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BANCO DE QUESTÕES – PORTUGUÊS 10.

O ANO


Domínio: Escrita
Conteúdo: Síntese escrita

Auto da Feira, de Gil Vicente

Faz a síntese escrita do texto de Luís Miguel Cintra sobre a encenaçã o do Auto da Feira.

Luís Miguel Cintra e o Auto da Feira

E nó s? Porque ainda andamos hoje à s voltas com


o auto?
Aprendi um pouco mais do que pensava, ao
encená -lo. Abandonei tantas ideias antigas, mais
superficiais: a vontade de transformar todo o espaço
do nosso teatro em feira de muitas tendas, a vontade
de incluir tratores, mú sica de emigrantes, majorettes,
gado, eletrodomésticos, etc.
Desisti da festa. Percebi que esta feira é diferente,
mais triste, mais inteligente. Como sempre, andei à s
voltas com uma questã o, aqui talvez mais premente
do que nunca, a grande questã o do teatro: essa, a
cumplicidade. É possível agora ainda fazer viver um
auto destes, feito de mil cumplicidades políticas
quinhentistas? Esta organizaçã o moral da sociedade,
pelo menos, já que o Saque de Roma vai bem longe,
ainda terá cumplicidades em torno de si? Oxalá que
nã o. (…) Outras cumplicidades fomos descobrindo e oxalá essas nã o falhem, a
cumplicidade de uma terceira via para «os contratos morais» e a cumplicidade, sempre,
do jogo, do prazer gratuito (como a graça e a alegria) do teatro e que nã o só , pelos
vistos, nos dá a Virgem. Se a via tradicional, medieval, franciscana, de Gil Vicente, o seu
louvor dos simples, a sua sabedoria, e tolerâ ncia e amor pelo imperfeito género
humano, por este segundo mundo em que vivemos, «todo imperfeito», acaba por
encontrar-se com as mais progressistas e novas ideias luteranas. E gostaríamos de ser
cú mplices de Gil Vicente (e oxalá do pú blico) na ó bvia recusa do mundo dos negó cios, da
política pequena, da autoridade, da eficiência, dos profissionais, no louvor do prazer e
da alegria neste «sigro em fundo» em que «todos somos negligentes». Cú mplices
também gostaríamos de ser da liberdade com que ele fazia os autos a el-Rei, com que
sagrado e profano e culto e popular conviviam, da total falta de medo de misturar
géneros, tons, registos, do desprezo pela unidade, pelo equilíbrio, pelo rigor, do prazer
de experimentar, da clareza e limpidez.
Luís Miguel Cintra, in Programa da representaçã o do Auto da Feira, Cornucó pia, 1998

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Domínio: Escrita
Conteúdo: Exposição escrita

Cantigas de Escárnio e Maldizer

Procura estabelecer a relaçã o entre os dois cartoons de Mordillo e as cantigas de


escárnio e maldizer.

Considera os tó picos seguintes:


▪ a sá tira ao amor cortês;
▪ as personagens intervenientes e as suas atitudes;
▪ os cená rios;
▪ motivos do có mico.

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Domínio: Escrita
Conteúdo: Apreciação escrita

Poesia Lírica de Camões


A utilizaçã o destes quadros do pintor renascentista Botticelli – que melhor do que
qualquer outro pintou a idealizaçã o da beleza feminina da sua época – é muito
interessante.
Observando cada um deles, criticamente, poderemos procurar interpretar a intençã o
comunicativa que cada um veicula.

Cartoon de Emilia Dziubak inspirado no quadro Pintura de Magritte, com utilizaçã o da figura de
O nascimento de Vénus de Botticelli . Flora, do quadro Primavera de Botticelli (1957).

Escolhe a imagem que mais te impressionar e faz a sua apreciaçã o crítica, de acordo
com os seguintes tó picos:
 Relaçã o com a imagem original;
 Elementos concordantes ou dissonantes;
 Intençã o crítica.

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Domínio: Escrita
Conteúdo: Exposição escrita

Observa as obras apresentadas de seguida. Elabora uma exposiçã o escrita sobre a


mulher do Renascimento, relacionando a obra dos pintores desta época com a poesia
de Petrarca e Camõ es.

Sandro Botticelli (1445-1510),


«Vénus» de Vénus e Marte
(c. 1483).

Piero del Pollaiolo (1443-1496) –


retrato de jovem e pormenor do
penteado.

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Domínio: Escrita
Conteúdo: Exposição escrita

Observa os quadros a seguir apresentados e elabora uma exposiçã o escrita sobre o tema
que lhes está subjacente.

AGIM SULAJ é um
famoso pintor albanês,
nascido a 6 de setembro de
1960, e que vive, desde 1990,
Agim Sulaj, Sonhos náufragos, 2014. em Rimini, em Itá lia, sendo
cidadã o italiano.
Caricaturista, ilustrador
e pintor, tem exposto nas
mais importantes galerias de
muitos países, tendo sido
galardoado com alguns dos
mais prestigiados prémios
internacionais
(nomeadamente, em
Portugal).
Os temas da liberdade,
da migraçã o, da ecologia, da
justiça social, dos Direitos
Humanos têm merecido a sua
preferência.
A mala do emigrante é
uma das suas metá foras
recorrentes. É essa metá fora
que está aqui presente.

Agim Sulaj, Globalização, 2015.

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Domínio: Escrita
Conteúdo: Diário

Imagina-te uma outra pessoa. Por exemplo, um rapaz/uma rapariga exatamente da tua
idade, a frequentar a tua escola, a viver na tua casa, mas… de outra nacionalidade, outra
raça ou outra religiã o. Necessariamente sentirá s todas as tuas vivências de modo
diferente.
Durante uma semana és esse outro EU e vais escrever um diá rio pessoal. Quando o
releres terá s grandes surpresas contigo mesmo!


Domínio: Escrita
Conteúdo: Memórias

FOI HÁ VINTE ANOS…


(Texto-memó ria a partir de uma fotografia de infâ ncia.)

Escolhe uma fotografia de quando eras criança. Olha bem para o/a menino/a que está
retratado/a. Agora passaram vinte anos e tu, já adulto/a, olhas a foto e recordas esse dia
ou esse tempo, registando as memó rias num texto pessoal e sentido.


Domínio: Escrita
Conteúdo: Relato de vivências / descrição / escrita expressiva

A. Memórias de viagem
Há , com certeza, um lugar – um país, uma cidade, uma regiã o – que querias muito
conhecer. Propomos-te que o faças de imediato… imaginariamente.
Procura todos os dados que puderes sobre esse lugar, para que o relato seja verosímil e,
num texto de 200 a 300 palavras, conta as tuas memó rias de viagem. (Nã o te esqueças
de combinar dados objetivos com impressõ es pessoais, que tornem o texto mais
interessante.)

B. Viagem na minha terra


Conheces a aldeia, vila ou cidade onde vives? Propomos-te que a visites com um novo
olhar, o de um visitante que se deixa surpreender pelas imagens, e também pelos sons,
cheiros, pessoas. Um viajante que reage, sente e pensa, enquanto caminha pelas ruas ou
se senta numa praça qualquer. E depois, num texto na 1.ª pessoa, regista o que vê e
sente.

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C. Um momento único
Redige um texto em que fales sobre um momento especial que viveste junto ao mar –
um encontro, um desencontro, umas horas de reflexã o, uma procura de conforto na
solidã o, uma surpresa… Sã o apenas sugestõ es, a escolha é tua.

D. Um sonho acordado
O movimento das ondas faz-te sonhar? Ou sã o as altas montanhas que mais te inspiram?
Ou a vastidã o sem limites das planícies?
Conta/inventa um sonho, suscitado pelo apelo de uma paisagem inspiradora.


Domínio: Escrita
Conteúdo: Carta

CARTA AO FUTURO
Imagina que és um jovem do século XXV. Encontraste a carta abaixo transcrita, por
acaso, nos arquivos informá ticos de uma biblioteca, entre milhõ es de documentos do
velho planeta Terra e surgiu-te uma vontade irreprimível de responder.
Escreve essa carta-resposta, na qual falará s um pouco de ti e do teu mundo, da tua
necessidade de comunicar, da vontade que tiveste de entrar na aventura do monó logo-
-diá logo que é a troca de correspondência.

Carta ao futuro

Meu amigo:

Escrevo-te para daqui a um século, cinco séculos, para daqui a mil anos… É
quase certo que esta carta te não chegará às mãos ou que, chegando, a não lerás.
Pouco importa. Escrevo pelo prazer de comunicar. Mas se sempre estimei a
epistolografia*, é porque é ela a forma de comunicação mais direta que suporta uma
larga margem de silêncio; porque ela é a forma mais concreta de diálogo que não
anula inteiramente o monólogo. Além disso, seduz-me o halo de aventura que rodeia
uma carta: papel do acaso, redigido numa hora intervalar, um vento de acaso o leva
pelos caminhos, o perde ou não aí, o atira ao cesto dos papéis e do olvido, ou o
guarda entre os sinais da memória.
Vergílio Ferreira, Carta ao Futuro, Bertand

* epistolografia – arte ou técnica de escrever cartas.

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Domínio: Escrita
Conteúdo: Roteiro literário
PROJETAR UM ROTEIRO LITERÁRIO
Em 2003 foi criado o programa «Rota dos escritores do século XX», iniciativa promovida
por diversas câ maras municipais da regiã o centro que decidiram criar um percurso
literá rio de homenagem aos seus escritores: Miguel Torga, Coimbra; Fernando Namora,
Condeixa; Carlos de Oliveira, Cantanhede; Vergílio Ferreira, Gouveia; Aquilino Ribeiro,
Vila Nova de Paiva; Afonso Lopes Vieira, Leiria.
1. Consulta, na internet, a pá gina deste projeto «Rota dos escritores».
2. Recolhe informaçã o sobre os escritores que nasceram ou viveram na tua regiã o e, à
semelhança do exemplo apresentado, elabora um roteiro literá rio da tua regiã o.
3. Recolhendo fotografias e informaçõ es biográ ficas que transformes em pequenos
textos ou legendas, elabora um PowerPoint para apresentares o roteiro na turma ou,
melhor ainda, na pá gina da Escola.


Domínio: Escrita
Conteúdo: Síntese escrita

Astronauta brasileiro na visita à sua terra natal


A Terra é azul… como os olhos da minha mãe
Recebido como herói na sua cidade natal, Marcos Pontes, o primeiro astronauta
brasileiro, fala da sensação de ver o planeta do espaço. «Eu me lembrei dos olhos
da minha mãe», disse.
Que a Terra é azul todos já sabemos desde que o russo Iú ri Gagá rin fez o primeiro
voo de um ser humano ao espaço a bordo da nave Vostok, em abril de 1961 e declarou
via rá dio «A Terra é azul». Mas qual é a emoçã o de ver a imensidã o do planeta do
espaço? Tal sensaçã o é traduzível em palavras? Recebido como heró i em sua cidade
natal, o bauruense Marcos César Pontes, primeiro brasileiro a participar de uma missã o
espacial, tentou dizer o que passou por sua cabeça quando viu pela primeira vez o
planeta do interior da nave russa Soyuz. «É difícil de se mostrar até em imagens. Eu
gravei com uma câ mara que havia lá e espero que tenha conseguido pegar essas
nuances. Mas, olha, é difícil descrever», afirmou, durante sua movimentada visita a
Bauru, no dia 21 de abril.
Com os olhos a brilhar como uma criança, Pontes, de 43 anos, tenente-coronel da
Aeroná utica, disse ter-se recordado de sua mã e ao verificar pela primeira vez, com os
seus pró prios olhos, a veracidade da afirmaçã o de Gagá rin. «Existe uma luz na superfície
da Terra, na atmosfera. Há uma expressã o científica para isso, mas nã o quero entrar
nesse aspeto. O aspeto que quero destacar é a beleza que isso tem. Quando você vê

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aquilo, parece uma energia. É inacreditá vel a beleza», lembrou. E completou em tom
emocionado: «Você imagina todas as pessoas que estã o neste planeta. É como se a Terra
fosse nossa mã e. Foi por isso que a primeira coisa que pensei foi na imagem de planeta-
-mã e e me lembrei dos olhos da minha mã e», disse, referindo-se a dona Zuleika Navarro
Pontes, falecida em junho de 2002.
A principal mensagem que o astronauta procurou passar foi a importâ ncia de se
acreditar nos sonhos. Menino de família humilde que soube vencer na vida, Pontes
nasceu em março de 1963, quase dois anos apó s o feito de Gagá rin, e iniciou sua
carreira profissional ainda na adolescência, limpando peças de motores de locomotivas
nas oficinas da rede ferroviá ria.
Em Bauru, sua cidade natal, as pessoas que empunhavam bandeiras do Brasil e se
amontoavam para chegar mais perto do ilustre conterrâ neo ouviram o astronauta
contar um sonho que teve durante uma «noite» de sono a bordo da ISS (sigla em inglês
da Estaçã o Espacial Internacional), no qual flutuava por uma cidade. «Quando acordei
estava realmente flutuando, aquele sonho impossível estava acontecendo, isso
significou bastante para mim», contou.
O dia ensolarado estava perfeito para a chegada de Marcos Pontes à sua cidade
natal, num aviã o da Força Aérea Brasileira (FAB) pilotado por ele mesmo.
Definitivamente, o dia 21 de abril de 2006 entrou para a histó ria de Bauru, cidade do
interior paulista de 343 mil habitantes, localizada a 345 quiló metros de Sã o Paulo.
in O Jornal da USP, ó rgã o da Universidade de Sã o Paulo, abril, 2008.


Domínio: Escrita
Conteúdo: Diário
UMA FOTOGRAFIA ENCONTRADA NA RUA (continuaçã o da narrativa)
(SUGESTÃ O: Leitura pelo professor do início do conto em baixo reproduzido, seguida
das indicaçõ es para a atividade de escrita.)

Agora que acabaste de ouvir o início de um conto, a continuaçã o depende de ti: Diana
será encontrada? Que tentativas fará o protagonista para a localizar? Como reagirá ela?
Num texto narrativo bem estruturado e coerente com o excerto ouvido, continua e
conclui a histó ria.

Uma fotografia na rua


Daniel encontrou a primeira fotografia na segunda-feira do mês de julho, pouco
depois do meio-dia. Esytava caída no passeio, em frente do edifício da Reitoria, e viu-a
por acaso. Ao baixar-se para pegar naquele pequeno pedaço de papel retangular viu
que, tal como pressentira no primeiro momento, se tratava de uma fotografia de passe.
E foi entã o, parado no meio do passeio, que experimentou um intenso arrepio interior
que lhe acelerou subitamente o bater do coraçã o. Sentiu-se como se de repenete o
tivessem transferido para outro lugar onde a realidade se desfocava e desapareciam as
pessoas que caminhavam à sua volta, como se apenas existisse ele e o bocado de
cartolina em que concentrara o olhar. (…)

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Entrou numa pastelaria pró xima e sentou-se numa das mesas livres, ainda
emocionado pela sensaçã o que acabara de experimentar. Pediu um café com leite e,
quando o empregado se afastou e regressou ao seu lugar atrá s do balcã o, abriu o punho
que mantivera fechado até à quele momento e voltou a olhar para a fotografia. Sentiu de
novo aquele arrepio delicioso, talvez mais intenso do que o anterior, e ficou admirado
perante a beleza que lhe sorria da imagem. Porque era um sorriso, sim, embora tã o vago
que tinha de se concentrar bem para que o percebesse. Nã o, o sorriso estava nos olhos,
naqueles olhos grandes e vivos, cor de mel. Havia neles uma espécie de brilho iró nico,
ou trocista, que era a sensaçã o transmitida pela mulher que sorria.
Eram os olhos o que mais atraía Daniel, embora o ovalado do rosto, emoldurado
pelo cabelo castanho cortado pelo pescoço num corte direito, também lhe parecesse
perfeito. (…)
Depois de passar longos minutos a contemplá -la enquanto o café esfriava, alheio à
sua paixã o, Daniel apercebeu-se de que a fotografia tinha um nome escrito na parte de
trá s, «Diana». Mas nã o havia mais nada, nem apelido, nem telefone, nem uma direçã o.
Apenas o nome, Diana. Umas quantas letras que davam uma nova dimensã o à fotografia
que Daniel nã o conseguia deixar de olhar. Porque aquele nome era a confirmaçã o ó bvia
da sua existência, de que nã o estava a olhar uma imagem distante e inalcançá vel como
as das revistas. Aquela Diana era real e pró xima, era alguém que perdera a fotografia
que ele tivera a sorte de encontrar. E isso queria dizer que, naquele mesmo momento,
estaria nalgum lugar da cidade, a passear, a ler, a tomar o pequeno-almoço, a sonhar…
Era real, tã o real quanto ele. E, portanto, também existia a possibilidade de a encontrar,
de a conhecer e, se tudo corresse bem, de iniciar uma relaçã o com ela.
Aquele pensamento apresentou-se-lhe com uma tal nitidez que, por instantes,
sentiu-se enjoado, como se a cabeça lhe desse voltas e perdesse a noçã o do lugar onde
se encontrava. Quando reagiu à quele estupor fugaz, já tinha tomado uma decisã o:
encontraria aquela Diana que acabava de irromper na sua vida de um modo tã o
extraordiná rio. Nã o devia ser difícil, Vigo nã o era uma cidade muito grande. Encontrá -
la--ia e devolver-lhe-ia a fotografia, e contar-lhe-ia depois as reviravoltas que tivera de
dar para a encontrar. (…)
Já mais calmo, convencido de que tomara a decisã o correta, começou a pensar
numa estratégia para a procurar.
Agustin Ferná ndez Paz, Só Resta o Amor

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SOLUÇÕES
① Conteúdo: Síntese escrita
Auto da Feira
Resposta pessoal.

② Conteúdo: Exposição escrita


Cantigas de Escárnio e Maldizer
Resposta pessoal.

③ Conteúdo: Apreciação escrita


Poesia Lírica de Camões
Resposta pessoal.

④ Conteúdo: Exposição escrita


Francesco Petrarca, poeta italiano do século XIV, cantou nos seus poemas líricos o amor-paixã o, o Amor
ideal, concebido como uma contemplaçã o espiritual da amada. As contradiçõ es que esta filosofia amorosa
despertam no ser humano – prazer e sofrimento, esperança e desespero pelo bem que nã o se alcança –
sã o encaradas pelo poeta com serenidade, pois fazem parte de um percurso purificador. Neste contexto, a
mulher amada é a representaçã o de um ideal de beleza e perfeiçã o.
Os pintores do Renascimento italiano seguiram o câ none petrarquista e, assim, as mulheres retratadas
nos seus quadros sã o modelos de beleza, serenidade, suavidade, espiritualidade e perfeiçã o.
Camõ es retratou, igualmente, a mulher nestes moldes renascentistas: com longos cabelos «de ouro», pele
branca e delicada, olhos claros e cintilantes, que refletem um temperamento sereno e uma alegria
discreta, ela é a Beleza, que se enquadra na harmonia da Natureza, a Perfeiçã o intocá vel e inatingível. Ela
é um ideal.

⑤ Conteúdo: Exposição escrita


Resposta pessoal.

⑥ Conteúdo: Diário
Resposta pessoal.

⑦ Conteúdo: Memórias
Resposta pessoal.

⑧ Conteúdo: Relato de vivências / descrição / escrita expressiva

⑨ Conteúdo: Carta
Resposta pessoal.

⑩ Conteúdo: Roteiro literário


Resposta pessoal.

⑪ Conteúdo: Síntese escrita


Resposta pessoal.

⑫ Conteúdo: Diário
Resposta pessoal.

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