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Memória Descritiva
O processo de Adequação de equipamentos de trabalho ao DL 50/2005 (DL significa
Decreto-lei) tem como objetivo garantir que os equipamentos de trabalho, disponíveis
(ou fornecidos) nos locais de trabalho, estejam construídos e protegidos de tal forma
que assegurem, no que se refere à construção e proteção, o cumprimento das
obrigações gerais do empregador, englobadas no artigo 3º do DL 50/2005.
Como equipamento de trabalho baseamo-nos na definição do art.º 2º:
"Qualquer máquina, aparelho, ferramenta ou instalação utilizado no trabalho".
Objetivos
O Estudo e Projeto de Adequação de Máquinas ao DL 50/2005 pretende,
essencialmente, dotar os técnicos de ferramentas práticas por forma a garantir que
essas máquinas cumpram as seguintes condições ou "Objetivos globais" e, por isso,
possam ser consideradas "cobertas" no que se refere a todas as suas obrigações
(técnicas e legais):
1. Que sejam adequadas para o trabalho a ser realizado e convenientemente
adaptadas ao mesmo, garantindo a segurança e a saúde dos trabalhadores ao utilizar
essas máquinas.
2. Cumprir todas as disposições legais ou regulamentares, de caráter geral, ou
específico, aplicáveis.
3. Satisfazer as condições gerais (certificação) previstas nos Capítulos II e III do
DL 50/2005 (o cumprimento deste ponto 3 é garantido através do presente Estudo e
Projeto de Adequação).
4. Integração (desenvolvimento e cumprimento) de um programa de manutenção
preventivo na empresa que afete, diretamente, as máquinas objeto do estudo.
5. Cumprir as obrigações de verificação das máquinas.
Motivação
O presente relatório serve como base para o processo de avaliação de riscos realizado
à máquina ou aos equipamentos em questão. O principal objetivo desta avaliação é
servir como guia e ferramenta para atingir a conformidade das máquinas ou linhas objeto
do estudo, nos termos dos Capítulos II e III do Decreto-lei 50/2005 (ver o processo na
figura 1.1). Esta conformidade (uma vez certificada) é um documento imprescindível e
faz parte (entre outros) dos requisitos para o cumprimento integral (objetivo último do
nosso cliente) das medidas de segurança relativas às máquinas e/ou linhas.
No presente documento, são descritos os procedimentos pormenorizados utilizados
para a avaliação, os equipamentos analisados e as conclusões resumidas mais
destacadas para a adoção de medidas correctivas. No capítulo “Detalhe de Perigos”,
são apresentadas, em fichas específicas, as “não-conformidades”, a sua avaliação e as
medidas correctivas propostas.
O presente relatório permite avaliar o estado de segurança das máquinas analisadas,
recomendar as medidas preventivas e de redução de risco adequadas e planear as
intervenções necessárias para garantir o cumprimento das disposições mínimas de
segurança e saúde incluídas nos Capítulos II e III do Decreto-lei 50/2005, bem como
possíveis carências ou deficiências relevantes (não admissíveis) no cumprimento dos
Requisitos Essenciais de Segurança e Saúde (RESS) incluídos no Anexo I do Decreto-
lei 103/2008 - Diretiva 2006/42/CE.
Nos termos do Anexo I da Diretiva de Máquinas 2006/42/CE, “O fabricante deverá
garantir a realização de uma avaliação de riscos com o fim de determinar os requisitos
de segurança e de saúde aplicáveis à máquina. A máquina deverá ser concebida e
fabricada tendo em conta os resultados da avaliação de riscos”. Embora a máquina
objeto de estudo já estivesse concebida e fabricada (depois de 1995), a avaliação
servirá para detetar e corrigir aqueles riscos que não foram considerados no projecto
original e de os reduzir, na medida do possível, para valores aceitáveis para o
utilizador/proprietário da máquina.
Esta avaliação não substitui, em nenhum caso, o Processo Técnico do fabricante
original da máquina (embora este processo tivesse carências), nem assumirá uma
marcação CE nova (a marcação CE continuará a ser responsabilidade exclusiva do
fabricante da máquina), nem assumirá ou absorverá todas as responsabilidades diretas
do fabricante quanto à marcação CE e à declaração de conformidade.
Para assegurar a realização do processo adequado, seguiu-se a seguinte norma
harmonizada com a Diretiva Máquinas: EN ISO 12100:2010 - Segurança de máquinas
- Princípios gerais de concepção - Avaliação e redução de riscos. Esta norma guia o
processo de concepção seguro da máquina e descreve os princípios para proceder de
modo constante e sistemático na Avaliação e Redução de Riscos.
INÍCIO
Limites da máquina
Identificação de perigos
Estimação do risco
Aplicar medidas de controlo
Avaliação do risco
NÃO
Redução do risco
2) Máquina Parada:
a. Manutenção: 1 Técnico de Manutenção
b. Limpeza: 2 Operadores: “Team Leader” e Operador de Linha
[Exemplo]
Os controlos e acessos mais habituais, segundo dados observados nos dias de visita
e a informação recebida por parte da empresa, detalham-se de seguida:
[Exemplo]
Limites de Espaço:
No presente relatório, foi analisada a seguinte instalação:
Nome instalação : Linha de produção de … [Exemplo]
Fabricante : ASDFGH [Exemplo]
Modelo : QWERTY [Exemplo]
Número de série : 123456789 [Exemplo]
Ano de fabrico : 2009 [Exemplo]
1- Equipamento 1
• Fabricante: AAAA [Exemplo]
• Modelo: BBBB [Exemplo]
• Número de Serie: 123456 [Exemplo]
• Ano de fabricação: 2004 [Exemplo]
2- Equipamento 2
• Fabricante: CCCC [Exemplo]
• Modelo: DDDD [Exemplo]
• Número de Serie: 789012 [Exemplo]
• Ano de fabricação: 2007 [Exemplo]
3- Equipamento 3
• Fabricante: EEEE [Exemplo]
• Modelo: FFFF [Exemplo]
• Número de Serie: 453567 [Exemplo]
• Ano de fabricação: 2008 [Exemplo]
Imagens das partes mais relevantes da linha [Exemplo]:
17
19
18
Zona 6 2 15
14
5
6 16 Zona 2 Zona 3 12
3 13
3
4 11 Zona 5
7
Zona 4
2 10
1 9
8
ZONA 1
Limites no tempo
[Exemplo]
A linha original foi montada em 2009. Posteriormente, na instalação existente, foram
incorporados novos equipamentos para automatizar e melhorar o processo de
produção.
A vida útil da máquina não está expressamente determinada nos manuais de
instruções dos respetivos equipamentos que fazem parte da linha. Devem considerar-
se as instruções de manutenção e de limpeza de cada uma das partes da máquina, a
fim de conseguir prolongar a vida útil de todos os equipamentos e componentes.
Considera-se uma utilização em condições ambientais corretas e com uma utilização e
manutenção adequadas.
Os componentes submetidos a especial desgaste são, por exemplo, os
componentes pneumáticos, os componentes eletromecânicos, os sistemas de
correntes, etc. As peças fabricadas mecanicamente raramente deveriam ser
substituídas se o projeto estiver correto.
Deve-se constatar a existência de componentes que requeiram de uma revisão
periódica e anexar a informação pertinente. Essa frequência encontra-se indicada no
manual de instruções da linha, ou se ocorrer uma mudança de localização, mediante a
correspondente prova ou ensaio de cumprimento.
Identificação dos perigos
Para identificar os perigos presentes nas máquinas, realiza-se a Análise Preliminar de
Perigos (APP). Uma Análise Preliminar de Perigos permite identificar as possibilidades
de se produzir um acidente e avaliar qualitativamente a importância da possível lesão
ou dano. Seguidamente, apresentam-se as medidas de segurança propostas e os
resultados da sua correta aplicação.
Como referência para realizar este inventário, foi utilizada a lista de perigos indicados
no Anexo A (origem-consequência) da norma EN 12100:2010 (Segurança em
máquinas. Princípios gerais para o design. Avaliação do risco e redução do risco).
1. Perigos mecânicos.
2. Perigos elétricos.
3. Perigos térmicos.
Localização e zona do
perigo
Figura 1.2 – Conteúdos da tabela de resumo da Análise Preliminar de Perigos (APP).
Para pormenorizar melhor os perigos, estes são listados um após outro nas páginas
sucessivas do anexo deste relatório (um perigo por página). Na parte superior de cada
página, volta a aparecer o número de perigo e uma série de campos que o definem mais
especificamente, tal como se indica na figura 6.2:
1 2 4 5
3 6
Máquina Tecnicum
(1) Chris Steel é um técnico de segurança registado com 15 anos de experiência na indústria
e no âmbito da consultoria. Tem o cargo de codiretor da KEY Health and Safety, empresa
especializada em fornecer programas de desenvolvimento de alta qualidade para diretores e
formação para assessores de segurança.
DESCRIÇÃO
15 Certo, indubitável
1 Mensal
1,5 Semanal
2,5 Diária
4 Cada hora
5 Constante
1 1-2 pessoas
2 3-7 pessoas
4 8-15 pessoas
8 16-50 pessoas
12 Mais de 50 pessoas
Após determinar o valor das quatro variáveis para cada um dos perigos, o valor
HRN (que refere o nome do método “Hazard Rating Number”) define-se como o produto
das variáveis:
O HRN obtido para cada perigo gradua-se em quatro níveis, do mais baixo
(“Admissível – Muito baixo”) até ao mais alto (“Extremo - Inaceitável”). Esta classificação
é representada na figura 8.1.
HRN Valoração
HRN 10 Admissível – Muito baixo
1 2
Máquina Tecnicum
1
2
Máquina Tecnicum 4
[Teste – Exemplo]
(Ver pormenores no estudo de adequação nº xxxxxx)
Se, por parte do cliente (ver o verso deste certificado), forem adotadas todas as
indicações e as medidas de controlo contidas no relatório, a Schmersal Ibérica garante
o cumprimento das disposições do referido Decreto-lei 50/2005.
Este certificado de cumprimento é válido até 04.05.2019, fica condicionado aos limites
da máquina definidos no estudo e continuará condicionado de modo absoluto à
aplicação correta e verificada (ficando registo documental) das medidas de controlo
propostas, à não-existência de manipulações posteriores de terceiros não autorizados
(ou sem a supervisão técnica e os relatórios necessários), à utilização da máquina por
pessoal qualificado e nos usos/modos de funcionamento previstos e à aplicação do
respetivo plano de manutenção, nos termos do art. 6º do Decreto-lei 50/2005
(especialmente, das funções de segurança).
HRN
Perigo
Perig0
Nº
final final
1
16
2
17
3
18
4
19
5
20
6
21
7
22
8
23
9
24
10
25
11
26
12
27
13
14
15