Dimensionamento Hidráulico dos Bueiros Tubulares – TR=100 anos


Q100 s L Diâmetro v
Bueiro Tipo Escoamento
(m³/s) (%) (m) (m) (m/s)

B1 1,42 0,5% 8 BSTC 1,00 2,42 CANAL


B2 7,02 0,5% 8 BTTC 3 x 1,20 2,74 CANAL
B3 3,72 0,5% 10 BSTC 1,50 3,10 CANAL
B4 0,50 0,5% 8 BSTC 0,80 1,89 CANAL
B5 0,66 0,5% 8 BSTC 0,80 2,02 CANAL
B6 0,44 0,5% 10 BSTC 0,80 1,83 CANAL
B7 2,28 0,5% 8 BSTC 1,20 2,72 CANAL
B8 3,79 0,5% 8 BSTC 1,50 3,11 CANAL
B9 0,58 0,5% 8 BSTC 0,80 1,96 CANAL
B10 9,10 0,5% 8 BTTC 3 x 1,5 2,96 CANAL
B11 3,18 0,5% 10 BSTC 1,50 3,00 CANAL
B12 3,16 0,5% 10 BSTC 1,50 2,99 CANAL
B13 1,17 0,5% 10 BSTC 1,00 2,33 CANAL
B14 0,12 0,5% 8 BSTC 0,60 1,31 CANAL
B15 0,77 0,5% 8 BSTC 0,80 2,08 CANAL

Onde:

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Q100 – vazão de dimensionamento para a TR=100 anos em m³/s;


s – declividade de implantação do bueiro em %;
L – comprimento do bueiro em m;
V – velocidade de escoamento em m/s.

Para o bueiro B16, dada a ordem de grandeza da vazão, foi considerado um bueiro
celular. A tabela seguinte apresenta o seu dimensionamento.

Tabela 12: Dimensionamento Hidráulico dos Bueiros Celulares – TR=100 anos


Q100 s Comprimento Largura Altura v
Bueiro Escoamento
(m³/s) (%) (m) (cm) (cm) (m/s)
B16 12,13 0,5% 10 2 X 2,0 1,5 2,98 CANAL

Onde:

Q100 – vazão de dimensionamento para a TR=100 anos em m³/s;


s – declividade de implantação do bueiro em %;
L – comprimento previsto do bueiro em m;
v – velocidade de escoamento em m/s.
Passagens Molhadas

Como alternativa aos bueiros na travessia de acessos podem ser utilizadas as


passagens molhadas.

As passagens molhadas são rebaixamentos nos acessos, geralmente com revestimento


em concreto, que permitem a passagem da água num evento de chuva. Seu
dimensionamento funciona como um canal largo ou mesmo como um vertedor de soleira
espessa, sendo normalmente este utilizado por ser mais conservador.

Na UFV Arinos foi verificada a necessidade de implantação de uma passagem molhada.


A tabela a seguir apresenta os resultados para o dimensionamento da estrutura prevista.

Tabela 13: Dimensionamento da Passagem Molhada


Passagem Q100 b h H borda
talude
Molhada (m³/s) (m) (m) (m) (m)
PM01 1,44 10,00 0,21 0,60 0,39 10%

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Onde:

b – largura da soleira em m;
h – altura da lâmina d’água em m;
H – altura do rebaixo no acesso, a ser confirmado em campo;
v – velocidade de escoamento na passagem em m/s.
Dissipadores

Afim de minimizar a energia cinética do fluxo d’água oriundo de canais ou bueiros antes
de sua descarga em terreno natural, de modo a evitar o fenômeno de erosão, são
propostas costumeiramente bacias de dissipação, ou bacias de amortecimento.

Basicamente tratam-se de bacias de ressalto hidráulico, seguidas por um tapete de


enrocamento graúdo que visando amortecer as velocidades do fluxo. Recomenda-se que
mesmo em locais onde os bueiros venham a ser substituídos por “passagens molhadas”
sejam previstas estruturas de dissipação objetivando minimizar os possíveis impactos
erosivos.

Segundo o DNIT os dissipadores se classificam em dois tipos:

• Dissipadores localizados;
• Dissipadores contínuos.

Nesse projeto deverá ser adotado o tipo localizado.

O dimensionamento hidráulico será função da velocidade de escoamento d’água à


montante e da altura do fluxo afluente.

Afim de padronizar e facilitar o dimensionamento dos dispositivos de dissipação o DNIT


propõe a utilização de medidas em função do diâmetro do bueiro, já prevendo a situação
de máxima operação. A Figura 23 e a Figura 24 seguintes apresentam as dimensões
propostas para os dissipadores considerando a sua operação em regime máximo.

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Figura 23: Dissipadores de Saída de Bueiro - Planta (Fonte: DNIT)

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Figura 24: Dissipadores de Saída de Bueiro - Cortes (Fonte: DNIT)

7.9 CERCAMENTOS E PORTÕES DE ACESSO

Definição de Cercamento

O cercamento previsto será executado com postes de aço galvanizado, devendo ser
considerado o emprego de tubos de aço galvanizados de acordo com normas ABNT
NBR 6323 e NBR 10122, provendo condições compatíveis com a vida útil prevista para
o projeto, tendo sido consideradas as condições ambientais locais, respeitadas também
as condições de uso.

Para os mourões de suporte e esticador, foram adotadas as dimensões de Ø2” e 1,5 mm


de espessura. A altura total da cerca, a qual contempla tela e arame farpado, terá 2,40 m
e o comprimento total dos postes empregados nas cercas deverá ser tal que, contemple
a extensão enterrada no solo (60 cm) e garanta o cumprimento da altura conforme
especificado acima.

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O poste do tipo escora será destinado para reforçar os postes esticadores situados em
cada um dos vértices e encabeçamento junto ao portão. Deve possuir a mesma
dimensão e a mesma seção do poste de suporte. Devendo ser executado inclinado a 45°
sempre que houver mudança de direção ou, no máximo, a cada 30 metros em seção
reta.

Os postes metálicos deverão ter sua extremidade superior vedada por tampa não
plástica que garanta estanqueidade do interior dos tubos contra águas pluviais.

As cercas são compostas por tela do tipo alambrado, fio BWG 14, com a altura útil de
2,00 m, e abertura máxima de malha de 63,5 mm.

Deverão ser instalados 3 fios de arame farpado do tipo fio 16 BWG galvanizados na
extremidade superior da cerca, ao longo de todo o perímetro do empreendimento.

Deverão estar incorporados como componentes das cercas 3 cabos tensionadores da


tela fio 12 BWG galvanizado, de tal modo a impedir intrusões por debaixo da mesma
após simples alceamento.

Os arames utilizados na fixação da tela e demais componentes deverão ser


especificados com vistas à durabilidade compatível com a vida útil do projeto e em
concordância com a norma ABNT NBR 6323 e NBR 10122.

Sempre que existirem irregularidades no terreno natural, que produzam aberturas sob a
cercamento, superiores a 5 cm, estas deverão ser convenientemente eliminadas por
processos previamente aprovados pela fiscalização.

O cercamento total, previsto para a UFV Arinos, é da ordem de 32,9 km de extensão.

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Figura 25: Exemplo do cercamento a ser executado na UFV

Definição dos Portões de Acesso

O acesso será caracterizado por portão do tipo duas folhas rotativas com apoio central,
manual, com requadro de tubo de aço galvanizado de Ø 2.1/2”x3,50 mm de espessura
engastado em uma sapata de concreto. O portão deverá ser fixado com duas ou três
dobradiças do tipo canhão de diâmetro 3.1/2” e estas, por sua vez, fixadas através de
braçadeiras em mourões de tubos de Ø 4” com enchimento de concreto. O fechamento
do portão se dará com ferrolho do tipo (L - 12x9x0,9x21 cm) para cada folha, fixado aos
tubos de 2” e corrente com cadeado.

A figura a seguir exemplifica o modelo de portão adotado na UFV Arinos.

O projeto prevê a instalação de 5 portões de acesso aos sub-parques da UFV Arinos.

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Figura 26: Detalhe típico do portão de acesso

8 CANTEIRO DE OBRAS

8.1 Localização do Canteiro de Obras

A localização da implantação do Canteiro de Obras foi definida para atender de forma


otimizada às necessidades específicas inerentes à implantação de um projeto desta
natureza nesta região.

Como o layout da UFV Arinos foi desenvolvido em áreas não adjacentes, com um acerta
distância entre os sub-parques, o canteiro teve sua locação indicada no trecho centro-
sudeste da área de implantação, às margens da rodovia BR-479 em um local de fácil
acesso, conforme apresentado na figura a seguir.

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Figura 27 – Localização do Canteiro de Obras

A concepção também teve como objetivo evitar interferências futuras no que diz respeito
ao bom funcionamento da usina fotovoltaica e minimizar o impacto ambiental desta
instalação temporária.

A distribuição das instalações do canteiro de obras foi concebida para permitir um


adequado atendimento às necessidades de produção e de fluxo das atividades que serão
desenvolvidas para a construção da UFV Arinos.

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Na distribuição das instalações no canteiro de obras foram consideradas premissas


básicas descritas a seguir visando dar o máximo de funcionalidade ao ambiente de
trabalho, respeitando-se todos os padrões de segurança e saúde ocupacional.

8.2 Premissas da Concepção

O canteiro de obra é concebido com as seguintes premissas base:

• Mitigar os impactos ambientais potenciais de uma instalação temporária desta


natureza;
• Maximizar os níveis de segurança e saúde de todos os profissionais envolvidos
na obra;
• Otimizar os processos inerentes à concretização do empreendimento com
sucesso;
• Minimizar os custos mantendo os mais elevados padrões de qualidade.

8.3 Dimensionamento das Áreas do Canteiro

A configuração de canteiro proposta a seguir está baseada no emprego de módulos


habitáveis. Soluções desse tipo têm sido amplamente utilizadas em empreendimentos
de plantas fotovoltaicas, uma vez que simplificam o processo de implantação da
infraestrutura provisória e a posterior remoção de suas instalações ao término da obras.

O dimensionamento das instalações propostas está baseado em histograma de mão de


obra cujo pico estabeleceu-se em até 2.000 (dois mil) colaboradores, correspondente às
obras de construção dos parques fotovoltaicos componentes do complexo, incluindo a
implantação da linha de transmissão e da subestação de conexão.

As instalações propostas são dotadas de cerca de 470 m² de escritórios, onde


encontram-se salas de reunião, estações de trabalho para técnicos, áreas reservadas a
gerência e departamento administrativo, copa e sanitários masculinos e femininos.

A solução de canteiro de obra poderá ser alterada e sugerida pela empresa construtora,
desde que em acordo com as especificações e necessidades da CTG.

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Eventualmente, as estruturas de container poderão ser adaptadas para serem utilizadas


como estruturas definitivas da planta. Esta definição ocorrerá durante a elaboração do
projeto executivo.

Os escritórios deverão ser dotados de conexão estável à internet com banda de


transmissão de dados compatível com o volume de tráfego esperado para a operação
dos sistemas de telecomunicações durante o período de obras.

Dada a severidade das condições climáticas do local de implantação do


empreendimento, as instalações dos escritórios deverão contar com condicionamento de
ar por meio de aparelhos do tipo split, sendo observada a manutenção de condições
adequadas de trabalho quanto à temperatura interna e à geração de ruídos provenientes
do funcionamento dos condicionadores de ar ou de vibrações desses junto à interface
com as paredes dos módulos habitáveis.

Nas salas de reunião deverão estar disponíveis projetores ou televisores em


configuração e dimensão compatíveis com a projeção de conteúdos gráficos em alta
definição durante conferências e reuniões gerenciais a realizarem-se durante o período
de implantação do empreendimento.

Além de reuniões de projeto, estas instalações também poderão ser utilizadas para fins
de apresentações e treinamentos.

Almoxarifado

Serão instalados em um ou mais contêineres, de alvenaria ou similar. Como não existem


critérios pré-estabelecidos por norma para o dimensionamento de almoxarifados, já que
estes variam em função das características de cada obra, da periodicidade das compras
e dos sistemas de distribuição, foram adotados critérios de dimensionamento em função
das características próprias da implantação de uma UFV, adotando-se, então, uma área
de 400 m².

Refeitório
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Será instalado em alvenaria ou outra solução. Esta instalação servirá para atender aos
trabalhadores do empreendimento de forma geral. É uma área que possui amplas
acomodações para refeições, com instalações elétricas para equipamentos e exaustão.

Apresentações e treinamentos para trabalhadores poderão ser realizados nas


instalações fora do horário das refeições.

Parque Sanitário

O parque sanitário destinado ao atendimento dos trabalhadores mobilizados na


implantação do empreendimento deverá apresentar quantidades mínimas das
instalações determinadas pelas Normas Regulamentadoras NR 18 e NR 24, o que inclui
bacias sanitárias, chuveiros, armários com fechaduras ou cadeados individuais,
lavatórios e mictórios nos sanitários masculinos.

No caso do abastecimento de água para o canteiro de obras, a Norma ABNT NBR 5626
estabelece as exigências e recomendações com o objetivo de que as instalações
prediais de água fria sejam projetadas e construídas de tal maneira que garantam o
fornecimento suficiente de água, com pressão mínima necessária.

A rede hidráulica deverá ser abastecida por reservatório de água elevado, o qual terá
altura suficiente para o funcionamento do sistema hidráulico.

O abastecimento do reservatório se dará através de caminhão pipa de empresa


especializada a cada dois dias ou quando o mesmo se fizer necessário.

Já para a definição do tipo de tratamento para os efluentes líquidos gerados no canteiro


de obras procurou-se adotar um processo natural e que proporcione confiabilidade no
desempenho.

Desta forma o sistema de tratamento será composto por fossa séptica, filtro anaeróbio e
vala de infiltração (sumidouro), visando atender de forma adequada aos padrões de
emissão e qualidade definidos pela legislação ambiental vigente.

A fossa séptica ou tanque séptico consiste de um tanque, estanque, projetado e


construído para receber esgotos domésticos, separar os sólidos dos líquidos, digerir

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parcialmente a matéria orgânica, armazenar sólidos e descarregar o efluente líquido para


tratamento adicional.

Na fossa séptica, os sólidos sedimentáveis presentes no efluente sanitário vão ao fundo


do tanque, passando a constituir uma camada de lodo, enquanto que os óleos e graxas
e outros materiais leves presentes flutuam até a superfície do tanque, vindo a formar
uma camada de escuma. O efluente sanitário após passar por esse processo torna-se
clarificado.

O material orgânico retido no fundo do tanque sofre uma decomposição facultativa e


anaeróbia e é convertido em compostos mais estáveis como CO2, CH4 e H2S. O H2S
geralmente não provoca problemas de odor.

A seguir o efluente é encaminhado para o filtro anaeróbio que é um processo de


tratamento apropriado para o efluente do tanque séptico, por apresentar resíduos de
carga orgânica relativamente baixa e pequena concentração de sólidos em suspensão.
As britas presentes no filtro vão reter em sua superfície as bactérias anaeróbias
responsáveis pelo processo biológico.

Oficina

Será instalada em alvenaria ou outra solução. Esta instalação servirá para atender a
manutenção de veículos e equipamentos existentes na obra. É uma área que possui
área coberta para instalação de equipamentos, com instalações elétricas para
equipamentos e exaustão.

Guarita

Será construída guarita para controle de entrada e saída de pessoal e de veículos do


canteiro de obras. Não está previsto uso de segurança armada, quer na guarita, quer
nas atividades de vigilância do canteiro de obras. A guarita deverá ser construída visando
ser uma estrutura provisória das instalações da planta e deverá ser prevista a instalação
de banheiro em suas dependências.

Área de Estocagem

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EMPREENDIMENTO

Estão previstas áreas destinadas a estocagem de materiais e equipamentos,


principalmente módulos fotovoltaicos e estruturas metálicas de suporte. Essas áreas
devem estar devidamente localizadas na área do empreendimento de tal maneira a
otimizar as operações de descarga e montagem, com a minimização do deslocamento
de equipamentos até as frentes de trabalho.

Área de descarte

Estão previstas áreas destinadas a descarte de materiais, principalmente embalagens


dos módulos fotovoltaicos. Essas áreas estão espalhadas pela planta fotovoltaica para
otimizações logísticas, pois reduzirá o deslocamento para descarte de lixo devido à
proximidade com as frentes de trabalho.

Área de Estacionamento

No canteiro de obras deve ter uma área para estacionamento de veículos suficiente para
carros e ônibus, dentro do necessário para a obra.

8.4 Energia Elétrica

O canteiro será suprido por instalações de geradores a óleo diesel ou pela rede existente
através de uma conexão devidamente autorizada pela concessionária (o que for mais
viável).

Caso as instalações sejam supridas através de rede existente, deverá também ser
previsto um gerador diesel cabinado de 50 KVA, ou potência de acordo com necessidade
ou não da obra. O gerador será montado em bacia de proteção contra vazamentos
construída em bloco paredes e piso em cimento queimado. O combustível para o gerador
será proveniente de postos de abastecimento existentes na região sem que seja
necessária a construção de depósito no canteiro.

8.5 Ambulatório

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O canteiro de obras deverá ser dotado de ambulatório com ambulância, em atendimento


às normas e regulamentações vigentes pertinentes à segurança do trabalho.

8.6 Instalações Hidrossanitárias

Todas as instalações hidrossanitárias deverão ser concebidas, dimensionadas e


executadas em pleno atendimento às especificações e condicionantes constantes das
Licenças de Instalação e de Operação do empreendimento. As instalações prediais de
água fria deverão ser concebidas, dimensionadas e executadas em plena conformidade
com as prescrições da ABNT NBR 5.626:2020 e suas referências normativas. Do mesmo
modo, as instalações prediais de águas pluviais deverão ser concebidas, dimensionadas
e executadas em plena conformidade com as prescrições da ABNT NBR 10.844:1989 e
suas referências normativas.

Na área de implantação da UFV Arinos, não há um sistema público local de captação e


destinação dos esgotos sanitários, devendo os dejetos efluentes serem destinados a
sistema de fossas sépticas e sumidouros posicionados a distâncias seguras de corpos
d´água como rios, córregos, poços de abastecimento, etc., a fim de evitar a
contaminação dos mesmos. As instalações prediais de esgotos sanitários deverão ser
concebidas, dimensionadas e executadas em plena conformidade com as prescrições
da ABNT NBR 8.160:1999 e suas referências normativas. Do mesmo modo, em caso do
emprego de tanques sépticos, os mesmos deverão ser concebidos, dimensionados e
executados em plena conformidade com as prescrições das normas ABNT
NBR 7.229:1993 (Versão Corrigida 1997) e ABNT NBR 13.969:1997 e suas referências
normativas.

8.7 Instalações Elétricas

As instalações elétricas do canteiro de obras deverão estar dotadas de dispositivos de


proteção dos usuários contra surtos e descargas em geral. Todas as instalações elétricas
de baixa tensão deverá ser concebidas, dimensionadas e executadas em plena
conformidade com as prescrições da norma ABNT NBR 5.410:2004 (Versão Corrigida
2008) e suas referências normativas. Ademais, é obrigatória a implantação de sistema
de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA). As instalações desse sistema

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deverão ser concebidas, dimensionadas e executadas em plena conformidade com as


prescrições da norma ABNT NBR 5.419:2015 (Versão Corrigida 2018) e suas referências
normativas.

8.8 Instalações de Combate a Incêndios

As instalações do canteiro de obras deverão ser providas de sinalização de segurança,


rotas de fuga e recursos para combate a incêndios em pleno atendimento às disposições
das Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do estado de Minas Gerais. A
concepção, o dimensionamento e a implantação do sistema deverão constar prescritos
em projeto específico, desenvolvido em conformidade com as normas ABNT
NBR 16820:2022, ABNT NBR 15219:2020, ABNT NBR 14100:2022 e suas referências
normativas, a ser aprovado junto ao Corpo de Bombeiros. O uso das instalações do
canteiro de obras deverá ser condicionado à obtenção do AVCB (Auto de Vistoria do
Corpo de Bombeiros). Os extintores de incêndios empregados nas instalações do
sistema deverão atender plenamente às prescrições da norma ABNT NBR 12.693:2021

8.9 Processos Construtivos

As instalações provisórias do Canteiro de Obras foram determinadas a partir de


preocupações com os custos de aquisição de materiais, de implantação, de manutenção
e de menor impacto ambiental.

Visando a praticidade e agilidade, tanto de mobilização quanto de desmobilização do


canteiro, foram escolhidas soluções com containers que, além de serem suficientes para
a necessidade do empreendimento, possuem a entrega imediata para utilização em
campo.

9 MÉTODO BÁSICO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

9.1 Objetivo

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O objetivo desse procedimento é estabelecer o método de proteção ambiental e


destinação dos resíduos sólidos, líquidos e orgânicos gerados no canteiro de obras,
seguindo requisitos do Plano Básico Ambiental (PBA) – Arinos da CTG, bem como
demais normativas vigentes.

9.2 Critérios Ambientais Adotados

Diversas disciplinas de projeto, construção e montagem encontram relações com os


critérios e especificações ambientais a serem adotados na construção da usina solar. Os
itens que se seguem apresentam tais critérios e especificações para cada disciplina
considerada.

9.3 Normas Básicas de Higiene Adotadas

Estas especificações apresentadas a seguir foram elaboradas com o propósito de


proteger os empregados, materiais, equipamentos e instalações de propriedade do
instalador e do cliente.

Água: Será fornecida água potável em condições de uso para os colaboradores,


fazendo a análise da mesma através de laboratório devidamente qualificado. Estas
análises devem ser apresentadas pelo fornecedor.

Lixo: O lixo e os resíduos terão destino e tratamento que os tornem inócuos aos
empregados, à coletividade em geral e ao meio ambiente. As áreas de trabalho e vias
de circulação serão mantidas limpas e desimpedidas.

Incêndio: Serão atendidos os requisitos de proteção contra incêndio, previamente


aprovados pelo empreendedor, na forma da legislação em vigor. Caso ocorra incêndio
no local de trabalho, o responsável pela segurança será comunicado imediatamente,
independentemente das providências que sejam adotadas no imediato como combate
primário. Serão mantidos nas instalações de canteiro e nos veículos, os extintores
necessários e adequados para combate ao fogo, que estarão posicionados em lugar
de fácil e livre acesso. Estes meios não deverão ser utilizados ou removidos a não ser
para manutenção ou em caso de combate a incêndios.

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Os empregados deverão estar familiarizados com o sistema de combate e prevenção


a incêndios no local da obra, através de treinamentos específicos.

Instalações sanitárias e vestuários: Todas as instalações sanitárias serão


conservadas e mantidas de forma satisfatória ao uso, obedecendo os padrões de
higiene e limpeza. Tratamento conveniente será dedicado aos efluentes, evitando a
contaminação da área com agentes patológicos.

Refeições: Todas as refeições que serão fornecidas serão servidas em condições e


local adequados, em conformidade com normas da Vigilância Sanitária, do Ministério
do Trabalho e da ABNT.

9.4 Manejo de Resíduos Sólidos

Para atendimento das demandas geradas pela legislação municipal, estadual e federal,
assim como os requisitos estabelecidos no Plano de Controle Ambiental do
empreendimento, será elaborado um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços
– PGRS, descrevendo as ações de manejo de resíduos sólidos, observando suas
características, os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento,
coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, bem como a proteção
à saúde pública.

Todos os resíduos gerados durante a obra, e por suas atividades, serão caracterizados
conforme as normas ABNT NBR 10004:2004, NBR 10005:2004, NBR 10006:2004,
NBR 10007:2004 e Resolução CONAMA N° 307, de 05/07/2002.

Os resíduos gerados na obra e em suas atividades de apoio serão recolhidos


semanalmente e segregados de acordo com as classes a que pertencerem (ABNT
NBR 10004:2004: Classes I, IIA ou IIB / Resolução CONAMA N° 307/02: A, B, C ou D).

A coleta seletiva obedecerá aos critérios da Resolução CONAMA N° 275, mantendo


inclusive nos canteiros e frentes de obra, dispositivos para a coleta seletiva dos resíduos
diferenciados para lixo orgânico e inorgânico. Após a segregação, os resíduos serão
transferidos para os respectivos pontos de armazenamento.

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Serão construídos, em número suficiente e em áreas previamente aprovadas pelo setor


de SMS do empreendedor, locais para o armazenamento temporário dos resíduos,
conforme ABNT NBR 12235:1992 e ABNT NBR 11174:1990 e Resolução CONAMA N°
307/02. Esse armazenamento será realizado em local distante, no mínimo em 100 (cem)
metros, de cursos de água, e será devidamente sinalizado e identificado.

Além disso, será realizada a destinação seletiva e, sempre que possível após a
segregação dos resíduos, identificado o que poderá ser reutilizados e/ou reciclado,
garantindo que sejam encaminhados a entidades e/ou associações com fins sociais.

10 SUPRESSÃO VEGETAL

A supressão vegetal tem como objetivo a desobstrução das áreas destinadas à


implantação dos equipamentos e demais componentes do empreendimento. Nesta etapa
será removida a vegetação existente no local, incluindo raízes e demais elementos que
interfiram com a cravação dos perfis metálicos dos trackers.

A supressão vegetal irá ocorrer na totalidade da área interna aos cercamentos da UFV
Arinos, o que corresponde a cerca de 870 hectares. Este procedimento deverá ocorrer
somente após a obtenção da devida autorização expedida pelo órgão ambiental
competente.

A devida regularização do terreno deverá ser feita com o equipamento de supressão,


utilizando o material proveniente desta etapa, uniformizando a inclinação do terreno e
tornando uniforme a drenagem superficial da área.

Na execução destes trabalhos serão adotadas técnicas de execução de acordo com as


normas, licença (ASV) e medidas de proteção ambiental, além do atendimento aos
requisitos apresentados no Procedimento de Supressão Vegetal da CTG. Esta etapa
envolverá as seguintes operações:

• Supressão de vegetação com o uso de motosserra, e desbastadores florestais


frontal, com observância de todos os cuidados com a fauna e resgate de
germoplasma;
• Não será permitido o uso de fogo;

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• Remoção do material cortado será realizada pela área de intervenção autorizada


e nunca através da vegetação remanescente;
• Tratamento adequado do material lenhoso resultante do corte, de forma que se
criem condições para o seu aproveitamento (conforme determina a Portaria
IBAMA n°113) e evitem a ocorrência de acúmulo de material no local que, após a
secagem, poderão vir a se tornar potenciais focos de incêndios;
• Carregamento da madeira cortada, baldeio e descarregamento nos pátios de
armazenamento, sendo empilhadas, conforme a classificação. As peças
classificadas e empilhadas nos pátios deverão ser carregadas e transportadas
para a destinação final, ou ser reutilizada, preferencialmente visando obter cargas
uniformes;
• Destinação de todo material suprimido, ou sua reutilização;
• O material de galhada será picotado e utilizado em recuperação de áreas
degradadas;
• Limpeza do terreno após a supressão da vegetação;
• Destocamento e catação de raízes;
• Instalação e operação de bota-foras;
• Terraplenagem e/ou regularização do terreno;
• Selamento do terreno, consistindo em passagem de rolo, sem controle
tecnológico, com o intuito de evitar o carreamento de material solto proveniente
da supressão vegetal e, ao mesmo tempo, buscando evitar que o procedimento
venha a causar uma compactação que torne o solo impermeável;
• A manutenção preventiva e periódica através de um conjunto de operações com
o intuito de evitar surgimentos ou agravamento de processos erosivos, como
sulcos, ravinas e em casos mais graves de voçorocas.

11 ETAPAS CONSTRUTIVAS

A construção da UFV Arinos será concretizada mediante as seguintes etapas


construtivas:

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• Mobilização;
• Construção do canteiro de obra;
• Supressão vegetal;
• Movimentação de terras;
• Construção dos acessos internos;
• Construção do cercamento perimetral;
• Execução das valas;
• Execução do sistema de drenagem;
• Execução das fundações das subestações unitárias;
• Cravação das estacas de fundação dos seguidores solares;
• Montagem eletromecânica dos seguidores solares;
• Montagem dos módulos fotovoltaicos;
• Instalação dos String Inverters;
• Instalação dos Transformer Stations (TS);
• Ligação dos módulos em string;
• Instalação dos quadros elétricos de junção de strings;
• Lançamento e conexão dos cabos de baixa tensão;
• Lançamento e conexão dos cabos de média tensão;
• Instalação do sistema de aterramento;
• Instalação dos equipamentos de monitoramento;
• Lançamento e conexão dos cabos de fibra ótica;
• Verificações e testes;
• Entrada em operação.

12 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO (O&M)

As estruturas permanentes serão projetadas para suportar a equipe de O&M e as


demandas das atividades locais.

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Deverão ser previstas demandas de abastecimento de água para que sejam executadas
as devidas limpezas nas placas fotovoltaicas da UFV Arinos, com o intuito de evitar o
acúmulo de sujeira e o consequente impacto na geração de energia.

As estradas projetadas também devem permanecer trafegáveis nesta etapa, em


condições adequadas para o tráfego de carros e equipamentos necessários para a
operação e manutenção do empreendimento.

As seguintes quantidades e mão de obra e de água de serviço é esperada para a fase


operacional:

• Mão de Obra local: 19 profissionais, conforme indicado a seguir:

o Líder de planta: 01;


o Técnicos de manutenção: 02;
o Auxiliares de Manutenção: 04;
o Serventes de limpeza: 08;
o Seguranças: 04.

• Consumo de água de serviço (mensal): 25 m³

• Consumo de água para lavagem de painéis (mensal): 150 m³

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