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Apoio:
Fundação Cecierj / Consórcio Cederj
Rua da Ajuda, 5 – Centro – Rio de Janeiro, RJ – CEP 20040-000
Tel.: (21) 2333-1112 Fax: (21) 2333-1116
Presidente
Carlos Eduardo Bielschowsky
Vice-presidente
Masako Oya Masuda
Material Didático
ELABORAÇÃO DE CONTEÚDO COORDENAÇÃO Ilustração
Marcelo Antonio Sotratti DE PRODUÇÃO Renan Alves
Aline Sá Fábio Rapello Alencar
Capa
Philipp Lessa Andrade
ASSISTENTE Renan Alves
Rogério Seabra
DE PRODUÇÃO
Sandro Lessa Andrade
Bianca Giacomelli Programação
Visual
DIREÇÃO DE DESIGN INSTRUCIONAL Revisão Linguística Núbia Roma
Cristine Costa Barreto
e Tipográfica
PRODUÇÃO GRÁFICA
COORDENAÇÃO DE DESIGN Anna Maria Osborne
Patrícia Esteves
INSTRUCIONAL Beatriz Fontes
Ulisses Schnaider
Bruno José Peixoto Flávia Saboya
Flávia Busnardo da Cunha José Meyohas
Paulo Vasques de Miranda Licia Matos
Maria Elisa Silveira
DESIGN INSTRUCIONAL Mariana Caser
Karin Gonçalves Yana Gonzaga
G343
Geografia agrária: volume 2. / Marcelo Antonio Sotratti...[et al]. − Rio de
Janeiro: Fundação Cecierj, 2015.
220 p.; 19 x 26,5 cm.
ISBN: 978-85-458-0047-7
1. Geografia agrária. 2. Cartografia. I. Sá, Aline. II. Andrade, Philipp Lessa.
III. Seabra, Rogério. IV. Andrade, Sandro Lessa. 1. Título.
CDD: 900
Governador
Luiz Fernando de Souza Pezão
Universidades Consorciadas
Referências____________________________________211
aula 9
Relações
cidade x campo
Rogério Seabra
Geografia Agrária
Meta da aula
Objetivos
8
Aula 9 – Relações cidade x campo
INTRODUÇÃO
9
Geografia Agrária
Ian Pitchford
Luc Viatour
Figura 9.1: A ideia de cidade e campo contrastantes e opostas como às das
imagens presentes aqui não refletem as discussões teóricas e os casos analisados
pela Geografia Agrária moderna sobre as relações atuais entre campo e cidade.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Corfu_town.jpg (Cidade de Corfu, Grécia);
http://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_(agricultura) (Campo agrícola em Hamois, Bélgica)
10
Aula 9 – Relações cidade x campo
11
Geografia Agrária
Joe Mabel
Figura 9.3: Contrastando com a ideia de urbanidade apresentada por Rua
(2007), as feiras livres de produtores locais podem ser um bom exemplo de
ruralidades, ou seja, manifestações materiais ou simbólicas de origem rural
presentes nas áreas urbanas.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia (Feira do produtor em Seattle, USA)
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Aula 9 – Relações cidade x campo
13
Geografia Agrária
14
Aula 9 – Relações cidade x campo
Fonte: http://www.suapesquisa.com/economia/fordismo.htm
Atende ao objetivo 1
Associe, para cada elemento a seguir, os conceitos de campo, cidade, urbano e rural,
conforme analisado até este momento da aula. Lembre que o conceito de campo e cidade
está associado a formas espaciais enquanto que o de urbano e rural se associa com a
materialidade de relações sociais, desenvolvidas nessas categorias espaciais:
15
Geografia Agrária
Resposta comentada
Levando em consideração que a ideia de campo e cidade está associada às morfologias
espaciais, podemos associar a situação c como um exemplo de campo, e a situação a como
de cidade. Já as situações b e e são resultados das relações capitalistas imperativas no espaço
rural, de natureza econômica e cultural. Assim, podemos associar a estas situações a ideia de
rural. As situações d e f representam relações atuais observadas no urbano e demonstram os
interesses e as transformações impostas pelo capitalismo globalizado.
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Aula 9 – Relações cidade x campo
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Geografia Agrária
18
Aula 9 – Relações cidade x campo
Atende ao objetivo 2
a) Por que o autor sublinha que, embora as localidades rurais atuais apresentem atividades
não agrícolas, elas não deixam de ter sua essência rural?
19
Geografia Agrária
Resposta comentada
Percebemos que a primeira pergunta pode ser respondida por meio da compreensão das
novas relações entre o campo e a cidade. A expansão do capitalismo para as áreas rurais
vem dinamizando a lógica socioespacial de tais áreas, trazendo novas atividades (muitas
vezes tradicionalmente urbanas) como formas complementares de renda ou valorização cultural.
Isso não quer dizer que houve uma perda da essência rural, mas evidencia um processo de
transformação constante.
Essa análise permite pensarmos a segunda pergunta: de forma alguma haverá o fim do mundo
rural. As novas formas de aproximação entre o campo e a cidade e a superação das antigas
dicotomias nos apresentam um novo mundo rural, dinâmico e com novas perspectivas e questões
a serem estudadas. O mesmo se dá com as áreas urbanas.
20
Aula 9 – Relações cidade x campo
21
Geografia Agrária
22
Aula 9 – Relações cidade x campo
23
Geografia Agrária
Atende ao objetivo 3
Mediante o caso apresentado nesta aula – o turismo rural em Visconde de Mauá –, assinale
as afirmações que você considera corretas:
a) ( ) As atividades não agrícolas, como o turismo rural, são bons exemplos da interação
entre cidade e campo, hoje observadas nos espaços rurais.
24
Aula 9 – Relações cidade x campo
e) ( ) O turismo rural consiste num excelente exemplo para o geógrafo analisar as novas
relações entre campo e cidade, bem como as transformações decorrentes desse novo
processo. Tais análises auxiliarão ações de planejamento e gestão das áreas rurais e
estimularão o desenvolvimento de projetos que venham garantir melhor qualidade de vida
às populações locais.
Resposta comentada
Todas as afirmações estão corretas e estabelecem conceitualmente a essência do que foi discutido
na aula. É importante que você observe tais análises ao visitar as áreas rurais de sua região,
ou em futuras viagens que você venha a realizar.
CONCLUSÃO
25
Geografia Agrária
Atividade final
1. Pesquise uma área com interações espaciais relacionadas ao turismo rural e elabore um
trabalho de campo para alunos de Ensino Médio com o objetivo de apresentar as relações
entre cidade e campo como complementares.
2. Faça um texto capaz de sintetizar a explicação da renda não agrícola como uma vertente
do aumento da exploração do trabalho para o produtor familiar.
Resposta comentada
Este é um bom exercício associado à sua formação, ou seja, à licenciatura em Geografia. Procure,
primeiramente, estabelecer um roteiro de observação que pontue as questões elencadas na aula.
Tais observações devem atentar os alunos para as questões centrais das relações cidade-campo
e, ao mesmo tempo, estimular a reflexão crítica a respeito de tais relações. Posteriormente,
elabore algumas questões, ou uma pequena pesquisa, que ampliem o conhecimento dos alunos
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Aula 9 – Relações cidade x campo
RESUMO
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aula 10
as atividades
rurais não
agrícolas: trabalho
em tempo parcial,
pluriatividade e
multifuncionalidade
na agricultura
Philipp Lessa Andrade
Geografia Agrária
Meta da aula
Objetivos
30
Aula 10 – As atividades rurais não agrícolas: trabalho em tempo parcial, pluriatividade e multifuncionalidade na agricultura
INTRODUÇÃO
Assim sendo, o espaço rural, nos dias atuais, não pode ser
caracterizado apenas por atividades relacionadas à agropecuária,
já que cada vez mais outras atividades tipicamente urbanas vêm
sendo desenvolvidas no campo. Da mesma forma, as cidades não
devem ser identificadas exclusivamente com as atividades industriais
e de serviços, visto que o espaço urbano também pode possuir
atividades de natureza agrícola.
31
Geografia Agrária
32
Aula 10 – As atividades rurais não agrícolas: trabalho em tempo parcial, pluriatividade e multifuncionalidade na agricultura
Atende ao objetivo 1
a) Condomínio fechado de casas residenciais em lotes amplos, com área de lazer, horta
e pomar de uso coletivo.
b) Indústria de produção de queijos de cabra artesanal e com ponto de venda direto aos
consumidores.
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Geografia Agrária
Resposta comentada
Podemos perceber que todas as atividades elencadas na atividade são possivelmente presentes
nos espaços rurais contemporâneos. A dinâmica extensiva do capitalismo e o transbordamento
de atividades de natureza urbana nos espaços rurais acarretaram grandes transformações na
dinâmica e nas configurações territoriais dos espaços rurais contemporâneos, observando uma
série de atividades não rurais importantes para os moradores locais, como ensino, turismo,
segunda residência, comércio e agroindústria.
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Aula 10 – As atividades rurais não agrícolas: trabalho em tempo parcial, pluriatividade e multifuncionalidade na agricultura
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Geografia Agrária
36
Aula 10 – As atividades rurais não agrícolas: trabalho em tempo parcial, pluriatividade e multifuncionalidade na agricultura
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Geografia Agrária
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Aula 10 – As atividades rurais não agrícolas: trabalho em tempo parcial, pluriatividade e multifuncionalidade na agricultura
Eugenio Hansen
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Geografia Agrária
40
Aula 10 – As atividades rurais não agrícolas: trabalho em tempo parcial, pluriatividade e multifuncionalidade na agricultura
Atende ao objetivo 2
41
Geografia Agrária
Resposta comentada
A Associação Acolhida na Colônia de Santa Rosa de Lima, em Santa Catarina, promove uma
forma de turismo de base comunitária por meio da hospedagem de turistas em propriedades
de agricultores familiares. A interação das famílias com o turismo de base comunitária permite,
além de renda complementar às famílias rurais, a valorização da cultura, dos costumes e da
produção familiar de alimentos orgânicos e traz desenvolvimento e integração entre os produtores.
CONCLUSÃO
42
Aula 10 – As atividades rurais não agrícolas: trabalho em tempo parcial, pluriatividade e multifuncionalidade na agricultura
43
Geografia Agrária
Atividade final
Sua região apresenta pluriatividade? Que atividades agrícolas e não agrícolas são
desenvolvidas nas propriedades rurais locais? As propriedades rurais que desenvolvem
pluriatividade se beneficiam das atividades não agrícolas ali desenvolvidas? Existem políticas
públicas locais que incentivam a pluriatividade?
Resposta comentada
Reflita sobre essas questões e, caso necessário, pesquise na internet, converse com os colegas
ou mesmo visite uma propriedade rural. Após chegar a uma conclusão, elabore um texto de,
no máximo, 10 linhas, expressando sua opinião sobre a pluriatividade.
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Aula 10 – As atividades rurais não agrícolas: trabalho em tempo parcial, pluriatividade e multifuncionalidade na agricultura
RESUMO
45
aula 11
Ruralidades e
urbanidades
Marcelo Antonio Sotratti
Geografia Agrária
Meta da aula
Objetivos
1. analisar o papel das territorialidades nas dinâmicas socioespaciais dos espaços por
meio dos conceitos de ruralidades e urbanidades;
2. reconhecer as intencionalidades expressas pelas ruralidades e urbanidades como
formas de reconhecimento ou supremacia dos agentes socioespaciais envolvidos;
3. identificar as ruralidades presentes nos espaços urbanos e/ou espaços rurais
contemporâneos e suas formas materiais e imateriais de expressão;
4. identificar as urbanidades presentes nos espaços rurais contemporâneos e suas
formas materiais e imateriais de expressão.
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Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
INTRODUÇÃO
49
Geografia Agrária
50
Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
51
Geografia Agrária
52
Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
53
Geografia Agrária
Luciano Guelfi
Figura 11.4: Hotel-fazenda Mundo Antigo, localizado em Pomerode, SC.
Fonte: http://www.flickr.com/photos/lrguelfi/194446866/
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Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
55
Geografia Agrária
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Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
Resposta comentada
São inúmeros os exemplos de territorialidades associadas à valorização e materialização de
identidades culturais no espaço rural. Festas tradicionais ligadas à colheita de algum produto
regional, como tomate, uva, figo, podem ser alguns exemplos e referências interessantes para se
pensar nessa questão. Da mesma forma, a presença de objetos ligados a processos produtivos
contemporâneos ou pretéritos com alto valor simbólico e histórico, como moinhos d’água, casas
de pedras, antigas sedes de fazenda, podem também ser casos interessantes para essa análise
e relação entre identidade cultural, patrimônio cultural e territorialidades.
Ruralidades: expressões de
transformações contemporâneas nos
espaços rurais
57
Geografia Agrária
58
Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
Rudi Böhm
Figura 11.5: Mapa do Parque Nacional de Itatiaia, localizado entre os estados
do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A demarcação dessa unidade de conservação
expressa uma territorialidade específica – ruralidade – nas áreas rurais que a envolvem.
Fonte: http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/guia-do-visitante.html
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Geografia Agrária
60
Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
Helder Ribeiro
Figura 11.6: Quadrilha em festa junina realizada nas cidades brasileiras.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:FestaJunina.jpg
61
Geografia Agrária
Figura 11.7: Arena de rodeio da Festa do Peão de Barretos, uma das maiores
do gênero realizadas no Brasil.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Arena_de_Rodeio.jpg
62
Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
Atende ao objetivo 3
Discuta a ruralidade que envolve a Figura 11.9 por meio das questões apresentadas
nesta aula.
63
Geografia Agrária
Resposta comentada
A situação de ruralidade demonstrada pela Figura 11.9 ilustra as relações de continuidade
existentes entre campo e cidade, defendidas por diversos geógrafos contemporâneos. Muitas
vezes, tais ruralidades são resultantes da organização de grupos sociais urbanos que veem a
produção agrícola artesanal e realizada nas proximidades de sua residência com uma forma
de redução de gastos e fortalecimento do sentido de comunidade. Tal situação, várias vezes, é
incentivada por organizações não governamentais que estimulam usos econômicos alternativos
e solidários em áreas desocupadas da cidade.
Também é comum algumas municipalidades estimularem a produção social agrícola (hortas
comunitárias ou mesmo comerciais no sistema de concessão) em espaços públicos ou áreas
públicas onde sejam possíveis usos sociais.
Essas formas de ruralidades vêm desempenhando importante papel na inclusão social de grupos
sociais urbanos que veem no cultivo agrícola urbano a possibilidade de renda e sobrevivência.
64
Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
65
Geografia Agrária
66
Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
Atende ao objetivo 4
Resposta comentada
É evidente que a questão da escala é fundamental para analisarmos esses casos. Considerando
as regiões metropolitanas, podemos identificar que as relações entre o urbano e o rural podem
ser mais estreitas e contínuas, gerando um número significativo de urbanidades e, assim, o
aparecimento de áreas híbridas evidentes.
Essa análise não pode ser associada da mesma forma às dinâmicas entre o rural e o urbano
das pequenas cidades distantes das áreas metropolitanas. As urbanidades existem, mas a
urbanização irrestrita do campo, defendida por alguns autores, neste caso, deve ser relativizada
por meio das territorialidades. Assim, a questão da escala e a complexidade de realidades e
de relações entre o urbano e o rural devem ser consideradas.
67
Geografia Agrária
CONCLUSÃO
Atividade final
68
Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
69
Geografia Agrária
Resposta comentada
Na situação apresentada, observamos uma territorialidade que envolve várias naturezas: política,
social, cultural e econômica. Os movimentos sociais ligados ao direito de acesso à terra e sua
produção possuem um caráter central de resistência ao movimento capitalista e excludente que
o agronegócio e os latifúndios estabeleceram como regra hegemônica nos espaços rurais atuais.
A presença dessa territorialidade reafirma a resistência e a valorização dos grupos sociais
excluídos desse processo. Como se trata de uma questão central da geografia agrária, a
expressão dessa territorialidade pode ser reconhecida materialmente pela própria presença de
acampamentos e produção de agricultura de subsistência nas áreas invadidas como também
sua presença possui um forte caráter simbólico da ideologia que envolve tal territorialidade.
O embate ideológico e simbólico resulta, muitas vezes, em confrontos reais e violentos entre
proprietários e os grupos de manifestantes.
Essa territorialidade pode ser compreendida como uma ruralidade resultante das transformações
e das novas relações entre campo e cidade.
Pessoas excluídas e “expulsas” do campo para a cidade retornam ao campo por meio de
acampamentos transitórios idealizados pelo próprio movimento. No entanto, tal denominação é
discutível, uma vez que diversas benfeitorias e infraestrutura de caráter urbano são observadas em
acampamentos antigos e referenciadas como modelo do movimento. Essa situação exemplifica
nitidamente as tensões expressas pelas transformações atuais que o espaço rural apresenta.
70
Aula 11 – Ruralidades e urbanidades
RESUMO
71
aula 12
a estrutura
fundiária e as
relações de
trabalho no campo
Marcelo Antonio Sotratti
Aline Sá
Geografia Agrária
Metas da aula
Objetivos
74
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
INTRODUÇÃO
75
Geografia Agrária
76
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
77
Geografia Agrária
78
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
Atende ao objetivo 1
Resposta comentada
a) Podemos afirmar que a agricultura financiou a industrialização, pois a monocultura se
empenhou em exportar sua produção, a fim de custear a compra de maquinário e equipamentos
necessários para a expansão da indústria, e a policultura reproduziu os baixos salários das
fábricas e das cidades.
79
Geografia Agrária
b) Da mesma forma, a monocultura foi o centro da atividade primária, ou seja, estava localizada
nas regiões de solos mais férteis e, paulatinamente, se espraiou sobre os solos de boa qualidade,
ocupados pela policultura. Com o aumento da produção e a expansão dos seus limites, a
monocultura trouxe os recursos tecnológicos da indústria para a agricultura, fortalecendo o
modelo agroexportador e intensificando a expulsão dos pequenos produtores e a diminuição
da policultura.
80
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
81
Geografia Agrária
82
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
83
Geografia Agrária
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Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
85
Geografia Agrária
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Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
87
Geografia Agrária
88
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
89
Geografia Agrária
Relacione os fatos históricos com as fases da crise latifundiária apresentada por Guimarães
(1977):
a) ( ) superprodução cafeeira;
Resposta comentada
a) II, b) I, c) III, d) I, e) III, f) II.
Observa-se, de forma geral, a dependência do Brasil agrícola de estrutura latifundiária com o
mercado externo, e o modelo agroexportador foi crucial para a crise do latifúndio.
90
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
91
Geografia Agrária
92
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
93
Geografia Agrária
Figura 12.5: Distribuição dos municípios segundo as dimensões do módulo fiscal, elaborado pelo Incra, em 2005.
Fonte: http://www.incra.gov.br/index.php/estrutura-fundiaria/regularizacao-fundiaria/indices-cadastrais/file/115-
distribuicao-dos-municipios-segundo-as-dimensoes-do-modulo-f
94
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
95
Geografia Agrária
96
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
Atende ao objetivo 4
Baseado nos resultados apresentados pelo Incra, presentes na Figura 12.5, responda:
97
Geografia Agrária
Resposta comentada
Os estados da Paraíba, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais são os que aparecem com um
número maior de municípios compostos de pequenas propriedades. Em compensação, Rondônia,
Acre, Amazonas, Maranhão, Piauí, Paraíba, Minas Gerais e todos os estados da região Centro-
oeste lideram a proporção de municípios compostos de grandes propriedades.
No estado de Mato Grosso, por exemplo, 40 municípios apresentam módulo fiscal de 100 ha.
Esse resultado demonstra a concentração de grandes propriedades na porção norte e central
do Brasil. Na região Nordeste, constatam-se as grandes disparidades fundiárias: grandes
propriedades disputam espaço com pequenas propriedades. Na maior região produtora do
país (e a mais rica), a região Centro-sul, observa-se a grande presença de médias propriedades.
CONCLUSÃO
98
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
Atividade final
Por meio da análise e do cruzamento da tabela do Incra sobre a distribuição dos municípios
brasileiros, segundo o tamanho das propriedades (Figura 12.5) e o mapa sintético da
questão agrária elaborado por Girardi (2009) (Figura 12.6), apresentados anteriormente,
interprete a situação do espaço rural associado ao estado da Federação em que você vive.
99
Geografia Agrária
Resposta comentada
A questão agrária brasileira é bastante diversificada e complexa. Ao cruzarmos as duas figuras
propostas, podemos constatar as desigualdades socioespaciais presentes no território brasileiro,
mais especificamente, o de natureza rural.
Tomando como exemplo o estado do Rio de Janeiro, podemos concluir que:
O estado do Rio de Janeiro não assume importância e representatividade no panorama
agropecuário brasileiro. Observamos populações rurais medianas localizadas nas imediações da
Região Metropolitana, na Serra Fluminense, no Vale do Paraíba e no norte do estado. Observa-
se também, pela Figura 12.6, que o estado fluminense apresenta alto índice de mão de obra
assalariada nas propriedades rurais, estas residindo, muitas vezes, em áreas urbanas. Na maior
parte dos municípios fluminenses, observam-se pequenas e médias propriedades com grandes
propriedades concentradas num pequeno número de municípios. Observa-se também que as
grandes propriedades fluminenses possuem um limite de 35 módulos fiscais; resultado baixo,
se considerarmos os limites das regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste do país.
RESUMO
100
Aula 12 – A estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo
101
aula 13
a propriedade e a
renda da terra
Marcelo Antonio Sotratti
Geografia Agrária
Meta da aula
Objetivos
104
Aula 13 – A propriedade e a renda da terra
INTRODUÇÃO
105
Geografia Agrária
106
Aula 13 – A propriedade e a renda da terra
Figura 13.1: Altas taxas de crédito comercial, preços altos dos insumos e
maquinários e intensa pressão dos grandes proprietários rurais são elementos que
levam à subordinação do homem do campo aos interesses do capital.
107
Geografia Agrária
108
Aula 13 – A propriedade e a renda da terra
b) Relacione esse resultado com a territorialização produtiva dessas regiões, ou seja, áreas
de grandes latifúndios, áreas de agroindústria ou áreas de pequenos e médios produtores.
Após esse breve estudo, elabore um texto analítico que indique sua conclusão sobre a
propriedade da terra e sua mercantilização.
109
Geografia Agrária
Resposta comentada
A figura em questão apresenta alguns resultados interessantes. Alguns estados apresentaram
taxas de preço de suas terras superiores à média brasileira, indicando um possível processo
de especulação. É o caso de Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina e Tocantins. Se
relacionarmos rapidamente esse resultado com a estrutura fundiária existente nesses estados,
constatamos que latifúndios voltados à exportação, como MT e TO, bem como médias e
grandes propriedades voltadas à agroindústria (MG e SC), são os que apresentam uma maior
valorização e mercantilização da terra.
110
Aula 13 – A propriedade e a renda da terra
111
Geografia Agrária
112
Aula 13 – A propriedade e a renda da terra
113
Geografia Agrária
114
Aula 13 – A propriedade e a renda da terra
115
Geografia Agrária
Figura 13.5: A alta de preços de alguns itens agrícolas encontrados, por exemplo,
nas feiras livres ou supermercados pode ser explicada pela renda absoluta, uma vez
que os interesses de comercialização acabam sendo superiores aos da produção.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Feira-livre-de-casa-amarela-recife-1a.jpg
116
Aula 13 – A propriedade e a renda da terra
João Miranda
Figura 13.6: Vale do Rio Douro – Portugal, região produtora do famoso vinho
do Porto. A uva produzida nesta região permite obter um vinho singular e de alta
qualidade; sua produção reduzida acaba por ocasionar uma renda de monopólio.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rio_douro.jpg
117
Geografia Agrária
118
Aula 13 – A propriedade e a renda da terra
b) ( ) A alta fertilidade dos solos de terra roxa garantem rendas suplementares com menores
custos de insumos.
Resposta comentada
a) III; b) I; c) IV; d) II.
As condições naturais dos solos e da região produtora estão associadas aos tipos diferenciais,
resultando em rendas que não necessitem ou necessitem de investimentos para garantir o lucro
(renda diferencial I e II, respectivamente).
Por outro lado, a renda absoluta garante a renda capitalizada imposta pelo mercado, e não
pela produção propriamente dita. Os diferenciais produtivos e exclusividades de determinados
produtos estão associados à renda de monopólio.
CONCLUSÃO
119
Geografia Agrária
Atividade final
Caso você resida em uma área urbana e metropolitana, estude um caso de seu interesse e
pratique essa análise importante para a Geografia.
120
Aula 13 – A propriedade e a renda da terra
Resposta comentada
Seria interessante que você conversasse com algum agente imobiliário ou mesmo com algum
geógrafo da prefeitura acerca do processo evolutivo dos preços das terras de sua região. Essa
evolução seria extremamente valiosa para você identificar o processo de propriedade da terra
e analisar a situação dos agentes ligados à produção agrícola. São camponeses que já se
encontram sujeitos às regras do capital? Observam-se movimentos sociais de resistência em sua
região? Ou a apropriação extensiva do capital impera nesses espaços rurais?
O mesmo pode ser feito em relação à renda da terra. Identifique os principais produtos agrícolas
de sua região e tente conversar com os principais produtores ou associações de produtores
rurais para identificar o tipo de renda da terra observado nessa região.
RESUMO
121
Geografia Agrária
122
aula 14
as reformas
agrárias com meio
de reorganização
do espaço agrário
Aline Sá
Geografia Agrária
Meta da aula
Apresentar as bases teóricas acerca do conceito e das ações que envolvem a reforma
agrária, de forma a compreender sua importância como meio de reorganização do
espaço agrário.
Objetivos
124
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
INTRODUÇÃO
125
Geografia Agrária
126
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
127
Geografia Agrária
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
wiki/Ficheiro:FAO_logo.svg – FAO
128
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
Banco Mundial
Shiny Things
129
Geografia Agrária
130
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
131
Geografia Agrária
132
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
133
Geografia Agrária
134
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
Atende ao objetivo 1
c) ( ) é uma ação política, planejada e ordenada para adequar a estrutura agrária presente no
território e possibilitar o acesso mais igualitário à produção e minimizar a disparidade social.
2. Como forma de distribuição das terras, a reforma agrária prevê, na grande maioria
das vezes:
b) ( ) áreas de alto valor cênico para bom usufruto dos novos produtores;
135
Geografia Agrária
Resposta comentada
Devemos nos atentar para o fato de que a reforma agrária deve ser uma ação planejada e
coerente, mediante um processo político social que envolva todas as partes interessadas, ou seja,
o Estado, os proprietários e os grupos sociais rurais. As áreas que se enquadram no processo
de redistribuição são desapropriadas, ou seja, os proprietários recebem indenização do Estado
e os critérios normalmente envolvidos na desapropriação são a extensão da propriedade e a
presença de áreas improdutivas.
México
136
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
137
Geografia Agrária
Rússia
138
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
Cuba
139
Geografia Agrária
140
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
Atende ao objetivo 2
Por meio dos exemplos referenciais de reforma agrária analisados nesta aula, complete a
tabela a seguir:
Resposta comentada
México:
(a) Revolução Mexicana
(b) Emiliano Zapata
(c) Áreas limites de 100 hectares distribuídos de forma privada ou comunitária, mas os
beneficiários não teriam o direito de alugá-los, vendê-los ou entregá-los em parceria.
Rússia:
(a) Revolução Bolchevique
(b) Vladimir Lênin
(c) Ocupação das terras da nobreza e de grandes proprietários e 2,5 milhões de hectares
foram atribuídos às fazendas de Estado chamadas sovkhozes para usufruto dos camponeses.
141
Geografia Agrária
Cuba:
(a) Revolução Cubana
(b) Fidel Castro
(c) Nacionalização das grandes empresas do país e mais 900.000 hectares foram atingidos
pela reforma agrária, tornando-se fazendas estatais.
Observa-se com tais exemplos que as reformas agrárias realizadas nesses países foram resultado
de revoluções violentas lideradas pela esquerda oposicionista. Nos casos, a aquisição das
terras para serem redistribuídas foram ocupadas e confiscadas de seus proprietários e, no caso
da Rússia e de Cuba, tornaram-se estatais.
142
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
143
Geografia Agrária
Editorial J
Figura 14.6: Bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Fonte: https://www.flickr.com/photos/editorialj/10825994846/
144
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
Marcelo Casal Jr
Figura 14.7: A cruz que marca o local do massacre em Eldorado dos Carajás,
Pará, ocorrido em 1996.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MC006_image_media_horizontal.jpg
145
Geografia Agrária
146
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
Atende ao objetivo 3
Resposta comentada
São inúmeras as ações hoje desenvolvidas pelo MST. Analisando o conteúdo do site, observamos
que o movimento deixa bem claros seus objetivos. Da mesma forma, hoje o movimento representa
uma grande força política e social contra a hegemonia do capital. Nesse sentido, o site demonstra
sua posição por meio de artigos, notícias e depoimentos de intelectuais ligados ao movimento.
O resultado e as ações também são divulgados por meio de notícias e vídeos de manifestações
e ocupações. Observa-se também um processo de educação para fomentar a continuidade da
luta pela reforma agrária, por meio de materiais educacionais voltados a crianças.
147
Geografia Agrária
CONCLUSÃO
148
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
Atividade final
Por meio da análise do mapa temático apresentado na, Figura 14.8, dos assentamentos
rurais realizados no ano de 1996, elabore um pequeno texto sobre a distribuição geográfica
da reforma agrária nesse período.
149
Geografia Agrária
Resposta comentada
O mapa temático apresentado mostra claramente uma irregularidade na distribuição geográfica
dos assentamentos rurais realizados no país nesse período. O maior número de assentamentos se
deu nas regiões Nordeste e Norte, tendo seus números expressivos nos limites do estado do Pará,
Maranhão e Piauí. Em algumas regiões dotadas de grandes latifúndios, como o Centro-oeste, não
foram identificados números significativos de assentamentos. Da mesma forma, nas regiões Sul
e Sudeste, devido à presença de inúmeras cidades e à alta presença de propriedades ligadas
ao agronegócio, os assentamentos não foram expressivos. A análise cartográfica apresentada
favorece a avaliação e análise do processo de reorganização socioespacial proveniente da
reforma agrária no território brasileiro.
RESUMO
150
Aula 14 – As reformas agrárias com meio de reorganização do espaço agrário
151
aula 15
Formas de
produção
alternativas ao
agronegócio:
a produção
agroecológica
Philipp Lessa Andrade
Sandro Lessa Andrade
Geografia Agrária
Meta da aula
Objetivos
154
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
INTRODUÇÃO
155
Geografia Agrária
(a) (b)
(c)
(d) (e)
156
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
157
Geografia Agrária
Chuck Simmins
Figura 15.2: Trabalhador utilizando equipamento de proteção individual para
aplicação de agrotóxicos.
Fonte: http://www.flickr.com/photos/chucksimmins/2947100463/
158
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
a) o nome do produto;
159
Geografia Agrária
160
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
[...]
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
161
Geografia Agrária
Nº de Total de
Produto amostras insatisfatórios*
analisadas Nº %
Pimentão 146 134 91,80%
Morango 112 71 63,40%
Pepino 136 78 57,40%
Alface 131 71 54,20%
Cenoura 141 70 49,60%
Abacaxi 122 40 32,80%
Beterraba 144 47 32,60%
Couve 144 46 31,90%
Mamão 148 45 30,40%
Tomate 141 23 16,30%
Laranja 148 18 12,20%
Maçã 146 13 8,90%
Arroz 148 11 7,40%
Feijão 153 10 6,50%
Repolho 127 8 6,30%
Manga 125 5 4,00%
Cebola 131 4 3,10%
Batata 145 0 0,00%
Total 2488 694 27,90%
162
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
163
Geografia Agrária
Atende ao objetivo 1
d) ( ) Nos estudos realizados pela Anvisa, não foram observados níveis insatisfatórios de
substâncias nocivas à saúde nos produtos agrícolas e tampouco nos produtos não consentidos
pela legislação brasileira.
Resposta comentada
Todas as afirmações são falsas.
A Revolução Verde pode ser compreendida como uma imposição técnica e econômica dos países
desenvolvidos aos países subdesenvolvidos. Com o lema de combate à fome, esse processo de
modernização agrícola – conhecido como prática agrícola convencional – propiciou inúmeros
impactos sociais e ambientais nos países nos quais se instalou. A monocultura – prática comum
nesse modelo – alterou significativamente a dinâmica ambiental das áreas rurais, exigindo
investimentos em pesquisas e emprego indiscriminado de agrotóxicos.
164
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
Esses produtos, além de causarem impactos gravíssimos no solo e nos recursos hídricos, chegam
à mesa do consumidor em quantidades acima do permitido pela legislação. Da mesma forma,
essa modernização exigiu dos pequenos agricultores práticas agrícolas e investimentos em
insumos que acabaram por expulsar esse grupo social das áreas rurais tradicionais, ratificando
a supremacia das relações capitalistas no campo.
165
Geografia Agrária
166
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
Elza Fiuza/ABr
Agricultura orgânica
Agricultura orgânica ou agricultura biológica é
o termo frequentemente usado para designar a
produção de alimentos e outros produtos vegetais
que não faz uso de produtos químicos sintéticos,
tais como certos fertilizantes e pesticidas, nem de
organismos geneticamente modificados; geralmente,
adere aos princípios de agricultura sustentável.
167
Geografia Agrária
Agricultura biodinâmica
Tem como filosofia a consequência natural à renova-
ção do manejo agrícola, à sanação do meio ambiente
e à produção de alimentos realmente condignos ao
ser humano. O ponto central da agricultura biodinâmi-
ca é o ser humano, que conclui a criação a partir de
suas intenções espirituais baseadas numa verdadeira
cognição da natureza. O seu fundamento é a integra-
ção de todos os elementos ambientais agrícolas, como
culturas do campo e da horta, pastos, fruticulturas e
outras culturas permanentes, florestas, sebes e capões
arbustivos, mananciais hídricos, várzeas, etc. Caso o
organismo agrícola se ordene em volta desses elemen-
tos, nasce uma fertilidade permanente e a saúde do
solo, das plantas, dos animais e dos seres humanos.
Agricultura natural
No Japão, nas décadas de 1930 e 1940, o mestre
Mokiti Okada foi seu criador, preconizando a menor
alteração possível no funcionamento natural dos ecos-
sistemas. Não usa aração, rotação de culturas nem
compostos oriundos de esterco animal. Mais recente-
mente, a agricultura natural tem-se concentrado no uso
de um preparado biológico. Essa corrente é ligada e
difundida pela Igreja Messiânica.
Agricultura biológica
Foi na França, em 1960, que a agricultura biológica
mais se difundiu, tendo como difusor Claude Aubert,
que propunha a saúde das plantas e, portanto, dos
alimentos, por meio da manutenção da “saúde” dos
solos. Este princípio apoia-se em um tripé “cujas
bases, de igual importância, são o manejo dos solos,
168
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
Agricultura regenerativa
A agricultura regenerativa consiste em promover a
produção de alimentos saudáveis, a criação de ciclos
fechados de geração de insumos a partir de resíduos
e a aplicação, no campo, de práticas conservadoras
da natureza.
Permacultura
Surgido na Austrália, o movimento da permacultura
tem como ideólogo Bill Mollisson. Desenvolvendo a
ideia da criação de agroecossistemas sustentáveis
através da simulação dos ecossistemas naturais, o
movimento da permacultura caminha para a prioriza-
ção das culturas perenes como elemento central de
sua proposta. Dentre as culturas perenes, destacam-se
as árvores, das quais se procuram espécies para su-
prir o maior número possível das necessidades huma-
nas, do amido ao tecido; não usa rotação de cultura.
169
Geografia Agrária
Atende ao objetivo 2
Resposta comentada
A agroecologia é um sistema de produção que agrega os princípios agronômicos, ecológicos
e socioeconômicos à compreensão e avaliação do efeito das tecnologias sobre os sistemas
agrícolas e a sociedade como um todo. Dessa forma, este cultivo prioriza preservação e
ampliação da biodiversidade, integrando a questão social. Na busca da conversão de
sistemas de produção convencionais para métodos ecologicamente saudáveis, a agricultura
170
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
de base familiar mostra-se a mais eficiente tanto do ponto de vista do uso e conservação
dos recursos naturais quanto pela maior ocupação de mão de obra. Por isso, a agricultura
familiar adequa-se aos princípios da agroecologia.
Agroecologia
171
Geografia Agrária
172
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
173
Geografia Agrária
174
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
Tabela 15.3: Uso de agricultura orgânica nos estabelecimentos, segundo as Grandes Regiões da Federação
Brasil – 2006
Centro-
317.478 4.138 247 3.891 313.340
oeste
175
Geografia Agrária
176
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
[...]
177
Geografia Agrária
Atende ao objetivo 3
178
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
Resposta comentada
Componentes: a) agronômicos; b) ecológicos; c) socioambientais.
Compreendendo esses três componentes associados como a base da agroecologia, podemos
identificar algumas práticas associadas e integradas entre os componentes que traduzem a
agroecologia:
a) Agronômicas: uso de fertilizantes naturais, controle biológico de pragas e doenças, rotação
de cultivos agrícolas.
b) Ecológicos: manutenção das matas ciliares, não emprego de agrotóxicos, plantio associado
a florestas.
c) Socioambientais: valorização da agricultura familiar, fixação do homem no campo, venda
direta ao consumidor, geração de empregos.
CONCLUSÃO
179
Geografia Agrária
Atividade final
Para auxiliar na elaboração desta resposta, você deverá assistir ao filme O veneno está
na mesa (2011), do cineasta Silvio Tendler, disponível em: http://www.youtube.com/
watch?v=KxY8Vxzfb-4.
180
Aula 15 – Formas de produção alternativas ao agronegócio: a produção agroecológica
Resposta comentada
No decorrer da aula, percebemos, segundo Leonardo Boff, que alguns dos empecilhos
destacados pelos agricultores referem-se à transição do modelo de agricultura convencional
para o agroecológico. Muitos se queixam da falta de assistência técnica e de capital para
suportarem o tempo de transição. No decorrer da transição, o agricultor precisa deixar a terra
em descanso, o que para muitos se torna um obstáculo, pois são proprietários de pequenas
terras e precisam da produção imediata para sua própria subsistência.
Outros fatores seriam a falta de capital, de assistência técnica e a carência na aprendizagem do
manejo. Isso acaba desencorajando os agricultores menos capitalizados a tentar a conversão.
Além disso, assistindo ao filme, vê-se que o autor destaca o modelo brasileiro de desenvolvimento,
que privilegia o agronegócio em detrimento da agricultura familiar.
RESUMO
181
Geografia Agrária
182
aula 16
soberania
alimentar –
entraves e
discussões
Rogério Seabra
Geografia Agrária
Meta da aula
Objetivos
184
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
INTRODUÇÃO
185
Geografia Agrária
A produção da fome
Thomas Malthus
186
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
187
Geografia Agrária
188
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
Figura 16.2: Mapa da Fome Mundial 2013 da WFP – Programa Mundial de Alimentos. Para melhor visualização do mapa e interpretação das
legendas, consultar a página http://www.wfp.org/hunger/downloadmap.
Fonte: http://www.wfp.org/hunger/downloadmap
189
Geografia Agrária
190
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
191
Geografia Agrária
John Atherton
Figura 16.3: A fome permanece devido a uma barreira econômica imposta
pelo capitalismo atual, ou seja, a fome surge pelo abismo social e pela falta de
condições financeiras para comprar alimentos.
Fonte: http://www.flickr.com/photos/gbaku/1674493314/
192
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
193
Geografia Agrária
194
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
Atende ao objetivo 1
Analise a situação do Brasil no mapa, apresentado pelo Programa Mundial da Fome (Figura
16.2), e compare nossa situação com as de outros países da América do Sul. Para você
responder a esta questão, é importante ter acesso ao mapa original, disponível em: http://
www.wfp.org/hunger/downloadmap.
195
Geografia Agrária
Resposta comentada
A situação do Brasil, em termos de fome, é bastante complexa, se analisarmos os demais países
da América do Sul. De forma geral, apresentamos um índice não alarmante – moderadamente
baixo e em torno de 5 a 14,9% –, se compararmos a outros países do Hemisfério Sul, como
a Bolívia, o Paraguai e o Equador. No entanto, observamos que alguns países vizinhos, como
a Argentina, a Venezuela e o Chile, apresentam índices semelhantes a países desenvolvidos, o
que nos coloca numa situação contrastante com a imagem projetada pelo governo, em termos
de desenvolvimento e liderança do Brasil na América Latina.
A realidade da fome no Brasil coloca em evidência nossa desigualdade social, a concentração
de terras e a dificuldade de desenvolvimento territorial homogêneo para a produção de alimentos.
O desenvolvimento de um mercado interno incipiente perto da grande produção exportadora
deve ser analisado como elemento contribuinte para a fome no Brasil. Nesse sentido, devemos
questionar as formas de acesso aos alimentos apresentadas pelas políticas públicas atuais.
196
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
197
Geografia Agrária
198
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
199
Geografia Agrária
Resposta comentada
Todas as afirmações são verdadeiras. Observamos que os conceitos de soberania alimentar e de
segurança alimentar estão relacionados. Por um lado, o conceito de segurança alimentar surge
na Declaração Universal dos Direitos Humanos como uma referência para políticas públicas,
ou seja, uma direção para governos garantirem a alimentação da população. Já o conceito de
soberania alimentar consiste numa reivindicação para a construção de uma política de alianças
com outras forças sociais, econômicas e políticas, em nível mundial, para lutar pelos seus direitos.
O Programa Fome Zero destaca, em sua proposta, a vinculação entre a erradicação da fome
com outras áreas, como a geração de emprego e a transversalidade entre as esferas de governo,
acordando com a definição de segurança alimentar.
Uma das vertentes de atuação do programa é o fortalecimento da agricultura familiar por meio,
basicamente, de financiamentos e da compra da produção, desenvolvendo, portanto, um importante
braço da produção de alimentos no Brasil e indo ao encontro das premissas da Via Campesina.
200
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
201
Geografia Agrária
202
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
203
Geografia Agrária
Antônio Cruz/ABr
Figura 16.5: Apesar de tantos entraves, a produção familiar continua buscando
a inserção no atual mercado. Uma possibilidade de inserção é o crescente nicho
da agricultura orgânica.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Abr_horta_Antonio_Cruz.jpg
204
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
Atende ao objetivo 4
Figura 16.6: Crédito disponibilizado e efetivamente contratado pelos agricultores familiares por
meio do Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.
Fonte: http://portal.mda.gov.br/portal/saf/programas/pronaf/2259286
205
Geografia Agrária
Resposta comentada
O comportamento da taxa referente à contratação efetiva do crédito diante do valor
disponibilizado indica que o montante de crédito contratado pelos agricultores do Pronaf tem
crescido ano a ano. A primeira grande evolução no montante financiado pelos agricultores
familiares foi em 2003/2004, fechando uma contratação de R$ 4,49 bilhões, representando
uma evolução de 109% em relação a 1999/2000. Nos anos seguintes, o crescimento manteve-
se sustentado. Em 2004/2005 foi de 185%, representando um financiamento de R$ 6,13
bilhões. Em 2005/2006, foram financiados R$ 7,61 bilhões, com uma evolução de 254%,
sendo que em 2007/2008, rompeu-se a casa dos 300%, perfazendo um financiamento de
R$ 9 bilhões. Esse fato demonstra uma resposta às demandas dos agricultores que respondem
aos financiamentos propostos pelas políticas públicas.
CONCLUSÃO
206
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
207
Geografia Agrária
Atividade final
Resposta comentada
Para elaborar esse texto crítico, é importante que você saiba que a soberania alimentar é uma
luta de organizações representantes da agricultura familiar e que o acesso aos alimentos é um
direito de todos os cidadãos. Caso outros elementos de natureza econômica estejam influenciando
ou dificultando essas relações em seu município, cabe ao geógrafo analisar os desafios que se
fazem necessários para a elaboração de políticas territoriais que alterem tais situações adversas
e assegurem uma dinâmica socioespacial mais democrática e inclusiva.
208
Aula 16 – Soberania alimentar – entraves e discussões
RESUMO
209
Geografia agrária
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Aula 9
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