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O BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO

Redução na concentração do ozônio estratosférico de cerca de 50% durante


vários meses do ano (de setembro a novembro que corresponde à primavera
no Pólo Sul) atribuído principalmente à ação do cloro.
Este processo está acontecendo desde o ano de 1979 e no ano 2000, foi
detectado o maior buraco de ozônio sobre a Antártida, com uma área de mais
de 25 milhões de km2.

Ocorrência do processo – destruição do ozônio polar


Em todo o mundo, as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado
no Brasil, pode ir parar na Europa devido às correntes de convecção.
 Inverno no Polo Sul – 6 meses
o Meses escuros do inverno = - 800C

o A circulação de ar não ocorre, formando-se círculos de convecção


exclusivos daquela área, chamados de vórtex ou vórtice polar.
o O vórtice isola a atmosfera Antártida e impede a entrada de ozônio e os
poluentes atraídos durante o verão, ficam retidos na Antártida até
subirem para a estratosfera.
o Primavera no Polo Sul – setembro/inicio de novembro

o Os compostos acumulados começam a dissociar-se, iniciando então


uma destruição em larga escala do ozônio local, situação que se
perpetua até novembro, quando a circulação se modifica, com a entrada
de ar oriundo de outras regiões e há recomposição da camada local de
ozônio.
o Unidade Dobson (DU)

o É a unidade que mede a concentração de ozônio; é uma medida de


comprimento que indica a altura que teria a camada de de ozônio se
toda ela fosse transportada para as nossas condições de pressão e
temperatura.
o 1 DU = 0,1 μm

O “buraco” na camada de ozônio é a designação que é dada a uma


diminuição significativa da concentração do ozônio na estratosfera.
 Produção de Cloro sobre os cristais de gelo das NEPs:
ClONO2(g) + H2O(aq)  HOCl(aq) + HNO3(aq)
Ác. Hipocloroso/nítrico
HCl(g)  H+(aq) + Cl-(aq)
Cl-(aq) + HOCl(aq)  Cl2(g) + OH-(aq)
Cl2(g)  2 Cl* (primavera)

 Mecanismo de Destruição do O3 pelas NEPs


 Sequência da destruição:
Mecanismo I
Etapa 1: Cl* + O3  ClO* + O2
Etapa 2a: ClO* + ClO*  Cl-O-O-Cl (ou Cl2O2)
(Velocidade de ordem 2)  dependência quadrática
Etapa 2b: ClOOCl + luz UV  ClOO* + Cl*
Etapa 2c: ClOO*  O2 + Cl* (1 dia)
reações 2= 2 ClO*  2Cl* + O2
Mecanismo II (Reage Cl* das etapas 1 e 2)
2Cl* + 2O3  2ClO* + 2O2
2ClO*  2Cl* + O2
2O3  3O2
Inativação do Cloro
NEPs e Vórtice Desaparecem
HNO3 + UV  NO2* + OH*
NO2* + ClO* + Luz  ClONO2

NEPS

Cl* + CH4  HCl + CH3.

NEPS

Causas:
Cessam os ciclos de decomposição do O3;
O O3 se recompõe ao seu nível normal;
O buraco fecha-se até o próximo ano;
Obs: atualmente os níveis não tem voltado ao normal (desequilíbrio
ambiental).

Destruição do Ozônio Ártico (Pólo Norte)


Fenômeno menos severo
Temperaturas estratosféricas mais elevadas
NEPs formam-se com menos frequência e duram menos tempo

Compostos químicos que destroem a camada de ozônio


 Clorofluorcarbonetos (CFCs)
Década de 80 = 1 milhão de ton./ano
Vantagens:
Compostos atóxicos
Não-inflamáveis
Estável quimicamente
Propriedades úteis na condensação
Usos
Propelentes na fabricação de aerossóis; espumas; plásticos; ar condicionado;
Serviços de refrigeração;
Nos setores de solventes;
Uso em medicamentos (inaladores de dose medida).
Cálculo = 12 + 90 = 102

CFC – 12 (CF2Cl2)
Fluido circulante em refrigeradores
Aparelhos de ar para carros
Fabricação de espumas
Propelentes em embalagens de aerossóis
CFC – 11 (CFCl3)
Fabricação de espumas
Propelentes em embalagens de aerossóis(spray)

CFC – 13 (CF3Cl)
Limpeza de cola, graxa, resíduos de solda de placas de circuitos eletrônicos

Problemas dos CFCs:


Não possuem sumidouro troposférico;
Insolúveis em água;
Não são atacados por OH*
Não são dissociados por UV-A ou Vís.

Fórmulas e Códigos dos CFCs


CFC – 11
Número de Código : 11
Dedução: 90 + código = n0 átomos de C, H e F respectivamente

Reações fotoquímicas na estratosfera média e superior

Para CFC-12
CF2Cl2 + UV-C → CF2Cl* + Cl*
Cl* + O3  ClO* + O2
ClO* + O  Cl* + O2
O3 + O  2O2
Substitutos temporários dos CFCs
Possuem átomos de H ligados ao C
Remoção na Troposfera
Foram chamados de HCFCs - hidroclorofluorcarbonetos
HCFC – 22
Usos em ar condicionados domésticos, geladeiras e condicionadores
Substituiu o CFC – 12
Substituiu o CFC – 11 em espumação
Exemplo:
CH3 – CFCl2 e CH3 – CF2Cl Bons substitutos aos CFCs

São destruídos após poucas décadas;


Não são responsáveis pela destruíção do ozônio a longo prazo
Substitutos Ideais: produtos livres de cloro
 Substitutos Principais:
CH2F-CF3 = HFC-134a
Substitui o CFC-12 - Usado como fluido em refrigeradores e condicionadores
de ar.
o HFCs formam = HF

o A degradação dos HFCs produz TFA como intermediário

o O TFA inibe crescimento de plantas aquáticas

Acordos Internacionais
Final da década de 70 foi proibido o uso dos CFCs - América do Norte e países
escandinavos
1987 – Montreal (Canadá) – Protocolo de Montreal
1990 – Londres; 1992 – Copenhague, 1995 – Viena e 1997 – Montreal
Eliminação gradual de produtos depletivos do ozônio
Países Desenvolvidos: 1995 terminou a produção dos CFCs
Países em desenvolvimento: 2010 prazo final para produção
Ano de 2030 : terminar a produção de HCFCs (desenvolvidos)
Ano de 2040 : término para os HCFCs
Após o ano de 2015 = sem aumento permitido (em desenvolvimento)
Halons
CF3Br
CF2BrCl
Também destroem o ozônio
Usados na extinção de incêndios (aeronaves e centros de computação)
Produção de Halons proibida em 1994 - CH3I
CH3Br (pesticida):
2005 – desenvolvidos
2015 – em desenvolvimento
Usado para esterilizar solos antes do plantio de safras: tomates, morangos,
uvas, tabaco e flores; apagar incêndios (baixa reatividade e ótima supressão ao
fogo)

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