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4632-(6) DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.

o 124 — 29 de Junho de 2006

3 — O disposto no n. o 2 do artigo anterior é aplicá vel


à s mençõ es previstas neste artigo. Artigo 3.o
Dados recolhidos

CAPÍTULO III Relativamente a cada um dos actos referidos no


artigo 1.o, devem ser registados no sistema informá tico
Disposições finais os seguintes elementos:
Artigo 16.o a) Identificaçã o da natureza e espécie dos actos;
b) Identificaçã o dos interessados, com mençã o do
Notificações nome completo e do nú mero do documento de
Sempre que a lei nã o disponha em contrá rio e sem identificaçã o;
prejuízo do disposto no artigo 116.o do Có digo do c) Identificaçã o da pessoa que pratica o acto;
Registo Comercial, as notificaçõ es sã o efectuadas por d) Data e hora de execuçã o do acto;
carta registada. e) Nú mero de identificaçã o do acto.

Artigo 4.o
Portaria n.o 657-B/2006
Execução do registo
de 29 de Junho
1 — O registo informá tico é efectuado no momento
O n.o 1 do artigo 38.o do Decreto-Lei n.o 76-A/2006,
da prá tica do acto, devendo o sistema informá tico gerar
de 29 de Março, estabelece a competência das câ maras
de comércio e indú stria, dos advogados e dos solici- um nú mero de identificaçã o que é aposto no documento
tadores para a prá tica de reconhecimentos simples e que formaliza o acto.
com mençõ es especiais, presenciais e por semelhança, 2 — Se, em virtude de dificuldades de cará cter téc-
autenticar documentos particulares e certificar, ou nico, nã o for possível aceder ao sistema no momento
fazer e certificar, traduçõ es de documentos. da realizaçã o do acto, esse facto deve ser
Todavia, o n.o 3 do mesmo artigo condiciona a vali- expressamente referido no documento que o formaliza,
dade desses actos a registo em sistema informá tico, devendo o registo informá tico ser realizado nas
cujo funcionamento, respectivos termos e custos quarenta e oito horas seguintes.
associados sã o definidos por portaria do Ministro da
Justiça, pelo que importa aprová -la. Artigo 5.o
Assim:
Manda o Governo, pelo Ministro da Justiça, tendo Protocolos
em conta o disposto no n.o 3 do artigo 38.o do Decre- to-
Lei n.o 76-A/2006, de 29 de Março, o seguinte: As entidades competentes para o desenvolvimento
e gestã o do sistema informá tico podem celebrar pro-
tocolos que permitam a utilizaçã o do mesmo sistema
Artigo 1.o por parte de diversas entidades com competência para
Registo informático a prática dos actos.
A validade dos reconhecimentos simples e com men- Artigo 6.o
çõ es especiais, presenciais e por semelhança, das auten- Notificação
ticaçõ es de documentos particulares e da certificaçã o,
ou realizaçã o e certificaçã o, de traduçõ es de 1 — O sistema informá tico apenas se considera em
documentos nos termos previstos na lei notarial, funcionamento depois de a sua disponibilizaçã o aos uti-
efectuados por câ maras de comércio e indú stria, lizadores ser notificada à Direcçã o-Geral dos Registos
reconhecidas nos ter- mos do Decreto-Lei n.o 244/92, e do Notariado.
de 29 de Outubro, advo- gados e solicitadores, depende 2 — Deve igualmente ser objecto de notificaçã o à
de registo em sistema informá tico. Direcçã o-Geral dos Registos e do Notariado a celebra-
Artigo 2.o çã o dos protocolos previstos no artigo anterior, bem
como qualquer alteraçã o a que estes sejam sujeitos.
Competência para o desenvolvimento e gestão do sistema informático

1 — O desenvolvimento e gestã o do sistema infor- Artigo 7.o


má tico referido no artigo anterior incumbe à s entidades
com competência para a prá tica dos respectivos actos, Custos associados
com as seguintes excepçõ es:
1 — As entidades competentes para o desenvolvi-
a) No caso dos advogados, é competente a Ordem mento e gestã o do sistema informá tico podem cobrar
dos Advogados; um preço pelo serviço de registo.
b) No caso dos solicitadores, é competente a 2 — O disposto no nú mero anterior nã o pode
Câ mara dos Solicitadores. implicar um aumento do custo total do acto que
implique a vio- laçã o do disposto no n.o 5 do artigo
2 — As entidades competentes para o desenvolvi- 38.o do Decreto-Lei
mento e gestã o do sistema informá tico devem garantir n.o 76-A/2006, de 29 de Março.
os meios de segurança necessá rios à sua correcta e
lícita utilizaçã o, designadamente mediante o uso de
meios de autenticaçã o das pessoas que acedem ao Artigo 8.o
sistema e de soluçõ es informá ticas que impeçam a Produção de efeitos
alteraçã o dos registos.
A presente portaria produz efeitos desde 30 de Junho
de 2006.
N.o 124 — 29 de Junho de 2006 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 4632-(7)

Artigo 9.o
c) A escolha de uma firma constituída por expres-
Entrada em vigor sã o de fantasia previamente criada e reservada
a favor do Estado;
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte d) A verificaçã o da admissibilidade e obtençã o da
ao da sua publicaçã o. firma, nos termos do n.o 3 do artigo 45.o do
Pelo Ministro da Justiça, João Tiago Valente Almeida regime do Registo Nacional de Pessoas Colec-
da Silveira, Secretá rio de Estado da Justiça, em 26 de tivas (RNPC);
Junho de 2006. e) A indicaçã o da firma constante de certificado
de admissibilidade de firma emitido pelo RNPC;
f) A escolha e o preenchimento de pacto ou acto
Portaria n.o 657-C/2006 constitutivo de modelo aprovado pelo director-
-geral dos Registos e do Notariado ou o envio
de 29 de Junho de pacto ou acto constitutivo elaborado pelos
Com a aprovaçã o do Decreto-Lei n.o 125/2006, de
g interessados;
29 de Junho, foi consagrado um regime especial de ) A apresentaçã o, através de fó rmula pró pria, das
cons- tituiçã o online de sociedades. declaraçõ es referidas no n.o 3 do artigo 7.o do
Este regime permite que a constituiçã o de sociedades Decreto-Lei n.o 125/2006, de 29 de Junho;
comerciais e civis sob forma comercial do tipo por quotas h) O preenchimento electró nico dos elementos
e anó nima se possa fazer através de sítio na Internet, necessá rios à apresentaçã o da declaraçã o de
excepto em algumas situaçõ es. Para esse efeito, a indi- iní- cio de actividade para efeitos fiscais;
caçã o dos dados e a entrega de documentos no sítio i) A entrega dos documentos necessá rios à apre-
devem ser efectuados, respectivamente, mediante auten- ciaçã o do pedido e ao suprimento de suas even-
ticaçã o electró nica e aposiçã o de uma assinatura elec- tuais deficiências;
tró nica. j) A assinatura electró nica dos documentos entre-
A designaçã o, o funcionamento e as funçõ es do sítio, gues;
bem como a utilizaçã o dos meios de autenticaçã o elec- l) O pagamento dos serviços por via electró nica;
tró nica e de assinatura electró nica, na indicaçã o dos m) A recolha de informaçã o que permita o
dados e na entrega de documentos no referido sítio, contacto entre os serviços competentes e os
carecem de ser regulamentados, conforme dispõ e o interessados e seus representantes;
artigo 17.o do Decreto-Lei n.o 125/2006, de 29 de Junho. n) O pedido de registo comercial da constituiçã o
Assim: da sociedade;
Manda o Governo, pelo Ministro da Justiça, ao abrigo o) A certificaçã o da data e da hora em que o
do artigo 17.o do Decreto-Lei n.o 125/2006, de 29 de pedido de registo foi concluído;
Junho, e dos n.os 1 e 5 do artigo 45. o do Có digo do p) O acesso ao sítio na Internet onde se encontrem
Registo Comercial, o seguinte: disponibilizadas as publicaçõ es legais.

2 — No caso previsto na alínea c), o sítio deve


Artigo 1.o permitir aos interessados completar a composiçã o da
Objecto firma com os aditamentos legalmente impostos, assim
como com qualquer expressã o alusiva ao objecto social
A presente portaria regula: que os inte- ressados optem por inserir entre a
a) A designaçã o, o funcionamento e as funçõ es expressã o de fantasia escolhida e os referidos
do sítio que permite a constituiçã o online de aditamentos.
sociedades comerciais e civis sob forma comer-
cial do tipo por quotas e anó nima; Artigo 4.o
b) Os termos em que se deve processar a Ordem de anotação dos pedidos
indicaçã o dos dados e a entrega de documentos
pelos inte- ressados no sítio. 1 — Os pedidos de constituiçã o online de sociedades
efectuados através do sítio sã o anotados pela ordem
da respectiva recepçã o.
Artigo 2.o 2 — Caso a tramitaçã o do procedimento de consti-
Designação do sítio tuiçã o online de sociedades seja distribuído por outras
conservató rias, nos termos do n.o 2 do artigo 3.o do
A constituiçã o online de sociedades comerciais e civis Decreto-Lei n.o 125/2006, de 29 de Junho, os pedidos
sob forma comercial do tipo por quotas e anó nima, nos sã o anotados pela respectiva ordem de recepçã o na
termos do Decreto-Lei n.o 125/2006, de 29 de Junho, con- servató ria do registo comercial para onde o pedido
faz-se através do sítio na Internet com o endereço foi distribuído.
www.empresaonline.pt, mantido pela Direcçã o-Geral 3 — Nos casos de pedidos de registo recebidos apó s
dos Registos e do Notariado. as 16 horas e em que a respectiva anotaçã o nã o possa
ser efectuada automaticamente por via informá tica, os
Artigo 3.o pedidos sã o anotados no dia seguinte, imediatamente
antes da primeira apresentaçã o pessoal ou por
Funções do sítio telecó pia, caso exista.
1 — O sítio deve permitir, entre outras que se mos-
trem necessá rias, as seguintes funçõ es: Artigo 5.o
a) A autenticaçã o dos utilizadores através de cer- Autenticação electrónica
tificados digitais;
b) A indicaçã o dos dados de identificaçã o dos 1 — Para efeitos de constituiçã o online de
interessados; sociedades, a autenticaçã o electró nica de advogados,
solicitadores e notá rios deve fazer-se mediante
certificado digital que comprove a qualidade
profissional do utilizador.
e, sendo solteiro se é maior ou menor, e se casado, o
nome completo do cô njuge e o regime matrimonial de
Artigo 6º bens (art.º 47º/1 do C. N.) – a naturalidade e a sua
Quem pode autenticar documentos exerce a “função residência habitual; 2) quanto à sociedade, de harmonia
notarial”? com o disposto no art.º 171º/1 do Có digo das
Sociedades Comerciais, a firma, o tipo, a sede, a
A funçã o notarial destina-se a dar forma legal e conservató ria onde está matriculada e o nº da
conferir fé pú blica aos atos jurídicos notariais. Trata- matrícula, bem como o nº de pessoa coletiva. Caso se
se, sobretudo, na formalizaçã o dos atos jurídicos encontre em liquidaçã o, a mençã o desta circunstâ ncia.
extrajudiciais, de modo a conferir-lhes fé pú blica. O
ó rgã o da funçã o notarial é o notá rio, encontrando-se Como devia ser descrito o objeto desse mesmo negó cio?
previstos, no art.º 3.º, ó rgã os especiais. Com a O objeto do negó cio é a fraçã o autó noma L do prédio
publicaçã o do DL 116/2008, a titulaçã o de factos “X”. Este tem de ser identificado pela sua localizaçã o e
sujeitos a registo for atribuída a outras entidades, além artigo matricial (art.º 57º/1 do C.N.), bem como pelo nº
dos notá rios, designadamente a advogados e da respetiva descriçã o na conservató ria a que pertença
solicitadores. Porém, estas entidades nã o têm (art.º 54º/1 do C.N.).
competência para praticar todos os atos notariais,
como, por exemplo, os testamentos, a justificaçã o de c) Que documentos ou que comprovativos seria
direitos e habilitaçã o de herdeiros, entre outros. Por necessá rio apresentar? Os documentos que se torna
isso, é mais correto afirmar-se que estas “novas” necessá rio apresentar sã o os seguintes: - Quanto à
entidades exercem parte da funçã o notarial. prova da identidade do Antó nio, um dos documentos
previstos no art.º 48.º/1 do C.N. e só se o outorgante os
nã o possuísse é que se mostraria necessá rio indicar
dois abonadores. - Para a prova da identificaçã o da
Artigo 7º sociedade, bem como da de qualidade do seu
Todas as regras a que deve obedecer a escritura pública são as representante, a certidã o do registo comercial e,
mesmas que se aplicam ao documento autenticado? eventualmente, outro documento que seja exigido por
De acordo com o artigo 24.º os documentos particulares quem autêntica o contrato (art.º 49.º/1 do C.N.). - Para
que titulem factos sujeitos a registo predial (DPAs) comprovar a identidade registral do prédio a certidã o
devem conter os requisitos legais a que estã o sujeitos os do registo predial e quanto à situaçã o matricial a
negó cios jurídicos, aplicando-se, subsidiariamente, o caderneta ou a certidã o matricial (art.ºs 54º/1 e 57º/2
Có digo do Notariado. Porém, a validade dos DPAs do C.N.). - Para cumprimento do princípio da
depende do depó sito na plataforma legitimaçã o dispositiva” (art.º 58º/2 do C.N.), bem como
www.predialonline.pt o que nã o acontece com a o da legalidade do regime da propriedade horizontal”
escritura pú blica. Além disso: A escritura pú blica é (art.º 62.º/1 do C.N.) a respetiva certidã o do registo
“confecionada” pelo notá rio e a sua validade nã o predial.
depende de qualquer depó sito ou outra diligência. Nos
documentos particulares autenticados (DPAs): sã o as
partes que redigem o contrato que é, depois, Artigo 10º
autenticado pela entidade com competência para tal e, A lei prevê a existência de documentos autênticos e
depositado na data da autenticaçã o. Qualquer ato pode autenticados. a) Quais as principais diferenças entre esses
ser lavrado por escritura pú blica (art.º 36.º, n.º 2 CN) o documentos?
que nã o acontece com o DPA, porquanto os atos que Sã o autênticos os previstos no 363º/2 do CC e 35º,
podem ser titulados por esta via sã o apenas os que Nº2CN. Isto é, os documentos redigidos (lavrados) pelo
constam do artigo 22.º do DL 116/2008; notá rio nas notas ou fora delas e as certidõ es,
certificados e documentos aná logos. E autenticados os
documentos particulares, feitos por qualquer pessoa,
Artigo 8º mas aos quais foi ligado (aposto) um termo de
Numa escritura feita no mês passado não ficou mencionado o autenticaçã o (150º, nº1 e nº2 CN) por quem legalmente
lugar em que a mesma foi lavrada. Esse ato ficou ferido de o puder fazer: em especial, notá rios, advogados e
algum vício? Qual? solicitadores (art.38º do DL 76-A/2006 de 29/3)
Se numa escritura nã o ficou mencionado o lugar em Pode o advogado delinear o conteú do de qualquer
que a mesma foi lavrada, o ato ficou ferido de um vício documento autêntico? Sempre? Pode delinear, isto é
grave, o qual consiste na nulidade prevista no art.º “minutar” o conteú do de qualquer ato (43º, nº1 CN),
70.º, n.º 1, a) do C.N.: “nulidade por vício de forma”. com determinadas exceçõ es: o testamento pú blico,
Esse vício poderia ser sanado, como indica o nº 2 desse dada a sua confidencialidade (artº 32º/2 do C.N.) em
art.º 70.º, nas condiçõ es previstas no n.º 7 do art.º vida do testador; nã o deve conter ilegalidades –
132.º do C.N. que, em síntese, consistem na “infringir o interesse e ordem pú blica” (art.43º, nº2
possibilidade de, através do contexto dessa escritura CN); o notá rio nã o é obrigado a reproduzir o seu
ou de elementos existentes no Cartó rio, ser possível conteú do se a redaçã o for imperfeita: isto é, se nã o
determinar o lugar da sua celebraçã o. cumprir o disposto nos art.42º e 43, nº3 CN.
Como caracterizaria a funçã o notarial, especialmente no
Artigo 9º tocante à elaboraçã o do documento autêntico e ao
cumprimento de princípios? a caracterizaçã o bá sica da
A sociedade “Móveis Ana, Ld.ª” comprou a António um andar funçã o notarial em especial na elaboraçã o do
destinado a escritórios que constitui a fração L do prédio “X”:
Supondo que se dirigiu ao Advogado para titular e autenticar documento autêntico, consiste em assegurar a
esse contrato. legalidade dos documentos que lavra ou que autentica e
em indagar e interpretar a vontade das partes de modo
O contrato em causa consubstancia a venda de um que o declarado corresponda à sua vontade real e se
imó vel, ato esse que está sujeito a registo. Deste modo: adeque ao que prevê o ordenamento jurídico (art.4º,
Como deviam ser identificados os sujeitos desse nº1CN). Para tanto, deve cumprir os princípios que
negó cio jurídico? Os sujeitos do negó cio jurídico sã o; a regem a sua atividade, designadamente atuando com
sociedade “Mó veis Ana, Ld.ª” e o Antó nio. Ambos responsabilidade e observando os previstos nos art.11º
devem ser identificados nos termos do disposto na al. e 13º do EN, de modo a nã o pô r em causa a fé pú blica
c) do art.º 46.º/1 do Có digo do Notariado (C.N.). Assim: inerente à sua funçã o: art.1º/1 do C.N.
1) quanto ao Antó nio, o seu nome completo, o estado -
Artigo 11º
Diga em que consiste a justificação para estabelecimento de Artigo 16º
novo trato sucessivo, e qual ou quais os documentos necessários
para que a mesma possa ser efetuada. Em geral, quando pode ter lugar uma justificação notarial?
A justificaçã o para estabelecimento de novo trato A justificaçã o notarial tem lugar quando o adquirente
sucessivo contempla aquelas situaçõ es em que existe do direito nã o disponha de documento para a prova do
um proprietá rio inscrito, mas houve uma quebra na seu direito/art.º 116.º, n.º 1 do CRPredial
cadeia das aquisiçõ es derivadas por abandono do
proprietá rio, sendo por isso necessá rio que o Que espécies de justificaçõ es notariais existem?
justificante invoque a posse conducente à usucapiã o, Justificaçõ es para estabelecimento do trato sucessivo,
enquanto causa originá ria da aquisiçã o/Art.ºs 116.º, reatamento do trato sucessivo e para estabelecimento
n.º 3 do CRPredial e 91.º do CNotariado. A escritura de de novo trato sucessivo (art.116.º, Nº1, 2 e 3 do
justificaçã o é instruída com os seguintes documentos: CRPredial e art.89.º, 90.º e 91.º do CN).
a) Certidã o do registo predial comprovativa da Quando se verifique que há um titular inscrito, mas falta
descriçã o predial e de todas as inscriçõ es em vigor; b) um título em que ele tenha intervindo, deve existir
Certidã o do teor da inscriçã o matricial; c) Notificaçã o alguma diligência prévia à escritura? Se sim, qual? A
do titular inscrito quando se verificar a falta de títulos notificaçã o do titular inscrito/art.º 99.º do CN e art.º
em que tenha intervindo o titular inscrito. Art.ºs 98.º e 117.º-G, n.º 1 do CRPredial
99.º CNotariado

Artigo 12º
Em que consiste a autenticação de documentos

Consiste na confirmaçã o do seu conteú do, feita pelo


signatá rio, perante o notá rio ou outra entidade que
possa exercer essa funçã o notarial, como o advogado
ou o solicitador: art.º 150.º, n.º 1, do C.N.

Artigo 13º
Como devem ser autenticados os documentos

Os documentos particulares devem ser autenticados


através da aposiçã o do termo de autenticaçã o (art.º
150.º, n.º 2, do C.N) o qual deve obedecer aos
requisitos e conter os elementos mencionados no 151º
do C.N

Artigo 14º
A lei prevê que nos instrumentos públicos notariais possa haver
a participação de intervenientes acidentais. Pergunta-se: Quem
são tais intervenientes e porque podem participar naqueles
instrumentos?

Intervenientes acidentais sã o as pessoas que intervêm,


excecionalmente, no ato notarial, a pedido das partes
ou do notá rio, tendo em vista colaborar com o notá rio
na realizaçã o do ato notarial, em matérias que o
notá rio nã o domine ou quando tenha dú vidas quanto à
integridade das faculdades metais das partes, como
por exemplo: intérpretes, peritos médicos, leitores etc.
Art.65.º a 67.º do Có digo do Notariado (CN). Compete
ao notá rio verificar a idoneidade dos intervenientes
acidentais e se sã o dignos de crédito, podendo recusar
a sua intervençã o/art. 68.º, n.ºs 3 e 4 (CN). Além disso,
nã o podem intervir se se verificar qualquer
incapacidade ou forem iná beis pelas causas previstas
no artigo 68.º, n.º 1. CN.

Artigo 15º
Tratando-se de documentos particulares autenticados também
podem ter igual participação e nos mesmos termos?

Aos negó cios jurídicos titulados por documentos


particulares autenticados (DPAs) aplicam-se as regras
dos negó cios jurídicos e subsidiariamente o CN (art.º
24.º do DL 116/2008, de 4 de julho; art.º 151, n.º 1 do
CN), pelo que, regra geral, os intervenientes acidentais
podem ter semelhante participaçã o. Excetua-se, no
entanto, a participaçã o de testemunhas
instrumentá rias que apenas tem intervençã o nos casos
previstos nas alíneas a), b) e c), do n.º 1 do artigo 67.º
do CN.

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