Zorbas, um gato grande preto e gordo, mora numa casa perto do porto de
Hamburgo e, durante umas férias, fica sozinho em casa.
Um dia aterra na sua varanda uma gaivota moribunda, Kengah, que tinha sido apanhada por uma maré negra; Esta, antes de morrer, põe um ovo e obriga Zorba a assumir três promessas: não comer o ovo, tomar conta da sua cria e, quando esta nascesse, ensiná-la a voar. Sem compreender a responsabilidade e dificuldade da sua missão, Zorbas concorda. Decidido em fazer cumprir a sua palavra de gato do porto, empenha-se na educação da gaivotinha. Então, procura os seus fiéis amigos para o ajudarem na sua missão. Através das informações das enciclopédias de Sabetudo e boa vontade do restante grupo, juntamente com o sentido de dever e de honrar a palavra dada, os gatos têm pela frente uma difícil tarefa, cheia de peripécias para levar a cabo a tarefa de educar Ditosa. Desde o primeiro dia, que a gaivotinha é bem aceite e acarinhada pelo grupo, e, consequentemente, começa a achar que é um gato também. Assim, é com estranheza que vê os esforços dos amigos em educá-la e transformá-la numa verdadeira gaivota. No entanto, a sua verdadeira natureza prevalece e, também, ela sente o desejo de voar. Numa noite chuvosa, com a ajuda de um humano, o Poeta, Ditosa finalmente abre as suas asas, segue o seu destino e voa, deixando Zorbas emocionado, mas feliz, porque a sua amiga segue o seu caminho e ele cumpriu a sua palavra de gato.
A "História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar" é uma obra
ecológica, porque é um alerta para os perigos da poluição para todo o meio ambiente. A irresponsabilidade dos homens com a ânsia do poder económico coloca em risco a sobrevivência dos animais, plantas e da própria espécie humana. Para além disso, é uma história divertida onde diferentes espécies de animais convivem com harmonia, espírito de entreajuda e com um certo humor resolvem as dificuldades. Posso ainda acrescentar que é uma obra agradável de ler, escrita de forma simples, com personagens que cativam e nos levam para dentro da história.